Mais de 330 mil pessoas estão desalojadas.

Foto: Marinha do Brasil

Por Redação O Sul | 10 de maio de 2024

 

 

Aumentou para 126 o número de mortes provocadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, de acordo com balanço divulgado na noite desta sexta-feira (10) pela Defesa Civil Estadual.

Pelo menos 141 pessoas estão desaparecidas e 756 ficaram feridas. Mais de 400 mil encontram-se desalojadas ou desabrigadas.

No total, 441 municípios do Estado registraram danos em razão dos temporais dos últimos dias. Conforme o boletim da Defesa Civil, mais de 1,95 milhão de pessoas foram afetadas pelas cheias que assolam o RS.

Municípios afetados: 441

Pessoas em abrigos: 71.409

Desalojados: 339.928

Afetados: 1.951.402

Feridos: 756

Desaparecidos: 141

Óbitos confirmados: 126

Pessoas resgatadas: 70.863 

Animais resgatados: 9.984 

Efetivo: 27.218

Viaturas: 3.466 

Aeronaves: 41 

Embarcações: 340

 

Rios às 17h

Lago Guaíba – Porto Alegre – 4,71 metros
Rio dos Sinos – São Leopoldo – 5,98 metros
Rio Gravataí – Passo das Canoas – 5,85 metros
Rio Taquari – Muçum – 4,84 metros
Rio Caí – Feliz – 3,39 metros
Rio Uruguai – Uruguaiana – 11,92 metros (nível de inundação 8,50)
Lagoa dos Patos (Laranjal) – 2,48 metros-dados 07h 10/05 (nível de inundação 1,30)

 

Energia elétrica, água e telefonia

CEEE Equatorial: Não informado;
RGE Sul: 151.700 pontos sem energia elétrica (4,9% do total de clientes);
Corsan: 315.234 clientes sem abastecimento de água (11% do total de clientes);
Tim: 3 municípios sem serviços de telefonia e internet;
Vivo: 20 municípios sem serviços de telefonia e internet;
Claro: serviço normalizado.

 

Panorama nas escolas estaduais

Dados das escolas afetadas (danificadas, servindo de abrigo, com problemas de transporte, com problema de acesso e outros):

1.024 escolas
242 municípios
29 CREs
354.500 estudantes impactados
526 escolas danificadas com 215.433 estudantes matriculados
84 escolas servindo de abrigo

 

Retomada das aulas

CREs que já retomaram as aulas: Uruguaiana (10ª); Osório (11ª); Erechim (15ª); Palmeira das Missões (20ª); Três Passos (21ª); São Luiz Gonzaga (32ª); São Borja (35ª) e Ijuí (36ª); Caxias do Sul (4ª), Santa Cruz do Sul (6ª), Passo Fundo (7ª), Santa Maria (8ª), Cruz Alta (9ª), Bagé (13ª), Santo Angelo (14ª), Bento Gonçalves (16ª), Santa Rosa (17ª); Santana do Livramento (19ª); Vacaria (23ª); Soledade (25ª) e Carazinho (39ª).

CREs com aulas suspensas até sexta-feira (10/5): Pelotas (5ª) e Rio Grande (18ª).

CREs sem previsão de retomada: Porto Alegre (1ª ), São Leopoldo (2ª), Estrela (3ª), Guaíba (12ª), Cachoeira do Sul (24ª) e Canoas (27ª) Gravataí (28).

 

Alertas

Para aumentar o nível de prevenção, as pessoas podem se cadastrar para receberem os alertas meteorológicos da Defesa Civil estadual. Para isso, é necessário enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Em seguida, uma confirmação é enviada, tornando o número disponível para receber as informações sempre que elas forem divulgadas.

Também é possível se cadastrar via aplicativo Whatsapp. Para ter acesso ao serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611.  Em seguida, é preciso interagir com o robô de atendimento enviando um simples “Oi”. Após a primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra do seu interesse para, dessa forma, receber as mensagens que serão encaminhadas pela Defesa Civil estadual. Fonte: https://www.osul.com.br

 

Tragédia no Estado também contabiliza 136 desaparecidos e mais de 1,4 milhão de pessoas afetadas no Rio Grande do Sul

 

Força das águas já deixou 107 mortos e 136 desaparecidos no Estado | Foto: Prefeitura de Caxias do Sul / Divulgação / CP

09/05/2024 | 16:18

Correio do Povo

A Defesa Civil divulgou nessa quinta-feira a lista dos nomes dos mortos nas cheias do RS. De acordo com os números divulgados às 12h13min, são 107 óbitos, além de mais um caso em investigação, ainda sem a confirmação de que esteja relacionado às chuvas no Estado.

A força das águas no Rio Grande do Sul já deixou também 374 feridos 136 desaparecidos. O número total de desalojados é de 165.112 e o de pessoas afetadas pelos eventos climáticos no Estado é de 1.482.006, com 428 municípios envolvidos. Ainda de acordo com a nota oficial, há 67.563 pessoas em abrigos.

A lista, por nome, dos óbitos até o momento pode ser conferida abaixo – há ainda 18 pessoas não identificadas.

  1. ADEMIR JAEHN MASCYEJEWSKI
  2. ADRIANA TRINDADE DE OLIVEIRA
  3. ALEXSANSER JUNIOR DA SILVA
  4. ALZEMAR FOSTER
  5. ANDRIGO OLIVEIRA DE AVILA
  6. ARIEL SOARES DE OLIVEIRA
  7. ARTEMIO COBALCHINI
  8. ATANÁCIO WALMOR FUCHS
  9. AVELINO MARCHIORI
  10. BEATRIZ ERTHAL
  11. BERNADETE MARQUES DA SILVA
  12. CARLOS GAIESKI DE ARAÚJO MACHADO
  13. CARLOS WOLFART
  14. CAROLINA SILVEIRA LOPES
  15. CATHARINA RIZARDO BELLE
  16. CELI FUCHS
  17. CELOMAR AVILA DE OLIVEIRA
  18. CLECI BERGENTHAL
  19. DELCIO BERGENTHAL
  20. DELMAR WALDOMIRO SANDER
  21. DIRCEU MILANI
  22. EDNA NEVES FERREIRA
  23. ELISA BUCCO TOMASI
  24. ELIZANE MEDIANEIRA MILANI BUSS
  25. EMILY ULGUIN DA ROCHA
  26. ENEIDA VARGAS
  27. ENPIDIO CAPRA
  28. EVA MARCHIORI
  29. GLADIS ELISABETH DA SILVA
  30. HELGA SUSANA HEIN
  31. HELIO HEIN
  32. ILO ANTONIO MARIA
  33. IVONETE MARIA COBALCHINI
  34. JARVES DA SILVA
  35. JEISEL LUAN DRANDINE DE MATOS
  36. JOÃO ARLINDO GREGORY
  37. JOAO CARLOS ERTHAL
  38. JOÃO NELIO SILVA BARBOSA
  39. JOÃO PEDRO DUARTE VIEIRIA
  40. JOCEMAR ZIMMERMANN BRANCHINE
  41. JOSÉ ADAIR OLIVEIRA
  42. JOSE ALZEMIRO DE MORAES
  43. JOSEMAR EDUARDO LEMOS DIAS
  44. JOSIANE MACHADO
  45. JOSIANI CAROLINI DA SILVA
  46. JUAN FALCON BARRIOS
  47. JULIA IZÉ
  48. JULIO ANTONIO MARIA
  49. KAÍQUE ANDRIEL LUDVIG SANTOS
  50. KAUANE DE ARAÚJO MACHADO
  51. LEANDRO FORTES CARVALHO
  52. LIANE ULGUIN DA ROCHA
  53. LOTHAR SCHMITT
  54. LUCIA RAMOS CHRISTILLINO
  55. LUIZ CARLOS SCHUTKOVSKI
  56. MARCO ANTONIO PETTER
  57. MARIA CONCEIÇÃO COELHO
  58. MARINA DE BRITO DE MORAES
  59. MÁRIO JOSÉ FORTI
  60. MARIO RENATO DA SILVA
  61. MATEUS PEREIRA
  62. MATEUS TANSANI
  63. MATILDE VERONICA ZIMMERMANN
  64. MELÂNIA NEUMANN
  65. MIGUEL EDUARDO DE OLIVEIRA DIAS
  66. NELSON SCHAFFER
  67. NITIELE LUDVIG
  68. NOELI DA ROSA DUARTE
  69. OLANDINA ANNA BARTZ
  70. OLIDE PIERINA BRONDANI
  71. OLINDO LOPES
  72. ONÉRCIO GIOVANE SILVEIRA FARIAS
  73. ONORE SCHEFFER BAUER
  74. ORLANDO DA SILVA
  75. PALOMA MELLO DA SILVA
  76. PRISCILO
  77. REJANE MARIA VIEIRA
  78. RODRIGO CAGOL
  79. RODRIGO DE ÁVILA NUNES
  80. RODRIGO LUIS PEREIRA
  81. RUDIMAR BRANCHINE
  82. SANTINO SILVA DOS SANTOS
  83. SAYANE ISABELLE DA SILVA
  84. SÉRGIO AUGUSTO FERNANDES DOS ANJOS
  85. SILVANE SOARES
  86. SILVIO ANTÔNIO PELLICIOLI
  87. VALERIA MARIA GREGORY
  88. VILMAR ENAR LOZADO
  89. WAGNER OLIVEIRA. Fonte: www.correiodopovo.com.br

