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Com o encontro com os jovens no Colégio Notre Dame, em Daca, o Papa Francisco concluiu a sua visita ao Bangladesh neste sábado (02/12), a 21ª do seu Pontificado.
Francisco embarcou pouco depois das 17 horas locais (12 horas em Roma) no voo B777/BIMAN da Bangladesh Airlines, com destino ao Aeroporto de Fiumicino, em Roma, onde a sua chegada está prevista para as 23 horas (horário italiano).
O Pontífice havia partido de Roma na noite de domingo, 26 de novembro, chegando no início da tarde de segunda-feira ao Aeroporto Internacional de Rangum, Mianmar, primeira etapa da sua viagem, concluída no início da tarde de quinta-feira, quando partiu para Daca, capital de Bangladesh. Fonte: http://pt.radiovaticana.va
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Reflexões sobre o 1º Domingo do Advento do Ano Litúrgico-B. Domingo, 3 de dezembro-2017. (Mc 13, 33-37).
“Tempo de advento, tempo de alegre vigilância na certeza de que cada dia da nossa caminhada é marcado pela presença de Deus, que guia os nossos passos com a força da graça que o Espírito infunde no coração para o plasmar e torná-lo capaz de amar” e por isso que “ninguém possa pensar que é alheio à proximidade de Deus e à força da sua ternura” (Misericórdia e Paz).
O que temos que vigiar é que não nos passe despercebida a vida que já está correndo pelas nossas veias, relações, famílias, comunidades, cidades e que tem a força de nos recriar desde dentro. Por isso vigiar é perceber dentro de nós que gritos carregamos, que feridas temos ainda abertas, que perdão precisamos pedir ou oferecer, para assim permitir que Deus se faça mais presente e seja um novo presente para cada um/a”
Maria Cristina Giani, Missionária de Cristo Ressuscitado.
“As primeiras comunidades cristãs viveram anos muito difíceis. Perdidos no vasto Império de Roma, no meio de conflitos e perseguições, aqueles cristãos procuravam força e alento esperando a pronta vinda de Jesus e recordando as suas palavras: “Vigiai. Vivei despertos. Tende os olhos abertos. Estai alerta.”
“Nas comunidades cristãs temos que cuidar cada vez mais que nosso modo de viver a esperança não nos leve à indiferença e ao esquecimento dos pobres. Não podemos isolar-nos na religião para não ouvir o clamor dos que morrem diariamente de fome. Não nos está permitido alimentar a nossa ilusão de inocência para defender nossa tranquilidade.
Uma esperança em Deus que se esquece dos que vivem nesta terra sem poder esperar nada, não poderá ser considerada como uma versão religiosa do otimismo a todo o custo, vivido sem lucidez nem responsabilidade? Uma busca da própria salvação eterna de costas aos que sofrem, não poderá ser acusada de ser um sutil egoísmo estendido para o além”?
Teólogo espanhol José Antonio Pagola
“Como seres humanos, fomos feitos para esperar: esperar um filho, esperar um trabalho, esperar o resultado de um exame médico, esperar que as coisas melhorem, esperar que saia o sol… Trata-se de uma sucessão interminável de esperas, algumas vezes infrutíferas, indesejadas e angustiosas, outras vezes surpreendentes, plenificantes… Outras vezes, a espera se vê realizada, mas o resultado da mesma é tão pífio, tão frustrante, que os “esperantes” terminam por pensar se valeu a pena tanta mobilização. Existem também esperas doentias, que provocam ansiedade, medo e nos paralisam; esperas centradas em nós mesmos. Esperar, para quê? a quem? de onde nasce a necessidade de esperar”?
Padre Adroaldo Palaoro, SJ
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A Polícia Civil encontrou vídeos de menores de idade praticando atos sexuais no celular do religioso de 66 anos, em Guapiaçu (SP). Delegado conta que religioso já foi denunciado pelo mesmo crime.
Um padre de 66 anos foi preso suspeito de pedofilia em Guapiaçu (SP), nesta quinta-feira (30). Segundo a Polícia Civil, a denúncia partiu da mãe de um jovem, de 17 anos, que desconfiou dos longos períodos que o filho passava na casa do padre Manoel Bezerra Lima. Policiais da Delegacia Seccional cumpriram um mandado de busca expedido para a Vara da Infância de Juventude de São José do Rio Preto (SP).
No celular do padre foram localizadas fotos e vídeos de menores de idade praticando atos sexuais. Os policiais também apreenderam preservativos, gel lubrificante, material pornográfico e várias carteirinhas de time de futebol de menores de idade. Segundo o delegado seccional José Mauro Ventureli, o padre estava afastado da função por já haver registro de outras denúncias.
"Há informações de outras ocorrências da mesma natureza. Pelo que foi informado hoje, tinha por hábito menores frequentarem a casa paroquial e, por isso, ele estava afastado", explica.
O padre foi preso em flagrante em decorrência do material apreendido no celular. De acordo com a polícia, um segundo religioso também é investigado pela polícia e Ministério Público por pedofilia. A TV TEM tentou entrar em contato com o bispado de São José do Rio Preto para comentar sobre o caso, mas não obteve retorno.
Uma nota oficial publicada pelo bispado diz que só tem conhecimento do caso pela imprensa. O representante da igreja católica em Guapiaçu afirmou que o padre Manoel Bezerra de Lima realizava o serviço de pároco apenas na capela do condomínio em que mora, e não confirmou o afastamento dele das atividades religiosas.
