Pastora é morta a tiros pelo sobrinho dentro de igreja no Sul do ES
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Marta Alves de Oliveira estava na igreja quando o seu sobrinho, que não teve a identidade divulgada, entrou no local e efetuou os disparos. O homem foi preso horas após o crime.
Pastora é assassinada pelo sobrinho a tiros dentro de igreja no Sul do ES
Por g1 ES
Identificada como Marta Alves de Oliveira, a pastora foi assassinada a tiros pelo sobrinho dentro de uma igreja no Sul do Espírito Santo — Foto: Reprodução
Uma pastora foi assassinada a tiros pelo próprio sobrinho em uma igreja no bairro Rubem Braga, em Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Espírito Santo, na noite de sexta-feira (13). Segundo a Polícia Militar, testemunhas contaram que o homem invadiu o local onde Marta Alves de Oliveira estava e efetuou os disparos. O assassino, que não teve a identidade divulgada, foi preso horas após o crime.
Ainda segundo a polícia, a corporação foi acionada para atender uma ocorrência de homicídio, e, quando os militares chegaram na igreja, encontraram Maria caída no chão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito da mulher no local.
O irmão da pastora disse aos policiais que um sobrinho estava ao seu lado naquela noite, em frente à igreja, e disse que iria matar a tia.
"O irmão da vítima disse que ficou assustado e entrou para a residência. Logo depois, ouviu dois disparos de arma de fogo e gritos", detalhou em nota.
Segundo a corporação, o suspeito foi localizado próximo à igreja, e inicialmente resistiu à ordem de abordagem, sendo necessário o uso da força e spray de pimenta para contê-lo. Ao ser questionado, o indivíduo confessou o homicídio aos militares e disse que era ameaçado de morte pela pastora.
O homem foi conduzido à Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim.
O corpo da pastora foi encaminhado à Seção Regional de Medicina Legal (SML) do município para ser necropsiado e, posteriormente, liberado aos familiares. Fonte: https://g1.globo.com
Estado e Igreja no Brasil
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Estado e Igreja no Brasil
Após 15 anos de sua ratificação, Acordo entre Brasil e Santa Sé ainda precisa ser mais conhecido no domínio público e nas instituições representativas do Estado e da Igreja
No próximo dia 7 de outubro transcorrerá o 15.º aniversário da aprovação, pelo Congresso Nacional, do Acordo entre o Brasil e a Santa Sé sobre o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil. O acordo foi assinado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e promulgado, após aprovado o Decreto Legislativo n.º 698, de 2009, no dia 11 de fevereiro de 2010. Portanto, ele possui força de lei em todo o território nacional. O acordo é um reconhecimento público da natureza jurídica da instituição chamada Igreja Católica Apostólica Romana pelo Estado brasileiro. Ele está em total sintonia com a Constituição brasileira.
Longamente discutido e elaborado entre as partes, o acordo tem a natureza de um tratado internacional entre dois entes soberanos com personalidade jurídica de Direito Internacional Público, no caso, o Brasil e a Santa Sé, representando a Igreja Católica. Da parte desta, o acordo representa o reconhecimento do Estado brasileiro e de suas legítimas instituições e representações; da parte do Estado, ele representa o reconhecimento jurídico da instituição Igreja Católica Apostólica Romana e de suas legítimas representações no Brasil. Também estabelece as formas da contribuição da Igreja Católica nos diversos campos da vida cultural, educacional e assistencial, bem como as modalidades de colaboração entre a Igreja Católica e o Estado brasileiro.
Esse reconhecimento jurídico da condição institucional da Igreja Católica havia deixado de existir no Brasil desde a proclamação da República, que extinguiu o Tratado do Padroado, regulador das relações entre Estado e Igreja durante o período imperial e também, anteriormente, durante o período colonial. A partir de então, embora a Igreja Católica não tenha sido proscrita nem deixado de existir e de dar sua contribuição ao País, a sua situação perante o Estado estava sem amparo jurídico e insegura. Há mais de meio século vinham sendo feitas tentativas para elaborar e validar algum instrumento jurídico que resolvesse essa situação. Finalmente, o acordo foi celebrado e ratificado em 2009.
Da parte da Santa Sé, há uma praxe secular e bem consolidada de celebrar tratados com os Estados onde a Igreja Católica se encontra e atua. Atualmente, há muitos desses tratados em vigor, mais ou menos abrangentes, com os mais diversos países, mesmo onde os católicos são apenas uma pequena minoria. Não se trata da pretensão de ser religião oficial em algum país; a isso, por princípio, ela já renunciou em todos os países. O objetivo da celebração de tratados é deixar claro perante o Estado e a sociedade quem ela é, quem a representa, qual é sua organização e quais são suas normas internas; quais são suas atuações públicas e suas possíveis colaborações para com o Estado e a comunidade local. Ao mesmo tempo, fica claro nos tratados que a Igreja Católica reconhece as instituições representativas do Estado e seu legítimo ordenamento jurídico. Da parte do Estado, ela espera ter o reconhecimento da liberdade religiosa e de atuação religiosa e nos diversos campos da vida social, como a educação, a cultura, a assistência social e a colaboração com o Estado, nos termos da legislação local.
Nos seus 20 artigos, além do reconhecimento jurídico da Igreja Católica e das instituições que a representam, o acordo trata dos objetivos da existência e atuação da Igreja no Brasil; da cooperação entre as partes no que se refere ao patrimônio histórico e cultural; da proteção dos lugares de culto e dos objetos e símbolos religiosos católicos; da assistência religiosa e espiritual às Forças Armadas, aos hospitais e prisões; da ação missionária; do reconhecimento dos títulos acadêmicos obtidos em instituições ligadas à Santa Sé, fora do Brasil; da cooperação na educação; do ensino religioso; do casamento religioso com efeito civil; das instituições beneficentes da Igreja Católica; além de outros assuntos.
Três lustros depois de sua ratificação, o Acordo entre o Brasil e a Santa Sé ainda precisa ser mais conhecido no domínio público e nas instituições representativas do Estado e da própria Igreja. Ainda pairam no ar certos questionamentos sobre a legitimidade desse instrumento jurídico de Direito Internacional. Para alguns, o acordo seria como um “pecado capital” contra a laicidade do Estado e a demonstração de que a Igreja Católica busca privilégios perante o Estado. Os três lustros que se passaram desde a assinatura do acordo já oferecem motivos para afastar esses eventuais temores.
A Igreja Católica não busca privilégios e nem de longe sonha em se tornar novamente a religião oficial do País. Ela reconhece e respeita o sadio princípio da laicidade mediante o qual o Estado reconhece e protege a liberdade religiosa e a livre manifestação religiosa dos cidadãos. Com o acordo, a Igreja Católica se apresenta perante o Estado e a sociedade e coloca as cartas na mesa, deixando claro quem ela é, quem a representa, o que ela faz, como se organiza e como interage com a sociedade brasileira. Tudo no respeito da lei que governa a todos. Fonte: https://www.estadao.com.br
*CARDEAL-ARCEBISPO DE SÃO PAULO
O Papa deixa Singapura rumo a Roma, termina a viagem à Ásia e Oceania
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O pontífice está no voo de volta a Roma após 12 dias de visitas à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura. Sua chegada ao aeroporto de Roma Fiumicino está prevista para o fim da tarde.
Silvonei José – Vatican News
O Papa Francisco concluiu nesta sexta-feira (13/09) o que deveria ser um duro teste em seu pontificado: a mais longa viagem internacional, 12 dias em que percorreu quatro países - Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura - e na qual, apesar de seus 87 anos e de seus problemas de mobilidade, passou sem problemas, em boa forma e sem mostrar sinais de fraqueza.
A viagem, durante a qual percorreu 32 mil quilômetros, somados aos que percorreu de carro e de papamóvel entre os fiéis, as quatro mudanças de horário e os sete voos, não parecem ter afetado o Pontífice, que nesta sexta-feira se despediu de Singapura com uma visita a um lar de idosos e um encontro com os jovens, no qual mais uma vez mostrou seu bom humor.
O Papa Francisco deixou Singapura às 12h25, hora local, concluindo sua 45ª viagem apostólica internacional à Ásia e à Oceania. Antes da cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Singapura, o Pontífice, recebido pelo Ministro da Cultura, Comunidade e Juventude, teve uma breve conversa com ele.
O voo papal (A350 – Singapura Airlines) deve percorrer 9.567 Km em cerca de 12h35’’ chegando ao Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci de Roma-Fiumicino no final da tarde italiana.