É justo que as dívidas do RS com a União sejam suspensas neste momento, mas o Senado não pode aproveitar a catástrofe para articular moratória dos débitos de outros Estados

 

 Tragédia climática no Rio Grande do Sul

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou ser impossível exigir do Rio Grande do Sul que mantenha em dia o pagamento de suas dívidas com a União em meio à tragédia que acomete o Estado. Devastado pelas chuvas, o Estado pediu ao governo a suspensão da parcela mensal e dos encargos financeiros da dívida durante a reconstrução – algo que, segundo o governo gaúcho, somaria R$ 3,5 bilhões anuais. Trata-se de um pleito razoável ante o caos que tomou conta do Rio Grande do Sul.

É verdade que o governador Eduardo Leite já pedia condições mais vantajosas para pagar as dívidas antes mesmo do desastre, mas é inegável que o contexto com o qual o Estado trabalhava mudou drasticamente desde a semana passada. Uma demanda que antes soava inoportuna se tornou plenamente justificável agora que mais da metade dos municípios gaúchos foi severamente afetada pelas inundações.

Milhares de pessoas estão desalojadas ou em abrigos, 130 estão desaparecidas e há, pelo menos, 90 mortes confirmadas. À destruição da infraestrutura de serviços públicos essenciais que dificulta a chegada de mantimentos, soma-se o banditismo daqueles que se aproveitam da calamidade para saquear residências e comércios, em um verdadeiro cenário de guerra.

O pior é que a crise, infelizmente, está muito longe do fim. As enchentes que ainda acometem boa parte da região metropolitana de Porto Alegre podem afetar, muito em breve, municípios localizados na região sul do Estado, para onde a água deve fluir nos próximos dias e semanas.

Elaborado muito antes da catástrofe climática, o plano por meio do qual o governo gaúcho aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) impõe desembolsos mensais pesados, com os quais o Estado não tem a menor condição de arcar neste momento, e muitas restrições à obtenção de financiamentos, contratação de funcionários, realização de obras e autorização para gastos emergenciais.

Não será possível reconstruir o Estado sem que essas vedações sejam temporariamente levantadas, o que não dispensa a necessidade de fiscalização rigorosa da execução dessas despesas para garantir que o dinheiro chegue aonde precisa chegar. Dito isso, a tragédia gaúcha tampouco pode ser usada para articular um descarado perdão – mais um – a Estados que se converteram em devedores contumazes. Há, no entanto, alguns indícios de que essa via infame pode estar em vias de construção.

Ao participar ontem de um seminário sobre o programa Juros por Educação, por meio do qual o governo federal pretende exigir investimentos no ensino público dos Estados beneficiados pela renegociação, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que alguns precisam de um “olhar especial” em razão de fragilidades graves. Além do Rio Grande do Sul, Ceron mencionou os casos de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Ele ponderou, no entanto, que esse processo requer cuidado para “não repetir os erros do passado”.

Coincidências não existem. Também ontem, o senador Rodrigo Pacheco disse ter se reunido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir o que ele considera ser “o maior problema federativo” do País atualmente. Segundo Pacheco, a Fazenda estaria comprometida com a elaboração de uma solução para o caso específico do Rio Grande do Sul.

Uma proposta “estruturante” para os demais Estados, no entanto, não seria apresentada pelo governo, mas pelo Senado – provavelmente pelo próprio Pacheco. A ideia seria criar um formato que garanta prazos e indexadores mais favoráveis ao pagamento das dívidas dos demais Estados sem que seja preciso aderir ao RRF, que impõe contrapartidas como a limitação de despesas com pessoal e a privatização de estatais.

Não é preciso ser um profeta para imaginar que essa proposta tem tudo para ser uma temeridade que custará caro à União. Pacheco, afinal, é pré-candidato ao governo do Estado em 2026 e parte mais do que interessada no acordo mais vantajoso possível para o encalacrado Estado de Minas Gerais. Não deveria ser necessário dizer que tragédias não podem se converter em oportunidade para perdoar a irresponsabilidade fiscal. Fonte: https://www.estadao.com.br

 

Foto: Igreja Matriz de Eldorado do Sul

Por Redação O Sul | 7 de maio de 2024

Aumentou para 95 o número de mortes provocadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, de acordo com balanço divulgado na noite desta terça-feira (7) pela Defesa Civil Estadual.

Pelo menos 131 pessoas estão desaparecidas e 372 ficaram feridas. Mais de 200 mil pessoas encontram-se desalojadas ou desabrigadas.

No total, 401 municípios do Estado registraram danos em razão dos temporais dos últimos dias. Conforme o boletim da Defesa Civil, mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelas cheias que assolam o RS.

 

Confira o boletim completo

Municípios afetados: 401
Pessoas em abrigos: 48.799
Desalojados: 159.036
Afetados: 1.443.950
Feridos: 372
Desaparecidos: 131

Óbitos: 95
Óbitos em investigação: 4

 

Relação de óbitos por cidade

Bento Gonçalves (6)
Boa Vista do Sul (2)
Bom Princípio (1)
Canela (2)
Canoas (3)
Capela de Santana (1)
Capitão (2)
Caxias do Sul (5)
Cruzeiro do Sul (8)
Encantado (2)
Esteio (1)
Farroupilha (1)
General Câmara (1)
Forquetinha (2)
Gramado (7)
Itaara (1)
Lajeado (5)
Montenegro (1)
Pantano Grande (1)
Paverama (2)
Pinhal Grande (1)
Porto Alegre (3)
Putinga (1)
Roca Sales (2)
Salvador do Sul (2)
Santa Cruz do Sul (2)
Santa Maria (5)
São João do Polêsine (1)
São Leopoldo (1)
São Vendelino (2)
Segredo (1)
Serafina Corrêa (2)
Silveira Martins (1)
Sinimbu (1)
Sobradinho (1)
Taquara (2)
Três Coroas (3)
Vale do Sol (1)
Venâncio Aires (3)
Vera Cruz (1)
Veranópolis (5)

Óbitos em investigação: 4
Caxias do Sul (1)
Pinhal Grande (1)
Santa Maria (1)
Três Coroas (1)

 

Energia elétrica, água e telefonia

CEEE Equatorial: 221.326 pontos sem energia elétrica (12,3% do total de clientes);
RGE Sul: 233,6 mil pontos sem energia elétrica (7,6% do total de clientes);
Corsan: 606.744 clientes sem abastecimento de água (21% do total);
Tim: 16 municípios sem serviços de telefonia e internet;
Vivo: 35 municípios sem serviços de telefonia e internet;
Claro: 6 municípios sem serviços de telefonia e internet.

Panorama nas escolas estaduais

Dados das escolas afetadas (danificadas, servindo de abrigo, com problemas de transporte, com problema de acesso e outros):
855 escolas
228 municípios
28 Coordenadorias Regionais de Educação (CRE)
293.594 estudantes impactados
421 escolas danificadas
68 escolas servindo de abrigo

 

Retomada das aulas

CREs que retomaram as aulas na terça-feira (7): Uruguaiana (10ª); Osório (11ª); Erechim (15ª); Palmeira das Missões (20ª); Três Passos (21ª); São Luiz Gonzaga (32ª); São Borja (35ª) e Ijuí (36ª); Caxias do Sul (4ª), Pelotas (5ª) Santa Cruz do Sul (6ª), Passo Fundo (7ª), Santa Maria (8ª), Cruz Alta (9ª), Bagé (13ª), Santo Ângelo (14ª), Bento Gonçalves (16ª), Santa Rosa (17ª); Rio Grande (18ª); Santana do Livramento (19ª); Vacaria (23ª); Soledade (25ª) e Carazinho (39ª).

