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“Um dos médicos que fizeram a autopsia me confidenciou que um braço e uma perna de dom Jean Marie Benoît Balla estavam quebrados e que os órgãos genitais foram mutilados. Com estes elementos podemos descartar terminantemente a hipótese do suicídio”. As palavras com que o diretor do jornal L’Anecdote explicou à Radio France Internationale as últimas revelações sobre o caso de dom Balla, bispo camaronês de Bafia que desapareceu e cujo corpo sem vida foi encontrado no dia 02 de junho passado, não deixam lugar a dúvidas. A reportagem é de Luca Attanasio, publicada por Vatican Insider, 08-06-2017. A tradução é de André Langer.
No momento, não há nem versões nem declarações oficiais por parte dos investigadores, assim como da hierarquia católica, mas os rumores de um possível plano para eliminar Balla são cada vez mais reais.
O corpo do religioso, logo depois de ser encontrado, foi levado à capital Yaoundé para a autopsia. O exame foi encomendado a uma equipe de médicos do qual fez parte também o perito designado pela Conferência Episcopal de Camarões. De acordo com as primeiras revelações, os sinais encontrados no cadáver de Balla indicariam tortura, além de excluir a primeira hipótese do suicídio.
“Francamente – explicou, em uma entrevista concedida por telefone ao Vatican Insider, o padre García Fernando, superior provincial dos Xaverianos de Camarões –, eu nunca aceitei que Balla tivesse tirado sua vida. É um acontecimento extremo para todos, muito mais para um bispo. Pareceu-me imediatamente uma manobra para desacreditar a Igreja e para fazer circular rumores inquietantes. Também no caso da morte do padre Jean Armel (o jovem reitor do Seminário de SantoAndré, cujo corpo sem vida foi encontrado no próprio quarto duas semanas antes da morte de Balla, ndr.) imediatamente falaram em suicídio. Mas posso garantir-lhes que falei com uma das irmãs que trabalha ali e ela me disse que na noite anterior o padre Jean tinha se sentido mal. No seu caso, estou certo de que se tratou de uma morte natural. No caso do bispo de Bafia, podemos falar, sem dúvida, de homicídio”. Por que, então, o bispo de Bafia teria sido assassinado? Quem poderia se beneficiar desacreditando a Igreja com a divulgação de falsas notícias?
“Provavelmente os próprios círculos – responde o padre García. Aqui em Camarões, há muitas realidades, movimentos ambíguos que procuram prejudicar a Igreja. Grupos muito fortes vinculados ao poder ou sociedades secretas como a Ordem da Rosa Cruz. A morte de Balla segue sendo um mistério. Não lembro que tenha realizado campanhas públicas ou que tenha lançado batalhas em nível nacional que justifiquem uma oposição tão violenta”.
“Eu creio mais na pista interna da Igreja católica e em suas conexões com grupos de poder no governo – acredita um jornalista camaronês que prefere não ser identificado por razões de segurança. Neste momento, há muita tensão em nosso país e posso dizer com certeza que estamos diante de verdadeiras “faidas” [disputas] dentro da Igreja e entre a Igreja e o poder político. Na minha opinião, devemos buscar nesses ambientes os motivos do homicídio de Balla”.
A investigação judicial, que começou um dia após o cadáver ser encontrado no Rio Sanaga, terá que esclarecer o caso e oferecer respostas a muitas perguntas em aberto (ainda circulam algumas teorias sobre um suposto tráfico envolvendo ambientes de pederastia aos quais Balla teria se oposto contundentemente).
Enquanto isso, em um país ainda abalado por esta história dramática, chega a notícia de uma nova morte nos ambientes eclesiais: a de outro sacerdote. Ndi Augustin foi encontrado sem vida no dia 07 de junho em seu quarto em Nguti, departamento de Kupe-Manengumba, na região sul-oriental anglófona de Camarões. “Pela manhã, não veio tomar café – declararam pessoas próximas ao sacerdote ao sítio cameroon.net; fomos atrás dele e encontramos o seu cadáver”. É a terceira morte em três semanas. E nos três casos eram sacerdotes católicos. Fonte: http://reverberarvida.blogspot.com.br
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Dom Jean-Marie Benoit Balla, Bispo de Bafia, em Camarões. Foto: Arquidiocese de Yaoundé.
A investigação sobre as estranhas circunstâncias da morte de Dom Jean-Marie Benoit Balla, Bispo de Bafia, em Camarões, teve um avanço ao descartar a versão inicial de um suposto suicídio do prelado. A descoberta de um bilhete desviou inicialmente as investigações das autoridades, apesar de que a teoria do suicídio não se encaixava na integridade moral do bispo e não era crível para os católicos locais. A autópsia do prelado revelou uma morte violenta e possíveis sinais de tortura. A informação é publicada por Gaudium Press, 09-06-2017. A tradução é de Henrique Denis Lucas.
"Bispos não se suicidam", declarou abertamente o Arcebispo de Bamenda, dom Cornelius Esua, ao ser questionado sobre o caso. O prelado recordou que o bispo não demonstrava nenhum sinal de tendências suicidas ou de sofrer com alguma situação desesperadora que o levasse a acabar com sua vida.
As versões sobre o suposto suicídio foram identificadas pelo padre García Fernando, Superior Provincial dos xaverianos em Camarões, como uma estratégia para desacreditar a Igreja. "Aqui em Camarões há muitas realidades, movimentos ambíguos que buscam prejudicar a Igreja", indicou ao Vatican Insider. "Grupos muito fortes, vinculados ao poder ou a sociedades secretas, como a Ordem da Rosa Cruz. A morte de Balla permanece sendo um mistério".
O corpo de Dom Benoit Balla foi encontrado em um rio perto de Yaoundé, depois de estar desaparecido por vários dias. Perto dali, em uma ponte, o veículo do prelado foi abandonado, onde encontrou-se o bilhete dizendo "Não procurem por mim. Estou na água". Em contradição com a montagem de um suposto suicídio, a autópsia não encontrou nenhuma evidência de morte por afogamento.
Segundo os especialistas, o corpo do prelado estava na água a menos de quatro horas. A posição dos braços descarta a possibilidade de que houvesse lutado para sair da água. "O Bispo Balla foi torturado e brutalmente assassinado", determinou a autópsia de acordo com a Bareta News. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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O Pontífice encontrou-se com o clero e os religiosos do Egito, pouco antes de retornar novamente a Roma. A reportagem é publicada por Aleteia, 29-04-2017. A tradução é de André Langer.
