- Detalhes
Lancelotti sobre o Bolsonaro: 'Ele fala em liberdade de expressão para poder dizer o que quer, mas acha que ninguém pode contraria-lo'. A reportagem foi publicada por Rede Brasil Atual - RBA, 14-08-2017.
O padre Julio Lancelotti está sendo processado pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PEN-RJ), por chamar o parlamentar de racista, machista e homofóbico, em março passado. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta segunda-feira (14), ele diz que a ação movida pelo político de extrema-direta é controverso.
"Se fala em liberdade de expressão para ele poder dizer o que ele quer, com discurso contra negros, quilombolas, mulheres e a comunidade LGBT, mas acha que ninguém pode contrariá-lo", questiona. "Muitas pessoas acham que a liberdade é poder dizer tudo que eu penso. Se o discurso ofende o mais fraco, o outro, eu não tenho direito de dizer", completou Lancelotti.
O religioso discursava contra a cultura do ódio, durante a pregação que marcou o primeiro dia da Quaresma para os católicos. Julio se disse assustado pela devoção provocada por "uma figura homofóbica e violenta" como Jair Bolsonaro. "Eu fico impressionado — e não tenho medo dizer, não precisa cortar a gravação –, que uma pessoa homofóbica, violenta como Bolsonaro, apareça nas pesquisas eleitorais e seja seguido por tanta gente no Brasil. Isso é vergonhoso", disse.
Na ocasião, Bolsonaro criticou o ato de usar uma pregação dentro da igreja para ataca-lo. Ele considerou "absurdo" utilizar-se do nome de Deus "para praticar blasfêmia e calúnias".
Assassinato
O religioso e integrante da Pastoral do Povo de Rua de São Paulo também comentou a morte de três moradores de rua – dois homens e uma mulher –, assassinados a tiros na madrugada de sábado (12), na avenida Senador Teotônio Vilela, em Cidade Dutra, na zona sul de São Paulo. "Foi uma execução. Foi uma ação covarde e premeditada. Nós temos que estar atentos a essa onda neonazista que toma a sociedade", afirmou. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
- Detalhes
Uma longa preparação, que começou com a beatificação no mês de maio de 2015 e chega ao seu término natural: o centenário do nascimento de Oscar Arnulfo Romero no dia 15 de agosto de 1917 na pequena localidade de Ciudad Barrios, segundo de sete filhos de Guadalupe Galdámez, uma mulher simples do povo, e Santos Romero, telegrafista de profissão. A reportagem é de Alver Metalli, publicada por Tierras de América, 09-08-2017. A tradução é de André Langer.
As esperanças dos salvadorenhos eram, naturalmente, que o aniversário coincidisse com a canonização, mas para isso será preciso esperar mais um pouco. Não muito, considerando que o patrocinador número um do bispo mártir, o Papa Francisco, disse aos bispos de El Salvador, quando o visitaram em março passado, que “a causa está em boas mãos”, freando a impaciência dos prelados, mas dando a entender que o momento está próximo.
A espera, como mostram as celebrações para o centenário, não será tempo perdido. Pelo contrário. Gregorio Rosa Chávez, recentemente criado cardeal, que dedicou a púrpura a dom Romero declarando que recebia o barrete vermelho em sua honra, vê realizado o seu “sonho de ver que em breve todo o país se colocará em movimento”. “O sinal exterior mais claro”, disse há um ano a Tierras de América, “seriam as peregrinações aos lugares santos de Romero, incluindo o pequeno povoado onde ele nasceu há quase 100 anos, Ciudad Barrios”.
Justamente Ciudad Barrios foi o destino da procissão de 13 de agosto promovida conjuntamente pelas dioceses de San Miguel, em cujo seminário o jovem Romeroingressou em 1931, com apenas 12 anos, e Santiago de Maria, diocese da região oriental de El Salvador para a qual dom Romero foi nomeado bispo em 15 de outubro de 1974 aos 57 anos.
No dia anterior, 12 de agosto, cruzou a diocese de Santa Ana uma peregrinação para a qual confluiu toda a região ocidental do país e que culminou em uma celebração eucarística presidida pelo bispo da Província, Miguel Ángel Aquino Morán, e pelo núncio apostólico de El Salvador, dom León Kalenga Badikebele, que fez a homilia. Nesta ocasião também houve uma alocução do novo cardeal, Gregorio Rosa Chávez.
O último evento dos festejos pelo centenário acontecerá no dia do seu aniversário, 15 de agosto, na catedral de San Salvador, com uma celebração solene presidida pelo cardeal Ricardo Ezzati, arcebispo de Santiago do Chile, eleito pelo Papa para representá-lo. Ezzati, salesiano, estará acompanhado por Rafael Edgardo Urrutia, chanceler da Arquidiocese de San Salvador e vigário episcopal para os Movimentos e as Associações de Fiéis Leigos, que participaram ativamente do processo de beatificação de Romero, e por Reinando Sorto Martínez, pároco de San José de la Montaña, vigário episcopal e diretor da Radio San José, que durante muitos anos esteve a cargo de Romero.
Em uma carta escrita em latim, com data de 18 de julho de 2017, e que foi divulgada no dia 05 de agosto deste ano, o próprio Francisco explica que foi convidado para a celebração pelos 100 anos de nascimento de Romero em sua terra natal. Na mesma carta resume as circunstâncias da sua morte, no dia 24 de março de 1980, enquanto celebrava a eucaristia na capela do Hospital da Divina Providência de San Salvador, e faz referência ao fato de que “os mandantes e executores não foram identificados”. O Papa também recorda que – e não deixa de ser significativo – “na missa do funeral participaram 350 mil pessoas, 300 presbíteros e 30 bispos de todo o mundo” e que o rito fúnebre “não pôde ser concluído porque uma bomba e tiros com armas de fogo automáticas semearam o pânico. Estima-se que cerca de 50 pessoas – muitas crianças – morreram pisoteadas e cerca de 10 por tiros”.
