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A Folia de Reis, também chamada de Reisado ou Festa de Santo Reis, é uma festa popular e tradicional brasileira. Ela possui um caráter cultural e religioso e ocorre no período de 24 de dezembro a 6 de janeiro (Dia de Reis ou Dia dos Três Reis Magos).
O bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), dom Leomar Antônio Brustolin, disse em artigo, que nas festas dos Santos Reis, homens e mulheres, jovens e crianças saem pelas ruas cantando e visitando as casas, procurando romper com a rotina e opacidade dos dias, marcando o tempo e o lugar com a cultura do encontro, da amizade e da fé. Cantam, rezam, dançam e comemoram.
O Terno de Reis, diz o bispo, é um patrimônio imaterial da cultura brasileira, resultado da influência portuguesa e cristã, e traduz importantes dimensões que estão no imaginário da fé e da cultura das pessoas. Em 2017, o Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais declarou a Folia de Reis como Patrimônio Imaterial do Estado.
Dom Leomar lembra que após a festa do Natal, o Oriente e o Ocidente cristãos celebram, desde a antiguidade, a Epifania de Cristo. “A palavra epifania tem origem no termo grego “epiphaneia”, que significa manifestação. É a festa de Cristo, luz do mundo, que manifesta-se não apenas aos pastores de Belém, mas a toda humanidade, representada pelos magos”, disse.
O Evangelho de Mateus relata que magos vindos do Oriente procuravam o rei dos judeus, cujo nascimento fora anunciado a eles por uma estrela. Eles vêm de diferentes caminhos e anseiam pela criança divina. Representam o ser humano de diferentes raças e culturas, de diversas religiões e costumes e pretendem descobrir o mistério da vida. Eles não são mágicos, mas sábios que seguem as indicações das estrelas.
“Com os magos de outrora, é preciso aprender a ler os sinais de nosso tempo, perceber as luzes no caminho, reconhecer a Verdade que se manifesta humilde e generosa e, enfim, oferecer nossos presentes de vida, amor e doação. Afinal, a luz de Cristo continua iluminando os caminhos da humanidade, mas é preciso sair pelas estradas guiados pela estrela da fé”, finaliza.
História – A origem da folia de reis está associada a uma tradição cristã portuguesa e espanhola que foi trazida para o Brasil, provavelmente no século XIX. A Folia de Reis é celebrada na religião católica com o intuito de celebrar a visita dos três reis magos (Gaspar, Melchior – ou Belchior- e Baltazar) ao menino Jesus.
Ela é celebrada durante 12 dias desde 24 de dezembro (véspera do nascimento de Jesus) até o dia 06 de janeiro, quando os reis magos chegam a Belém. No momento que os reis magos avistaram no céu a Estrela de Belém, foram ao encontro de Jesus e levaram incenso, ouro e mirra. Por trás dos presentes levados havia uma simbologia: a realeza (ouro), a divindade ou a fé (incenso) e a imortalidade (mirra).
O Dia de Reis é celebrado dia 06 de janeiro, pois segundo a Bíblia foi nesse dia que eles encontraram Jesus. Marca também o momento em que as árvores, os presépios, os adornos e decorações natalinas são retirados. É comum os grupos visitarem as casas nesse dia, tocando músicas e dançando para celebrar o nascimento de Jesus e o encontro com os três reis magos. Em troca, as pessoas oferecem comidas e prendas.
Características – O grupo da folia de reis é formado pelo mestre ou embaixador, o contramestre, os três reis magos, os palhaços, os alfeires e os foliões. Além disso, ocorrem desfiles pelas ruas dos grupos dedicados ao festejo. Eles usam fantasias coloridas, tocam músicas típicas com diversos instrumentos (violas, reco-reco, tambores, acordeões, sanfonas, pandeiros, gaitas, etc.) e dançam.
Muitos fazem apresentações teatrais recitando versos. Geralmente após o desfile ocorre uma missa temática. Vale lembrar que em alguns locais o grupo é chamado de “Ternos de Reis”. Durante o dia, diversas barracas com comidas, bebidas, jogos e lembranças enchem as cidades com essa tradição.