CREs sem previsão de retomada: Porto Alegre (1ª ), São Leopoldo (2ª), Estrela (3ª), Guaíba (12ª), Cachoeira do Sul (24ª), Canoas (27ª) e Gravataí (28ª). Alguns municípios da região de Pelotas e de Rio Grande não tiveram aulas hoje e não terão amanhã devido à situação dos dois municípios. Fonte: https://www.osul.com.br

Tragédia no Sul: Mortos sobem para 90; afetados passam de 1 mi

Chuvas atingiram mais da metade dos municípios do estado e há 132 desaparecidos, segundo governo gaúcho

 

SÃO PAULO

Rio Grande do Sul chegou, nesta terça-feira (7), à marca de 90 mortes em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região ao longo da última semana. Ao todo, 1,4 milhões de pessoas foram afetadas pela tragédia da região.

O número de mortos pode aumentar ainda mais nos próximos dias, pois há um total de 131 desaparecidos, além de 362 feridos. Também há 4 óbitos em investigação.

De acordo com a Defesa Civil, há 48.297 desabrigados, instalados em alojamentos cedidos pelo poder público, e 156.056 desalojados.

Do total de 497 municípios do estado gaúcho, 388 foram afetados pelas fortes chuvas da região.

As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 273 mil alunos foram impactados. Um total de 386 escolas tiveram sua estrutura danificada pela chuva. Até o momento, 790 escolas foram afetadas, 388 danificadas e 52 escolas servem de abrigo.

A tragédia tem sido comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.

Profissionais de saúde apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e inexistência de uma coordenação centralizada de decisões. Colapso nos hospitais, dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas.

 

SITUAÇÃO NO RS APÓS AS CHUVAS

90 mortes

131 desaparecidos

362 feridos

1.408.993 pessoas afetadas

48.297 desabrigados (quem teve a casa destruída e precisa de abrigo do poder público) 156.056 desalojados (quem teve que deixar sua casa, temporária ou definitivamente, e não precisa necessariamente de um abrigo público –pode ter ido para casa de parentes, por exemplo)

Na noite desta segunda-feira, o governo do Rio Grande do Sul para o risco de enchentes nos municípios localizados às margens da Lagoa dos Patos.

A água que inundou Porto Alegre e causa transtornos na região metropolitana desce pela lagoa em direção ao mar, o que pode acontecer rapidamente ou de forma mais lenta, dependendo da direção do vento.

O risco é agravado devido à frente fria que chega à região sul do estado e provoca chuva e queda de temperatura nesta semana, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

A previsão é que, nesta semana, a temperatura caia no Rio Grande do Sul. A partir de quarta-feira, a expectativa é da chegada de uma frente fria na região.

Em algumas regiões do estado os termômetro podem marcar mínimas de 10°C, o que pode causar ou agravar a hipotermia das pessoas que ainda não conseguiram ser resgatadas e estão em locais sem acesso a abrigo e alimentos.

A Defesa Civil gaúcha esclarece que está recebendo doações na Central Logística, localizada na avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre. Entre os itens necessários, estão colchões (novos ou em bom estado), roupa de cama, roupa de banho, cobertores, água potável, ração animal, cestas básicas fechadas e fraldas infantis e geriátricas.

Porém, não estão sendo recebidos roupas e calçados, medicamentos e móveis e utensílios domésticos.

As chuvas que devastaram cidades do Rio Grande do Sul também chegaram a Santa Catarina e ao Paraná, causando outras três mortes. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Ante o imperativo da solidariedade, brasileiros deixam diferenças de lado e unem esforços para ajudar o Rio Grande do Sul, abatido por uma catástrofe climática e humana sem precedentes

 

Não há precedentes para a tragédia que se abate sobre o Rio Grande do Sul desde a semana passada. Por esse motivo, também não pode ter precedentes a ajuda que o País deve dar aos gaúchos. Felizmente, a resposta tanto do poder público quanto dos muitos brasileiros anônimos que fizeram doações e se juntaram ao esforço para socorrer os desabrigados mostra que, ante o imperativo da solidariedade, não há diferenças insuperáveis. Ainda somos um único Brasil.

Em dez dias, choveu o equivalente a três meses de precipitações, segundo o governo do Estado. Regiões que nunca haviam sido consideradas áreas de risco rapidamente foram invadidas pela água.

A infraestrutura do Estado foi devastada e deixou várias cidades do interior e da região metropolitana de Porto Alegre completamente ilhadas. Pontes interditadas, estradas bloqueadas e o principal aeroporto fechado por tempo indeterminado dificultam a chegada de ajuda, o trabalho de voluntários e o envio de mantimentos básicos.

Cerca de 885 mil imóveis estão sem abastecimento de água e mais de 443 mil estão sem energia elétrica, a maioria nos arredores de Porto Alegre. Algumas regiões podem permanecer inabitáveis por semanas ou até meses até que seja possível apurar a extensão dos estragos e reconstruir a infraestrutura de serviços públicos essenciais.

Num cenário como esse, seria especialmente cruel atribuir a dimensão da catástrofe a uma suposta má gestão estadual, como alguns oportunistas estão tentando fazer. É evidente que todos os governos são, de um jeito ou de outro, responsáveis pelo que acontece na região que administram, mas claramente estamos diante de um evento climático que surpreenderia até o mais precavido dos gestores. Por isso, não se trata de uma questão meramente orçamentária ou de descaso da Defesa Civil.

As enchentes que ocorreram no ano passado tampouco podem servir de referência. Todo o sistema de proteção foi projetado com base nos estragos causados por uma enchente em 1941, até então a maior da história. Ainda que possa haver problemas de manutenção das comportas, o volume de água que chegou ao Lago Guaíba superou a cota de inundações em mais de dois metros.

A ida do presidente Lula da Silva ao Estado, acompanhado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; além do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstra que as autoridades compreenderam a gravidade do quadro, que tende a piorar antes de começar a melhorar.

A situação é absolutamente excepcional e requer, portanto, medidas também excepcionais. O gabinete de crise do governo federal para lidar com a tragédia precisa contar com autonomia para garantir as ações de socorro em uma primeira etapa. A declaração de estado de calamidade pública é essencial para que os recursos públicos cheguem com a celeridade que a situação requer, contrariando o padrão moroso que se repete a cada desastre humanitário.

Como disse o governador gaúcho, Eduardo Leite, o Estado precisará de um amplo plano de reconstrução, a exemplo do Plano Marshall, que financiou a recuperação da Europa no pós-guerra. Não é momento para apontar culpados e transformar esse cenário de destruição em palanque político, mas de direcionar verba federal e de emendas parlamentares para salvar o Estado e autorizar um orçamento de guerra para enfrentar o caos.

Diante das restrições fiscais do Rio Grande do Sul, é preciso flexibilizar as limitações para gastar seus próprios recursos e acessar financiamentos naquele que é possivelmente o pior momento de sua história – o que não é o caso de outros Estados que buscam obter a moratória de suas dívidas. Os prefeitos também precisam ter segurança para contratar obras emergenciais às vésperas das eleições municipais.

Nada disso dispensa a necessidade de fiscalização rigorosa sobre o uso do dinheiro, que não pode se perder em ações dispensáveis. Ou seja, mais do que nunca, é preciso organização e liderança – pois solidariedade, neste país, há de sobra. Fonte: https://www.estadao.com.br

 

Mutirão é feito por agentes de segurança e voluntários no estacionamento da Havan de Guaíba

 

Helicópteros levam mantimentos a locais ilhados em Eldorado do Sul a partir do estacionamento da Havan de Guaíba | Foto: Ricardo Giusti

Uma força-tarefa realizada no estacionamento de uma loja da rede catarinense Havan em Guaíba está permitindo que mantimentos sejam entregues via aérea para moradores que estão ilhados em Eldorado do Sul e região. Além dos donativos, aeronaves do Exército Brasileiro utilizam o local para realizar operações de resgate. Nas entregas de mantimentos, helicópteros do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e da Polícia Militar de São Paulo auxiliam na força-tarefa.