De pouco mais de um ano para cá as relíquias de Romero vão de paróquia em paróquiapor toda a província eclesiástica de San Salvador. No dia 24 de julho, na capela da Universidade Centro-Americana, a mesma onde aconteceu o massacre dos jesuítasem novembro de 1989, foi exposta a urna com as relíquias do beato Romero, como parte do percurso realizado pelas paróquias do país que começou na diocese de Zacatecoluca para culminar em San Salvador.
A universidade recordou que a veneração das relíquias de Romero “está em fina sintonia com uma tradição que remonta aos primeiros séculos do cristianismo, quando os seguidores de Jesus eram perseguidos e morriam por ódio à fé. De lá para cá, a Igreja começou a conservar e a cuidar com grande estima dos objetos relacionados com as pessoas que deram testemunho de fé com sua própria vida” para “venerar a memória dos mártires”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
- Detalhes

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida a todos para uma Jornada de Oração pelo Brasil, a ser realizada nas comunidades, paróquias, dioceses e regionais do país, de 1º a 7 de setembro próximo. Os bispos decidiram mobilizar os cristãos, por meio da oração, após a análise da realidade brasileira feita na última reunião do Conselho Episcopal Pastoral da entidade, dias 10 e 11 de agosto.
O Dia de Oração e Jejum sugerido é o dia 7 de setembro, data que marca a Independência do Brasil. Além da carta, enviada a todos os bispos brasileiros, foi enviada também uma oração (confira abaixo), a mesma enviada por ocasião da celebração de Corpus Christi, com uma pequena adaptação na última prece.
Segundo o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, a Jornada de Oração é uma oportunidade para que os cristãos e pessoas de boa vontade que querem um Brasil melhor, mais fraterno e não dividido se unam.
“Nós estamos necessitados de um novo Brasil, mais ético; de uma política mais transparente. Nós não podemos chegar a um impasse de acharmos que a política pode ser dispensada. A política é muito importante, mas do modo do comportamento de muitos políticos, ela está sendo muito rejeitada dentro do Brasil. Nós esperamos que esse dia de jejum e oração ajude a refletir essa questão em maior profundidade.”
Um dos trechos da oração, encaminhada a todos os bispos do país pelo Consep, pede:
“Ajudai-nos a construir um país justo e fraterno. Que todos estejamos atentos às necessidades das pessoas mais fragilizadas e indefesas! Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e os conflitos! Que as barreiras sejam superadas por meio do encontro e da reconciliação! Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos”.
Veja a íntegra da oração:
JORNADA DE ORAÇÃO PELO BRASIL
Semana da Pátria. 1º a 07 de setembro de 2017
07 de setembro – dia da Pátria: Vida em primeiro lugar
“A paz é o nome de Deus” (Papa Francisco)
Diante do grave momento vivido por nosso país, dirijamos nossa oração a Deus, pedindo a bênção da paz para o Brasil.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Vivemos um momento triste, marcado por injustiças e violência. Para construirmos a justiça e a paz, em nosso país, necessitamos muito do vosso amor misericordioso, que nunca se cansa de perdoar.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Estamos indignados, diante de tanta corrupção e violência que espalham morte e insegurança. Pedimos perdão e conversão. Nós cremos no vosso amor misericordioso que nos ajuda a vencer as causas dos graves problemas do País: injustiça e desigualdade, ambição de poder e ganância, exploração e desprezo pela vida humana.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Ajudai-nos a construir um país justo e fraterno. Que todos estejamos atentos às necessidades das pessoas mais fragilizadas e indefesas! Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e os conflitos! Que as barreiras sejam superadas por meio do encontro e da reconciliação! Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Vosso Filho, Jesus, nos ensinou: “Pedi e recebereis”. Por isso, nós vos pedimos confiantes: fazei que nós, brasileiros e brasileiras, sejamos agentes da paz, iluminados pela Palavra e alimentados pela Eucaristia.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Vosso filho Jesus está no meio de nós, trazendo-nos esperança e força para caminhar. A comunhão eucarística seja fonte de comunhão fraterna e de paz, em nossas comunidades, nas famílias e nas ruas.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Neste ano em que celebramos os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, queremos seguir o exemplo de Maria, permanecendo unidos a Jesus Cristo, que convosco vive, na unidade do Espírito Santo. Amém!
(Pai nosso! Ave, Maria! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!)
Veja a íntegra da carta:
Brasília-DF, 10 de agosto de 2017
Prezado irmão no episcopado,
Unidos para servir!
Vivemos um momento difícil e de apreensão no Brasil. A realidade econômica, política, ética vem acompanhada de violência e desesperança.
O Conselho Permanente, ao refletir o momento vivido, pediu que a Presidência enviasse carta ao irmão, sugerindo um Dia de jejum e oração pelo Brasil. Pediu igualmente que fosse enviada uma oração que pudesse ser rezada nas comunidades e famílias.
O dia de oração e jejum sugerido é o dia 7 de setembro próximo. A oração que enviamos também em anexo é a mesma que rezamos no dia de Corpus Christi. Houve uma adaptação na última prece.
Convidamos o irmão a incentivar a participação das comunidades e famílias no Dia de Jejum e oração pelo Brasil.
Em Cristo, unidos para servir,
Cardeal Sergio da Rocha Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de Brasília – DF Arcebispo de São Salvador
Presidente da CNBB Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB.
Fonte: http://cnbb.net.br
- Detalhes
Escritor contesta autoria de um conto do livro ‘Momento de Fé’, do sacerdote. Assessoria jurídica de Rossi diz que ação foi analisada e o autor não recorreu
Rio - Conhecido pelo Vaticano como o Evangelizador do Novo Milênio, o padre, cantor e escritor, Marcelo Rossi, de 50 anos, um dos expoentes da Igreja Católica, teve autoria de um texto em seu livro contestada. O analista de sistemas carioca e também escritor, Ronaldo Siqueira da Silva, 57 anos, garante que o sacerdote plagiou um de seus 50 contos, reunidos no livro ‘O Eremita Urbano’, de 2001.
