Olhar Jornalístico

MEDITAR NA LEI DO SENHOR E VIGIAR EM ORAÇÃO- Retiro da Ordem Terceira do Carmo

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Publicado em 28 novembro 2024
  • Ordem Terceira do Carmo,
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  • Sodalício da Venerável Ordem Terceira do Carmo de Saquarema,
  • VIGIAR EM ORAÇÃO

Província Carmelitana Fluminense

Venerável Ordem Terceira do Carmo

Sodalício de Saquarema, Rio de Janeiro

Retiro.  30 de novembro-2024

Frei Petrônio de Miranda, O. Carm e Paulo Daher

 

MEDITAR NA LEI DO SENHOR E VIGIAR EM ORAÇÃO

Frei Bruno Secondin O. Carm. Adaptação para Ordem Terceira, por Frei Petrônio de Miranda, O. Carm

           

Eis o grande tema carmelita: até as pessoas menos instruídas sabem que o ideal carmelitano é o da vida de oração. E em torno deste ponto focal deveriam convergir todas as outras coisas: o trabalho, a convivência familiar e as nossas opções- sejam amorosas, sociais, políticas ou religiosas- a formação espiritual, o sentido da maturidade humana e psicológica, a direção espiritual, o apostolado.

 

Uma tradição de conflitos e de hipocrisias: Se é grande a glória para o Carmelo neste campo – e disto ninguém duvida – é preciso também reconhecer que as hipocrisias não faltam. E também são abundantes as manipulações. A primeira hipocrisia é a de uma vida real que na verdade não parece dar esta importância à oração e à meditação assídua da Palavra, da qual nasce o vigiar nas orações.

Uma releitura das intenções originais do carisma nos ajuda a superar razões de polêmica e a reencontrar um sentido novo para esta característica do Carmelo. Na releitura nova da Regra os capítulos 10-17 formam um bloco único, e representam o modelo de Jerusalém. E, por consequência devem ser interpretados numa unidade dinâmica. Se assim fizermos, veremos bem como a Palavra ouvida e meditada na solidão floresce em oração vigilante e em louvor sálmico, mas também em partilha dos bens e dos sentimentos do coração. E tudo encontra o seu vértice na celebração eucarística, que é plenitude do que a Palavra anuncia e promete, e fermento para que a vida se transforme em koinonia e seja transfigurada na sobriedade e na solidariedade  em nome da  Palavra (R 17).

 

A oração como vigilância: Não pode ser interpretada como um tempo noturno roubado ao sono para rezar. Mas antes como uma gramática do desejo: acende-se no coração a certeza de uma presença e de um projeto, cujos contornos se procuram na práxis (louvor, partilha, páscoa diária, reconciliação, luta espiritual, ascese flexível, etc.) Mas também se propõe fazer de toda a existência uma espera vigilante, um estar de sentinela, apaixonados e implorantes. Não é, portanto, a quantidade ou o método que faz do Carmelo uma comunidade orante. Mas este coração que vibra e espera, perscruta e implora, purifica-se e põe em prática a Palavra.

 

Orar como Igreja e em nome da Igreja: este é na realidade o verdadeiro sentido da vocação carmelita à oração. Uma oração não de horários e de tamanho, mas de coração que ama e que implora, de paixão pelo Reino que trabalhosamente se faz luz na história. Orar como Igreja é principalmente deixar-se amar e convocar. falar ao coração e salvar por meio da Palavra e da mesa eucarística, da solidão e da corresponsabilidade, do trabalho e do silêncio, da fidelidade à sabedoria dos séculos e da abertura ao novo que vai chegando. Se relermos os nossos grandes mestres sob esta perspectiva, encontraremos muitas confirmações, mas também um convite a mudar de esquema.

 

Uma oração teologal e não só orações: olhando-se bem para a Regra, mas ainda para a nossa história e a nossa espiritualidade, descobrimos que a oração nunca se desprende da história, antes está entrelaçada dentro da história, impregnada de história. Reconhecemos que Deus está fazendo crescer os seus desígnios dentro da história: rezamos desde dentro da nossa experiência de Filhos, e Cristo primogênito reza conosco e em nós. Verdadeiramente rezamos antes de tudo com esta consciência, nele reconhecendo misericórdia, perdão, ternura, fidelidade. A síntese é a oração do Pai Nosso, que justamente vale tanto quanto o breviário inteiro.

 

Uma oração eclesial: enquanto fruto do Espírito, que anima a Igreja, conhece os seus gemidos e aspirações, e os eleva em nosso favor até onde está o Pai (Rm 8,26). Trata-se certamente de uma experiência pessoal autêntica, que nasce do coração e da interioridade, mas não se fecha sobre si mesma, exprime ao mesmo tempo a comunhão dos irmãos, dos filhos de Deus, do edifício espiritual que vai crescendo sob a guia do Espírito. Não percamos de vista a função central da capela dedicada a Maria: a oração, que nasce na interioridade de cada um, tende por sua natureza a se manifestar em expressões compartilhadas por todos, como expressão coral de uma família, de uma comunidade.

Uma oração que é via para crescimento em humanidade: retenhamos que hoje é muito importante colocar a nossa atenção sobre o dinamismo do crescimento na autoconsciência cristã através da oração e o orar. Para que todos nos demos conta de que aqui justamente está uma das grandes dificuldades da nossa oração: que ela se torne não só um problema de quantidade e de tempo, de fórmulas e de gestos, mas sobretudo de crescimento dinâmico, de maturidade global. A Regra propõe-nos uma experiência unificada e unificante com o mistério da salvação, que se realiza no tempo e caminha para a plenitude do Reino escatológico. O escopo final é uma existência transfigurada, em que tudo vem à luz em síntese: Se, pelo contrário, a nossa preocupação é a de ensinar as descrições metodológica e psicológicas dos nossos mestres, nós nunca formaremos orantes de coração vigilante.

A palavra é uma lâmpada para os nossos passos [cf. Sl 118 (119) 105]. Queremos completar esta nossa exposição mais uma vez com um texto bíblico, que talvez raramente tenhamos lido. São alguns versículos do Sirácide 35,9-18. Limito-me a algumas anotações para ajudar na interpretação.

 

A hipocrisia do culto sem justiça: não se pode separar o culto a Deus do modo de viver, seguindo uma moral dupla. Deus não se deixa enganar pelas aparências quando se oferece os frutos de ações perversas. Não basta rezar pessoalmente com intensidade, é preciso saber distinguir a desonestidade em tantas situações e não concordar com a hipocrisia.

 

O semblante alegre , com ânimo bem disposto: não há verdadeiro diálogo com Deus se não existe amor e alegria ao fazê-lo, desejo de encontrá-lo. No constrangimento e no medo não floresce verdadeira oração. Mas a alegria nasce também da resposta de Deus, gratuita e generosa. “Bela é a misericórdia no tempo da aflição: é como nuvens que trazem a chuva no tempo da seca (Sr 35,24)”.

Deus ouve a prece do oprimido: A Escritura toda no-lo testemunha. Deus conhece e escuta a súplica e o desabafo. Quer dizer que é lícito desabafar-se e gritar; mas também que aquele que ama a Deus deve  aguçar os próprios ouvidos e abrir o próprio coração para escutar como Deus e a reagir como Ele, “restabelecendo a equidade”.

 

Rezar com o corpo: Notemos a ênfase corpórea deste modo de orar. Reforça o sentido da luta, da fadiga, da solidão; é também expressão de uma fé tenaz e confiante. É o corpo todo e a vida que se fazem oração; não é apenas um dizer orações de qualquer maneira.

 

Caminho de crescimento: Seja para quem implora e desafia as nuvens para se fazer escutar , seja para a história da humanidade, a oração do humilde torna-se graça que abala as injustiças e faz realizar a justiça e a misericórdia. Bartolomeu de las Casas foi justamente lendo este texto que se converteu de clérigo conquistador em profeta dos oprimidos.

 

Para meditar e orar

1-Nós, Sodalício da Ordem Terceira do Carmo de Saquarema, estamos convencidos de que devemos repensar o sentido da nossa vocação para a oração?

2- Segundo Frei Tito Brandsma- Santo Carmelita, “A oração é vida, não um oásis no deserto da vida”. Como tornar-se Igreja orante e não só fazer orações?

3- Impossível ser um homem e uma mulher de oração da Ordem Terceira do Carmo e fechar os olhos para a pobreza, as Guerras e as diversas injustiças sociais do Brasil e do mundo. Como crescer em humanidade e solidariedade rezando?

 

O Silêncio no Carmelo

Frei Petrônio de Miranda, O. Carm

 

A simplicidade falou, o amor foi escutar, era a brisa do Carmelo, com o Profeta a contemplar.

