Sede da Assembleia de Deus foi construída em área de parque, próximo a residência do presidente Temer. Deputado Federal Marco Feliciano, ligado à igreja, diz que 'atitude é digna de uma ditadura'.

A derrubada de uma igreja da Assembleia de Deus gerou troca de acusações entre o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) e a presidente da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), Bruna Pinheiro. Os vídeos foram publicados nas redes sociais durante o fim de semana (veja vídeos abaixo).

De acordo com a Agefis, a igreja foi construída em área pública, no parque próximo ao Palácio do Jaburu – residência do presidente Michel Temer – , na expansão da Vila Planalto. Já o deputado Feliciano afirma que o terreno é propriedade da igreja "há mais de 50 anos".

A presidente da Agência, que também é evangélica, foi a primeira a falar. No vídeo, Bruna afirma que a demolição do templo tem base legal. “Como evangélica, acredito que devemos fazer a coisa certa. Os evangélicos devem ser os primeiros a respeitar a lei de nossa cidade. ”

Nesta segunda-feira (2), em um outro vídeo, o deputado federal e pastor da Assembleia de Deus, Marco Feliciano (PSC-SP), rebateu a ação do GDF. O parlamentar questionou o que chama de “abuso de autoridade” e considerou a ação uma “atitude digna de uma ditadura”.

“O governador do Distrito Federal mandou demolir a igreja evangélica de forma criminosa, sem mandado judicial ou aviso prévio."

No vídeo, o deputado fala ainda em desrespeito ao bispo Manoel Ferreira, responsável pela igreja. “Como o senhor sabe que cristão não briga, não xinga, vossa excelência desrespeitou o bispo primaz da igreja”.

Terra pública

A presidente da Agefis afirma que a área é pública e que a construção é recente - menos de dois meses – e nega perseguição à igreja. “Respeito muito todo o trabalho que a igreja faz. Não existe nenhum tipo de perseguição ao setor evangélico e não é uma guerra de ricos contra pobres.”

O GDF destaca ainda a importância de manter o parque "devido à relevância ambiental para a preservação dos recursos hídricos do DF".

Opiniões divididas

Seguidores do deputado Feliciano nas redes sociais ficaram divididos em relação a atitude do governo do DF. Em um dos comentários, uma pessoa fala em “falta de caráter” por parte do GDF e critica a ação. “Com isso ele está destruição [sic] não só o templo, mas famílias que dependem da igreja para sobreviverem”. Já outro seguidor afirma que “a lei é para todos”.

Em nota, também divulgada nas redes sociais, o GDF afirmou que tem tomado as medidas necessárias para "garantir o ordenamento territorial". O Palácio do Buriti esclareceu que a regularização é uma "obrigação legal" e uma forma de minimizar impactos ambientais e compensar o "patrimônio público lesado".

O que diz a legislação

Para fazer derrubadas de áreas e obras irregulares no DF, a Agefis considera o artigo 178 do Código de Edificações. De acordo com a normativa, para irregularidades identificadas em áreas públicas, a Agência tem aval para ação imediata. Nestas situações não está previsto nenhum tipo de aviso prévio.

Já, em casos de irregularidades identificadas em área privada, a Agefis é obrigada a notificar o dono e só depois adotar determinadas ações como multa, interdição e apreensão, até chegar a ponto de demolir a construção. Nesses casos, o dono do terreno ou imóvel tem o prazo de 5 a 30 dias, segundo o órgão, “a depender da urgência”.

Questionada pelo G1, a Agência de Fiscalização informou que até agosto de 2017 demoliu construções irregulares feitas em mais de 20 milhões de metros quadrados de área pública do DF. Fonte: https://g1.globo.com

O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu, nesta terça-feira, a liminar que proibia a exibição do espetáculo "O Evangelho segundo Jesus, rainha do céu” em Jundiaí, no interior de São Paulo. Uma decisão judicial, a partir de ação movida contra o Sesc — local que iria abrigar a peça na cidade —, impedia e apresentação sob o argumento de que a "exibição vai de encontro à dignidade cristã, posto apresentar Jesus Cristo como um transgênero, expondo ao ridículo os símbolos como a cruz e a religiosidade que ela representa".

A decisão que suspendeu a proibição foi tomada pelo desembargador José Luiz Mônaco da Silva. A apresentação que estava prevista para ocorrer no dia 16 de setembro no Sesc Jundiaí foi cancelada. Ainda não há previsão de quando a peça será encenada na cidade.

Escrito pela autora trans inglesa Jo Clifford, que em 2006, aos 56 anos, abriu mão do nome John, traz a também atriz trans Renata Carvalho no papel de Jesus e provoca reflexões em torno de questões de gênero. O Sesc informou em sua página na internet que vai recorrer da decisão. A peça já havia sido montada em outubro do ano passado, no Sesc Pinheiros, na capital paulista.

Ao impedir a exibição, em sua fundamentação, Campos Júnior escreveu que não se trata de "imposição a uma crença e tampouco a uma religiosidade". Ele argumentou que a peça é "um ato desrespeitoso e de extremo mau gosto". Advertiu também que não esquece a "liberdade de expressão, em referência no caso específico, à arte, mas o que não pode ser tolerado é o desrespeito a uma crença, a uma religião, enfim, a uma figura venerada no mundo inteiro".

Por meio de uma rede social, a organização do espetáculo comemorou a decisão desta terça-feira.

Informamos que o recurso à liminar transfóbica e fundamentalista que CANCELOU nosso espetáculo em Jundiaí no último dia 15 foi deferido! A liminar foi derrubada. Estaremos em breve em Jundiaí, dando o recado da Rainha Jesus. Amém! Fonte: https://extra.globo.com

TUDO PRONTO! A Igreja de Nossa Senhora Aparecida, da Comunidade Capim-Paróquia São Maximiliano Maria Kolbe- Diocese de Penedo/AL está pronta para o início da Novena da Padroeira, Nossa Senhora Aparecida. Hoje, às 19h, Missa e Novena- AO VIVO- no Olhar. www.olharjornalistico.com.br e no face: www.facebook.com/comunidadecapim ESPERAMOS VOCÊ!

Nas comemorações do tricentenário (1717-2017) do encontro da venerável imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida; faço aqui memória, de seus diversos títulos eclesiásticos e civis concedidos em reconhecimento.

Dentre os mais diversos deve especial destaque o de Generalíssima do Exército Brasileiro;por tratar-se de um título completamente civil e único na história do país, outorgado em 15 de agosto de 1967, cujo jubileu de ouro (50 anos) comemoramos. Junto a este título unem-se outros dois, o de Rainha do Brasil, conferido em 1904 e o de Padroeira da nação brasileira, em 1931.

Em 30 de junho de 1980, o então Presidente João Figueiredo, sancionou a Lei Nº 6.802, na qual ficava “declarado feriado nacional o dia 12 de outubro, para culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil”.

Em sua etimologia – Generalíssimo – trata-se de uma das mais altas patentes militares, de caráter exclusivo masculino. O termo, que é um superlativo da palavra General, é utilizado para descrever Generais, cujos cargos foram além do normalmente permitido pelas patentes militares.