Exibindo registro do texto ‘O homem e a água’, com data de 1999, no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional, sob número 172.467, da folha 113 do livro 290, Ronaldo, que usa também o codinome Odylanor Havlis, afirma que o mesmo artigo, na íntegra, inclusive com o mesmo título, foi publicado no livro ‘Momento de Fé’, lançado por Marcelo Rossi, em 2004, e em um CD, sem referência ou crédito a ele.
Em 2012, Ronaldo apelou judicialmente para o reconhecimento da autoria do conto. Mas, em 2015, conforme sentença da 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, para onde o processo por danos morais e materiais — registrado com o número 0057672520148260003 — foi levado, a pedido da defesa de Rossi, a juíza Camila Quinzani deu como como prescrita a pretensão do autor da ação.
Embora a magistrada tenha dado razão a Ronaldo, ela destacou que o autor tinha três anos para apelar, conforme o artigo 206 do Código Civil, mas ele só recorreu oito anos depois da publicação de ‘Momento de Fé’. Agora,Ronaldo procura uma suposta alternativa judicial para tentar novo processo.
“Fica difícil entender a posição de Marcelo Rossi, quanto à ética, principalmente diante de Deus, que tudo vê e sabe”, alfinetou Ronaldo, dizendo que hesitou por muito tempo, até concluir que “não é certo o que fizeram” com ele. “No futuro, imagino, meus netos vão pensar que eu é que plagiei Marcelo Rossi”, lamentou.
Em nota, a assessoria jurídica do padre argumentou que o mérito da ação “foi devidamente analisado” pelo Poder Judiciário. “O autor sequer recorreu da decisão, que transitou em julgado. Por conta disso, o autor não poderá demandar novamente contra o padre, pois deve ser observado o princípio da imutabilidade das decisões, bem como da coisa julgada, princípios consagrados na Constituição Federal”, diz a nota, alegando ainda que a matéria estaria visando “constranger o padre”. Fonte: http://odia.ig.com.br
- Detalhes
Uma árvore de grande porte caiu em cima de fiéis que participavam de uma procissão da Festa da Nossa Senhora do Monte, na Ilha da Madeira, em Portugal. Segundo a imprensa portuguesa, o incidente deixou mortos e vários feridos, ainda sem números oficiais.
Segundo a "RTP", a multidão esperava o início da caminhada religiosa na manhã da última desta terça-feira 15, quando a árvore tombou no Largo da Fonte. É a festa da padroeira da ilha, considerada a maior festividade local. A emissora confirmou 11 mortos e 35 feridos, quatro deles em estado grave.
Já o "Diário de Notícias de Madeira", que cita fontes do serviço regional de Proteção Civil, noticia pelo menos 10 mortos e 15 feridos. O jornal ressaltou que o carvalho tinha 200 anos e ameaçava cair desde 2014. A agência "Lusa" destacou que a árvore caiu no local em que eram vendidas velas.
A procissão foi cancelada. Os feridos teriam sido encaminhados ao Hospital Nélio Mendonça do Funchal. A maioria sofreu fraturas e traumatismos cranioencefálicos, segundo a "TVI24". Fonte: https://extra.globo.com
- Detalhes
A II Conferência Geral do Episcopado Latino-americano realizou-se em Medellín (Colômbia, 1968), sob o tema: “A Igreja na atual transformação da América Latina à luz do Concílio”. Temas que marcaram Medellín foram: a promoção humana; a evangelização e o crescimento na fé; a Igreja visível e suas estruturas. Medellín se apresentou como uma releitura do Concílio.
Em Medellín a Igreja convida a todos a experimentarem a comunhão; e enfatiza sua responsabilidade de utilizar sua sabedoria, para fermentar ainda mais a participação do povo de Deus na vida eclesial e social. Vê-se também que a eclesiologia assimila-se perfeitamente às grandes intuições da Lumen Gentium, tais como: Igreja como Povo de Deus; batismo, como fonte e raiz dos ministérios; o chamado de cada cristão à santidade e ao apostolado. Dá, porém, alguns passos à frente, ao mesmo tempo em que radicaliza outros.
Em Medellín surge um novo perfil da vocação à santidade, como expressão da vivência da fé cristã na fidelidade aos necessitados em uma sociedade injusta e excludente. A missão, por sua vez, adquire um caráter profético, tornando-se sinal de contradição para os opressores e suas estruturas injustas. A figura do missionário associa-se ao testemunho dos mártires das causas sociais. Temos então, uma santidade que se volta para os pequeninos, pela qual a missão se apresenta como profecia, pois o profeta é aquele que anuncia a palavra e denuncia as injustiças.
- Detalhes
“Infelizmente, o uso pastoral que a Igreja fez (tantas vezes) da morte tem sido abusar do medo que todos temos de morrer para obter a submissão das pessoas à normativa moral e sacramental que a lei eclesiástica impõe aos fiéis. Não há necessidade de explicar isso. Todos nós sofremos e suportamos isso”, escreve José María Castillo, em artigo publicado por Religión Digital, 10-08-2017. A tradução é de André Langer.
Eis o artigo.
Na primeira semana de agosto, aconteceu, na Itália, uma importante semana de estudos bíblicos sobre um tema que sempre tem a máxima atualidade e que, no entanto, nem sempre é analisado com o seu devido cuidado. Refiro-me ao tema da morte. Não a morte dos outros, sobretudo se são vítimas da violência ou da injustiça. Neste caso, o problema da morte é analisado como um problema social, político ou jurídico, o que, sem dúvida, é uma das questões mais urgentes e mais graves que precisamos enfrentar neste momento. Este é um fato inquestionável.
Mas também é um fato que a morte pessoal – da qual ninguém escapa – é um tema que todos costumam enfrentar na sua intimidade secreta, mas no qual poucos pensam, compartilhando seu pensamento com outros, a não ser quando vão ao médico, para um problema sério, ou quando precisam ir a um velório para dar os pêsames pela morte de um parente ou de um amigo.
A semana a que me refiro – e da qual tive a sorte de participar – foi organizada pelo Centro de Estudos Bíblicos G. Vannucci, com sede em Montefano (Maccerata), não muito longe de Ancona. A semana contou com uma significativa participação, com pessoas vindas de toda a Itália, desde a Sicília até Trieste ou Gênova. Sinal indiscutível de que o problema da morte preocupa a todos. O que disse e o que diz a religião sobre este assunto?