Durante o voo, previsto o tradicional encontro com os jornalistas para a coletiva de imprensa.
Francisco nos últimos dias foi visto por centenas de milhares de pessoas e apertou a mão de muitas delas, nas longas filas que se formavam no aguardo dos diversos eventos, sem perder a paciência, parando o carro em várias ocasiões para abençoar os bebês que os pais traziam para o lado da estrada para vê-lo passar por um momento, e sempre se aproximando dos doentes para um afago.
Também distribuiu doces para as crianças, uma a uma, que se exibiam cantando, dançando e tocando seus instrumentos durante suas apresentações, embora sempre em sua cadeira de rodas.
Francisco, um grande amante da Ásia, seguindo os passos dos jesuítas aos quais pertence, também quis mostrar que esse continente é a esperança para a Igreja Católica.
O Papa voltará a pegar um avião em 15 dias para viajar para a Bélgica e Luxemburgo. Fonte: https://www.vaticannews.va
Eleições
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Dom Leomar Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)
Uma forma de celebrarmos o dia da Pátria, que se aproxima, é nos comprometermos cada vez mais com uma sociedade justa e fraterna para que o nosso Brasil se torne uma nação mais humana e solidária. Para garantir esses ideais, a atenção ao processo eletivo de nossos governantes é um imperativo para um povo que visa a ética na sociedade.
Nesse contexto, o Regional Sul 3 da CNBB, por meio do Conselho Regional de Pastoral que reúne os Bispos, Coordenadores de Pastoral e Coordenadores das Comissões de Pastoral das 18 dioceses do Rio Grande do Sul, orienta os fiéis católicos e demais homens e mulheres de boa vontade para participar de forma ativa e consciente do pleito municipal de 2024. Com o Papa Francisco compreendemos que é “necessária a política melhor, a política colocada ao serviço do verdadeiro bem comum” (Fratelli Tutti, n. 154).
A Igreja Católica é apartidária, ou seja, não tem partido. Empenhada com a missão de anunciar o Evangelho, ela não renuncia ao seu compromisso político, que é o caminho concreto para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna, na qual todos possam viver com dignidade.
A gravidade dos desafios surgidos no Estado do Rio Grande do Sul com as enchentes e inundações exige um intenso trabalho para reunir forças, superar divisões e fortalecer a esperança. É tempo de cuidar e recuperar o sentido de pertencimento a esse pampa querido. É tempo de investir em projetos comuns e oferecer respostas que vão ao encontro da nova realidade que se nos impõe.
Diante disso, elencamos alguns critérios indispensáveis que iluminam a escolha de prefeitos e vereadores, para um voto participativo e consciente:
1-Compromisso com a promoção, a defesa e a proteção da vida de todas as pessoas, desde a concepção até a morte natural;
2-Promoção da família, com posicionamentos que priorizem e defendam os seus valores;
valorização do Diálogo e da Paz, com discurso conciliador, capaz de escutar e defender as propostas, sem ofender os outros;
3-Empenho pelo bem comum, propondo projetos e ações que visem, particularmente, os mais necessitados, sem excluir ninguém;
4-Postura ética, correta e justa, sem histórico de envolvimento em casos de corrupção;
preocupação e cuidado com Ecologia Integral, colocando a emergência climática como prioridade.
Ao eleitor exortamos não “vender” seu voto. O voto direto, secreto, livre, consciente e soberano é um direito de todo cidadão (Constituição, artigo 14, caput).
Pedimos às comunidades cristãs que acolham a todos, sem promover um ou outro candidato. A propaganda eleitoral, em templos de qualquer culto, é proibida. Além disso, é vedado qualquer pedido de votos, implícito ou explícito, no ambiente das igrejas, capelas, instituições religiosas e similares.
A nossa participação na política ultrapassa o voto, pois é preciso também acompanhar e cobrar daqueles que forem eleitos.
Urge criar um clima coletivo de liberdade para construirmos a paz entre nós. Em toda a sociedade dinâmica e criativa, as tensões são normais, mas não podem se converter em pressões e ameaças que afetem desastrosamente o processo democrático e a amizade social.
Que a Virgem Maria, profetisa da Esperança, renove nosso empenho por uma sociedade onde “justiça e paz se abraçarão” (Sl 85,11).
Conforme decidimos em Assembleia do Clero de Santa Maria, neste segundo final de semana de setembro, esta carta será lida ao final de todas as celebrações eucarísticas. Fonte: https://www.cnbb.org.br
Nossa independência no abismo?
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Dos desvios idiomáticos aos problemas enfrentados nas contas públicas, o Brasil corre o risco de perder sua independência
Por Flávio Tavares
O mês de agosto terminou há pouco, mas dele fica aquela rima que virou repetido refrão: “Agosto, mês do desgosto”. E há pretextos (ou até motivos) para isso: agosto foi o mês da bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945. Nove anos depois, aqui, no Brasil, o assassinato do major Rubens Vaz desencadeou uma crise política profunda que culminou, em 24 de agosto de 1954, com o suicídio do presidente Getúlio Vargas. Em 22 de agosto de 1976, vivíamos ainda sob ditadura quando o ex-presidente Juscelino Kubitschek morreu num acidente automobilístico na Via Dutra, nunca esclarecido e que, por isso, até hoje levanta suspeitas.
Mas agosto já passou, agora estamos em setembro e, amanhã, dia 7, festejamos 202 anos da proclamação da Independência do Brasil. É o “Dia da Pátria”, rememorando o histórico “grito do Ipiranga”, atualmente comemorado com desfiles militares e outras demonstrações de que somos independentes.
Vivemos hoje, no entanto, uma invasão estrangeira que pode transformar o estilo de vida e, especialmente, o idioma e as diferentes formas de comunicação. Se isso se consumar, perderemos nossa “independência”.
O poeta Fernando Pessoa já escrevia que “minha pátria é a Língua Portuguesa”, atualmente invadida pelo idioma inglês, tal qual no século 19 fora, em parte, invadida pelo francês. Camões, poeta maior de nossa língua, tem um soneto sobre o idioma português que vai às origens da língua derivada do latim vulgar: “Última flor do Lácio, inculta e bela / és a um tempo esplendor e sepultura / ouro nativo que na ganga impura / a bruta mina entre os cascalhos vela”.
Corremos o risco de que a raiz e o cerne de nosso idioma sejam suprimidos ou desapareçam nas formas essenciais (como desapareceu o latim) numa avalanche que cresce quase diariamente.
A mais recente expressão inglesa incorporada ao nosso idioma é fake news, repetida pelos meios de comunicação e adotada até nas escolas, como se em nosso idioma não houvesse o termo “falsa notícia”.
Porém a verdadeira aberração entre nós no Brasil é “mídia” (escrito assim, com “i” acentuado), que, de fato, é o termo latino media. Como em inglês escrevem media, mas pronunciam “mídia”, aqui passamos a escrever e dizer também assim, para significar “meios de comunicação”.
A internet despejou no idioma português uma série de expressões inglesas, desde streaming até outras mais, como on line ou Wi Fi. Não pretendo fazer, aqui, uma espécie de minidicionário de vocábulos ingleses hoje incorporados ao nosso idioma ou de uso corrente no dia a dia. Ou já praticamente intraduzíveis, como spray. Ou simplesmente adotados e de uso corrente, como shopping center e show, que substituíram aquilo que deveríamos chamar de “centro comercial” e “espetáculo”, em castiço português.
Há outros vocábulos ingleses que, pelo uso constante, foram já aportuguesados, tal qual stress (que escrevemos “estresse”) ou team, que escrevemos “time”, antes restrito ao futebol e, agora, generalizado. Na área desportiva os vocábulos ingleses se aportuguesaram quase totalmente, e talvez nos sobre apenas “natação”. Seria ridículo dizer ludopédio em vez de futebol, como sugeria meu professor de Português no ensino fundamental. Entretanto, no México (onde morei por cinco anos) dizem balonpié, traduzindo literalmente o termo inglês football. Aqui, joga-se vôlei e basquete, que antes chamávamos bola ao cesto.
O uso do idioma inglês penetrou até no Poder Judiciário, onde antes usava-se um latinório quase incompreensível. Há poucos dias o culto ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso escreveu fishing expedition, expressão comum nas cortes dos EUA, para aqui significar a “busca de ilícito sem causa provável”.