 

1- Zelo zelatus sum, pro Domino Deo exercituum/ Eu me consumo de zelo, dia e de noite, pelo Senhor (bia)

 

2- No barulho da grande cidade, na agitação do metrô/ Quem caminha sem o silêncio, jamais encontra, o meu Senhor. (bis)

 

3-Tem gente que grita aqui, fala alto em todo lugar/ Esse não é o carmelita, aqui o silêncio veio habitar. (bis)

 

4-Deus não está surdo, não adianta jamais gritar/ Ele ouve a nossa prece, atende o clamor, do pobre a chorar. (bis)

 

5-No rádio e na tv, no jornal ou no celular/São palavras e mais palavras, e o vazio, sempre a reinar. (bis)

 

6- Com Teresa e Teresinha, eu quero silenciar/ Com Madalena de Pazzi, buscando essa paz, eu vou me encontrar. (bis)

O novo ano litúrgico: um caminho de fé e esperança

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Publicado em 26 novembro 2024
  • Dom Anuar Battisti ,
  • Arcebispo Emérito de Maringá
  • novo ano litúrgico
  • Ciclo Litúrgico
  • Tempo da Quaresma e Páscoa
  • Tempo do Advento e Natal
  • Evangelista do Ano C
  • Conversão e Esperança
  • ciclos litúrgicos
  • Missa dominical é o centro da vida cristã

 

Dom Anuar Battisti

Arcebispo Emérito de Maringá (PR)

 

Com o início do Tempo do Advento, a Igreja celebra o início de um novo Ano Litúrgico, um ciclo espiritual que nos convida a mergulhar novamente no mistério de Cristo. Este tempo, estruturado em diversas épocas e celebrações, é um itinerário de fé que guia os cristãos na vivência dos mistérios da encarnação, paixão, morte e ressurreição de Jesus. 

O Ano Litúrgico não é apenas uma organização cronológica, mas uma proposta espiritual que orienta os fiéis a caminharem com Cristo, renovando a fé, fortalecendo a esperança e intensificando a caridade. Vamos refletir sobre a riqueza desse novo tempo e como ele pode transformar nossa vida espiritual. 

 

O Ciclo Litúrgico: Estrutura e Significado 

O Ano Litúrgico é dividido em três grandes ciclos: o Ciclo do Natal, o Ciclo da Páscoa e o Tempo Comum. Cada ciclo nos convida a contemplar diferentes aspectos da vida de Cristo e a aprofundar nossa relação com Ele. 

 

1.Tempo do Advento e Natal: 

O Advento marca o início do Ano Litúrgico, com suas quatro semanas de preparação para a celebração do nascimento de Jesus. É um tempo de espera e esperança, de vigilância e conversão. O Natal, por sua vez, celebra o mistério da encarnação, quando Deus se fez homem e habitou entre nós (Jo 1,14). 

 

2.Tempo da Quaresma e Páscoa: 

Após o Tempo Comum inicial, a Quaresma é um período de preparação para o ponto culminante do Ano Litúrgico: a Páscoa. Este tempo nos convida à penitência, oração e caridade, conduzindo-nos à celebração da paixão, morte e ressurreição de Cristo, o coração da nossa fé. 

3.Tempo Comum: 

O Tempo Comum é dividido em duas partes e ocupa a maior parte do Ano Litúrgico. É o tempo de aprofundar o seguimento de Jesus no cotidiano, refletindo sobre sua vida, suas palavras e seus ensinamentos, especialmente por meio dos Evangelhos dominicais. 

 

O Evangelista do Ano C 

No Ano Litúrgico C, que se inicia, somos conduzidos pelo Evangelho de São Lucas. Este evangelista destaca a misericórdia de Deus, a universalidade da salvação e a alegria de viver o Evangelho. Lucas nos apresenta um Jesus compassivo, que acolhe os marginalizados, exalta os humildes e revela o amor infinito de Deus por toda a humanidade. 

 

Um Caminho de Conversão e Esperança 

Cada Ano Litúrgico é um convite à conversão. Ele nos recorda que a nossa vida é uma peregrinação rumo à casa do Pai, onde Cristo nos espera. A repetição dos ciclos litúrgicos não é uma simples rotina, mas uma oportunidade de aprofundar nossa fé e caminhar com mais firmeza no discipulado. 

Além disso, o Ano Litúrgico nos insere na comunhão com toda a Igreja, que celebra os mesmos mistérios em todos os cantos do mundo. Por meio da liturgia, somos chamados a viver a unidade do Corpo de Cristo e a testemunhar a fé em nosso dia a dia. 

 

Como Viver Bem o Novo Ano Litúrgico 

Para aproveitar ao máximo a riqueza espiritual do Ano Litúrgico, algumas atitudes podem ser cultivadas: 

  • Participação ativa na liturgia: A Missa dominical é o centro da vida cristã. Participar com atenção e devoção nos conecta profundamente com o mistério de Cristo.
  • Leitura e meditação das Escrituras: Os textos litúrgicos são uma fonte rica de espiritualidade. Reservar tempo para meditar sobre as leituras dominicais ajuda a vivê-las mais intensamente.
  • Compromisso com a oração e a caridade: O Ano Litúrgico nos chama a intensificar nossa vida de oração e a praticar o amor ao próximo, seguindo o exemplo de Cristo.

 

Conclusão 

O início de um novo Ano Litúrgico é uma oportunidade para renovarmos nosso compromisso de viver como discípulos de Jesus. Cada tempo e celebração nos oferece um caminho de encontro com o Senhor, permitindo que sua graça transforme nossas vidas. 

Que este novo ano seja, para cada um de nós, um tempo de crescimento na fé, de perseverança na esperança e na vivência concreta da caridade. Que, ao longo deste ciclo, possamos dizer com alegria: “Fica conosco, Senhor” (Lc 24,29), e caminhar com Ele rumo à plenitude do Reino de Deus. Fonte: https://www.cnbb.org.br 

Desafios no combate ao discurso de ódio online

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Publicado em 18 novembro 2024
  • Supremo Tribunal Federal,
  • O Supremo Tribunal Federal,
  • ministro do Supremo Tribunal Federal,
  • Marco Civil da Internet
  • discurso de ódio
  • Confederação Israelita do Brasil

Tanto usuários quanto provedores têm a ganhar com um sistema claro e eficiente de resolução e moderação de conflitos na internet e de reparação civil

 

Por Rony Vainzof e Fernando Lottenberg

O Marco Civil da Internet (MCI), de 2014, seguiu tendência das últimas décadas, isentando as redes sociais de responsabilidade pelo conteúdo gerado por terceiros, exceto em casos de pornografia não autorizada, violação de direitos autorais e descumprimento de ordens judiciais para remoção de conteúdo.

Porém, mais de dez anos após a vigência do MCI, o aumento do discurso de ódio e da desinformação online, somado ao papel central das redes sociais na comunicação pública, revela a necessidade de maior responsabilidade dessas plataformas na moderação de conteúdo, por mais difícil que seja a tarefa.

Atualmente, tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) dois casos paradigmáticos com repercussão geral envolvendo o tema. Um no sentido de o provedor de internet fiscalizar o conteúdo publicado e retirá-lo do ar quando considerado ofensivo, sem intervenção do Judiciário, e o outro discutindo a necessidade de ordem judicial de exclusão de conteúdo para a responsabilização civil de provedor, por danos decorrentes de atos ilícitos praticados por terceiros.

Fato é que as redes sociais desempenham papel crucial nesse debate, pois é nelas que ocorrem muitos dos incidentes envolvendo discurso de ódio. Essas plataformas são frequentemente obrigadas a decidir se mantêm ou não conteúdos e perfis acusados de propagar ódio. Além disso, elas vêm desenvolvendo diretrizes internas para orientar a remoção de conteúdos e punir perfis com base nos seus próprios termos de uso.

Existem basicamente duas camadas para a moderação de conteúdo online nas redes sociais: filtragem prévia e tratamento do conteúdo após denúncia. Para ambas as situações, em que pese as redes sociais não dependerem de ordem judicial para realizarem a moderação, ao menos no recorte antissemitismo, os números do discurso de ódio são alarmantes: desde o ataque do Hamas contra Israel, em 7/10/2023, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) constatou mais de 96 mil menções antissemitas nas redes sociais no Brasil, com o alcance potencial de mais de 93 milhões de visualizações.

Antes do Marco Civil, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) adotava postura rigorosa, no sentido de coibir a divulgação de conteúdos depreciativos e aviltantes de forma célere. Uma vez notificada de que determinado conteúdo era ilícito, a rede social deveria retirá-lo do ar no prazo de 24 horas, sob pena de responder solidariamente com o autor direto do dano, em virtude de omissão (Recurso Especial n.º 1.323.754, de 19/2/2012).

São diversas as normas e decisões internacionais impondo às plataformas a necessidade de adotarem o devido processo informacional na moderação de conteúdo, tais como: o Digital Millennium Copyright Act (EUA), o Direito ao Esquecimento (União Europeia), a NetzDG (Alemanha) e o Digital Services Act (União Europeia).

