Os dados do Anuário Pontifício 2017 e o Anuarium Statisticum Ecclesiae 2015, do Departamento Central de Estatística da Igreja do Vaticano apontam, no geral, que a queda no número de sacerdotes religiosos é observada não somente na Europa e Oceania, mas também no continente americano, onde em 2015 eram pouco mais de 38 mil, em comparação com os mais de 40 mil em 2010.

Muito se fala ultimamente, de crise e de diminuição das vocações, mas o arcebispo de Palmas, dom Pedro Brito Guimarães em seu artigo “Vocação Existe” afirma que apesar desses problemas as vocações existem, existiram e continuarão existindo: “Como tudo na vida, precisa ser descoberta, despertada, promovida e cultivada. A crise vocacional é proporcional à credibilidade eclesial e a vitalidade da vida cristã. Quanto mais fraca e frágil forem a eficiência e a eficácia eclesiais, menos vocações teremos”.

“Sofremos muito com os queixumes, por conta da diminuta vitalidade da atividade vocacional. Lamentamos sempre a perca e a diminuição das vocações. E é um fato. Os dados estatísticos estão aí para comprovar. Contra fatos não há argumentos. Mas não podemos ficar estacionados, na defensiva, achando que a culpa é de Deus ou da sociedade, sem assumir o nosso protagonismo”, afirma dom Pedro Brito Guimarães.

A Igreja sempre cultivou e promoveu as vocações, exemplo disso é o tradicional mês de agosto, dedicado exclusivamente à reflexão sobre as vocações, é o chamado “mês vocacional”. Este ano a atividade proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com a Pastoral Vocacional Nacional tem como tema “A exemplo de Maria, discípulos missionários” e o lema “Eis-me aqui, faça-se”. A iniciativa busca motivar a oração pelas vocações nas comunidades, paróquias e dioceses, além de conscientizar adolescentes e jovens ao chamado de servir a Igreja.  

O arcebispo de Porto Alegre e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados da CNBB, dom Jaime Spengler explica que a escolha da temática se deu por ‘Nossa Senhora ser exemplo de mulher de oração’. “A oração é também o pedido que Nosso Senhor faz aos discípulos quando vê o tamanho da messe sem o número suficiente de pastores, a messe é grande mas os operários são poucos”, explica.

Para ele, a intenção deste ano é justamente alertar para o número de vocações sacerdotais e religiosas no Brasil. “É pedir ao Senhor da messe que envie operários. A oração é o meio privilegiado para suplicar, pedir ao Senhor que envie esses operários que a Igreja tanto precisa. O nosso povo sedento de Deus, sedento de transcendência, sedento do Evangelho necessita de pastores, de pessoas capazes de anunciar essa palavra como fez Maria, isto seja no Ministério Ordenado, seja através da Vida Consagrada, seja através do anúncio catequético, nas diversas atividades do cotidiano e também no mundo leigo”, destacou.

Ano Mariano

O mês vocacional é também celebrado no contexto do Ano Nacional Mariano, proclamado pela CNBB, por ocasião dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo. Por isso, a escolha da temática dedicada a Nossa Senhora também se fez presente. “A Igreja no Brasil realmente deseja neste mês de agosto de 2017 promover um grande mutirão e dentro das comemorações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida realmente suplicar ao céu que não falte operários para a vinha. Esperamos que muitos jovens do sexo feminino, do sexo masculino possam responder como fez Maria: Eis-me aqui, faça-se segundo a tua palavra”, exorta dom Jaime.

Material de apoio

Para ajudar nas reflexões do mês vocacional, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a presidência nacional da Pastoral Vocacional/SAV todo ano propõe subsídio, editado pela Edições CNBB. Dessa vez, o material oferece um tríduo de oração pelas vocações.

Segundo o coordenador nacional da Pastoral Vocacional, padre Elias Silva, a proposta é oferecer celebrações vocacionais em torno da Palavra, momentos onde a comunidade possa se alimentar da Palavra rezando pelas vocações. “É uma forma de rezar pelas vocações e com todos os vocacionais seja pela vida religiosa, consagrada e todas as outras formas”.

Dom Jaime explica que com o subsídio, a Pastoral Vocacional do Brasil deseja promover a partir da Sagrada Escritura uma abordagem particular em torno da temática das vocações. “Nós acreditamos que a Leitura Orante da Palavra é capaz de iluminar as buscas de todo ser humano, e, é a partir da Sagrada Escritura que nós podemos melhor compreender o que significa fazer a vontade de Deus, então foi preparado um pequeno subsídio para favorecer essa reflexão e essa oração também nas nossas comunidades, tendo sempre como pano de fundo a Sagrada Escritura, porque é a partir da Palavra que nós encontramos orientações seguras para as iniciativas da comunidade de fé”, destacou. Fonte: http://cnbb.net.br

Em número cada vez maior como funcionárias de paróquias, capelanias e serviços diocesanos, as mulheres ainda são pouco presentes nos cargos onde são tomadas decisões importantes. A reportagem Claire Lesegretain, publicado por La Croix,  08-03-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.

"Virgens ou mães?". Este foi o provocativo título de um ensaio publicado em 2007 e assinado por Camille de Villeneuve, jovem normalista (1). Um título que resume perfeitamente o paradoxo contra o qual esbarram os leitores dos documentos e dos discursos do Magistério católico e os observadores da vida eclesiástica. De fato, entre a mulher "temida" e a mulher "idealizada", os gestos e os discursos eclesiais deixam pouco espaço para a mulher “real”. As mulheres reais, casadas ou solteiras, leigas ou consagradas, são aqueles que mantêm a vida da Igreja no dia-a-dia e que não são encontradas no discurso magisterial sobre "a" mulher.

Uma igualdade na dignidade, mas não na função

Claro, a Carta Apostólica de João Paulo II Mulierisi dignitatem (1988) confirmou que as mulheres têm a mesma dignidade que os homens. Mas o raciocínio do papa polonês, fiel nisto com a tradição católica, baseava-se na afirmação que a diferença entre os dois sexos não os tornava iguais na função. Tal linha de pensamento não é mais concebível hoje, tanto é evidente, pelo menos nas sociedades ocidentais, que homens e mulheres podem assumir as mesmas funções. Assim, é fácil detectar situações na Igreja que parecem contradizer o seu pensamento sobre as mulheres.

Estas últimas são majoritárias entre os católicos praticantes e entre os voluntários e funcionários da Igreja, tanto nas paróquias e nas diversas capelanias (hospitais, escolas, prisões) como nos serviços diocesanos (especialmente para a comunicação, a catequese e o catecumenato, a pastoral familiar, enquanto os cargos de diretor diocesano para o ensino católico e de tesoureiro diocesano continuam em cerca 85% masculinos).

Na França, as mulheres representam cerca 80% dos leigos na missão (LEM) enviados pelos bispos, e desempenham a maior parte do trabalho pastoral (levantamento de La Croix de 2012). Mais de um terço das dioceses francesas inclui mulheres no Conselho Episcopal (levantamento de La Croix de 2015).

Também são cada vez mais numerosas as mulheres graduadas em teologia, e aqueles que ensinam nos seminários (hoje, entre os professores de teologia de cinco institutos católicos franceses, um terço são mulheres) ou que recebem reconhecimento de seus pares – por exemplo, Anne-Marie Pelletier recebeu em novembro de 2014, das mãos do Papa Francisco, o prêmio Ratzinger, o "Nobel da teologia", por seus estudos sobre as mulheres no cristianismo.

Valorizar as mulheres responsáveis

Além disso, a questão do posto da mulher na Igreja volta como uma reivindicação recorrente, especialmente entre os católicos ocidentais. Porque os mal-entendidos continuam sendo profundos e nada foi feito para reconhecer e valorizar as responsabilidades das mulheres. Basta considerar as grandes manifestações católicas – as exéquias de João Paulo II, os sínodos romanos, as assembleias episcopais - para constatar que o "segundo sexo" continua totalmente ausente.

As mulheres com um alto nível de educação são cada vez mais numerosas nos conselhos diocesanos, mas elas nem sempre são levadas em consideração na tomada de decisões, visto que o governo da instituição permanece prioritariamente atribuído aos ministros ordenados.

"Ainda há muito a ser feito, começando com dar mais espaço à palavra das mulheres, acredita Anne-Marie Pelletier. De fato, homens e mulheres não vivem a fé da mesma maneira". Em sua opinião, embora seja única a vocação, ou seja, o viver plenamente a fidelidade a Cristo, tal vocação poderia perfeitamente ter "diferentes acentos quando pensada pelo viés masculino ou feminino".

De acordo com a teóloga leiga Marie-Jo Thiel, professora da Universidade Marc-Bloch de Estrasburgo, diretora do Centro Europeu de ensino e pesquisa ética, alguns homens da Igreja sempre tiveram "forte resistência em considerar as mulheres com um grau de formação elevado. Preferem relegar as mulheres a papéis tradicionais".

A teóloga recorda precisamente que não deveria ser assim, tanto na Igreja como no mundo, uma vez que "o batismo é aquilo em que se funda a igualdade entre o homem e a mulher com papéis diferenciados". (1). Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Cidade do Vaticano (RV) – (01/08/2017) O Papa Francisco enviou uma carta aos jovens brasileiros por ocasião do encerramento do “Projeto Rota 300”, que se concluiu neste sábado, dia 29 de Julho com uma grande festa no Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida, na cidade de S. Paulo, no Brasil.