Em 17 de abril de 1965, uma comissão de militares de Belo Horizonte (MG), encaminhou ao Reitor do Santuário de Aparecida o pedido de peregrinação nacional da imagemem decorrência das comemorações dos 250 anos de seu encontro, a iniciar pela capital mineira Belo Horizonte. O pedido fora levado à Aparecida (SP), em pergaminho, pelo Comandante da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, o documento trazia os seguintes dizeres:

“O Povo Mineiro, interpretando o desejo de todo o Povo Brasileiro, vem, pela comissão abaixo relacionada, respeitosamente. Pedir a Vossa Eminência Reverendíssima e ao D.D. Conselho Administrativo da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, que se dignem conceder licença para que a Imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, seja levada em triunfante peregrinação às Capitais de todos os Estados do Brasil, sendo em Brasília aclamada Generalíssima das Gloriosas Forças Armadas Brasileiras”. Segue-se a assinatura do então Presidente da República: Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco.

O pedido de peregrinação acabou não sendo atendido, o título de Generalíssima do Exército foi protelado e, assim, coube posteriormente ao então Presidente da República: Marechal Arthur da Costa e Silva outorgar, em 1967, o título, ato que aconteceu na capital espiritual do Brasil: Aparecida, durante as comemorações dos 250 anos do encontro da imagem, na ocasião em que foi solenemente entregue pelo legado pontifício, o Cardeal Amleto Cicognani, a Rosa de Ouro – alta condecoração pontifícia exclusiva a mulheres – oferecida pelo Papa Paulo VI em 15 de agosto de 1967.

Passando assim a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, ter o reconhecimento civil conferida pela patente mais alta do Exército Brasileiro, sendo-lhe prestadas às devidas honras militares. Fonte: http://www.a12.com

Depois de desafiar o papa para um debate formal sobre o conteúdo de Amoris laetitia, o Cardeal Gerhard Müller já tem preparado seus primeiros golpes retóricos. O mais contundente: que Francisco, em seu pontificado, ao fazer distinções tão marcantes entre a doutrina e a prática pastoral, sucumbiu a um enfoque essencialmente "marxista" baseado em um "dualismo entre a teoria e a prática". A reportagem é de Cameron Doody, publicada por Religión Digital, 30-09-2017. A tradução é de Henrique Denis Lucas.

Falando com o National Catholic Register, o ex-Prefeito da Doutrina da Fé tomou a liberdade de discutir as diferenças, a partir do seu julgamento, entre os pontificados de Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, por um lado, e o de Francisco, por outro. Os três primeiros papas, segundo o purpurado alemão, tomaram do magistério de Pedro um estilo no qual "deram resposta à todas as questões modernas e à gênese do mundo moderno", perguntas pelas quais eles "deram boas explicações". O Papa Bergoglio, apesar disso, "pensa que sua contribuição não é essa, porque [ele busca] um enfoque pastoral a partir do chamado Terceiro Mundo".

Um enfoque em que "os pobres são fundamentais para a Nova Evangelização" e que Müller qualifica como tendo uma "intenção muito boa". No entanto, também trouxe consigo uma nova atitude, na qual o Santo Padre "não quer apenas discutir a permissividade de alguns pontos da doutrina, mas também dar mais importância às boas intenções, à positividade, dizendo que o Evangelho está a favor da vida, e não apenas contra o aborto, por exemplo".

Segundo Müller, qual é o problema disto tudo? Na Igreja "temos a relação inseparável entre a fé e a vida, a graça e o amor, e não o dualismo entre a teoria e a prática". Distinguir entre estas últimas se constituiria em um "enfoque marxista". "Nossas categorias não são a teoria e a prática, mas a verdade e a vida", prosseguiu o purpurado, em uma observação que se torna um ataque ao papa que, especialmente em Amoris laetitia, tentou distinguir precisamente a doutrina de sua aplicação, em casos concretos.

Mas não é que, segundo Müller, o Amoris laetitia tenha sido o único lugar no qual o Papa Francisco tentou aplicar sua metodologia "marxista" na vida da Igreja. Em outra instância, seria a de ter continuado o "erro" que Paulo VI cometeu ao equiparar a Congregação para a Doutrina da Fé - historicamente, o mais importante dos dicastérios romanos - com as outras diversas Congregações. Além disso, ter aumentado a visibilidade e o poder da Secretaria de Estado, decisão de Francisco em que Müllervoltou a fazer duras críticas por ter deixado a Doutrina da Fé ainda mais debilitada.

"A verdade", argumentou Müller, "é que a Doutrina da Fé é mais importante do que as demais [Congregações] porque a fundação da Igreja não é a política, mas a fé", tornando a fazer uma crítica que já havia lançado a Francisco algumas vezes: de que, como papa, ele se preocupa mais com as questões terrenas do que as da fé. "A Secretaria de Estado", continuou o purpurado, "tem o trabalho de organizar os núncios apostólicos, promover a paz e a liberdade entre os Estados, fomentar a justiça social, etc.". E ainda que este seja um papel "muito importante", disse Müller, com o Papa Francisco esqueceu-se que "a Igreja não é uma organização política; não é uma organização social; não é uma ONG".

E quais são as outras consequências deste "dualismo" marxista do Papa Francisco, segundo Müller? Não apenas que ele causou, em certo sentido, a atual polêmica sobre a Amoris laetitia, mas que ele a continua exacerbando. Além disso, pelo fato de que já não há "nenhuma ideia clara do status eclesiológico da Igreja romana na forma de congregação de cardeais e da Cúria romana", a última, que não é meramente "um aparato funcional ou burocrático". Por mais que o ex-Prefeito da Doutrina da Fé não creia que seja necessário pôr diretamente a culpa no papa por esta "confusão", ele acredita que Francisco "está autorizado por Jesus Cristo para superá-la".

"Não quero lhe criticar [a Francisco], públicamente ou em privado", suavizou Müller. "Mas sou livre para dizer o que acredito que seja para o bem da Igreja". A partir disso que o purpurado alemão aconselha a estratégia de "distinguir entre o que é a doutrina oficial da Igreja e o que [o papa] está dizendo" em suas "opiniões particulares".

"Estas opiniões particulares do papa precisam ser respeitadas porque são as opiniões e as palavras do Santo Padre, mas ninguém é obrigado a aceitar acriticamente tudo o que ele diz por exemplo sobre as questões políticas ou científicas". Acerca do lugar na Igreja merecido pelos divorciados e pelas pessoas que tornaram a se casar, também parece ser o caso para as críticas de Müller, já que, por mais que a discussão suscitada pelos 'dubia' e pela "correção filial" acerca do conteúdo de Amoris laetitia "não tenham ido contra ele", é verdade "que há uma necessidade de mais esclarecimentos" antes que os fiéis possam aceitar conscientemente os ensinamentos que a exortação apostólica contém. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Ano de penitência

No Ano Mariano a pedido do Papa Francisco pediu para que fossem concedidas indulgências para os “verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade” visitarem o Santuário Nacional de Aparecida, ou qualquer uma das Igrejas de Nossa Senhora Aparecida pelo Brasil “devotamente participar das celebrações jubilares ou de promoções espirituais ou ao menos, por um conveniente espaço de tempo, elevarem humildes preces a Deus por Maria”.

Porém não bastará apenas visitar os templos, foram estabelecidos os seguintes requisitos para a concessão de indulgências:

A confissão sacramental,

A comunhão eucarística,

Orações na intenção do santo padre, o Papa.

Mas o que é a Indulgência ?

“A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa. O fiel bem-disposto obtém esta remissão, em determinadas condições, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui a aplica, por sua autoridade, o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos” (Paulo VI, Constituição Apostólica Indulgentarium doctrina, Normae I: AAS 59 (1967) 21).