Não é por isso, entretanto, que somos um país subdesenvolvido, mesmo com dimensões continentais. Tantos são os motivos que é difícil de enumerá-los. Seria infantil e absurdo culpar os desvios idiomáticos pelos problemas atuais ou, até mesmo, pelos vividos ao longo dos anos. Aí está a crise climática indicando que o problema é secular e abrange o planeta inteiro.
Fiquemos, porém, com os problemas e desacertos recentes. Não me refiro aos crimes comuns, como o feminicídio, o roubo ou os incêndios florestais criminosos, cuja fumaça chega até a cidades como São Paulo. Saliento, porém, as responsabilidades dos governantes. Passamos da desastrosa gestão de Jair Bolsonaro ao esperançoso governo de Lula da Silva, mas a máquina governamental continua lenta, parecendo até que nada mudou.
Nessa lentidão, em que a ociosa burocracia se sobrepõe à realidade, em 2023 a área governamental gastou mais de 45% do Produto Interno Bruto (PIB) – em 2022 foram 43,4% do PIB. A dívida líquida da União (externa mais interna) em julho deste ano chegou a R$ 6,962 trilhões, mesmo que tenha caído a 61,9% do PIB.
Também em julho de 2024, o Banco Central acumulava uma dívida de US$ 378,7 bilhões (para evitar dúvidas, repito, dólares). Só isso já basta para indagar se nossa independência não estará à beira do abismo. Fonte: https://www.estadao.com.br
*JORNALISTA E ESCRITOR, PRÊMIO JABUTI DE LITERATURA 2000 E 2005, PRÊMIO APCA 2004, É PROFESSOR APOSENTADO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Como ajudar quem tem depressão e pânico.
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Doenças mentais não se curam com trabalho, chá de camomila, sono ou reza
Jornalista e roteirista de TV.
Estávamos na porta de casa, prontos para sair e curtir uma noite de Rock in Rio. Entradas VIP, com uma porção de mordomias que fazem diferença num festival que recebe milhares de pessoas a cada dia. A programação era ótima e ainda passaríamos a noite com amigos queridos. Antes de cruzar o batente, olhei para o meu marido e disse "não consigo". Comecei a tremer só de imaginar aquele mar de gente, música alta e fui engolida pelo medo de ter uma crise de pânico naquele tipo de condição.
O que eu recebi em troca foi um abraço. Ouvi dele que estava tudo bem, que poderíamos ver os shows em casa, tinha cerveja na geladeira, ele pediria pizza. Foi uma rotina nos meus dois primeiros anos de diagnóstico de Síndrome do Pânico, quando eu ainda não entendia quais eram os sinais de uma crise e tinha medo de que ela voltasse a acontecer como já havia, dentro de um restaurante, num baile de Carnaval, no provador de uma loja.
Certa vez tive que me deitar no chão do banheiro do aeroporto, encostar o rosto no piso frio e esperar que o remédio fizesse efeito e o sentimento de quase morte me abandonasse. Diante disso, muitas vezes, escolhia ficar em casa.
E tinha a depressão que me causava um vazio de sentimentos, nenhuma disposição de interagir, nenhum estímulo era suficiente para me comover. Mas o que eu me lembro de todo esse tempo é que tive apoio, empatia, carinho, amor, mesmo quando fui incapaz de retribuir.
Ajudar quem tem doenças psicológicas não é fácil, longe de ser. Mas um bom começo é aceitar e acreditar. Depressão não é frescura, não é preguiça, não é falta de fé, não é falta de louça para lavar, não é doença de rico. Sempre que escrevo sobre o assunto, recebo dezenas de mensagens de pessoas que não tem apoio das pessoas mais próximas, que minimizam o problema e adoram dar soluções mágicas. Depressão não se cura com trabalho, chá de camomila, sono ou reza.
Quando olho para meu marido, minha família e amigos próximos, não sei como eles aguentaram os meus períodos mais barra-pesada, quando eu só queria me recolher dentro de mim mesma, dormir ou beber, qualquer coisa que anestesiasse meus sentimentos.
O que eles me ofereceram foi presença. Estiveram sempre com uma mão estendida para quando eu tentasse me agarrar a alguma esperança de ficar bem. Não significa que eu não tenha me sentido sozinha ou revoltada. Hoje, entendo que esses sentimentos eram todos sobre a doença, que eu mesma demorei a aceitar. Eu tinha sido abandonada pela alegria, sentia raiva da dor que me afligia e eu não conseguia entender. Mas as pessoas que estavam no meu entorno formaram uma rede que me protege de mim mesma quando não consigo ser quem sempre fui.
Meu marido e meus pais jamais tentaram atropelar o tempo da minha recuperação. Nunca me forçaram a fazer nada ou trataram a depressão como a maioria ainda faz, como uma doença menor que pode ser resolvida com uma noite de sono, um banho de mar, exercício físico, um pouco de sol, boas companhias. Tudo isso pode ajudar, mas essa crença pelo paliativo apenas reforça o preconceito.
Embora cada pessoa precise de tratamento individualizado e reaja de forma distinta aos estímulos que recebe, se você convive com alguém que tem depressão ou/e pânico ou que demonstre sintomas de doenças psicológicas, ofereça apoio. Converse sobre os tratamentos, pergunte sobre os resultados, sobre os médicos. Mostre-se interessado e confiante no processo. Comente sobre as coisas que lê sobre o assunto, sem que seja o único assunto.
Você não terá a solução, talvez nem as melhores palavras. Nem sempre sabemos o que dizer diante do sofrimento alheio. Diga que está disponível, ofereça colo, consolo, companhia. Não deixe de estimular pequenas coisas no dia a dia ou convidar para programas mais elaborados, mas sem pressão. Dê espaço para que o outro respire, se recupere, mas sem se ausentar tanto para que ele possa se sentir abandonado e sem importância.
Apoie o Setembro Amarelo, uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2013. O mês foi escolhido porque desde 2003 o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
TERESA, JOÃO E A ESPIRITUALIDADE CARMELITANA
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Na vida e nos escritos de Teresa e de João, vemos que a vida espiritual não está dissociada da vida real. A espiritualidade carmelitana, com suas raízes na Regra e na experiência dos eremitas no Monte Carmelo, deu origem a muitos movimentos nos 800 anos de sua existência. A maioria desses movimentos enfatizou a contemplação e Teresa e João são autoridades renomadas nesta área. Os dois falam da possibilidade de experimentar o divino e do caminho que deve ser seguido rumo à oração.
Teresa e João faziam parte de um amplo movimento, mais forte na Espanha, que enfatizava a chamada “oração intelectual”. Sabemos que surgiram todos os tipos de problemas com este movimento e que isso incluiu a Inquisição. Ocasionalmente, Teresa e João eram denunciados a este órgão por seus inimigos mas nada sério veio das acusações, embora os dois tivessem que ser cautelosos. Apesar dos perigos, Teresa e João não podiam ignorar o chamado. Eles estavam respondendo com seus corações Àquele que os amava. A definição de Teresa de oração intelectual era muito simples e, ao mesmo tempo, muito profunda: “não é nada mais do que uma partilha íntima entre amigos; significa dedicar freqüentemente um tempo para estar a sós com Ele, aquele que sabemos que nos ama” (Vida 8,5). João escreve: “Aquele que foge da oração, foge de tudo que é bom” (Outras Máximas, 11).
Através da história da Ordem, é inquestionável que a contemplação sempre foi compreendida como o coração do carisma carmelitano. O Institutio Primorum Monachorum, que por centenas de anos foi o documento de formação para todos os jovens carmelitanos, diz: “O objetivo desta vida é duplo: Uma parte adquirimos através de nossos próprios esforços e pelo exercício das virtudes, com a ajuda da graça divina. Significa oferecer a Deus um coração que é sagrado e puro da verdadeira mancha do pecado. Alcançamos este objetivo quando somos perfeitos e ‘no Carit’, isto é, escondidos naquela caridade que o Homem Sábio cita, ‘O amor cobre ofensas’ (Pr 10,12). ... O outro objetivo da vida nos é dado como dom gratuito de Deus; ou seja, não apenas após a morte mas nesta vida mortal, para saborear algo no coração e experimentar na mente o poder da presença divina e a doçura da glória celestial” (Livro 1, cap. 3).