Queridos jovens, escreve Francisco na missiva,

saúdo afetuosamente todos vós, jovens do Brasil, reunidos em Aparecida para o encerramento do “Projeto Rota 300”, nesse Ano Mariano que comemora os 300 anos do descobrimento da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba do Sul.

Para tal ocasião, gostaria de ressaltar um aspecto da Mensagem que vos escrevi este ano, para a XXXII Jornada Mundial da Juventude: a Virgem Maria é um precioso exemplo para a juventude e um auxílio na caminhada pela estrada da vida. Para que vocês possam perceber esta verdade, não são necessárias grandes reflexões; basta contemplar a imagem da Mãe Aparecida, durante a peregrinação que farão no seu Santuário Nacional. Eu mesmo fiz essa experiência, quando aí estive em 2007, por ocasião da V Conferência do Episcopado Latino-americano e, depois em 2013, durante a JMJ no Rio de Janeiro.

Pude ali descobrir, observa ainda Francisco, no olhar terno e maternal da Virgem morena e nos olhos da gente simples que a contemplava, o segredo da esperança que move o povo brasileiro a enfrentar com fé e coragem os desafios de cada dia. Pude também contemplar a força revolucionária de uma Mãe carinhosa que move o coração dos seus filhos a saírem de si mesmos com grande ímpeto missionário, como aliás vocês fizeram durante a semana missionária, que acabam de concluir no Vale do Paraíba. Parabéns por este testemunho!

Caros amigos, disse o Santo Padre, no meio das incertezas e inseguranças de cada dia, da precariedade que as situações de injustiça criam ao vosso redor, tenham sempre uma certeza: Maria é um sinal de esperança que vos animará com um grande impulso missionário. Ela conhece os desafios que estais vivendo. Com a sua atenção e acompanhamento materno, vos fará perceber que não estais sozinhos.

Nesse sentido, acrescenta o Pontífice, vale a pena recordar a história daqueles pescadores pobres, que depois de uma pesca sem grandes resultados, no rio Paraíba do Sul, lançaram mais uma vez as suas redes e foram surpreendidos com uma imagem partida de Nossa Senhora, coberta de lama. Primeiro acharam o corpo, logo em seguida a cabeça.

E tal como comentei aos Bispos brasileiros em 2013, disse ainda Francisco, o facto traz em si um simbolismo muito significativo: aquilo que estava dividido, volta à unidade, como o coração daqueles pescadores, como o próprio Brasil colonial, dividido pela escravidão, que encontra a sua unidade na fé que aquela imagem negra de Nossa Senhora inspirava (cf. Discurso aos Bispos do Brasil, 27/7/2013).

Por isso, observa o Papa, convido-vos também a deixarem que os vossos corações sejam transformados pelo encontro com Nossa Mãe Aparecida. Que Ela transforme as “redes” da vossa vida – redes de amigos, redes sociais, redes materiais e virtuais -realidades que tantas vezes se encontram dividas, em algo mais significativo: que se convertam numa comunidade! Comunidades missionárias “em saída”! Comunidades que são luz e fermento de uma sociedade mais justa e fraterna.

Assim, integrados nas vossas comunidades, não tenhais medo de arriscar e de se comprometer na construção de uma nova sociedade, permeando com a força do Evangelho os ambientes sociais, políticos, econômicos e universitários! Não tenham medo de lutar contra a corrupção e não se deixem seduzir por ela! Confiantes no Senhor, cuja presença é fonte de vida em abundância, e sob o manto de Maria, vós podeis redescobrir a criatividade e a força para serem protagonistas de uma cultura de aliança e assim gerar novos paradigmas que venham a pautar a vida do Brasil (cf. Mensagem à Assembleia do CELAM, 8/5/2017).

Possa o Senhor, pela intercessão da Virgem Aparecida, renovar em cada um de vós, a esperança e o espírito missionário. Vós sois a esperança do Brasil e do mundo. E a novidade de que sois portadores, já começa a construir-se hoje.

Que Nossa Senhora, que na sua juventude soube abraçar com coragem o chamamento de Deus na sua vida e sair ao encontro dos mais necessitados, possa estar em frente na vossa caminhada, guiando-vos em todos os vossos caminhos! E para tal, envio à cada um, assim como também aos vossos familiares e amigos, a Bênção Apostólica, pedindo que, por favor, não deixem de rezar também por mim, concluiu dizendo o Papa Francisco. Fonte: http://pt.radiovaticana.va

No vídeo, Dom Antônio Carlos Cruz Santos, Bispo de Caicó, RN, no encerramento da festa de Santana, no último domingo, dia 30 de julho-2017, fala sobre o preconceito em relação ao homossexualismo e dispara; “Se não é opção, se não é escolha, se não é doença, na perspectiva da fé, é um Dom dado por Deus”. Fonte: Youtube. Rio de Janeiro, 1º de agosto-2017.

 

Por Fernando Geronazzo

Arcebispos e bispos de grandes metrópoles se runiram em São Paulo para troca de experiências sobre a ação evangelizadora nos centros urbanos

Arcebispos e bispos de grandes cidades e metrópoles brasileiras se reuniram nesta segunda-feira, no Centro de Formação Sagrada Família, em São Paulo, para refletirem sobre os desafios a ação evangelizadora nos grandes centros urbanos.

A iniciativa desse encontro, realizado há alguns anos, partiu dos arcebispos de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, e Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, mas também contou com a presença dos arcebispos e bispos de Brasília (DF), Salvador (BA), Ribeirão Preto (SP), Belém (PA) Osasco (SP) e São Miguel Paulista (SP).

Os bispos trataram da relação entre igreja e cidade e como lidar com situações novas que surgem, quer na própria igreja católica, quer no contexto da diversidade religiosa e social. “A cidade grande é um fenômeno relativamente recente na história do mundo. Nunca houve um período que tivesse cidades tantas cidades tão grandes como agora, ou a população tão densamente urbanizada”, afirmou Dom Odilo ao O SÃO PAULO, destacando que 80% da população brasileira vive em cidades.

“Nós temos que tomar consciência de que saímos de uma pastoral que era diria rural, de quando a maioria dos cidadãos e portanto os católicos eles moravam no interior e nas últimas décadas essa situação foi mudando... Nós tínhamos soluções muito adequadas para aquela outra realidade, o mundo mudou e a Igreja tem que se adaptar porque o Evangelho é uma proposta para todas as pessoas, de qualquer época e que more em qualquer lugar”, afirmou Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador (BA).

Ainda de acordo com o Cardeal Scherer, o primeiro grande desafio da Igreja é ter uma que possa atender à grande população da cidade. “Temos, por exemplo, imensas áreas na periferia de São Paulo com paróquias com até mais de 100 mil habitantes”, disse.

Outro desafio é encontrar espaço também nas atenções do povo, católicos e não católicos, para a mensagem da Igreja. “É verdade que podemos usar os meios de comunicação, as mídias sociais. Mas nunca temos a certeza que a nossa mensagem, de fato, chega. Vamos semeando um pouco ao vento. Com certeza muitas sementes caem em terra boa. Porém, isso não dispensa a proximidade, a presença junto à vida das pessoas, para isso nós encontramos enormes dificuldades, inclusive para encontrar a abertura, o tempo, um pouco da atenção das pessoas”, acrescentou Dom Odilo.

Para Dom Orani, o encontro “é uma ótima oportunidade de partilha, de encontrar caminhos e ao mesmo tempo de conversarmos livremente sem nenhuma preocupação de decisão, de decisões, estes assuntos todos são complicados que depois cada cidade, cada metrópole tem sua própria realidade”.

“Os desafios que nós encontramos nas grandes metrópoles não devem ser enfrentados sozinhos, isoladamente eu acho que nós precisamos dialogar, refletir mais a respeito dos desafios pastorais das grandes cidades para ter uma ação mais eficaz e na medida do possível conjunta já que muito dos desafios eles se repetem, não é privilégio de uma grande metrópole, então eu creio que seja um motivo a mais para estar junto. A dimensão do desafio não permite que ele seja enfrentado isoladamente, mas também, o fato de compartilhar alegrias e dores comuns também nos leva, sem dúvidas, a pensar juntos o caminho a seguir”, salientou o Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB.

No encontro, os bispos também celebraram uma missa na intenção da Irmã Célia Cadorin, religiosa da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que morreu no sábado. “Irmã Célia representou alguém que deu um novo impulso às causas de beatificação e canonização”, afirmou Dom Odilo, referindo-se ao trabalho realizado pela religiosa nas causas de beatificação de vários brasileiros, dentre os quais, Santa Paulina, e Santo Antônio Galvão. Fonte: http://www.osaopaulo.org.br

Dom Genival Saraiva de França, bispo-emérito da Diocese de Palmares- PE.

2ª Meditação: Olhar bíblico sobre a vocação

Palavra de Deus

1Rs 19, 9-12: Elias e o encontro com Deus

Lc 9,28-36: Jesus, Pedro, Tiago e João, em oração.