Aos Idosos e Enfermos

Aos idosos e enfermos que não podem peregrinar para as igrejas e santuários foi aberta uma exceção para a concessão de indulgências, no documento enviado pelo vaticano consta: “assumida a rejeição de todo pecado, e com a intenção de cumprir onde em primeiro lugar for possível as três condições, espiritualmente se dedicarem diante de alguma pequena imagem da Virgem Aparecida, a funções ou peregrinações jubilares, ofertando suas preces e dores ao Deus misericordioso por Maria”.

O Ano Mariano é uma oportunidade de nos entregarmos por completo a Virgem Santíssima, além de comemorar, um ano de muita penitência, oração e sacrifício a Nossa Senhora.

Rogai por nós Nossa Senhora Aparecida.

Fonte: http://www.nossasagradafamilia.com.br

Muitas pessoas receberam nomes de santos, ou por uma devoção dos pais ou por terem nascido no dia em que se celebrava tal santo. Quando acontece isso dizemos que nós temos um santo onomástico, ou seja, temos um “santo com o nosso nome”, ou melhor, nós temos o nome de um santo. Antes também na Vida Religiosa Consagrada, principalmente na vida contemplativa, quando um monge ou uma monja faziam sua consagração religiosa eles escolhiam o nome de algum santo ao qual passavam a ser chamados, e não mais celebravam o aniversário de nascimento, mas sim o dia do santo do seu nome.

Ter o onomástico de algum santo é um apelo forte para que possamos acolher este santo como patrono e protetor oficial em nossa vida, mas é, acima de tudo, deixar que sua vida seja inspiração para a nossa, sabendo ver no seu testemunho de fé e caridade exemplos que devemos seguir.

"O que nos santifica é a coragem de amar como Jesus amou, de amar com a vida".

Muitas pessoas receberam o nome de Camilo, e sinto-me feliz por ter este onomástico também. Acredito que ao conhecer a história do santo, cujo nome levamos, isso deve nos motivar a buscar a caridade de Cristo com a qual eles se revestiram e por isso foram capazes de amar e servir. O que nos santifica é a coragem de amar como Jesus amou, de amar com a vida. São Camilo nos dá esse bonito exemplo, pois somente quem faz a experiência de se sentir amado por Cristo e deseja dar uma resposta de amor a Ele, será capaz de transformar sua vida num dom de amor para os outros.

Conheça aqui a história de São Camilo

São Camilo nos dá o grande exemplo da gratuidade do amor. Servir a Cristo na pessoa do doente, do enfraquecido, do empobrecido, aqueles que muitas vezes são descartados pelo mundo, mas que o amor de Deus elege para mostrar o valor sagrado da vida.

Seria interessante e importante você que tem o nome de algum santo ou santa, procurar conhecer mais sua história e assim poder trazer o caminho de santificação que eles percorreram como exemplo também para sua vida. Assim, não estaremos levando apenas o nome do Santo, mas manteremos em nosso coração o desejo de santidade que eles buscaram e alcançaram. Pois o próprio Cristo disse: “Sede santos, como vosso Pai do Céu é Santo” (Mt 5,48). Fonte: http://www.a12.com

ATUALIZAÇÃO DO EVANGELHO  ( Mt 21,28-32)

Antes de mais, a parábola dos dois filhos chamados para trabalhar “na vinha” do pai sugere que, na perspectiva de Deus, todos os seus filhos são iguais e têm a mesma responsabilidade na construção do Reino. Deus tem um projeto para o mundo e quer ver todos os seus filhos – sem distinção de raça, de cor, de estatuto social, de formação intelectual – implicados na concretização desse projeto. Ninguém está dispensado de colaborar com Deus na construção de um mundo mais humano, mais justo, mais verdadeiro, mais fraterno. Tenho consciência de que também eu sou chamado a trabalhar na vinha de Deus?

Diante do chamamento de Deus, há dois tipos de resposta… Há aqueles que escutam o chamamento de Deus, mas não são capazes de vencer o imobilismo, a preguiça, o comodismo, o egoísmo, a auto-suficiência e não vão trabalhar para a vinha (mesmo que tenham dito “sim” a Deus e tenham sido batizados); e há aqueles que acolhem o chamamento de Deus e que lhe respondem de forma generosa. De que lado estou eu? Estou disposto a comprometer-me com Deus, a aceitar os seus desafios, a empenhar-me na construção de um mundo mais bonito e mais feliz, ou prefiro demitir-me das minhas responsabilidades e renunciar a ter um papel activo no projeto criador e salvador que Deus tem para os homens e para o mundo?

O que é que significa, exatamente, dizer “sim” a Deus? É ser batizado ou crismado? É casar na igreja? É fazer parte de uma confraria qualquer da paróquia? É fazer parte da equipa que gere a Fábrica da Igreja? É ter feito votos num qualquer instituto religioso? É ir todos os dias à missa e rezar diariamente a Liturgia das Horas? Atenção: na parábola apresentada por Jesus, não chega dizer um “sim” inicial a Deus; mas é preciso que esse “sim” inicial se confirme, depois, num verdadeiro empenho na “vinha” do Senhor. Ou seja: não bastam palavras e declarações de boas intenções; é preciso viver, dia a dia, os valores do Evangelho, seguir Jesus nesse caminho de amor e de entrega que Ele percorreu, construir, com gestos concretos, um mundo de justiça, de bondade, de solidariedade, de perdão, de paz. Como me situo face a isto: sou um cristão “de registo”, que tem o nome nos livros da paróquia, ou sou um cristão “de facto”, que dia a dia procura acolher a novidade de Deus, perceber os seus desafios, responder aos seus apelos e colaborar com Ele na construção de uma nova terra, de justiça, de paz, de fraternidade, de felicidade para todos os homens?

Nas nossas comunidades cristãs aparecem, com alguma frequência, pessoas que sabem tudo sobre Deus, que se consideram família privilegiada de Deus, mas que desprezam esses irmãos que não têm um comportamento “religiosamente correto” ou que não cumprem estritamente as regras do “bom comportamento” cristão… Atenção: não temos qualquer autoridade para catalogar as pessoas, para as excluir e marginalizar… Na perspectiva de Deus, o importante não é que alguém se tenha afastado ou que tenha assumido comportamentos marginais e escandalosos; o essencial é que tenha acolhido o chamamento de Deus e que tenha aceitado trabalhar “na vinha”. A este propósito, Jesus diz algo de inaudito aos “santos” príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo: “os publicanos e as mulheres de má vida irão diante de vós para o Reino de Deus”. Hoje, que é que isto significa? Hoje, quem são os “vós”? Hoje, quem são os “publicanos e mulheres de má vida”?

LEIA A REFLEXÃO NA ÍNTEGRA. CLIQUE NO LINK – AO LADO- EVANGELHO DO DIA.

“A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”, este é o tema escolhido pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) para a Campanha Missionária de 2017 que será trabalhada durante todo o mês de outubro. A inspiração vem do convite do papa Francisco na Evangelii Gaudium para uma “nova etapa evangelizadora marcada pela alegria” (EG,1).

 Mês das Missões é um período de intensificação das iniciativas de animação e cooperação missionária em todo o mundo. O objetivo é sensibilizar, despertar vocações missionárias. A coleta no Dia Mundial das Missões – instituído pelo papa Pio XI em 1926, que ocorre sempre penúltimo final de semana de outubro, este ano será nos dias 21 e 22.

Todos os recursos arrecadados são utilizados para a animação e cooperação missionária em todo o mundo, pois e uma coleta universal.