A Havan de Guaíba também se tornou local de triagem dos mantimentos que são entregues para os ilhados. No espaço, os donativos são organizados em carrinhos da loja até serem levados para dentro das aeronaves. O relato é de que o trabalho é feito com muita agilidade. No momento em que estes helicópteros descem para o estacionamento, os carrinhos com mantimentos se aproximam para abastecer as aeronaves. Entre os principais itens entregues estão água, papel higiênico, alimentos não perecíveis, fraldas, roupas. Fonte: https://www.correiodopovo.com.br

 

No total, 345 municípios do Estado registraram danos em razão dos temporais dos últimos dias

Foto: Divulgação

 

Por Redação O Sul | 6 de maio de 2024

Aumentou para 83 o número de mortes provocadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (06) pela Defesa Civil. Pelos menos 111 pessoas estão desaparecidas e 291 ficaram feridas.

Quase 150 mil gaúchos estão desalojados ou desabrigados. No total, 364 municípios do Estado registraram danos em razão dos temporais dos últimos dias.

 

Os óbitos foram registrados nas seguintes cidades:

Bento Gonçalves (3)

Boa Vista do Sul (2)

Bom Princípio (1)

Canela (2)

Canoas (1)

Capela de Santana (1)

Capitão (1)

Caxias do Sul (5)

Cruzeiro do Sul (8)

Encantado (2)

Farroupilha (1)

Forquetinha (2)

Gramado (7)

Itaara (1)

Lajeado (5)

Montenegro (1)

Pantano Grande (1)

Paverama (2)

Pinhal Grande (1)Porto Alegre (2)

Putinga (1)

Roca Sales (2)

Salvador do Sul (2)

Santa Cruz do Sul (2)

Santa Maria (5)

São João do Polêsine (1)

São Leopoldo (1)

São Vendelino (2)

Segredo (1)

Serafina Corrêa (2)

Silveira Martins (1)

Sinimbu (1)

Taquara (2)

Três Coroas (1)

Vale do Sol (1)

Venâncio Aires (3)

Vera Cruz (1)

Veranópolis (5)

Fonte: https://www.osul.com.br

O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública.

 

Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

 

Por Redação O Sul | 4 de maio de 2024

Em balanço divulgado pela Defesa Civil do RS, às 18h, deste sábado (4), o número de mortes provocadas pelos temporais no Rio Grande do Sul chegou está em 62 (55 confirmadas e 7 em investigação).  Pelo menos 74 pessoas estão desaparecidas e 74 ficaram feridas.

No total, 300 municípios gaúchos foram afetados pelas enchentes. Mais de 40 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública.

 

Boletim das 18 h de sábado (4)

Municípios afetados: 300

Pessoas em abrigos: 9.581

Desalojados: 32.640

Afetados: 422.307

Feridos: 74

 

Desaparecidos: 74

Óbitos: 62 (destes, 7 estão em investigação)

 

Óbitos confirmados: 55

Bento Gonçalves (3), Boa Vista do Sul (2), Bom Princípio (1), Canela (2), Caxias do Sul (4), Encantado (1), Farroupilha (1), Forquetinha (2), Gramado (6), Itaara (1), Lajeado (1), Montenegro (1), Pantano Grande (1), Paverama (2), Pinhal Grande (1), Putinga (1), Salvador do Sul (2), Santa Cruz do Sul (3), Santa Maria (6), São João do Polêsine (1), São Vendelino (2), Segredo (1), Serafina Corrêa (2), Taquara (2), Três Coroas (1), Vale do Sol (1), Venâncio Aires (3) e Vera Cruz (1).

 

Óbitos em investigação: 7

Caxias do Sul (1), Pinhal Grande (1), Santa Cruz do Sul (1), Santa Maria (1) e Três Coroas (3). Fonte: https://www.osul.com.br

 Grande do Sul decretou estado de calamidade pública

 

Foto: Agência Brasil

 

Por Redação O Sul | 3 de maio de 2024

 

Aumentou para 39 o número de mortes provocadas pelos temporais no Rio Grande do Sul, de acordo com balanço da Defesa Civil Estadual divulgado na tarde desta sexta-feira (3). Pelo menos 68 pessoas estão desaparecidas e 74 ficaram feridas.

Os óbitos foram registrados em Canela (2), Candelária (1), Caxias do Sul (1), Bento Gonçalves (1), Boa Vista do Sul (2) Paverama (2), Pantano Grande (1), Pinhal Grande (1), Putinga (1), Gramado (4), Itaara (1), Encantado (1), Salvador do Sul (2), Serafina Corrêa (2) Segredo (1), Santa Maria (2), Santa Cruz do Sul (4), São João do Polêsine (1), Silveira Martins (1), Vera Cruz (1), Taquara (2), São Vendelino (2)e Três Coroas (3).

No total, 265 municípios gaúchos foram afetados pelas enchentes. Mais de 32 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas. O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública. Fonte: https://www.osul.com.br

 

Para Andréia Galvão, crise do sindicalismo não é problema de comunicação, é de base, mas data se mantém importante

 

A cientista política Andréia Galvão, da Unicamp - Divulgação

Fernanda Brigatti

SÃO PAULO

público muito abaixo do esperado na comemoração do 1º de Maio das centrais sindicais sinaliza a distância da agenda dessas entidades das demandas dos trabalhadores.

Na avaliação da cientista política Andréia Galvão, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), movimentações políticas e questões ideológicas mexeram não apenas com o mundo do trabalho, mas com a subjetividade dos trabalhadores, e isso interfere no que eles consideram importante —uma disputa com frequência mais individual e menos coletiva.

Em relação ao esvaziamento do ato, diferentemente da queixa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à comunicação, Galvão diz que a questão "não é exatamente um problema de divulgação". "Está mais ligada à dificuldade dos sindicatos de falarem com a base, e acho que isso tem várias razões."

"Os trabalhadores se tornam mais refratários à organização e à ação coletiva, ficam mais distantes do sindicato e apostam muito mais na capacidade de encontrar saídas individuais, ou a partir de movimentos sociais organizados em torno de outras identidades, além do apoio oferecido pelas igrejas e pela própria família", afirma.

Ainda assim, a pesquisadora diz considerar o 1º de Maio uma data fundamental, que precisa ser valorizada.

O ato das centrais sindicais no 1º de Maio deste ano foi visto como esvaziado, chegando a ser alvo de queixas do presidente Lula. O que esse esvaziamento diz sobre a capacidade de mobilização dos sindicatos?

Ele revela essa dificuldade de organização e de mobilização da base em torno da luta por direitos, em torno de pautas políticas.

Os atos do 1º de Maio estão sempre conformados em torno de questões mais gerais que as centrais sindicais têm na agenda e negociam periodicamente com o governo. Isso indica dificuldade muito grande de fazer com que essa agenda chegue e faça sentido aos trabalhadores.

Não é exatamente um problema de divulgação [como disse Lula]. Está mais ligada à dificuldade dos sindicatos de falarem com a base, e acho que isso tem várias razões.

Na discussão da regulamentação do trabalho mediado por aplicativos, a relação com os sindicatos gerou certa tensão. Por que esses trabalhadores são tão refratários ao modelo tradicional de representação? Por que além da dificuldade de mobilização, os sindicatos também despertam essa oposição?

Acho que tem vários fatores que se devem a mudanças nas condições e relações de trabalho nos últimos anos, relacionadas às formas de organização e gestão das empresas e às novas tecnologias.

O trabalho de plataforma é uma expressão disso, e a mudança na legislação desde a reforma trabalhista de 2017, com a introdução de novas formas de contratação, é outra.

O aumento da precarização dificulta a sindicalização. Ocupações precárias são muito frágeis do ponto de vista dos seus vínculos: a rotatividade é maior, a remuneração é menor, os níveis de qualificação são mais reduzidos, a informalidade e a própria ausência de vínculo de emprego são indicativos dessa precariedade.

Há ainda o contexto político e ideológico, porque vivemos um período de muita mudança política desde pelo menos 2015, e essas mudanças todas interferem na realidade do trabalho e na subjetividade de quem trabalha.

Outro fator a ser considerado é o impacto do neoliberalismo entre dirigentes sindicais e trabalhadores, porque essa ideologia desresponsabiliza o Estado da produção do bem-estar e transfere a responsabilidade ao indivíduo, que vai provê-la da maneira que puder.

Pode parecer estranho dizer que os dirigentes também são afetados por isso, mas eles descuidaram da defesa de direitos e passaram a priorizar as necessidades mais imediatas e individuais dos trabalhadores.

E os trabalhadores se tornam mais refratários à organização e à ação coletiva, ficam mais distantes do sindicato e apostam muito mais na capacidade de encontrar saídas individuais, ou a partir de movimentos sociais organizados em torno de outras identidades, além do apoio oferecido pelas igrejas e pela própria família.

