O verdadeiro jejum, agradável a Deus, foi o tema da homilia do Papa Francisco na missa celebrada manhã desta sexta-feira (03/03), na Capela da Casa Santa Marta.

As leituras do dia falam do jejum, isto é – explica o Papa – “da penitência a que somos convidados a fazer no tempo da Quaresma” para aproximar-nos ao Senhor. A Deus agrada “o coração penitente” – diz o Salmo – “o coração que se sente pecador e sabe ser pecador”.

Na primeira leitura – tirada do Livro do Profeta Isaías – Deus repreende a falsa religiosidade dos hipócritas que jejuam enquanto cuidam dos próprios negócios, oprimem os operários e brigam “ferindo com punhos iníquos”.

Por um lado fazem penitência e por outro cometem injustiças, fazendo “negócios sujos”. O Senhor, ao contrário, pede um jejum verdadeiro, atento ao próximo:

“O outro é o jejum “hipócrita” – é a palavra que Jesus tanto usa – é um jejum para se mostrar ou para sentir-se justo, mas ao mesmo tempo cometem injustiças, não são justos, exploram as pessoas. “Mas eu sou generoso, farei uma bela oferta à Igreja” – 'Mas me diga, tu pagas o justo às tuas domésticas? Paga teus funcionários sem assinar a carteira? Ou como quer a lei, para que possam dar de comer aos seus filhos?’”.

O Papa Francisco fala de um caso ocorrido logo após a II Guerra Mundial com o Padre jesuíta Padre Arrupe, quando era missionário no Japão. Um rico homem de negócios fez a ele uma doação para actividades de evangelização, mas o acompanhava um fotógrafo e um jornalista. O envelope continha somente 10 dólares:

“Nós também fazemos o mesmo quando não pagamos o justo à nossa gente. Pegamos de nossas penitências, de nossos gestos, do jejum, da esmola, aceitamos uma propina: o suborno da vaidade, de se mostrar. Isso não é autenticidade, é hipocrisia. Por isso, quando Jesus diz ‘Quando vocês rezarem, entrem no seu quarto, fechem a porta, no escondido, quando derem esmola não faça soar a trombeta, quando jejuar não fiquem tristes. É o mesmo que dizer: Por favor, quando vocês fizerem uma boa obra não aceitem propina desta boa obra, é somente para o Pai.”

O Papa citou o Profeta Isaías, quando o Senhor fala aos hipócritas sobre o jejum verdadeiro. Palavras significativas também “para os nossos dias”:

“Não é este o jejum que escolhi: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, e romper todo tipo de sujeição? Não consiste talvez em dividir o pão com o faminto, deixar entrar em casa os pobres, os sem-abrigo, vestir o que está nu sem transcurar os próprios parentes? Pensemos nestas palavras, pensemos em nosso coração, como nós jejuamos, rezamos, damos esmolas. Nos ajudará também a pensar: o que sente um homem depois de um jantar, que custou 200 euros, por exemplo, e volta para casa, vê um faminto, não olha para ele e continua caminhando? Nos fará bem pensar nisso.” Fonte: http://br.radiovaticana.va

Há 15 dias, logo após celebrar a missa dominical pela manhã, Frei Gilberto Teixeira, franciscano da Fraternidade Santa Maria dos Anjos, pároco da igreja de Santo Antônio, em Belisário, distrito de Muriaé, uma das cidades no entorno da Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata de Minas Gerais, recebeu uma estranha visita. Não era nenhum paroquiano conhecido. Tampouco alguém que já tivesse visto pela cidade. O diálogo, à porta fechada, no salão paroquial, deu-se mediante a ameaça de uma arma. O recado foi simples, direto e contundente, como o próprio religioso relatou depois:

“Frei, o senhor está falando demais em mineração. Estou vindo aqui só para dar um aviso. Da próxima vez, se eu vier, não será agradável para o senhor. É para o senhor parar de falar de mineração nos seus espaços e aonde o senhor for”. A reportagem é de Marcelo Auler, publicada por seu blog, 05-03-2017.

A ameaça veio acompanhada de detalhes da vida do frei. O desconhecido deixou claro que o religioso vem sendo seguido, seja pessoalmente, seja – como suspeitam alguns na região -, pelo rastreamento do seu celular (*). Utensílio que depois da visita ele abandonou, como descreveu o biólogo Luiz Paulo Guimarães de Siqueira, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM.

Outro detalhe importante é que, no sábado anterior (18/02) ele presidiu uma reunião para discutir a Campanha da Fraternidade de 2017. O tema deste ano está relacionado aos biomas brasileiros. A Diocese de Leopoldina – município a 61 quilômetros de distância, à qual a Igreja de Santo Antônio pertence – escolheu o distrito de Belisário para representar a zona da Mata Mineira, em parceria com biólogos e ativistas ambientais. Na reunião falou-se sobre a mineração e o pistoleiro que visitou Frei Gilberto soube descrever com detalhes o que havia passado durante o encontro. Siqueira, recorda do relato feito pelo frei após a ameaça sofrida:

“O sujeito falou que sabia onde o frei esteve na semana anterior, mencionou que ele passou três dias em Contagem (cidade na região metropolitana de Belo Horizonte), que parou em Ouro Preto, almoçou em Rosário de Limeira. Demonstrou que de alguma forma ele estava rastreando o frei. Nós acreditamos que seja através do celular do Frei Gilberto.”