Não se trata de tornar ilegais discursos anteriormente lícitos, mas da obrigação de estabelecer regime de responsabilidade e conformidade para o gerenciamento de conteúdo nocivo, nos seguintes termos:

  • Crimes tipificados criminalmente, como racismo, terrorismo, instigação a suicídio, violência contra mulher, ilícitos contra crianças e adolescentes, devem ser tratados e removidos em até 24 horas pelas plataformas que moderam conteúdos;
  • No caso de subjetividade do conteúdo apontado como ilícito (“ilegalidade não óbvia” da lista de crimes), as plataformas devem adotar medidas para avaliar o caso com maior profundidade e ter mais prazo até tomarem uma decisão;
  • Em casos de extrema complexidade, terem prazo ainda maior e utilizarem consultores e entidades externas para ajudarem na avaliação;
  • Devem também adotar medidas para limitação de alcance do conteúdo; vedação de utilização de contas inautênticas para práticas nocivas; avisos sobre a sensibilidade de determinados conteúdos; desestímulo financeiro, impedindo a monetização, suspendendo ou cancelando contas que servem para atividades ilícitas, entre outras medidas.

Essas ações devem ser transparentes, com as plataformas divulgando periodicamente os dados e critérios utilizados na moderação de conteúdo. A transparência é essencial, tanto para o combate ao discurso de ódio quanto para a preservação da liberdade de expressão. A informação transparente ao cidadão sobre quais são os critérios decisórios é uma garantia contra o arbítrio e a seletividade e um instrumento poderoso para a fiscalização da coerência na moderação de conteúdo.

O STF tem uma excelente oportunidade de regular a responsabilização das redes sociais de acordo com as suas atividades (Artigo 3.º, inciso VI, do MCI), gerando o combate mais efetivo ao discurso de ódio e com maior segurança jurídica aos provedores de aplicações, ao delimitar quais conteúdos estariam abarcados na inconstitucionalidade do artigo 19 do MCI, além de determinar maior transparência.

Regulação não é inimiga dos direitos. Tanto usuários quanto provedores têm a ganhar com um sistema claro e eficiente de resolução e moderação de conflitos online e de reparação civil. Fonte: https://www.estadao.com.br

*SÃO, RESPECTIVAMENTE, ADVOGADO, SECRETÁRIO DA CONIB; E COMISSÁRIO DA OEA PARA O MONITORAMENTO E COMBATE AO ANTISSEMITISMO

Francisco: confiar no Evangelho para não viver com a angústia da morte

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Publicado em 18 novembro 2024
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No Angelus, o Papa recorda que, nas tribulações, nas crises, nos fracassos, é preciso olhar para a vida e para a história sem medo de perder o que acaba, mas com alegria pelo que permanece. A dor causada por guerras, violência, desastres naturais, pode nos ensinar a não nos apegarmos às coisas do mundo que inevitavelmente são destinadas a desaparecer. Tudo morre, mas “não perderemos nada do que construímos e amamos”.

 

Antonella Palermo - Vatican News

Na reflexão do Angelus deste domingo, 17 de novembro, o Papa Francisco se detém sobre o que passa e o que permanece. Todas as realidades deste mundo estão destinadas a passar, o que permanecerá será o amor do qual teremos sido capazes.

 

Não se apegar ao que passa

Francisco comenta as leituras do dia, convidando-nos a superar o apego às coisas terrenas: crises e fracassos, ou a dor causada por guerras, violência, desastres naturais, que não podem e não devem nos mergulhar na desolação. A sensação de que tudo está chegando ao fim é apenas uma sensação, parece dizer o Papa, “sentimos que até as coisas mais belas passam”.

 

As crises e os fracassos, no entanto, embora dolorosos, são importantes, pois nos ensinam a dar a tudo o devido peso, a não prender o coração às realidades deste mundo, porque elas passarão: estão destinadas a passar.

 

Tudo morre, não o que construímos e amamos

O convite do Papa é para viver de acordo com a promessa de eternidade e ressurreição do Evangelho. É isso que torna possível “não viver mais sob a angústia da morte”.

Tudo morre e nós também morreremos um dia, mas não perderemos nada do que construímos e amamos, porque a morte será o início de uma nova vida. Irmãos e irmãs, mesmo nas tribulações, nas crises, nos fracassos, o Evangelho nos convida a olhar a vida e a história sem medo de perder o que acaba, mas com alegria pelo que permanece: não nos esqueçamos que Deus prepara para nós um futuro de vida e alegria. Fonte: https://www.vaticannews.va

Apóstolo Rina, fundador da Bola de Neve Church, morre em acidente de moto

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Publicado em 18 novembro 2024
  • Política e Religião,
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  • Rina

Religioso tinha 52 anos e criou igreja conhecida por atrair famosos

 

O apóstolo Rina, fundador da igreja Bola de Neve, que morreu neste domingo (17) - @ap_rinaoficial no Instagram/Instagram

 

Anna Virginia Balloussier

São Paulo

Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, o apóstolo Rina, fundador da Bola de Neve Church, morreu neste domingo (17) num acidente de moto em Campinas (SP). Ele tinha 52 anos.

A informação foi confirmada à Folha por Eduardo Tuma, presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo e presbítero na igreja.

Segundo a assessoria da Bola de Neve, Rina passeava de moto pelo interior do estado quando sofreu o acidente, que lhe provocou múltiplas fraturas. Ele voltava de um culto e estava com o grupo Pregadores do Asfalto, o motoclube de sua igreja. Deixa quatro filhos.

Formado em propaganda e marketing, o líder evangélico fundou na virada do século a igreja que tem como marca uma prancha de surfe no púlpito. Dizia que assim a batizou por estar fundando um movimento que começaria como uma bola de neve até virar uma avalanche.

Filho de evangélicos, ele contava que sua fé cresceu após uma hepatite que o fez sofrer dores fortes e "constatar a existência real do inferno".

Ele estava afastado da liderança da igreja nos últimos meses, após ser acusado pela esposa, a também pastora Denise Seixas, de violência doméstica. Rina era investigado em inquérito policial sob suspeita de "ameaça, difamação, injúria, lesão corporal, falsidade ideológica e violência psicológica contra a mulher".

Nas redes sociais, ainda se declarava casado com Denise. Ela chegou a conseguir uma medida protetiva de urgência contra o marido, que teve uma arma apreendida pela Justiça após a denúncia.

Antes de criar a Bola de Neve, ele frequentou a Igreja Batista e liderou o Ministério de Evangelismo da Renascer em Cristo. Apóstolo da Renascer, Estevam Hernandes define Rina como "um filho na fé, um servo de Deus que produziu grandes frutos e deixa um grande legado de vida".

A Bola de Neve é popular sobretudo entre crentes jovens. Tem bateria de Carnaval (a Batucada Abençoada), Ministério de Lutas (como jiu-jitsu) e um dresscode que pouco lembra o visual conservador associado a igrejas mais tradicionais. As primeiras reuniões, ainda nos anos 1990, aconteciam numa loja que vendia artigos de surfe, daí adotar uma prancha como púlpito. Rina gostava de surfar.

"Falávamos de Deus, mas também surfávamos", Rina uma vez disse sobre a origem da sua igreja. "Não éramos uns ETs. Pensamos em algo que começasse pequeno e depois poderia crescer. E Bola de Neve se encaixou, traz um pouco da essência do que é a igreja. É irreverente e não associa logo à religião, a coisa formal. Nosso público já tem muita formalidade em suas vidas e quer ir para a igreja do jeito que ele é, sem precisar representar nada."

A igreja chegou a atrair celebridades convertidas como o surfista Gabriel Medina, a modelo Sasha Meneghel e seu marido, o cantor gospel João Figueiredo, e Rodolfo Abrantes, ex-vocalista da banda Raimundos.

Em vídeo postado na internet, Rodolfo afirmou em maio que sofreu abusos emocionais quando era membro de uma Bola de Neve em Balneário Camboriú (SC), uma relação que chamou de "abusiva e opressora". Desligou-se dela há 13 anos.

"Fico muito triste com tudo que está acontecendo pois, mais uma vez, homens, em nome de Jesus, o representam mal", afirmou após vir à tona a acusação de violência doméstica contra Rina.

O pastor Silas Malafaia vê "calúnias sérias e difamações vergonhosas" contra Rina, a quem tinha como "um grande amigo" que "liderava uma igreja moderna, mas sem abrir mão dos fundamentos do Evangelho".

Em 2021, Rina deu uma entrevista à Folha para defender que templos religiosos continuassem abertos em meio à pandemia da Covid-19, a despeito do isolamento recomendado para brecar o avanço do vírus. Falou então em "saúde espiritual em tempos de desesperança".