O delegado arbitrou fiança de R$ 3 mil, que até a noite desta quinta-feira (30) o padre não pagou. Fonte: https://g1.globo.com
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Dom Tomé, da Diocese de São José do Rio Preto (SP), falou sobre caixa dois que ocorre em igrejas e falta de prestações de conta. Religioso não foi encontrado para comentar o assunto.
homilia do bispo Dom Tomé, da Diocese de São José do Rio Preto (SP), causou polêmica entre os fiéis nesta semana. Em uma espécie de programa de rádio, gravado e disponibilizado no canal oficial do sacerdote no YouTube, ele diz que dentro das igrejas ocorrem caixas dois e não são realizadas prestações de conta.
"Roubo é feito dentro de nossas igrejas e capelas. Leigos que mantêm o dinheiro da igreja em nome próprio. Conselhos que não prestam conta à administração para a contabilidade. Dinheiros escondidos em caixa dois, conselhos que fecham os olhos diante do mau uso do dinheiro das capelas e das igrejas. É triste, mas é verdade”, diz o bispo na homilia do dia 24 de novembro.
No programa denominado “Encontro Marcado”, o bispo comenta sobre o Evangelho de São Lucas, no capítulo 19, versículos 45 a 48, que diz: “...vós fizestes dela um antro de ladrões”, em referência à igreja. Na sequência, Dom Tomé antecipa que o sermão será “severo”.
“Fico cada vez mais assustado quando verifico em nossas paróquias, capelas e igrejas a falta de transparência na administração dos bens. Fico assustando como em tantas vezes não há a integridade, não há administração de acordo com as exigências do estado e da igreja. E o que é pior. É o que me assusta. Quanto roubo”, conclui.
Polêmica
Fiéis e pessoas que acompanham o bispo entenderam que, apesar da polêmica, a intenção foi alertar sobre as falhas que existem também na igreja, como contou ao G1 o jornalista Lucas Ribeiro.
"Não sou próximo a ele. Para mim, o comentário foi normal, de alguém que está preocupado com o que está ocorrendo na igreja. Talvez não seja o poder dele de resolver, mas de uma forma ou outra tentar achar um resultado importante para que se coloque um ponto final nesta situação que assola a igreja em todo o mundo”, finaliza. Fonte: https://g1.globo.com
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O Papa Francisco deixou Mianmar, nesta quinta-feira (30/11), e se dirigiu para Bangladesh, segunda etapa da sua 21ª Viagem Apostólica internacional.
O avião papal aterrou no aeroporto internacional de Daca pouco depois das 15, hora local de Bangladesh. Ao descer do avião, o Papa foi acolhido pelo Presidente bengalês, Abdul Hamid. Duas crianças, com vestidos tradicionais, ofereceram ao Papa flores e um vaso de terra que foi abençoado pelo Pontífice.
Acolheram também o Papa outras autoridades políticas e civis, bispos, fiéis e quarenta crianças que executaram danças tradicionais.
Após a cerimÔnia de boas-vindas, no aeroporto de Daca, o Santo Padre visitará o Memorial Nacional dos Mártires, em Savar, fará uma homenagem ao Pai da Pátria no Bangabandhu Memorial Museum e assinará o Livro de Honra.
A seguir, haverá a visita de Cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial e, por fim, o encontro com as Autoridades, com a Sociedade Civil e com o Corpo Diplomático, no Palácio Presidencial. http://pt.radiovaticana.va
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Boa, reta e santa educação
A escola! O pequeno inicia a escola primária no colégio São José de Merode, em Roma, dirigido pelos Irmãos das Escolas Cristãs, onde já haviam estado seus irmãos maiores.
Naquele tempo a família Van den Eerenbeemt morava no edifício Blumensthil, em frente à velha ponte de Ripetta, e todas as manhãs um velho empregado de casa, de sobrenome Frattani, o acompanhava à escola.
Nos dois primeiros anos de escola, Heitor continua ainda muito tímido e quase não brinca com as demais crianças. Aos poucos, porém, começa a vencer essa inata timidez. Poucas são as recordações desse primeiro período: a figura de um velho Irmão, velho sim, mas muito paciente com seus "pupilos", a quem ensinava francês. E depois, outra recordação: o frio. "... passei muito frio no São José, recordo os arrepios de frio durante o recreio e minhas mãos cheias de frieiras...".
A partir da 3.ª série, começou a demonstrar maior paixão pelos estudos e a sobressair-se em algumas matérias: o italiano antes de tudo, tendo uma fantasia que deixava perplexos até mesmo os professores, que frequentemente, diante das tarefas dele, declaravam: "Isso não é farinha do seu moinho". Também a língua francesa a estudava bastante bem, revelando uma memória excepcional.
Enquanto fazia muitos progressos nas matérias escolares, não acontecia o mesmo com o estudo do Catecismo, não pela matéria em si, mas pela forma como era ensinado: "... A aridez das fórmulas não explicadas com o amor da alma e o fervor de coração...".
Foi nesse período que fez a preparação para a primeira Comunhão e a Crisma. Foi um certo Frei Eduardo que foi encarregado da preparação. A celebração, na capela do colégio, foi presidida por S. Eminência, o Cardeal Vicente Vannutelli. Galieno e Vicente Giulliani, sobrinhos desse Cardeal, também eram seus companheiros de primeira comunhão. Mais tarde, Padre Lourenço os reencontrou no Apollinare.