O fundador e diretor do Centro de Estudos Bíblicos de Montefano, Alberto Maggi, esteve (pouco tempo atrás) às portas da morte durante meses. Nele, a vida foi (e é) mais forte que a morte. Fruto de sua experiência única é o belo livro L’ultima beatitudine. La morte come pienezza di vita (Garzanti, Milão).
A partir deste livro – com a valiosa ajuda do professor do Marianum, de Roma, o espanhol (de Granada), Ricardo Pérez Márquez, que tivemos a sorte de poder participar da semana de estudos e reflexões sobre a morte – pudemos pensar a fundo sobre o que foi e deve ser o fato de “ter que morrer”. E isso tanto na vida da Igreja como, sobretudo, na experiência de cada um dos fiéis na crença em Jesus, o Senhor.
Uma vez que eu estava entre os participantes, a amizade que me une aos professores da Semana Bíblica, Alberto e Ricardo, colocou-me na grata obrigação de expor (brevemente) aos ouvintes três temas relacionados à morte: o pecado original, o pecado pessoal e o inferno.
Infelizmente, o uso pastoral que a Igreja fez (tantas vezes) da morte tem sido abusar do medo que todos temos de morrer para obter a submissão das pessoas à normativa moral e sacramental que a lei eclesiástica impõe aos fiéis. Não há necessidade de explicar isso. Todos nós sofremos e suportamos isso.
Quando, na realidade, como bem disse Alberto Maggi, a morte é “a plenitude da vida”. Não é o final. Já temos a “vida eterna”, de que tanto fala o Novo Testamento, nesta vida, de acordo com a surpreendente e insistente afirmação do quarto Evangelho. A morte não pode ser o fim. É a última e a maior de todas as “bem-aventuranças” que a genial memória de Jesus nos deixou.
E vou resumir a minha modesta contribuição para a Semana:
1) “Pecado original”: não é nenhum pecado, e nem por semelhante pecado a morte entrou no mundo (Rm 5, 12). A religião não pode transformar um mito (Adão e Eva) em história e menos ainda em teologia.
2) “Pecado pessoal”: foi explicado como “culpa”, “mancha”, “ofensa” (Paul Ricoeur). Mas pode o ser humano, imanente, ofender o Transcendente? “Só se agirmos contra o nosso próprio bem” (Tomás de Aquino).
3) “Inferno”: não existe. Nem é definido como dogma de fé. Além disso, pode o absolutamente Bondoso ser, por sua vez, absolutamente castigador eternamente, ou seja, sem outra possível finalidade que fazer sofrer? Se cremos no Inferno, não podemos crer em Deus.
A morte dá a pensar. Para o crente, é uma fonte inesgotável de esperança e felicidade, já possuída e alcançada. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
- Detalhes

O Padre Samuel da Costa, pároco da paróquia de São Filipe Apóstolo e vice-Reitor do Seminário de São José, foi assaltado e sequestrado na noite de sexta-feira, 11, na porta do Seminário de São José na Prainha, cidade da Praia. O seu carro está desaparecido e a polícia já está no terreno a investigar.
Segundo o sítio “Terra Nova”, “por volta das nove horas da noite, de regresso de mais um dia de trabalho, quando se preparava para descer do seu carro, o padre Samuel terá sido abordado por três indivíduos, sendo um deles armado com uma arma de fogo. O sacerdote, indefeso, foi levado sob ameaça e durante cerca de três horas fizeram-no circular na Praia”. Presume-se que este “passeio” na cidade até meia-noite deve-se à necessidade de esperar pelo novo dia para fazer um segundo levantamento na rede 24.
Ainda, de acordo com a mesma fonte, depois de feito o segundo levantamento, o padre, amarrado, foi levado no seu próprio carro até à zona de São Martinho, onde o deixaram atado com corda e abandonado. Ele conseguiu desamarrar da corda e procurou socorro na localidade de Trindade. A Polícia Nacional, avisado, levou-o para Hospital Agostinho Neto para observação.
Entretanto, segundo fontes próximas da Diocese de Santiago, o Padre Samuel encontra-se estável e sem nenhum ferimento. Contudo, o carro no qual o padre circulava, uma Toyota de cabine dupla, ainda não foi encontrada.
Recorde-se que a vítima (padre Samuel) é padre desde 2012 e pároco em São Filipe, cidade da Praia. É prefeito do Seminário de São José onde tem residência. Fonte: http://anacao.cv
- Detalhes
- Detalhes
Comentário de Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, Rio de Janeiro.
ELIAS, PEDRO E TODOS NÓS: O MEDO DE CADA DIA.
-Na primeira leitura (1Rs 19, 9a. 11-13), nos deparamos com o Profeta Elias (c. 850 a.C.), Pai e guia da Ordem do Carmo. No Monte Carmelo ele tinha invocado o fogo do céu -sobre os sacerdotes de Baal. Com medo da rainha Jezabel- adoradora de baal, foge até o Horeb, a mesma montanha no deserto do Sinai onde Deus tinha mostrado a sua força e majestade a Moisés e ao povo de Israel durante o êxodo do Egito. É lá, na calmaria que Javé se manifesta não no fogo, não no terremoto ou no furacão, mas na brisa suave.
-O Deus que se manifesta no Evangelho desse domingo em Jesus Cristo- a exemplo do encontro de Elias- não é um Deus grandioso, mas sereno (Mt 14, 22-33). Ele nos ajuda a superar os nossos medos diários e nos incentiva a caminhar frente as perseguições- A exemplo do Profeta Elias- ou dos medos nossos de cada dia- A exemplo de Pedro.
-Quando falamos em Deus, em nossa mente vem as megaproduções de filme de Hollywood mostrando o poder total de um Deus barulhento e poderoso. Na liturgia desse domingo a imagem desse Deus não existe. Ele é o Deus da brisa de Elias e o Deus da calmaria de Jesus. Temos a capacidade e encontra-lo?
