Não é preciso ir tão longe para encontrar Deus. Com a evolução da tecnologia, surgiram novos meios para que os cristãos encontrassem a palavra de Deus – seja através de uma música, pregação, homílias ou youtubers -. A internet possibilitou que os evangélicos, católicos ou curiosos das religiões não precisassem, necessariamente, ir até às igrejas para ouvir sobre a palavra e vivenciar momentos de oração.

Atualmente, os internautas encontram aplicativos que disponibilizam as homilias diárias, por exemplo, ou pessoas que criaram um canal no Youtube para falar sobre Deus ou “abandonaram” a sua vida para viver inteiramente para Ele. Essas pessoas não guardaram a graça apenas para si, mas decidiram compartilhar com os internautas e evangelizar. Essas pessoas são influenciadores de Cristo e foi com elas que o Cada Minuto conversou.

Pregar o evangelho em qualquer lugar

A youtuber e estudante de jornalismo, Marcelle Limeira, de 24 anos, criou um canal no começo deste ano, mas investe cada vez mais na página e em seu perfil do Facebook, onde é mais conhecida. Segundo ela, a inspiração para a criação do canal veio da palavra de Cristo, de um versículo que diz ser necessário pregar o evangelho em qualquer lugar.

“A internet é o ambiente perfeito para que as pessoas possam conhecer mais a Cristo. Mesmo sendo um meio que muitas pessoas usam para o mal, eu enxergo um campo aberto, perfeito para anunciar as boas novas”, disse Marcelle que também é membro da Assembleia de Deus do Farol e líder do Ministério de Criação e Comunicação da igreja que ela participa.

Inspirada em Jesus e com referência no pastor Samuel Vagner, a cristã também contou que assiste a outros vídeos para ter inspirações em seus temas, mas que prioriza a clareza para falar sobre Deus. “A internet possui muitas distrações, você precisa ter dinâmica e interatividade, falando sobre conteúdos relevantes, porém sempre solidificados na palavra de Deus”, completou dizendo que também procura fazer analogias com assuntos que estão em alta, como filmes, séries e aspectos que possa aplicar como lição de vida.

Marcelle vêm recebendo críticas positivas do seu público e diz que fica feliz ao saber que seu objetivo de semear a palavra de Deus vem dando certo e alcançando o coração de outras pessoas. Mas por ser uma temática diferente, a jovem também recebe comentários alfinetados sobre o assunto na internet.

“A gente sempre é submetido a comentários como: ‘lá vem a crente’, ‘ela não vai que ela é crente’, ‘não fala isso que está na frente da irmã’. E até mesmo chacota por escolher viver uma vida diferente, não se alinhar segundo os padrões corriqueiros de um mundo sem Deus. Mas isso em nada me intimida, é para isso mesmo que eu estou aqui: fazer a diferença e através da minha vida fazer o nome de Cristo conhecido”, disse.

Para Marcelle, ser youtuber cristã é um dever que ela tem pela religião que ela escolheu e apesar do conservadorismo sobre o assunto, as discussões dos benefícios deveriam crescer no meio.

“A internet é um meio extremamente crucial para o evangelismo, e aqueles que ainda não enxergaram isso precisam abrir os olhos. Se as pessoas não vão à igreja, nós vamos até elas, sejam por meio de um evangelismo pessoal ou por meio das redes sociais. Uma pessoa que estava triste e ficou feliz, outra que estava precisando ler/ouvir algo da parte de Deus e etc. Há pessoas que mandam mensagens por direct, outras não, mas todas são alcançadas”, enfatizou.

Evangelização do dia a dia

Alexandre Barbosa, de 21 anos, é estudante de jornalismo e descobriu pelo Facebook a existência da temática de youtubers que falam de Cristo.

Fã da jornalista e evangélica adventista do sétimo dia, Fabiana Bertotti, o estudante lhe considera como sua youtuber favorita. “Ela traz temas interessantes, sobre a vida em geral, mas com viés cristão. É uma abordagem humana sabe?”, disse Alexandre, que comenta sobre o tema de um vídeo sobre depressão, em que lhe fez questionar sua opinião do assunto.