São sete as tentações de qualquer pessoa consagrada: o Papa Francisco as enumerou em um breve mas emotivo encontro com os religiosos e sacerdotes católicos do Egito, pouco antes de retornar a Roma. São as seguintes:
- A tentação de deixar-se arrastar e não guiar. O Bom Pastor tem o dever de guiar a sua grei (cf. Jo 10, 3-4), de conduzi-la para verdes pastagens e às fontes de água (cf. Sl 23). Não pode deixar se arrastar pela desilusão e o pessimismo: “Mas, o que eu posso fazer?”
Está sempre cheio de iniciativas e criatividade, como uma fonte que segue jorrando mesmo em época de seca. Sabe dar sempre uma carícia de consolo, mesmo quando seu coração está partido. Sabe ser presbítero quando os filhos o tratam com gratidão, mas sobretudo quando não são agradecidos (cf. Lc 15, 11-32). Nossa fidelidade ao Senhor nunca pode depender da gratidão humana: “Seu Pai, que vê o escondido, recompensará você” (Mt 6, 4.6.18). - A tentação delamentar-secontinuamente. É fácil culpar sempre os outros: pelas faltas dos superiores, pelas condições eclesiásticas ou sociais, pelas poucas possibilidades. Contudo, o consagrado é aquele que, com a unção do Espírito, transforma cada obstáculo em uma oportunidade, e não cada dificuldade em uma desculpa.
Na realidade, quem sempre anda se lamentando não quer trabalhar. Por isso, o Senhor, dirigindo-se aos pastores, disse: “levantam as mãos cansadas e fortaleçam os joelhos enfraquecidos” (Hb 12, 12; cf. Is 35, 3). - A tentação da crítica e dainveja. E está é má, eh? O perigo é grave quando o consagrado, em vez de ajudar os pequenos a crescer e regozijar-se com o êxito dos seus irmãos e irmãs, deixa-se dominar pela inveja e transforma-se em alguém que fere os outros com a crítica. Quando, em vez de se esforçar para crescer, põe-se a destruir aqueles que estão crescendo, e quando, em vez de seguir os bons exemplos, julga-os e denigre-os.
A inveja é um câncer que destrói qualquer organismo em pouco tempo: “Um reino se divide em grupos que lutam entre si, esse reino acabará se destruindo; se uma família se divide em grupos que brigam entre si, essa família não poderá durar” (Mc 3, 24-25). De fato, não se esqueçam disso: “pela inveja do diabo, entrou no mundo a morte” (Sb 2, 24). E a crítica é o seu instrumento e a sua arma. - A tentação de comparar-se com os outros. A riqueza encontra-se na diversidade e na unicidade de cada um de nós. Comparar-nos com aqueles que estão melhor leva-nos, com frequência, a cair no ressentimento; comparar-nos com aqueles que estão em uma situação pior, leva-nos, muitas vezes, a cair na soberba e na preguiça.
Quem sempre tende a se comparar com os outros acaba paralisado. Aprendamos dos Santos Pedro e Paulo a viver a diversidade de caracteres, carismas e opiniões na escuta e docilidade ao Espírito Santo.
- A tentação do “faraonismo”– “estamos noEgito!”, brincou –, isto é, de endurecer o coração e fechá-lo ao Senhor e aos outros. É a tentação de sentir-se acima dos outros e de submetê-los por vanglória, de ter a presunção de deixar-se servir em vez de servir. É uma tentação comum que aparece desde o começo entre os discípulos, que – diz o Evangelho – “no caminho tinham discutido qual deles era o maior” (Mc 9, 34).
O antídoto a este veneno é: “Se alguém quer ser o primeiro, deverá ser o último, e ser aquele que serve a todos” (Mc 9, 35).
- A tentação doindividualismo. Como diz o conhecido provérbio popular egípcio: “Eu e, depois de mim, o dilúvio”. É a tentação dos egoístas que, ao caminhar, perdem o rumo e, em vez de pensar nos outros, pensam exclusivamente em si mesmos, sem experimentar nenhum tipo de vergonha; pelo contrário, justificam-se. A Igreja é a comunidade dos fiéis, o corpo de Cristo, onde a salvação de um membro está vinculada à santidade de todos (cf. 1 Cor 12, 12-27);Lumen Gentium, 7). O individualista é, ao contrário, motivo de escândalo e de conflito.
- A tentação de caminhar sem rumo, nem objetivo. O consagrado perde sua identidade e acaba por não ser “nem carne nem peixe”. Vive com o coração dividido entre Deus e o mundanismo. Esquece seu primeiro amor (cf. Ap 2, 4). Na realidade, o consagrado, se não tiver uma clara e sólida identidade, caminha sem rumo e, em vez de guiar os outros, dispersa-os. A identidade de vocês como filhos da Igreja é ser coptas – isto é, arraigados em suas nobres e antigas raízes – e católicos – isto é, parte da Igreja una e universal: como uma árvore que quanto mais enraizada está na terra, mais ela se eleva ao céu.
Queridos consagrados, enfrentar estas tentações não é fácil, mas é possível se estivermos enxertados em Jesus: “Fiquem unidos a mim, e eu ficarei unido a vocês. O ramo que não fica unido à videira não pode dar fruto, vocês também não poderão dar fruto, se não ficarem unidos a mim” (Jo 15, 4). Quanto mais enraizados estivermos em Cristo, mais vivos e fecundos seremos. Assim, o consagrado conservará a maravilha, a paixão do primeiro encontro, a atração e a gratidão em sua vida com Deus e em sua missão. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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“Não um portador de ‘verdades pré-confeccionadas’, a serem transplantadas na vida das pessoas”, mas aquele que ajuda as pessoas “a lerem a própria vida à luz do Evangelho de Cristo”: esse é o perfil do padre atual delineado durante a plenária da Congregação para o Clero, realizada entre os dias 30 de maio e 1º de junho passados. A reportagem é publicada por L’Osservatore Romano, 06-06-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Foi o cardeal prefeito, Beniamino Stella, que sintetizou os conteúdos no discurso conclusivo, repassando os três dias de trabalho, a partir do qual veio à tona como se pede ao sacerdote que “seja o homem do discernimento – que ajuda as pessoas a descobrir a verdade da sua vida – além do acompanhamento, que não tem um ‘programa’ prefixado a ser realizado a todo o custo, mas se esforça para levar a uma contemplação mais profunda da pessoa de Jesus, sob a orientação do Espírito”. E, nessa perspectiva, o ícone é o encontro entre Jesus e os dois discípulos de Emaús.