UM OLHAR DE MEDO PARA O BRASIL...
-A cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado no Brasil.
-Nós, cidadãos e cidadãs da cidade “maravilhosa”, convivemos com uma estatista assustadora. Nesse ano, apenas de janeiro a julho, 632 pessoas foram atingidas por balas perdidas, uma média de 3,4 casos por dia no estado. Dessas, pelo menos 67 morreram. Repito, 67 vítimas inocentes da violência bárbara em nossas ruas e comunidades carentes. NÓS TEMOS MEDO!
-Nove entre cada dez pessoas mortas pela polícia no Estado do Rio de Janeiro são negras e pardas.
-Mais de 900 Caminhoneiros foram vítimas de assalto em junho no estado do Rio de Janeiro. No estado, são 27 roubos desse tipo por dia. Repito, 27 roubos desse tipo por dia! A situação na cidade está insustentável!
-Até o dia de hoje, 97 Policiais foram assassinados. Vivemos uma crise na segurança pública, na saúde, na educação... Crise ética, política e social. NÓS TEMOS MEDO!
-Desde 2015 foram assassinadas 23 crianças por bala perdida em nossa cidade. NÓS TEMOS MEDO!
-No Brasil, entre cada 100 pessoas assassinadas, 71 são pobres, negros e jovens das periferias.
UM OLHAR DE MEDO PARA ALGUNS SETORES DA IGREJA
-Mesmo com olhar carinhoso, humano e solidário do Papa Francisco, nos deparamos com uma Igreja triunfalista, conservadora e descomprometida.
-Na última Greve Geral- Apesar do apoio declarado em vídeos e cartas nas mídias sociais de mais de 100 bispos e Arcebispos- o que vimos foi a grande maioria em silêncio diante do desmonte do país.
-Nos seminários e conventos-verdadeiras fábricas de padres- nos deparamos com jovens conservadores e ultraconservadores com estampas e mensagens em suas páginas nas mídias sociais de ornamentos da idade média. Francisco- o Papa dos pobres- perde para Bento XVI e, muitos padres jovens aderiram o rito antigo. Digo, a Missa de costa para o povo.
-Grito dos Excluídos, Movimentos Sociais? Sob hipótese alguma estão na agenda de tais sacerdotes consagrados para o anuncio da Boa Nova daquele que Morreu na Cruz para salvar os pobres e todo ser humano explorado na sua dignidade.
UM OLHAR DE FÉ E ESPERANÇA.
-Na Igreja, apesar da barca em alta mar ameaçar afundar, nos alegramos com Evangelii Gaudium- Alegria do Evangelho- a primeira Exortação Apostólica pós-Sinodal escrita pelo Papa Francisco, nos motivando viver a alegria do anuncio e da vivência da fé e do compromisso assumido em nossa missão.
-Mesmo com o caos e a destruição da natureza no Brasil e no mundo, nos deparamos com um olhar de fé e esperança a partir da Carta Encíclica do Papa Francisco, Laudato Si- o cuidado da Casa Comum.
-Apesar dos profissionais da corrupção e de um governo que está destruindo os Movimentos Sociais, ainda encontramos homens e mulheres que, mesmo nas eternas noites escuras, continuam lutando por um novo dia com mais justiça social, ética e solidariedade.
Comentário do monge italiano Enzo Bianchi, fundador da Comunidade de Bose.
- De acordo com o quarto Evangelho, depois da multiplicação dos pães, aquelas pessoas à espera de um libertador político que faça reinar a justiça e enche todos os pobres de alimento, gostaria de proclamar Jesus como Rei Messias, e é por isso que Jesus se retira para o monte sozinho (cf. Jo 6, 14-15).
- Eis, então, Jesus em solidão e em oração, na montanha, lugar não habitado, onde ele encontra silêncio e quietude, montanha que, para a Bíblia, é o lugar das grandes revelações de Deus.
Sabemos que Mateus apresenta a montanha como lugar da tentação de Jesus (cf. Mt 4, 8-19), da proclamação do discurso do Reino (cf. Mt 5-7), da transfiguração (Mt 17, 1-8), da missão entregue aos discípulos pelo Ressuscitado (cf. Mt 28, 16-20). Mas aqui é lugar de solidão e de oração.
- Jesus, na solidão, é um ícone que deveríamos ter mais presente, justamente porque, na sua humanidade plena e absoluta, assumida na encarnação, ele buscou na solidão a vontade do Pai. Na Solidão ele lutou na contra as tentações, vencendo Satanás, graças ao único sustento na Palavra de Deus, conservada, interpretada e rezada no coração.
- Na solidão, Jesus se preparou para concordar com a lógica da cruz, com o perdão dos seus inimigos, com o amor aos seus discípulos até o fim (cf. Jo 13, 1). Ele viveu pelo menos 30 anos de solidão antes da sua missão pública. Portanto, a solidão não foi, para ele, lugar de ausência, mas sim de presença de Deus.
- Jesus se retirava- Na Solidão- à parte para rezar. Mas o que era a oração de Jesus? Acima de tudo, escuta de Deus, do Pai, do “Abba”(Mc 14, 36)
- Os Padres da Igreja sempre interpretaram assim essa barca longe da margem e jogada pelas ondas. Em todas as horas da história, a barca dos discípulos de Jesus se cruza com ventos contrários e tempestades: não pode ser de outra forma neste mundo, onde, contra os discípulos de Jesus, desencadeiam-se, muitas vezes, oposições, inimizades, perseguições.
- O caminho da Igreja, de cada comunidade cristã, de cada um de nós conhece e conhecerá contrariedade, horas de medo, sofrimentos e dificuldades.
Comentário de Johan Konings, jesuíta.