“Eu acredito que nós temos que nos adequar aos meios para falarmos sobre o que acreditamos. Como o tema da depressão, em que ela fala sobre como muitos evangélicos acreditam que é uma “penalidade ou falta de Deus”, quando na verdade é uma doença. Temos que utilizar desses meios para mostrar outros pontos, inclusive a visão estereotipada do cristão”, disse o estudante.

Para Alexandre, a internet por ser um ambiente vasto, consegue abrir espaço para a evangelização e ser um lugar para começar a divulgar outros pontos de vista. “O público que vai para o youtube não é um que procura tanto a Rádio e TV, são pessoas mais independentes, com outras condições e com um gasto menor”, completou.

Vivendo para Cristo

Igor Félix decidiu abandonar-se em Cristo. A Comunidade Demúvi, com a sede na cidade de Penedo, tem pouco tempo, mas leva consigo, uma grande bagagem espiritual.

A Demúvi também é conhecida pelas músicas católicas e para os membros da Comunidade, os ensinamentos de Deus são a base para a vida.

“A comunidade surgiu de maneira despretensiosa, após uma conversa com o Espírito Santo em 2013, onde eu e então minha namorada, que hoje em dia é minha esposa, começamos a viver experiências que foram gerando músicas, e a gente via que essas canções não somente nos levavam para Deus, como também para outras pessoas, surgindo assim o CD ‘Raízes’”, contou Igor.

A residência do casal virou local para grupos de oração, surgindo a “Missão Demúvi”, mas mesmo assim, eles perceberam que ainda não era o suficiente.

“Deus nos fez perceber que ele queria mais de nós, e com isso em oração, nós percebemos que fomos chamados para uma vida missionária. Uma vida totalmente entregue a Deus, vivendo de providências e do que Ele nos proporcionava, através dos CDS e vendas dos produtos de evangelização, e de uma casa, que foi dada por Ele, para mais uma etapa em nossa caminhada”, enfatizou o fundador da comunidade.

Além das práticas de fé e palestras em outras cidades, o grupo também foi conhecido através das redes sociais, com vídeos no youtube com milhares de visualizações e seguidores no Spotify.

“Nossa evangelização tem passado por um processo de expansão, então através da música, de agência de comunicação católica que nós também temos e as redes sociais, muitos frutos vem sendo colhidos”, destacou Igor.

Para Igor, é bom saber que as pessoas enxergam as redes sociais como forma de evangelização. “Sabemos que há um alcance maior nas pessoas e isso é bom, porque a palavra está sendo passada”, finalizou. 

A troca da internet pelo físico

Raphaella Lins, de 21 anos, é estudante de odontologia e busca não só escutar as músicas da Demúvi no celular e ter aplicativos católicos, mas usa o digital como incentivo para a participação física.

“Eu tenho um aplicativo chamado Pocket Terço, onde recebo homílias e tem todo um material lá, mas prefiro ver qual é a leitura do dia e ir procurar na minha Bíblia”, disse Raphaela.

Foi em um momento de veneração a Maria, que a jovem teve um sentimento único em sua vida. “Eu vinha sentindo algo diferente, mas não sabia o que era. Foi quando durante uma noite na Igreja, tocou a musica ‘Só em Ti viver’, do cantor Agnus Dei, e eu senti que algo mudou em mim, como uma luz, e desde então eu entrego meu dia a Deus”, disse. Fonte: www.cadaminuto.com.br

Papa Francisco durante a Missa na Capela da Casa Santa Marta (06/10/2017).  “Justiça a Deus e a nós, corar de vergonha”. Com estas palavras o Profeta Baruc nos fala na primeira leitura de hoje sobre a desobediência à lei de Deus, isto é, o pecado, e ao mesmo tempo também nos indica qual é “o verdadeiro caminho” para pedir o perdão.

Este é o fio condutor da homilia do Papa na Missa celebrada na manhã desta sexta-feira na Capela da Casa Santa Marta. Francisco repassa o texto litúrgico, concentrando-se antes de tudo na realidade do pecado que caracteriza todos os homens, como na profecia de Baruc: “sacerdotes, reis, príncipes e pais”.