No ano seguinte, fez campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL). "A adesão à candidatura, entre líderes cristãos, foi espontânea e natural", disse ao jornal. Achava bom ter "um candidato realmente de direita" na disputa, que acabou vencida por Lula (PT). Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Ordem Terceira do Carmo: Regional Sul de Minas Gerais

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Publicado em 09 novembro 2024
  • Ordem Terceira do Carmo,
  • Província Carmelitana Fluminense,
  • Delegado Provincial para Ordem Terceira do Carmo,
  • Ordem Terceira do Carmo Secular,
No último sábado, 26 de outubro-2024, tivemos a alegria de conviver com o regional da região Sul de Minas Gerais; Passa Quatro, Carmo de Minas- incluindo Campanha e Cambuquira.
Além de um dia de formação para aqueles Sodalícios, tivemos a Santa Missa com o Ritual de Votos Perpétuos de uma irmã terceira de Cambuquira e 12 que entraram no Postulantado de Passa Quatro.
Ao incansável Flávio- referência carmelitana da cidade- e articulador regional, agradecemos todo o esforço, dedicação e carinho para com todos nós. Não podemos esquecer do Coordenador da Comissão Provincial, o digníssimo Paulo Daher que, desde a quinta-feira 24, estava orientando o Sodalício com o objetivo de “ressuscitar” a presença do Carmo naquela cidade.
Aqui também vai o nosso muito obrigado a priora de Carmo de Minas, senhora Silvana, ao animador da cidade da Campanha, Alan Lucas, e ao incansável Fábio, que a muitos anos tenta implantar um Sodalício na cidade de Cambuquira. Em nome da Província Carmelitana Fluminense, o nosso muito obrigado!
Que Nossa Senhora do Carmo e o nosso Pai e Guia, Santo Elias, abençoe a todos e todas na caminhada de PEREGRINOS DA ESPERANÇA RUMO AO MONTE CARMELO. 

Investigado no inquérito da trama golpista, padre disse à PF que foi ao Planalto prestar 'apoio espiritual' a Bolsonaro

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Publicado em 08 novembro 2024
  • Bolsonaro,
  • Jair Bolsonaro,
  • tentativa de golpe
  • padre José Eduardo de Oliveira e Silva
  • Investigado no inquérito da trama golpista, padre
  • padre José Eduardo de Oliveira Silva

Religioso negou que tenha participado de qualquer reunião com conotação política

 

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva — Foto: Reprodução

 

Por Eduardo Gonçalves

 — Brasília

Investigado no inquérito sobre a suposta trama golpista, o padre José Eduardo de Oliveira Silva afirmou à Polícia Federal que se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro no fim de 2022 para prestar "apoio espiritual" a ele. O religioso negou ter participado de qualquer reunião no Palácio do Planalto com conotação política ou que tenha sido discutida a minuta golpista. A oitiva ocorreu nesta quinta-feira.

O padre foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis que mirou as pessoas investigadas por planejarem uma tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, assim, manter Bolsonaro no poder. Em nota, a defesa de Silva afirmou que a menção dele no inquérito é um "equívoco".

"Reiterou-se e ficou claro que o padre nunca participou de qualquer reunião nem colaborou na redação de qualquer documento que visasse favorecer uma ruptura institucional no país", diz o texto assinado pelo advogado Miguel da Costa Carvalho Vidigal.

O religioso já havia prestado atendimento espiritual a Bolsonaro, quando ele levou uma facada no abdômen durante a campanha eleitoral de 2018. No fim de 2022, após a derrota eleitoral para Lula, o ex-presidente estava sofrendo de uma erisipela aguda - o que o teria leva a ser chamado de novo ao Planalto.

Nesse mesmo período, a PF aponta que o ex-presidente passou a se reunir com seus auxiliares nos Palácios do Planalto e Alvorada para discutir alternativas para ele se manter como presidente e impedir a transmissão do cargo a Lula. Entre as propostas, segundo as investigações, estavam a decretação do estado de sítio, prisão de autoridades e realização de novas eleições.

Em sua delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, citou a presença de um padre em algumas dessas reuniões.

Além do padre, a PF ouviu nesta semana o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); quatro coronéis, um general e um engenheiro. Os depoimentos fazem parte da reta final do inquérito sobre a suposta trama golpista, que deve ser concluído com o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ramagem afirmou à PF não se recordar de discussões sobre um plano de golpe. E a maioria dos militares recorreu ao direito de ficar em silêncio.

A defesa do religioso se queixou de que a PF "vasculhou conversas do sacerdote com fiéis" que são protegidas pelo "sigilo sacerdotal". "É um precedente imenso em nosso país que não pode ser ignorado. Não bastasse tanto, além da garantia constitucional de liberdade religiosa, são diversos os artigos legais que garantem ao sacerdote e ao fiel manter o total sigilo da conversa havida entre eles", afirmou o advogado. Fonte: https://oglobo.globo.com

Francisco: somos peregrinos, caminhar nos aproxima de Deus e da vida dos outros

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Publicado em 06 novembro 2024
  • Papa Francisco,
  • Homilias do Papa Francisco,
  • caminhar nos aproxima de Deus e da vida dos outros
  • A fé é uma viagem
  • viajantes
  • Caminhar sempre,
  • Peregrinos da Esperança,

Publicamos o texto integral do prefácio de Francisco ao livro “A fé é uma viagem”, antologia das meditações do Pontífice para viajantes e peregrinos publicada pela Livraria Editora Vaticana em vista do Jubileu.

 

Papa Francisco

Quando eu era padre em Buenos Aires, e mantive esse hábito mesmo como bispo em minha cidade de origem, amava ir a pé aos vários bairros para visitar os confrades sacerdotes, visitar uma comunidade religiosa ou conversar com amigos. Caminhar faz bem: nos coloca em relação com o que está acontecendo ao nosso redor, nos faz descobrir sons, cheiros, ruídos da realidade que nos circunda, enfim, nos aproxima da vida dos outros.

Caminhar é não ficar parado: crer significa ter dentro de si uma inquietação que nos leva a um “mais”, a mais um passo a frente, a uma altura a alcançar hoje, sabendo que amanhã o caminho nos levará mais longe - ou mais em profundidade, na nossa relação com Deus, que é exatamente como a relação com a pessoa amada da nossa vida, ou entre amigos: nunca terminado, nunca dado como certo, nunca satisfeito, sempre em busca, ainda não satisfatório. É impossível dizer com Deus: “Está feito, está tudo bem, basta”.

Por esta razão, o Jubileu de 2025, junto com a dimensão essencial da esperança, deve levar-nos a uma consciência cada vez maior de que a fé é uma peregrinação e que nós, nesta terra, somos peregrinos. Não turistas ou andarilhos: não nos movemos ao acaso, existencialmente falando. Somos peregrinos. O peregrino vive o seu caminho sob a bandeira de três palavras-chave: risco, esforço e meta.

O risco. Hoje em dia, achamos difícil entender o que significava para os cristãos do passado fazer uma peregrinação, acostumados como estamos com a rapidez e a comodidade de nossas viagens de avião ou trem. No entanto, sair para a estrada mil anos atrás significava correr o risco de nunca mais voltar para casa por causa dos muitos perigos que se poderia encontrar nas várias rotas. A fé de quem decidia partir era mais forte do que qualquer medo: os peregrinos de antigamente nos ensinam essa confiança no Deus que os chamou para colocar-se a caminho em direção ao túmulo dos Apóstolos, à Terra Santa ou a um santuário. Nós também pedimos ao Senhor para ter uma pequena porção dessa fé, para aceitar o risco de nos abandonarmos à sua vontade, sabendo que ela é a de um bom Pai que deseja dar a seus filhos somente o que lhes convém.

Esforço. Caminhar, na verdade, significa esforço. Isso é bem conhecido pelos muitos peregrinos que hoje voltaram a frequentar as antigas rotas de peregrinação: penso na rota de Santiago de Compostela, na Via Francigena e nos vários Caminhos que surgiram na Itália, que lembram alguns dos santos ou testemunhas mais conhecidas (São Francisco, Santo Tomás, mas também pe. Tonino Bello) graças a uma sinergia positiva entre instituições públicas e organismos religiosos. Caminhar envolve o esforço de acordar cedo, preparar uma mochila com o essencial, comer algo frugal. E depois os pés que doem, a sede que se torna pungente, especialmente nos dias ensolarados de verão. Mas esse esforço é recompensado pelos muitos dons que o caminhante encontra ao longo do caminho: a beleza da criação, a doçura da arte, a hospitalidade das pessoas. Quem faz uma peregrinação a pé - e muitos podem testemunhar isso - recebe muito mais do que o esforço realizado: estabelece belos vínculos com as pessoas que encontra ao longo do caminho, vive momentos de autêntico silêncio e de fecunda interioridade que a vida frenética de nosso tempo muitas vezes torna impossível, compreende o valor do essencial em vez do brilho de ter tudo o que é supérfluo, mas faltar o necessário.

A meta. Caminhar como peregrinos significa que temos um ponto de chegada, que o nosso movimento tem uma direção, um objetivo. Caminhar é ter uma meta, não estar à mercê do acaso: quem caminha tem uma direção, não gira em círculos, sabe para onde ir, não perde tempo vagueando de um lado para o outro. Por isso recordei várias vezes quão semelhantes são o ato de caminhar e o de ser fiel: quem tem Deus no coração recebeu o dom de uma estrela polar para a qual seguir - o amor que recebemos de Deus é a razão do amor que temos para oferecer às outras pessoas.

