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A liturgia do 6º Domingo da Páscoa convida-nos a descobrir a presença – discreta, mas eficaz e tranquilizadora – de Deus na caminhada histórica da Igreja. A promessa de Jesus – “não vos deixarei órfãos” – pode ser uma boa síntese do tema.
A paixão de Jesus continua a acontecer, todos os dias, na vida de cada um de nós e na vida de tantos irmãos nossos. Sentimo-nos impotentes face à guerra e ao terrorismo; não conseguimos prever e evitar as catástrofes naturais; sofremos por causa da injustiça e da opressão; vemos o mundo construir-se de acordo com critérios de egoísmo e de materialismo; não podemos evitar a doença e a morte… Acreditamos no “Reino de Deus”, mas ele parece nunca mais chegar, e caminhamos, desanimados e frustrados, para um futuro que não sabemos aonde conduzirá a humanidade. No entanto, nós os crentes temos razões para ter esperança: Jesus garantiu-nos que não nos deixaria órfãos e que estaria sempre a nosso lado. Na minha leitura do mundo e da história, o que é que prevalece: o pessimismo de quem se sente só e perdido no meio de forças de morte, ou a esperança de quem está seguro de que Jesus ressuscitado continua presente, a acompanhar a caminhada da sua comunidade pela história?
- O “caminho” que Jesus propõe aos seus discípulos (o “caminho” do amor, do serviço, do dom da vida) parece, à luz dos critérios com que a maior parte dos homens do nosso tempo avaliam estas coisas, um caminho de fracasso, que não conduz nem à riqueza, nem ao poder, nem ao êxito social, nem ao bem estar material – afinal, tudo o que parece dar verdadeiro sabor à vida dos homens do nosso tempo. No entanto, Jesus garantiu-nos que era no caminho do amor e da entrega que encontraríamos a vida nova e definitiva. Na minha leitura da vida e dos seus valores, o que é que prevalece: o pessimismo de alguém que se sente fraco, indefeso, humilde e que vai passar ao lado das grandes experiências que fazem felizes os grandes do mundo, ou a esperança de alguém que se identifica com Jesus e sabe que é nesse “caminho” de amor e de dom da vida que se encontra a felicidade plena e a vida definitiva?
- Jesus garantiu aos seus discípulos o envio de um “defensor”, de um “consolador”, que havia de animar a comunidade cristã e conduzi-la ao longo da sua marcha pela história. Nós acreditámos, portanto, que o Espírito está presente, animando-nos, conduzindo-nos, criando vida nova, dando esperança aos crentes em caminhada. Quais são as manifestações do Espírito que eu vejo na vida das pessoas, nos acontecimentos da história, na vida da Igreja?
- A comunidade cristã, identificada com Jesus e com o Pai, animada pelo Espírito, é o “templo de Deus”, o lugar onde Deus habita no meio dos homens. Através dela, o Deus libertador continua a concretizar o seu projeto de salvação. A Igreja é, hoje, o lugar onde os homens encontram Deus? Ela dá testemunho (em gestos de amor, de serviço, de humanidade, de liberdade, de compreensão, de perdão, de tolerância, de solidariedade para com os pobres) do Deus que quer oferecer aos homens a salvação? O que é que nos falta – a nós, “família de Deus” – para sermos verdadeiros sinais de Deus no meio dos homens?
(Leia a reflexão na íntegra. Clique no link ao lado- Evangelho do Dia).
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Frei Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP) e professor aposentado de Filosofia (UFG).
"A primeira posição é a de uma Igreja profética, que anuncia o projeto de vida de Jesus de Nazaré (o Reino de Deus) e denuncia sem medo - se necessário, até com o martírio - tudo o que é contrário a esse projeto. A segunda posição é a de uma Igreja - cega, surda e muda - que fica em cima do muro (na realidade, com o seu silêncio, fica do lado do poder dominante, ou seja, do “status quo”) e que lava as mãos (como Pilatos). A terceira posição é a de uma Igreja claramente aliada dos ricos e poderosos (traindo - como Judas - Jesus de Nazaré nos pobres); Qual das três posições torna presente hoje a prática de Jesus de Nazaré? Sem dúvida nenhuma, é a primeira", escreve Frei Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral (Assunção - SP) e professor aposentado de Filosofia (UFG).
Eis o artigo.
A Constituição Pastoral sobre a Igreja do Concílio Ecumênico Vaticano II tem como título “A Igreja no mundo de hoje” e não “A Igreja e o mundo de hoje”. A historia da Igreja - como também de toda e qualquer instituição, religiosa ou não - não é uma historia paralela ou oposta à história do mundo, mas parte integrante dela.