Note que ela é comemorada segundo as tradições e particularidade de cada região do país. Ou seja, as comidas típicas, músicas, brincadeiras e danças variam consoante o local que ocorrem. No Brasil, a festa é celebrada em diversas regiões do país. Os Estados onde essa tradição está mais presente são: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás. Fonte: http://cnbb.net.br
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Papa na Epifania: para encontrar Jesus é preciso pôr-se a caminho, sempre e sem cessar
“Pôr-se a caminho”: uma ação essencial para encontrar Jesus. Esta estrela convida a caminhar, às vezes, arduamente; pede para livrar-nos de pesos inúteis e enfrentar os imprevistos da nossa vida tranquila, destacou Francisco.
Cidade do Vaticano
O Santo Padre presidiu, na manhã deste sábado (06/01), na Basílica São Pedro, à celebração Eucarística por ocasião da Solenidade da Epifania do Senhor, cuja festa a Igreja no Brasil celebra este domingo, dia 7.
Em sua homilia, o Papa diz que “o nosso percurso ao encontro do Senhor, que hoje se manifesta como luz e salvação para todos os povos”, torna-se mais claro com a visita dos três Reis Magos ao Menino Jesus, deitado em uma manjedoura.
Este gesto dos Magos resume-se em três etapas: veem a estrela, põem-se a caminho e oferecem presentes. Explicando o primeiro “veem a estrela”, Francisco disse que é o ponto de partida. Mas, perguntou: Por que só os Magos viram a estrela? E respondeu:
É preciso uma meta mais alta, manter alto o olhar
“Porque, talvez, poucos levantaram o olhar para o céu. Na vida, muitas vezes, contentamo-nos apenas em olhar para a terra: saúde, dinheiro, diversão. Mas, será que ainda podemos levantar os olhos ao céu? Sabemos sonhar, ansiar por Deus, esperar a sua novidade? Os Magos não se contentaram com a vidinha de sempre, mas entenderam que, para viver de verdade, é preciso uma meta mais alta e, por isso, manter alto o olhar”.
E Francisco perguntou ainda: “Por que muitos outros, que levantavam o olhar para o céu, não seguiram a estrela, a ‘sua estrela’?” E explicou: “Porque, talvez, não fosse uma estrela ofuscante, que brilhasse mais que as outras”. Os Magos viram uma estrela despontar: era a estrela de Jesus, que não ofusca, mas, gentilmente, convida. E acrescentou:
A estrela do Senhor nos guia e nos acompanha
“Há estrelas ofuscantes, que suscitam fortes emoções, mas não indicam o caminho: o sucesso, o dinheiro, a carreira, as honras, os prazeres, mas não passam de meteoritos, que brilham um pouco, caem e perdem seu esplendor; são estrelas cadentes, que, ao invés de orientar, nos desviam. A estrela do Senhor nem sempre ofusca, mas nos guia e nos acompanha; não promete recompensas materiais, mas garante a paz e causa, como aos Magos, uma imensa alegria; ela nos convida a caminhar”.
De fato, o segundo gesto dos Reis Magos, disse o Pontífice, é “pôr-se a caminho”: uma ação essencial para encontrar Jesus. Esta estrela convida a caminhar, às vezes, arduamente; pede para livrar-nos de pesos inúteis e enfrentar os imprevistos da nossa vida tranquila. Jesus deixa-se encontrar por quem o busca, mas, para encontrá-lo é preciso ir, sair, arriscar, não ficar à espera, parados, acomodados: é um êxodo. E o Papa recordou:
Para encontrar Jesus é preciso entrar em ação
“Deus, que libertou seu povo, por meio do êxodo, e chamou novos povos para seguir a sua estrela, concede a liberdade e a alegria somente a quem está a caminho. Para encontrar Jesus, é preciso entrar em ação, pôr-se a caminho, sempre e sem cessar. Para encontrar o Menino, é preciso arriscar: descobrindo a sua ternura e o seu amor nós nos encontramos”.