Texto relacionado com o conteúdo da Meditação

Palavra do Papa Francisco no encerramento do Ano da Vida consagrada:

“Obrigado por concluirmos assim, todos juntos, este Ano da Vida Consagrada. Ide em frente! Cada um de nós ocupa um lugar, desempenha uma tarefa na Igreja. Por favor, não vos esqueçais da primeira vocação, do primeiro apelo. Fazei memória! E com o mesmo amor com o qual fostes chamados, hoje o Senhor continua a interpelar-vos. Não diminuais, não abaixeis aquela beleza, aquela surpresa do primeiro chamamento. E depois continuai a trabalhar. É bom continuar. O principal é rezar. O ‘núcleo’ da vida consagrada é a oração: rezar! E assim envelhecer, mas envelhecer como o vinho bom! Digo-vos algo. Gosto muito de me encontrar com religiosas ou religiosos idosos, mas com os olhos que reluzem, porque conservam aceso o fogo da vida espiritual. Aquele fogo não se apagou, não se apagou! Ide em frente hoje, todos os dias, e continuai a trabalhar e a olhar para o porvir com esperança, pedindo sempre ao Senhor que nos mande novas vocações, de tal modo que a nossa obra de consagração possa progredir. A memória: não vos esqueçais da primeira chamada! O trabalho de todos os dias e depois a esperança de ir em frente e semear o bem, a fim de que quantos vierem atrás de nós possam receber a herança que nós lhes deixaremos. Agora, oremos a Nossa Senhora.”

Presença de Maria

“A pessoa de Maria nos remete a uma dimensão essencial do homem: a capacidade de abrir-se à Palavra de Deus e à sua verdade.” (Bento XVI)

Liturgia da Profissão/Ordenação

“Reverendo Padre [Irmão]: Nós, N. e N., tendo, pela misericórdia de Deus, tomado conhecimento da vossa Regra e convivido fraternalmente convosco um tempo de experiência, humildemente vos pedimos que nos admitais à profissão religiosa para nos consagramos ao serviço de Deus e do seu reino nesta família N (...)

Filhos [Irmãos] caríssimos: No Batismo fostes consagrados a Deus pela água e pelo Espírito. Quereis agora unir-vos mais intimamente ao Senhor por este novo título da profissão religiosa? (...) Quereis seguir a Cristo pelo caminho da perfeição e, para isso, viver em castidade por amor do reino dos céus, abraçar a pobreza voluntária, e oferecer-vos em obediência? (...)

Olhai, Senhor, para estes vossos servos, que hoje, professando os conselhos evangélicos perante a Igreja, desejam consagrar-Vos a vida, e concedei-lhes que, pelo seu modo de viver, glorifiquem o vosso nome e sirvam o mistério da redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.”

Questionamento/interpelação

Que interpelação lhe fazem a família carmelita e a missão que realiza na Igreja, no tocante à fidelidade à sua vocação?

Mensagem dos Santos

“Penso que, se hoje não existem vocações, ou se elas escasseiam, isto depende em parte do fato de que há demasiada riqueza, demasiado bem-estar, um nível demasiado alto não somente nas famílias, mas também na vida religiosa”. (Santa Teresa de Calcutá).

*O Retiro aconteceu na Casa de Retiros São José, em Belo Horizonte- MG. De 24-28 de julho-2017.

É um papa de olhar carrancudo, com um sorriso de sombrio desapontamento, aquele que, na manhã de sábado, 4 de fevereiro de 2017, olha para os romanos. Alguns bairros da capital estão cobertos de cartazes anônimos e ilegais. Nos murais, uma longa frase: “A France’, hai commissariato Congregazioni, rimosso sacerdoti, decapitato l’Ordine di Malta e i Francescani dell’Immacolata, ignorato Cardinali... ma n'do sta la tua misericordia?” [Ah, Chico, supervisionaste Congregações, removeste sacerdotes, decapitaste a Ordem de Malta e os Franciscanos da Imaculada, ignoraste Cardeais... mas onde está a tua misericórdia?”]. Quem foi? Os suspeitos vão logo em uma direção: a direita clerical, inclinada à Tradição e, às vezes, ao fascismo. São os novos fariseus, aqueles para os quais a fé é apenas a árida Doutrina, com maiúscula. A reportagem é de Fabrizio D’Esposito e Carlo Tecce, publicada por FQ Millennium, do jornal Il Fatto Quotidiano, 25-07-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Foi o próprio Papa Francisco quem os definiu assim, no dia 13 de dezembro passado, durante a meditação matinal na capela de Santa Marta: “O clericalismo na Igreja é um mal feio que tem raízes antigas e sempre tem como vítimas o ‘povo pobre e humilde’: não por acaso que o Senhor repete aos ‘intelectuais da religião’ que pecadores e prostitutas os precederão no reino dos céus”.

Clericais como os fariseus do Sinédrio que condenaram Jesus, “homens de poder” que “tiranizam o povo instrumentalizando a Lei”. A Doutrina, justamente. O papado revolucionário de Francisco cercado por inimigos: o mandato recebido do conclave para limpar a Cúria Romana dos tantos males mundanos (começando pela corrupção) provocou abalos. São muitos os “corvos”, novos e velhos, de batina ou não, que remam contra Bergoglio para forçá-lo a renunciar.

Em quase cinco anos, sobre ele, choveu de tudo: a farsa do tumor no cérebro; o segundo ato do Vatileaks; a retumbante revolta dos cardeais conservadores sobre as aberturas aos divorciados; aqueles cartazes anônimos e as orações para fazê-lo renunciar; a constante campanha de alguns meios de comunicação de direita e as resistências da Cúria Romana sobre as reformas econômicas.

Para encontrar um precedente desse tipo, é preciso voltar a mais de meio século atrás, com Paulo VI. O Papa Montini, sucessor de João XXIII, foi o epicentro do confronto pesado que se jogou sobre outra revolução: a do Concílio Vaticano II e que marcou uma divisão entre clericais e progressistas.

O Papa Roncalli morreu durante o Concílio, em 1963, e coube a Paulo VI continuar a sua obra. O peso daqueles tempos terríveis, nove anos depois, manifestou-se em uma frase montiniana que passou para a história. Ele a pronunciou no dia 29 de junho de 1972, solenidade dos Santos Pedro e Paulo, padroeiros de Roma: “A partir de alguma fissura, a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus”.

Na época, porém, não havia a web e as redes sociais como hoje. E também por isso a batalha antifranciscana ressoa difusamente.

Voltemos ao dia 4 de fevereiro passado. O primeiro a simpatizar com os cartazes foi o historiador Roberto de Mattei, ex-conselheiro de Gianfranco Fini e animador da Fundação Lepanto. Em um artigo do dia anterior no site Corrispondenza Romana, a agência de informação que ele dirige, De Mattei antecipou as acusações contra Bergoglio que apareceriam nos muros romanos depois de algumas horas.

No dia 5 de fevereiro, depois, no jornal Il Tempo, o próprio De Mattei exalta e desclassifica os cartazes como “pasquinada” e “pungente protesto em dialeto romano”. O historiador da direita tradicionalista também se orgulha de ser um devoto discípulo do professor Plínio Corrêa de Oliveira, mais conhecido como o “doutor Plínio”, pensador católico antidemocrático e contrarrevolucionário.

Falecido em 1995, o brasileiro “doutor Plínio” promoveu a associação TFP, Tradição, Família e Propriedade, da qual nasceram os Arautos do Evangelho. Em meados de junho, o presidente dos Arautos do Evangelho renunciou do seu cargo por causa de uma investigação iniciada pelo Vaticano. Ele se chama João Scognamiglio Clá Dias.

Em um vídeo divulgado pelo site Vatican Insider, Monsenhor Clá relata a 60 sacerdotes a transcrição de um diálogo particular: entre um padre e um demônio durante um exorcismo. A reunião é de fevereiro de 2016, depois da peregrinação de Bergoglio ao México. O diabo, de acordo com o monsenhor Clá, está entusiasmado com Francisco: “Ele é meu, é meu, ele faz tudo o que eu quero, ele é um estúpido. Ele me obedece em tudo, ele ama minha glória, ele ama a honra. Não importa o que for, ele está disposto a fazer por mim. Ele é um estúpido, é uma alma estúpida. Ele me serve”. Os sacerdotes que escutam, riem convencidos.

Continua o demônio através da boca do chefe dos Arautos do Evangelho: “O papa vai morrer, ele vai escorregar e vai cair no Vaticano. O doutor Plinio está incentivando a morte do papa”.

Sob ataque

A guerra contra Francisco foi deflagrada em meados de 2015. Era o dia 21 de outubro quando o jornal Quotidiano Nazionale disparou uma farsa surpreendente: “Papa tem um tumor no cérebro”. Dez dias depois, em seguida, a Gendarmeria vaticana desmascarou os corvos do Vatileaks 2: um monsenhor espanhol que se chama Lucio Angel Vallejo Balda e uma estonteante mulher de 30 anos chamada Francesca Imaculada Chaouqui.

Desde então, o fronte anti-Bergoglio, que nos sites da direita tradicionalista é ridicularizado como um novo Lutero, uma espécie de antipapa escolhido pelo demônio em vez do Espírito Santo, é fortalecido por outros ataques, também de natureza teológica.

Uma fonte que frequenta a Casa Santa Marta conta à FQ Millennium: “Francisco está muito sereno e seguirá em frente na sua obra de limpeza e de renovação. A renúncia? Ele nunca pensou nisso, a menos que...”. A frase se interrompe. As reticências encobrem um tom, de repente, preocupado.