As principais conferências centraram a sua atenção na nova Ratio fundamentalis institutionis sacerdotalis e na figura do pastor no magistério do Papa Francisco. Os cardeais Wuerl e Betori, em particular – assinalou o prefeito –, detectaram como o pontífice propõe o seu próprio magistério “principalmente através de gestos repletos de sentido; ele não explica a bondade ou a necessidade de determinados comportamentos, simplesmente os coloca em prática, vive-os em primeira pessoa. E, ao fazer isso, oferece uma indicação de autoridade”.
Por exemplo, quando se confessa, antes de ele mesmo se pôr à disposição no confessionário, ou quando vai se encontrar com as famílias para a bênção pascal, como fez em Ostia. Na prática – explicou o cardeal Stella – “Francisco fala de proximidade, vizinhança e ‘Igreja em saída’ e vive tudo isso pessoalmente”.
Quanto ao anúncio do Evangelho, continuou o relator, ele “deve passar pelo exemplo pessoal dos sacerdotes”, porque “os jovens estão dispostos a escutar somente depois de ter visto e conhecido uma vida vivida segundo o Evangelho”. É por isso que assumem importância a formação permanente e um adequado caminho no um seminário, onde – recomendou o purpurado – “é bom acolher somente aqueles que têm determinadas características, de acordo com a feliz expressão de João Paulo II: ‘Tomar homens que estejam enraizados em Deus e sejam capazes de oblatividade, porque o padre é um pequeno irmão universal’”.
Depois, a plenária – continuou a o cardeal Stella – deteve-se sobre os jovens padres, dos quais o papa falou durante a audiência aos participantes da assembleia. As comunicações das tardes, por sua vez, abordaram temas mais específicos. Um deles estava relacionado à paróquia, que é, “antes de tudo, uma comunidade e não um lugar geográfico, uma comunidade inclusiva, que dialoga e se volta também para aqueles que abandonaram a fé ou não são cristãos”. E, nesse sentido, está “em um estágio avançado de elaboração” uma instrução relacionada com questões relativas ao ministério do pároco, aos reagrupamentos de paróquias dentro da diocese e às possíveis configurações do ministério pastoral.
Um segundo tema, o das dispensas das obrigações decorrentes da ordenação, confirmou a necessidade de uma boa formação inicial e de formadores preparados, que possam reforçar desde o seminário as vocações “vacilantes” e ajudar aqueles que não são chamados ao sacerdócio a encontrarem em outra parte o seu lugar na Igreja.
Pediu-se à Congregação que prepare um dossiê para descrever a “tipologia do padre dispensado”, em vista de uma ação mais eficaz de formação; e sugeriu-se uma revisão das “proibições”, para favorecer a reinserção dos clérigos que abandonaram o ministério, especialmente no campo do ensino.
Por fim, duas outras comunicações abordaram a incardinação nas associações públicas clericais e o sacerdote exorcista. No primeiro caso, a Congregação reafirmou que, atualmente, as associações com tal faculdade são quatro, e que outros pedidos estão sendo estudados, particularmente o da Comunidade do Emmanuel. Por outro lado, o dicastério expressou uma opinião negativa em relação à incardinação dos clérigos nas chamadas “novas realidades eclesiais”, como movimentos e associações laicais.
Em matéria de exorcismo, foram considerados dois extremos: por um lado, uma espécie de obsessão com o demoníaco, que leva a ver por toda a parte sinais da ação do maligno; por outro, um ceticismo radical que chega a duvidar da própria existência do demônio. Por isso, concluiu o cardeal Stella, “é necessário formar os seminaristas, depois, identificar sacerdotes equilibrados, humana e espiritualmente”. Até porque disseminaram-se “pseudoexorcismos”, realizados por supostos “curandeiros”, aos quais as pessoas acorrem, pensando que podem se beneficiar com isso. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Uma pesquisa exclusiva Ifop para o jornal La Croix revela uma imagem muito positiva dos padres na sociedade francesa, em todas as categorias. A pesquisa também mostra que somente metade dos jovens entre 18 e 24 anos já teve contato com um padre. Para dois terços dos franceses, a imagem dos padres foi “afetada” pelos casos de pedofilia. A reportagem é de Loup Besmond de Senneville e Anne-Bénédicte Hoffner, publicada por La Croix, 02-06-2017. A tradução é de André Langer.
Para a grande maioria dos franceses, o padre é “um homem de escuta”: são 83% dos entrevistados que dizem isso, 98% dos católicos praticantes e também 68% dos sem religião. Um verdadeiro plebiscito que causaria inveja a muitos políticos ou profissionais, médicos ou jornalistas, por exemplo...
Como faz regularmente desde 1993, La Croix quis pesquisar novamente a relação que os franceses têm com seus padres. Sua imagem é extraordinariamente positiva, “até mesmo surpreendentemente positiva”, reconhecem alguns padres que nós consultamos. Em época recente, difícil ou até mesmo terrível para a Igreja católica – diminuição das vocações sacerdotais, revelações em série de crimes ou de delitos sexuais cometidos por muitos deles e “acobertados” por sua hierarquia – e após décadas de secularização massiva, poderíamos imaginá-la mais arruinada ou simplesmente empalidecida.
A imagem do padre continua surpreendentemente estável
À primeira vista, não é nada. 71% dos franceses (contra 67% em 1993) consideram o padre como alguém “próximo das outras pessoas”. Um de cada dois (isto é, 11 pontos a mais que há 24 anos) o julga mesmo “feliz, realizado”. Os franceses não hesitam em usar palavras de fé: 52% continuam a vê-los como “testemunhas de Deus sobre a terra”. Os qualificativos usados com mais frequência para designá-los vão na mesma linha: eles estão “disponíveis” para 76%, mas também são “dignos de confiança” (68%). “Esta imagem global é contrária ao que ouvimos em ambientes católicos”, relata o padre Jean Rouet, vigário-geral da diocese de Bordeaux. “Neste ambiente, o padre é, geralmente, considerado como inalcançável, pressionado e sobrecarregado pelo trabalho”.
A imagem do padre continua, portanto, surpreendentemente estável. Ele é julgado, às vezes, “aberto” e “moralizador” exatamente nas mesmas proporções. Enquanto os bispos estão lutando para manter a malha territorial da Igreja, os franceses estão convencidos de que caso a necessidade se apresentar, um padre estará disponível para eles, ao qual eles terão desejo de se confiar.