Tudo está em sintonia como os ensinamentos do papa Francisco quando afirma: “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontraram com Jesus” (EG 1). Essa alegria precisa ser anunciada pela Igreja que caminha unida, em todos os tempos e lugares, e em perspectiva ad gentes. Por isso, o lema: “Juntos na missão permanente”.

Para o bispo auxiliar de São Luís (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Esmeraldo Barreto de Farias, a campanha não deve ser restrita aos conselhos missionários paroquiais ou diocesanos.

“Todos nós somos convidados a participar, pastorais, movimentos e as pessoas de boa vontade. A igreja é por natureza missionária e, cada um e nós, a partir do nosso batismo somos chamados a ser um missionário”, destaca o bispo.

Para facilitar o acesso ao conteúdo de divulgação que está disponível no site das POM, foi lançado também no final do 4º Congresso Missionário Nacional, que aconteceu de 7 a 10 de setembro, em Recife (PE), o aplicativo para celular, o ‘Zappar’, explica o diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Maurício da Silva Jardim

“A novidade é que este ano temos um aplicativo, e com este aplicativo, apontamos para a arte, tanto da Novena Missionária como a Oração Missionária, o cartaz, e o celular o lê e abre um vídeo de apresentação da Campanha e as pessoas podem acessar todo o material, inclusive os nove testemunhos: tudo aí dentro do aplicativo”.

A Campanha Missionária, na qual colaboram a CNBB por meio da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, a Comissão para a Amazônia e outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (Comina) é organizada pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) que preparou um amplo material de divulgação e estudos. Entre eles, subsídios, DVD´s e orações. Fonte: http://cnbb.net.br

Dom Milton Kenan, Bispo da Diocese de Barretos, São Paulo.  

         Os anos passam rápido. Teresa já está há quase nove anos naquele Carmelo tão sonhado, onde quisera “dar-me toda inteira a Ele, já não quero viver senão para Ele.” (CT 43B). Naqueles primeiros anos, Teresa acalentara o desejo de chegar ao recorde do amor a Deus: “Queria amá-Lo tanto...amá-Lo como jamais foi amado” (CT 74).

Teresa abordou a sua vida de carmelita com a firme resolução de realizar, custe o que custar, o seu ideal de santidade. "Quero ser santa (...), quero sê-lo" (Ct 45). "Chegar a ser uma grande santa" é o leitmotiv (Ct 52,80). O seu Senhor não "quer pôr limites à (sua) santidade" (Ct 83). O preço nunca será demasiado alto: "Jesus pede-te tudo, tudo, tudo, tanto quanto pode pedir aos maiores Santos" — e sublinha a palavra "tudo", respectivamente, duas, três e cinco vezes (Ct 57).

          Teresa tem clara diante de si a meta que  espera alcançar a custa do esforço e da luta acirrada; e lhe é claro também o caminho a percorrer, nada menos do que o próprio amor:  "Por mim não conheço outro meio para chegar à perfeição senão 'O amor'... Amar, o nosso coração foi feito para isso!... Às vezes procuro outra palavra para exprimir o amor, mas na terra do exílio as palavras são impotentes para exprimirem todas as vibrações da alma, por isso temos de limitar-nos a esta única palavra: "Amar!..."(Ct 109).

            Entretanto, há medida que os meses e anos passam, Teresa vai se dando conta de que as dificuldades não são pequenas: Tem de conviver com a distância não física mas afetiva das irmãs Paulina e Maria que na sua infância ocuparam o lugar da mãe (morta precocemente) que não estavam mais dispostas a recriar no Carmelo o ambiente afetuoso de Buissonets; o temperamento tão difícil de Madre Maria do Gonzaga, que oscilava entre afeto e desprezo; a comunidade constituída de personalidades tão diferentes. Referindo-se a estas dificuldades, nas sublimes páginas do Manuscrito C sobre o mandamento do amor, Teresa fala dos “tristes sentimentos da natureza” (Ms C 19r); dos “combates”, das “fraquezas”, dos “fracassos” (Ms C 23v); das “doenças morais que [são] crônicas: a falta de bom senso, de educação, de susceptibilidade de alguns caracteres, todas as coisas que não tornam a vida muito agradável” (Ms C 28r).

            Tem conviver também com a aridez, o sono, as distrações nas horas de oração mental; mas, sobretudo, o triste estado de seu Pai, a quem chama de  “seu Rei”, vítima de ausências, crises de agressividade, fugas repentinas.

Teresa a intrépida não se dobra diante do sofrimento. Sofre heroica e virilmente. Entrega-se nas mãos de Jesus como “a bolinha”, humilde e pequena como “um grão de areia”, “desconhecida” e “esquecida” (CT 103), “ignorada” e “debaixo dos pés de todos”, porém “vista por Jesus” (CT 95).

           As humilhações que sofre com as recaídas do seu paizinho querido, a sua internação em Caen, num hospital destinado a pacientes de doenças mentais, levam Teresa a se confrontar com o mistério de Deus! Porque permite Deus semelhante provação a quem sempre O serviu com fidelidade? Certamente, diz-se — e Teresa repete-o —que o sofrimento é um privilégio reservado aos amigos de Deus e que no céu tudo terá a sua recompensa. Mas, existe o céu? Teresa, que na sua autobiografia cala de propósito muitas coisas, refere de passagem esta afirmação: "Tinha então grandes provações interiores de todas as espécies até me interrogar, por vezes, se haveria Céu" (Ms A 80v). É a pergunta sobre o mais além, que no fim da sua vida virá ao de cima com tanta crueldade e à qual Teresa respondeu, em Jesus, com uma fé e um amor magníficos.

            Neste período Teresa faz a descoberta da “Sagrada Face”, o ícone do Filho amado do Pai que submete-se ao sofrimento por amor, unicamente por amor. No Rosto de Cristo coroado pelos espinhos, desfigurado por causa do sofrimento, Teresa vê a resposta para suas dúvidas: o Pai não poupara o Filho, entregou o Filho nas mãos dos pecadores. Graças a esta contemplação, Teresa faz a passagem de uma fé tradicional, para uma fé genuinamente “cristã”, assumida pessoal e  responsavelmente; onde Jesus tornar-ase o seu argumento.

           No meio da noite Cristo brilha incessantemente. Quem poderá dizer "as belezas escondidas de Jesus"? Apenas as vê na fé. "Sim, a Face de Jesus é luminosa, mas se no meio das feridas e das lágrimas é já tão bela, que será então quando a virmos no Céu? Oh! O Céu... Sim, para ver um dia a Face de Jesus, para contemplar eternamente a maravilhosa beleza de Jesus, o pobre grão de areia deseja ser desprezado na terra!..." (Ct 95). Mesmo na noite percebe-se "uma claridade semi-velada, a claridade que espalham à sua volta os olhos baixos da face do meu Prometido" (Ct 110).

          A beleza de Jesus, Verbo eterno, é também a beleza do seu amor pelos homens... Ama-nos inefavelmente: "Jesus arde de amor por nós... Contempla a sua face adorável!... Vê esses olhos apagados e baixos!... Vê essas feridas... Contempla Jesus na sua Face... Aí verás como Ele nos ama" (Ct 87). “A tua Face é a minha única Pátria, ela é o meu Reino de amor" (PN 20). Aos poucos o sofrimento e o esforço pessoal perdem sua primazia para dar lugar não só à amorosa vontade do Senhor, mas antes de tudo, à sua mesma Ação divina.