“A menos quê?”, perguntamos. “A menos que haja um escândalo enorme que invista contra alguma figura que goza da sua confiança. Veja, Francisco é, sim, desconfiado, mas, muitas vezes, escolhe por impulso, confiando no seu instinto, e algo pode dar errado.”

A renúncia, portanto, é o verdadeiro objetivo daqueles que, na Igreja, combate esse papa que veio “do fim do mundo”. As semelhanças com o primeiro Vatileaks são várias, mas a ratio é diferente.

O escândalo que marcou o fim do pontificado teutônico de Joseph Ratzinger começou no início 2012. O corvo da época, o mordomo “papal” Paolo Gabriele, agiu com boas intenções. Objetivo: trazer à tona as intrigas do círculo mágico relacionado com o famigerado cardeal Tarcisio Bertone e o ambicioso Georg Gänswein, e tentar salvar Bento XVI.

Mas o deslize sobre os negócios do IOR, o banco chamado de Instituto para as Obras de Religião, e sobre o poder temporal da Cúria tornou-se avalanche. Um ano depois, no dia 11 de fevereiro de 2013, Bento XVI anunciou a sua renúncia ao ministério petrino “por causa da idade avançada”.

Alguns meses antes de deixar o Palácio Apostólico, Ratzinger nomeou Gänswein prefeito da Casa Pontifícia. Por educação cristã, Bergoglio não o removeu. Mas, com uma tática, ousaríamos dizer, muito democrata-cristã, ele o deixou no dolce far niente de um cargo esvaziado pela presença discreta de Leonardo Sapienza, o governante da Casa Pontifícia. Cada dia de Francisco é supervisionado por Sapienza, não por Gänswein. Quando Bergoglio pretende se livrar de uma presença incômoda, ele sugere voltar para casa, no mínimo em oração, e abandonar a vida surreal da cidade-Estado.

A Bertone, o cardeal que mora em um apartamento do Vaticano reformado com o dinheiro do Hospital Bambino Gesù, Francisco aconselhou que passe os últimos período concedidos pelo Senhor em Valdocco, casa-mãe de Dom Bosco, o verdadeiro lar de um verdadeiro salesiano.

Para Gänswein, ao contrário, como confirmado por dois importantes prelados à FQ Millennium, Bergoglio previu uma diocese na Alemanha: “Mas os bispos alemães concordam?”, pergunta retoricamente um colaborador de Bergoglio. Não, é claro que não. Os alemães, liderados pelo cardeal progressista Reinhard Marx, preferem que Gänswein fique em Roma ao lado do seu amigo Gerhard Ludwig Müller.

O nome de Müller é sempre citado pelos biógrafos de Bergoglio para indicar um acérrimo inimigo que dominava a partir do Santo Ofício, a atual Congregação para a Doutrina da Fé. Müller é contraposto ao idoso cardeal Walter Kasper, que compartilha plenamente as aberturas de Bergoglio aos divorciados, aos homossexuais, aos últimos da sociedade, aos quais as portas do Senhor não devem ser fechadas na cara.

Velhos e novos inimigos

Para alimentar o confronto totalmente alemão e totalmente papal, defende-se que Müller é um pupilo de Ratzinger. Na realidade, Bento queria enviá-lo para o Arquivo Secreto vaticano, rodeado pelos livros, certamente, mas inócuo. Ao contrário, Müller ansiava por ressaltar os seus dissabores em relação à Secretaria de Estado, onde Bergoglio colocou o ex-núncio Pietro Parolin, determinante para aumentar o papel do Vaticano no exterior, da resolução de paz na Colômbia com as Farc ao retorno dos Estados Unidos à Cuba ainda castrista.

Francisco e o cardeal Müller

Algumas semanas atrás, Müller convocou ao seu escritório quatro assistentes no predicado de receber uma promoção da Secretaria de Estado, que, porém, concedeu apenas duas. Por decoro, geralmente, informam-se os promovidos e não os rejeitados, mas o alemão trabalhou para agravar as distâncias, não para debelar os ressentimentos. Na Secretaria de Estado, porém, especialmente entre as segundas hierarquias, “uma aglomeração do clero com os leigos que seguem e executam” (citação de uma fonte nossa), encalham-se as iniciativas do Papa Francisco. Como a seção Migrantes e Refugiados do dicastério para o Serviço ao Desenvolvimento Humano Integral, que Bergoglio instituiu há alguns meses, pondo no centro o símbolo da piedade no mar, um colete salva-vidas laranja.

O movimento perpétuo de desistência dentro da Cúria também sancionou o maior fracasso do pontificado: a reforma da economia com a bússola da transparência. O cardeal George Pell, enfraquecido pela acusação de ter encoberto abusos na sua ex-diocese na Austrália, tinha que liderar a bolsa do Vaticano na Secretaria para a Economia, mas se encontrou alvejado pelas revelações da investigação australiana, dos livros do Vatileaks 2, que esboçaram o perfil de um gastador com tendência ao luxo, dominado pelo colega Domenico Calcagno, resíduo da época de Bertone, chefe da riquíssima APSA, o órgão que administra o patrimônio da Sé Apostólica.

Cardeal Pell e Francisco

Pell limitou-se à “compilação da folha de pagamento”, como repetem as nossas fontes, e não condicionou as estratégias de Calcagno, um cardeal da Ligúria colecionador de pistolas. Para conter Calcagno, em meados de 2013, Bergoglio enviou à APSA o Mons. Mauro Rivella, delegado para a seção ordinária da estrutura: “Eu espero que haja alguém honesto lá”, suspira um expoente da Cúria próximo de Francisco.

Outro aspecto desse confronto é muito recente. Com um comunicado de três linhas, no dia 20 de junho, o Vaticano anunciou a demissão de Libero Milone, nomeado há dois anos como auditor-geral das contas pelo Papa Francisco.

Milone fracassou: não conseguiu coordenar e sondar as despesas da cidade-Estado, como prova dos contrastes incuráveis entre a Secretaria para a Economia de Pell e a APSA de Calcagno. Depois da denúncia de Milone pela violação do seu computador no escritório vaticano, foi iniciada a investigação dos gendarmes que resultou no Vatileaks 2. Agora, o adeus do ex-chefe da Deloitte pode muito bem se tornar o prólogo do Vatileaks 3.

O emaranhado do antibergoglismo também se apoia em sites, blogs e jornais como Libero, Il Giornale, Il Tempo e Il Foglio. E reúne assinaturas de autoridade, horrorizadas com o novo curso franciscano em matéria de Doutrina e Liturgia: o escritor Antonio Socci; os vaticanistas Sandro Magister, Marco Tosatti e Aldo Maria Valli; outros ensaístas e colunistas como Riccardo Cascioli, Vittorio Messori e Rino Cammilleri.

Os pontos de referência dessa galáxia minoritária são os quatro cardeais que redigiram as fatídicas Dubia, plural latino de dúvidas. Os seus nomes, em ordem alfabética: Walter Brandmüller, Raymond Leo Burke, Carlo Caffarra e Joachim Meisner.

As Dubia foram entregues a Francisco no dia 19 de setembro de 2016 e contestam, fundamentalmente, as aberturas aos divorciados em segunda união por parte da Amoris laetitia, a exortação apostólica que Bergoglio publicou depois do Sínodo sobre a família. O papa nunca respondeu, e, em janeiro deste ano, o cardeal Burke até ameaçou um ato formal de correção do grave erro do pontífice. Para Burke, o Papa Francisco pode até ser acusado de “heresia formal”, que o faria decair automaticamente do ministério petrino.

Renúncia, decadência, morte. São as estradas percorridas por aquela Igreja que quer se livrar de Bergoglio.

A esperança da morte volta nas palavras de Dom Luigi Negri, ex-bispo de Ferrara. No dia 28 de outubro de 2015, em um trem Frecciarossa que partiu da estação de Roma Termini, o prelado está ao telefone com Renato Farina, assinatura do Comunhão e Libertação no jornal Libero, que colaborava com o Sismi de Nicolo Pollari, com o pseudônimo de “Betulla”.

Dom Luigi Negri, ex-arcebispo de Ferrara

Esta é a frase de Dom Negri: “Esperamos que, com Bergoglio, Nossa Senhora faça o milagre como fez com o outro”. O outro é João Paulo I, Papa Luciani, que morreu em 1978 depois de apenas 33 dias de pontificado.

Os contrastes com os Cavaleiros

Raymond Burke é um estadunidense do Wisconsin, que se tornou o antipapa dos tradicionalistas. Diz outro prelado renomado consultado pela FQ Millennium: “Burke é um personagem folclórico. Na realidade, entre os cardeais das Dubia, o único que tem uma certa densidade teológica é Caffarra, arcebispo emérito de Bolonha”.

Francisco e o cardeal Burke

Bento XVI nomeou Burke como chefe da Signatura Apostólica, o supremo tribunal da Santa Sé. Francisco o removeu, aposentando-o com uma cadeira supermundana: patrono da Ordem de Malta.

Os famosos Cavaleiros têm mais de dez séculos de história. Eles nasceram com as Cruzadas em Jerusalém. Hoje, a Ordem é um gigante da diplomacia humanitária: tem relações oficiais com mais de 100 Estados e, nas Nações Unidas, tem o status de observador permanente. A sede do governo é no Palácio Magistrale, na rua mais rica do centro de Roma, na Via dei Condotti. Mas o coração pulsante da Ordem bate no Aventino, entre as colinas mais belas e exclusivas da capital italiana: Villa Magistrale, onde o Grão-Mestre recebe oficialmente chefes de Estado e representantes de governos.