A ameaça foi devidamente registrada na Polícia de Muriaé e o religioso, de imediato, recebeu a solidariedade e o apoio do bispo Dom José Eudes Campos do Nascimento, da Diocese de Leopoldina. Na nota, porém, o bispo omite qualquer problema com a mineração e apenas menciona o trabalho do religioso em defesa dos pequenos produtores rurais. Fato que descontentou a muitos militantes da causa ecológica na região, pois a ameaça maior que estes produtores sofrem hoje vem da tentativa de exploração da bauxita (rocha de cor vermelha formada principalmente por óxido de alumínio, principal fonte natural de alumínio).

Na nota (veja abaixo), o bispo destaca o trabalho do religioso e lembra o assassinato da irmã Dorothy Stang, com seis tiros, aos 73 anos de idade, em fevereiro de 2005, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no Estado do Pará:

“Frei Gilberto, em sua função missionária, como deve ser, vem prestando assistência e apoio aos pequenos agricultores de sua comunidade, na luta contra a espoliação de suas terras e a degradação das áreas de lavouras familiares. Em nosso País, como temos assistido com muita dor, os ditos “grandes empreendimentos” não suportam argumentação que contrarie seus planos, sabedores de que sempre sairão vitoriosos. Pelo que, ignoram qualquer bem-estar ou direito dos fracos. Se entender necessário, desprezam até mesmo a vida humana dos contraditores. Irmã Dorothy é uma das nossas mais recentes e dolorosas memórias…” Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Na última década, entes da Igreja dos EUA desembolsaram quase US $ 3 bilhões para resolver ações judiciais. A "linha dura" de Bento XVI e Francisco está longe de ter resolvido o problema. A informação é publicada por Leggo, 01-03-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.

O flagelo do abuso de menores por parte do clero alastrou-se como fogo em todo o mundo e chegou-se a 800 denúncias em um único ano no Vaticano. Era o ano de 2004, mas mesmo nos últimos anos os casos submetidos ao ex-Santo Ofício estão em torno de 600 por ano. Essas, contudo, são as denúncias do tipo "canônico", de acordo com dados fornecidos pelo Vaticano há alguns anos, mas ainda restam os inquéritos judiciais abertos pelos tribunais civis. Um enorme escândalo que levou o Papa Bento XVI, desde sua época como cardeal e Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (a instituição do Vaticano que lida com o assunto) a levantar os tapetes sob os quais estava escondida a “sujeira” e decidir por uma "tolerância zero".

Em dez anos, 900 sacerdotes voltaram ao estado laical. Essa diretriz foi confirmada e reforçada pelo Papa Francisco, que tomou uma série de decisões radicais. Inclusive a de processar, no Vaticano, um Núncio, alto expoente da diplomacia, como no caso de Jozef Wesolowski, que morreu, no entanto, antes da instauração do processo. Em dez anos, de 2004 a 2013, foram cerca de 900 sacerdotes que voltaram ao estado laical. Praticamente ‘expulsos’ das hierarquias e impossibilitados de continuar no seu ministério sacerdotal. Esses são os últimos números divulgados pelo Vaticano por ocasião da investigação aberta na ONU pelo Comitê contra a Tortura. Contudo não é enorme apenas o número de casos e países envolvidos no escândalo de pedofilia cometida por clérigos, gigantescos também foram os valores já desembolsados em algumas circunstâncias pelos crimes cometidos por clérigos.

Na Igreja dos EUA foram 3 bilhões em acordos e custos legais. Somente a Igreja dos Estados Unidos desembolsou ao longo da última década, quando as denúncias vieram à tona e foram envolvidos também os Tribunais de Justiça, quase US $ 3 bilhões, entre acordos, terapias e custos legais. Nesse contexto, o caso de Boston é emblemático. O cardeal atual dessa cidade, Sean Patrick O 'Malley, escolhido pelo Papa Francisco para presidir a Comissão vaticana sobre pedofilia, após ter ‘herdado’ a difícil situação criada pelo seu antecessor, Bernard Francis Law, decidiu vender o palácio oficial e escolheu para si uma residência comum, justamente para poder ressarcir as vítimas de pedofilia. Dados mais recentes vêm da Austrália, onde resulta que 7% dos padres católicos são acusados de cometer abuso sexual de menores desde 1950. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Um padre da cidade de São Paulo está chamando a atenção nas redes sociais. Em sermão pregado no último domingo, 5, Julio Lancelotti usou o gancho do Dia Internacional da Mulher, que será celebrado no dia 8, para criticar o machismo, a homofobia e Bolsonaro, alguém que "propõe a violência e o assassinato dos gays" e que "a mulher deve ser submissa". 

O vídeo tem, até a manhã desta terça-feira, 7, quase 150 mil visualizações. Nas imagens, o padre afirma que, para celebrar o Dia Internacional da Mulher, não basta dar o parabéns.

"Você tem que ser alguém que mude a cabeça e a forma de pensar para que não haja mais a cultura do estupro, onde os meninos pensam que são mais fortes do que as meninas ou que eles podem fazer o que quiserem e as meninas, não". 

O religioso também criticou o uso das redes sociais para divulgar conteúdos que prejudiquem as mulheres. "Tratar as mulheres de maneira moralista e de maneira a destruir a sua dignidade, isso é inaceitável e hoje é crime. Nossos jovens têm que tomar muito cuidado nas redes sociais", declarou.