O Concílio afirma: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco em seu coração (A Igreja no mundo de hoje, 1).
E ainda: “Para desempenhar sua missão (ser ‘Igreja em saída’) a Igreja, a todo momento (reparem: a todo momento!), tem o dever de perscrutar os sinais dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho, de tal modo que possa responder, de maneira adaptada a cada geração, às interrogações eternas sobre os significados da vida presente e futura e de suas relações mútuas. É necessário, por conseguinte, conhecer e entender o mundo no qual vivemos, suas esperanças, suas aspirações e sua índole frequentemente dramática" (Ib. 4). O método sugerido é “ver-julgar-agir” (“analisar-interpretar-libertar”).
A situação do Brasil hoje é uma situação de desigualdade social cada vez maior, de injustiça institucionalizada, de práticas políticas descaradamente interesseiras (do “toma-lá-dá-cá, do “vale-tudo”).
Para ilustrar essa situação iníqua, basta lembrar a barganha do governo ilegítimo Michel Temer a respeito das Reformas (Antirreformas). “Planalto parte para ‘vale-tudo’ (manchete). Na batalha da Reforma da Previdência “Michel Temer se prepara para a votação no plenário e sabe que terá que acenar a deputados com emendas e cargos (os chamados ‘agrados’ à base aliada) para chegar aos 308 votos necessários” (O Popular, 07/05/17, p. 4). É uma prática política nojenta!
Nesta realidade, que clama a Deus por justiça, qual é a posição ou quais são as posições da Igreja? Perscrutando - como nos ensina o Concílio - os sinais dos tempos e interpretando-os à luz do Evangelho, percebemos claramente (é uma leitura crítica da realidade e não um julgamento das consciências individuais, que só Deus pode fazer) que, no Brasil, temos hoje três posições da Igreja, representando três maneiras de ser Igreja.
A primeira posição é a de uma Igreja profética, que anuncia o projeto de vida de Jesus de Nazaré (o Reino de Deus) e denuncia sem medo - se necessário, até com o martírio - tudo o que é contrário a esse projeto. A segunda posição é a de uma Igreja - cega, surda e muda - que fica em cima do muro (na realidade, com o seu silêncio, fica do lado do poder dominante, ou seja, do “status quo”) e que lava as mãos (como Pilatos). A terceira posição é a de uma Igreja claramente aliada dos ricos e poderosos (traindo - como Judas - Jesus de Nazaré nos pobres); Qual das três posições torna presente hoje a prática de Jesus de Nazaré? Sem dúvida nenhuma, é a primeira.
Diante das Reformas (Antirreformas) Trabalhista e da Previdência e da Lei da Terceirização, que são uma iniquidade diabólica - planejada em favor dos ricos e contra os trabalhadores - a CNBB, diversas dioceses, cerca de cem bispos e outras lideranças da Igreja se posicionaram de forma profética - oralmente ou com Notas públicas - contra as Reformas, convidando o povo a se unir e a lutar por seus direitos e dando todo apoio à greve geral do dia 28 de abril último.
Infelizmente, porém, muitas dioceses, bispos e outras lideranças ficaram calados. É um pecado de omissão e um verdadeiro crime! Pior ainda foi a atitude repugnante - desumana e antievangélica - de certos lideres da Igreja, que - mesmo sendo bispos ou cardeais - não entenderam nada do que significa ser cristãos. Como exemplo desse comportamento vergonhoso, cito somente um fato, que é muito ilustrativo.
Conforme reportagem de Mauro Lopes, “no começo da tarde (do dia 26 de abril último), o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, rompeu o silêncio e falou. Um vexame que envergonhou a Igreja. Escalado para a entrevista coletiva da primeira tarde da Assembleia Geral da CNBB, pouco depois das 15h, o cardeal foi encarregado de falar sobre os temas sociais do país. Ao apresentar a agenda da Assembleia, ele ignorou a greve geral. Questionado por um jornalista, dom Odilo deu razão a todos os que o acusam de aderir ao regime do golpe. Disse secamente que ‘o povo tem direito de se manifestar’, disse que espera que a Reforma da Previdência seja boa (?) e arrematou: ‘dizer que somos a favor ou contra é muito simplista’”. Foi realmente um vexame que envergonhou a Igreja! Como nos faz falta - em São Paulo e no Brasil - o grande profeta Dom Paulo Evaristo!
O autor da reportagem afirma: “É significativo o silêncio dos cardeais de São Paulo (dom Odilo Pedro Scherer) e do Rio (dom Orani Tempesta), que tornam suas Arquidioceses bastiões do conservadorismo católico no país, em oposição ao Papa Francisco” (acrescento eu: oposição diplomática e silenciosa, que é a mais hipócrita de todas as oposições).