“Ninguém pode dizer: “Eu sou justo” ou “eu não sou como aquele ou como aquela”. Eu sou pecador. Eu diria que é quase o primeiro nome que todos temos: pecadores. E depois, por que somos pecadores? Desobedecemos – sempre em relação com o Senhor: Ele disse uma coisa e nós fizemos outra. Não ouvimos a voz do Senhor. Ele nos falou tantas vezes. Na nossa vida, cada um pode pensar: “Quantas vezes o Senhor falou para mim... Quantas vezes não o escutei!”. Falou pelos pais, pela família, pelo catequista, na igreja, nas pregações, também falou no nosso coração”.

Mas nós nos rebelamos: este é o pecado portanto, é “rebelião”, é “obstinação” em seguir as “perversas inclinações do nosso coração”, caindo nas “pequenas idolatrias de cada dia”, “cobiça’, “inveja”, “ódio” e em particular, “maledicência”, aquele falar pelas costas que o Pontífice define como “a guerra do coração para destruir o outro”.

E é por causa do pecado – como está escrito na página de Baruc – que perseguem-nos tantas calamidades, porque “o pecado arruína o coração, arruína a vida, arruína a alma, enfraquece, adoece”, mas é sempre – precisa o Pontífice - um pecado em relação a Deus:

“Não é uma mancha para tirar. Se fosse uma mancha, bastaria ir à lavandaria para ser limpa... Não! O pecado é uma relação de rebelião contra o Senhor. É feio em si mesmo, mas feio contra o Senhor que é bom. E se eu penso assim os meus pecados, ao invés de entrar em depressão, tenho aquele grande sentimento: a vergonha, a desonra que diz o profeta Baruc. A vergonha é uma graça”.

A vergonha “abre a porta à cura”. Este é então o convite que o Papa dirige a todos, ao concluir sua reflexão: sentir vergonha diante do Senhor pelos nossos pecados e pedir para sermos curados:

“Quando o Senhor nos vê assim, envergonhados por aquilo que fizemos, e com humildade pedimos perdão, Ele é omnipotente, apaga, nos abraça, nos acaricia e nos perdoa. Mas este é o caminho para chegar ao perdão, aquele que hoje o Profeta Baruc nos ensina. Louvemos hoje ao Senhor porque quis manifestar a omnipotência justamente na misericórdia e no perdão; depois, também na criação do mundo, mas isto por segundo. Sobretudo na misericórdia e no perdão, e diante de um Deus assim tão bom, que perdoa tudo, que tem tanta misericórdia, peçamos a graça da vergonha”. (BS/JE). Fonte: http://pt.radiovaticana.va

É por isso que, há três séculos, Nossa Senhora Aparecida vem dando significado à vida dos brasileiros, porque sua mensagem não tem prazo de validade e não tem fronteiras. Os brasileiros saem do Brasil, mas o amor por aquela imagenzinha negra de 36 centímetros permanece em seus corações e é transmitido para as novas gerações.

De forma específica, grande parte dos brasileiros que vive nos Estados Unidos tem uma especial devoção à Mãe Aparecida, exatamente por viver na condição de escravizados (imigrantes).

A comunidade católica brasileira que tem sua vida ativa na paróquia americana São Martin de Tours, na cidade da Filadélfia, nutre uma grande estima pela Padroeira do Brasil. Depois de todas as missas, consagramo-nos à Virgem Negra Aparecida. Em todos os matrimônios, os noivos insistem para que haja a entrada da imagenzinha. Nos batizados, consagramos as crianças a Maria. E a grande Festa da Padroeira no dia 12 de outubro é celebrada com alegria, entusiasmo e devoção.

Todas as pastorais e movimentos da comunidade, que são 16 no total, preparam o Tríduo e a belíssima Festa da Padroeira, com a procissão, missa solene e jantar para todos os participantes. Ano passado, ao redor de 700 pessoas participaram conosco, mas a média dos anos passados gira em torno de 900 pessoas.

Pedimos a oração de todos os que vivem no Brasil e que vão participar da Novena e Festa da Padroeira neste Jubileu dos 300 anos. Não se esqueçam de fazer uma prece na Casa da Mãe Aparecida ou através dos meios de comunicação da Rede Aparecida, Portal A12 e demais instrumentos de evangelização para que o nosso povo imigrante, sofredor, batalhador, filhos da mesma Mãe Escrava que traz a Esperança em seu ventre, seja liberto das correntes da escravidão moderna! Viva Nossa Senhora Aparecida!