Julio Lancelotti também destacou que o machismo é aprendido em casa. "Temos que dizer aos meninos, na educação, que eles têm que respeitar as meninas e que o corpo delas é tão sagrado quanto o corpo de todos - e que o corpo dela não pode ser tocado sem que ela aceite ou queira", afirmou. 

Ele também criticou Bolsonaro e seus apoiadores. "Em uma sociedade como a nossa, fico impressionado aparecer nas pesquisas que uma pessoa homofóbica e violenta como Bolsonaro seja seguida por tanta gente no Brasil. Isso é vergonhoso", declarou.

"Alguém que propõe a violência, o assassinato e o extermínio dos gays, ou que o homem é mais importante do que a mulher e que ela tem que ser submissa... Isso é inaceitável no tempo em que vivemos". Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br

Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Esmeraldas (MG), que recebeu ordem de reintegração de posse da Justiça para desocupar o terreno.

A Justiça de Minas Gerais concedeu a uma imobiliária reintegração de posse de um terreno onde atualmente está localizada a Igreja Nossa Senhora Aparecida, em Esmeraldas (MG), região metropolitana de Belo Horizonte.

Com isso, a construção, que ocupa aproximadamente 3.500 m², pode ser demolida, o que vem causando revolta na comunidade. "Nós vamos ficar dentro da igreja e eles vão ter de derrubá-la na nossa cabeça", diz, exaltada, a moradora Ilza Helena Silva.

O processo agora foi para o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), já que a Arquidiocese de Belo Horizonte afirmou ter entrado com recurso no tribunal após sentença de primeira instância favorável à imobiliária, que está localizada na cidade de Contagem, também na região metropolitana da capital mineira.

Na sentença, a juíza Cirlaine Maria Guimarães, da comarca de Esmeraldas, declarou que, após estudo pericial feito na área, "ficou demonstrado que a área efetivamente ocupada pela Mitra Arquidiocesana está inserida no imóvel da autora [da ação, a imobiliária]".

O dono disse ter comprado a propriedade legalmente de um homem que havia se tornado o proprietário das terras por usucapião. O empresário Clóvis Nogueira Amaral, 88, afirmou ter procurado os moradores e a igreja por mais de uma vez. Ele disse ter comprado a área no início da década de 1980.

"Eu os procurei por muitas vezes. A área pertence a mim. Construíram sabendo que era meu, e a Igreja [Católica] também sabia que era meu", se defendeu Amaral, dizendo já ter feito loteamentos na região para serem comercializados.

A igreja, por meio da assessoria da Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte, informou que recebeu determinação judicial para a desocupação do terreno no início de fevereiro.

O padre Joaquim Fonseca, 68, disse que no processo judicial constam documentos que comprovariam a doação das terras para a Igreja Católica feita por um fazendeiro da região, que já teria morrido. "A igreja já está lá há mais de 20 anos. O terreno foi um doado por um antigo morador do bairro que era dono. Ele fez o ato de doação à igreja, com todo o registro exigido por lei, em 1994. O que nos deixa perplexo é o fato de a imobiliária, que se diz dona do terreno, ter deixado a comunidade construir a igreja tranquilamente."

Dízimo e comunidade ergueram centro de encontros

Conforme Ilza Helena Silva, a igreja foi erguida com a ajuda dos moradores e, desde então, passou a ser um centro de referência religioso e de união da comunidade. Residente no bairro há 26 anos, ela revela o temor dos moradores com a possibilidade de perder a igreja.

"A gente recolhia dízimo para ajudar na construção da igreja. Ficamos sem chão quando recebemos a notícia e estamos numa tristeza profunda. Lá é como se fosse a minha casa. Parece que morreu alguém da família", contou.

Ela disse ainda que o local presta serviços comunitários, como oficinas de capacitação e cursos profissionalizantes, além de realizar festas populares.

A mulher afirmou que os moradores estão de vigília e prometem resistir. "Mas, se Deus quiser, isso não vai acontecer. Se precisar, nós vamos ficar dentro da igreja. Vão passar a máquina com a gente lá dentro."

De acordo com ela, os fiéis e moradores pretendem realizar várias ações para tentar preservar a igreja. Eles criaram uma página no Facebook intitulada "Diga Não à Demolição", que já recebeu mais de mil curtidas.

Neste sábado (4), acontece uma manifestação nas proximidades da edificação contra a derrubada da igreja. As pessoas vão vestir roupas brancas e haverá uma procissão, seguida por cavalgada e carreata. Fonte: https://noticias.uol.com.br

Dom José Gislon

Bispo de Erexim (RS)

Estimados Diocesanos! Neste tempo de Quaresma, a mãe Igreja propõe aos seus filhos e filhas a prática do jejum. A Bíblia Sagrada menciona o jejum de quarenta dias de Moisés, do profeta Elias e principalmente aquele de Jesus Cristo.

Moisés por dois períodos de quarenta dias esteve sobre a montanha de Deus fazendo jejum. Num primeiro momento, para receber as tábuas da lei; em um segundo, para aplacar a ira de Deus e implorar a sua misericórdia sobre o povo que tinha se afastado do Deus que o havia libertado da escravidão do Egito.

O jejum do profeta Elias é o jejum de quem caminha no deserto, de quem vai para um encontro com o Senhor. É o jejum que o prepara para encontrar-se com Deus, para escutar a sua voz e estar na sua presença.