E foi dos Cavaleiros de Malta, sob a direção de Burke, que partiu outro desafio para Bergoglio, no fim de 2016. A partir da antiga confidencialidade da Ordem, vaza uma notícia importante: o Grão-Mestre Fra’ Matthew Festing, inglês, suspendeu do cargo de Grão-Chanceler o barão alemão Albrecht von Boeselager.

Von Boeselager, Fra’ Festing e Francisco

A cúpula dos Cavaleiros está estruturada como um governo. O Grão-Mestre é eleito de forma vitalícia e é o líder absoluto. O Grão-Chanceler, ao contrário, combina as funções de ministro do Interior e das Relações Exteriores. A culpa de Von Boeselager remonta a quando ele geria as imponentes ajudas de saúde, como Grão-Hospitalário. Durante o seu mandato, foram distribuídos preservativos em zonas do mundo devastadas pela Aids, em vários Estados africanos e asiáticos. Uma culpa grave. Os Cavaleiros de mais alto grau devem, por constituição, ser nobres e religiosos professos, isto é, ter feito a profissão dos votos solenes de castidade, pobreza e obediência.

Von Boeselager é considerado um católico liberal. O seu pai, Philipp, em julho de 1944, esteve entre os militares conspiradores da Operação Valquíria, a tentativa fracassada de derrubar o regime de Hitler. O irmão de Albrecht, porém, chamado Georg, foi nomeado por Francisco no conselho leigo do IOR.

Depois da suspensão, o Papa Bergoglio abriu um inquérito sobre a Ordem. A primeira decisão surpreendente abalou os Cavaleiros no fim de janeiro. A comissão de inquérito desejada pelo pontífice chegou a duas conclusões: Von Boeselager devia voltar a ser o Grão- Chanceler, e Fra’ Festing devia renunciar como Grão-Mestre. À espera do “conclave” para o sucessor, a Ordem foi confiada a um tenente interino e a um delegado especial da Santa Sé.

Mas a guerra continuou, alimentada também por Burke. A virada final, não sem outras surpresas, chegou no fim de abril. No dia 29, foi eleito o novo líder. Não um Grão-Mestre, mas, como sugerido pelo próprio pontífice, um tenente geral: o italiano Fra’ Giacomo Dalla Torre del Tempio di Sanguinetto. Em Roma, apesar da explícita proibição do Vaticano, também se apresenta Fra’ Festing. Ele quer se candidatar novamente. Esta é a primeira vez, em mil anos de história, que um Cavaleiro não obedece ao pontífice.

O mandato do novo tenente é o de reformar a Ordem. Os Cavaleiros orgulham-se de um patrimônio astronômico: 1,7 bilhão de euros. E, à rixa interna entre alemães e ingleses, está relacionado o caso de uma polêmica doação de 30 milhões de francos suíços por parte de um truste de Genebra. Dinheiro de origem misteriosa que é investigado pela magistratura suíça por peculato.

Bisignani e o “tumor”

Nos ambientes clericais dos fariseus de direita, a derrota sofrida na Ordem de Malta é percebida como mais um golpe fracassado contra Bergoglio. É a mesma partitura que os conservadores tocam já desde meados de 2015, quando foi divulgada a farsa do tumor no cérebro de Francisco e evocou-se pela primeira vez a morte salvífica do pontífice.

Nas páginas do Avvenire, jornal oficial da Conferência Episcopal Italiana, foi até o diretor Marco Tarquinlo que indicou a fonte do boato: “Apesar de qualquer imundície que é esterilmente posta em circulação, o caminho da Igreja prossegue. (...) Podemos dizer? Sim, digamo-lo: somos simples e somos franciscanos, não ‘bisignani’”. Escrito com desprezo com minúscula, como um substantivo e não como um sobrenome,

Tarquinio se refere a Luigi Bisignani, negociador com duas condenações definitivas, pelo caso de propina da Enimont que transitou sobre as contas do IOR e pela loja paramaçônica P4.

Aluno reconhecido de Licio Gelli, venerável da loja P2, o condenado Bisignani, de simples office-boy andreottiano, na Primeira República, tornou-se um dos homens mais poderosos e invisível do berlusconismo, graças ao seu antigo vínculo com Gianni Letta.

Entre o negociador e a farsa, há um indubitável fio japonês: o oncologista Takanori Fukushima, que Bisignani conhece por histórias familiares. Fukushima teria visitado o papa, como vazou, mas não é nada verdade, e o médico teria até modificado uma foto dele que o mostra na companhia de Bergoglio. Como especialista em técnicas de despistatórias e membro da loja P4 e do Partido Democrático, ele tentou também culpar, sem sucesso, Joaquín Navarro-Valls, ex-porta-voz de João Paulo II e poderoso membro do Opus Dei, de ser o propagador da falsa notícia. E o fez com um artigo no Il Tempo, jornal muitas vezes no centro da batalha contra o bergoglismo.

Aquilo que aconteceu dez dias depois, no início de novembro, fornece um quadro mais claro: a Gendarmeria vaticana prende o Mons. Lucio Angel Vallejo Balda e a relações-públicas Francesca Immacolata Chaouqui, que, dentre outras coisas, orgulha-se de ser amiga de Marco Carrai, fidelíssimo d Matteo Renzi.

Francesca Immacolata Chaouqui e Mons. Balda

Ambos, o monsenhor e a relações-públicas, fazem parte da Cosea, a comissão-símbolo da renovação de Francisco para as finanças, e são acusados de ter fornecido a dois jornalistas, Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi, documentos confidenciais.

Também desta vez entrevê-se a sombra sinistra de Bisignani. O Mons. Balda o acusa de ser “o chefe” de Chaouqui, sic et simpliciter. Os inquéritos são dois: um vaticano, o outro, italiano, depois transferido de Terni para Roma e ainda não encerrado. No fundo, emerge o eterno perfil da maçonaria católica e da obscura nobreza papal, inclinada à Tradição.

Chaouqui ostenta credenciais recebidas da condessa Marisa Pinto Olori del Poggio, Sua Excelência Dama Grã-Cruz de Justiça da Sacra Ordem Militar Constantiniana de São Jorge. A condessa foi vice-presidente da Fundação Jerusalém, quando esta era liderada por Giancarlo Elia Valori, administrador e outra divindade da maçonaria católica inscrito no Grande Oriente da Itália, a maior obediência italiana, e na loja desviada da P2.

É um mundo que quer resistir à revolução franciscana de Bergoglio. O próprio Bisignani, na era Ratzinger, foi publicamente reconhecido como “grande amigo” de Marco Simeon.

Dom Carlo Maria Viganò, em uma feroz carta a Bento XVI, descreveu Simeon como símbolo do lobby gay protegido pelo cardeal Bertone. Textualmente.

O processo vaticano condenou Balda a 18 meses e Chaouqui a 10. Dois anos depois, o monsenhor voltou à sua nativa Espanha, mas as nossas fontes relatam tê-lo visto novamente na Itália, envolvido na organização de uma fundação. Além disso, o sacerdote deveria ser removido da ordem clerical.

A FQ Millennium contatou a advogada de defesa de Balda, Emanuela Bellardini, da Rota Romana, que se recusou a confirmar ou não as duas notícias. Chaouqui abriu uma pequena empresa de comunicação e escreveu um livro sobre o caso. Em uma entrevista ao jornal Il Fatto Quotidiano, ela aludiu andreottianamente a outros documentos exclusivos guardados em um cofre.

Bisignani, por fim, embora expulso da ordem dos jornalistas, continua escrevendo sobre Bergoglio no jornal Il Tempo. Esperando por um dramático cisma na Igreja.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Bogotá (RV) – A Igreja na Colômbia manifestou seu pesar pelo assassinado do Padre Diomer Eliver Chavarría Pérez, morto no exercício da sua missão na madrugada entre 27 e 28 de julho em Puerto Valdivia, no departamento de Antioquia.

Num comunicado publicado no site da Conferência Episcopal Colombiana, o Bispo da Diocese de Santa Rosa de Osos, Dom Jorge Alberto Ossa Soto, anunciou a morte “com profunda dor”.

Rejeição à violência

As causas do homicídio ainda devem ser esclarecidas. A região é frequentada pelo guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional e por grupos criminosos.

“Rezemos pela conversão dos seus assassinos e rejeitamos todas as formas de violência que ameaçam a vida e a dignidade das pessoas”, lê-se ainda no comunicado no site dos Bispos.

Cinco anos de sacerdócio

Nascido em Gomez Plata em 27 de julho de 1986, Padre Diomer Eliver Chavarría Pérez foi ordenado sacerdote em 19 de março de 2012 por Dom Jorge Alberto Ossa Soto. 

Fonte: http://br.radiovaticana.va

Comentário do Frei Petrônio de Petrônio, Padre Carmelita e Jornalista/RJ.