Santa Teresa e São João da Cruz foram bem formados na tradição carmelitana e lembraram a Ordem de sua inspiração inicial, como o fizeram todas as outras reformas através da história da Ordem. Ocasionalmente a Contemplação foi definida de diferentes maneiras e essas formas de compreendê-la estiveram mais ou menos em contato com a realidade das vidas dos verdadeiros carmelitanos. Na atual apresentação do carisma carmelitano, a Ordem diz o seguinte: “Os carmelitas buscam viver sua obediência a Jesus Cristo pelo compromisso de buscar a face do Deus vivo (a dimensão contemplativa da vida), pela fraternidade e pelo serviço no meio do povo” (Const. 14). Outro artigo da Constituição diz: “A tradição da Ordem sempre interpretou a Regra e o carisma fundador como expressões da dimensão contemplativa da vida e os grandes mestres espirituais da Família Carmelitana sempre retornaram a esta vocação contemplativa” (Const. 17). O mesmo artigo das Constituições assim descreve a contemplação: “uma experiência transformadora do irresistível amor de Deus. Esse amor nos esvazia de nossos modos humanos limitados e imperfeitos de pensar, amar e comportar-se, transformando-os em modos divinos” (Const. 17).
A Ratio esclarece o papel da contemplação no carisma da Ordem: A dimensão contemplativa não é meramente aquela dos elementos de nosso carisma (oração, fraternidade e serviço): é o elemento dinâmico que os unifica.
Na oração nos abrimos para Deus, que, por sua ação, nos transforma gradualmente através de todos os grandes e pequenos eventos de nossas vidas. Esse processo de transformação permite que participemos e experimentemos relacionamentos fraternos autênticos; nos coloca prontos para servir, capazes de compaixão e de solidariedade, e nos dá a capacidade de colocar diante do Pai as aspirações, as angústias, as esperanças e as súplicas do povo.
A fraternidade é o campo de provas da autenticidade da transformação que está acontecendo dentro de nós (Ratio 23). A Ratio continua: Através dessa transformação gradual e contínua em Cristo, que se realiza em nós pelo Espírito, Deus nos leva para si mesmo numa jornada interior que nos tira das margens dispersivas da vida para o âmago interior de nosso ser, onde ele vive e nos une a si mesmo.
O processo interior que leva ao desenvolvimento da dimensão contemplativa nos ajuda a adquirir uma atitude de abertura à presença de Deus na vida, nos ensina a ver o mundo com os olhos de Deus e nos inspira a buscar, reconhecer, amar e servir a Deus naqueles que estão ao nosso redor (Ratio 24).
Algumas pessoas vêem dificuldades entre o modo como as Constituições e a Ratio compreendem o carisma. Eu, pessoalmente, não vejo. O deserto foi usado muitas vezes como eufemismo para a jornada da contemplação (cf. Living Flame B, 3,38).
Papa: Maria nos precede no caminho rumo à união definitiva com o Senhor
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Nesta quinta-feira, 15 de agosto, dia em que a Igreja celebra a Solenidade da Assunção da Virgem Maria, celebrada no Brasil no próximo domingo (18/08), o Papa Francisco refletiu durante a oração mariana do Angelus sobre a visita de Nossa Senhora à sua prima Isabel. Segundo o Pontífice, essa é "uma metáfora de toda a sua vida, pois, a partir desse momento, Maria estaria sempre em caminho, seguindo Jesus como discípula do Reino".
Thulio Fonseca - Vatican News
“Hoje celebramos a Solenidade da Assunção da Virgem Maria e contemplamos a jovem de Nazaré que, assim que recebeu o anúncio do Anjo, partiu em visita à sua prima Isabel.”
Como destacou o Papa Francisco na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus nesta quinta-feira, 15 de agosto, a Igreja celebra o mistério da Assunção ao Céu da Mãe de Jesus, uma festa litúrgica que, no Brasil, será comemorada no próximo domingo, 18/08.
Maria está sempre a caminho
Ao refletir sobre o Evangelho da liturgia proposto para esta Solenidade (Lc 1,39-56), o Pontífice destacou a expressão “partiu”. Segundo Francisco, isso significa que Maria não considerou um privilégio a notícia que recebeu do Anjo, mas, ao contrário, saiu de casa e se pôs a caminho com a pressa de quem deseja anunciar essa alegria aos outros e com a preocupação de se colocar ao serviço de sua prima.
“Essa primeira viagem, na realidade, é uma metáfora de toda a sua vida, pois, a partir desse momento, Maria estaria sempre em caminho, seguindo Jesus como discípula do Reino. E, ao final, sua peregrinação terrena se encerra com a Assunção ao Céu, onde, junto a seu Filho, goza para sempre da alegria da vida eterna.”
“Irmãos e irmãs, não devemos imaginar Maria como uma ‘estátua imóvel de cera’; nela podemos ver uma ‘irmã... com as sandálias gastas... e com tanto cansaço nas veias’, pelo fato de ter caminhado seguindo o Senhor e ao encontro dos irmãos, concluindo então a sua viagem na glória do Céu. Assim, a Virgem Santa é aquela que nos precede no caminho, lembrando a todos nós que também a nossa vida é uma viagem contínua rumo ao horizonte do encontro definitivo."
"Rezemos à Nossa Senhora para que nos ajude a seguir nesta jornada rumo ao encontro com o Senhor", concluiu o Papa Francisco. Fonte: https://www.vaticannews.va
Congresso da Ordem Terceira do Carmo: Frei Carlos Mesters-01
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No vídeo, Palestra de Frei Carlos Mesters, O. Carm, no Congresso da Ordem Terceira do Carmo realizado nos dias 2-3 de agosto-2019. Rio de Janeiro, 6 de agosto-2024.
Semana Nacional da Família reúne a Igreja no Brasil durante o Mês Vocacional
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Os fiéis de todo o Brasil têm um compromisso marcado entre os dias 11 e 17 de agosto. É a Semana Nacional da Família, celebrada há mais de 30 anos e uma oportunidade de as pessoas se aproximarem e rezarem juntas, em família e em comunidade. Durante esses dias, no contexto do Mês Vocacional, a Igreja celebra a importância da vocação familiar e do serviço de evangelização às famílias.
O tema escolhido pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para este ano é “Família e Amizade”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2024, que abordou “Fraternidade e amizade social”. Os temas propostos para aprofundamento estão no subsídio Hora da Família, distribuído para grupos de todo o país celebrarem em casa, nas comunidades e paróquias.
“Acreditamos que é na família que construímos os melhores amigos e também onde aprendemos os valores básicos da vivência social. Desejo que todas as famílias possam fazer uma experiência profunda de amizade, especialmente com aqueles que estão mais próximos, para poder viver também uma profunda e intensa amizade com Deus”, disse o bispo eleito de Ponta Grossa (PR) e presidente da Comissão Vida e Família, dom Bruno Elizeu Versari.
A Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), responsável por animar a celebração da Semana Nacional da Família em todo o Brasil, deseja favorecer a oportunidade de as famílias vivenciarem momentos de oração, de confraternização e de visitas aos que estão afastados. “O importante é despertar junto com os filhos, junto com a família e em famílias a importância da amizade”, motiva dom Bruno Versari, convidando à participação nas atividades realizadas em cada paróquia do país. “Que possam fazer um momento de alegria e de convivência aí na sua comunidade!”, finalizou.
A Semana Nacional da Família
Em agosto, a Igreja no Brasil celebra o Mês das Vocações, e a cada semana são refletidos os diversos chamados de Deus para o serviço na Igreja e na sociedade. Na segunda semana do mês, a partir do Dia dos Pais, é celebrada a Semana Nacional da Família, como momento de destacar e valorizar a vocação matrimonial.
Nesse sentido, desde 1992, várias dioceses promovem atividades que em mais de três décadas foram tomando corpo pelo país e hoje contam com celebrações, encontros, palestras e momentos festivos. Tais eventos extrapolaram o âmbito da Igreja em algumas cidades do Brasil, com ações em escolas, associações, casas legislativas e outros locais – que inclusive a tem como data oficial no calendário municipal.
Materiais de apoio e divulgação
Para a celebração da Semana Nacional da Família, é oferecido o subsídio Hora da Família, com roteiros para o Dia dos Pais e para os encontros de cada dia da Semana. O material também contém os encontros para a Semana Nacional da Vida, que será vivenciada em outubro. O Hora da Família pode ser adquirido na loja virtual da Pastoral Familiar: lojacnpf.org.br
Além do subsídio impresso, a CNPF oferece um kit de material gráfico da Semana Nacional da Família 2024 para ser utilizado pelos comunicadores e agentes da Pastoral Familiar na divulgação. Acesse aqui.