O jejum dos quarenta dias de Jesus o prepara para combater contra o mal e assim obter a vitória sobre as tentações do inimigo, mantendo-se fiel à Palavra de Deus. Neste contexto, durante a Quaresma, os quarenta dias de jejum de cada cristão tem por finalidade a penitência para obter o perdão dos pecados, a preparação ascética para o encontro com Deus e para combater as tentações e o maligno, guiados pelo exemplo e pela ajuda de Jesus Cristo.

Em sua mensagem para a Quaresma de 2009, o Papa Bento XVI lembrou que os Padres da Igreja sempre valorizaram o jejum como forma de abrir no coração do fiel a estrada para Deus. Na mesma mensagem, mencionou São Pedro Crisólogo, que em um de seus sermões escreveu: “O jejum é a alma da oração; e a misericórdia, a vida do jejum, por isso, quem reza, jejue. Quem jejua, tenha misericórdia. Quem, ao pedir deseja ser ouvido, ouça a quem lhe dirige um pedido. Quem quer encontrar aberto o coração de Deus para si não feche o seu a quem o suplica”.

Podemos cair na tentação de fazermos grandes propósitos neste tempo de Quaresma, correndo o risco de não realizá-los. Na verdade, é mais prudente partir das pequenas coisas e dos pequenos propósitos, que estejam ao alcance do nosso coração e podem ter um grande significado espiritual para a nossa vida particular, familiar e comunitária.

Tende todos um bom domingo. Fonte: http://www.cnbb.org.br

Tema do 1º Domingo da Quaresma

No início da nossa caminhada quaresmal, a Palavra de Deus convida-nos à “conversão” – isto é, a recolocar Deus no centro da nossa existência, a aceitar a comunhão com Ele, a escutar as suas propostas, a concretizar no mundo – com fidelidade – os seus projetos.

O Evangelho apresenta, de forma mais clara, o exemplo de Jesus. Ele recusou – de forma absoluta – uma vida vivida à margem de Deus e dos seus projetos. A Palavra de Deus garante que, na perspectiva cristã, uma vida que ignora os projetos do Pai e aposta em esquemas de realização pessoal é uma vida perdida e sem sentido; e que toda a tentação de ignorar Deus e as suas propostas é uma tentação diabólica e que o cristão deve, firmemente, rejeitar.

ATUALIZAÇÃO ( EVANGELHO – Mt 4,1-11)

A questão essencial que a Palavra de Deus hoje nos propõe é, portanto, esta: Jesus recusou, de forma absoluta, conduzir a sua vida à margem de Deus e das suas propostas. Para Ele, só uma coisa é verdadeiramente decisiva e fundamental: a comunhão com o Pai e o cumprimento obediente do seu projeto… E nós, seguidores de Jesus? É essa também a nossa perspectiva? O que é que é decisivo na minha vida: as propostas de Deus, ou os meus projetos pessoais?

  • Quando o homem esquece Deus e as suas propostas, e se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, facilmente cai na escravidão de outros deuses que, no entanto, estão longe de assegurar vida plena e felicidade duradoura. Quais são os deuses que, hoje, dominam o horizonte desse homem moderno que prescindiu de Deus? Quais são os deuses que estão no centro da minha própria vida e que condicionam as minhas decisões e opções?
  • Deixar-se conduzir pela tentação dos bens materiais, do acumular mais e mais, do subordinar toda a vida à lógica do “ter mais”, é seguir o caminho de Jesus? Olhar apenas para o seu próprio conforto e comodidade, fechar-se à partilha e às necessidades dos outros, pagar salários de miséria e malbaratar fortunas em noitadas de jogo ou em coisas supérfluas… é seguir o exemplo de Jesus?
  • Usar Deus ou os seus dons para saciar a nossa vaidade, para promover o nosso êxito pessoal, para brilhar, para dar espetáculo, para levar os outros a admirar-nos e a bater-nos palmas… é seguir o exemplo de Jesus?
  • Procurar o poder a todo o custo (às vezes, entregando ao diabo os nossos valores mais importantes e as nossas convicções mais sagradas) e exercê-lo com prepotência, com intolerância, com autoritarismo (quantas vezes humilhando e magoando os pobres, os débeis, os humildes)… é seguir o exemplo de Jesus?

*Leia na íntegra no olhar- Seção: EVANGELHO DO DIA. Clique e terá a reflexão completa.

O verdadeiro jejum é socorrer o próximo;, o falso mistura religiosidade com os negócios sujos e tangentes da vaidade. Essas foram palavras do Papa Francisco na Missa desta sexta-feira, 3, na Casa Santa Marta.

As leituras do dia falam do jejum, isso é, explica o Papa, da penitência que os católicos são chamados a fazer neste tempo de Quaresma para se aproximar de Deus. Conforme diz o Salmo, Deus aprecia o coração penitente, o coração que se sente pecador e sabe ser pecador.

Na Primeira Leitura, tirada do Livro do profeta Isaías, Deus repreende a religiosidade dos hipócritas que fazem jejum enquanto cuidam dos próprios negócios, oprimem os trabalhadores e brigam batendo com punhos desleais. Por um lado, explicou o Papa, fazem penitência e por outro cometem injustiças, fazendo negócios sujos. Deus, em vez disso, pede um jejum verdadeiro, atento ao próximo.