A Igreja não provoca “mais medo”
Perguntados sobre o impacto provocado pelas revelações dos atos de pedofilia cometidos pelos membros da Igreja católica, as sondagens reconhecem que elas não os deixaram incólumes: para dois de cada três franceses a imagem dos padres foi “afetada” por esses casos, chegando a 70% entre aqueles com idade entre 35 e 49 anos, ou seja, aqueles que estão em idade de ter filhos jovens. Mas os não praticantes são mais numerosos nesse caso do que os praticantes.
A fotografia é tão bonita que podemos nos perguntar: não se trata de uma imagem idílica? Esta é, em todo o caso, a hipótese de alguns especialistas. “A imagem e o papel do padre são consenso”, espanta-se a socióloga Céline Béraud. “Talvez seja porque esta figura não mais provoca debate porque se tornou uma figura distante?”
Para ela, esta representação positiva poderia ser a culminância última da secularização: privada da autoridade moral, a Igreja – e, portanto, o padre – não provoca “mais medo”. Diretor do Ifop, Jérôme Fourquet também se pergunta se não se deve ver nisso a explicação de uma espécie de erro de perspectiva: “Muitos franceses veem os padres como homens felizes, disponíveis. Visivelmente, eles não conhecem realmente sua vida, seu isolamento, suas dificuldades materiais, a dilatação geográfica das suas paróquias”.
Diferenças significativas conforme a idade dos entrevistados
No entanto, e esta é uma das principais lições deste estudo, são muitos os franceses que ainda têm “contato ao longo da sua vida” com um deles; mas esta proporção cai drasticamente entre os mais jovens. Enquanto 76% dos franceses, de todas as faixas etárias, respondem afirmativamente (31% em muitas ocasiões e 45% raramente), apenas um jovem de 18 a 24 anos sobre dois encontra-se nessa situação. A pesquisa “objetiva” isso de alguma maneira. E, pela primeira vez, o que os sociólogos e muitos pastores detectaram. Em muitas ocasiões, as respostas fazem aparecer diferenças significativas segundo a idade dos entrevistados.
Uma ruptura geracional problemática, destaca dom Jean-Marc Eychenne. O bispo de Pamiers (Ariège) relaciona diretamente a percepção dos padres pelos franceses com a questão das vocações presbiterais: “O despertar das vocações passa por uma possível identificação dos jovens com os padres. Ora, aqui sentimos bem que a imagem dos padres é mais negativa entre os mais jovens”. Outro possível freio, segundo ele, para a atração ao sacerdócio: o fato de que os padres são “úteis para a coesão social” apenas para 55% dos franceses.
De fato, a “utilidade social” dos padres aparece globalmente em queda: somente pouco mais da metade da população considera-nos como “úteis para a busca de sentido”. E o mesmo número estima (especialmente entre os ativos e dirigentes de empresas) que eles estão “distantes da realidade”. Esta procura “de eficácia e de compreensão rápida da realidade” não surpreende o padre Jean Rouet. “Os padres são muito pouco visíveis no trabalho de transformação social. Nós não “servimos” mais em nada: nós estamos muito menos presente na escola, nas colônias de férias...”, destaca, mais inquieto em ver as expectativas dos católicos praticantes sobre “a transformação dos valores”. “A vida cristã tem a tendência, nesta perspectiva, de ser reduzida a uma moral”.
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Metodologia. A pesquisa do Ifop para La Croix foi realizada com uma amostra de 2 mil pessoas, representativas da população francesa com idades acima dos 18 anos. A representatividade da amostra foi garantida pela metodologia das cotas (sexo, idade, profissão da pessoa entrevistada) após estratificação por região e tamanho de cidade. As entrevistas foram realizadas por meio de um questionário auto-administrado pela internet entre os dias 28 de abril e 03 de maio de 2017.
Número de padres diocesanos na França (dados da Conferência Episcopal da França). 11.908 contra 16.075 em 2005. Desse total, menos da metade dos padres ainda está na ativa: cerca de 5.800 em 2014; os demais estão aposentados.
Projeções (Ler sobre isso em La Croix a matéria “A Igreja na França em 2024”, de 7 de julho de 2014). A Igreja da França deverá ter menos de 4.300 padres diocesanos ativos em 2024. Os nascidos entre os anos 1940-1950 e ordenados logo após o Concílio, os padres da geração “baby boom”, estarão aposentados.
Ordenações. Cerca de 100 novos padres foram ordenados em 2016. Cerca de 80 padres diocesanos e aproximadamente 20 membros de instituições religiosas. Em 2006, 135 padres foram ordenados. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Frei Jorge Van Kampen, Carmelita. In Memoriam. (*17/04/1932 + 08/08/2013)
Assim como na primeira criação Deus infundiu vida ao homem, assim o sopro de Jesus comunica vida nova na criação espiritual. Cristo, que morreu por nós para apagar o pecado do mundo, agora na ressurreição entrega à Igreja o poder de perdoar o pecado. Na pessoa de Jesus encontramos um mundo novo, onde o pecado pode ser perdoado pelo Sacramento do Perdão. É uma riqueza da Igreja. Ao instituir-nos sobre o pecado, percebemos, que há alguma coisa, que restabelece o amor. Amar é saber perdoar.
Liturgia da Palavra de Deus. (At. 2, 1-11; 1 Cor.12, 3-7 e 12-13; Jo. 20,19-23). O Espírito Santo não é um agrupamento de pessoas, mas o Espírito Santo nos une. Assim como a torre de Babel fez rebelar os homens contra Deus, assim a Palavra de Deus reúne a Família Cristã. Os dons do Espírito Santo servem para promover a Igreja e a assistência promocional. O Espírito Santo dá a Paz e o Perdão de Deus.
Reflexão.
Espírito de Deus, animai-nos, para que possamos juntos carregar a responsabilidade sobre a nossa comunidade paroquial, não nos deixeis recusar qualquer apelo, que contribui para o bem comum de todos. Espírito de Deus, fazei, que saibamos acolher as pessoas em torno de nós: que encontremos a nossa inspiração com as nossas conversas diárias, para que assim a presença de Deus se torne visível entre nós.
Espírito de Deus, ficai conosco, andemos juntos na estrada da vida, carregai os nossos defeitos, para que nós possamos carregar os defeitos dos outros, ao exemplo de Jesus, nosso irmão. Amém.