Pôr-se a caminho não é fácil. De fato, Herodes, perturbado pelo temor de perder seu poder, com o nascimento do Menino-Deus, não sai do seu Palácio e fica fechado dentro dele. Ao contrário, os Magos falam pouco e caminham muito, se prostram. Aqui, entra seu terceiro gesto, como diz Francisco: “oferecem dons”. Jesus está ali para oferecer a sua vida e salvação, e os Magos lhe oferecem o que têm de mais precioso: “ouro, incenso e mirra”.
Oferecer algo a nossos irmãos mais pequeninos
“Ele, que se fez pequenino por nós, nos pede para oferecermos alguma coisa aos nossos irmãos mais pequeninos, ou seja, aos que não têm como retribuir: os necessitados, os famintos, os forasteiros, os presos, os pobres. São tantos os dons agradáveis a Jesus, entre os quais, assistir os doentes, perdoar quem nos ofende... são dons gratuitos, que não podem faltar na vida de um cristão”.
Francisco concluiu sua homilia convidando os presentes a olhar nossas mãos, muitas vezes vazias de amor, e enchê-las com presentes gratuitos, sem retribuição. Por fim, elevou ao Menino- Deus a seguinte invocação: «Senhor, fazei-me redescobrir a alegria de doar». Fonte: http://www.vaticannews.va
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EPIFANIA: Canto de Entrada.
Canto de entrada: Eis que veio o Senhor
Eis que veio o Senhor dos senhores,
Em suas mãos, o poder e a realeza. (Bis)
1- Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus,
vossa justiça ao descendente da realeza!
Com justiça Ele governe o vosso povo,
com equidade Ele julgue os vossos pobres.
2- Libertará indigente que suplica,
e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.
Todos os povos serão nele abençoados,
todas as gentes cantarão o seu louvor!
3- Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito
como era no princípio, agora e sempre.
*Neste domingo, 7, celebro a Santa Missa na Igreja de Nossa do Carmo do Desterro da Lapa- Rio de Janeiro/ Centro- às 8h e 10h). Acompanhe as reflexões da Festa de Melquior, Baltasar e Gaspar no Olhar. Clique aqui: www.olharjornalistico.com.br (Edição do vídeo do Olhar. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 6 de janeiro-2018)
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Vimos sua estrela (Canto de Comunhão)
Vimos sua estrela no Oriente
e assim vimos adorar o Rei da gente.
1- Onde foi que nasceu
o Rei dos Judeus?
Em Belém da Judeia,
conforme diz Miqueias.
2- No lugar da estrebaria,
se deteve a estrela guia.
Encontraram com alegria
o Menino com Maria.
3- E abrindo os seus tesouros,
deram incenso, mirra e ouro.
Glória ao Pai e ao Menino
e ao Espírito Divino.
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EPIFANIA: Salmo de Meditação.
Eis que vem o Senhor Soberano (Salmo 71/72)
Eis que vem o Senhor Soberano,
tendo em suas mãos, poder e glória.
1- Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus,
vossa justiça ao descendente da realeza!
Com justiça ele governe o vosso povo,
com equidade ele julgue os vossos pobres.
2- Os reis de toda terra hão de adorá-lo,
e todas as nações hão de servi-lo.
Libertará o indigente que suplica,
e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.
3- Todos os povos serão nele abençoados,
todas as gentes cantarão o seu louvor!
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O que é, personagens, origem, significado, resumo, características principais, festa popular do folclore brasileiro, folguedo, cidades onde ocorrem o Reisado
O que é e origem
A Folia de Reis, também conhecida como Reisado, é uma festa popular brasileira de caráter religioso (católico). Também considerada de caráter folclórico (espécie de folguedo), ela é realizada entre o período do Natal até o Dia de Reis (6 de janeiro). Na Folia de Reis, grupos organizados de pessoas saem pelas ruas da cidade, visitando as casas e tocando músicas populares e entoando cânticos bíblicos em homenagem aos reis magos e ao nascimento de Jesus. Junto com os músicos vão pessoas vestidas com roupas de personagens ligados ao tema da festa.