A formação religiosa que recebeu no colégio teve importância fundamental em sua vida, como ele mesmo recorda: "... Que seria da fraqueza humana se não houvesse uma profunda educação religiosa! Agradeço à Providencia por ter-me proporcionado tantos meios de salvação, mediante a escola católica dirigida pelos Irmãos. Aquelas contínuas e sábias admoestações entraram profundamente em minha alma".
Dos primeiros mestres, os seus “Frères”, conservará para sempre uma reverente recordação, atribuindo-lhes as bases de sua educação religiosa e retidão moral. Poder-se-ia afirmar que o ambiente, tão delicadamente formativo e religioso, exerceu a função de húmus para a sua alma adolescente, preparando o terreno onde mais tarde floresceria a vocação religiosa e sacerdotal.
O episódio que segue realça ainda mais a importância do ambiente religioso em que o pequeno Heitor viveu os primeiros anos de sua formação para a vida.
Frequentava a 5.ª série quando teve que acompanhar dois senhores franceses, amigos do tio Geraldo, irmão de seu pai, para visitar Roma. Aquele pouco de francês que sabia lhe dava a audácia para superar sua natureza, tão fortemente tímida, e, com ares de perito cicerone, conduziu esses senhores à Igreja de Santo Andrea delle Fratte e, mostrando o quadro da Imaculada, falou-lhes da visão que teve Ratisbonne. Antes não tivesse dito! Aqueles senhores pularam alto, dizendo que um rapazinho não deveria crer em semelhantes bobagens e invenções... Mas aquelas afirmações, longe de intimidá-lo, reforçaram ainda mais sua fé e amor pela Igreja. De fato, ele mesmo, recordando esse episódio, conclui com a seguinte afirmação: "...Devo a Deus a minha fé, mas o instrumento foi a ótima educação religiosa, introjetada, quase diria, até os meus ossos... Eu tinha o máximo respeito pelos meus mestres, e sua palavra era para mim verdade absoluta. Naquela idade juvenil, quanto pode influir a palavra de um mestre! Felizes aqueles que receberam uma boa, reta e santa educação... Agradeço ao Senhor por me ter dado uma fonte de princípios espirituais que na minha vida jamais me abandonaram ".
*Pequena biografia de Padre Lourenço van den Eerembeent, Cofundador da Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias de Santa Teresa do Menino Jesus. (Irmãs Carmelitas Missionárias- Província Santa Teresa de Lisieux. Uberaba, 1999)
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Yangun (RV) – “O caminho da vingança não é o caminho de Jesus”: num país ferido por conflitos internos, o Papa falou do perdão e da compaixão na missa desta quarta-feira (29/11), que marcou o tão aguardado encontro de Francisco com a comunidade católica de Mianmar. Cerca de 150 mil fiéis participaram da celebração no complexo esportivo de Kyaikkasan Ground, a poucos quilômetros do Arcebispado de Yangun, para a primeira e única missa pública no país.
Caravanas de inúmeras partes do país compareceram cedo ao local e, mesmo após horas de espera, saudaram calorosamente Francisco do papamóvel, antes do início da cerimônia. Em sua homilia, comentando as leituras do dia, o Pontífice recordou que Jesus não nos ensinou a sua sabedoria com longos discursos ou por meio de grandes demonstrações de poder político ou terreno, mas com a oferta da sua vida na cruz. O Senhor crucificado é a nossa bússola segura.
E da cruz vem também a cura, acrescentou o Papa. “Sei que muitos em Mianmar carregam as feridas da violência, quer visíveis quer invisíveis. A tentação é responder a estas lesões com uma sabedoria mundana que, como a do rei na primeira leitura, está profundamente deturpada. Pensamos que a cura possa vir do rancor e da vingança. Mas o caminho da vingança não é o caminho de Jesus.”
O caminho de Jesus é radicalmente diferente, afirmou Francisco, pois quando o ódio e a rejeição conduziram Cristo à paixão e à morte, Ele respondeu com o perdão e a compaixão. O Pontífice falou do empenho da Igreja em Myanmar, que faz o que pode para levar o “bálsamo salutar da misericórdia de Deus” aos outros, especialmente aos mais necessitados.
“Há sinais claros de que, mesmo com meios muito limitados, numerosas comunidades proclamam o Evangelho a outras minorias tribais, sem nunca forçar ou constringir, mas sempre convidando e acolhendo. No meio de tanta pobreza e inúmeras dificuldades, muitos de vocês prestam assistência prática e solidariedade aos pobres e aos doentes”, destacou o Papa.
Ressaltando a missão caritativa “sem distinções de religião ou de origem étnica” da Caritas local e das Pontifícias Obras Missionárias, Francisco encorajou os católicos a continuarem a partilhar com os demais “a inestimável sabedoria” de Deus, que brota do coração de Jesus.
A mensagem de perdão e misericórdia de Cristo, disse ainda Francisco, obedece a uma lógica que nem todos querem compreender e que encontra obstáculos. E concluiu usando mais uma de suas metáforas: “Contudo, o seu amor é definitivamente inabalável. É como um GPS espiritual que nos guia infalivelmente rumo à vida íntima de Deus e ao coração do nosso próximo. Deus abençoe a Igreja em Mianmar! Abençoe esta terra com a sua paz!”