Saiba mais sobre a Semana Nacional da Família no Portal Vida e Família: www.vidaefamilia.org.br Fonte: https://www.cnbb.org.br
Bispos venezuelanos pedem verificação do processo eleitoral
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Em um comunicado divulgado por ocasião dos acontecimentos nas eleições presidenciais, a Conferência Episcopal Venezuelana apela à verificação do processo eleitoral “no qual participem ativa e plenamente todos os atores políticos envolvidos”.
Vatican News
Protestos nos setores populares de Caracas e outras regiões da Venezuela depois das eleições realizadas no último domingo em que a oposição, organizações internacionais e governos manifestaram as suas dúvidas em relação aos resultados divulgados pelo órgão eleitoral, que deram a vitória a Nicolás Maduro.
Ouça e compartilhe
Os líderes da oposição venezuelana contestam o resultado, assegurando que, de posse de 73,25 % das atas, o candidato Edmundo González Urrutia venceu em todos os Estados, com 6.275.182, contra os 2.759.256 obtidos por Maduro.
Diante deste quadro, os bispos venezuelanos publicaram um comunicado onde destacam “a participação massiva, ativa e cívica de todos os venezuelanos no processo eleitoral", o que ratifica "a nossa vocação democrática.”
“Como pastores do Povo de Deus, acompanhamos de perto o desdobramento dos últimos acontecimentos e queremos expressar a todos a nossa proximidade e disponibilidade para prestar acompanhamento pastoral neste momento de preocupação”, afirma o comunicado dos prelados.
E unem-se ao pedido de uma verificação do processo eleitoral: “Unimos as nossas vozes às de todos aqueles dentro e fora da Venezuela que exigem um processo de verificação dos registos de contagem de votos, no qual todos os eleitores participem activa e plenamente.
Ao menos 12 manifestantes* morreram e mais de 700 foram presos durante os protestos em todo o país, que rechaçam a proclamação de Nicolás Maduro como presidente do país.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington, convocou uma reunião extraordinária para tratar dos resultados das eleições na Venezuela, questionadas pela oposição venezuelana e por vários países da região.
Neste meio tempo, o Governo da Venezuela exigiu que Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai retirassem “imediatamente” os seus representantes em território venezuelano, por terem manifestado a sua preocupação com o desenvolvimento das eleições presidenciais.
Jesuítas
O Centro Gumilla, que é o Centro de Investigação e Ação Social da Companhia de Jesus na Venezuela, por meio de um comunicado rejeitou o incitamento à “violência e a perseguições políticas", exortando a percorrer "caminhos de paz, o que exige respeito pela Constituição por parte de todos os cidadãos, organizações, Forças Armadas e poderes públicos.”
“O Conselho Nacional Eleitoral, com transparência, deve garantir aos Partidos Políticos, e a todo o país, o acesso a 100% dos registros eleitorais, por Estados, municípios e mesas, para verificar e validar se os resultados eleitorais correspondem ao que foi proclamado. Enquanto isto não for esclarecido, não é justo reconhecer aquele que foi proclamado vencedor”, afirma o comunicado do Centro Gumilla dirigido à opinião pública.
Também é lançado um apelo à comunidade internacional para que continue a mediação “para que o processo eleitoral esteja de acordo com a Constituição, que sejam esclarecidas as dúvidas razoáveis sobre os resultados e a verdade prevaleça, mediante auditorias independentes”.
União Europeia: sem verificação, votação não reflete vontade popular
O alto representante da União Europeia Josep Borrell felicitou "o povo venezuelano pela sua determinação em exercer o direito de voto de forma pacífica e massiva", reconhecendo "o empenho da oposição no processo eleitoral, apesar das condições desiguais. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada", reiterou.
Outrossim, como os resultados eleitorais não puderam ser verificados, "não podem ser considerados representativos da vontade do povo venezuelano até que todos os registos oficiais das assembleias de voto sejam publicados e verificados."
Neste sentido, a UE apelou ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela para agir com a máxima transparência no processo de apuração dos resultados, incluindo o acesso às atas de votação de todas as mesas de voto e a publicação dos resultados eleitorais. O apelo também às autoridades para que garantam a investigação completa de quaisquer reclamações ou reclamações pós-eleitorais.
Relatórios fidedignos de observadores nacionais e internacionais indicam que as eleições foram marcadas por numerosos fracassos e irregularidades.
Diante deste quadro, a União Europeia lamenta que nenhuma das principais recomendações da Missão de Observação Eleitoral da UE de 2021 tenha sido implementada. Os obstáculos à participação dos candidatos da oposição, as deficiências no registo eleitoral e o acesso desequilibrado aos meios de comunicação contribuíram para a criação de condições eleitorais desiguais.
A UE - ademais - manifesta a sua preocupação com as detenções arbitrárias e a intimidação de membros da oposição e da sociedade civil ao longo do processo eleitoral e apela à libertação imediata de todos os presos políticos, e assegura que continuará a dedicar todos os seus esforços políticos e diplomáticos para apoiar o diálogo e uma solução pacífica e negociada para a crise política.
A UE reitera o seu apoio aos esforços regionais e internacionais para facilitar o diálogo e restaurar a legitimidade democrática das instituições venezuelanas. Fonte: https://www.vaticannews.va
*Atualização às 6h30 de 31 de julho
Tito Brandsma (Em Inglês)
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Interpretação: Ledjane Motta/ Rio de Janeiro.
Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
1-The church to Carmel give thanks. A school of holiness and prayer. The church to Carmel praises: Fraternity, prophetism and mission
Tito Brandsma, Carmelita, journalist, our brother. With holy scapular we go on mission.
2 - We need, on hard times with Elias at the source have a drink. On the basement of the humanity, the truth and peace will always win.
3 – On Carmel our vocation is thinking about Maria. Commune every day to reach to contemplation
4 – The mission of carmelites it’s not do great things but, in the little things, with greatness, always live 5 – The media, after the temples, it’s the first pulpit to teach. It’s the power of the word and the truth against the violence.
6 – Poor woman, I'll pray for you. Even though i don’t know how to pray at least I’ll say " watch over our, sins”
7 – Prayer is not an oasis at the desert of the life, but a sea on our lives. Meditating, on the greatness news, following Jesus to Grow
Tito Brandsma (Em Espanhol)
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Tito Brandsma (Em Espanhol)
Interpretação: Ledjane Motta/ Rio de Janeiro.
Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
1-La Iglesia, gracias al Carmelo, escuela de santidad y de oración. La Iglesia alaba el Carmelo: Fraternidad, Profetismo y Misión.
Tito Brandsma, Carmelita, Periodista, nuestro hermano. Con el Santo Escapulario vamos juntos en Misión.
2-Necesitamos, en tiempos difíciles, con Elías, en la fuente para beber. En los sótanos de la humanidad, la verdad y la paz siempre triunfarán.
3- En el Carmelo, si pensamos en María, es nuestra propia vocación. Comunión, todos los días, para llegar a la contemplación.
4-La misión de los carmelitas no es hacer grandes cosas, sino en las cosas pequeñas, con grandeza, vivir siempre.
5- La prensa, después de los templos, es el primer púlpito para enseñar. Es la fuerza de la palabra y de la verdad, contra la violencia de las armas para matar.
6- Pobre mujer, rezaré por ti... Aunque no sepas rezar. Al menos puedes decir: "Ruega por nosotros pecadores... Lo dijo con fe.
7-La oración no es un oasis en el desierto de la vida, sino que es vida, en nuestro vivir. Meditando, en la Buena Noticia, siguiendo a Jesucristo para crecer
Biden se rende
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Em gritante contraste com o delinquente Trump, Biden sai da disputa como um político de grande estatura, que só foi abatido pela idade. Já no campo moral, o presidente ganhou de lavada
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou ontem, a escassos 107 dias da eleição, que desistiu de tentar a reeleição, ampliando o caráter dramático da campanha presidencial americana.
Pode-se ler sua decisão como um gesto de grandeza e espírito público, ante o fato de que sua permanência na disputa parecia ampliar drasticamente as chances de seu adversário, o ex-presidente Donald Trump, tido e havido como uma ameaça à democracia no país. Mas também é possível concluir que Biden não tinha alternativa, ante o fato de que sua candidatura estava sangrando – com perdas substanciais em financiamento e em apoio dentro de seu próprio partido. A pressão por sua desistência se tornou irresistível, e Biden, político experientíssimo aos 81 anos, concluiu o óbvio: sua candidatura estava morta.