        A nossa carmelita afirma que "o mérito não consiste em dar muito, mas em receber muito". Não quer de modo nenhum "amontoar tesouros para o céu" (Ct 91), mas abandona agora o seu "negócio" espiritual no Senhor. "A tua Teresa — confessa a Celina — não se encontra neste momento nas alturas, mas Jesus ensina-lhe 'a tirar proveito de tudo, do bem e do mal que encontra em si' [São João da Cruz]. Ensina-lhe a jogar à banca do amor, ou antes, joga Ele por ela sem lhe dizer como se faz porque isso é assunto d'Ele e não de Teresa, o que ela tem de fazer é abandonar-se, entregar-se sem nada reservar para si, nem mesmo a alegria de saber quanto lhe rende o banco (...) Jesus não me ensina a contar os meus atos; ensina-me a fazer tudo por amor (...), mas isto faz-se na paz, no abandono, é Jesus que faz tudo e eu não faço nada" (Ct 142).  Tendo já percorrido grande parte de sua estadia no Carmelo, nossa jovem santa se dá conta de que sua fraqueza é irremediável, e a necessidade que tem da misericórdia de Deus.

          Teresa não espera de si mesma méritos e progressos, mas de Deus. É profunda a consciência da sua incapacidade. A partir de agora, procura mais deixar agir o Senhor do que transformar por si mesma a sua fraqueza em amor. Dá-se conta da prioridade do amor de Deus, que não só está na origem dos nossos atos de amor, mas também os aperfeiçoa.

        Conforme o que Teresa nos explicou sobre o seu "pequeno caminho completamente novo", é de Deus de quem fez a sua grande descoberta, que se referirá à misericórdia divina precisamente enquanto misericórdia. Certamente que já antes Teresa tinha consciência da bondade de Deus e da sua compaixão. Mas agora aprende a reconhecer que o amor de Deus não só é real, primeiro e fiel, mas é um amor que desce ao pequeno, que busca o pequeno porque é pequeno, e que Ele é grande para com o pequeno. A pequenez, em vez de ser principalmente humildade, será a partir de agora principalmente confiança.

        Desejosa de ser pequena e de chegar a sê-lo cada vez mais, Teresa ambicionará antes de tudo uma confiança completamente filial. "O que agrada a Deus na minha pequena alma — escreverá mais tarde — é ver-me amar a minha pequenez e a minha pobreza, é a esperança cega que tenho na sua misericórdia... Só a confiança e nada mais do que a confiança tem de conduzir-nos ao Amor" (Ct 197). Com plena consciência e vontade confiar-se-á à obra da Graça nela, colaborará com ela e a ela se entregará.

         Só no manuscrito autobiográfico C, escrito três meses antes de morrer, é que Teresa se referiu à descoberta do seu "pequeno caminho muito direito, muito curto, um pequeno caminho completamente novo" (cf. Ms C 2r-v). Tendo comprovado, ao comparar-se com os santos, por um lado que é como um grão de areia aos pés de uma montanha e, por outro, que "fazer-se crescer a si mesma é impossível" (quer dizer, que ela se faça crescer a si mesma, mas isto não exclui que Deus a faça crescer), Teresa põe-se a procurar nos "Livros Sagrados" uma solução: uma espécie de "ascensor", que a elevasse ao cimo da montanha da santidade.

      Convém saber aqui que no dia 14 de setembro de 1894, um mês e meio depois da morte do Sr. Martin, Celina se tinha consagrado também ao Senhor no Carmelo de Lisieux. Quando entrou levava consigo um pequeno caderno onde tinha copiado as passagens mais belas do Antigo Testamento. Como então não era permitido às carmelitas jovens ler o Antigo Testamento na sua totalidade, Teresa, ávida da Palavra de Deus, tinha mergulhado no pequeno caderno de Celina. Foi assim como num dia de Outono de 1894 viveu o seu eureka tão importante.

          Ao princípio, ficou impressionada com uma primeira frase: "Se alguém for pequenino, venha a mim" (Pr 9,4). Sentiu-se aqui pessoalmente retratada: não era a pequenez o seu especial problema no seu caminhar para chegar a ser uma grande santa? Ei-la aqui convidada a aproximar-se de Deus como "pequena", a ver-se "toda pequena".

         Guiada pelo Espírito, prossegue na sua procura, com uma exegese totalmente pessoal e penetrante. Ei-la desconcertada ao ler a promessa de Deus: "Como uma mãe acaricia o seu filho, assim Eu vos consolarei; levar-vos-ei ao colo e embalar-vos-ei nos meus joelhos" (Is 66,13.12).

          Detenhamo-nos um instante. Teresa cita duas vezes esta passagem, e duas vezes deixa transparecer a emoção que provoca nela. Eis o que sobre isto diz: "Ah! Nunca palavras tão ternas e tão melodiosas me vieram alegrar a alma!" (Ms C 3r). Mais ainda: "Depois de semelhante linguagem, nada mais resta senão calar-nos, chorar de gratidão e de amor" (Ms B 1r).

          Porquê uma emoção tão profunda? Porque, Teresa lê aqui na Bíblia, pela primeira vez na sua vida, que Deus é como uma mãe para o seu filho. E Teresa é hipersensível ao amor de uma mãe! Não tinha perdido, na idade de quatro anos e oito meses, a sua "incomparável" mãe, que morreu de câncer? (Ms A 4v). Esta perda brutal, na idade em que a filha tinha tanta necessidade do amor maternal para estruturar a sua personalidade, causou em Teresa um profundo traumatismo do qual não sairá até aos catorze anos, com a "graça do Natal". Imediatamente, depois da morte da sua mamãe, Teresa afeiçoou-se com todas as suas forças à sua Irmã Inês, a sua "segunda mamãe", que em breve partiria para o Carmelo. Nova ruptura quando a outra irmã, Maria, terceira mamãe por assim dizer, vai também ela para o convento...

         E Teresa, a órfã, lê que Deus é como uma mamãe para com o seu filho pequeno! Então, conclui: "É preciso que eu permaneça pequena, e que me torne cada vez mais pequena" — até ser o "pequenino" a quem Deus cumula com o seu amor de mãe. A sua conclusão é evidente: este "pequeno caminho muito direito, muito curto" que conduz ao cume do amor e da santidade, este "ascensor" que Teresa procura, "são os vossos braços, ó Jesus!" (Ms C 3r).

*Reflexão do Retiro- Na companhia e sob a guia de Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face.

Os arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro

Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”.


São Miguel

O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalipse 12,7-8)

São Gabriel

O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.

São Rafael

Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!

Fonte: http://www.catolicanet.com.br

O julgamento ficou empatado até o último momento, sendo decidido pelo voto da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia

Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, 27, que o ensino religioso ministrado em escolas públicas pode ser confessional, ou seja, pode promover crenças específicas.

Depois de quatro sessões dedicadas ao tema, a Corte concluiu o julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2010.

O caso girou em torno de um acordo entre Brasil e o Vaticano, firmado na Cidade do Vaticano em novembro de 2008.

O decreto em questão, assinado pelo então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, promulga um acordo entre Brasil e o Vaticano, que afirma que o “ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas” constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

Na avaliação da PGR, a redação evidencia a adoção de um ensino confessional, ou seja, com vinculação a certas religiões.

“Não vejo como se opor à laicidade a opção do legislador e não vejo contrariedade aqui que pudesse me levar a considerar inconstitucionais as normas questionadas”, disse a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que desempatou o julgamento e definiu o resultado.