Mesmo fervendo de indignação profética diante desse tipo de comportamento vergonhoso (possível em nossa condição humana neste mundo) não perdemos a esperança.
Sabemos que a Igreja - embora de origem divina - é uma instituição humana e, como tal é santa e pecadora ao mesmo tempo. E, quando dizemos que a Igreja é pecadora, não falamos somente dos pecados pessoais dos cristãos e cristãs (todos e todas - enquanto seres em construção - somos limitados e pecadores), mas sobretudo do pecado estrutural da Igreja (a injustiça institucionalizada, muitas vezes em nome de Deus) e dos que o sustentam e fortalecem com sua prática.
Em pleno século XXI temos ainda bispos, padres, religiosos/as e outras pessoas que - por incrível que pareça - sonham com uma “Igreja imperial” (basiliké), com uma “Igreja feudal” ou com uma “Igreja capitalista”.
Por falar em Igreja capitalista, lembro-me de um fato, em si de pouca relevância, mas muito significativo. A imagem de Nossa Senhora da Terra (da Paróquia homônima, do Jardim Curitiba III - Goiânia - GO), cuja história remonta à luta pela terra no Pará, é vestida de trabalhadora rural (de mulher pobre) e o menino Jesus, de filho de trabalhador rural (de menino pobre). Já vi bispos, padres, seminaristas e outras pessoas que, diante da imagem, torceram disfarçadamente o nariz com um sorriso irônico contido de desaprovação. Por felicidade, porém, encontrei também o meu irmão dominicano frei Henri, advogado e defensor dos trabalhadores rurais no Pará (atualmente na França, cuidando da saúde) que, depois de ver a imagem, com o rosto iluminado sorriu e vibrou de alegria.
Quando a imagem de Nossa Senhora é vestida de mulher rica, a maioria das pessoas acha bonito. Com isso não estão dizendo que o ideal de vida é o da mulher rica?
Maria não foi uma mulher pobre? Jesus não nasceu numa manjedoura? À luz do Evangelho, essas pessoas não precisam rever totalmente sua escala de valores?
Os cristãos e cristãs que acreditamos no projeto de Jesus de Nazaré (o Reino de Deus ou, em outras palavras, a “sociedade do bem-viver”, a “terra sem males”) renovemos a nossa esperança. Que o Espírito Santo - o Amor de Deus - nos torne verdadeiros profetas e profetisas de Jesus de Nazaré no Brasil e no mundo de hoje! E que os Profetas Dom Helder, Dom Paulo, Dom Tomás e muitos outros - sobretudo os profetas e profetisas de nossas Comunidades de Base e de nossos Movimentos Populares - que já partiram, mas que de outra forma continuam a caminhar conosco, intercedam por nós! Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Dom Demétrio Valentini
Bispo Emérito de Jales – S. Paulo
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tomou a iniciativa de apoiar as manifestações populares, que ocorreram no dia 28 e abril, motivadas pelas propostas de reformas em andamento no Congresso Nacional, em especial a reforma trabalhista, mas sobretudo a reforma da Previdência.
O fato que repercutiu no cenário nacional, foi o apoio dado pela Igreja Católica a estas manifestações. Por sua vez, o apoio da Igreja trouxe um evidente acréscimo de consistência e de repercussão política às manifestações.
Para quem aguardava, com ansiedade, a posição da Igreja, foi um motivo de alívio, e de satisfação, perceber que desta vez a Igreja Católica assumia com convicção e firmeza seu apoio às manifestações populares, contra o procedimento e o conteúdo das propostas em andamento, sobretudo relativas às leis trabalhistas e à previdência social.
Foram estas duas reformas, a trabalhista e a previdenciária, que desencadearam uma ampla contestação em toda a sociedade.
Assim, dá para constatar que teve mais repercussão o apoio da Igreja às manifestações do dia 28 de abril, do que os seus pronunciamentos sobre a situação nacional. E o que mais ficou ressaltado foi a inconformidade da população diante das propostas de mudanças na previdência. Este foi o ponto sensível, que possibilitou ampla rejeição do projeto apresentado pelo governo.
A CNBB já tinha se pronunciado, especificamente, sobre a reforma da previdência na sua nota do Conselho Permanente ainda no final do mês de março.
Nesse documento, a CNBB tinha manifestado suas apreensões quanto à proposta de reforma da previdência. Começava constando que a Constituição de 1988 estabelece que a previdência é um direito dos cidadãos, e não uma concessão governamental. E acrescenta que o sistema previdenciário possui uma intrínseca matriz ética, da qual derivam compromissos de que o Estado não pode se eximir, sobretudo na proteção aos que estão mais expostos à vulnerabilidade social.