- No seu zelo pelo único Senhor e sofrendo a perseguição da rainha Jezabel, adoradora das divindades pagãs, o profeta Elias (c. 850 a.C.) invocou o fogo do céu sobre os sacerdotes de Baal, no monte Carmelo. Mas Deus o fez experimentar que o zelo não é sempre vitorioso e que sua vocação não é a violência, mas o serviço paciente. Elias, perseguido, fica sem força e foge até o Horeb, a montanha no deserto do Sinai onde anteriormente Deus tinha mostrado a sua grandeza a Moisés e ao povo de Israel durante o êxodo do Egito. Elias quase que deseja provocar Deus a mostrar novamente sua força e a esmagar aqueles que passaram os seus profetas a fio de espada (cf. 1Rs 19,9-10). E aí Deus lhe fala, porém não nos elementos violentos. Deus o manda esperar no cume da montanha. Passa um vento violento, mas Deus não está no vento violento; há um terremoto, mas Deus não está no terremoto; flameja o fogo, mas Deus não está no fogo. Depois, ouve-se o murmúrio de uma brisa ligeira… Então, Elias cobre o rosto e escuta a voz de Deus.
- Deus é precedido pela tempestade, mas domina-a. É na calmaria que ele dirige a palavra a Elias. Jesus domina as ondas do lago e dissipa o pânico dos discípulos. Sua manifestação é um convite a ter fé nele.
- A Igreja como poderosa instituição está sendo atingida pelo desmantelamento da força política que durante muito tempo lhe serviu de sustentáculo: o Ocidente e suas extensões coloniais. “Morreu a cristandade”, o regime no qual Igreja e Sociedade se identificavam. Sociologicamente falando, a Igreja aparece sempre mais como o que era no início.
- As dificuldades que a Igreja enfrenta hoje devem nos fazer enxergar melhor a presença de Cristo em novos setores da Igreja, sobretudo na população empobrecida e excluída da sociedade do bem-estar globalizado. De repente, Jesus se manifesta como calmaria no ambiente tempestuoso das “periferias” do mundo, na simplicidade das comunidades nascidas da fé do povo.
Comentário é de Ana Maria Casarotti, Missionária de Cristo Ressuscitado.
- Somente as pessoas que fazem essa travessia têm convicção suficiente para comunicar a outras a força e o ânimo indispensável para isso. Elas sabem das dificuldades que tiveram que atravessar. Os discípulos ajoelham-se diante de Jesus e adoram-no como o Senhor da sua vida.
- Unamo-nos a eles e a tantos desconhecidos que atravessam tormentas, tempestades, impulsionados pela procura de uma terra nova. Que a vida nas nossas comunidades seja um exemplo da coragem que nos conduz e fortalece sempre. Que saibamos comunicar a humildade de Pedro, que reconhece que afunda e por isso procura a mão estendida de Jesus para salvá-lo.
- Hoje há muitas situações de pessoas que escolhem navegar num mar desconhecido, à procura de uma terra diferente. Movidas pelo amor a sua família e pela coragem, sem nenhuma segurança, arriscam suas vidas à procura da terra, de alimento. Desafiam as tormentas que se apresentam numa pequena e quase insignificante barca. A exigência de sair de um mundo de contínua destruição, onde suas mulheres, meninos ou meninas podem ser capturados para ser vendidos como escravos sexuais ou de trabalho.
Comentário de Adroaldo Palaoro, sacerdote jesuíta.
- As experiências obscuras, as tribulações, as tempestades... são inerentes à fé cristã; estão presentes em todas as pessoas. Mas isso deve nos permitir renovar constantemente uma confiança e uma união com o Senhor na realidade mais cotidiana.
- Chegamos à pós-modernidade com uma enorme carga de medo; somos atormentados o tempo todo pelo medo; um medo sem nome, um fantasma sem rosto, escuro como uma sombra e rápido como uma tempestade; medo cruel que afeta os corajosos e agride os ousados. Não existe depósito de munição mais potencialmente explosivo do que os estoques de medo guardados nas escuras profundezas do ser humano. Há um verdadeiro pânico permanente envolvendo grupos, pessoas e instituições.
- Seguir Jesus implica estar continuamente passando para a outra margem; passar para o outro diferente, não permanecer fechado em si mesmo. “Passar para o outro” como condição necessária para “passar para Deus”. Aquele que se instala, se perde, envolve-se na tormenta. É preciso buscar sempre novos espaços e novos horizontes. E toda travessia implica “correr riscos”.
- Percebemos que algumas pessoas fazem opção pelo porto seguro das falsas certezas e seguranças, mas outros preferem correr o risco do “mar agitado” e são capazes de construir o novo. As tempestades, o vento contrário, a escuridão da noite... “agitam a alma dentro de nós”.
Para meditar na oração. Para fazer a “travessia da vida” será necessário descobrir:
1- Quantos fantasmas há em sua vida que o paralisam, o impedem de avançar, o travam na hora de tomar decisões?
2- Quantos fantasmas o impedem crescer, assumir os desafios, ser criativo...
3- Numa dimensão mais ampla, quantos fantasmas há na igreja que não a deixam rejuvenescer-se, que a impedem viver um processo de contínua mudança, que a fazem suspeitar de tudo, que a fazem surda aos chamados de Deus no meio das tormentas da atualidade?
- Detalhes
A Diocese de Montreal escolheu experimentar uma forma bastante severa e prolongada de vigilância sobre os sacerdotes e os leigos engajados na vida e nas atividades da igreja em matéria de tutela das pessoas mais vulneráveis contra episódios de violência física ou psicológica (menores, doentes, idosos). A informação é de Marco Bernardoni, publicada por Settimana News, 08-08-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.
À norma que não permite a qualquer padre ou leigo, membro de qualquer titulação de uma equipe paroquial, de isolar-se com um menor sem estar sob "o olhar de outro adulto” (o que também pode envolver a supervisão de um adulto no momento da confissão), à proibição de fotografar um menor ou uma pessoa vulnerável com o próprio celular ou câmera e entrar em comunicação (chamadas de telefone, SMS, e-mails ...) fora do âmbito das atividades paroquiais, acrescenta-se agora - para todas as posições consideradas de 'alto risco' (pároco, capelão, diácono, responsável do coro, etc.) – a solicitação de fornecer impressões digitais para a polícia e a verificação dos antecedentes criminais, a cada três anos.