Foram semanas de agonia após o desempenho desastroso no já antológico debate com Trump na TV. Recorde-se, aliás, que os democratas haviam desafiado Trump para o debate antes mesmo da confirmação das candidaturas porque tinham interesse em mostrar que, ao contrário das aparências, Biden estava em forma e pronto para o combate. Como se sabe, não foi o que se viu: os americanos, atônitos, puderam constatar que seu idoso presidente é um homem com limitações evidentes para o desafio de uma campanha eleitoral e, o mais importante, de governar os Estados Unidos por mais quatro anos.
Para piorar, as últimas semanas foram particularmente generosas para a campanha de Trump. Além da evidente fragilidade do adversário, o ex-presidente teve vitórias judiciais expressivas, que praticamente limparam seu caminho rumo à Casa Branca, onde terá poder para enterrar todos os inúmeros processos que tem contra si. Ademais, mas não menos importante, Trump sofreu uma tentativa de assassinato durante um comício, transformando-se automaticamente em mártir e em santo para seus inúmeros devotos. A sobrevivência de Trump foi transformada por sua campanha em prova de que o ex-presidente é um enviado de Deus para salvar a América. Nada menos.
Não foram poucos os que vaticinaram que a eleição, mantido o atual cenário, estava liquidada, ainda que as pesquisas de intenção de voto não tenham mostrado variações muito significativas em favor de Trump mesmo depois do atentado. E isso possivelmente se dá porque os Estados Unidos estão solidamente divididos entre democratas e trumpistas. A luta será para convencer os eleitores que não se identificam automaticamente com um ou outro – e eles terão peso significativo para decidir a eleição.
Para o Partido Democrata, começa agora a busca por um candidato viável, depois de semanas de angústia. Biden endossou sua vice, Kamala Harris, que não é exatamente um portento eleitoral, mas a esta altura não é possível imaginar uma disputa aberta entre os democratas pela vaga na chapa. Logo, salvo surpresas de última hora, os democratas irão de Kamala mesmo.
Ainda que abundem incertezas no campo democrata, a sensação certamente é de alívio. Não será mais necessário preocupar-se com cada frase dita por Biden – cujas declarações, todas elas, eram tomadas como medida de sua senilidade. A energia do partido poderá ser usada agora exclusivamente para construir uma candidatura forte o bastante para enfrentar Trump. A rigor, qualquer um seria melhor que Biden para cumprir essa missão.
É preciso energia e vigor para enfrentar Trump, que transformou o tradicional Partido Republicano numa seita que o idolatra, que nunca se conformou com a democracia e com sua derrota na eleição de 2020, que incitou uma tentativa de golpe de Estado e que tem profundo desprezo pelas instituições e pelos americanos que não o apoiam.
Em gritante contraste com o delinquente Trump, Biden sai da disputa como um político de grande estatura, que só foi abatido pelas limitações de sua idade, disputa que é impossível vencer. Já no campo moral, Biden ganhou de lavada. Fonte: https://www.estadao.com.br
Mãe do Carmelo
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Mãe do Carmelo
Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
Mãe do Carmelo, pra onde vais, Virgem do Carmo, onde estais. / Ensina a seguir Jesus, ensina encontrar a paz (bis)
1- Na Ordem, Terceira do Carmo, vamos juntos evangelizar, / Senhora do Escapulário, vem logo nos ajudar (bis)
2- No mês, da Flor Carmelo, a Novena vamos rezar. / julho é carmelitano, com o Cristo vamos encontrar (bis).
3- Com, Madalena de Pazzi, e Tito Brandsma, vamos louvar. / Com Teresona e João da Cruz, para o Monte vamos caminhar (bis)
4- Não me fale, em devoção, e para os pobres, os olhos fechar. / O Carmelo é compaixão, e vidas sempre salvar (bis)
ELEIÇÃO-2024: Pensar não ofende... Votar também.
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REFLEXÃO ELEITORAL À LUZ DA PALAVRA DE DEUS
Dom Jailton Oliveira Lino
Bispo de Teixeira de Freitas Caravelas (BA)
Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
Estamos nos aproximando de um período de grande importância para a vida cívica de nossas cidades: o período eleitoral. Em breve, seremos chamados às urnas para escolher nossos prefeitos e vereadores. Este é um momento que exige de nós, cristãos, uma profunda reflexão à luz da Palavra de Deus e dos ensinamentos da Igreja.
A política, como nos lembra o Papa Francisco, é o meio mais rápido de ajudar aqueles que mais precisam. Em seu ensinamento, o Papa nos exorta a ver na política uma forma elevada de caridade, pois ela busca o bem comum e a promoção da dignidade humana. No entanto, não podemos fazer da política um ringue de disputas onde predominam o ódio, o rancor e a raiva. A democracia não é esse palco. A democracia tem a ver com liberdade, liberdade de escolha, onde as pessoas podem escolher e serem respeitadas.
A Palavra de Deus nos orienta a agir com justiça, misericórdia e humildade (Miquéias 6:8). Neste período eleitoral, devemos lembrar que a justiça de Deus nos chama a olhar para o próximo com amor e compaixão, a promover a dignidade de cada pessoa, especialmente daqueles que estão mais vulneráveis e necessitados.
Jesus nos ensina: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Este mandamento deve guiar nossas escolhas e ações durante o processo eleitoral. Não devemos escolher nossos líderes baseados em interesses pessoais ou em promessas vazias, mas sim em sua capacidade de servir ao bem comum e de agir conforme os valores cristãos de amor, justiça e paz.
O Papa Francisco também nos adverte contra a tentação de instrumentalizar a política para fins egoístas. Ele nos chama a um engajamento político que seja realmente voltado para o serviço aos outros, e não para a busca de poder pelo poder. A verdadeira política, segundo o Papa, é uma das formas mais altas de caridade porque serve ao bem comum.
Em nossa caminhada democrática, que predomine o respeito, que predomine a política em favor dos que mais precisam. Que possamos escolher líderes que se comprometem verdadeiramente com a justiça social, com a promoção da paz e com a dignidade humana.
Precisamos nos entender como seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus, e levar em consideração o valor do outro. Não podemos secularizar o ser humano e colocar as disputas e o poder acima dos interesses do povo, dos interesses de Deus.
Peço a todos que orem pelo discernimento e sabedoria neste período eleitoral. Que o Espírito Santo nos guie em nossas escolhas e que possamos contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna, onde o amor de Cristo possa realmente se manifestar em nossas ações e decisões.
Que Deus abençoe a todos nós e ilumine o caminho de nossa nação. Fonte: https://www.cnbb.org.br
Menino de 7 anos esfaqueado por padrasto enquanto tentava salvar a mãe de agressão em Salvador tem morte cerebral, diz família
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Crime aconteceu no último fim de semana. Mulher não resistiu aos ferimentos.
Criança estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE) desde sábado (29), quando aconteceu o crime. — Foto: Arquivo Pessoal
Menino de 7 anos esfaqueado por padrasto enquanto tentava salvar a mãe de agressão em Salvador tem morte cerebral — Foto: Arquivo Pessoal
Por g1 BA e TV Bahia
O menino Arthur da Luz Santos, de 7 anos, que foi esfaqueado pelo padrasto enquanto tentava salvar a mãe de uma agressão no bairro do Doron, em Salvador, teve a morte cerebral confirmada por familiares, nesta quarta-feira (3). A criança estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE) desde sábado (29), quando aconteceu o crime.
Apesar da luta de Arthur, a mãe dele, Mariza da Luz Santos, de 30 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no sábado. O suspeito de cometer o crime foi preso em flagrante.
De acordo com a Polícia Militar, equipes da 23ª Companhia Independente foram acionadas com informações de que um homem era agredido por populares na Travessa Ana Lúcia Torres.
Ao chegarem ao local, os agentes foram comunicados de que ele havia esfaqueado a companheira e o enteado, além de ter colocado o próprio filho do casal, de apenas um mês de idade, dentro de um balde com água fria.
O suspeito ainda abriu o gás de cozinha da casa, para intoxicar o bebê, trancou os dois pequenos no imóvel e tentou fugir.
"Ele sempre foi o demônio, ela sempre deu sinais que não queria mais ele, mas ele não saía da vida dela. Ele não saía de jeito nenhum, até que fez uma brutalidade dessa e tirou a vida dela", disse a irmã da vítima, Larissa Santos.