Como compreender o Evangelho do 17º Domingo do Tempo Comum (Mt 13, 44-52) na era digital e da lucratividade da religião? Hoje, o nome JESUS, DEVOÇÃO, NOSSA SENHORA... É rentável, gera lucro... Escolher o reino, digo, a vocação sacerdotal ou religiosa é muitas vezes- quase sempre- ter o futuro garantido em uma ordem religiosa, comunidade de vida, diocese, arquidiocese ou congregação. E como não falar dos Padres e Pastores midiáticos PopStar que, em nome de Jesus- e da religião- tem a sua lucratividade diária? Aliás, alguns (as) são patrocinados pela grande mídia ou pela “TV Católica” que constroem verdadeiros impérios da comunicação em nome de Jesus Cristo. E mais! O que dizer de algumas instituições que em nome dos pobres e de Jesus Cristo aumentaram a sua conta bancária? Será de fato o Jesus do Evangelho desse domingo?  Para não radicalizar, acho que a palavra VALOR é o caminho para o olhar desse domingo. Mesmo sabendo que o JESUS DE HOJE GERA LUCRO, usamos dos bens adquiridos EM NOME DE JESUS para construir pontes onde os marginalizados e esquecidos da sociedade possam passar ou construímos muros?     

Quais são os nossos valores?

A liturgia deste domingo convida-nos a refletir nas nossas prioridades, nos valores sobre os quais fundamentamos a nossa existência. Sugere, especialmente, que o cristão deve construir a sua vida sobre os valores propostos por Jesus.

A primeira e mais importante questão abordada neste texto é a das nossas prioridades. Para Mateus, não há qualquer dúvida: ser cristão é ter como prioridade, como objetivo mais importante, como valor fundamental, o Reino.

O cristão vive no meio do mundo e é todos os dias desafiado pelos esquemas e valores do mundo; mas não pode deixar que a procura dos bens seja o objetivo número um da sua vida, pois o Reino é partilha. O cristão está permanentemente mergulhado num ambiente em que a força e o poder aparecem como o grande ideal; mas ele não pode deixar que o poder seja o seu objetivo fundamental, porque o Reino é serviço.

O cristão é todos os dias convencido de que o êxito profissional, a fama a qualquer preço são condições essenciais para triunfar e para deixar a sua marca na história; mas ele não pode deixar-se seduzir por esses esquemas, pois a realidade do Reino vive-se na humildade e na simplicidade.

O cristão faz a sua caminhada num mundo que exalta o orgulho, a auto-suficiência, a independência; mas ele já aprendeu, com Jesus, que o Reino é perdão, tolerância, encontro, fraternidade… O que é que comanda a minha vida? Quais são os valores pelos quais eu sou capaz de deixar tudo? Que significado têm as propostas de Jesus na minha escala de valores?

Comentário de Johan Konings, SJ

Renunciar não está na moda, é contrário à economia do mercado, ao consumo irrestrito... O Evangelho, porém, mostra a atualidade eterna da renúncia. E para entender isso melhor, a liturgia nos lembra primeiro o exemplo de Salomão. Quando Deus o convidou para pedir o que quisesse, ele não escolheu poder e riqueza, mas, sim, sabedoria, para julgar com justiça (1ª leitura).  

Comentário de Enzo Bianchi, Monge italiano fundador da Comunidade de Bose.

A parábola é simples, muito compreensível, porque “a outra coisa” significada pelo tesouro é justamente o reino dos céus, a única realidade que justifica a venda de tudo o que se tem para poder tomar parte nele, como Jesus afirma mais adiante, dirigindo-se a um jovem rico: “Vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me” (Mt 19, 21). Do mesmo modo, aqui Jesus revela ao ouvinte da época, assim como a nós hoje, que o reino de Deus é o tesouro que não tem preço, e, justamente por isso, a fim de adquiri-lo, é preciso se despojar de todos os bens, as riquezas, as propriedades.

De fato, se estas são uma presença na vida do ser humano e reinam sobre ele, impedem precisamente que Deus reine (Mt 6, 24: “Não podeis servir a Deus e a riqueza”. Além disso, ainda no Sermão da MontanhaJesus tinha advertido com clareza: “Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e roubam. Ajuntem riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam. De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração” (Mt 6, 19-21).

Comentário de Ana Maria Casarotti, Missionária de Cristo Ressuscitado.

No encontro que Francisco teve no ano de 2016 com 200 pobres, deficientes e doentes na Sala Paulo VI, assegurou-lhes que eles são o tesouro da Igreja. Exortou-os a “conservar a coragem e, em meio à angústia, conservar a alegria e a esperança”. “Estejam seguros de que a provação e o sofrimento não durarão para sempre, porque nós acreditamos em um Deus que repara todas as injustiças, que consola todas as penas e sabe recompensar aqueles que confiam Nele”. “O tesouro da Igreja são os pobres, disse o diácono romano São Lorenzo”, afirmou o Papa de maneira improvisada. É “uma missão que somente vocês, desde sua pobreza, serão capazes de realizar”. 

São Lorenzo e o tesouro da Igreja: Uma história piedosa.

No ano 257, (século III), num dos tempos das perseguições do Império Romano, o imperador Valeriano decretou a perseguição aos cristãos. E, a 6 de agosto do ano seguinte, o Papa Sisto II foi detido e decapitado, juntamente com quatro dos seus companheiros diáconos, com exceção de Lourenço, diácono. De acordo com a tradição, quando Sisto era conduzido ao local da execução, Lourenço ia junto a ele e chorava, clamando:  “Aonde vai sem o seu diácono, pai?”. O Pontífice respondeu-lhe que não o abandonava e que, dentro de três dias, o diácono teria igual sorte.

Após a execução de Sisto, o imperador intimou, através do prefeito Cornelius Saecularis, a Igreja a declarar as suas riquezas. Chamado à presença do prefeito, Lourenço solicitou um prazo, passado o qual tudo entregaria, mas adiantando que a Igreja era muito rica e que a sua riqueza ultrapassava a do imperador. O prefeito concedeu um prazo de 3 dias. E Lourenço reuniu os cegos, coxos, aleijados, toda a sorte de enfermos, as crianças e os idosos – enfim, as pessoas que eram auxiliadas pela Igreja e os fiéis cristãos – e anotou-lhes os nomes.

Passado o prazo imperialmente prescrito, Lourenço levou ao imperador aqueles nomes e um conjunto significativo daquela ordem de pessoas e gritou a frase que lhe valeu a morte: “Estes são o tesouro da Igreja”. Furioso e indignado, o imperador mandou prendê-lo para ser queimado vivo em cima de uma grelha sobre um braseiro ardente. A tradição diz que o mártir conservou o seu bom humor, mesmo durante a execução, dizendo aos verdugos: “podeis virar-me agora, pois este lado já está bem assado”.

Diz Santo Agostinho que o grande desejo que Lourenço tinha de se unir a Cristo fez com que esquecesse os tormentos da tortura e que Deus operou muitos milagres em Roma por sua intercessão. (LEIA A REFLEXÃO NA ÍNTEGRA. CLIQUE AO LADO- EVANGELHO DO DIA)

Nota de Esclarecimento

Na manhã de ontem, 25 de julho, a  Assessoria de Imprensa da Diocese de São Carlos, publicou um comunicado no qual informava a todos a excomunhão de dois padres e da suspensão de outro.

Para o bem da igreja e a unidade entre os homens e mulheres de bem, vimos esclarecer alguns pontos que do comunicado de ontem, 25.

Embora o termo seja forte é preciso ser visto em sua amplitude. Excomunhão é um termo técnico da instituição Igreja Católica Apostólica Romana que, como o próprio termo diz (ex – comunhão), significa estar fora da comunhão com a Igreja.

A causa que resultou na consequência da excomunhão dos dois padres foi o fato de se ausentarem da função de padres da Igreja Católica Apostólica Romana, vinculando-se a uma denominação confessional ortodoxa.

De acordo com as atitudes destes padres o Código de Direito Canônico (cân. 1364) prevê a  excomunhão latae sententiae , ou seja, “automática”, mas para ser pública e ter efeitos externos deve ser “declarada”, desta forma, oficialmente reconhecida.

Informamos, ainda, que os padres contraíram o casamento, incorrendo no delito de concubinato de acordo com o Código de Direito Canônico (cân. 1394-1395).

Em vista disto, os padres estão totalmente afastados, oficialmente, de seus ofícios, sendo impedidos de presidir ou concelebrar quaisquer sacramentos e/ou sacramentais (Cân 1336 §1, nº 1,2 e 3), se o fizer será sem a autoridade e a comunhão apostólica, sem o devido reconhecimento da Igreja Apostólica Romana.

Pe. Alexandre da Silva Pera se ausentou de suas funções na Igreja Católica Apostólica Romana no ano de 2011 e Pe. José Eduardo Firmino a partir agosto de 2015.

De forma alguma a Igreja quer promover a discórdia e a disputa com outras denominações religiosas, apenas se fez necessário comunicar, tal como ontem publicamos, para que os fiéis tenham ciência de que estes padres não ministram mais sacramentos e/ ou sacramentais em nome da Igreja Católica Apostólica Romana. De igual forma, o objetivo não é diminuir as pessoas envolvidas, nem, tampouco, condená-las socialmente, esta decisão os deixa livres para realizarem suas escolhas e seguirem seus caminhos.

A preocupação pastoral do Bispo Diocesano, juntamente com o Governo da Diocese, os leva a tornar público aos seus fiéis quais padres exercem seu ministério em nome da Igreja Católica Apostólica Romana, evitando confusões e equívocos. O decreto de excomunhão se encontra arquivado em nossa Cúria Diocesana com cópia enviada aos referidos padres.