Após a celebração, o Papa regressou ao Arcebispado. Depois do almoço, Francisco tem oficialmente mais dois eventos: o encontro com o Conselho Supremo Budista e com os Bispos de Mianmar. Fonte: http://br.radiovaticana.va
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*Frei Carlos Mesters, O. Carm
(Ano Litúrgico- A. Quarta-feira, 29)
Oração
Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas,
para que, aproveitando melhor as vossas graças,
obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do Evangelho (Lucas 21, 12-19)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12Mas, antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim. 13Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho. 14Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa, 15porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários. 16Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. 17Sereis odiados por todos por causa do meu nome. 18Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. 19É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação. - Palavra da salvação.
Reflexão Lucas 21,12-19
No evangelho de hoje, que é a continuação do discurso iniciado ontem, Jesus enumera mais um sinal para ajudar as comunidades a se situar dentro dos fatos e não perder a fé em Deus nem a coragem de resistir contra as investidas do império romano. Repetimos os primeiros cinco sinais do evangelho de ontem:
1º sinal: os falsos messias (Lc 21,8);
2º sinal: guerra e revoluções (Lc 21,9);
3º sinal: nação lutará contra outra nação, um reino contra outro reino (Lc 21,10);
4º sinal: terremotos em vários lugares (Lc 21,11);
5º sinal: fome, peste e sinais no céu (Lc 21,11).
Até aqui foi o evangelho de ontem. Agora, no evangelho de hoje, mais um sinal:
6º sinal: a perseguição dos cristãos (Lc 21,12-19)
Lucas 21,12. O sexto sinal da perseguição.
Várias vezes, durante os poucos anos que passou entre nós, Jesus tinha avisado aos discípulos que eles iam ser perseguidos. Aqui, no último discurso, ele repete o mesmo aviso e faz saber que a perseguição deve ser levado em conta no discernimento dos sinais dos tempos: "Antes que essas coisas aconteçam, vocês serão presos e perseguidos; entregarão vocês às sinagogas, e serão lançados na prisão; serão levados diante de reis e governadores, por causa do meu nome”. E destes acontecimentos, aparentemente tão negativos Jesus tinha dito: “Não fiquem apavorados. Primeiro essas coisas devem acontecer, mas não será logo o fim." (Lc 21,9). E o evangelho de Marcos acrescenta que todos estes sinais são "apenas o começo das dores de parto!" (Mc 13,8) Ora, dores de parto, mesmo sendo muito dolorosas para a mãe, não são sinal de morte, mas sim de vida! Não são motivo de medo, mas sim de esperança! Esta maneira de ler os fatos trazia tranquilidade para as comunidades perseguidas. Assim, lendo ou ouvindo estes sinais, profetizados por Jesus no ano 33, os leitores de Lucas dos anos oitenta podiam concluir: "Todas estas coisas já estão acontecendo conforme o plano previsto e anunciado por Jesus! Por tanto, a história não escapou da mão de Deus! Deus está conosco!"
Lucas 21,13-15: A missão dos cristãos em época de perseguição
A perseguição não é uma fatalidade, nem pode ser motivo de desânimo ou de desespero, mas deve ser vista como uma oportunidade, oferecida por Deus, para as comunidades realizarem a missão de testemunhar com coragem a Boa Nova de Deus. Jesus diz: “Isso acontecerá para que vocês deem testemunho. Portanto, tirem da cabeça a ideia de que vocês devem planejar com antecedência a própria defesa; porque eu lhes darei palavras de sabedoria, de tal modo que nenhum dos inimigos poderá resistir ou rebater vocês”. Por meio desta afirmação Jesus anima os cristãos perseguidos que viviam angustiados. Ele faz saber que, mesmo perseguidos, eles tinham uma missão a cumprir, a saber: testemunhar a Boa Nova de Deus e, assim, ser um sinal do Reino (At 1,8). O testemunho corajoso levaria o povo a repetir o que diziam os magos do Egito diante dos sinais e da coragem de Moisés e Aarão: “Aqui há o dedo de Deus!” (Ex 8,15). Conclusão: se as comunidades não devem preocupar-se, se tudo está nas mãos de Deus, se tudo já era previsto por Deus, se tudo não passa de dor de parto, então não há motivo para ficarmos preocupados.
Lucas 21,16-17: Perseguição até dentro da própria família
“E vocês serão entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vocês. Vocês serão odiados por todos, por causa do meu nome”. A perseguição não vinha só de fora, da parte do império, mas também de dentro, da parte da própria família. Numa mesma família, uns aceitavam a Boa Nova, outros não. O anúncio da Boa Nova provocava divisões no interior das famílias. Havia até pessoas que, baseando-se na Lei de Deus, chegavam a denunciar e matar seus próprios familiares que se declaravam seguidores de Jesus (Dt 13,7-12).
Lucas 21,18-19: A fonte da esperança e da resistência
“Mas não perderão um só fio de cabelo. É permanecendo firmes que vocês irão ganhar a vida!" Esta observação final de Jesus lembra a outra palavra que Jesus tinha dito: “nenhum cabelo vai cair da cabeça de vocês!” (Lc 21,18). Esta comparação era um apelo forte a não perder a fé e a continuar firme na comunidade. E confirma o que Jesus já tinha dito em outra ocasião: “Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim, esse a salvará” (Lc 9,24).