Deus é a nossa meta: mas não podemos alcançá-lo como chegamos a um santuário ou a uma basílica. E de fato, como bem sabe quem já fez peregrinações a pé, chegar finalmente à meta almejada - penso na Catedral de Chartres, que há muito é alvo de um renascimento em termos de peregrinações graças à iniciativa, que remonta a um século atrás, do poeta Charles Péguy – não significa sentir-se satisfeito: ou melhor, se externamente se sabe bem que chegou, internamente existe a consciência de que o caminho não acabou. Porque Deus é exatamente assim: uma meta que nos empurra mais longe, uma meta que nos chama continuamente a prosseguir, porque é sempre maior do que a ideia que temos dele. O próprio Deus nos explicou isso através do profeta Isaías: «Tanto quanto o céu está acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos caminhos de vocês, e os meus projetos estão acima dos seus projetos» (Is 55,9). Com Deus nunca podemos dizer que alcançamos, a Deus nunca chegamos: estamos sempre em movimento, permanecemos sempre em busca dele. Este caminhar rumo a Deus oferece-nos a certeza inebriante de que Ele nos espera para nos doar a sua consolação e a sua graça. Fonte: https://www.vaticannews.va

Cidade do Vaticano, 2 de outubro de 2024

Pobres viraram à direita porque religião os acolhe na humilhação, diz Jessé Souza

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Publicado em 04 novembro 2024
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Sociólogo lança livro que analisa guinada conservadora das classes mais baixas e diz que esquerda ignora a vida moral

Jessé Souza, autor de livros como 'A Elite do Atraso' e 'Classe Média no Espelho' - Marcus Steinmeyer/UOL/Folhapress

 

João Gabriel de Lima

Lisboa  "O Pobre de Direita", novo livro do sociólogo Jessé Souza, foi escrito antes das eleições municipais, mas é uma leitura útil para entender um fenômeno que se verificou nas urnas: a virada à direita do eleitor brasileiro, que se situa majoritariamente nas classes C, D e E da pirâmide social.

"Comecei a pesquisar o assunto porque as duas explicações que existiam não me satisfazem", disse Souza à Folha em Lisboa, onde esteve para lançar seu livro. "A primeira é a do minion, do gado, que é o estereótipo do senso comum. A segunda resposta, mais acadêmica, é a de que o pobre tem uma cabeça conservadora por causa da religião, como se fosse uma coisa intrínseca a ele. A pergunta que ninguém fez é: por que a pessoa escolhe justamente aquela religião entre tantas possíveis?"

A hipótese de Souza, ancorada em dezenas de entrevistas que ocupam metade do livro, é que existe entre os brasileiros das classes populares uma necessidade de reconhecimento e autoestima.

"Trata-se de alguém que é humilhado cotidianamente, tanto que a depressão e o alcoolismo são doenças recorrentes entre as classes populares. A religião evangélica traz isso para o pobre, ele deixa de ser humilhado e passa a ser ouvido."

Para Souza, esse é um fator de escolha de candidatos pouco explorado pelos cientistas políticos. "Existe uma moralidade, uma ética social compartilhada, não necessariamente articulada e consciente —aliás, quase nunca é articulada e consciente— que comanda o pensamento das pessoas."

A ideia de que "as pessoas têm como razão última de sua ação social a dimensão moral", como Souza escreve no livro, é retirada da obra do pensador alemão Georg Friedrich Hegel, principal referência filosófica do estudo.

Em sua pesquisa, Souza foi a campo em busca de brasileiros que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022. As entrevistas excluíram os ricos e a classe média —contingente que, em suas estimativas, soma 20% da população.

"Não peguei ninguém da classe média —a não ser da classe média descendente, que é muito importante, esse pessoal todo vota no Bolsonaro— porque são muito poucos, não elegem ninguém. Quem ganha a eleição são os outros 80%. São esses que você precisa explicar."

Para isso, Souza recorre a um recorte regional e racial, baseado num mergulho em dados do censo. "A situação do negro pobre é muito pior que a do branco pobre. É como se o branco pobre estivesse com água até o pescoço, e o negro estivesse com o rosto todo dentro da água. É aí que a igreja evangélica pega, puxa pelos cabelos e diz, ‘respira, irmão’", afirma.

"O negro no Brasil sabe que tem uma polícia que vai persegui-lo, que ele pode ser morto a troco de nada à noite. É uma situação muito pior que a do branco pobre."

Grande parte desses eleitores votava na esquerda no passado e agora vota na direita. O que mudou? "Quando existia a Teologia da Libertação, houve um encontro no PT entre a organização de massas trabalhadoras —de modo autônomo pela primeira vez no país—, mas ao mesmo tempo com uma linguagem que chegava ao pobre através da Igreja Católica."

"A concepção liberal da sociedade é parecida com a concepção marxista no sentido de que se preocupam principalmente com questões materiais", afirma o sociólogo. "Não veem que a vida moral, a vida simbólica, pode ser o dado mais importante."

Para Souza, há outras formas de atingir esses eleitores sem recorrer à religiosidade. "Getúlio Vargas, por exemplo, tinha uma mensagem política de valorização da dignidade do povo. O problema não é apenas que a esquerda atual não sabe fazer isso. Minha impressão é que nem estão tentando."

"O que acho importante é perceber o que poucos percebem, a carência simbólica, ou seja, a necessidade moral de superar uma situação de humilhação que é intragável para qualquer ser humano", diz o sociólogo. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

TERESA, JOÃO E A ESPIRITUALIDADE CARMELITANA

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Publicado em 15 agosto 2024
  • São João da Cruz,
  • Santa Teresa de Jesus,
  • A ESPIRITUALIDADE CARMELITANA
  • A dimensão contemplativa
  • Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz,

 

            Na vida e nos escritos de Teresa e de João, vemos que a vida espiritual não está dissociada da vida real. A espiritualidade carmelitana, com suas raízes na Regra e na experiência dos eremitas no Monte Carmelo, deu origem a muitos movimentos nos 800 anos de sua existência. A maioria desses movimentos enfatizou a contemplação e Teresa e João são autoridades renomadas nesta área. Os dois falam da possibilidade de experimentar o divino e do caminho que deve ser seguido rumo à oração.

            Teresa e João faziam parte de um amplo movimento, mais forte na Espanha, que enfatizava a chamada “oração intelectual”. Sabemos que surgiram todos os tipos de problemas com este movimento e que isso incluiu a Inquisição. Ocasionalmente, Teresa e João eram denunciados a este órgão por seus inimigos mas nada sério veio das acusações, embora os dois tivessem que ser cautelosos. Apesar dos perigos, Teresa e João não podiam ignorar o chamado. Eles estavam respondendo com seus corações Àquele que os amava. A definição de Teresa de oração intelectual era muito simples e, ao mesmo tempo, muito profunda: “não é nada mais do que uma partilha íntima entre amigos; significa dedicar freqüentemente um tempo para estar a sós com Ele, aquele que sabemos que nos ama” (Vida 8,5). João escreve: “Aquele que foge da oração, foge de tudo que é bom” (Outras Máximas, 11).

            Através da história da Ordem, é inquestionável que a contemplação sempre foi compreendida como o coração do carisma carmelitano. O Institutio Primorum Monachorum, que por centenas de anos foi o documento de formação para todos os jovens carmelitanos, diz: “O objetivo desta vida é duplo: Uma parte adquirimos através de nossos próprios esforços e pelo exercício das virtudes, com a ajuda da graça divina. Significa oferecer a Deus um coração que é sagrado e puro da verdadeira mancha do pecado. Alcançamos este objetivo quando somos perfeitos e ‘no Carit’, isto é, escondidos naquela caridade que o Homem Sábio cita, ‘O amor cobre ofensas’ (Pr 10,12). ... O outro objetivo da vida nos é dado como dom gratuito de Deus; ou seja, não apenas após a morte mas nesta vida mortal, para saborear algo no coração e experimentar na mente o poder da presença divina e a doçura da glória celestial” (Livro 1, cap. 3).

            Santa Teresa e São João da Cruz foram bem formados na tradição carmelitana e lembraram a Ordem de sua inspiração inicial, como o fizeram todas as outras reformas através da história da Ordem. Ocasionalmente a Contemplação foi definida de diferentes maneiras e essas formas de compreendê-la estiveram mais ou menos em contato com a realidade das vidas dos verdadeiros carmelitanos. Na atual apresentação do carisma carmelitano, a Ordem diz o seguinte: “Os carmelitas buscam viver sua obediência a Jesus Cristo pelo compromisso de buscar a face do Deus vivo (a dimensão contemplativa da vida), pela fraternidade e pelo serviço no meio do povo” (Const. 14). Outro artigo da Constituição diz: “A tradição da Ordem sempre interpretou a Regra e o carisma fundador como expressões da dimensão contemplativa da vida e os grandes mestres espirituais da Família Carmelitana sempre retornaram a esta vocação contemplativa” (Const. 17). O mesmo artigo das Constituições assim descreve a contemplação: “uma experiência transformadora do irresistível amor de Deus. Esse amor nos esvazia de nossos modos humanos limitados e imperfeitos de pensar, amar e comportar-se, transformando-os em modos divinos” (Const. 17).