A realidade desses trabalhadores, suas péssimas condições de trabalho e de vida, faz com que muitos deles, como os entregadores e motoristas de aplicativos, criem associações a partir de um movimento que vem da base, justamente porque eles não se sentem representados pelos sindicatos.

Eles têm condições de trabalho diferentes porque não têm vínculo de emprego nem direitos, e tendem a achar que os sindicatos só representam os trabalhadores formais, o que não é verdade. Não é que eles não se organizem, eles estão experimentando [outro modelo].

Questões como uberização, pejotização, empreendedorismo de necessidade. Como a crise dos sindicatos atravessa essas nuances do mundo do trabalho?
A crise dos sindicatos é atravessada por essas mudanças. O trabalho precário sempre foi muito presente no mercado de trabalho brasileiro, que é muito desestruturado, muito desigual. A taxa de informalidade sempre foi muito grande.

As novas modalidades de contratação vêm sendo usadas para substituir assalariados por trabalhadores contratados por serviço, que deixam de ter acesso a direitos e garantias que tinham enquanto empregados.

Essas fórmulas de contratação são muito usadas pelas empresas para burlar direitos e é uma prática difundida, mas há também o aspecto ideológico.

Os trabalhadores também vão se vendo nesse lugar por causa de uma propagação das vantagens de ser autônomo, de ser independente, empreendedor. Mas também pelas experiências que esses trabalhadores e trabalhadoras têm nos seus vínculos anteriores de trabalho.

Eles percebem que mesmo assalariados muitas vezes são trabalhos que não garantem todos os direitos, que são desrespeitados pelas empresas. Ou tem uma gestão muito despótica, rígida.

Tudo isso vai desestimulando o trabalhador em relação ao emprego assalariado, essas experiências que ele vai relacionar à carteira de trabalho, a ter CLT [Consolidação das Leis do Trabalho].

Com frequência, a questão da unicidade sindical volta a ser debatida. Na sua avaliação, essa questão tem papel no distanciamento e na capacidade dos sindicatos manterem representação?
Sou bastante crítica ao modelo sindical brasileiro. Com isso, não quero dizer que o sindicalismo não seja necessário, não seja importante, quero deixar isso bastante claro.

O sindicalismo atravessa dificuldades, mas isso não significa que esteja fadado ao desaparecimento. É uma instituição importantíssima para a democracia e para a melhoria das condições de trabalho e de vida.

Enquanto houver trabalho, haverá organização de resistência, por dentro e por fora dos sindicatos.

A unicidade sindical engessa a organização. A gente não tem liberdade de organização sindical no Brasil, porque a lei estabelece que só pode ter um sindicato por categoria profissional numa base territorial.

Isso faz com que os trabalhadores se desencantem, porque percebem que não conseguem mudar essa estrutura, não têm liberdade para se organizar da forma que poderiam.

A categoria profissional é outro limitador. Nossa legislação estabelece uma categoria profissional à qual aquele trabalhador tem que se vincular, ele não escolhe, e isso dificulta a ampliação ou fusão de sindicatos que poderiam representar categorias mais amplas.

Por exemplo, esse projeto dos motoristas de aplicativo estabelece uma categoria que é muito limitada. O projeto não obriga a sindicalização, e alguns estão entendendo que o projeto está obrigando, o que ele estabelece é uma categoria profissional que vai representar esses trabalhadores, e isso eles não podem escolher.

Essa organização na base da unicidade e da categoria profissional é muito restritiva, limitante, fator de insatisfação. Esse sindicatos específicos tendem a se fechar na representação dos seus, sem conseguir se articular para além da categoria.

A gente tem um número enorme de sindicatos no Brasil, mais de 11 mil, com muitos dirigentes e pouca base.

Nosso modelo de organização sindical é um modelo que favorece também esse distanciamento da base. E a redução da faixa de sindicalização que a gente vem observando ao longo dos últimos anos e essa dificuldade de atender ao apelo das centrais sindicais são uma expressão disso.

Diferentemente dos anteriores, o governo Lula é conhecido por ter boa relação com os sindicatos. Nessa discussão dos aplicativos, poderia haver uma confusão entre as duas figuras, a dos sindicatos e a do governo?

É possível, dada a proximidade entre o movimento sindical e os governos petistas. E acho que esse afastamento dos sindicatos de suas bases também tem relação com essa proximidade desde o primeiro mandato do Lula.

Talvez uma crença exagerada de que um governo aliado bastaria para resolver todos os problemas relativos ao mundo do trabalho.

Os sindicatos deixaram a formação política sindical no segundo plano e apostaram as suas fichas nos canais de interlocução que elas tinham com o Estado.

Com a crise, depois com as mudanças de governo, a capacidade do sindicalismo de mobilizar os setores amplos da classe trabalhadora em torno dessas pautas, como a defesa de direitos sociais e trabalhistas, mas também a defesa da própria democracia, foi se reduzindo ainda mais.

 

Andréia Galvão, 53

É graduada e doutora em Ciências Sociais e mestra em Ciência Política pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), onde é professora do Departamento de Ciência Política. Na instituição, pesquisa relações de trabalho e ação sindical. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br 

Mortes pela chuva no RS sobem para 29 e desaparecidos chegam a 60; governo decreta calamidade

Pelo menos 203 cidades gaúchas foram atingidas pelos temporais. A previsão é de que a precipitação forte siga para Santa Catarina nos próximos dias

 

 

Por Redação

O total de mortes registradas pelos temporais no Rio Grande do Sul subiu para 29 na noite desta quinta-feira, 2, e o número de desaparecidos chegou a 60. A previsão é de que a precipitação forte siga para Santa Catarina nos próximos dias.

O governador do Rio Grande do SulEduardo Leite (PSDB), declarou estado de calamidade pública após 203 municípios gaúchos terem sido afetados pelas chuvas intensas, pouco mais de 40% de todas as cidades do Estado. A medida foi publicada na noite de quarta-feira de feriado, 1º, em edição extraordinária do Diário Oficial.

Segundo o governador, este deve ser “o maior desastre” climático já enfrentado pelos gaúchos, e o Rio Taquari, um dos principais do Estado, atinge a maior elevação da história. Foram contabilizadas 71.306 pessoas afetadas, sendo 10.242 desalojadas, 4.645 abrigadas e 36 feridas.

Leite descreveu a situação como ”absurdamente excepcional” e que as chuvas que caem no Estado gaúcho provocará a “pior enchente já vista”, superando a do ano de 1941. Afirmou também que o temporal tem atrapalhado a ação de resgates e pediu à população que busque proteção, em locais afastados de áreas que possam sofrer com alagamentos de rios e deslizamentos de terra.

“É absolutamente impossível atender a todos os pedidos de resgate nas condições climáticas que a gente está vivendo”, afirmou. “Não conseguimos acessar todas as localidades. Sabemos de inundações, deslizamento e de pessoas que estão em locais inacessíveis”, afirmou. “Infelizmente, esse número (de 29 mortes) vai aumentar. São 60 desaparecidos registrados.”

De acordo com o balanço do governo, são 160 pontos de rodovias estaduais e federais bloqueadas e 160 pontos georreferenciados para efetuar algum resgate. Conforme apresentado pelo coronel Luciano Boeira, da Defesa Civil, 4,6 mil pessoas foram resgatadas e mais de 2,5 mil servidores atuam na busca de pessoas afetadas.

“A situação que estamos vivenciando é absurdamente excepcional. Não é só um caso crítico. É o mais crítico muito provavelmente que se tem registro na sua história. Por isso é muito importante que as pessoas busquem se proteger”, disse o governador Eduardo

 

Chuvas devem perder força só no domingo, diz meteorologista

Meteorologistas do governo alertaram, em live transmitida com Eduardo Leite, que os temporais volumosos devem continuar nesta sexta-feira e no fim de semana. A previsão é de um acúmulo de chuva de 200 mm, podendo ultrapassar os 250 mm, principalmente na região norte do Estado. A expectativa é que os temporais comecem a perder força somente no domingo.

“A instabilidade segue sobre o Estado do Rio Grande do Sul. Aquele canal de umidade que vem do norte do País vai continuar nos próximos dias”, disse a meteorologista Cátia Valente. “Nós temos volumes de chuva ainda muito elevados nas partes noroeste, norte gaúcho e o fluxo segue passando na região central do Estado, indo em direção à Serra, ao litoral norte, e também em Campos de Cima da Serra e toda a região dos vales”.