Nosso Setor de Assessoria e Imprensa se coloca a disposição para o esclarecimento de quaisquer dúvidas advindas desta declaração. Nosso telefone: (16) 3362-4480 – ramal 4426; nosso e-mail: comunicaçãEste endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Para eventuais dúvidas canônicas nosso Tribunal Eclesiástico se coloca à disposição para esclarecê-las através do telefone: (16) 3362-4480 – ramal 4484; e-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Padre Robson Caramano

Assessor de Imprensa da Diocese de São Carlos

Fonte: http://www.noticiasdofront.com.br

Dois padres teriam se ausentado de suas funções na Igreja em 2011 e 2015

Após emitir um comunicado de que dois padres teriam sido excomungados e outro suspenso da Igreja Católica pela Diocese de São Carlos, a assessoria de imprensa da Diocese publicou um comunicado nesta quinta-feira (27) esclarecendo os motivos da decisão. De acordo com o texto, o padre Alexandre da Silva Pera se ausentou de suas funções na Igreja Católica Apostólica Romana em 2011 e o padre José Eduardo Firmino em 2015.

Segundo a nota, embora o termo “excomunhão” seja forte, ele diz respeito apenas à estar fora da comunhão com a Igreja. “A causa que resultou na consequência da excomunhão dos dois padres foi o fato de se ausentarem da função de padres da Igreja Católica Apostólica Romana, vinculando-se a uma denominação confessional ortodoxa”, explicou o texto.

A Igreja afirma que os padres teriam se casado, o que configura um delito de concubinato de acordo com o Código de Direito Canônico. Por conta disso, os sacerdotes estão oficialmente afastados e impedidos de presidir ou celebrar quaisquer sacramentos e sacramentais. Caso eles o façam, isso acontecerá sem a autoridade e a comunhão apostólica e sem o devido reconhecimento da Igreja Apostólica Romana.

“De forma alguma a Igreja quer promover a discórdia e a disputa com outras denominações religiosas, apenas se fez necessário comunicar, tal como ontem publicamos, para que os fiéis tenham ciência de que estes padres não ministram mais sacramentos e/ ou sacramentais em nome da Igreja Católica Apostólica Romana. De igual forma, o objetivo não é diminuir as pessoas envolvidas, nem, tampouco, condená-las socialmente, esta decisão os deixa livres para realizarem suas escolhas e seguirem seus caminhos”, afirmou o comunicado. Fonte: www.acidadeon.com

Um cisma na Igreja Católica na Diocese de São Carlos. Dois padres foram excomungados. A pagina oficial da diocese publicou que os padres Alexandre Pêra e José Eduardo Firmino, estão fora da Igreja. Já padre Mario Donizete Floriano Teixeira foi suspenso das suas funções.

A carta da diocese afirma que Padre Alexandre Pera (que exercia as funções em Araraquara) e Padre José Eduardo Firmino (era padre em Jaú)  encontram-se fora dos caminhos da Igreja Católica Apostólica Romana e por isso estão impedidos de celebrar missas, fazer casamentos e ministrar todos os sacramentos.

O cisma se agrava com a suspensão do padre Mário Donizete (padre em Barra Bonita), que segundo a Diocese de São Carlos, acolheu o pedido de suspensão “por cautela” das funções sacerdotais do padre. Assim Padre Mario está impedido de exercer a sua função.

Uma discussão entre o padre Luiz Botelho e o padre Alexandre Pera chama a atenção. O bate boca acontece na página oficial da Diocese de São Carlos no Facebook. Pera escreveu: “QUE GRANDE BESTEIRA E PERCA DE TEMPO. SOU DA IGREJA ORTODOXA. NÃO PRECISO DO NOME DA IGREJA ROMANA E APÓS SAIR DA MESMA, NUNCA ME APRESENTEI COMO PADRE ROMANO. QUE FEIO A PALAVRA EXCOMUNGADO. …IDADE MÉDIA DE VOLTA OU NUNCA SAIU DA IGREJA. …DEUS ABENÇOE A DIOCESE DE SÃO CARLOS... E DEUS É POR NÓS, QUEM SERÁ CONTRA NÓS. …SÓ QUEM NÃO TEM O QUE FAZER…
A IGREJA ROMANA VIVE EM COMUNHÃO COM OS ORTODOXOS? SÓ O PAPA?

ESTOU COM O PAPA FRANCISCO”.

Rebatendo a postagem, o padre Luiz Botelho retrucou: “Quando você foi ordenado por que respondeu sim e jurou publicamente cumprir e obedecer as promessas e normas da Igreja Católica?

Luiz Botelho Será que agora você prega um Deus diferente daquele que a Igreja revelou à você? Porque “cuspir” no prato que muitas vezes saciou sua fome?  A Igreja não abandonou você, foi você que a desprezou e a abandonou. Igrejas têm plena comunhão com a Igreja Católica, mas não se trata disso. Você poderia ter verificado isso anteriormente, pedido para fazer essa “transição”, se fosse.o caso. Pena que você viveu esse tempo todo entre nós, estudou, pregou e não conheceu a riqueza dessa mãe Igreja que sustentou você. Uma pena”.

A discussão pública mostra uma fragilidade das relações. O Notícias do Front solicitou ao padre responsável pelo vicariato de Comunicação da Diocese uma entrevista com o bispo Dom Paulo Cezar e aguarda resposta. O Notícias do Front também entrou em contato, via facebook, com os padres excomungados e suspenso e aguarda posicionamento.

Fonte: http://www.noticiasdofront.com.br

Além deles, outro clérigo foi suspenso e impedido de exercer a função

Dois padres foram excomungados da Igreja Católica pela Diocese de São Carlos. Segundo um comunicado oficial, os padres Alexandre Pera (de Araraquara) e José Eduardo Firmino (de Jaú) “encontram-se fora da comunhão da Igreja Católica Apostólica Romana”. Além disso, o padre Mario Donizete Floriano Teixeira (de Barra Bonita) foi suspenso e está impedido de exercer a função de clérigo.

Segundo o comunicado, caso os padres Alexandre da Silva Pera e José Eduardo Firmino exerçam a condição de clérigos, os sacramentos realizados por eles serão considerados ilícitos e os matrimônios inválidos e ilícitos. Fonte: www.acidadeon.com

A Igreja celebra hoje a memória de São Joaquim e Sant’Ana, pais da Virgem Maria e avós de Jesus. Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”. Em razão desta data, comemora-se também o Dia dos Avós.

Ambos os santos, chamados padroeiros dos avós, foram pessoas de profunda fé e confiança em Deus. Segundo a tradição, o casal já estava com idade avançada e ainda não tinha filhos e a esterilidade causava sofrimento e vergonha, pois para o judeu não ter filhos era sinal da maldição divina. Joaquim e Ana que viviam uma vida de fé e de temor a Deus foram, então, abençoados com o nascimento de Maria.

“São Joaquim e Sant’Ana são representantes da fé que espera a realização das promessas de Deus, representam o povo da Antiga Aliança”, destaca o bispo de Santo André (SP) e presidente da Comissão Episcopal pastoral para Doutrina da Fé, dom Pedro Carlos Cipolini

Os Santos também são lembrados por terem educado Nossa Senhora no caminho da fé, alimentando seu amor pelo Criador e preparando-a para sua missão. Essa formação, influenciou profundamente na educação de Jesus.

Quando esteve no Brasil para a Jornada Mundial da Juventude em 2013, o Papa Francisco celebrou a data e destacou que “São Joaquim e Sant’Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo, ofereceu-o a nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé!”.

A festa de São Joaquim e Sant’Ana destaca a importância dos avós na vida da família, principalmente, na transmissão da fé que é essencial para qualquer sociedade. Os avós de Jesus ajudam a cultivar os valores da perseverança e confiança em Deus e também a nossa colaboração na obra da redenção.

Dom Cipolini destaca que São Joaquim e Sant’Ana são “fonte de inspiração na vida cotidiana pois nos ensinam a esperar o tempo de Deus”.

A princípio, apenas santa Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Só em 1913 a Igreja determinou que os avós de Jesus Cristo deviam ser celebrados juntos, no dia 26 de julho. É muito antiga a devoção a São Joaquim e Sant’Ana, sobretudo no Oriente. A liturgia de São João Crisóstomo refere-se a eles como “os santos avós de Deus: Joaquim e Ana”. Fonte: cnbb.net.br

Na última sexta-feira (21) foi realizado o debate “Evangélicos, Igrejas Evangélicas e Política”, que fez parte do ciclo de conversas Novos Fenômenos da Realidade Política, promovido pela Fundação Perseu Abramo (FPA), Friedrich Ebert Stiftung (FES) e Instituto Pólis. A reportagem é de Marcelo Santos, publicada por Rede Brasil Atual, 23-07-2017.

Foram apresentados no evento alguns resultados da pesquisa sobre políticas elaborada durante a Marcha para Jesus, realizada em 15 de junho, em São Paulo. “A nossa hipótese de partida é de que existia um descolamento do campo evangélico religioso do campo evangélico político” explicou a pesquisadora Esther Solano, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo ela, apesar de a bancada evangélica no Congresso Nacional ser expressivamente neoliberal e a favor do Estado Mínimo, a imensa maioria dos adeptos da linha religiosa é contra as reformas defendidas pelo atual governo.