As crianças foram resgatadas pelos militares e socorridas para o HGE. O recém-nascido recebeu alta hospitalar e está com familiares.
"Ela queria sair dele, mas ele perturbava ela todos os dias. Ele é um monstro, só peço justiça e que esse monstro não saia da cadeia"
O homem foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No domingo (30), ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Histórico de brigas entre o casal
De acordo com a Polícia Civil, até o momento não há detalhes sobre a motivação do ataque. Testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Entretanto, vizinhos e parentes relataram à reportagem da TV Bahia que Mariza sofria violência do companheiro, com quem convivia há três anos.
Ele foi identificado pelos entrevistados como Rodrigo Bispo dos Santos. A família já havia pedido que ela se livrasse do relacionamento abusivo, temendo o pior.
"Eles brigavam muito, ele batia muito nela, até quando ela estava grávida do menorzinho", detalhou uma vizinha, que não foi identificada.
Ela disse, ainda, que essa noite Rodrigo estava "completamente transtornado", e tentou escapar pela cobertura das casas. "Ninguém dormiu aqui essa noite, com esse homem andando pelo telhado para lá e para cá. Ele estava descontrolado. Ainda bem que foi preso", desabafou. Fonte: https://g1.globo.com
Papa: a Unção dos Enfermos não é só para quem está "prestes a morrer"
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Francisco, no vídeo de intenção de oração para julho, pede que rezemos "para que o sacramento da Unção dos Enfermos dê às pessoas que o recebem e aos que lhes são mais próximos a força do Senhor e se torne cada vez mais para todos um sinal visível de compaixão e esperança". O Papa ainda insiste que "não é um sacramento apenas para aqueles que estão prestes a morrer", explicando que é "um dos 'sacramentos da cura', que cura o espírito".
Andressa Collet - Vatican News
“Este mês tenhamos na nossa oração o cuidado pastoral dos enfermos.”
Assim inicia Francisco a mensagem em vídeo de julho com a intenção de oração que o Pontífice confia à Igreja Católica através da Rede Mundial de Oração do Papa. O Pontífice se detém a explicar mais precisamente sobre a Unção dos Enfermos, um sacramento administrado pelo sacerdote que proporciona consolo aos que sofrem alguma doença e aos seus mais próximos. Os sacramentos da Igreja são dons, são as formas de Jesus se fazer presente para abençoar, animar e acompanhar. O Papa faz um alerta:
"A Unção dos Enfermos não é um sacramento apenas para aqueles que estão prestes a morrer. Não. É importante deixar isto claro. Quando o sacerdote se aproxima de uma pessoa para lhe dar a Unção dos Enfermos, não está necessariamente a ajudá-la a despedir-se da vida. Pensar assim é desistir de toda a esperança. É dar por adquirido que depois do padre vem o coveiro."
Um sacramento com dimensão comunitária
O convite do Papa Francisco à oração de toda a Igreja é uma forma de tornar visível que a Unção dos Enfermos é um sacramento de natureza comunitária e relacional. Em Audiência Geral de fevereiro de 2014, dedicada à Unção dos Enfermos, o Pontífice recordou que "no momento da dor e da doença não estamos sós: o sacerdote e quantos estão presentes durante a Unção dos Enfermos representam toda a comunidade cristã que, como um único corpo se estreita em volta de quem sofre e dos familiares, alimentando neles a fé e a esperança, e apoiando-os com a oração e com o calor fraterno".
A proximidade de Jesus
Esse sacramento assegura a proximidade de Jesus à dor de quem está doente ou já idoso, o alívio do sofrimento e o perdão dos seus pecados, mas não é sinônimo de uma morte iminente. A Unção dos Enfermos é, frequentemente, um sacramento esquecido ou menos reconhecido, continuou o Papa. No entanto, "é o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar; também para lhe perdoar os pecados". E, no vídeo para o mês de julho, Francisco acrescenta:
"Lembremos que a Unção dos Enfermos é um dos 'sacramentos da cura', da 'cura', que cura o espírito. E quando uma pessoa está muito doente, é aconselhável dar-lhe a Unção dos Enfermos. E quando uma pessoa já é idosa, é apropriado que receba a Unção dos Enfermos."
As imagens que acompanham as palavras de Francisco no vídeo – gravadas por profissionais da Arquidiocese de Los Angeles em duas dioceses dos Estados Unidos: Allentown (Pensilvânia) e Los Angeles (Califórnia) – põem em destaque precisamente os diferentes contextos em que o sacramento pode ser administrado. São retratadas duas histórias aparentemente diferentes em idade e situação clínica, mas unidas pela graça da Unção dos Enfermos e pelo grande afeto daqueles que se reúnem em volta de quem recebe o sacramento.
“Rezemos para que o sacramento da Unção dos Enfermos dê às pessoas que o recebem e aos que lhes são mais próximos a força do Senhor e se torne cada vez mais para todos um sinal visível de compaixão e esperança.”
A Unção dos Enfermos à luz dos Evangelhos
O Padre Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, salienta que, embora já haja muitas pessoas que redescobriram a profundidade da Unção dos Enfermos, esse sacramento ainda é visto, frequentemente, como uma forma de preparar os doentes para a morte: "é isso que o Papa Francisco diz, quando recorda que, quando alguém está gravemente doente, queremos sempre adiar o sacramento da Unção dos Enfermos, pois persiste a ideia de que o coveiro chega depois do sacerdote (Audiência Geral de 26 de fevereiro de 2014). Por isso, o Pontífice deseja que este mês possamos redescobrir toda a profundidade e o verdadeiro sentido deste sacramento, não apenas como preparação para a morte, mas como um sacramento que consola os doentes em alturas de enfermidade grave, bem como os que lhe são queridos, e dá força a quem os cuida".
"A pessoa doente não está sozinha", conclui então o Pe. Fornso: "com os sacerdotes e as pessoas presentes, é toda a comunidade cristã que a apoia com as suas orações, alimentando a fé e a esperança, e assegurando-lhe, bem como à família, que não estão sós no sofrimento. Todos conhecemos pessoas doentes, rezamos por elas e, se entendemos que padecem de uma doença grave, bem como os idosos cujas forças declinam, não tenhamos dúvidas em propor-lhes que vivam esse sacramento de consolação e esperança". Fonte: https://www.vaticannews.va
Rebelião há 200 anos no Nordeste impulsionou debate sobre República e fez oposição a dom Pedro
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Confederação do Equador, deflagrada a partir de Pernambuco, foi sufocada pelo imperador
Ilustração da morte de Frei Caneca
RECIFE
O autoritarismo do Império brasileiro levou um grupo de revoltosos a proclamar uma República em 2 de julho de 1824, durante o reinado de dom Pedro 1º, em uma parte do Brasil. O episódio foi a Confederação do Equador, que questionava os superpoderes e intervenções do imperador. A República proclamada envolvia as províncias de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
O nome Confederação do Equador se deu por causa da proximidade das províncias com a Linha do Equador. O movimento aconteceu sete anos depois da Revolução Pernambucana de 1817, na qual foi inspirado, segundo historiadores, e dois anos depois da Independência do Brasil.
A declaração de Independência trouxe autonomia para o Brasil, mas não deixou a monarquia para trás. Por isso, a Confederação do Equador trouxe a ideia de República, que se efetivou apenas 75 anos depois, mas que já havia sido implantada em partes da América do Sul.
"Falar de República naquele momento era quase que uma blasfêmia, era quase que atentar os desígnios divinos, porque a ideia de monarquia de antigo regime, monarquia de direitos divinos, ainda estava muito viva", afirma o professor de história George Cabral, da Universidade Federal de Pernambuco.
Em 1824, dom Pedro desfez a Assembleia Constituinte que estava em andamento, composta por deputados eleitos nas províncias, e promulgou uma nova Constituição do Brasil que incluía um Poder Moderador chefiado por ele.
Naquela época, o imperador não falava em mudar a escravidão e tinha mantido a concentração de terras com os ricos.
A dissolução da Constituinte foi um dos motivos para a explosão da tensão em Pernambuco.
Os líderes da Confederação do Equador também questionaram a troca, em 1823, do presidente da província local, uma espécie de governador. Manoel de Carvalho Paes de Andrade foi eleito pelo voto popular —predominantemente homens ricos votavam—, mas foi retirado do cargo pelo imperador, que colocou na função o antigo incumbente, Francisco Paes Barreto.