Fonte: http://www.a12.com

No dia 12 de outubro, o Santuário Nacional encerrará as comemorações especiais do Jubileu dos 300 anos de Nossa Senhora Aparecida com o Festival da Padroeira, que vai reunir grandes nomes da música brasileira para cantar para a Mãe Aparecida.

Daniel, Michel Teló, Fafá de Belém, Chitãozinho e Xororó, Alcione, Paula Fernandes, Renato Teixeira, Elba Ramalho, Preta Gil, Agnaldo Rayol, Joana e Padre Fábio de Melo, irão emocionar os devotos de todo o Brasil.

O cantor Daniel e a cantora Alcione, manifestaram todo o seu amor a Nossa Senhora Aparecida, enviando ao Portal A12, cada um, uma foto com a Mãezinha que aqui apareceu nas águas do Rio Paraíba do Sul.

O Festival da Padroeira vai ser transmitido ao vivo pela TV Aparecida, no dia 12 de outubro, a partir das 20h40.

Fonte: http://www.a12.com

"A vida consagrada começa a ser corrompida pela falta de pobreza". O Papa Francisco afirmou isso na Catedral de São Pedro, durante a visita a Bolonha, no encontro com sacerdotes, religiosos, seminaristas e diáconos locais. "Se uma congregação perde suas posses, eu digo ‘Obrigado Senhor’". A informação é de Domenico Agasso Jr., publicada por Vatican Insider, 01-10-2017.

Esteve presente também monsenhor Bettazzi, testemunha histórica do Concílio Vaticano II, bispo emérito de Ivrea, cidadão de Bolonha por parte materna; em Bolonha foi ordenado padre e agora voltou para viver ali seus últimos anos. Francisco e Bettazzi brincaram um pouco, por alguns instantes antes do discurso papal.

E o arcebispo de Bolonha, Monsenhor Matteo Maria Zuppi, acabou citando esse momento em sua saudação de abertura a Francisco. Começou o Papa: "É um consolo estar com aqueles que levam adiante o apostolado da Igreja; os religiosos procuram dar testemunho de antimundanidade".

Ao Pontífice foram postas duas perguntas: uma sobre a fraternidade entre os sacerdotes, a outra sobre a "psicologia de sobrevivência"; a ambas respondeu sem textos escritos, exceto algumas notas que consultou enquanto ele próprio falava. O Papa afirmou: "Às vezes, brincando entre religiosos diocesanos e não, os religiosos dizem: ‘Eu sou da ordem fundada pelo tal santo...’ mas, qual é o centro da espiritualidade do presbítero? – perguntou-se o Papa - A diocesaneidade". Ser presbíteros é "uma experiência de pertencimento, pertence-se a um corpo que é a diocesaneidade". Isso “significa que você" padre, religioso, "você não é um livre (líbero, em italiano)" não existem as figuras do "líbero", como no futebol. Em vez disso, "você é um homem que pertence a um corpo, que é a diocesaneidade, o corpo presbiteral". Tudo isso "nós o esquecemos muitas vezes, e nos transformamos em indivíduos, muito sozinhos, com o risco de nos tornarmos infecundos ou cheios de nervosismos, para não dizer neuróticos, quase como solteirões".

Um padre "sozinho não tem relação com o corpo de sacerdotes, é ruim," declarou com amargura. Por isso é importante "aumentar a sensação de diocesaneidade, que também tem uma dimensão de sinodalidade com o bispo". O corpo diocesano "tem uma força especial, deve sempre seguir em frente com a transparência, a virtude da transparência, a coragem de falar, de dizer tudo". E também com "a coragem da paciência, para suportar os outros. É necessário".

Sobre a coragem de falar claramente, e sobre a oposta conveniência de não se expor, contou: "Eu me lembro quando eu era um estudante de Filosofia, e um velho jesuíta bem esperto me disse: ‘Se você quiser sobreviver na vida religiosa, pensa com clareza, mas fala com obscuridade". Anedota que despertou um grande sorriso entre os presentes na Catedral.