Leite afirmou que a atual situação é pior em relação às chuvas que acontecerem em setembro do ano passado, quando o Estado também foi castigado pelos temporais. “Vai ser pior que em outros momentos. Em setembro, choveu, mas no dia seguinte, a gente conseguia fazer o resgate”, disse na transmissão.

Em Porto Alegre, a expectativa é que o Rio Guaíba chegue a maior altura já registrada, superando o 4,73 metros registrados na enchente de 1941. Segundo o governador, há uma crescimento de 8 centímetros por hora das águas do rio, que se encontrava na altura de 3,37 metros até as 19h desta quinta. “Vai passar dos 4 metros nesta madrugada”, disse Leite.

 

Visita do presidente Lula

Nesta quinta-feira, 2, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou para o Rio Grande do Sul, onde se reuniu com Leite. No encontro, como uma medida emergencial, ficou decidida a criação de uma Sala de Situação Integrada, sob coordenação do comandante militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento, para organizar as operações de resgate em todas as regiões atingidas.

O Rio Grande do Sul tem sofrido com uma série de eventos extremos nos últimos anos. Em setembro de 2023, ao menos 41 pessoas morreram após a passagem de um ciclone pelo Estado.

O decreto de calamidade, que seguirá vigente por 180 dias, estabelece que os órgãos e entidades da administração pública estadual devem prestar apoio imediato às áreas afetadas, em colaboração com a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.

Além disso, o texto prevê a possibilidade de os municípios afetados pedirem auxílio semelhante, cujas solicitações serão avaliadas e homologadas pelo Estado, na tentativa de dar resposta mais ágil e coordenada diante da emergência. Fonte: https://www.estadao.com.br

Moradores afirmam que policiais militares e civis realizam operação na comunidade Vila Aliança, em Bangu, e no Morro da Primavera, na Zona Norte do Rio. Um dos chefes do Morro da Primavera foi morto, junto a um comparsa.

 

Tiroteio fecha unidades de saúde na Zona Oeste do Rio, e criminosos colocam fogo em barricadas — Foto: Reprodução

 

Por Thaís Espírito Santo, g1 Rio

Um ônibus, diversos pneus, barricadas e outros objetos foram incendiados durante tiroteios em comunidades das zonas Oeste e Norte do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (4).

Um dos chefes do Morro da Primavera, na Zona Norte, foi morto em confronto com policiais civis. Wellington de Souza Gouvêa, conhecido como Gaguinho, estava em prisão domiciliar desde 2021.

Na hora em que foi baleado, ele estava com um segurança, conhecido na região como Novinho. Eles chegaram a ser levados para um hospital, mas não resistiram.

A Rua Silva Vale, na mesma comunidade, foi fechada com pneus em chamas e um ônibus foi incendiado na Rua Enaldo dos Santos Araújo, em protesto à morte dos traficantes.

Por volta de 19h, mais tiros foram relatados e objetos incendiados na comunidade.

Na comunidade Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste, diversas ruas foram bloqueadas por ônibus e caminhões que foram atravessados nas pistas pelos criminosos. A fumaça das barricadas em chamas eram vistas de longe.

Um fuzil foi apreendido por policiais militares do 14º BPM (Bangu). Três unidades de saúde foram fechadas pela segurança dos pacientes e funcionários. Outras duas tiveram parte do funcionamento afetado, como as visitas domiciliares.

Uma escola municipal foi impactada pela violência.

Nas duas comunidades, há a presença de policiais civis e militares - ambas são dominadas pela mesma facção de tráfico de drogas.

Não se sabe o motivo das incursões. Em Bangu, o tiroteio durou mais de uma hora e meia. A Avenida Taquaral e a Rua Augusto de Figueiredo, em Bangu, estavam bloqueadas.

A Polícia Militar informou que no Morro da Primavera atuou apenas para dispersar uma manifestação. As pessoas estariam tentando fechar uma rua e colocar fogo em objetos. O policiamento foi reforçado.

Já em Bangu, os agentes ainda atuam em apoio à Polícia Civil. Fonte: https://g1.globo.com

Documento passado ao governo do Rio detalha quanto a estrela POP irá receber pelo show

 

Por Nelson Lima Neto

No processo administrativo que tratou do patrocínio de R$ 10 milhões do governo do Estado do Rio para realização do show de Madonna na Praia de Copacabana, a produtora responsável pela apresentação detalhou os gastos previstos para trazer a americana para o Brasil.

Pois no documento consta, por exemplo, o cachê que Madonna receberá para se apresentar em terras cariocas, assim como o custo total da apresentação e outros detalhamentos. A previsão é de um gasto de R$ 59.908.437,50 para que o show aconteça de forma plena.

Já Madonna receberá R$ 17,075 milhões de cachê, segundo informado pela Bonus Track ao governo do Rio. O valor equivale a US$ 3,3 milhões, aplicada a cotação de ontem. A planilha foi enviada pela produtora, por e-mail, à direção da Funarj, responsável por financiar o patrocínio. Fonte: https://oglobo.globo.com

Folhinha relembra edição de 24 de abril de 1977, que trazia na capa uma homenagem aos trabalhadores do Brasil

 

SÃO PAULO

Você sabe por que se comemora o Dia do Trabalho em 1º de maio?

A edição da Folhinha de 24 de abril de 1977 trazia na capa uma homenagem aos trabalhadores do Brasil. Na matéria principal, o leitor encontrava alguns dados sobre a economia do país e, de forma resumida, o porquê de o Dia do Trabalho ser comemorado em 1º de maio.

A data foi criada em 1889, em Paris, em homenagem à manifestação feita em 1886 pelos trabalhadores americanos de Chicago, que brigavam por melhores condições nas fábricas. O ato resultou em mortes, prisões e violência.

O texto também dedicava um espaço especial às mulheres que fugiam das estatísticas apontadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) à época: aquelas que cuidavam da casa e dos filhos (dos seus ou dos de outras pessoas) enquanto os maridos trabalhavam fora.

"Estas mulheres também devem receber, no dia 1º de maio, uma homenagem especial. Se não fosse seu trabalho, pouco se poderia fazer nas fábricas, nos escritórios, nas escolas (... )", dizia a reportagem.

 

DIA DO TRABALHO

No dia 1º de maio, o Brasil comemora o Dia do Trabalho. Um dia importante porque nele é prestada homenagem aos trabalhadores, os que fazem a grandeza de seu país, que garantem a vida de sua família. E não são poucos os trabalhadores que devem receber, neste dia, um pensamento especial dos leitores da "Folhinha" –a começar de seus parentes: pais e mães, tios e tias, avós, professores, pajens, empregadas, e todos os que vivem perto de nós.

Segundo o IBGE (Anuário Estatístico 1975) são economicamente ativos, isto é, estão em condições de trabalhar, 71,8% dos homens e 18,5% das mulheres brasileiras de mais de 10 anos. Isto significa que trabalham quase 24 milhões de homens e mais de 6 milhões de mulheres.

Este pessoal todo trabalha em setores variados: agricultura, pecuária, silvicultura, extração vegetal, caça e pesca (36% dos homens e 3% das mulheres); na indústria (14% dos homens e 2% das mulheres); no comércio (6% dos homens e 1% das mulheres); na prestação de serviços (o que inclui um grande número de atividades), nos serviços de transporte, de comunicações etc. Há ainda um grande número –principalmente de mulheres– que não constam das estatísticas porque seu trabalho está restrito ao âmbito de sua casa: cuidando da sua própria família ou ajudando a cuidar da casa e dos filhos de alguém.

Estas mulheres também devem receber, no dia 1º de maio, uma homenagem especial. Se não fosse seu trabalho, pouco se poderia fazer nas fábricas, nos escritórios, nas escolas, nas fazendas –é de casa que saem, todos os dias, os trabalhadores que produzem as riquezas de nosso país.

O Dia do Trabalho é comemorado a 1º de maio porque foi nesse dia que, há anos, fez-se um grande movimento a favor dos trabalhadores, que, no início da era industrial, eram submetidos a condições muito precárias –salários baixos, muitas horas de serviço, locais insalubres para o trabalho. Revoltados com essa situação, os operários da época se reuniram e exigiram condições melhores de trabalho. E isso é o que se vem fazendo, há anos. No Brasil, existe uma legislação especial tratando dos direitos e deveres do trabalhador, a fim de que o serviço prestado tenha, no mínimo, a recompensa de um salário. Se muita coisa ainda há a fazer, muito já se conseguiu. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Vítimas graves foram encaminhadas para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.