A Nota do Conselho Permanente reconhece que se faz necessária uma reforma previdenciária, dado o aumento da faixa etária da população, e a diminuição do ingresso no mercado de trabalho. Mas questiona a tentativa de reduzir o sistema previdenciário a uma mera questão econômica, e em base a dados que são contestáveis, e em todo o caso, não são colocados para a reflexão da sociedade. E pondera que “o diálogo sincero e fundamentado entre governo e sociedade deve ser buscado à exaustão”.
Estas ponderadas considerações do Conselho Permanente da CNBB ainda em março, abriram caminho para a Igreja se sentir motivada a participar abertamente das manifestações que foram convocadas para o dia 28 de abril, enquanto a CNBB estava reunida em Assembléia.
O conjunto destas circunstâncias resultou em amplo consenso de que se fazia necessário manifestar publicamente ao governo, que a sociedade não concordava com diversos pontos da pretendida reforma previdenciária.
O fato é que a avaliação das manifestações populares do dia 28 de abril resultou na opinião pública a versão de que a própria Igreja estava contra a reforma previdenciária proposta pelo governo.
A nota da Assembleia da CNBB, publicada no dia 03 de maio, veio corroborar a justificativa para as manifestações. Esta nota ampliou o leque das apreensões da Igreja diante do atual governo, abordando o enfrentamento da corrupção, a urgência da reforma política, e o aumento da violência, junto com outras preocupações também de ordem econômica.
A questão que alerta com mais evidência de que existem graves equívocos na atual administração governamental continua sendo a proposta da reforma previdenciária.
Resulta evidente que esta reforma precisa ser debatida abertamente, “em diálogo sincero e fundamentado entre governo e sociedade”, como propõe a CNBB.
É de desejar que a reforma da previdência se torne em oportunidade para a retomada da participação cidadã em torno de tantas questões que estão exigindo hoje uma nova abordagem e novas providências de ordem política, social e econômica.
Fonte: www.cnbb.net.br
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Nossa Senhora apareceu em Fátima? O senhor acredita nas aparições de Fátima?
Em primeiro lugar, Fátima não é um dogma de fé. Portanto, pode-se ser um bom católico, sem crer em Fátima. Fátima não faz parte do Credo. Mais ainda, Fátima não ocupa, nem pode ocupar, o centro do cristianismo. O centro da fé é Jesus de Nazaré, confessado como Cristo. Portanto, o centro do Evangelho é Jesus Cristo e o Deus de Jesus e todas as pessoas que Ele ama.
Maria, a mãe de Jesus, apareceu em Fátima?
Aqui, o decisivo é fazer uma distinção fundamental entre aparições e visões. Uma aparição é objetiva, quando, por exemplo, estamos falando com uma pessoa e chega outra, ambos vemos a terceira pessoa que chega. Se estivéssemos em quatro ou cinco pessoas, seríamos quatro ou cinco vendo e constatando a chegada objetiva desta outra pessoa. Evidentemente, não foi isso que aconteceu em Fátima e, neste sentido, está claro que Nossa Senhora não apareceu em Fátima aos pastorinhos. Se fosse uma aparição, todos os presentes veriam e constatariam a sua presença, algo que não aconteceu, nem podia acontecer, pois Maria não tem corpo físico, que possa mostrar-se empiricamente.
Fátima é um milagre da religiosidade popular ou um puro negócio de marketing religioso?
Sim, Fátima é um milagre da religiosidade popular. O grande milagre de Fátima são os seis milhões de pessoas que anualmente visitam o santuário e ali encontraram e encontram paz, serenidade e recolhimento, consolo e alívio para suas aflições e seus sofrimentos, conversão ao Deus de Jesus e àqueles que Ele ama. O dominicano Frei Bento Domingues deu uma definição insuperável de todo esse fenômeno: ‘Fátima é a fonte de todas as lágrimas dos portugueses’...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2017/05/nossa-senhora-nao-apareceu-aos.html
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«Eu sou o caminho»
O problema de muitos não é que vivam extraviados ou desencaminhados. Simplesmente vivem sem caminho, perdidos numa espécie de labirinto: andando e desandando os mil caminhos que, de fora, lhes vão indicando os slogans e modas do momento.
E que pode fazer um homem ou uma mulher quando se encontra sem caminho? A quem se pode dirigir? Aonde pode ir? Quem caminha seguindo os passos de Jesus ainda poderá encontrar problemas e dificuldades, mas está no caminho certo que leva ao Pai. Esta é a promessa de Jesus.