Alguns aspectos tradicionais da Folia de Reis foram trazidos para o Brasil no final do período colonial (provavelmente no começo do século XIX), pelos portugueses. Porém, de acordo com estudiosos da cultura popular, esta festa tem sua origem na Espanha.
A porta de entrada foi o nordeste brasileiro. Porém, em nosso país a Folia de Reis ganhou traços culturais particulares, incorporando aspectos da cultura brasileira. Um destes exemplos está presente na música, com a presença das batidas típicas dos tambores africanos. Vale dizer também que a Folia de Reis possui traços particulares em cada região do Brasil.
Principais cidades que realizam a Folia de Reis:
- Exemplos de cidades brasileiras em que a Folia de Reis é tradicional: Sabará (MG), Parati (RJ), Sorocaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), Rubim (MG), Teresópolis (RG), Quirinópolis (GO), São João d’Aliança (GO), Presidente Olegário (MG), Salvador (BA), Guaxupé (MG), Nova Fátima (GO) e Rio das Flores (RJ).
Principais personagens da Folia de Reis:
- Três reis magos: representam os reis magos que visitaram Jesus e o presentearam com incenso, ouro e mirra.
- Mestre palhaço: responsável pela animação da festa, através de danças, pulos e brincadeiras.
- Coro: canta as músicas, louvores e entoações de cânticos religiosos.
- Mestre (também conhecido como embaixador): responsável pela organização da festa.
- Bandeireiro: espécie de porta bandeiras da festa. A bandeira geralmente é feita com tecido brilhante e tem a imagem dos três reis magos estampas.
- Festeiro: é em sua casa que geralmente ocorre a cerimônia da “tirada da bandeira”.
- Banda musical: músicos uniformizados tocando violão, sanfona, zabumba, pandeiro, surdo, caixa, triângulo e flauta.
Bibliografia Indicada
Folias e Folguedos do Brasil
Autor: Reis, Inimar dos
Editora: Paulinas
Ano de publicação: 2010
Temas do livro: Festas Populares, Folclore brasileiro, Folguedo.
Fonte: https://www.suapesquisa.com
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Na primeira edição do ano de ‘O Vídeo do Papa’, Francisco nos chama a respeitar as minorias religiosas na Ásia e clama por uma verdadeira liberdade na prática da fé neste continente. Confira o vídeo.
Cidade do Vaticano
Na primeira edição do ano de ‘O Vídeo do Papa’, realizado pela Rede Mundial de Oração do Papa, Francisco nos chama a respeitar as minorias religiosas na Ásia. Também clama por uma verdadeira liberdade na prática da fé neste continente.
Como fez em 2016 e em 2017, o Papa inicia 2018 compartilhando suas intenções mensais através de ‘O Vídeo do Papa’. Na primeira edição do ano, Francisco nos pede para respeitar e proteger os cristãos e todas as minorias religiosas da Ásia. Além disso, enfatiza a importância de garantir que esses grupos religiosos possam viver sua fé com absoluta liberdade em cada um dos países do continente.
“Peçamos por todos eles, para que, nos países asiáticos, os cristãos, como também as outras minorias religiosas, possam viver sua fé com toda liberdade”, afirma o Papa. “Coloquemo-nos ao lado dos homens e mulheres que lutam por não renunciar à sua identidade religiosa”, acrescenta.
Com mais de 43 milhões de km2, a Ásia é o maior continente do mundo e abriga inúmeras minorias religiosas. Muitas delas convivem, mas em algumas regiões existem enfrentamentos e perseguições religiosas.
“No variado mundo cultural da Ásia, a Igreja enfrenta muitos riscos e sua tarefa é ainda mais difícil pelo fato de ser minoria”, afirmou o Papa. “Esses riscos, esses desafios, são compartilhados com outras tradições religiosas minoritárias às quais nos une em um desejo de sabedoria, verdade e santidade”, completa.