 

Por Alex AraújoRodrigo Salgado, g1 Minas — Belo Horizonte

Um grupo de 15 ciclistas foi atropelado por uma van no km 429 da BR-040, em Paraopeba, na Região Central de Minas Gerais, na manhã desta terça-feira (30). Sete deles ficaram feridos, dois em estado grave.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu no sentido Brasília (DF) e o motorista alegou que foi fechado por um caminhão. Ele fez o teste do bafômetro, que deu negativo.

Helicópteros da PRF e do Corpo de Bombeiros socorreram as vítimas graves, que foram levadas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Os demais feridos foram atendidos por ambulâncias do município, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Via 040, concessionária que administra a rodovia.

Às 11h10, a PRF informou que a BR estava totalmente liberada.

Por nota, a empresa que administra a van, Barth Transportes Express, lamentou o ocorrido e afirmou que prestou assistência e suporte às vítimas.

"Esclarecemos que em todas as atividades realizadas pela empresa são atendidas as regulamentações e normas de segurança de trânsito. Reiteramos nosso compromisso com a assistência aos envolvidos", disse o comunicado. Fonte: https://g1.globo.com

Natalia Aline da Silva, 31, cujo corpo foi achado enterrado e concretado no quintal de uma casa em Taubaté (SP) - Natalia Aline Silva no Facebook

 

Segundo a polícia, detido confessou o crime e disse que a matou após uma discussão; ele não tem advogado

 

Simone Machado

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP)

O corpo de uma mulher de 31 anos foi encontrado enterrado debaixo de concreto no quintal de uma casa, no bairro Parque São Luís, em Taubaté (a 133 km de São Paulo), na tarde desta quinta-feira (25).

O namorado dela, Manoel Aurino Chaves dos Santos, 52, foi preso sob suspeita de feminicídio e ocultação de cadáver. Segundo a polícia, Santos confessou o crime e disse que matou Natália Aline da Silva após uma discussão na semana anterior. Ele não apresentou advogado até esta sexta-feira (26).

Natália Silva estava desaparecida desde a noite do dia 19 e vinha sendo procurada pelos familiares. O corpo dela foi encontrado após a Polícia Civil receber uma denúncia anônima através do Disque Denúncia comunicando um possível assassinato.

Na ligação, a pessoa detalhou aos policiais que ouviu uma briga entre o casal na residência de Santos e que, no dia seguinte, viu o suspeito carregando um saco de cimento para concretar o quintal. Ao saber do desaparecimento de Silva, o denunciante diz ter desconfiado da situação.

Policiais e equipes do Corpo de Bombeiros foram até o imóvel e notaram que parte do quintal havia sido reformado recentemente. A área foi escavada, e o corpo da mulher foi localizado a um metro de profundidade.

"Assim que os policiais chegaram na casa para verificar a denúncia, esse homem os atendeu e confessou o crime. O motivo que ele narrou foi uma briga, um motivo fútil e banal. Ele alega que teria agarrado no pescoço da vítima e nesse momento teve um branco. Quando voltou a si, ela já estava morta", diz o delegado Vinicius Garcia Vieira.

Em relato à polícia, a família da vítima contou que ela e Manoel se conheceram pela internet há cerca de um mês. O homem já havia ido até à casa dos familiares da mulher algumas vezes.

Ainda segundo os parentes, Santos foi até à residência dos pais de Silva nesta semana procurar pela mulher.

Ela deixa três filhos, sendo duas meninas e um menino com idades entre 8 e 13 anos. O corpo dela foi enterrado na manhã desta sexta-feira (26), no cemitério do Belém, em Taubaté.

Dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo mostram uma crescente nesse tipo de crime. O feminicídio é o assassinato de mulheres cometido em razão do gênero. São enquadrados nessa tipificação casos de violência doméstica e familiar e de menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

De janeiro a março deste ano, 73 casos de feminicídio já foram registrados no estado. O número é 20% maior do que o registrado no mesmo período de 2023, quando 61 casos foram contabilizados. Em 2022, nos três primeiros meses do ano, esse número foi de 50 assassinatos registrados.

Ainda segundo o levantamento, em todo o ano passado foram computados 221 feminicídios no estado —13% a mais do que em 2022. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Casos, que têm série de diferenças jurídicas, foram mobilizados de formas distintas pela esquerda e direita no Brasil

 

SÃO PAULO

Nos Estados Unidos, uma lei aprovada pelo Congresso pode resultar no banimento do TikTok no país. Já no Brasil, as ameaças do dono do X, o empresário Elon Musk, de descumprir decisões judiciais levaram ao debate público a especulação sobre um eventual bloqueio da plataforma.

Ambos os casos, em alguma medida, mobilizam a discussão sobre soberania digital dos países para fazer cumprir suas ordens, leis ou decisões sobre empresas de tecnologia que operam em todo o mundo sem barreira física.

Há diferenças sobre o que está em jogo. No caso brasileiro, o respeito ao Judiciário, enquanto nos Estados Unidos, a segurança nacional.

No Brasil, Musk prometeu "derrubar restrições" no X (o antigo Twitter) impostas por decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Além disso, uma comissão do Congresso dos EUA divulgou relatório com uma série de decisões e ofícios sob segredo de Justiça emitidos pelo magistrado. Os ofícios foram entregues pela rede social a pedido do órgão, que é presidido por um aliado de Donald Trump.

Não há evidências de que o X tenha desbloqueado perfis. Ainda assim, o tema da soberania acabou sendo mobilizado diante da ameaça de descumprimento –que foi comemorada entre os bolsonaristas. Um ponto ainda a ser esclarecido é como contas suspensas conseguiram fazer transmissões online pela plataforma, como apontou a Polícia Federal.

Já a lei sancionada nesta quarta-feira (24) pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, proíbe o TikTok no país se a ByteDance, empresa chinesa dona do aplicativo, não se desfizer dele em nove meses.

A justificativa para o apoio à medida é o que o app seria uma ameaça à segurança nacional enquanto for de propriedade da ByteDance. Entre as preocupações está a de a empresa fornecer dados ao governo chinês –apesar de não haver evidências de que isso tenha ocorrido.

No Brasil, a ofensiva de Musk contra Moraes teve consequências políticas e têm sido mobilizada de modos diferentes pela direita e esquerda.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos, que manifestaram enfático apoio a Musk, não se pronunciaram nesta quarta sobre a decisão do Congresso dos EUA a respeito do TikTok, que está alinhada à posição do aliado Trump.

Já a esquerda viu a investida de Musk contra Moraes como um ataque à soberania nacional, como disse o ministro Paulo Pimenta (Comunicação Social), e como um argumento pela regulação das redes –o PL das Fake News, no entanto, acabou enterrado neste meio tempo.

A posição foi reforçada nesta quarta com a iniciativa do Legislativo dos EUA em relação ao TikTok.

"Interessante como o Congresso deles trata as plataformas como questão de soberania nacional, mas para o resto do mundo querem a falsa liberdade do neoliberalismo", declarou Ivan Valente (PSOL-SP).

Francisco Brito Cruz, que é diretor executivo do InternetLab, centro de pesquisa sobre direito e tecnologia, avalia que a lei dos EUA é um precedente que alimenta um discurso de que Estados devem sair banindo e suspendendo plataformas, a despeito das consequências que esse tipo de medida possa ter em como a internet funciona.

"Lógico que os Estados têm que exercer algum nível de controle, mas desprezar o que pode significar essa fragmentação é não olhar para a forma como a internet foi construída até hoje e o que ela ainda pode agregar nesse sentido", diz. "O mundo seria muito diferente se existisse uma internet só brasileira, uma internet só americana, uma internet só iraniana."

Clara Iglesias Keller, líder de pesquisa em tecnologia, poder e dominação no Weizenbaum Institute de Berlim, não vê como comparar a gravidade das medidas de bloqueio que já foram tomadas no Brasil e o que prevê a lei aprovada contra o TikTok.

Ela argumenta que enquanto esta última pode implicar em uma proibição definitiva, os casos brasileiros tratavam, ainda que se possa discutir quanto à proporcionalidade das medidas, de bloqueios frente a casos concretos e específicos no Judiciário.

Keller adiciona que a iniciativa dos EUA pode acabar reverberando no cenário brasileiro. "Reforça os debates sobre até onde um país pode e deve ir para exercer sua soberania online, tão antigos quanto a expansão da internet para o uso civil", diz.