Entre os 527 entrevistados que participaram da pesquisa, feita por meio de questionário com perguntas fechadas, a maior parte (66%) afirmou não ter preferência de linha política, seja de esquerda, centro ou direita. Sobre os partidos, 81,6 % afirmaram não possuir preferência partidária. Quando a pergunta foi se eram identificados como conservadores, 45% se identificaram como ‘muito conservadores’ e 34% como ‘pouco conservadores’.

Esther ainda destacou que quando questionados se confiavam nos partidos, apenas 7% disse confiar no PSDB, e 6% no PT. “Os partidos que teoricamente representam os evangélicos, como no caso do PSC, que tem o pastor e deputado federal Marco Feliciano, e o PRB, de Marcelo Crivella, tiveram 1,2% e 0,4% de confiança dos entrevistados. Ou seja, praticamente zero”, relatou.

Quando questionados se confiavam ou não em determinados políticos, 57% afirmaram não confiar em Bolsonaro, 53 % não confiam em Marcelo Crivella e 57% não demonstraram confiança em Marina Silva. “Baixíssima confiança nos partidos evangélicos e nos representantes evangélicos”, avaliou Esther.

O professor Marcio Moretto, da Universidade de São Paulo (USP), lembrou que alguns resultados coletados durante a Marcha para Jesus foram “surpreendentemente progressistas”. Questões como sobre se a escola deveria ensinar as pessoas a respeitar os gays teve o apoio de 77%. Já 70% entendem que ‘cantar uma mulher na rua é ofensivo’ e 64% dos que foram ouvidos durante o evento evangélico concordaram que ‘não se deve condenar uma mulher que transe com muitas pessoas’ e 90% discordam que o ‘lugar da mulher é em casa, cuidando da família’. “Principalmente nas pautas em relação ao direito das mulheres, com exceção do aborto, eles se mostraram mais progressistas do que se poderia imaginar.”

Moretto reforçou que mesmo em questões mostrando que 33% não concordam com a afirmação de que ‘pessoas do mesmo sexo não constituem família’ e apenas 35% entenderem que ‘dois homens devem poder se beijar na rua sem serem importunados', "é bom lembrar que se trata de pessoas que estão dentro do campo evangélico e que se definem como conservadores".

Já o pesquisador e professor Leandro Ortunes, do grupo de estudos de Mídia, Religião e Cultura (Mire), da Universidade Metodista de São Paulo, comparou dados levantados durante os eventos evangélicos de 2016 e 2017 e, com base neles, elencou algumas hipóteses para a vitória de João Doria (PSDB) nas eleições paulistanas do último ano. “Será que o discurso do ‘João Trabalhador’ não faz mais sentido para os evangélicos? Para os microempreendedores, por conta do ‘mérito’, do trabalho... Será que os discursos de luta de classes, de revolução, ecoam no mundo evangélico ou eles querem ser empreendedores?", questionou. "Isso porque existe uma teologia por trás. A ‘Teologia da Prosperidade’ ensina que você é capaz de conquistar bens materiais através do seu trabalho”.

A quem interessa a generalização sobre os evangélicos?

Para a antropóloga Regina Novaes, pesquisadora do CNPq, é preciso ter em mente a pergunta sobre ‘a quem interessa generalizar sobre os evangélicos’. “Há interesses daqueles que falam em nome dos evangélicos e vimos como há diferenças entre eles. Há interesses também, numa conjuntura como a atual, de juntar conservadorismos que não atuam da mesma forma. Conservadorismo ‘político’ é uma coisa; de ‘costumes’ ou ‘econômico’ é outra”.

Para ela, a visibilidade exacerbada de alguns representantes evangélicos, como os pastores midiáticos e a bancada no Congresso, cria a invisibilidade de outros, como os evangélicos mais progressistas (caso da Frente Evangélica pelo Estado de Direito) ou mesmo os que não concordam com as reformas neoliberais e a ideia do Estado Mínimo, que são a maioria, de acordo com os levantamentos. “Precisamos desconstruir a ideia da polarização. Se há pontos que nos unem, esses pontos devem ser colocados acima da pauta.”

O evento foi mediado por Joaquim Soriano, da Fundação Perseu Abramo, e teve apresentação de Altair Moreira (Pólis) e Thomas Manz (FES). “Temos debatido sobre a base de um mapa político que parece ter origens nos anos 1990 e cujo data de validade já venceu. Isso parece mais verdade para a esquerda, deslocada de seu tempo. Então, precisamos fazer um esforço para nos reconectar com a realidade, reconstruir esse mapa político e abordar melhor as questões políticas e sociais”, avaliou Thomas.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Cidade do Vaticano (RV) – Hoje, domingo, dia 23 de Julho de 2017, às 12 horas de Roma, o Papa Francisco procedeu a habitual recitação mariana do Ângelus na Praça de S. Pedro repleta de fiéis e peregrinos provenientes das diversas partes da Itália e do mundo inteiro justamente para assistir à esta cerimônia mariana.

A página evangélica de hoje, disse Francisco, propõe três parábolas através das quais Jesus fala às multidões sobre o Reino dos céus. De entre estas três parábolas, o Papa concentra a sua atenção apenas na primeira parábola: a parábola do trigo bom e do joio que, segundo o Santo Padre, ilustra o problema do mal no mundo e põe em evidência a paciência de Deus. A narração se desenvolve num campo com dois protagonistas opostos. Duma parte, observa o Papa, está o patrão do campo que representa Deus e semeia a boa semente; doutra parte o inimigo que representa o Satanás e espalha, semeia a erva daninha.

Com o decorrer do tempo no meio do trigo cresceu também o joio e diante deste facto o patrão e os seus servos manifestam atitudes diferentes. Os servos gostariam de intervir e cortar o joio, a zizânia, mas o patrão que está principalmente preocupado com a salvação do trigo se opõe à esta iniciativa dizendo: <<Não suceda que, ao arrancardes o joio, arranqueis também o trigo>>. Com esta imagem, disse o Santo Padre, Jesus nos diz que neste mundo o bem e o mal são também interligados, que é impossível separar-lhes e arrancar todo o mal. Só Deus pode fazer isso e o fará no juízo final, no fim dos tempos.

Com a sua ambiguidade e o seu carácter compósito, a situação presente é o campo da liberdade dos cristãos, na qual se realiza o difícil exercício do discernimento. Trata-se portanto de unir com grande fé em Deus e na sua providência, duas atitudes aparentemente contraditórias: a decisão e a paciência. A decisão consiste em querer ser um bom grão de trigo, com todas as próprias forças e portanto distanciar-se do maligno e das suas seduções. A paciência significa preferir a Igreja que é fermento na massa, que não teme de sujar as mãos lavando os panos dos seus filhos, em vez de ser uma Igreja dos “puros” que pretende julgar antecipadamente quem está e quem não está presente no Reino de Deus.

O Senhor, que é a Sapiência encarnada, ajuda-nos hoje a compreender, acrescentou Francisco, que o bem e o mal não podem ser identificados em territórios definidos ou em determinados grupos humanos. Ele nos diz que a linha de confim entre o bem e o mal passa no coração de cada pessoa humana. Somos todos pecadores, recordou ainda o Santo Padre, que dirigindo-se aos presentes na Praça de S. Pedro, pediu que levante a mão quem achar que não seja pecador! Ninguém! Todos portanto, somos pecadores observou o Pontífice.

Jesus com a sua morte na cruz e a sua ressurreição, libertou-nos da escravidão do pecado e nos dá a graça de caminhar numa vida nova; mas com o Baptismo nos deu também a Confissão, porque temos sempre necessidade de ser perdoados pelos nossos pecados. Olhar sempre e exclusivamente o mal que está fora de nós significa não querer reconhecer o pecado que existe também em nós.

Por outro lado, concluiu dizendo Francisco, Jesus ensina-nos uma maneira diversa de olhar o mundo, de observar a realidade. Somos por isso chamados a aprender os tempos de Deus e também do seu olhar: graças à influência benéfica de uma trepidante espera, aquilo que era joio ou parecia tal, pode transformar-se num produto bom. É a perspectiva da esperança.

Que a Virgem Maria nos ajude a colher na realidade que nos circunda não só a sujeira e o mal, mas também o bem e o belo, a desmascarar a obra do Satanás, mas sobretudo, a confiar na ação de Deus que fecunda a história.

Após a recitação Mariana do Ângelus, o Santo Padre partilhou com os fiéis e peregrinos presentes na Praça de S. Pedro as suas preocupações relativa a violência perpetrada nestes dias em Jerusalém. Sinto a necessidade, disse Francisco, de exprimir um vibrante apelo à moderação e ao diálogo e convido todos a unirem-se a mim na oração para que o espírito do Senhor infunda em todos propósitos de reconciliação e de paz.

Em seguida o Papa saudou todos os presentes , de modo particular, disse aos fiéis de Roma e peregrinos provenientes de várias partes do mundo: as famílias, os grupos paroquiais, as associações. Uma saudação especial também aos fiéis de Munster (Irlanda); às Irmãs Franciscanas Elisabettine Bigie; ao grupo coral sinfónico de Enna; aos jovens de Casamassima que desempenham um serviço de voluntariado na cidade de Roma; aos jovens adolescentes participantes do “Cantiere Hombre Mundo” empenhados a testemunhar a alegria do Evangelho nas periferias mais difíceis nos vários continentes do mundo inteiro.

Finalmente, à todos o Papa augurou um bom domingo, exortando-os que não se esqueçam de rezar por Ele. Fonte: http://pt.radiovaticana.va