Para um confronto pessoal
1) Como você costuma ler as etapas da história da sua vida e do seu país?
2) Olhando a história da humanidade dos últimos 50 anos, a esperança aumentou em você, ou diminuiu?
Oração final
O Senhor manifestou sua salvação,
aos olhos dos povos revelou sua justiça.
Lembrou-se do seu amor
e da sua fidelidade à casa de Israel. (Sl 97, 2-3)
*Nasceu numa cidadezinha ao sul da Holanda. Cresceu na acolhedora e cálida sombra de uma família biblicamente perfeita: sete irmãos. Na infância, viveu os anos sombrios da Segunda Guerra Mundial. Mas, pela localização geográfica, sua cidade ficou à sombra dos acontecimentos e não sofreu grandes transtornos. Jacobus Gerardus Hubertus Mesters nasceu na Holanda, no dia 20 de outubro de 1931. Foi este o nome que recebeu na pia batismal. Vinte anos mais tarde, ao receber o hábito da Ordem Carrnelita, já no Brasil, foi rebatizado de Carlos: frei Carlos Mesters.
Aos 17 anos, o jovem Jacobus Mesters escolheu o Brasil como campo de sua futura atividade missionária. No dia 6 de janeiro de 1949, festa dos Santos Reis, ele e seu amigo Vital Wilderink tomaram o navio rumo ao Brasil. Foram duas semanas entre o céu e o mar. No dia 20 de janeiro, o navio lançou âncoras no porto do Rio de Janeiro. Era a festa do padroeiro da cidade, São Sebastião.
No convento da Rua Martiniano de Carvalho, São Paulo, completou o curso de "Humanidades" e, em janeiro de 1951, com o hábito de carmelita, recebeu o sonoro nome de frei Carlos.
Muito sabiamente, os carmelitas enviavam seus futuros missionários em plena juventude
Terminado o noviciado, fez a profissão religiosa no dia 22 de janeiro de 1952. Cursou a Filosofia em São Paulo e foi fazer a Teologia em Roma, no Colégio Internacional Santo Alberto, em 1954. Foi consagrado presbítero no dia 7 de julho de 1957.
Formou-se em Teologia no Angelicum, a respeitada Faculdade Teológica dos dominicanos, em 1958. Em ciências bíblicas, formou-se primeiro, no Institutum Biblicum dirigido pelos jesuítas em Roma e, depois, na Escola Bíblica de Jerusalém, dos dominicanos.
Em 1962, voltou a Roma para defender tese junto à Pontifícia Comissão Bíblica. Em 1963, de volta ao Brasil, foi nomeado professor no Curso Teológico dos Carmelitas, em São Paulo.
Seu desempenho como professor não passou despercebido: em 1967, foi convocado para dar aulas no Colégio Internacional Santo Alberto, em Roma. Em 1968, deu por encerrada sua colaboração em Roma e voltou, sendo transferido para Belo Horizonte (MG), Foi chamado para lecionar no Instituto Central de Teologia e Filosofia da Universidade Católica, que vivia uma fase de grande efervescência.
Frei Carlos e o CEBI
A semente dessa planta foi lançada, em Angra dos Reis, no final de 1978, através dois cursos de caráter nacional. Em 1979 foi semeada regionalmente no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul. Para frei Carlos, seu único mérito é de ter sido o semeador no terreno fértil e já preparado das comunidades populares.
Em 1988, quando o Estadão publicou, com estardalhaço, um longo artigo feito de ataques contra Carlos Mesters e o CEBI, foi grande a repercussão. Repórteres de jornais e revistas iam ao CEBI ou telefonavam, à cata de informações e queriam marcar entrevistas com frei Carlos. Na falta de notícia, publicavam especulações sobre supostos processos em andamento no Vaticano. Frei Carlos se esquivou da imprensa, mas preparou uma resposta contundente a todas as acusações para distribuir aos amigos e interessados. Fonte: http://mesters80anos.blogspot.com.br
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O Papa Francisco enviou à Igreja do Brasil, dia 15 de novembro, por meio do cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, uma saudação por ocasião da abertura do Ano Nacional do Laicato, no domingo (26/11).
Nesse momento particular da história do Brasil, o documento afirma que é preciso que os cristãos assumam sua responsabilidade de ser o fermento de uma sociedade renovada, onde a corrupção e a desigualdade dêem lugar à justiça e solidariedade.
O documento foi lido na lançamento do Ano do Laicato na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na abertura da última reunião ordinária do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) de 2017, na manhã desta terça-feira, 28/11. Fonte: http://cnbb.net.br
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Depois de presidir a celebração da missa na sede do Arcebispado, a terça-feira do Papa Francisco em Rangum começou com um evento extra-oficial: o Pontífice recebeu 17 líderes das diferentes religiões presentes em Mianmar.
Tratou-se de um reunião inserida sucessivamente à programação para ressaltar o valor que o País atribui ao diálogo inter-religioso – uma das finalidades desta 21ª viagem apostólica seja em Mianmar, seja em Bangladesh.
No total, foram 40 minutos de encontro, no qual estavam presentes líderes budistas, hinduístas, muçulmanos, judeus, batistas e anglicanos.
Depois do almoço, o Papa regressa ao aeroporto de Rangum rumo à capital, Nay Pyi Taw, para a cerimónia oficial de boas-vindas e o encontro com as autoridades. Nesta ocasião, Francisco pronuncia o seu primeiro discurso em terras birmanesas.