«Eu sou a verdade»
Estas palavras contêm um convite escandaloso aos ouvidos modernos. E, no entanto, hoje também temos de ouvir Jesus. Nem tudo é reduzido à razão. O desenvolvimento da ciência não contém toda a verdade. O mistério último da realidade não se deixa apanhar pelas análises mais sofisticadas. O ser humano tem de viver perante o mistério último da existência.
Jesus apresenta-se como o caminho que conduz e aproxima a esse Mistério último. Deus não se impõe. Não força ninguém com provas nem evidências. O Mistério último é silêncio e atração respeitosa. Jesus é o caminho que nos pode conduzir a confiar na sua bondade.
«Eu sou a vida»
Jesus pode ir transformando a nossa vida. Não como o mestre longínquo que deixou um legado de sabedoria admirável à humanidade, mas como alguém vivo que, desde o mais profundo do nosso ser, infunde em nós um gérmen de vida nova.
Esta ação de Jesus em nós produz-se quase sempre de forma discreta e silenciosa. O mesmo crente apenas intui uma presença imperecível. Por vezes, no entanto, invade-nos a certeza, a alegria incontida, a confiança total: Deus existe, ama-nos, tudo é possível, inclusive a vida eterna. Nunca entenderemos a fé cristã se não acolhermos Jesus como o caminho, a verdade e a vida.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Hoje 13 de maio, Dia de Nossa Senhora de Fátima, o Papa Francisco conclui a sua peregrinação ao Santuário da Cova da Iria, iniciada na tarde de ontem, onde 100 anos atrás a Mãe de Deus apareceu aos três pastorzinhos. Uma viagem, como disse ontem Francisco aos jornalistas durante o voo que o trouxe a Portugal, “um pouco especial, uma viagem de oração, um encontro com o Senhor e com a Santa Mãe de Deus”.
Nesta manhã de sábado a canonização de Francisco e Jacinta, dois dos videntes que receberam a mensagem de Maria para ser divulgada ao mundo.
Explicando a Mensagem de Fátima e o seu “segredo”, num célebre texto do ano 2000, o então Cardeal Ratzinger disse que as visões interiores acontecem especialmente com crianças, cujo espírito se encontra mais disponível e menos distraído, para mais facilmente captarem o que o Céu lhes queira transmitir. E foi o que ocorreu aqui em Fátima com as três crianças.
Os fiéis portugueses, mas também os fiéis do mundo inteiro expressam a grande alegria pela canonização de dois dos três pastorzinhos. A essa alegria une-se uma profunda gratidão a Deus que concede à Igreja dois novos santos. Uma profunda gratidão porque a canonização destes que são os mais jovens santos não mártires a serem canonizados abre um novo capítulo na história da Igreja que se estende à infância.
Muitos dos fiéis que hoje participam da Santa Missa e da canonização de Francisco e Jacinta passaram a noite ao ar livre, dormindo na grande praça diante do Santuário mariano, esperando a luz do novo dia e o momento do encontro com o Cristo Eucarístico.
Já no início da noite de ontem Francisco rezou diante da imagem de Fátima, no seu primeiro momento na Cova da Iria, na Capelinha das Aparições. Ali aos pés da imagem colocou flores e depois uma Rosa de Ouro. O Santo Padre pediu paz e concórdia para o mundo, para os povos. Recordou os pastorzinhos beatos e que podemos ser peregrinos de todos os caminhos, e derrubarmos todos os muros e fronteiras, “saindo em direção a todas as periferias, revelando a justiça e a paz de Deus”.
Durante o momento de oração o Papa usou uma estola criada especialmente para a sua Peregrinação, com motivos baseados no bordado do manto da Imagem de Nossa Senhora de Fátima.
Francisco chegou ao Santuário proveniente do Estádio de Fátima, a bordo do papamóvel. Ao longo do caminho foi saudado por milhares de fiéis. Na Capelinha das Aparições foi acolhido por centenas de crianças das escolas da cidade.
O dia de ontem de Francisco se concluiu com a oração do Terço junto com uma praça repleta de fiéis e peregrinos que com suas velas nas mãos, abençoadas pelo Papa, iluminaram a escuridão da noite de Fátima.
Encontramos peregrinos provenientes de todas as partes do Brasil, da África e de Portugal. Fonte: http://pt.radiovaticana.va
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A visita do Papa Francisco a Fátima de 12 a 13 de maio é considerada por muitos analistas como a sua viagem mais fácil ao exterior, até agora, com uma segurança não tão alta quanto em sua visita a uma zona de guerra ativa, quando ele foi para a República Centro-Africana, nem com tanta carga política quanto em sua viagem de dois dias ao Egito no mês passado. No entanto, está longe de ser irrelevante. A reportagem é de Inés San Martín, publicada por Crux, 10-05-2017. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.