Após repetidas declarações como a de que descumpriria decisões, Musk foi incluído por Moraes no inquérito das milícias digitais. Se de um lado há críticas quanto à jusficativa para a medida, paira incerteza sobre a efetividade de eventuais sanções penais ao empresário, que não mora no Brasil e cuja plataforma opera sem que sua sede física em São Paulo seja fundamental para a operação no país.

É um problema comum no mundo digital, diz o advogado Renato Opice Blum. Embora a lei possa ser clara, diz, é difícil fazê-la valer em casos como esse ou mesmo em situações em que a empresa nem sequer tem uma filial no país. Em sua avaliação, esse problema só poderá ser solucionado com convenções internacionais. Elas permitiriam a execução mais céleres de ordens judiciais sobre o tema de um país em outro.

Ao tratar desse tema, o aspecto econômico é fundamental, afirma Luca Belli, professor da FGV Direito Rio. Ele aponta a importância de investimento no desenvolvimento de tecnologia própria para garantir a soberania digital, o que valeria tanto para redes sociais como, por exemplo, para inteligência artificial.

É isso que impediria que um país fosse impactado por uma decisão unilateral de uma empresa digital ou do país que a abriga. "Fora os Estados Unidos e a China, todos os outros países são basicamente consumidores de tecnologia digital", diz.

"Estão em uma situação de colônia digital, em que sua sociedade e sua democracia são definidas por tecnologias criadas por atores estrangeiros que conseguem extrair bens valiosíssimos, como os dados de seus cidadãos."

Ironicamente, a decisão americana pode dificultar ainda mais uma regulação no Brasil, avalia João Victor Archegas, pesquisador sênior de Direito e Tecnologia do ITS (Instituto de Tecnologia e Sociedade) Rio.

Isso porque o mercado brasileiro se tornaria ainda mais relevante para a empresa —hoje, segundo o portal Statisa, é o terceiro, atrás apenas dos EUA e da Indonésia.

"Imagino que o TikTok também passaria a investir muito mais dinheiro em relações governamentais no Brasil para tentar influenciar ainda mais tentativas de regulação que possam ir na contramão dos seus interesses econômicos", diz. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Ela começou a treinar aos 53 anos para reverter um diagnóstico de pré-diabetes e hoje faz sucesso participando de competições e mostrando sua rotina de exercícios nas redes sociais

 

Irmã Marluce, 61, é dona de casa e posta vídeos praticando crossfit nas redes sociais

 

LUÍSA MONTE

SÃO PAULO

"5 Wods, 12 Deadlifts, 100 kg." Para quem não pratica CrossFit, a sequência de exercícios pode ser desafiadora. Mas para Marluce Santos, de 61 anos, mais conhecida como Irmã Marluce na internet, é moleza. Ela vem fazendo sucesso ao mostrar seus treinos diários nas redes sociais.

Não era assim há 8 anos, quando a dona de casa, mãe e avó dedicada começou a praticar atividades físicas para evitar uma piora na saúde. Evangélica, ela treina de saia e se denomina "irmã" por ser chamada assim na Igreja, onde é incentivada e também incentiva fiéis a aderirem à atividade física.

Moradora de Jaboatão dos Guararapes (município da região metropolitana do Recife), a influenciadora conta com 189 mil seguidores no Instagram e já faz conteúdos de publicidade para marcas de roupa e de suplementos alimentares. Participa de podcasts e entrevistas. Em conversa com o F5, ela contou que não imaginava nada disso, até uma amiga sugerir filmar seus treinos.

Quando começou a praticar exercícios, Marluce tinha 53 anos, pesava mais de 100 kg e estava com pré-diabetes e hipertensão. "Eu comecei a caminhar, caminhava meia hora indo, meia hora voltando e depois de alguns tempos assim, minha filha começou a me convidar para ir para uma academia funcional", contou ela.

Hoje apaixonada pelo esporte, ela conta que não teve facilidade em aceitar o convite da filha: "Eu tinha vergonha, eu já estava com 53 anos e eu pensava que a academia era só para moças e rapazes sarados", lembra. Mas, ao longo dos anos, entendeu que não era bem assim.

Irmã Marluce passou pelo treino funcional e se encontrou no CrossFit, sem deixar seu conforto e personalidade de lado, vestindo saias, como é de costume entre algumas denominações evangélicas. "É algo que me deixa confortável e não expõe o meu corpo, por eu ser evangélica", explica.

"Eu não sou tão novinha assim para estar com shortinho bem curtinho, com legging bem colada, entendeu? Então eu comecei a usar minha saia, o que já era moda entre os evangélicos", continua. "Agora ela está tendo mais evidência por causa de mim", arremata, orgulhosa.

A rotina dela, no entanto, não se resume aos treinos: Marluce contou que vive num "corre-corre bastante grande", já que toma conta de uma neta de 4 anos pela manhã. À tarde, divide o tempo entre a igreja, onde é líder de um grupo de idosos, e os treinos no box (como é chamado o centro de treinamento de CrossFit).

As redes sociais ficam a cargo de seu filho, que foi também quem escolheu o nome "bem evangélico" para a página da mãe. "Eu amo esse título, entendeu? É algo que faz parte de mim, da minha pessoa. Eu sou realmente Irmã Marluce aqui, no geral, no meu dia a dia. Irmã para lá, irmã para cá", conta ela.

Segundo ela, os irmãos da Igreja também a incentivam. "O povo sempre, sempre, sempre me apoiou", afirma a influenciadora. "Eles viram a Marluce de oito anos atrás e estão vendo hoje. O quanto eu mudei fisicamente, falando, na saúde, na disposição. Elas ficam: 'Eu vou também, vou seguir a Marluce'."

Com a nova rotina, Marluce conseguiu abaixar os índices de glicose no sangue e participou de sua primeira competição, instigada pelos colegas e familiares. "O único objetivo de frequentar um box de CrossFit era a minha saúde. Todo o resto veio de bônus", comemora. Fonte: https://f5.folha.uol.com.br

WhatsApp poderá ‘dedurar’ se você esteve online recentemente; saiba como desativar opção

Nova ferramenta está sendo testada e pode ser disponibilizada em breve pelo app

 

Por Bruna Arimathea e Henrique Sampaio

Uma nova ferramenta do WhatsApp pode deixar o aplicativo mais informativo para quem gosta de “stalkear” contatos. De acordo com o site especializado WaBetainfo, o mensageiro está testando uma tela para que os usuários possam visualizar quais contatos estiveram online recentemente e quais estão ativamente no app em tempo real.

O recurso, no teste, foi integrado no mesmo menu em que o usuário pode selecionar um novo contato para começar uma conversa. Abaixo da lista de seleção do chat (com opções de novo contato ou de criar um link para a conversa), a imagem obtida pelo site mostra um item identificado como “recentemente online”.

Nesse rol, devem aparecer aqueles contatos que estiveram há pouco tempo usando o mensageiro ou que estão online no momento - e te ajudar a saber se desculpa do seu amigo que diz que “não olha o WhatsApp” é real. O teste não afirmou o período de tempo que o app vai considerar como “recente” para esse menu.

A ferramenta pode vir em conjunto com uma outra novidade que o WhatsApp também está testando: a sugestão de contatos para conversas. Nessa mesma aba, abaixo dos nomes de quem esteve online recentemente, o mensageiro também pode começar a sugerir algumas pessoas para conversar, sejam contatos que você não fala há algum tempo ou pessoas que você costumava trocar mais mensagens com alguma frequência.

Todas as essas mudanças ainda são testes e o WhatsApp não confirmou se alguma delas deve fazer parte de alguma atualização do app ou quando elas ficarão disponíveis.

Como desativar o recurso

Apesar da possível atualização aumentar a exposição dos usuários no aplicativo, o WhatsApp já conta com opções de privacidade que deixam de indicar se você está ou esteve online. Veja como configurar:

 

1-Toque no ícone “três pontos”;

2-Acesse “Configurações”;

3-Em seguida, “Privacidade”;

4-Escolha “Visto por último e online”;

 

Em “Quem pode ver meu ‘visto por último’”, você pode escolher entre “todos”, “meus contatos” (ou seja, apenas pessoas adicionadas por você), “Meus contatos, exceto…” (para criar uma lista de exceção) e “Ninguém”. Marque sua opção desejada;

Em “Quem pode ver quando estou online”, escolha entre “Todos” ou “Mesmo que ‘visto por último’”. Se não quiser ser “dedurado” pelo app, marque a opção “Ninguém” na etapa 5. Fonte: www.estadao.com.br