            A Ratio esclarece o papel da contemplação no carisma da Ordem: A dimensão contemplativa não é meramente aquela dos elementos de nosso carisma (oração, fraternidade e serviço): é o elemento dinâmico que os unifica.

            Na oração nos abrimos para Deus, que, por sua ação, nos transforma gradualmente através de todos os grandes e pequenos eventos de nossas vidas. Esse processo de transformação permite que participemos e experimentemos relacionamentos fraternos autênticos; nos coloca prontos para servir, capazes de compaixão e de solidariedade, e nos dá a capacidade de colocar diante do Pai as aspirações, as angústias, as esperanças e as súplicas do povo.

            A fraternidade é o campo de provas da autenticidade da transformação que está acontecendo dentro de nós (Ratio 23). A Ratio continua: Através dessa transformação gradual e contínua em Cristo, que se realiza em nós pelo Espírito, Deus nos leva para si mesmo numa jornada interior que nos tira das margens dispersivas da vida para o âmago interior de nosso ser, onde ele vive e nos une a si mesmo.

            O processo interior que leva ao desenvolvimento da dimensão contemplativa nos ajuda a adquirir uma atitude de abertura à presença de Deus na vida, nos ensina a ver o mundo com os olhos de Deus e nos inspira a buscar, reconhecer, amar e servir a Deus naqueles que estão ao nosso redor (Ratio 24).

            Algumas pessoas vêem dificuldades entre o modo como as Constituições e a Ratio compreendem o carisma. Eu, pessoalmente, não vejo. O deserto foi usado muitas vezes como eufemismo para a jornada da contemplação (cf. Living Flame B, 3,38).

Papa: Maria nos precede no caminho rumo à união definitiva com o Senhor

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Publicado em 15 agosto 2024
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Nesta quinta-feira, 15 de agosto, dia em que a Igreja celebra a Solenidade da Assunção da Virgem Maria, celebrada no Brasil no próximo domingo (18/08), o Papa Francisco refletiu durante a oração mariana do Angelus sobre a visita de Nossa Senhora à sua prima Isabel. Segundo o Pontífice, essa é "uma metáfora de toda a sua vida, pois, a partir desse momento, Maria estaria sempre em caminho, seguindo Jesus como discípula do Reino".

 

Thulio Fonseca - Vatican News

“Hoje celebramos a Solenidade da Assunção da Virgem Maria e contemplamos a jovem de Nazaré que, assim que recebeu o anúncio do Anjo, partiu em visita à sua prima Isabel.”

Como destacou o Papa Francisco na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus nesta quinta-feira, 15 de agosto, a Igreja celebra o mistério da Assunção ao Céu da Mãe de Jesus, uma festa litúrgica que, no Brasil, será comemorada no próximo domingo, 18/08.

 

Maria está sempre a caminho

Ao refletir sobre o Evangelho da liturgia proposto para esta Solenidade (Lc 1,39-56), o Pontífice destacou a expressão “partiu”. Segundo Francisco, isso significa que Maria não considerou um privilégio a notícia que recebeu do Anjo, mas, ao contrário, saiu de casa e se pôs a caminho com a pressa de quem deseja anunciar essa alegria aos outros e com a preocupação de se colocar ao serviço de sua prima.

“Essa primeira viagem, na realidade, é uma metáfora de toda a sua vida, pois, a partir desse momento, Maria estaria sempre em caminho, seguindo Jesus como discípula do Reino. E, ao final, sua peregrinação terrena se encerra com a Assunção ao Céu, onde, junto a seu Filho, goza para sempre da alegria da vida eterna.”

“Irmãos e irmãs, não devemos imaginar Maria como uma ‘estátua imóvel de cera’; nela podemos ver uma ‘irmã... com as sandálias gastas... e com tanto cansaço nas veias’, pelo fato de ter caminhado seguindo o Senhor e ao encontro dos irmãos, concluindo então a sua viagem na glória do Céu. Assim, a Virgem Santa é aquela que nos precede no caminho, lembrando a todos nós que também a nossa vida é uma viagem contínua rumo ao horizonte do encontro definitivo."

"Rezemos à Nossa Senhora para que nos ajude a seguir nesta jornada rumo ao encontro com o Senhor", concluiu o Papa Francisco. Fonte: https://www.vaticannews.va

Congresso da Ordem Terceira do Carmo: Frei Carlos Mesters-01

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Publicado em 07 agosto 2024
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No vídeo, Palestra de Frei Carlos Mesters, O. Carm, no Congresso da Ordem Terceira do Carmo realizado nos dias 2-3 de agosto-2019. Rio de Janeiro, 6 de agosto-2024.

Semana Nacional da Família reúne a Igreja no Brasil durante o Mês Vocacional

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Publicado em 07 agosto 2024
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  • Família e Amizade
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  • dom Bruno Elizeu Versari

 

Os fiéis de todo o Brasil têm um compromisso marcado entre os dias 11 e 17 de agosto. É a Semana Nacional da Família, celebrada há mais de 30 anos e uma oportunidade de as pessoas se aproximarem e rezarem juntas, em família e em comunidade. Durante esses dias, no contexto do Mês Vocacional, a Igreja celebra a importância da vocação familiar e do serviço de evangelização às famílias.

O tema escolhido pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para este ano é “Família e Amizade”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2024, que abordou “Fraternidade e amizade social”. Os temas propostos para aprofundamento estão no subsídio Hora da Família, distribuído para grupos de todo o país celebrarem em casa, nas comunidades e paróquias.

“Acreditamos que é na família que construímos os melhores amigos e também onde aprendemos os valores básicos da vivência social. Desejo que todas as famílias possam fazer uma experiência profunda de amizade, especialmente com aqueles que estão mais próximos, para poder viver também uma profunda e intensa amizade com Deus”, disse o bispo eleito de Ponta Grossa (PR) e presidente da Comissão Vida e Família, dom Bruno Elizeu Versari.

A Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), responsável por animar a celebração da Semana Nacional da Família em todo o Brasil, deseja favorecer a oportunidade de as famílias vivenciarem momentos de oração, de confraternização e de visitas aos que estão afastados. “O importante é despertar junto com os filhos, junto com a família e em famílias a importância da amizade”, motiva dom Bruno Versari, convidando à participação nas atividades realizadas em cada paróquia do país. “Que possam fazer um momento de alegria e de convivência aí na sua comunidade!”, finalizou.

 

A Semana Nacional da Família

Em agosto, a Igreja no Brasil celebra o Mês das Vocações, e a cada semana são refletidos os diversos chamados de Deus para o serviço na Igreja e na sociedade. Na segunda semana do mês, a partir do Dia dos Pais, é celebrada a Semana Nacional da Família, como momento de destacar e valorizar a vocação matrimonial. 

Nesse sentido, desde 1992, várias dioceses promovem atividades que em mais de três décadas foram tomando corpo pelo país e hoje contam com celebrações, encontros, palestras e momentos festivos. Tais eventos extrapolaram o âmbito da Igreja em algumas cidades do Brasil, com ações em escolas, associações, casas legislativas e outros locais – que inclusive a tem como data oficial no calendário municipal. 

 

Materiais de apoio e divulgação

Para a celebração da Semana Nacional da Família, é oferecido o subsídio Hora da Família, com roteiros para o Dia dos Pais e para os encontros de cada dia da Semana. O material também contém os encontros para a Semana Nacional da Vida, que será vivenciada em outubro. O Hora da Família pode ser adquirido na loja virtual da Pastoral Familiar: lojacnpf.org.br

Além do subsídio impresso, a CNPF oferece um kit de material gráfico da Semana Nacional da Família 2024 para ser utilizado pelos comunicadores e agentes da Pastoral Familiar na divulgação. Acesse aqui.

Saiba mais sobre a Semana Nacional da Família no Portal Vida e Família: www.vidaefamilia.org.br Fonte: https://www.cnbb.org.br

Bispos venezuelanos pedem verificação do processo eleitoral

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Publicado em 31 julho 2024
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  • Bispos venezuelanos
  • candidato Edmundo González Urrutia
  • líderes da oposição venezuelana
  • Edmundo González Urrutia
  • Centro de Investigação e Ação Social da Companhia de Jesus na Venezuela,

Em um comunicado divulgado por ocasião dos acontecimentos nas eleições presidenciais, a Conferência Episcopal Venezuelana apela à verificação do processo eleitoral “no qual participem ativa e plenamente todos os atores políticos envolvidos”.

 

Vatican News

Protestos nos setores populares de Caracas e outras regiões da Venezuela depois das eleições realizadas no último domingo em que a oposição, organizações internacionais e governos manifestaram as suas dúvidas em relação aos resultados divulgados pelo órgão eleitoral, que deram a vitória a Nicolás Maduro.

Ouça e compartilhe

Os líderes da oposição venezuelana contestam o resultado, assegurando que, de posse de 73,25 % das atas, o candidato Edmundo González Urrutia venceu em todos os Estados, com 6.275.182, contra os 2.759.256 obtidos por Maduro. 