O Papa Francisco está em direção a Fátima, Portugal, para o que será a viagem mais curta de seu pontificado, com dois dias . Ele ficará lá por apenas 25 horas para celebrar o 100º aniversário das famosas aparições da Virgem Maria a três jovens pastores, que se tornaram o centro de uma das mais célebres devoções católicas no mundo.
Por falar em pastores, ele tornará santos dois deles, Jacinta e Francisco Marto, durante uma missa no sábado, em que são esperadas 400.000 pessoas. Eles serão os dois santos não mártires mais jovens na história da Igreja.
Esta está sendo considerada por muitos analistas como a viagem mais fácil de Francisco ao exterior, até agora, com uma segurança não tão alta quanto em sua visita a uma zona de guerra ativa, quando ele foi para a República Centro-Africana, nem com tanta carga política quanto em sua viagem de dois dias ao Egito no mês passado. No entanto, está longe de ser irrelevante.
O Porta-voz papal Greg Burke disse a jornalistas no início desta semana que a viagem de Francisco, de 12 a 13 de maio, é muito mais uma "peregrinação" do que uma visita apostólica. Haverá poucas paradas papais quando ele estiver em Portugal: somente uma recepção de 20 minutos com o presidente português e outras autoridades civis, uma missa ao ar livre e um almoço com os bispos locais.
Porém, não haverá nenhuma parada em prisões ou hospitais pediátricos, nenhuma reunião improvisada com religiosos e jovens e nenhum gesto inter-religioso ou ecumênico específico.
À primeira vista, a história da aparição de Fátima é simples. Em 1917, três crianças, Lucia de Santos, com 10 anos, e seus dois primos, os Marto, com sete e nove anos de idade, viram Maria, que se identificou como "Nossa Senhora do Rosário".
Os três estavam pastoreando ovelhas em um campo chamado Cova de Iria, razão pela qual muitas vezes eles são chamados "Pastorzinhos de Fátima". Os irmãos Marto morreram logo após as aparições, e Lucia tornou-se carmelita e morreu em 2005, com 97 anos.
Durante as seis vezes em que a Virgem apareceu para os pastorinhos, ela pediu para que eles rezassem o terço e pedissem penitência pela conversão dos pecadores e a consagração da Rússia ao seu imaculado coração. Os três tópicos devem estar no coração de Francisco durante a sua visita. Como forte devoto Mariano, ele pediu que os católicos rezassem o terço inúmeras vezes e colocassem em prática o que a Igreja chama de obras de misericórdia.
Em relação à Rússia, ele não deve consagrá-la ao coração de Maria nesta viagem, e por várias razões políticas e ecumênicas, não deve sequer mencionar a Rússia. No entanto, ao perceber que, pelo que consta, ele está dizendo que quer visitar o país, Francisco deve pelo menos pensar na nação enquanto estiver em Fátima.
Uma quarta questão recorrente das mensagens de Fátima, a questão da paz mundial através de Maria, provavelmente ganhará destaque.
Nossa Senhora do Rosário também deu aos pastores três "segredos", um dos quais até hoje continua sendo contestado, já que grupos isolados de católicos duvidam que ele tenha sido revelado completamente durante o grande Jubileu do ano 2000, como afirma o Vaticano. Apesar disso, Roma e a própria irmã Lúcia afirmaram repetidamente que não há mais nada a dizer.
De acordo com a interpretação Católica oficial - e muito simplificadamente - os três segredos envolvem o inferno, as duas guerras mundiais e a tentativa de assassinato do Papa João Paulo II em 1981, que aconteceu na festa de Nossa Senhora de Fátima. A viagem encerra as celebrações do 100º aniversário das aparições, e como disse o Bispo de Leiria-Fátima em uma entrevista recente, o centenário "não estaria completo sem a presença do Papa", já que ele é uma "parte da mensagem de Fátima".
A figura do Papa está presente na mensagem tanto porque a Virgem pediu orações para o Pontífice quanto como a figura descrita como o "Bispo de branco" que lidera uma Igreja peregrina que é perseguida.
"O centenário é uma data memorável, inesquecível para agradecer a Deus por todos os dons que a mensagem de Fátima espalhou por Portugal e também em todo o mundo", disse o Bispo Antônio dos Santos Marto, de Leiria-Fátima, em uma entrevista recente.
Durante sua breve estada em Portugal, Francisco vai discursar publicamente em quatro ocasiões: logo depois de chegar, ele fará uma oração e um discurso curto no lugar conhecido como a capela das aparições, considerada o "coração" do Santuário de Fátima.