Resposta à Palavra de Deus.
A Igreja não pode ser um grupo fechado. Na manhã de Pentecostes o Espírito Santo encheu os corações para proclamar a nova língua de Amor, de Unidade, e de Paz.
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Reportagem do jornal inglês aborda escândalos de corrupção descobertos na Lava-Jato
RIO - Uma reportagem de três páginas do jornal inglês "The Guardian", publicada nesta quinta-feira e que tem como imagem de abertura uma ilustração do Cristo Redentor com uma arma em uma das mãos e um saco de dinheiro na outra, despertou a indignação da Arquidiocese do Rio e do arcebispo da cidade, Dom Orani Tempesta. O conteúdo da matéria, ao contrário do que a imagem pode sugerir, não falava sobre a violência na cidade ou no estado do Rio, mas fazia um balanço da Operação-Lava Jato, falando da origem e do impacto da força-tarefa na política e na economia nacional desde o seu incício, em 2014, até os dias atuais.
Em nota, Dom Orani criticou a forma como a imagem do Cristo, um dos principais cartões-postais do Brasil, foi usada pelo jornal. Para o cardeal, a ilustração desrespeita o povo brasileiro e a fé dos cristãos.
"O Cristo Redentor é simbolo de uma nação e também símbolo de uma fé. Ao representar o redentor desta forma, o 'The Guardian' ofende o povo brasileiro, porque isso é uma ofensa ao povo e um vilipêndio para os cristãos, porque Cristo ensinou exatamente o contrário. Ensinou que devemos amar o próximo, fazer o bem ao outro e sermos despojados. Lamentamos tudo isso e pedimos que a imagem do Cristo seja respeitada", enfatizou o arcebispo do Rio. Fonte: https://oglobo.globo.com
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Logo mais às 19h e 30min, acompanhe pelo Facebokk Live- Com Frei Petrônio de Miranda, Carmelita, direto do Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. ATENÇÃO: Para interagir ao vivo em tempo real você deve ser seguidor do Frei na página: www.facebook.com/freipetros
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DIA 6 |
Deus nos reconciliou consigo (2 Coríntios 5,18) |
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Gênesis 17,1-8 |
Deus faz uma aliança com Abraão |
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Salmo 98 |
O mundo viu a vitória de Deus |
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Romanos 5,6-11 |
Deus nos reconciliou consigo por Jesus Cristo |
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Lucas 2,8-14 |
Proclamação da boa nova |
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Comentário
Reconciliação tem dois lados: é fascinante e assustadora ao mesmo tempo. Ela nos atrai, fazendo-nos desejá-la: dentro de nós mesmos, uns com os outros e entre nossas diferentes tradições confessionais. Vemos o preço e nos assusta, pois reconciliação significa renunciar a nosso desejo de poder e reconhecimento. Em Cristo, Deus gratuitamente nos reconcilia consigo, mesmo que nos tenhamos afastado dele. A ação de Deus vai ainda mais além: Deus reconcilia consigo não somente a humanidade, mas o conjunto da criação.
No Antigo Testamento Deus foi fiel e misericordioso com o povo de Israel, com o qual estabeleceu uma aliança. Essa aliança permanece: “os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis” (Rom 11,29). Jesus, que inaugurou a nova aliança em seu sangue, era um filho de Israel. Freqüentemente na história, nossas Igrejas tem falhado em reconhecer e honrar isso. Depois do Holocausto, é tarefa especial das Igrejas da Alemanha o combate ao anti-semitismo. Do mesmo modo, todas as Igrejas são chamadas a cultivar reconciliação em suas comunidades e a resistir a todas as formas de discriminação humana, porque somos todos participantes da aliança de Deus.
Questionamentos
- De que modo nós, como comunidades cristãs, compreendemos o que é ser parte da aliança de Deus?
- Que formas de discriminação nossas Igrejas precisam enfrentar hoje em nossas sociedades?
Oração
Misericordioso Deus,
que por amor fizeste uma aliança com teu povo;
fortalece-nos para que possamos resistir
a toda forma de discriminação;
que o dom de tua amorosa aliança
nos encha de alegria e nos inspire a construir uma unidade maior;
é o que te pedimos por Jesus Cristo, nosso Senhor ressuscitado,
que vive e reina contigo e com o Espírito Santo
agora e para sempre. Amém. Fonte: http://www.vatican.va
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O Papa Francisco é o líder mundial com mais seguidores na rede social Twitter, seguido pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que é muito aficionado nesta ferramenta de comunicação, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, de acordo com o estudo "Twiplomacia" divulgado hoje pela Burson-Marsteller. A informação é publicada por El Informador, 31-05-2017. A tradução é de Henrique Denis Lucas. O responsável-máximo do Vaticano tem 33.716.301 seguidores em suas contas de nove idiomas, enquanto que o novo líder dos Estados Unidos tem 30.133.036, e o presidente indiano 30.058.659.
Trump está entre um pequeno grupo de líderes que gerenciam sua própria conta do Twitter e seus tuítes geraram 166 milhões de interações com as suas frequentes mensagens polêmicas (alguns "Likes e retuítes") nos últimos doze meses, período que inclui os quase quatro meses desde que ele foi empossado como Presidente.
Assim, o presidente estadunidense supera em quase cinco vezes as 35 milhões de reações que Modi provocou.
"O uso pouco ortodoxo que Trump fez do Twitter durante a sua campanha eleitoral e especialmente desde que tomou as rédeas do país, levou muitos governos do mundo a se perguntar se e como devem tratar @realDonaldTrump" nesta rede social, assinala a consultora no seu relatório.
Alguns líderes, tais como o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e o Papa Francisco, têm subtuiteado Trump (uma mensagem que se refere a um usuário específico, mas sem mencioná-lo diretamente), mas apenas três mandatários dirigiram-se ao inquilino da Casa Branca diretamente para repreender suas políticas, incluindo o presidente do México, Enrique Peña Nieto.
O líder mexicano respondeu a Trump no Twitter frente as ameaças que diziam que o vizinho do sul deveria pagar pelo muro que foi ordenado para que fosse construído na fronteira comum.
Além disso, Peña Nieto é o líder latino-americano mais seguido, dado que sua conta @EPN tem 6,3 milhões de seguidores, muito à frente das contas dos presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos; da Argentina, Mauricio Macri; e da Venezuela, Nicolás Maduro, com mais de 3 milhões de seguidores cada um.