Em Nay Pyi Taw, o Pontífice se reúne também com “A Senhora”, como é conhecida a histórica ativista Aung San Suu Kyi, hoje Conselheira de Estado e a figura mais emblemática deste momento de transição da política birmanesa.
No final da tarde, o Papa volta a Rangum.
Imprensa
A imprensa local, seja os jornais em inglês, seja em birmanês, dedicaram a primeira página à chegada do Pontífice, ressaltando a multidão em festa pelas ruas de Rangum.
“Milhares de pessoas lotam as avenidas para receber o Papa”, “multidão colorida acolhe o Santo Padre” foram algumas manchetes.
Os jornalistas prontamente noticiaram a visita inesperada ao Pontífice do Chefe das Forças Armadas, Min Aung Hlaing, e as palavras dirigidas a Francisco de que “não existe opressão ou discriminação religiosa em Mianmar”.
A capital
A cidade foi construída e planificada para ser a sede do governo, e é assim oficialmente desde 2006. Nay Pyi Taw também é conhecida pela desproporção entre a densidade populacional e o seu tamanho, suas avenidas largas e longas. Pelas ruas, se alternam momentos de vida ordinária com o absoluto silêncio e a ausência total de movimento.
Com a capital, cresce também a Igreja Católica. Na cidade, existem somente duas paróquias. A reportagem do Programa Brasileiro visitou uma delas: a de São Miguel Arcanjo. Dois sacerdotes conduzem esta paróquia frequentada apenas por 30 famílias. Enquanto a igreja está em construção, as missas são celebradas só aos domingos num templo improvisado e a única atividade é a catequese para as crianças. Fonte: http://pt.radiovaticana.va
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*Frei Carlos Mesters, O. Carm
(Ano Litúrgico- A. Terça-feira, 28)
Oração
Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas,
para que, aproveitando melhor as vossas graças,
obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do Evangelho (Lucas 21, 5-11)
Naquele tempo, 5Como lhe chamassem a atenção para a construção do templo feito de belas pedras e recamado de ricos donativos, Jesus disse: 6Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído. 7Então o interrogaram: Mestre, quando acontecerá isso? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir? 8Jesus respondeu: Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo. Não sigais após eles. 9Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim. 10Disse-lhes também: Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino. 11Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu. - Palavra da salvação.
Reflexão Lucas 21, 5-11
No evangelho de hoje começa o último discurso de Jesus, chamado Discurso Apocalíptico. É um longo discurso, que será o assunto dos evangelhos dos próximos dias até o fim desta última semana do ano eclesiástico. Para nós do Século XXI, a linguagem apocalíptica é estranha e confusa. Mas para o povo pobre e perseguido das comunidades cristãs daquele tempo era a fala que todos entendiam e cujo objetivo principal era animar a fé e a esperança dos pobres e oprimidos. A linguagem apocalíptica é fruto da teimosia da fé destes pobres que, apesar das perseguições e contra todas as aparências em contrário, continuavam a crer que Deus estava com eles e que Ele continuava sendo o Senhor da história.
Lucas 21,5-7: Introdução ao Discurso Apocalíptico.
Nos dias anteriores ao Discurso Apocalíptico, Jesus tinha rompido com o Templo (Lc 19,45-48), com os sacerdotes e os anciãos (Lc 20,1-26), com os saduceus (Lc 20,27-40), com os escribas que exploravam as viúvas (Lc 20,41-47) e no fim, como vimos no evangelho de ontem, terminou elogiando a viúva que deu em esmola tudo que possuía (Lc 21,1-4). Agora, no evangelho de hoje, ouvindo como “algumas pessoas comentavam sobre o Templo, enfeitado com pedras bonitas e com coisas dadas em promessa”, Jesus responde anunciando a destruição total do Templo: "Vocês estão admirando essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído." Ouvindo este comentário de Jesus, os discípulos perguntam: "Mestre, quando vai acontecer isso? Qual será o sinal de que essas coisas estarão para acontecer?" Eles querem mais informação. O Discurso Apocalíptico que segue é a resposta de Jesus a esta pergunta dos discípulos sobre o quando e o como da destruição do Templo. O evangelho de Marcos informa o seguinte sobre o contexto em que Jesus pronunciou este discurso. Ele diz que Jesus tinha saído da cidade e estava sentado no Monte das Oliveiras (Mc 13,2-4). Lá do alto do Monte ele tinha uma visão majestosa sobre o Templo. Marcos informa ainda que havia só quatro discípulos para escutar o último discurso. No início da sua pregação, três anos antes, lá na Galiléia, as multidões iam atrás de Jesus para escutar suas palavras. Agora, no último discurso, há apenas quatro ouvintes: Pedro, Tiago, João e André (Mc 13,3). Eficiência e bom resultado nem sempre se medem pela quantidade!
Lucas 21,8: Objetivo do discurso: "Não se deixem enganar!"