“O outro é o jejum hipócrita, é a palavra que Jesus tanto usa, é um jejum para se fazer ver ou para sentir-se justo, mas nesse meio de tempo fiz injustiças, não sou justo, exploro as pessoas. ‘Mas eu sou generoso, farei uma bela oferta à Igreja’ – ‘Mas, diga-me, você paga o salário justo às tuas domésticas? Aos teus funcionários deixa de pagar o que é justo? Ou como quer a lei para que possam dar de comer aos seus filhos?”.

O Santo Padre contou como exemplo uma história que aconteceu logo após a Segunda Guerra Mundial com o padre jesuíta Pedro Arrupe, quando era missionário no Japão. Um rico homem de negócios fez-lhe uma doação para a sua atividade evangelizadora, mas com ele havia um fotógrafo e um jornalista. O envelope continha apenas 10 dólares.

“Isso é o mesmo que nós fazemos quando não pagamos o justo ao nosso povo. Nós tomamos das nossas penitências, dos nossos gestos de oração, de jejum, de esmola, tomamos uma tangente: a tangente da vaidade, do fazer-se ver. E aquilo não é autenticidade, aquilo é hipocrisia. Por isso, quando Jesus diz: ‘Quando rezar faça-o escondido, quando você der esmola não toque a trombeta, quando jejuar não se faça melancólico’, é o mesmo que dissesse: ‘Por favor, quando fizer uma boa obra não tome a tangente desta obra boa, é somente para o Pai”.

Francisco citou, nesse ponto, o profeta Isaías, onde o Senhor diz aos hipócritas qual é o verdadeiro jejum. Palavras que parecem ditas aos dias de hoje.

“’Não é esse o jejum que quero: soltar as correntes injustas, desatar as correias do jugo, colocar em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não consiste em dividir o pão com o faminto, introduzir em casa os miseráveis, sem teto, em vestir um nu sem negligenciar seus parentes?’ Pensemos nestas palavras, pensemos no nosso coração, como nós jejuamos, rezamos, damos esmolas. E também nos ajudará pensar o que um homem sente depois que paga 200 euros em um jantar, por exemplo, e volta pra casa e vê um faminto e não olha pra ele e continua a caminhar. Fará a bem a nós pensar nisso”. Fonte: http://br.radiovaticana.va

O artigo publicado há dois dias pelo bispo de Mostar (Bósnia e Herzegovina), sob cuja jurisdição Medjugorje atualmente se encontra, é muito significativo, começando pelo título. “As aparições dos primeiros sete dias em Medjugorje” é uma acusação com a qual dom Ratko Peric, desde sempre contra qualquer credibilidade ao fenômeno, procura desmantelar as “aparições” precisamente em sua primeira fase, utilizando material já conhecido e publicado há muitos anos. Essa fase sobre a qual a comissão criada por Bento XVI e conduzida pelo cardeal Camilo Ruini reconheceu, ao contrário, elementos sobrenaturais.

Peric ressaltou o ‘estranho tremor’ que um dos videntes, Ivan Dragicevic, “na conversa com o capelão, frei Zrinko Cuvalo (1936-1991), disse ter percebido, no primeiro dia, um ‘tremor’ das mãos da aparecida. Qual ‘tremor’? Tal percepção pode suscitar não só uma forte suspeita, como também uma profunda convicção de que não se trata de uma autêntica aparição da Beata Virgem Maria”.

Outras críticas do bispo estão relacionadas com a data e o aniversário das ‘supostas aparições’, que se iniciaram no dia 24 de junho de 1981, ainda que se tenha decidido que a festa anual se celebre no dia 25 de junho, dia em que supostamente todos os videntes teriam presenciado as aparições...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2017/03/as-aparicoes-de-medjugorje-nao-sao.html

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Desejo me unir a vocês na Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2017, tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, lhes animando a ampliar a consciência de que o desafio global, pelo qual toda a humanidade passa, exige o envolvimento de cada pessoa juntamente com a atuação de cada comunidade local, como aliás enfatizei em diversos pontos na Encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado de nossa casa comum.

O criador foi pródigo com o Brasil. Concedeu-lhe uma diversidade de biomas que lhe confere extraordinária beleza. Mas, infelizmente, os sinais da agressão à criação e da degradação da natureza também estão presentes. Entre vocês, a Igreja tem sido uma voz profética no respeito e no cuidado com o meio ambiente e com os pobres. Não apenas tem chamado a atenção para os desafios e problemas ecológicos, como tem apontado suas causas e, principalmente, tem apontado caminhos para a sua superação. Entre tantas iniciativas e ações, me apraz recordar que já em 1979, a Campanha da Fraternidade que teve por tema “Por um mundo mais humano” assumiu o lema: “Preserve o que é de todos”. Assim, já naquele ano a CNBB apresentava à sociedade brasileira sua preocupação com as questões ambientais e com o comportamento humano com relação aos dons da criação.

O objetivo da Campanha da Fraternidade deste ano, inspirado na passagem do Livro do Gênesis (cf. Gn 2,15), é cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho. Como “não podemos deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo atual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas” (LS, 43), esta Campanha convida a contemplar, admirar, agradecer e respeitar a diversidade natural que se manifesta nos diversos biomas do Brasil – um verdadeiro dom de Deus - através da promoção de relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles vivem. Este é, precisamente, um dos maiores desafios em todas as partes da terra, até porque as degradações do ambiente são sempre acompanhadas pelas injustiças sociais.