Também mostraram o seu rechaço às políticas de Trump a Presidente das Ilhas Marshall, Hilda Heine, nesta ocasião, criticando-o por sua postura frente às mudanças climáticas e o Acordo de Paris, e o presidente de Porto Rico, Ricardo Roselló, que respondeu ao presidente norte-americano sobre suas críticas à reforma da saúde referentes ao "Obamacare".
Apesar de sua ânsia de utilizar o Twitter para se comunicar com o mundo, Trump não é o líder mais efetivo na rede social, baseado na média dos retuítes gerados por cada tuíte, mas apenas o segundo, atrás de @KingSalman, da Arábia Saudita (14.456 retuítes contra 13.094 do presidente norte-americano).
O Papa Francisco está na terceira posição com 10.337 retuítes.
De acordo com o estudo, o Twitter é a primeira rede social usada por 276 líderes e governos, assim como por Ministros de Assuntos Exteriores de 178 países, seguido pelo Facebook, com 169 governos com páginas oficiais.
Entre os Ministérios de Assuntos Exteriores, o Departamento de Estado dos EUA tem o maior número de seguidores, com 4,3 milhões, à frente do turco e do indiano, com mais de 1,2 milhões cada um.
No entanto, é o Serviço de Ação Exterior da União Europeia (UE) o melhor conectado com outros ministérios, ministros e líderes (128), seguido pela diplomacia russa e alemã.
Mais de 4.100 embaixadas e 1.100 embaixadores estão ativos no Twitter atualmente, de acordo com o estudo, que indica que entre as contas não-governamentais, a melhor conectada é a @UN.
O estudo também revela que o número de governos que utilizam Periscope, um aplicativo de transmissão de vídeo ao vivo que é propriedade do Twitter, duplicou durante o ano passado porque oferece uma maneira barata de transmitir coletivas de imprensa ao vivo. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos: Reflexões e orações bíblicas para os oito dias. 5º Dia
Logo mais às 19h e 30min, acompanhe pelo Facebokk Live- Com Frei Petrônio de Miranda, Carmelita, direto do Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. ATENÇÃO: Para interagir ao vivo em tempo real você deve ser seguidor do Frei na página: www.facebook.com/freipetros
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DIA 5 |
Tudo se tornou uma realidade nova (2 Coríntios 5,17) |
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Ezequiel 36,25-27 |
Recebendo de Deus um novo coração |
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Salmo 126 |
Ficando repletos de alegria |
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Colossenses 3,9-17 |
Sendo renovados em Cristo |
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João 3,1-8 |
Nascendo do Espírito |
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Comentário
Paulo encontrou Cristo, o Senhor ressuscitado, e se tornou uma pessoa renovada – exatamente como acontece com todos que crêem em Cristo. Essa nova criação não é visível a olho nu. Em vez disso, é uma realidade de fé. Deus vive em nós pelo poder do Espírito Santo e nos deixa partilhar a vida da Trindade.
Por esse ato de nova criação, a Queda é superada e somos levados a um relacionamento salvífico com Deus. Coisas verdadeiramente espantosas podem ser ditas a nosso respeito: como disse Paulo, em Cristo somos uma nova criação; somos um em Cristo e ele vive em nós; em Cristo somos “um reino de sacerdotes” (Ap 5,10) quando a Ele damos graças por vencer a morte e proclamamos a promessa da nova criação.
Essa nova vida se torna visível quando permitimos que ela tome corpo e a vivemos em “compaixão, bondade, humildade, gentileza e paciência”. Isso precisa também se tornar aparente em nossas relações ecumênicas. É uma convicção comum em muitas Igrejas que, quanto mais estivermos em Cristo, mais próximos estaremos uns dos outros. Especialmente neste 500º aniversário da Reforma, recordamos tanto as conquistas como as tragédias de nossa história. O amor de Cristo nos impele a viver como seres renovados em ativa busca de unidade e reconciliação.
Questionamentos
- O que me ajuda a reconhecer que sou uma nova criação em Cristo?
- Quais são os passos que preciso dar para viver minha vida nova em Cristo?
- Quais são as implicações ecumênicas de ser uma nova criação?
Oração
Deus Uno e Trino,
tu te revelaste a nós como Pai e Criador,
como Filho e Salvador,
e como Espírito e doador de vida, e ainda assim és Um;
ultrapassas nossas fronteiras humanas e nos renovas;
dá-nos um novo coração para vencer
tudo que põe em risco nossa unidade em ti.
Assim te pedimos em nome de Jesus Cristo,
pelo poder do Espírito Santo. Amém. Fonte: http://www.vatican.va
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HOJE- AO VIVO ÀS 19h e 40min: Bate Papo Carmelitano com a irmã Bernadete, da Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias de Santa Teresa do Menino Jesus. Para interagir em tempo real- AO VIVO-você deve ser seguidor no face do Frei Petrônio na página: www.facebook.com/freipetros Veja também a transmissão aqui no Olhar. Conheça a congregação da irmã. Clique aqui: www.carmelitasmissionarias.com.br
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Acompanhe ao vivo nesta quarta-feira, 31, às 19h 40min, a Palavra do Frei Petrônio. Para interagir no Facebook Live- você deve ser seguidor do Frei na página: www.facebook.com/freipetros
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4 DIA. Tema: |
O mundo antigo passou (2 Coríntios 5,17) |
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Gênesis 19,15-26 |
Não olhes para trás |
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Salmo 77,5-15 |
Deus é sempre fiel |
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Filipenses 3,7-14 |
Esquecendo o que ficou para trás |
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Lucas 9,57-62 |
Conserva tua mão no arado |
Comentário
Frequentemente vivemos do passado. Olhar para trás pode ser útil, e às vezes é necessário para a cura de nossas memórias. Mas pode também nos paralizar e nos impedir de viver o presente. A mensagem de Paulo aqui é libertadora: tudo o que é passado ficou para trás.
A Bíblia nos estimula a conservar em mente o passado, a buscar fortalecimento a partir de nossas memórias, e a lembrar o bem que Deus tem feito. No entanto, também nos pede para abandonar o que está ultrapassado, mesmo o que foi bom, para que possamos seguir Cristo e viver nele uma nova vida.
Durante este ano, o trabalho de Martin Lutero e outros reformadores está sendo comemorado por muitos cristãos. A Reforma mudou muita coisa na vida da Igreja ocidental. Muitos cristãos deram heróico testemunho e muitos foram renovados em sua vida cristã. Ao mesmo tempo, como mostra a Escritura, é importante não ficar limitados ao que aconteceu no passado, mas deixar que o Espírito Santo abra para nós um novo futuro no qual a divisão está superada e o povo de Deus se completa na unidade.