Os discípulos tinham perguntado: "Mestre, quando vai acontecer isso? Qual será o sinal de que essas coisas estarão para acontecer?” Jesus começa a sua resposta com uma advertência: "Cuidado para que vocês não sejam enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu!' E ainda: 'O tempo já chegou'. Não sigam essa gente”. Em época de mudanças e de confusão sempre aparecem pessoas que querem tirar proveito da situação enganando os outros. Isto acontece hoje e estava acontecendo nos anos 80, época em que Lucas escreve o seu evangelho. Diante dos desastres e guerras daqueles anos, diante da destruição de Jerusalém do ano 70 e diante da perseguição dos cristãos pelo império romano, muitos pensavam que o fim dos tempos estivesse chegando. Havia até gente que dizia: “Deus já não controla mais os fatos! Estamos perdidos!” Por isso, a preocupação principal dos discursos apocalípticos é sempre a mesma: ajudar as comunidades a discernir melhor os sinais dos tempos para não serem enganadas pelas conversas do povo sobre o fim do mundo: "Cuidado para que vocês não sejam enganados!". Em seguida, vem o discurso que oferece sinais para ajudá-los no discernimento e, assim, aumentar neles a esperança.
Lucas 21,9-11: Sinais para ajudar a ler os fatos.
Depois desta breve introdução, começa o discurso propriamente dito: “Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem apavorados. Primeiro, essas coisas devem acontecer, mas não será logo o fim." E Jesus continuou: "Uma nação lutará contra outra, um reino contra outro reino. Haverá grandes terremotos, fome e pestes em vários lugares. Vão acontecer coisas pavorosas e grandes sinais vindos do céu.". Para entender bem estas palavras, é bom lembrar o seguinte. Jesus vivia e falava no ano 33. Os leitores de Lucas viviam e escutavam no ano 85. Ora, nos cinquenta anos entre o ano 33 e o ano 85, a maioria das coisas mencionadas por Jesus já tinham acontecido e eram do conhecimento de todos. Por exemplo, em várias partes do mundo havia guerras, apareciam falsos messias, surgiam doenças e pestes e, na Ásia Menor, os terremotos eram frequentes. Num estilo bem apocalíptico, o discurso enumera todos estes acontecimentos, um depois do outro, como sinais ou como etapas do projeto de Deus em andamento na história do Povo de Deus, desde a época de Jesus até o fim dos tempos:
1º sinal: os falsos messias (Lc 21,8);
2º sinal: guerra e revoluções (Lc 21,9);
3º sinal: nação lutará contra outra nação, um reino contra outro reino (Lc 21,10);
4º sinal: terremotos em vários lugares (Lc 21,11);
5º sinal: fome, peste e sinais no céu (Lc 21,11);
Até aqui vai o evangelho de hoje. O evangelho de amanhã traz mais um sinal: a perseguição das comunidades cristãs (Lc 21,12). O evangelho de depois de amanhã traz mais dois sinais: a destruição de Jerusalém e o início da desintegração da criação. Assim, por meio destes sinais do Discurso Apocalíptico, as comunidades dos anos oitenta, época em que Lucas escreve o seu evangelho, podiam calcular a que altura se encontrava a execução do plano de Deus, e descobrir que a história não tinha escapado da mão de Deus. Tudo estava conforme tinha sido previsto e anunciado por Jesus no Discurso Apocalíptico.
Para um confronto pessoal
1- Qual o sentimento que você teve durante a leitura deste evangelho de hoje? De medo ou de paz?
2- Você acha que o fim do mundo está próximo? O que responder aos que dizem que o fim do mundo está próximo? O que, hoje, anima o povo a resistir e ter esperança?
Oração final
Alegrem-se diante do SENHOR,
pois ele vem, ele vem julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e com sua fidelidade todas as nações. (Sl 95, 13-14)
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Inquietos com o comportamento de uma igreja reduzida ao clericalismo e de olhos fechados para a realidade social na Diocese de São Miguel Paulista, zona leste da cidade de São Paulo, seis padres iniciaram, em 2010, um movimento para sacudir os colegas de batina. Nascia assim o coletivo Igreja – Povo de Deus – em Movimento. O objetivo é reavivar o compromisso das paróquias da região, como em Itaquera, São Mateus, Ermelino Matarazzo e Guaianases, com o engajamento nos movimentos por transformação social, inserindo em suas rotinas religiosas a luta por educação, moradia e trabalho. A reportagem é de Luciano Velleda, publicada por Rede Brasil Atual - RBA, 24-11-2017.
O movimento ganhou mais força a partir de 2013, com a eleição do papa Francisco e sua postura progressista diante do conservadorismo da Igreja Católica. “O coletivo continua sendo a chave para saídas possíveis diante da longa noite que atravessamos. Nesta caminhada, portanto, com lampião aceso, dizemos que outra Igreja é urgente e necessária para construir o compromisso com os mais pobres”, afirma a cartilha de formação Por Uma Igreja em Saída e para o Povo, que será lançada neste sábado (25), às 8h, no Centro Social Marista Itaquera.
Os padres Ticão Marchioni, Dimas Carvalho, Devair Poletto, Cyzo Lima, Émerson Andrade e Paulo Bezerra são os homens à frente da Igreja – Povo de Deus – em Movimento (IPDM), que retoma na zona leste de São Paulo a tradição iniciada nos anos de 1980 com a Teologia da Libertação e as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).
“Quase submersos em uma crise planetária econômico-socioambiental, cultural e religiosa, o IPDM, no entanto, provoca a inércia pastoral, a indiferença social, o cinismo e a ditadura político-econômica midiática, e o descaso pela casa comum, para enfrentar a crise não como limite, mas como profecia de transformação”, explica outro trecho da cartilha, afirmando que a provocação maior, todavia, deve ser feita na retomada do trabalho de base, nas comunidades, paróquias e coletivos para que priorizem “o estudo e as reflexões sobre as questões candentes da conjuntura da Igreja e da sociedade”.