A medida foi com base em uma lei de 1823 que determinou a indicação dos presidentes de províncias pelo imperador, em vez de serem escolhidos pelas próprias províncias.
Os ideias liberais eram o norte dos revoltosos, liderados por nomes como Paes de Andrade —articulador político—, Frei Caneca —tido como a voz intelectual do movimento— e Cipriano Barata, um médico baiano que foi morar em Pernambuco após retornar de um período em Portugal. Ele não voltou para a Bahia em razão das tensões políticas no estado, que só aderiu à Independência do país um ano depois. Já Frei Caneca era filho de um homem que fabricava canecas e serviu à Igreja Católica no Convento do Carmo, no Recife.
Os objetivos da Confederação do Equador eram garantir uma ordem constitucional, de preferência com o regime republicano federativo, ou seja, com as autonomias das províncias. Assim, o movimento pretendia se diferenciar do imperador, que era centralizador e tinha amplos poderes com a instituição do Poder Moderador, uma espécie de árbitro das divergências entre poderes.
Outra intenção era instituir o federalismo no país, a fim de garantir maiores autonomias às províncias. "Isso era um problema, porque o imperador não se sentia bem com essa história das províncias estarem com muita independência. Não é uma independência [no modelo] separação, é uma independência no tipo de um autogoverno. Porque o que ele queria na realidade era um governo dele, unitário", diz Flávio Cabral, professor de história da Universidade Católica de Pernambuco e especializado na Confederação do Equador.
"Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte estariam unidos, mas formando um todo. Porém, num Estado não centralizado, como foi aquele que ficou visível após a Independência, e sim num Estado descentralizado", acrescenta Cabral.
Uma discussão central na Confederação do Equador também era o fim da escravidão. Entre os participantes, havia muitos homens negros livres e muitos mestiços livres.
"E a Confederação do Equador foi até um passo adiante, se a gente comparar com a Revolução de 1817. Porque um dos principais, um dos primeiros atos do governo, foi a proibição do tráfico negreiro. Então, a gente pode dizer que a Confederação até avançou em relação à Revolução Pernambucana nesse sentido", diz George.
As elites pernambucanas aderiram ao Império para preservar seus lucros e mão de obra advinda da escravidão.
A Confederação do Equador tem muitas semelhanças com a Revolução Pernambucana de 1817, movimento separatista e republicano ainda no período colonial. Diversos participantes da mobilização de 1824 tinham participado dos atos de sete anos antes.
Alguns participantes de 1817 foram presos, como Frei Caneca, que ficou quatro anos detido e foi solto apenas após a Revolução Liberal do Porto de 1820, quando dom João 6º decretou a soltura de todos os presos políticos, o que contemplou o futuro líder da Confederação do Equador.
Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará eram ligados a Pernambuco social e economicamente, com a produção açucareira e do algodão. Por isso, tinham confluências com o estado mentor do movimento, além de ligações religiosas, com o mesmo bispado na Igreja Católica.
A repressão foi forte. Dom Pedro determinou o fechamento do Porto do Recife, sufocando o abastecimento da província ainda em abril de 1824, antes da eclosão da Confederação do Equador. O fechamento continuou durante todo o movimento, que acabou em novembro.
Como punição, Pedro 1º determinou a retirada da Comarca de São Francisco, atualmente no oeste da Bahia, do território pernambucano. Sete anos antes, o território de Pernambuco já tinha sido reduzido com a retirada de Alagoas, após a Revolução Pernambucana de 1817.
No campo militar, Pernambuco não tinha preparo para enfrentar a tropa do Império. As tropas imperiais ficaram na divisa com Alagoas, impedindo a comunicação com outras localidades. Depois, a tomada do Recife se deu por mar e por terra.
Acuado pelas tropas, Frei Caneca foi rumo ao Ceará, na esperança de organizar e encontrar uma resistência, o que não aconteceu. Foi preso e condenado à morte. Os aliados do Império se recusaram a enforcá-lo. A morte foi por fuzilamento. Já Cipriano foi preso em 1825.
A difusão de informações do movimento era feita nos jornais Thyphis Pernambucano, de Frei Caneca, e Sentinela pela Liberdade, de Cipriano Barata. Como parte expressiva da população não sabia ler, Frei Caneca, por exemplo, costumava ler as publicações em praça pública para disseminar as suas ideias.
"Os jornais eram comprados por quem tinha dinheiro. A partir do momento que eles ouviam as discussões, as pessoas, mulheres, pobres ou ricas, escravizados de ambos os sexos, estavam nas esquinas comentando daquilo que está se passando no Rio de Janeiro e em outras partes do mundo", diz Flávio Cabral.
A constituição de um país republicano a partir de Pernambuco não deu certo, mas a Confederação do Equador ajudou a disseminar os ideais de República e liberdade. Duzentos anos depois, os debates sobre superposição dos poderes e sobre autoritarismos ainda estão em vigor no Brasil.
Em Pernambuco, o governo estadual prepara uma série de atividades, a partir da terça-feira (2), para celebrar o bicentenário da Confederação do Equador, incluindo o lançamento de livros especiais e acervos de publicações do período da eclosão do movimento. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
Igreja Universal volta a investir alto em horários na TV e vai gastar R$ 1 bilhão em 2024
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Edir Macedo retoma parceria com Rede 21, aumenta tempo na TV Gazeta e reajusta valores com Record e RedeTV!
Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record - Folhapress
ARACAJU
Desde 2019 diminuindo cifras em televisão aberta, a Igreja Universal do Reino de Deus decidiu seguir caminho contrário em 2024 e voltou a investir pesado na TV. A maior congregação pentecostal do Brasil vai voltar a gastar um valor acima de R$ 1 bilhão por locações de horários.
O grosso deste investimento, claro, é na Record, emissora que tem Edir Macedo como dono. Somente com a venda das madrugadas para telecultos e programas especiais, a IURD tem a previsão de desembolsar R$ 910 milhões até dezembro, segundo o F5 apurou.
O valor pode ser ainda maior porque ele não contabiliza a produção de novelas bíblicas. Desde 2022, para diminuir custos próprios da Record, a Igreja Universal produz atrações como "Reis" e a recém-estreada "A Rainha da Pérsia", exibidas em horário nobre.
O que fez o valor se elevar para 2024 foi a retomada de uma parceria que estava suspensa desde dezembro de 2022. A Igreja Universal voltou a ocupar 22 horas da programação da Rede 21, canal do Grupo Bandeirantes de Comunicação, dono da Band.
O retorno aconteceu após um acordo oriundo de uma disputa judicial que se arrastava há dois anos. A estimativa de gastos até o fim do ano da Igreja Universal com esse contrato é de R$ 300 milhões anuais.
Para retomar com a Rede 21, a Band se comprometeu a fazer investimento em melhorias de transmissão de sinal para todo o Brasil para crescer sua cobertura nacional para até 70% do território brasileiro. Essa era a principal queixa da IURD quando rescindiu com o acordo antigo.
Outros dois contratos também tiveram reajustes e puxaram para cima os gastos da Igreja Universal. A TV Gazeta de São Paulo aumentou sua faixa de vendas para a IURD desde o ano passado, e com o reajuste previsto em contrato, vai receber em 2024 cerca de R$ 300 milhões. Ao todo, a IURD ocupa 13 horas da programação da Gazeta.
O mesmo vale para a RedeTV!, que desde o início de junho, negociou mais uma hora de sua programação matinal para a IURD, que agora ocupa três horas diárias. Os gastos anuais com a RedeTV! serão em torno de R$ 350 milhões.
Por fim, a Universal também tem um contrato com a CNT, onde ocupa 22 horas da programação, assim como na Rede 21. O valor é menor em relação aos outros, com repasse de cerca de R$ 100 milhões anuais.
Desde 2019, a IURD vinha tentando não pagar tanto para estar na TV aberta. O objetivo era fortalecer sua presença no digital para alcançar novos fiéis, assim como diversas outras igrejas estão fazendo. No entanto, o retorno foi abaixo do esperado, segundo apurou o F5.
Em 2023, a Igreja Universal do Reino de Deus decidiu recalcular a rota e retomou negócios com TVs abertas. Somente na Record, houve crescimento de repasse em mais de R$ 100 milhões. Além dos programas exibidos em rede, há pagamentos para afiliadas da emissora em todo o Brasil.
O F5 procurou a Universal e alguns de seus representantes para falarem sobre o assunto, mas a igreja disse que não comenta detalhes contratuais com as TVs. Fonte: https://f5.folha.uol.com.br
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