É nesse lugar que Nossa Senhora do Rosário apareceu para os pastorzinhos em cinco das seis vezes. No sábado, ele fará a homilia durante a missa de canonização e logo depois receberá um grupo de pessoas doentes.
Muitos têm se perguntado sobre o rosto "rabugento" dos dois pastorzinhos em seus retratos oficiais. O especialista em milagres Michael O'Neill reconheceu que é lamentável, já que sua canonização pode ajudar a estimular a fé de jovens adultos e crianças. A razão por trás disso, disse ele, é simples: não há nenhuma foto dos dois sorrindo.
"Mas eles viram o inferno... Imagino que ninguém que tenha visto o inferno ficaria muito animado", disse ele à Crux.
O especialista mariano observou também como Francisco e seus dois predecessores imediatos demonstraram "amor a estas crianças visionárias, quase mais do que a qualquer outro santo de hoje em dia".
João Paulo II os beatificou em 2000, Bento XVI foi a Fátima em 2010, para marcar o décimo aniversário da sua beatificação, e Francisco aprovou rapidamente sua canonização, fazendo-a coincidir com as celebrações que já estão sendo realizadas. Todas as suas observações durante esta viagem serão feitas em português, língua usada pelo Papa Francisco durante sua primeira viagem ao exterior, para o Brasil, para o Dia Mundial da Juventude, no Rio, em 2013.
O Pontífice argentino será o quarto a visitar Fátima, seguindo os passos de Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI. O Papa polonês, que realizou uma devoção especial para Nossa Senhora de Fátima, convencido de que ela o salvou da morte quando ele foi baleado em 13 de maio de 1981, visitou o famoso local três vezes: em 1982, 1991 e 2000. Ele estava tão convencido da intervenção mariana quando Ali Agca tentou matá-lo que ele deu a bala que o mataria para o Bispo de Leiria-Fátima. Desde então, ela localiza-se, pungente, no topo da coroa de joias da Virgem.
Ele não foi o único a achar que escapou da morte por uma intervenção Mariana direta.
"Não podemos esquecer que [São João Paulo II] foi salvo da tentativa de assassinato por Nossa Senhora de Fátimp, aqui em São Pedro. Isto é fundamental e central. Isso nunca será esquecido", disse o cardeal português José Saraiva Martins, antigo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, em uma entrevista em 29 de março.
Classificada como algo "aleatório" que irá ocorrer durante a estada de Francisco em Portugal, o campo de futebol Estádio Municipal de Fátima mudará de nome para Estádio Papa Francisco. Uma placa, com o novo nome do estádio será revelada no dia de sua chegada, apesar de não estar programado que o Papa participe da cerimônia.
Apesar da visita de Francisco ser curta, a de Paulo VI - em 1967 - foi ainda menor: ele ficou em Fátima por menos de seis horas. Isto, no entanto, não deteve as multidões: de acordo com os registros, cerca de 3 milhões de pessoas participaram da missa que o Papa celebrou, no quinquagésimo aniversário da aparição - 1 milhão em frente à Basílica e outros dois milhões ao redor.
Esta será a 19ª viagem de Francisco para fora da Itália e Portugal é o 28º país que terá visitado. Até agora, há apenas uma outra viagem programada, que é a Colômbia em setembro. No entanto, outras estão sendo consideradas para o decorrer do ano, incluindo Sudão do Sul, Índia e Bangladesh.
Como a viagem do ano passado para a Grécia foi anunciada menos de 10 dias antes, com pouco ou nenhum boato a respeito, não é exagero imaginar que algo semelhante possa acontecer este ano também. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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(07/05/2017) O Papa Francisco presidiu à Missa, na Basílica de S. Pedro, neste domingo do Bom Pastor e Dia de oração pelas vocações, Missa na qual o Papa ordenou 10 novos sacerdotes. Na sua homilia, Francisco falou antes de tudo do ministério sacerdotal ao qual foram chamados os novos presbíteros, reiterando que é o Senhor Jesus, único Sumo Sacerdote do NT, que dentre os discípulos quis escolher alguns para que, exercendo na Igreja o serviço sacerdotal, continuem a sua missão como mestre, sacerdote e pastor. E foram eleitos, portanto, pelo Senhor Jesus não para fazer carreira mas para fazer este serviço – ressaltou o Papa.
E, dirigindo-se aos ordenando-os, Francisco lembrou-lhes que eles serão participantes da missão de Cristo, único Mestre, e exortou-os a dispensar a todos a Palavra de Deus que eles mesmos receberam com alegria. E acrescentou:
“Seja, portanto, alimento para o Povo de Deus a vossa doutrina, simples, como falava o Senhor, que tocava o coração. Não façais homilias demasiado intelectuais, elaboradas, falai com simplicidade, falai aos corações. A vossa palavra seja alegria e apoio para os fiéis de Cristo o perfume da vossa vida, para que com a palavra e o exemplo possais edificar a casa de Deus, que é a Igreja”.