Segundo Eduardo Brasileiro, professor de sociologia e coordenador pastor da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Itaquera, a expressão “igreja em saída” quer justamente incentivar a postura de uma igreja que saí das paredes seguras do templo e encara as lutas sociais da atualidade. “É um desafio colocar a igreja em movimento, é uma dificuldade sair desse modelo voltado para dentro e conseguir ir para a rua. Com a eleição do papa Francisco se ganhou mais força para dizer que a igreja deve estar perto dos pobres, lutando contra a desigualdade social”, afirmou.
Política e religião
A cartilha de formação Por Uma Igreja em Saída e para o Povo inclui artigo da urbanista Ermínia Maricato, professora aposentada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), e ex-secretária-executiva do Ministério das Cidades (2003- 2005). Traz ainda um tópico intitulado “Discutindo Tabus”, sobre participação política num contexto de corrupção, e a relação entre espiritualidade e os desafios políticos e econômicos da atualidade.
“Um velho e santo bispo, dom Hélder Câmara, já nos dizia: não fazer política é o melhor jeito de ser dominado pela política dos outros. A política é o único caminho para as mudanças do país. Sem a participação da política, as mudanças não acontecem”, diz o padre Ticão Marchioni. “São milhares as formas de se fazer política para melhorar o nosso país. A mais descreditada atualmente é o político de partido, onde você encontra um lamaçal de corrupção, arrogância, desprezo com a miséria brasileira. Repito: eles estão lá porque nós estamos aqui, calados, tímidos e imóveis. É hora de nos unirmos aos movimentos sociais que lutam por mais direitos aos mais pobres.”
Para padre Ticão, é necessário ocupar os partidos, analisar quais deles buscam a igualdade social, a taxação dos mais ricos, a distribuição de riquezas, a criação de empregos (com direitos) nas periferias, educação e saúde integrais.
“A cartilha tem o objetivo de trabalhar na base, mostrar como os cristãos podem se inserir nas lutas por moradia, educação, mobilidade urbana, entre outras”, diz Eduardo Brasileiro, que espera bom público para o lançamento da publicação, seguido de debate. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Um pastor de uma igreja na Argentina está dando o que falar nas redes sociais após começar uma campanha para que mulheres cristãs deixem de andar de bicicleta.
Segundo o pastor Elías Ramírez, da Iglesia Pentecostal Renacimiento, o uso do veículo deveria ser abandonado porque ele seria um "ladrão da virgindade".
A polêmica começou na página que a igreja mantém no Facebook que, entre outras coisas, também faz campanha para que mulheres deixem de usar calça jeans e saias curtas. No post, a bicicleta é descrita como não sendo um veículo bíblico e, por isso, algumas pessoas começaram a ironizar a fala do pastor. "Eu procurei na Bíblia por 'skate' e não está lá. Portanto, deve ser um veículo satânico", disse um internauta. "Eu gostaria de saber em que parte da Bíblia definem como veículo bíblico os carros que os pastores dirigem", comentou outro.
A página conta com mais de mil curtidas e tem postado diversos conteúdos polêmicos desde fevereiro deste ano. No post que quer proibir o uso da bicicleta, o pastor fala ainda que seguirá "denunciando a perversidade e todo ato de malícia que ofende a Deus". Fonte: www.metrojornal.com.br
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O Papa Francisco chegou pouco antes das 8.00 horas de Roma (13.30 hora local) no Aeroporto Internacional de Rangum, em Mianmar, iniciando, assim, a sua 21ª Viagem apostólica que o levará ao Bangladesh
O Santo Padre foi acolhido por um Ministro-delegado do Presidente, juntamente com todos os Bispos da Conferência Episcopal. Crianças das paróquias da cidade e dos arredores, inclusive da zona rural, ofereceram flores a Francisco.
Nas boas-vindas, não estavam previstos discursos, mas somente o piquete de honra. A cerimônia oficial está marcada para terça-feira (28/11) no Palácio presidencial, em Nay Pyi Taw.
Do aeroporto Francisco se dirigiu diretamente para a sede do Arcebispado, que fica na parte centro-oriental da cidade, que durante décadas foi a capital de Mianmar. Hoje, residem em Yangun cerca de cinco milhões de pessoas.
No trajeto, percorrido em carro fechado, o Pontífice pôde acenar aos moradores reunidos em oito pontos organizados nos 18 quilômetros que separam o aeroporto do centro. O trânsito, que normalmente já é caótico, foi parcialmente desviado. Somente nos últimos dias, as ruas foram enfeitadas com cartazes anunciando a chegada de Francisco. Até então, os outdoors eram visíveis só diante das igrejas da cidade.
No quarteirão do Arcebispado fica também a Catedral de Santa Maria, a mais importante do País. O edifício construído com tijolos marrons remonta ao ano de 1909, em estilo neogótico herdado dos colonizadores britânicos. Na Catedral será celebrado o último encontro do Pontífice com a comunidade católica de Mianmar, que vai marcar também a despedida do País: a Missa com os jovens na quinta-feira (30/11).
Oficialmente, nesta segunda-feira não estão previstos encontros para o Papa, depois de 14 horas de voo.
Fonte: http://pt.radiovaticana.va
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