“Não vejo submissão do Estado à submissão de religião na norma. A pluralidade de crenças, a tolerância – que é princípio da Constituição Federal – combina-se com os dispositivos aqui atacados. Pode-se ter conteúdo confessional em matérias não obrigatórias nas escolas”, concluiu a ministra.

Além de Cármen Lúcia, votaram a favor da possibilidade de o ensino religioso ser confessional – ou seja, vinculado a religiões específicas – os ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes – coube a Moraes abrir a divergência no julgamento.

Em sentido divergente votaram o relator da ação, ministro Luís Roberto Barroso, e os ministros Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Luiz Fux e Rosa Weber.

Questão

Para Celso de Mello, a fé é questão essencialmente privada no Estado laico.

“A laicidade do Estado envolve a pretensão republicana de delimitar espaços próprios e inconfundíveis para o poder político e a fé. O Estado laico não pode nem pode ter preferências de ordem confessional e não pode portanto interferir na esfera das escolhas religiosas. O Estado não tem nem pode ter interesses confessionais”, sustentou Celso de Mello.

“Ninguém pode ser coagido a fazer parte de associação religiosa. Ninguém pode ser perguntado, indagado por qualquer autoridade acerca das suas convicções ou prática religiosa, nem ser prejudicado por se recusar a responder. Ninguém é obrigado a indicar sua religião. Ninguém pode ser obrigado a prestar juramento religioso. Nesta República laica, o direito não se submete à religião”, frisou Celso de Mello.

Na avaliação de Marco Aurélio Mello, a garantia do Estado laico obsta que dogmas da fé determinem o conteúdo de atos estatais.

“Concepções morais religiosas, quer unânimes, quer majoritárias, quer minoritárias, não podem guiar as decisões do Estado, devendo ficar circunscritas à esfera privada. A crença religiosa e espiritual – ou a falta dela, o ateísmo – serve precipuamente para ditar a conduta e a vida privada do cidadão que a possui ou não a possui. Paixões religiosas de toda ordem hão de ser colocadas à parte na condução do Estado”, disse Marco Aurélio Mello na sessão desta quarta-feira.

“É tempo de atentar para o lugar da religião na sociedade brasileira. Esta, embora aspecto relevante da comunidade, digno de tutela na Constituição Federal, desenvolve-se no seio privado no lar, na intimidade, nas escolas particulares. Nas públicas, espaço promovido pelo Estado para convívio democrático das diversas visões de mundo, deve prevalecer a ampla liberdade de pensamento, sem o direcionamento estatal a qualquer credo”, completou Marco Aurélio Mello.

Modalidade

Para o ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação, somente o modelo não confessional de ensino religioso nas escolas públicas seria compatível com o princípio de um Estado laico. Como escolher a escola para seu filho: O Positivo te dá 8 dicas que podem ajudar Patrocinado

Nessa modalidade, explicou o ministro, a disciplina consiste na exposição neutra e objetiva de doutrinas, práticas, aspectos históricos e dimensões sociais das diferentes religiões.

A posição do ministro, no entanto, foi derrotada no julgamento concluído nesta quarta-feira. Fonte: Fonte: https://exame.abril.com.br

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou hoje quarta-feira, dia 27 de Setembro de 2017, às 10 horas locais de Roma, na Praça de S. Pedro, a tradicional Audiência Geral. “Não estamos sozinhos na luta contra o desespero. Jesus é capaz de vencer em nós tudo aquilo que se opõe ao bem”. E “se Deus está connosco, ninguém poderá roubar-nos aquela virtude de que temos necessidade para viver. Enfim, ninguém nos roubará a esperança”. Daí, a necessidade, segundo Francisco, de conhecermos muito bem os principais “inimigos” da esperança em geral e da esperança cristã de modo particular. Esta, caros ouvintes, é o fulcro da mensagem catequética do Papa Francisco, na Audiência Geral de hoje na Praça de S. Pedro repleta de fiéis e peregrinos provenientes de diversas partes da Itália e do mundo. Recordamos que o tema da catequese do Papa para este ano é, precisamente, o tema da esperança cristã.

Na Audiência Geral de hoje em que foi também lançada a Campanha da Caritas Internacionalis, sob o lema “Partilhar a viagem”, o Papa Francisco concentrou a sua catequese sobre os piores “inimigos da esperança”. Neste sentido o Pontífice advertiu sobre a necessidade de ter sempre presente e nunca esquecer que, e citamos, “ter tudo da vida é um infortúnio”; que “a esperança não é virtude para pessoas com o estômago cheio”; e sobretudo, que “ter uma alma vazia é o pior obstáculo à esperança”.

Na sua reflexão o Santo Padre partiu do “antigo mito da caixa de Pandora”, que, segundo o Papa, revela-nos a importância da esperança para a humanidade.

Francisco recorda que “é a esperança que mantém em pé a vida, que a protege e a faz crescer”; esta esperança porém, sublinhou é assaz diferente daquilo que se costuma dizer que “enquanto houver vida há sempre esperança”.

“Se os homens não tivessem cultivado a esperança – observou -  “nunca teriam saído das cavernas e não teriam deixado marcas na história do mundo”. É uma das coisas mais divinas que existe no coração do homem.

Ao referir-se ao poeta francês Charles Péguy – nas palavras do Santo Padre “deixou páginas estupendas sobre a esperança” –  o Papa observou que a imagem de um dos seus textos evoca “os rostos de tanta gente que passou por este mundo – agricultores, pobres, operários, migrantes em busca de um futuro melhor – que lutaram tenazmente não obstante a amargura de um hoje difícil, cheio de tantas provações, animados porém pela confiança de que os filhos teriam uma vida mais justa e mais serena”.

Assim, acrescentou o Pontífice,“a esperança é o impulso no coração de quem parte deixando a casa, a terra, às vezes até familiares e parentes, para buscar uma vida melhor, mais digna para si e para os próprios familiares”, mas é também “ o impulso no coração de quem acolhe, o desejo de encontrar-se, de conhecer-se, de dialogar”.

“A esperança é o impulso para “partilhar a viagem” da vida, como nos recorda a Campanha da Caritas que hoje iniciamos”.(…) “Irmãos, não tenhamos medo de partilhar a viagem! Não tenhamos medo de compartilhar a esperança!”.

Francisco recordou então que “a esperança não é virtude para pessoas com o estômago cheio”, e é precisamente por este motivo que, sublinhou, “os pobres são os primeiros portadores da esperança”, como José e Maria e os pastores de Belém. “Enquanto o mundo dormia recostado nas tantas certezas adquiridas, os humildes preparavam no silêncio a revolução da bondade. Eram pobres de tudo”, mas “eram ricos do bem mais precioso que existe no mundo, isto é, o desejo de mudança”.

Daí que, “às vezes – observou o Pontífice – ter tudo na vida é um infortúnio”:

“Pensem num jovem a quem não foi ensinada a virtude da espera e da paciência, que não teve que suar por nada, que queimou as etapas e aos vinte anos “já sabe como funciona o mundo”. Está destinado à pior condenação: a de não desejar mais nada. Parece um jovem, mas já entrou o autuno no seu coração”.

Mas também, sublinhou ainda o Papa, “a alma vazia é o pior obstáculo à esperança”; “um risco para o qual ninguém está excluído, porque ser tentados contra a esperança pode acontecer também quando se percorre o caminho da vida cristã”, como advertiam os monges da antiguidade, ao denunciar um dos priores inimigos do fervor,  que é aquele “demónio do meio-dia”.