Na verdade, palavra sem exemplo não serve, disse Francisco, é melhor voltar para trás, porque a dupla vida é uma doença feia na Igreja.
Em seguida, o Papa recordou aos novos Presbíteros três particulares tarefas da sua futura missão: o baptismo, para agregar novos fiéis ao povo de Deus; a penitência para perdoar os pecados em nome de Cristo e da Igreja e a visita aos enfermos, tendo sublinhado a necessidade de serem sempre misericordiosos:
“E eu, em nome de Jesus Cristo, o Senhor, e da sua esposa, a Santa Igreja, peço-vos para serdes misericordiosos, sempre. Não carregueis nos ombros dos fiéis pesos que não podem suportar e que nem vós podeis suportar. Jesus criticou a estes doutores chamando-os “hipócritas”.
E sobre a importância da visita aos doentes, Francisco acrescentou:
“Com o óleo santo dareis alívio aos doentes. Uma das tarefas, talvez aborrecida e também dolorosa, ir visitar os doentes – fazei-o vós. Não deixeis de tocar a carne sofredora de Cristo nos doentes: isto vos santifica, vos aproxima de Cristo. Celebrando os ritos sagrados e elevando nas várias horas do dia, a oração de louvor e súplica, sereis a voz do Povo de Deus e de toda a humanidade”.
Por último, o Papa convidou os novos sacerdotes a serem alegres, nunca tristes, no serviço de Cristo, mesmo no meio dos sofrimentos, incompreensões e os próprios pecados, tendo sempre presente o exemplo do Bom Pastor, que não veio para ser servido mas para servir, e pediu-lhes por favor, não sejais “senhores”, não sejais “clérigos de estado”, mas pastores, pastores do Povo de Deus. (BS). Fonte: http://pt.radiovaticana.va
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"Para a protestante Marion Muller-Colard, a Nossa Senhora - para ela uma mulher como outra qualquer - é objeto de amor, companheira de um destino feminino compartilhado por tantas, e tão próxima que desperta o desejo de falar diretamente com ela, de forma íntima", escreve Lucetta Scaraffia, escritora e historiadora italiana, em artigo publicado por L'Ossevatore Romano, 02-05-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.
Eis o artigo.
Maria não é só nossa – ou seja, dos fiéis católicos e ortodoxos que a veneram - mas também é parte de tradições não cristãs, como o judaísmo e o islamismo, sem esquecer, é claro, os protestantes. Com este número do caderno "mulheres igreja mundo", queremos olhar para Maria também pelo ponto de vista deles, entender como os outros a imaginaram, como a descreveram. É uma nova perspectiva que nos abre a descobertas interessantes.
Para os judeus, não existe apenas a conhecida lenda denegritória do adultério que Maria teria perpetrado com soldado romano Pantera: o rabino Riccardo Di Segni nos torna partícipes de uma reviravolta narrativa em que "testemunhamos um paradoxo, em que a figura de Maria, mesmo em um contexto polêmico, preserva aspectos de inocência e todos compreendem e compartilham seu sofrimento pessoal".
No Islã, Maria desempenha um papel de extrema importância, é o único nome feminino que aparece no Corão. Embora não seja considerada a mãe do filho de Deus, a sua imagem é intensamente carregada de valor simbólico e espiritual. Mas também é parte da história, fundindo-se com o culto que os xiitas reservam a Fátima, filha de Maomé e ela mesma mãe de dois filhos que morreram mártires, evento que marca a separação, no mundo islâmico, entre sunitas e xiitas. Para a protestante Marion Muller-Colard, a Nossa Senhora - para ela uma mulher como outra qualquer - é objeto de amor, companheira de um destino feminino compartilhado por tantas, e tão próxima que desperta o desejo de falar diretamente com ela, de forma íntima.
Mas Maria é também uma das imagens mais frequentes e mais pungentes da história da arte ocidental, protagonista daquele episódio essencial para a tradição cristã que é o Verbo que se faz carne, que se torna um de nós. As formas com que esse mistério foi representado tornaram-se patrimônio do inconsciente coletivo, e por sua vez servem para decifrar as aparições marianas por testemunhas jovens e inexperientes. Uma nova maneira para iluminar esta figura tão importante para nós, para dedicar-lhe uma vez mais o mês de maio. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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DOMINGO DO PASTOR: O Exemplo do Papa Francisco- O Bom Pastor, neste final de semana de orações pelas vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. (Evangelho de João, 10, 1-10).
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