Os povos originários de cada bioma ou que tradicionalmente neles vivem nos oferecem um exemplo claro de como a convivência com a criação pode ser respeitosa, portadora de plenitude e misericordiosa. Por isso, é necessário conhecer e aprender com esses povos e suas relações com a natureza. Assim, será possível encontrar um modelo de sustentabilidade que possa ser uma alternativa ao afã desenfreado pelo lucro que exaure os recursos naturais e agride a dignidade dos pobres.

Todos os anos, a Campanha da Fraternidade acontece no tempo forte da Quaresma. Trata-se de um convite a viver com mais consciência e determinação a espiritualidade pascal. A comunhão na Páscoa de Jesus Cristo é capaz de suscitar a conversão permanente e integral, que é, ao mesmo tempo, pessoal, comunitária, social e ecológica. Reafirmo, assim, o que recordei por ocasião do Ano santo Extraordinário: a misericórdia exige “restituir dignidade àqueles que dela se viram privados” (Misericordia vultus, 16). Uma pessoa de fé que celebra na Páscoa a vitória da vida sobre a morte, ao tomar consciência da situação de agressão à criação de Deus em cada um dos biomas brasileiros, não poderá ficar indiferente.

Desejo a todos uma fecunda caminhada quaresmal e peço a Deus que a Campanha da Fraternidade 2017 atinja seus objetivos. Invocando a companhia e a proteção de Nossa Senhora Aparecida sobre todo o povo brasileiro, particularmente neste Ano mariano, concedo uma especial Bênção Apostólica e peço que não deixem de rezar por mim.

Vaticano, 15 de fevereiro de 2017.

Fonte: http://br.radiovaticana.va

VATICANO, 01 Mar. 17 / 11:55 am (ACI)- O Papa Francisco dedicou a catequese da Audiência Geral à Quaresma – que começa hoje com a Quarta-feira de Cinzas – e sublinhou que é um tempo de esperança que requer empenho, porque ninguém vai “ao paraíso de carruagem”.

A Quaresma é “um caminho difícil, como é justo que seja, porque o amor é um desafio, mas um caminho cheio de esperança” e “o cansaço de atravessar o deserto – todas as provações, as tentações, as ilusões, as miragens… tudo isso serve para formar uma esperança forte”, disse ao recordar a passagem do povo de Israel pelo deserto.

Francisco explicou que “Cristo nos precede com o seu êxodo e nós atravessamos o deserto graças a Ele e atrás Dele. Ele foi tentado por nós e venceu o Tentador por nós, mas também nós devemos, com Ele, enfrentar as tentações e superá-las”.

“Mas isso não quer dizer que Ele fez tudo e nós devemos fazer nada, que Ele passou pela cruz e nós vamos ao paraíso de carruagem. Não é assim. A nossa salvação certamente é dom seu, mas, uma vez que é uma história de amor, requer o nosso ‘sim’ e a nossa participação no seu amor, como nos demonstra a nossa Mãe Maria e depois dela todos os santos”.

Sobre a Quaresma, o Papa recordou que “foi instituída na Igreja como tempo de preparação para a Páscoa e, portanto, todo o sentido deste período de quarenta dias é iluminado pelo mistério pascal para o qual é orientado”.

“Podemos imaginar o Senhor Ressuscitado que nos chama a sair das nossas trevas e nós nos colocamos em caminho para Ele, que é a Luz”. No entanto, “a Quaresma é um caminho para Jesus Ressuscitado, é um período de penitência, também de mortificação, mas não com fim em si mesmo, mas sim finalizado a nos fazer ressurgir com Cristo, a renovar a nossa identidade batismal, isso é, renascer novamente ‘do alto’, do amor de Deus”.

“O ponto de partida é a condição de escravidão no Egito, a opressão, os trabalhos forçados. Mas o Senhor não esqueceu o seu povo e a sua promessa: chama Moisés e, com braço forte, faz os israelitas sair do Egito e os guia pelo deserto para a Terra da liberdade”.

Francisco recordou que o povo de Israel permaneceu 40 anos no deserto, “o tempo de vida de uma geração”. “Uma geração que, diante das provações do caminho, é sempre tentada a lamentar-se pelo Egito e voltar atrás. Mas o Senhor permanece fiel e aquele pobre povo, guiado por Moisés, chega à Terra prometida”.

“Todo esse caminho é cumprido na esperança: a esperança de chegar à Terra e justamente nesse sentido é um ‘êxodo’, uma saída da escravidão à liberdade”, explicou.

“Cada passo, cada cansaço, cada prova, cada queda e cada retomada, tudo tem o sentido interno do desígnio de salvação de Deus, que quer para o seu povo a vida e não a morte, a alegria e não a dor”.

O Santo Padre manifestou que “para abrir este caminho, esta passagem, Jesus precisou despojar-se da sua glória, humilhar-se, fazer-se obediente até a morte e a morte de cruz”. Fonte: http://www.acidigital.com

 

Como é difícil  falar bem de alguém, ver somente o lado bom delas! "Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente" (1 Pd 3,10).

O direito de examinar e reter as palavras são direitos imprescritíveis ao crente, só que o Evangelho não tem a pretensão de subtrair isso, como também não tem a finalidade de satisfazer todo mundo em suas opiniões pessoais ou ser usada para agredir a integridade de alguém. Infelizmente nos últimos dias tenho estado com pessoas que habitualmente e naturalmente agem assim, ou seja, fazem comentários alheios acerca do meu ministério e do meu entendimento. Como é difícil estar com esses irmãos. Estar com os que se entregam a esse comportamento e que nada mais fazem além de criar confusão e causar ira e amargura em nossos corações, sem falar da falsidade entre amigos.