A preguiça, de fato,  – como a definiam os Padres – “é uma tentação que nos surpreende quando menos esperamos: os dias tornam-se monótonos e enfadonhos”, nenhum valor mais parece merecer algum esforço na nossa vida. E quando isto acontece, advertiu Francisco, o cristão sabe que aquela condição deve ser combatida, nunca aceitá-la passivamente, pois, Deus nos criou para a alegria e para a felicidade, e não para ardermos em pensamentos melancólicos.

Por esta razão, concluiu dizendo o Santo Padre, devemos custodiar o coração, “opondo-nos às tentações da infelicidade, que certamente não provém de Deus. E lá onde as nossas forças parecem fracas e a batalha contra a angústia dura, podemos sempre recorrer ao nome de Jesus. Podemos repetir aquela oração simples, que encontramos também nos Evangelhos e que se tornou a base de tantas tradições espirituais cristãs: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tenha piedade de mim pecador!.

Não estamos sozinhos na luta contra o desespero. Jesus é capaz de vencer em nós tudo aquilo que se opõe ao bem. E se Deus está connosco, ninguém poderá roubar-nos aquela virtude de que temos necessidade para viver. Ninguém nos roubará a esperança”.

Na conclusão da sua audiência e come de costume, também hoje não faltou a habitual saudação do Papa Francisco aos peregrinos de língua oficial portuguesa presentes na Praça de S. Pedro: Saúdo, disse Francisco, todos os peregrinos de língua portuguesa, em particular os fiéis de Arruda dos Vinhos e Sobral e os diversos grupos do Brasil. Queridos amigos, a esperança cristã nos leva a olhar para o futuro como homens e mulheres que não se cansam de sonhar com um mundo melhor. Que Maria, causa da nossa esperança, vos guie nesse caminho. Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

“Francisco vê a Igreja como um hospital; seus inimigos a veem (como Lutero fez) como uma espécie de fortaleza contra erros e infiéis. O importante, porém, é que Francisco, depois de anos de discussão, está vencendo o debate”, afirma, em editorial, o jornal inglês The Guardian, 25-09-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Um grupo de clérigos conservadores acusou o Papa Francisco de heresia pelas suas tentativas de liberar o trato da Igreja às pessoas divorciadas. Isso levanta uma questão interessante: por quanto tempo um papa deve estar morto antes que as suas opiniões possam ser ignoradas com segurança?

Para muitas pessoas, a resposta é “por tempo algum”: não são apenas os humanistas, os muçulmanos e os protestantes, mas também a grande maioria dos católicos do mundo que dão pouca atenção à doutrina católica quando eles não concordam com ela. A direita católica ignora mais de 100 anos de um consistente ensino papal contra os excessos do capitalismo, junto com denúncias mais recentes da pena de morte, das guerras de agressão e da destruição ambiental. A esquerda católica ignora os ensinamentos do papa sobre a sexualidade – e todos ignoram a proibição da contracepção.

Os próprios papas, no entanto, devem levar seus antecessores muito a sério, mesmo que nenhuma das partes esteja escrevendo infalivelmente. As encíclicas papais soam como documentos legais, reforçados com notas de rodapé para provar que a doutrina não mudou, e que eles estão apenas repetindo o que seus antecessores queriam dizer, mesmo quando contradizem o que foi claramente dito.

Esses magníficos roupões escondem algumas coisas fantasiosas às vezes. É um artigo de fé – literalmente – que a doutrina nunca pode mudar, apenas se desenvolver, e o olho da fé pode ver claramente as sutis diferenças entre mudança, desenvolvimento e decadência.

Assim, as denúncias do século XIX sobre a democracia e a liberdade de pensamento e de consciência são agora ignoradas, mas a recusa do Papa João Paulo II de admitir as mulheres ao sacerdócio parece que vai ficar de pé por mais alguns séculos, pelo menos.

O que dizer, porém, da denúncia igualmente clara do Papa João Paulo II dos casais divorciados em segunda união que recebem a comunhão, reafirmada com força apenas 14 anos atrás? “Aqueles que persistem obstinadamente no pecado grave manifesto”, como ele se referiu aos divorciados recasados, devem ser banidos da participação no rito central da Igreja.

Mesmo na época, isso foi amplamente ignorado – a sua carta é uma daquelas leis a partir das quais os historiadores podem concluir que o comportamento banido era lugar-comum. Deve haver poucas comunidades católicas no Ocidente sem divorciados em segunda união que comungam, e todos sabem disso. Afastá-los do altar causaria um escândalo público, e isso também é banido. Portanto, é improvável que a carta tenha qualquer efeito sobre os fatos in loco.

Mas os esforços do papa atual, Francisco, para reverter a política dos seus antecessores provocaram uma reviravolta vigorosa. Se ele está mudando a doutrina, como seus oponentes acusam, ou meramente a interpretação da doutrina, como afirmam seus defensores, não há dúvida de que ele quer que a Igreja encoraje algumas pessoas que violam suas normas sobre sexualidade a comungarem. A questão simplesmente não é mais controversa em nenhuma outra Igreja, apesar da clara afirmação de Jesus sobre o princípio da oposição ao divórcio.

Somente a Igreja Católica tem a combinação entre burocracia e autoritarismo que torna tão difícil para o clero aprender com a experiência dos seus rebanhos. A própria ideia de que a Igreja deveria aprender com o mundo e não ensiná-lo é uma afronta para alguns católicos.

O desdobramento mais recente é a publicação de uma longa carta que acusa o papa da heresia pelas suas crenças sobre a segunda união, assinado por 62 clérigos conservadores, que parecem interessados em combater novamente a Reforma 500 anos depois: eles também acusam Francisco de várias heresias luteranas incompreensíveis para a mente não treinada.

Francisco vê a Igreja como um hospital; seus inimigos a veem (como Lutero fez) como uma espécie de fortaleza contra erros e infiéis. O importante, porém, é que Francisco, depois de anos de discussão, está vencendo o debate. Existem 4.000 bispos na Igreja em todo o mundo; apenas um, que tem 94 anos, assinou a carta. Inúmeros católicos podem não concordar com Francisco. Mas ninguém na hierarquia se atreve a ignorá-lo publicamente, pelo menos enquanto ele está vivo. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

O Papa Francisco celebrou na manhã desta terça-feira (26/09) a Missa na capela da Casa Santa Marta. Na sua homilia, falou do conceito de família, inspirando-se no Evangelho de Lucas proposto pela liturgia do dia.

Para Jesus, família são os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática. No Evangelho, é o Senhor que chama “mãe”, “irmãos” e “família” os que o circundavam e o ouviam na pregação. E isso, observou o Papa, "faz pensar no conceito de familiaridade com Deus e com Jesus”, que é algo a mais em relação ao ser “discípulos” ou “amigos”; “não é uma atitude formal nem educada e muito menos diplomática”, afirmou o Papa.

E então "o que significa esta palavra que os padres espirituais na Igreja tanto usaram e nos ensinaram?".

Antes de tudo, explicou Francisco, significa "entrar na casa de Jesus: entrar naquela atmosfera, viver aquela atmosfera, que está na casa de Jesus. Viver ali, contemplar, ser livres, ali. Porque os filhos são os livres, os que moram na casa do Senhor são os livres, os que têm familiaridade com Ele com os livres. Os outros, usando uma palavra da Bíblia, são os ‘filhos da escrava’, digamos assim, são cristãos, mas não ousam se aproximar, não ousam ter esta familiaridade com o Senhor, e sempre há uma distância que os separa do Senhor".