Diante deste quadro, os bispos venezuelanos publicaram um comunicado onde destacam “a participação massiva, ativa e cívica de todos os venezuelanos no processo eleitoral", o que ratifica "a nossa vocação democrática.”

“Como pastores do Povo de Deus, acompanhamos de perto o desdobramento dos últimos acontecimentos e queremos expressar a todos a nossa proximidade e disponibilidade para prestar acompanhamento pastoral neste momento de preocupação”, afirma o comunicado dos prelados.

E unem-se ao pedido de uma verificação do processo eleitoral: “Unimos as nossas vozes às de todos aqueles dentro e fora da Venezuela que exigem um processo de verificação dos registos de contagem de votos, no qual todos os eleitores participem activa e plenamente.

Ao menos 12 manifestantes* morreram e mais de 700 foram presos durante os protestos em todo o país, que rechaçam a proclamação de Nicolás Maduro como presidente do país.

A Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington, convocou uma reunião extraordinária para tratar dos resultados das eleições na Venezuela, questionadas pela oposição venezuelana e por vários países da região.

Neste meio tempo, o Governo da Venezuela exigiu que Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai retirassem “imediatamente” os seus representantes em território venezuelano, por terem manifestado a sua preocupação com o desenvolvimento das eleições presidenciais.

 

Jesuítas

O Centro Gumilla, que é o Centro de Investigação e Ação Social da Companhia de Jesus na Venezuela, por meio de um comunicado rejeitou o incitamento à “violência e a perseguições políticas", exortando a percorrer "caminhos de paz, o que exige respeito pela Constituição por parte de todos os cidadãos, organizações, Forças Armadas e poderes públicos.”

“O Conselho Nacional Eleitoral, com transparência, deve garantir aos Partidos Políticos, e a todo o país, o acesso a 100% dos registros eleitorais, por Estados, municípios e mesas, para verificar e validar se os resultados eleitorais correspondem ao que foi proclamado. Enquanto isto não for esclarecido, não é justo reconhecer aquele que foi proclamado vencedor”, afirma o comunicado do Centro Gumilla dirigido à opinião pública.

Também é lançado um apelo à comunidade internacional para que continue a mediação “para que o processo eleitoral esteja de acordo com a Constituição, que sejam esclarecidas as dúvidas razoáveis ​​sobre os resultados e a verdade prevaleça, mediante auditorias independentes”.

 

União Europeia: sem verificação, votação não reflete vontade popular

O alto representante da União Europeia Josep Borrell felicitou "o povo venezuelano pela sua determinação em exercer o direito de voto de forma pacífica e massiva", reconhecendo "o empenho da oposição no processo eleitoral, apesar das condições desiguais. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada", reiterou.

Outrossim, como os resultados eleitorais não puderam ser verificados, "não podem ser considerados representativos da vontade do povo venezuelano até que todos os registos oficiais das assembleias de voto sejam publicados e verificados."

Neste sentido, a UE apelou ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela para agir com a máxima transparência no processo de apuração dos resultados, incluindo o acesso às atas de votação de todas as mesas de voto e a publicação dos resultados eleitorais. O apelo também às autoridades para que garantam a investigação completa de quaisquer reclamações ou reclamações pós-eleitorais.

Relatórios fidedignos ​​de observadores nacionais e internacionais indicam que as eleições foram marcadas por numerosos fracassos e irregularidades.

Diante deste quadro, a União Europeia lamenta que nenhuma das principais recomendações da Missão de Observação Eleitoral da UE de 2021 tenha sido implementada. Os obstáculos à participação dos candidatos da oposição, as deficiências no registo eleitoral e o acesso desequilibrado aos meios de comunicação contribuíram para a criação de condições eleitorais desiguais.

A UE - ademais - manifesta a sua preocupação com as detenções arbitrárias e a intimidação de membros da oposição e da sociedade civil ao longo do processo eleitoral e apela à libertação imediata de todos os presos políticos, e assegura que continuará a dedicar todos os seus esforços políticos e diplomáticos para apoiar o diálogo e uma solução pacífica e negociada para a crise política.

A UE reitera o seu apoio aos esforços regionais e internacionais para facilitar o diálogo e restaurar a legitimidade democrática das instituições venezuelanas. Fonte: https://www.vaticannews.va

*Atualização às 6h30 de 31 de julho

Tito Brandsma (Em Inglês)

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Publicado em 24 julho 2024
  • Beato Tito Brandsma,
  • Frei Tito Brandsma,
  • Beato Frei Tito Brandsma,
  • FESTA DO BEATO FREI TITO BRANDSMA,
  • Beato Tito Tito Brandsma,
  • Biografia de Tito Brandsma
  • Biografia de Frei Tito Brandsma
  • Vida de Tito Brandsma
  • Tito Brandsma,
  • São Tito Brandsma,

Interpretação: Ledjane Motta/  Rio de Janeiro.

Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm

 

1-The church to Carmel give thanks. A school of holiness and prayer. The church to Carmel praises: Fraternity, prophetism and mission

 

Tito Brandsma, Carmelita, journalist, our brother. With holy scapular we go on mission.

2 - We need, on hard times with Elias at the source have a drink. On the basement of the humanity, the truth and peace will always win.

3 – On Carmel our vocation is thinking about Maria. Commune every day to reach to contemplation

4 – The mission of carmelites it’s not do great things but, in the little things, with greatness, always live 5 – The media, after the temples, it’s the first pulpit to teach. It’s the power of the word and the truth against the violence.

6 – Poor woman, I'll pray for you. Even though i don’t know how to pray at least I’ll say " watch over our, sins”

7 – Prayer is not an oasis at the desert of the life, but a sea on our lives. Meditating, on the greatness news, following Jesus to Grow

Tito Brandsma (Em Espanhol)

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Publicado em 24 julho 2024
  • Frei Tito Brandsma,
  • FESTA DO BEATO FREI TITO BRANDSMA,
  • Biografia de Tito Brandsma
  • Vida de Tito Brandsma
  • Tito Brandsma,
  • Missa do Beato Frei Tito Brandsman,
  • São Tito Brandsma,

Tito Brandsma (Em Espanhol)

Interpretação: Ledjane Motta/  Rio de Janeiro.

Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm

 

1-La Iglesia, gracias al Carmelo, escuela de santidad y de oración. La Iglesia alaba el Carmelo: Fraternidad, Profetismo y Misión.

 

Tito Brandsma, Carmelita, Periodista, nuestro hermano. Con el Santo Escapulario vamos juntos en Misión.

 

2-Necesitamos, en tiempos difíciles, con Elías, en la fuente para beber. En los sótanos de la humanidad, la verdad y la paz siempre triunfarán.

3- En el Carmelo, si pensamos en María, es nuestra propia vocación. Comunión, todos los días, para llegar a la contemplación.

4-La misión de los carmelitas no es hacer grandes cosas, sino en las cosas pequeñas, con grandeza, vivir siempre.

5- La prensa, después de los templos, es el primer púlpito para enseñar. Es la fuerza de la palabra y de la verdad, contra la violencia de las armas para matar.

6- Pobre mujer, rezaré por ti... Aunque no sepas rezar. Al menos puedes decir: "Ruega por nosotros pecadores... Lo dijo con fe.

7-La oración no es un oasis en el desierto de la vida, sino que es vida, en nuestro vivir. Meditando, en la Buena Noticia, siguiendo a Jesucristo para crecer

Biden se rende

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Publicado em 22 julho 2024
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  • O presidente dos Estados Unidos,

Em gritante contraste com o delinquente Trump, Biden sai da disputa como um político de grande estatura, que só foi abatido pela idade. Já no campo moral, o presidente ganhou de lavada

 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou ontem, a escassos 107 dias da eleição, que desistiu de tentar a reeleição, ampliando o caráter dramático da campanha presidencial americana.

Pode-se ler sua decisão como um gesto de grandeza e espírito público, ante o fato de que sua permanência na disputa parecia ampliar drasticamente as chances de seu adversário, o ex-presidente Donald Trump, tido e havido como uma ameaça à democracia no país. Mas também é possível concluir que Biden não tinha alternativa, ante o fato de que sua candidatura estava sangrando – com perdas substanciais em financiamento e em apoio dentro de seu próprio partido. A pressão por sua desistência se tornou irresistível, e Biden, político experientíssimo aos 81 anos, concluiu o óbvio: sua candidatura estava morta.

Foram semanas de agonia após o desempenho desastroso no já antológico debate com Trump na TV. Recorde-se, aliás, que os democratas haviam desafiado Trump para o debate antes mesmo da confirmação das candidaturas porque tinham interesse em mostrar que, ao contrário das aparências, Biden estava em forma e pronto para o combate. Como se sabe, não foi o que se viu: os americanos, atônitos, puderam constatar que seu idoso presidente é um homem com limitações evidentes para o desafio de uma campanha eleitoral e, o mais importante, de governar os Estados Unidos por mais quatro anos.