No trato a critica, entendo que cada um está livre para aprová-la ou rejeitá-la; mas para discuti-la seria necessário debatê-la com conhecimento de causa; ora, a crítica, muito frequentemente, tem provado a ignorância de quem tem princípios tolos... Da mesma forma critico frequentemente neles a malevolência que os torna responsável por atos repreensíveis ou ridículos, e garanto que se ao serem confrontados certamente afirmariam que foram envolvidos incidentemente ou diabo armou uma cilada para eles.
Então porque quando os confrontamos pelo seu mau hábito, negam essas alegações respondendo com desculpas e racionalizações bíblicas ofensivas tripudiando ou debochando?

Em primeiro lugar, porque são fofoqueiros e não sabem que o são: Os fofoqueiros muitas vezes têm o objetivo de se elevar ao custo de fazer com que outras pessoas se pareçam maus e eles os bons; também se exaltam como uma espécie de repositórios de conhecimento e santidade, onde falam dos erros e defeitos dos outros, ou revelam detalhes potencialmente embaraçosos ou vergonhosos sobre a vida alheia sem o seu conhecimento ou aprovação alegando ser revelação divina. Sendo desmascarados, ao invés de admitirem a falha, eles culpam algo ou alguém mais na tentativa de minimizar a seriedade do erro do que para soluciona-lo.

Lamentavelmente temos visto tantas amizades [vidas] sendo destruídas por causa de algum engano [entendimento] e que começou com uma fofoca [critica]. Mas a Bíblia nos diz que "o homem perverso instiga a contenda, e o intrigante separa os maiores amigos" (Provérbios 16:28). Também no livro de Romanos, Paulo mostra a natureza pecaminosa daqueles a qual Deus estará derramando a Sua ira. Esses que por terem rejeitado as instruções e direção de Deus, Ele os entregou às suas naturezas pecaminosas. Nesta lista se inclui murmuradores e difamadores (Romanos 1:29-32). A bíblia fala que a boca do tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios um laço para a sua alma. “As palavras do mexeriqueiro são como doces bocados; elas descem ao íntimo do ventre” (Provérbios 18:7-8). Triste ver que alguns gostam disso e procuram por ocasiões para ofender outras pessoas.

Em segundo lugar, as atitudes deles se evidenciam precisamente ao contrário do que dizem, pois, muitos não estão vivendo, pelo contrário, vivem negando, confundindo-se com as imitações grosseiras e burlescas do charlatanismo da fé, pois enaltecem a si mesmo naquilo que fazem esquecendo as suas próprias fraquezas, dando, enfim, como a regra de todas as excentricidades em nome de Deus. A fofoca, que tem causado desunião, intrigas e amarguras na vida de alguns cristãos. Devemos, pois, definir, conhecer e aprender como neutralizar esse erro.

Não seria mais sensato apaga-los do meio dos salvos em Cristo. Mas instruí-los: Paulo advertiu as viúvas para não serem mexeriqueiras ou ociosas. Essas são conhecidas por serem "não só ociosas, mas também paroleiras [guardadoras] e curiosas, falando o que não convém" (1 Timóteo 5:12-13). Temos que nos atentar aos que não produzem frutos [ociosas] e que têm a tendência de passar muito tempo com outras pessoas em seus lares, trabalhos, escolas, juntamente e se envolvem na vida dos outros, escutando e observando varias conversas e situações que têm o potencial de serem destorcidas, principalmente quando ditas sem testemunha.

Em terceiro lugar, Deus nos adverte contra deixar que esse pecado entre em nossas vidas. "O que anda tagarelando revela o segredo; não te intrometas com o que lisonjeia com os seus lábios" (Provérbios 20:19). As mulheres certamente não são as únicas culpadas de fofocar.  Portanto, não se deve dirigir àqueles que têm convicções diferentes de fé com palavras de desrespeito e altivez, porque o fofoqueiro é um inútil leva e traz que só serve pra isso, pois, pessoas inteligentes falam sobre ideias, pessoas comuns falam sobre coisas; pessoas medíocres falam sobre pessoas… por favor, àqueles que, não estando satisfeitos com aquilo que vivem, procurem alguma coisa melhor...

Em quarto lugar, A igreja do Senhor na terra tem a missão de ser diferente, consequentemente com os Seus princípios, Jesus não se impõe a ninguém. Ele quer ser aceito livremente e por convicção voluntaria. Os ensinamentos que recebemos vêm gratuitamente Dele. O livro de Provérbios tem uma longa lista de versículos sobre os perigos da fofoca e potencial dano que pode resultar. "O que despreza o seu próximo carece de entendimento, mas o homem entendido se mantém calado. O mexeriqueiro revela o segredo, mas o fiel de espírito o mantém em oculto" (Provérbios 11:12-13). Por essa razão não nos misturemos com essas coisas e tentemos ficar de fora de escândalos e burburinhos.