Mas familiaridade com Jesus, como nos ensinam os grandes Santos, acrescentou o Papa, significa também “estar com Ele, olhá-Lo, ouvir a sua Palavra, tentar praticá-la, falar com Ele" .

E a palavra é oração, destacou Francisco: "aquela oração que se faz inclusive na rua: 'Mas, Senhor o que acha?' Esta é a familiaridade, não? Sempre. Os santos tinham isso. Santa Teresa, é bonito, porque diz que via o Senhor em todos os lugares, era familiar com o Senhor por todos os lados, mesmo entre as panelas na cozinha, era assim".

Por fim, familiaridade é "permanecer" na presença de Jesus como Ele mesmo nos aconselha na Última Ceia ou como nos recorda o início do Evangelho, destacou Francisco, quando João indica: "este é o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. E André e João foram atrás de Jesus" e, como está escrito, “permaneceram, ficaram com Ele todo o dia”.

Esta é, portanto, reiterou o Papa, a atitude de familiaridade, não aquela dos cristãos que, porém, mantêm distância de Jesus. E então Francisco pede a cada um: "vamos dar um passo nesta atitude de familiaridade com o Senhor. Aquele cristão, com problemas, que vai no autocarro, no metrô e interiormente fala com o Senhor ou pelo menos sabe que o Senhor o vê, lhe está próximo: esta é a familiaridade, é proximidade, é sentir-se da família de Jesus. Peçamos esta graça para todos nós, entender o que significa familiaridade com o Senhor. Que o Senhor nos conceda esta graça". Fonte: http://pt.radiovaticana.va

O padre Francesco Cosentino, da Diocese de Catanzaro-Squillace, professor e diretor de retiros e encontros espirituais, atualmente é membro na Congregação para o Clero e Professor da Pontifícia Universidade Gregoriana, reflete sobre a 'crise do padre', em artigo publicado por Settimana News, 02-07-2017. A tradução é de Ramiro Mincato.

Eis o artigo.

O ministério sacerdotal perde valor e significado. Atrai cada vez menos. Parece mover-se com dificuldades, como se estivesse "fora do tempo", isto é, em um tempo que não é mais o seu. Assim, Padre Armando Matteo fotografou, em seu site, a "crise do padre", sem muitos rodeios.

Penso que se deva dar prosseguimento àquelas observações, e tentarei fazê-lo, embora sob uma ótica um pouco mais otimista do que meu amigo Matteo, enfrentando algumas questões e abrindo algumas pistas de reflexão.

Qual identidade?

Para abordar seriamente a "crise do presbítero", é necessário fazer referência a questão - tanto debatida, mas sem solução fácil - de sua identidade. Não se trata apenas de um teórico argumento teológico, mas, pelo contrário, quando se fala de identidade presbiteral é preciso não se fixar logo sobre um modelo abstrato, mas sobre a figura do padre, assim como se configurou na história concreta da comunidade de fé. Ainda mais, deve-se fazer referência à Palavra de Deus, que representa o horizonte subjacente dentro do qual devem surgir os critérios do ministério presbiteral.

Se é verdade que, como afirma o conhecido teólogo Greshake em Essere preti in questo tempo (Queriniana, 2008), "nos últimos anos o tema do “padre" tornou-se uma espécie de muro das lamentações, onde tantos sacerdotes batem com a cabeça, assim como bispos desesperados e também leigos desorientados", é igualmente verdade que, antes de questionar-se sobre a crise numérica, o modelo de vida e as atribuições pastorais, é preciso voltar-se à questão de fundo: o que Jesus realmente queria quando reuniu em torno a si os apóstolos e os enviou em missão?

Somente se esta questão for tomada a sério poder-se-á enfrentar a crise, talvez até descobrindo que ela não é pois tão dramática, não porque não seja real, mas pelo fato de afetar aspectos provavelmente não tão essenciais ao ministério.

Assim, como primeira provocação – deixando para depois escavar mais a fundo sobre o tema, - gostaria de debruçar-me sobre a questão da identidade.

Um olhar sobre a história

Podemos recordar suas origens, quando o cristianismo organizou-se em pequenas comunidades, errantes e nômades, centradas principalmente na evangelização; mais tarde, como sabemos, as coisas mudaram consideravelmente.

Durante anos, de fato, talvez séculos, o ministério presbiteral foi se configurando no interior da nascente cristandade, isto é, daquele processo de simbiose entre religião, sociedade e cultura, que, se por um lado, favoreceu a integração e expansão de fé, por outro lado, de alguma maneira, obscureceu a potência profética do Evangelho, a força da sua fraqueza, a riqueza da sua pobreza e, em geral, a sua voz "obstinadamente outra" em relação ao mundo.

O modelo de Igreja, a simbologia litúrgica, as formas de fé e, não por último, a própria figura do padre passaram, lentamente, a parecer-se mais ao modelo do Império Romano do que ao da identidade evangélica. É verdade que a Igreja tornou-se estrutura fundamental da sociedade, e que o cristianismo alastrava-se como incêndio, desenvolvendo sua capacidade de presença e incidência na vida pública; no entanto, é igualmente verdade que o cristianismo deixou de ser uma resposta pessoal a um chamado evangélico, para tornar-se um fator natural e cultural; a Igreja mudou sua forma externa e suas estruturas, e, consequentemente, o ministério presbiteral também teve que se adequar.

O padre sobre um “pedestal”, autoridade indiscutível capaz de exercer certo poder espiritual, mas não só, era um modelo bem integrado com uma sociedade marcada pela fé religiosa, em que acreditar era algo "normal".

Este é, para mim, o primeiro motivo sério para a crise atual. Hoje, com o desenvolvimento moderno da liberdade da pessoa, o crescimento do valor da democracia, o mundo fortemente marcado pelo secularismo e pelo abandono da fé, ainda pode reger aquela ideia e aquele modelo de padre que, mesmo diante das inovadoras indicações do papa Francisco, parece ser o sonho latente de muitos e a imagem escondida por trás de algumas estratégias pastorais? Pode-se ainda continuar falando de "serviço", mas com uma convicção secreta de monarcas absolutos?

Uma crise provisória?

Talvez, a crise atual do cristianismo, que força a Igreja a tornar-se novamente minoritária, poderia ser uma ocasião profícua: Deus quer seu povo de volta ao deserto e à diáspora, para aliviá-lo de um sistema imperial e mundano, para destruir um cristianismo que se tornou um subsistema da sociedade, e permitir-lhe recuperar um espírito evangélico. Este caminho, profético e corajosamente traçado pelo atual pontificado, deixa ainda perplexas muitas figuras do clero.

O medo de abandonar um modelo "seguro", no qual fomos formados e habituados, por ora vence sobre a coragem de se tentar novas vias. Na paralisia, esquece-se que a identidade do presbítero está em caminho, está aberta, em constante evolução.

Não existe o presbítero "válido de uma vez por todas", mas um ministro chamado, no concreto da história, feita de rostos, de alegrias e de lágrimas, em um mundo real que possui coordenadas precisas e dentro das quais, se realmente se quer incidir, é preciso habitar. Não como um chefe, um supervisor ou um estranho, mas como um companheiro de estrada. Se tudo muda, me pergunto também sobre a identidade e o modelo de presbítero: pode-se continuar parado? Fonte: http://www.ihu.unisinos.br