Todo esse processo, que terminará em 2020, abrange 194 paróquias e envolve dezenas de pessoas em cada uma delas, deixando prever um longo tempo para realizar os controles. Mons. Faubert, vigário geral da diocese, está encarregado da supervisão do projeto, que foi inspirado nas 'boas práticas' já em uso em grupos de escoteiros e associações esportivas. "A confiança deve ser conquistada", afirmou ao Le Journal de Montréal. "A Igreja não faz exceção. Não creio que possa reivindicar o direito de ser acreditada por sua mera palavra em tudo o que faz e diz. Precisamos mostrar a nossa coerência".
Apesar de não faltar descontentamentos por uma parte do clero frente aos novos requisitos, no entanto, foi reconhecido pela maioria que essas providências também tutelarão os próprios sacerdotes. A tutela do clero e dos membros do pessoal das paróquias contra "falsas acusações" é, de fato, um dos objetivos declarados pela Diocese de Montreal.
De acordo com os dados reportados no ano passado pelo mesmo Le Journal de Montréal seriam mais de 600 as pessoas, em Quebec, vítimas de violência por parte de padres, religiosos ou funcionários paroquiais, desde 1940. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
- Detalhes
Ele passou por sessões semanais de massagens e injeções para aliviar incômodo na perna
CIDADE DO VATICANO- Aos 80 anos de idade, o Papa Francisco dedicou o mês de julho, período de férias dele, para cuidar da saúde. Além de colocar suas leituras em dia e aproveitar para acordar algumas horas mais tarde, o Pontífice argentino usou as últimas semanas para passar por um tratamento contra as dores no nervo ciático que o incomodam há vários anos.
Em julho de 2013, quando voltava do Brasil, primeiro destino internacional de seu pontificado, o Papa foi perguntado sobre qual era a pior coisa que lhe tinha acontecido desde que assumira o trono de Pedro.
- A pior coisa que me ocorreu é o ciático, de verdade - respondeu Francisco, na ocasião.
Por recomendação de seu médico pessoal, o Papa foi submetido no último mês a duas sessões semanais de massagens e injeções para aliviar o desconforto na perna.
Desde que era arcebispo de Buenos Aires, ele não tem o hábito de tirar férias, mas há dois anos ele vem usando esse período de descanso para cuidar da saúde e se preparar para os compromissos dos meses seguintes. Fonte: https://oglobo.globo.com
- Detalhes
SAN SALVADOR, 07 Ago. 17 / 02:00 pm (ACI).- Na sexta-feira, 4 de agosto, faleceu um sacerdote por causa de um trágico acidente de carro em uma estrada da região de Ahuachapán, em El Salvador.
Segundo o meio de comunicação local ‘Noticiero Chalateco’, trata-se do Pe. José Humberto Tejada Landaverde, pároco da Igreja São Miguel Arcanjo de Jujutla, em Ahuachapán.
O relatório da Polícia indicou que, enquanto o religioso dirigia a sua camionete, ela capotou. Alguns minutos depois do acidente, vários transeuntes ajudaram a virar o veículo que, apesar do impacto, continuou funcionando.
“O sacerdote parecia estável, então decidiu continuar o seu caminho, mas 10 km depois de estar dirigindo, começou a se sentir mal e desceu da camionete. No mesmo local, sofreu um ataque cardíaco fulminante que acabou com a sua vida”, assinalou ‘Noticiero Chalateco’.
A partir do meio-dia no sábado, 5 de agosto, seus restos mortais foram velados na Paróquia Santo Tomás de Tejutla.
No domingo, 6 de agosto, seu corpo foi levado para Ahuachapán e sepultado em São Miguel Arcanjo de Jujutla. Fonte: http://www.catolicanet.com.br
- Detalhes

A Sociedade Brasileira de Teologia Sistemática tem por finalidade promover o estudo, a pesquisa e a publicação de temas específicos de teologia fundamental e sistemática. Para assegurar esse objetivo oferecerá Simpósios e Seminários abertos a todos em vista de uma atualização teológica. Promoverá também encontros periódicos de professores de teologia fundamental e sistemática para possibilitar o diálogo, a mútua colaboração e o estudo em comum de temas inerentes a este setor da teologia.
Nos dias 07, 08 e 09 de setembro de 2017 ocorrerá o I Simpósio Internacional: A Eclesiologia do Papa Francisco, no Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro. Contato: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
- Detalhes
Deste episódio da Transfiguração, gostaria de colher dois elementos significativos, que sintetizo em duas palavras: subida e descida. Nós temos necessidade de ir além, de subir a montanha em um espaço de silêncio, para encontrar nós mesmos e perceber melhor a voz do Senhor. Isto fazemos na oração. Mas não podemos permanecer ali!
O encontro com Deus na oração nos impele novamente a “descer da montanha” e retornar para baixo, à planície, onde encontramos tantos irmãos sob o peso do cansaço, das doenças, injustiças, ignorâncias, pobreza material e espiritual.
A estes nossos irmãos que estão em dificuldade, somos chamados a levar os frutos da experiência que fizemos com Deus, partilhando com eles a graça recebida. E isto é curioso. Quando nós ouvimos a Palavra de Jesus, escutamos a Palavra de Jesus e a temos no coração, aquela Palavra cresce. E vocês sabem como cresce? Dando-a ao outro!
A Palavra de Cristo em nós cresce quando nós a proclamamos, quando nós a damos aos outros! E este é o caminho cristão. É uma missão para toda a Igreja, para todos os batizados, para todos nós: escutar Jesus e oferecê-Lo aos outros.
*Ângelus com o Papa Francisco. Roma, 16/03/2014.
- Detalhes
Comentário foi feito durante missa de encerramento da Festa de Santana de Caicó, no último domingo (30). Posição dividiu opiniões.
Um dos principais líderes da Igreja Católica no Rio Grande do Norte causou polêmica ao afirmar que a homoafetividade é um dom de Deus. "Se não é escolha, se não é doença, na perspectiva da fé só pode ser um dom", afirmou o bispo de Caicó, Dom Antônio Carlos Cruz Santos. O município fica na região Seridó, em pleno sertão potiguar. Veja a fala do bispo no vídeo acima.