Para piorar, as últimas semanas foram particularmente generosas para a campanha de Trump. Além da evidente fragilidade do adversário, o ex-presidente teve vitórias judiciais expressivas, que praticamente limparam seu caminho rumo à Casa Branca, onde terá poder para enterrar todos os inúmeros processos que tem contra si. Ademais, mas não menos importante, Trump sofreu uma tentativa de assassinato durante um comício, transformando-se automaticamente em mártir e em santo para seus inúmeros devotos. A sobrevivência de Trump foi transformada por sua campanha em prova de que o ex-presidente é um enviado de Deus para salvar a América. Nada menos.

Não foram poucos os que vaticinaram que a eleição, mantido o atual cenário, estava liquidada, ainda que as pesquisas de intenção de voto não tenham mostrado variações muito significativas em favor de Trump mesmo depois do atentado. E isso possivelmente se dá porque os Estados Unidos estão solidamente divididos entre democratas e trumpistas. A luta será para convencer os eleitores que não se identificam automaticamente com um ou outro – e eles terão peso significativo para decidir a eleição.

Para o Partido Democrata, começa agora a busca por um candidato viável, depois de semanas de angústia. Biden endossou sua vice, Kamala Harris, que não é exatamente um portento eleitoral, mas a esta altura não é possível imaginar uma disputa aberta entre os democratas pela vaga na chapa. Logo, salvo surpresas de última hora, os democratas irão de Kamala mesmo.

Ainda que abundem incertezas no campo democrata, a sensação certamente é de alívio. Não será mais necessário preocupar-se com cada frase dita por Biden – cujas declarações, todas elas, eram tomadas como medida de sua senilidade. A energia do partido poderá ser usada agora exclusivamente para construir uma candidatura forte o bastante para enfrentar Trump. A rigor, qualquer um seria melhor que Biden para cumprir essa missão.

É preciso energia e vigor para enfrentar Trump, que transformou o tradicional Partido Republicano numa seita que o idolatra, que nunca se conformou com a democracia e com sua derrota na eleição de 2020, que incitou uma tentativa de golpe de Estado e que tem profundo desprezo pelas instituições e pelos americanos que não o apoiam.

Em gritante contraste com o delinquente Trump, Biden sai da disputa como um político de grande estatura, que só foi abatido pelas limitações de sua idade, disputa que é impossível vencer. Já no campo moral, Biden ganhou de lavada. Fonte: https://www.estadao.com.br

Mãe do Carmelo

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Publicado em 11 julho 2024
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Mãe do Carmelo

Letra e música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm

 

Mãe do Carmelo, pra onde vais, Virgem do Carmo, onde estais. / Ensina a seguir Jesus, ensina encontrar a paz (bis)

 

1- Na Ordem, Terceira do Carmo, vamos juntos evangelizar, / Senhora do Escapulário, vem logo nos ajudar (bis)

 

2- No mês, da Flor Carmelo, a Novena vamos rezar. / julho é carmelitano, com o Cristo vamos encontrar (bis).

 

3- Com, Madalena de Pazzi, e Tito Brandsma, vamos louvar. / Com Teresona e João da Cruz, para o Monte vamos caminhar (bis)

 

4- Não me fale, em devoção, e para os pobres, os olhos fechar. / O Carmelo é compaixão, e vidas sempre salvar (bis)

 

ELEIÇÃO-2024: Pensar não ofende... Votar também.

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Publicado em 07 julho 2024
  • Papa Francisco,
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REFLEXÃO ELEITORAL À LUZ DA PALAVRA DE DEUS 

 

 

Dom Jailton Oliveira Lino

Bispo de Teixeira de Freitas Caravelas (BA)

 

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, 

Estamos nos aproximando de um período de grande importância para a vida cívica de nossas cidades: o período eleitoral. Em breve, seremos chamados às urnas para escolher nossos prefeitos e vereadores. Este é um momento que exige de nós, cristãos, uma profunda reflexão à luz da Palavra de Deus e dos ensinamentos da Igreja. 

A política, como nos lembra o Papa Francisco, é o meio mais rápido de ajudar aqueles que mais precisam. Em seu ensinamento, o Papa nos exorta a ver na política uma forma elevada de caridade, pois ela busca o bem comum e a promoção da dignidade humana. No entanto, não podemos fazer da política um ringue de disputas onde predominam o ódio, o rancor e a raiva. A democracia não é esse palco. A democracia tem a ver com liberdade, liberdade de escolha, onde as pessoas podem escolher e serem respeitadas. 

A Palavra de Deus nos orienta a agir com justiça, misericórdia e humildade (Miquéias 6:8). Neste período eleitoral, devemos lembrar que a justiça de Deus nos chama a olhar para o próximo com amor e compaixão, a promover a dignidade de cada pessoa, especialmente daqueles que estão mais vulneráveis e necessitados.  

Jesus nos ensina: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Este mandamento deve guiar nossas escolhas e ações durante o processo eleitoral. Não devemos escolher nossos líderes baseados em interesses pessoais ou em promessas vazias, mas sim em sua capacidade de servir ao bem comum e de agir conforme os valores cristãos de amor, justiça e paz. 

O Papa Francisco também nos adverte contra a tentação de instrumentalizar a política para fins egoístas. Ele nos chama a um engajamento político que seja realmente voltado para o serviço aos outros, e não para a busca de poder pelo poder. A verdadeira política, segundo o Papa, é uma das formas mais altas de caridade porque serve ao bem comum. 

Em nossa caminhada democrática, que predomine o respeito, que predomine a política em favor dos que mais precisam. Que possamos escolher líderes que se comprometem verdadeiramente com a justiça social, com a promoção da paz e com a dignidade humana.  

Precisamos nos entender como seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus, e levar em consideração o valor do outro. Não podemos secularizar o ser humano e colocar as disputas e o poder acima dos interesses do povo, dos interesses de Deus. 

Peço a todos que orem pelo discernimento e sabedoria neste período eleitoral. Que o Espírito Santo nos guie em nossas escolhas e que possamos contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna, onde o amor de Cristo possa realmente se manifestar em nossas ações e decisões. 

Que Deus abençoe a todos nós e ilumine o caminho de nossa nação. Fonte: https://www.cnbb.org.br

 

Menino de 7 anos esfaqueado por padrasto enquanto tentava salvar a mãe de agressão em Salvador tem morte cerebral, diz família

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Publicado em 04 julho 2024
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Crime aconteceu no último fim de semana. Mulher não resistiu aos ferimentos.

Criança estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE) desde sábado (29), quando aconteceu o crime. — Foto: Arquivo Pessoal

 

Menino de 7 anos esfaqueado por padrasto enquanto tentava salvar a mãe de agressão em Salvador tem morte cerebral — Foto: Arquivo Pessoal

 

Por g1 BA e TV Bahia

O menino Arthur da Luz Santos, de 7 anos, que foi esfaqueado pelo padrasto enquanto tentava salvar a mãe de uma agressão no bairro do Doron, em Salvador, teve a morte cerebral confirmada por familiares, nesta quarta-feira (3). A criança estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE) desde sábado (29), quando aconteceu o crime.

Apesar da luta de Arthur, a mãe dele, Mariza da Luz Santos, de 30 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no sábado. O suspeito de cometer o crime foi preso em flagrante.

De acordo com a Polícia Militar, equipes da 23ª Companhia Independente foram acionadas com informações de que um homem era agredido por populares na Travessa Ana Lúcia Torres.

Ao chegarem ao local, os agentes foram comunicados de que ele havia esfaqueado a companheira e o enteado, além de ter colocado o próprio filho do casal, de apenas um mês de idade, dentro de um balde com água fria.

O suspeito ainda abriu o gás de cozinha da casa, para intoxicar o bebê, trancou os dois pequenos no imóvel e tentou fugir.

"Ele sempre foi o demônio, ela sempre deu sinais que não queria mais ele, mas ele não saía da vida dela. Ele não saía de jeito nenhum, até que fez uma brutalidade dessa e tirou a vida dela", disse a irmã da vítima, Larissa Santos.

As crianças foram resgatadas pelos militares e socorridas para o HGE. O recém-nascido recebeu alta hospitalar e está com familiares.

"Ela queria sair dele, mas ele perturbava ela todos os dias. Ele é um monstro, só peço justiça e que esse monstro não saia da cadeia"

O homem foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No domingo (30), ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

 

Histórico de brigas entre o casal

De acordo com a Polícia Civil, até o momento não há detalhes sobre a motivação do ataque. Testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Entretanto, vizinhos e parentes relataram à reportagem da TV Bahia que Mariza sofria violência do companheiro, com quem convivia há três anos.

Ele foi identificado pelos entrevistados como Rodrigo Bispo dos Santos. A família já havia pedido que ela se livrasse do relacionamento abusivo, temendo o pior.

"Eles brigavam muito, ele batia muito nela, até quando ela estava grávida do menorzinho", detalhou uma vizinha, que não foi identificada.

Ela disse, ainda, que essa noite Rodrigo estava "completamente transtornado", e tentou escapar pela cobertura das casas. "Ninguém dormiu aqui essa noite, com esse homem andando pelo telhado para lá e para cá. Ele estava descontrolado. Ainda bem que foi preso", desabafou. Fonte: https://g1.globo.com

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