A mim, alguns podem achar que julgo ser melhor que os outros, mas a verdade é que tento fazer o bem ao próximo a cada dia com a intenção de prepara-lo  para receber a salvação em Cristo. Porém, tem uma classe de cristão, ou  falsos cristãos, que acreditam que vão pro céu ofendendo os outros, mas que terão lugar reservado no inferno, por causa do “disse que me disse”. Sl 101.5 “Destruirei aqueles que falam mal dos outros pelas costas...”. 

Se mesmo assim alguém aí está pensando que está certo, saiba que: “Se não souber controlar a língua, a sua religião não vale nada, e está enganando a si mesmo.”  Inclusive, o que nos irrita no outro e nos faz pensar que ele seja arrogante, chato, sabe tudo... normalmente é aquilo que temos arraigado dentro de nós, portanto, o chato,  desempenha um papel importante: de nos mostrar quem somos e sobre nossas chatices também. Embora muitas vezes nós tenhamos nutrido sentimentos ruins por tanto tempo,  mesmo convertido precisamos de mais tempo pra acabar com eles.

Por isso muitas vezes perdemos as pessoas próximas por endurecermos o nosso coração.  Nesse caso, bem que poderíamos ter aprendido muito com essa pessoa, mas a perdemos... Também perdemos tempo pra descobrir que pessoas mudam, defeitos mudam, tempos mudam, mas, se não tomarmos cuidado, as opiniões não. Só não  percamos o tempo em amar as pessoas, ame-a sempre seja ela como for. “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu vos amei” (João 15:12)

Fonte: https://caetan.blogspot.com.br

Duas grandes vantagens proporciona esse jejum:

1°  Conseguir que se evite o pecado. Efetivamente, está escrito: No muito falar não faltará pecado (Pr 10, 19). E em outro lugar: Quem fala muito, fará mal a sua alma (Eclo 20, 8), e também: A língua desenfreada quer dizer, que não observa o silêncio é um mundo inteiro de maldade (Tg 3, 6). Por conseguinte, se conseguirem que jejue a língua digo que não cometerão a metade das faltas diárias. Quão proveitoso resulta, pois, dito jejum para a alma e a consciência!

2°  Mas há algo mais: esse jejum conserva, nutre e faz crescer todas as virtudes. Por isso disse as Escrituras: Se alguém não tropeçar com palavras, esse tal é varão perfeito (Tg 3, 2). Quer dizer que tem todas as virtudes.

Para conhecer a saúde de uma pessoa, basta olhar a sua a língua: se tiver acendidamente vermelha, ou suja, ou pálida, não goza de boa saúde. De igual modo, para conhecer em que estado se acha a alma de um religioso, terá que prestar atenção à sua língua: como a rege e que uso faz dela. Se fala muito é quase seguro que tem a alma infestada de culpas e pecados. Se fala pouco, se é recatado e circunspeto nas palavras, estejam seguros de que tem a alma adornada de formosas virtudes.

O prurido de falar, o hábito de contar piadas, a afeição à brincadeiras e a dissipação são indícios seguros de consciência vã e torcida, de espírito superficial, de alma adoentado e vazia de virtudes. Tão convencido disso estava santo Tomás, que afirmava abertamente: «Se vê um religioso que gosta das conversações fúteis, das piadas e frivolidades do mundo, de maneira nenhuma pensem que se trata de um homem espiritual e virtuoso, mesmo que fizesse milagres».

Alcançar que jejue a língua é, pois, meio excelente de guardar-se do pecado, fazer crescer as virtudes, ser gratos a Deus e inclusive aprender a falar devidamente.

Fonte: http://seminariomenorsaotarcisio.blogspot.com.br

Com o tema "Fraternidade: biomas brasileiros e a defesa da vida", a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente, na Quarta-feira de Cinzas, dia primeiro de março, a Campanha da Fraternidade 2017 (CF 2017). O lançamento será na sede da entidade, em Brasília (DF), e será transmitido ao vivo pelas emissoras de TV de inspiração católica, a partir das 10h45.

A campanha, que tem como lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), alerta para o cuidado da Casa Comum, de modo especial dos biomas brasileiros. Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a proposta é dar ênfase à diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem, sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.

Ainda de acordo com o bispo, a CF deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada. "Tocados pela magnanimidade e bondade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e a guardar”, salienta.

A cerimônia de lançamento contará com as presenças do arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, do secretário geral da Conferência, dom Leonardo Steiner, e do secretário de articulação institucional e cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte. No Brasil, a Campanha já existe há mais de 50 anos e sua abertura oficial sempre acontece na Quarta-feira de Cinzas, quando tem início a Quaresma, época na qual a Igreja convida os fiéis a experimentarem três práticas penitenciais: a oração, o jejum e a esmola.

Material

Para ajudar nas reflexões sobre a temática, são propostos subsídios, sendo o texto-base o principal. Dividido em quatro capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, o documento faz uma abordagem dos biomas, suas características e contribuições eclesiais na defesa da vida e cultura dos povos originários de cada bioma brasileiro. Também são apresentadas considerações ecológicas sob a perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos para esta edição, sendo o principal a Coleta Nacional de Solidariedade.

Os subsídios da CF 2017 estão disponíveis no site da editora Edições CNBB. É possível fazer o download do arquivo com todas partituras das músicas da CF 2017 e da Quaresma, entre elas o Hino Campanha, de autoria do padre José Antônio de Oliveira e Wanderson Freitas. Os interessados poderão baixar ainda o cartaz da CF e os spots de rádio, TV e internet preparados para a ocasião. Fonte: http://www.cnbb.org.br