Francisco observou como "é triste quando um pastor não tem como horizonte o povo de Deus, não sabe o que fazer"; e é "muito triste quando as igrejas permanecem fechadas, quando se vê um bilhete na porta: ‘Aberta de tal a tal hora’, no resto do tempo não tem ninguém, as confissões são restritas a algumas horas. Mas esse não é um escritório, é o lugar onde se entra para prestar honras ao Senhor, e se o fiel encontra a porta fechada, o que pode fazer?". Às vezes, "ele pensa nas igrejas nas ruas movimentadas, que ficam fechadas: alguns párocos fizeram a experiência de abri-las, sempre com um confessor disponível e o confessor nunca parava de confessar” tantas eram as pessoas que afluíam, porque "sempre a porta está aberta" e a luz do confessionário permanece sempre acesa.

Em seguida, o bispo de Roma falou dos "dois vícios que existem em todos os lugares". Um deles é "pensar o serviço presbiteral como uma carreira eclesiástica". Francisco referiu-se aos “alpinistas”: eles são uma "praga, não presbitério. Os "alpinistas", que sempre têm as unhas sujas, porque sempre querem subir mais. Um alpinista é capaz de criar um monte de discórdia dentro do corpo presbiteral: pensa só na carreira, "agora me dão esta paróquia, depois me darão uma maior", e se o bispo não lhe dá uma bastante importante, fica com raiva: ‘Cabe-me... ’ a você não cabe nada!", ele exclamou. Depois acrescentou: "Os alpinistas causam tanto mal, pois estão na comunidade, mas só pensam em seu próprio avanço".

O outro vício: "A fofoca: ‘Alguém disse, alguém viu’ e, pronto, a reputação do irmão padre acaba sendo sujada, sendo arruinada. ‘Graças a Deus eu não sou como aquele’, esse é o refrão da fofoca". O carreirismo e as fofocas são dois vícios do "clericalismo", afirmou Francisco. Em vez disso, um pastor é chamado ao "bom relacionamento com o povo de Deus, à frente ao qual dever estar para mostrar o caminho"; deve manter-se "no meio para ajudar" principalmente "nas obras de caridade; e atrás, para ver como tudo vai".

Acreditar "na ‘psicologia da sobrevivência’- continuou ele - significa esperar o carro fúnebre, que leva a nossa instituição” ao fechamento. Acreditar na psicologia da sobrevivência conduz "para o cemitério". Trata-se de "pessimismo, e isso não condiz com homens e mulheres de fé, não é atitude evangélica, mas de derrota". E, enquanto talvez "esperamos a carruagem, nós arranjamos como podemos, e arrecadamos algum dinheiro para garantir nossa segurança. Isso leva à falta de pobreza". A psicologia da sobrevivência é “buscar a segurança no dinheiro; às vezes se escuta, se ouve o seguinte raciocínio: ‘Em nosso instituto somos idosas e não existem vocações, mas temos bens suficientes para garantir nosso fim’, e esse é o caminho mais certo para nos levar até a morte". A segurança "na vida consagrada não é trazida pela abundância de dinheiro, mas vem de outra parte" de Deus. Algumas congregações "que diminuem, enquanto seus bens aumentam, com religiosos apegados ao dinheiro como segurança: essa é a psicologia de sobrevivência".

O problema "não reside tanto na castidade ou na obediência, mas na pobreza. A vida consagrada começa a ser corrompida pela falta de pobreza". Santo Inácio de Loyola, "chamava a pobreza de mãe e muro da vida religiosa: mãe que gera e muro que defende da mundanidade". Sem essa atitude orientada à pobreza e ao desinteresse, não é possível "apostar na esperança divina". O dinheiro "é a perdição da vida consagrada". Mas Deus é bom "porque quando uma congregação começa a ganhar dinheiro, ele envia um ecônomo que acaba com tudo". O Papa revelou, sorrindo: "Quando ouço que uma congregação perde suas posses, eu digo ‘Obrigado Senhor’".

O Papa exortou a um "exame de consciência sobre a pobreza, tanto pessoal como da instituição". Quanto à falta de vocações, é preciso "perguntar ao Senhor: ‘O que está acontecendo na minha instituição? Por que está faltando àquela fecundidade? Por que os jovens não sentem entusiasmo pelo carisma da minha instituição? Porque perdeu a capacidade de chamar?". Para Francisco, o "coração" do problema é a "pobreza". Daí um encorajamento: "A vida consagrada é um tapa no mundanismo espiritual. Continuem em frente". Fonte: http://www.ihu.unisinos.br