Questionamentos
- O que podemos aprender lendo juntos a história de nossas divisões e de nossa mútua desconfiança?
- O que precisa mudar na minha Igreja para que as divisões possam ser superadas e o que nos une possa ser fortificado?
Oração
Senhor Jesus Cristo,
o mesmo, ontem, hoje e para sempre,
cura as feridas do nosso passado,
abençoa nossa peregrinação na direção da unidade hoje
e guia-nos para o futuro,
quando serás tudo em todos,
com o Pai e o Espírito Santo,
para todo o sempre. Amém.
Fonte: http://www.vatican.va
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Cidade do Vaticano (RV) – “Caros irmãos e irmãs, bom dia! Na iminência da solenidade de Pentecostes não podemos não falar da relação que existe entre a esperança cristã e o Espírito Santo. O Espírito é o vento que nos arrasta para a frente, que nos mantém no caminho, nos faz sentir peregrinos e estrangeiros e não nãos permite de acomodar e de nos tornarmo-nos num povo “sedentário”.
Com estas palavras, o Papa Francisco iniciou na manhã de hoje, quarta-feira, dia 31 de Maio de 2017, a última audiência geral deste mês de Maio, na Praça de S. Pedro, repleta de fiéis e peregrinos provenientes de diversas partes da Itália e do mundo inteiro. Tema da catequese de hoje, é “o Espírito Santo nos faz transbordar na esperança”: uma reflexão sobre a Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos( Rm 15, 13-14).
Ora, a Carta aos Hebreus, disse Francisco, compara a esperança com uma âncora e à esta imagem podemos acrescentar a da vela. Se a âncora é o que dá segurança ao barco e o mantém “ancorado” por entre as ondas do mar, a vela é, pelo contrário, permite ao barco de caminhar e avançar nas águas. A esperança é realmente uma vela; ela recolhe o vento do Espírito e o transforma em força motriz que empurra o barco, segundo as circunstâncias, para o largo ou ao destino.
O Apóstolo Paulo, disse ainda o Papa, conclui a sua carta aos Romanos dizendo:“ O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo, transbordeis de esperança!”.
Ora, a expressão “Deus da esperança”, sublinha o Santo Padre, não quer dizer somente que Deus é objecto da nossa esperança, isto é Aquele que já, desde agora nos faz esperar; mas antes de mias, nos torna “alegres na esperança: alegres agora de esperar e não só de esperar de ser alegres no futuro, depois da morte.
“Enquanto há vida há esperança”, diz um ditado popular; e é verdade também o contrário: até quando há esperança, há vida. Os homens têm necessidade de esperança para viver e têm necessidade do Espírito Santo para esperar.
Paulo atribui ao espírito Santo a capacidade de nos transbordar na esperança. Transbordar na esperança significa não desencorajar-se nunca; significa esperar contra todas as esperanças, isto é, esperar mesmo quando vêm menos todos os motivos humanos para esperar, como foi para Abrãao quando Deus lhe pediu de sacrificar-Lhe o seu único filho Isac, e como foi ainda mais, para a virgem Maria debaixo da cruz de Jesus.
O Espírito Santo, afirma Francisco, torna possível esta esperança invencível dando-nos um testemunho interior de que somos filhos de Deus e seus herdeiros. O espírito Santo não nos torna só capazes da esperar, mas também de ser semeadores da esperança, de sermos também nós, como Ele e graças à Ele, os paráclitos, isto é, consoladores e defensores dos irmãos: são sobretudo os pobres, os excluídos, os não amados, a terem necessidade de alguém que seja para eles, o “paráclito”, isto é, consolador e defensor.
O Espírito Santo, prosseguiu o Papa, alimenta a esperança não só no coração dos homens, mas também em toda a criação. Pois, como sublinha o Apóstolo Paulo, “ a criação foi sujeita à vaidade, todavia, com a esperança de ser também ela libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto até ao presente dia”. Façamo-nos então também, concluiu dizendo Francisco, paráclitos, defensores da criação que “espera” a manifestação dos filhos de Deus.
Que a próxima festa de Pentecostes nos encontre concordes em oração, com Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe. E o dom do Espírito Santo nos faça transbordar na esperança.
Também hoje não faltou a habitual saudação calorosa do Papa Francisco, aos fiéis e peregrinos de língua oficial portuguesa presentes na praça de S. Pedro: Saúdo cordialmente todos os peregrinos de língua portuguesa, de modo particular os fiéis de Angola, Sendim, Serrinha, Florianópolis e Minas Gerais. Queridos amigos, nestes dias de preparação para a festa de Pentecostes, peçamos ao Senhor que derrame em nós abundantemente os dons do seu Espírito, para que possamos ser testemunhas de Jesus até os confins da terra. Obrigado pela vossa presença. Fonte: http://pt.radiovaticana.va
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Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. 3º Dia.
3º DIA. Não conhecemos ninguém à maneira humana (2 Coríntios 5,16)
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Reflexão: 1 Samuel 16,1.6-7 |
O Senhor não vê as aparências, mas o coração |
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Salmo 19,7-13 |
O mandamento do Senhor é límpido, ilumina os olhos |
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Atos 9,1-19 |
Saulo se torna Paulo |
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Mateus 5,1-12 |
As Bem-aventuranças |
Comentário
O encontro com Cristo transforma tudo. Paulo teve essa experiência na estrada para Damasco. Pela primeira vez ele pode ver Jesus como aquilo que ele realmente era: o Salvador do mundo. Seu ponto de vista foi completamente mudado. Ele teve de deixar de lado seu julgamento humano, marcado pelo mundo.
O encontro com Cristo muda igualmente nossa perspectiva. No entanto, frequentemente ficamos no passado e julgamos por critérios humanos. Fazemos coisas ou proclamações “em nome do Senhor” que, na verdade, podem estar apenas a nosso serviço. Ao longo da história, na Alemanha e em muitos outros países, tanto os governantes como as próprias Igrejas têm usado mal seu poder e sua influência em busca de objetivos políticos injustos.
Transformados por seu encontro com Cristo, em 1741, os cristãos da Igreja Morávia (Herrnhuter) responderam ao chamado para não olhar ninguém a partir de um ponto de vista humano, escolhendo “submeter-se à lei de Cristo”. Para nos submetermos à lei de Cristo hoje, somos chamados e ver os outros como Deus os vê, sem desconfiança ou preconceito.