O comentário do clérigo foi feito no último domingo (30), durante a missa de encerramento da Festa de Santana de Caicó – um dos mais tradicionais eventos religiosos do estado. Ao fim de sua fala, ele foi aplaudido pelos fiéis presentes à celebração. "O evangelho por excelência é evangelho da inclusão. O evangelho é porta estreita sim, é um amor exigente, mas é uma porta sempre aberta. Deus nunca fecha porta para ninguém", afirmou o bispo.
"Por isso, talvez, seria momento, assim como fomos capazes de dar um salto, na sabedoria do evangelho, de vencer a escravidão; não está na hora de a gente dar um salto, na perspectiva da fé, e superar preconceitos contra os nossos irmãos homoafetivos?", questionou.
O bispo ainda considerou que a homoafetividade não é uma opção, mas uma orientação. Argumentou que desde a década de 1990 a Organização Mundial da Saúde não considera a relação entre pessoas do mesmo sexo como doença. "Se não é escolha, se não é doença, na perspectiva da fé só pode ser um dom, é dado por Deus. Dom é isso. É dado por Deus, não tem jeito. Mas talvez os nossos preconceitos não consigam perceber o dom de Deus", ponderou.
Reações
O vídeo da transmissão da missa viralizou nas redes sociais e gerou polêmica entre os fiéis. Na página da Diocese de Caicó no Facebook, pessoas usaram o espaço destinado aos comentários para criticar o religioso. "Dom Antônio Carlos Cruz conseguiu transformar um pecado grave em dom de Deus", diz um dos comentários. "A Santa Sé tomará conhecimento desta heresia, proclamada dentro da Igreja Católica", afirma outro usuário, que chama o bispo de inimigo da igreja. Também houve manifestações de apoio ao religioso. Uma mulher que afirma ser do Paraná disse que conheceu Dom Antônio por meio das redes sociais e considerou que o posicionamento é um novo passo para a religião.
"Quero agradecer o senhor pela sua fala e pela sua delicadeza ao tratar deste assunto que faz parta da minha vida. Meu filho é homossexual, bispo", comenta ela. O grupo Cáritas Diocesano publicou uma nota de apoio ao clérigo, considerando que o bispo cumpriu "missão profética" de denunciar injustiças sociais.
O G1 procurou Dom Antônio Carlos Cruz Santos, mas ele afirmou que prefere não dar entrevistas no momento. Já a Arquidiocese de Natal informou que não vai comentar a declaração do bispo e considerou que ele tem autonomia e liberdade de ideia e pensamento. Durante a mensagem na missa de encerramento da Festa de Santana, dom Antônio Carlos Cruz Santos afirmou ainda que ouviu uma entrevista com o autor de um estudo sobre suicídios entre travestis e transexuais.
Ele contou que procurou o pesquisador para conversar sobre o assunto e lembrou de um caso em que recebeu a mãe de um jovem homossexual, que sofria muito o preconceito. Para ele, é momento de "dar um salto" e superar alguns posicionamentos da igreja.
Dom Antônio ainda pontuou que a pessoa não pode escolher a orientação sexual, mas pode escolher como vivê-la: "se de uma forma digna, ética, ou de uma forma promíscua". "Mas promiscuidade pode-se viver em qualquer uma das orientações que se tem", concluiu.
Carioca, filho de pais nordestinos, Dom Antônio foi nomeado Bispo de Caicó, pelo Vaticano, em 2014. Parte da congregação Missionários do Sagrado Coração de Jesus, foi ordenado em 1992 e trabalhou na Cidade de Deus (RJ) e em Contagem (MG), onde atuou três anos com estudantes de Teologia. Antes de chegar ao Rio Grande do Norte, o religioso passou quatro anos em Belford Roxo (RJ). Fonte: http://g1.globo.com
- Detalhes
Vários de seus colegas o menosprezavam por suas limitações nos estudos, mas ele demonstrou algo muito mais importante
Filho de camponeses, o futuro São João Maria Vianney, (*1786, *4 de agosto de 1859 ) também conhecido hoje como o Santo Cura d’Ars, sentiu-se chamado ao sacerdócio ainda bem jovem – só que foi impedido de ir à escola por causa da Revolução Francesa.
Quando as tensões se abrandaram na França, ele finalmente foi matriculado em uma escola local. Embora fosse o mais velho da classe, João Maria sofreu bastante com o currículo. Ele era constantemente provocado como “ignorante“, para usar um termo relativamente brando. Certa vez, a propósito, um estudante o humilhou porque João Maria não soube responder a uma pergunta e, como se não bastasse, ainda lhe deu um soco na cara. O aluno era Mathias Loras. João Maria acabou por transformá-lo em seu amigo. Anos depois, Mathias se tornaria o primeiro bispo de Dubuque, Iowa, nos Estados Unidos.
João Maria Vianney foi autorizado a estudar no seminário, mas era considerado “muito lento” pelos instrutores. Depois de ser reprovado em mais um exame, ouviu do reitor o seguinte:
“João, os professores não o consideram apto para a sagrada ordenação ao sacerdócio. Alguns o chamaram de ‘burro que nada sabe de teologia’. Como podemos promovê-lo ao sacramento do sacerdócio?”.
A resposta que São João Maria Vianney lhe deu se tornou célebre: “Monsenhor, Sansão matou cem filisteus com a queixada de um burro. O que acha que Deus poderia fazer com um burro inteiro?”. João Maria acabou sendo ordenado sacerdote não por causa das suas luzes intelectuais, que de fato não eram o seu forte, mas sim por conta do que mais importa em qualquer sacerdote: a santidade de vida.
Ele se tornou nada menos que um dos mais santos e extraordinários párocos já conhecidos em toda a história da Igreja – e isso que é uma história de dois milênios! O Papa Bento XVI (que, por contraste, é uma das mentes mais sublimes já conhecidas em toda a história da Igreja) o nomeou, não por acaso, padroeiro de todos os sacerdotes.
São João Maria Vianney, rogai por todos nós! Fonte: https://pt.aleteia.org
Pág. 172 de 350