Questionamentos
Onde posso identificar experieências como essa de Damasco em minha vida?
O que muda quando percebemos outros cristãos ou pessoas com outros tipos de fé do modo como Deus as vê?
Oração
Deus Uno e Trino, és a origem
e o objetivo de todas as coisas vivas;
perdoa-nos quando só pensamos em nós mesmos
e ficamos cegos por causa de nossos próprios padrões;
abre nossos corações e nossos olhos;
ensina-nos a ser amáveis, acolhedores e generosos,
para que possamos crescer na unidade que é teu dom.
A ti a honra e o louvor, agora e para sempre. Amém.
Fonte: http://www.vatican.va
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Papa: sabe despedir-se o pastor que não pensa ser o centro da história
Papa Francisco durante a Missa na Capela da Casa Santa Marta. (30/05/2017). O Papa Francisco celebrou na manhã desta terça-feira a Santa Missa na Capela da Casa Santa Marta. No centro da sua homilia esteve a primeira Leitura tirada dos Actos dos Apóstolos, que se pode intitular - disse Francisco – “A despedida de um bispo”. Paulo se despede da Igreja de Éfeso, que ele havia fundado. “Agora deve ir:
“Todos os pastores devem se despedir. Chega um momento em que o Senhor nos diz: vai para outro lugar, vai para lá, vem para cá, vem a mim. E um dos passos que deve fazer um pastor é também preparar-se para se despedir bem, não se despedir à metade. O pastor que não aprende a se despedir é porque tem alguma ligação não boa com o rebanho, um vínculo que não é purificado pela Cruz de Jesus”.
Paulo, então, chama todos os presbíteros de Éfeso e numa espécie de “conselho presbiteral” se despede. O Papa destaca “três atitudes” do apóstolo. Primeiro, ele diz que nunca abandonou a luta: “Não é um acto de vaidade”, “porque ele diz que é o pior dos pecadores, sabe disso e diz”, mas simplesmente “conta a história”. E “uma das coisas que dará tanta paz ao pastor quando se despede - explicou o Papa - é recordar-se que nunca foi um pastor de compromissos”, ele sabe “que não guiou a Igreja com compromissos. Ele nunca abandonou a luta. “E é preciso coragem para isso”. Segundo ponto. Paulo diz que ele vai a Jerusalém “compelido pelo Espírito”, não sabe o que vai acontecer lá”. Ele obedece ao Espírito. “O pastor sabe que está em caminho”:
“Enquanto guiava a Igreja era com a atitude de não fazer compromissos; agora, o Espírito pede a ele para se colocar em caminho, sem saber o que vai acontecer. E continua, porque ele não possui nada seu, ele não fez do seu rebanho uma apropriação indevida. Ele serviu. 'Agora Deus quer que eu vá embora? Vou embora sem saber o que vai acontecer comigo. Sei somente - o Espírito tinha feito ele saber - que o Espírito Santo de cidade em cidade me confirma que me esperam correntes e tribulações’. Isso ele sabia. Não vou me aposentar. Vou para outro lugar para servir outras Igrejas. Sempre o coração aberto à voz de Deus: deixo isso, vou ver o que o Senhor me pede. E aquele pastor sem compromissos é agora um pastor em caminho”.
O Papa explica por que não se apropriou do rebanho. Terceiro ponto. Paulo diz: “Eu não considero de nenhum modo preciosa a minha vida”: não é “o centro da história, da história grande ou da história pequena”, não é o centro, é “um servo”. Francisco cita um ditado popular: “Como você vive, você morre; como você vive, você se despede”. E Paulo se despede com uma “liberdade sem compromissos” e em caminho. “Assim se despede um pastor”:
“Com este exemplo tão bonito rezemos pelos pastores, pelos nossos pastores, pelos párocos, pelos bispos, pelo Papa, para que a sua vida seja uma vida sem compromissos, uma vida em caminho, e uma vida onde eles não pensem estar no centro da história e assim aprendam a se despedir. Rezemos pelos nossos pastores”. Fonte: http://pt.radiovaticana.va
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UMA PRECE: Nesta manhã, ao celebrar para as Missionárias da Caridade- Irmãs de Calcutá- aqui na Lapa, Rio de Janeiro (Vídeo), lembrei das quatros irmãs assassinas no Iêmem no dia 4 de março deste ano.
Na Primeira leitura da liturgia dessa terça,( Atos 20,17-27), o Apóstolo Paulo diz; “Sei apenas que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me adverte dizendo que me aguardam cadeias e tribulações”. (Atos 20, 23). Repito, CADEIAS E TRIBULAÇÕES! Portanto, a presença do Espírito Santo não um sentimentalismo, uma oração ou um estado de Espírito passageiro. Não, não! A Presença da ação do Espírtio Santo é fidelidade a Boa Nova de Jesus Cristo muitas vezes na radicalidade da entregra total da nossa vida a exemplo das irmãs mártires.
NOTA: As freiras da ordem fundada pela madre Teresa de Calcutá operavam um lar para idosos. Ao todo, 16 pessoas foram mortas num ataque por parte de fundamentalistas islâmicos e um Padre Salesiano sequestrado.
O Papa Francisco afirmou no domingo (06/03) que as quatro religiosas assassinadas com outras 12 pessoas em um ataque a uma casa de idosos no Iêmen são também “vítimas da globalização da indiferença à quem nada importa”.
“Rezo por elas e pelas outras pessoas mortas no ataque, e por seus familiares. Que Madre Teresa acompanhe ao paraíso estas suas filhas mártires da caridade e interceda pela paz e o sagrado respeito da vida humana”.
A seguir, Francisco afirmou que “estes são os mártires de hoje” e lamentou que “não aparecem nas capas dos jornais e nem são notícia”. “Estas religiosas deram seu sangue pela Igreja. Elas foram mortas pela indiferença, por esta globalização da indiferença a quem não nada importa”.
As irmãs, duas da Ruanda, uma do Quénia e uma da Índia, operavam um lar para idosos naquela cidade, que foi tomado de assalto por seis homens armados, ao que tudo indica por radicais islâmicos que as mataram por serem cristãs.
Para além das freiras, morreram mais 12 pessoas, incluindo seis funcionários etíopes e alguns iemenitas, incluindo guardas e funcionários da cozinha.
Fontes: http://br.radiovaticana.va; http://rr.sapo.pt Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 30 de maio-2017:
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