O Vídeo do Papa
As intenções de oração são confiadas mensalmente à Rede Mundial de Oração do Papa. O Vídeo do Papa é produzido pela La Machi Comunicação para Boas Causas com o apoio da Companhia de Jesus, IndigoMusic, GettyImagesLatam, Doppler Email Marketing e a colaboração do Vatican Media. Tem também como parceiro de mídia Aleteia. Desde seu lançamento em janeiro de 2016, teve mais de 19 milhões de visualizações em suas redes próprias.
O Vídeo do Papa é uma iniciativa global, promovida pela Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração), para colaborar na difusão das intenções mensais do Santo Padre sobre os desafios da humanidade. Conta com o apoio do Vatican Media, único proprietário dos direitos de imagem do Papa. Fonte: http://www.vaticannews.va
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Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
1- Oração
Deus eterno e todo-poderoso, pela vinda do vosso Filho, vos manifestastes em nova luz. Assim como ele quis participar da nossa humanidade, nascendo da Virgem, dai-nos participar de sua vida no Reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2-Leitura do Evangelho (João 1, 43-51)
43No dia seguinte, tinha Jesus a intenção de dirigir-se à Galiléia. Encontra Filipe e diz-lhe: Segue-me. 44(Filipe era natural de Betsaida, cidade de André e Pedro.) 45Filipe encontra Natanael e diz-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José. 46Respondeu-lhe Natanael: Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré? Filipe retrucou: Vem e vê. 47Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz: Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade. 48Natanael pergunta-lhe: Donde me conheces? Respondeu Jesus: Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira. 49Falou-lhe Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel. 50Jesus replicou-lhe: Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta. 51E ajuntou: Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.
3- Reflexão - Jo 1, 43-51
* Jesus voltou para a Galiléia. Encontrou Filipe e o chamou: "Segue-me!" O objetivo do chamado é sempre o mesmo: "seguir Jesus". Os primeiros cristãos fizeram questão de conservar os nomes dos primeiros discípulos. De alguns conservaram até os apelidos e o nome do lugar de origem. Filipe, André e Pedro eram de Betsaida (Jo 1,44). Natanael era de Caná (Jo 22,2). Hoje, muitos esquecem os nomes das pessoas que estão na origem da sua comunidade. Lembrar os nomes é uma forma de conservar a identidade.
* Filipe encontra Natanael e fala com ele sobre Jesus: "Encontramos aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os profetas! É Jesus, o filho de José, de Nazaré!" Jesus é aquele para o qual apontava toda a história do Antigo Testamento.
* Natanael pergunta: "De Nazaré pode vir coisa boa?" Possivelmente, na pergunta dele transparece a rivalidade que costuma existir entre as pequenas aldeias de uma mesma região: Caná e Nazaré. Além disso, conforme o ensinamento oficial dos escribas, o Messias viria de Belém na Judéia. Não podia vir de Nazaré na Galiléia (Jo 7,41-42). André dá a mesma resposta que Jesus tinha dado aos outros dois discípulos: "Venha e veja você mesmo!" Não é impondo, mas sim vendo que as pessoas se convencem. Novamente, o mesmo processo: encontrar, experimentar, partilhar, testemunhar, conduzir até Jesus!
* Jesus vê Natanael e diz: "Eis um israelita autêntico, sem falsidade!" E afirma que já o conhecia quando estava debaixo da figueira. Como é que Natanael podia ser um "israelita autêntico" se ele não aceitava Jesus como messias? Natanael "estava debaixo da figueira". A figueira era o símbolo de Israel (cf. Mq 4,4; Zc 3,10; 1Rs 5,5). Israelita autêntico é aquele que sabe desfazer-se das suas próprias idéias quando percebe que elas estão em desacordo com o projeto de Deus. O israelita que não está disposto a fazer esta conversão não é autêntico nem honesto. Natanael é autêntico. Ele esperava o messias de acordo com o ensinamento oficial da época (Jo 7,41-42.52). Por isso, inicialmente, não aceitava um messias vindo de Nazaré. Mas o encontro com Jesus ajudou-o a perceber que o projeto de Deus nem sempre é do jeito que a gente o imagina ou deseja. Ele reconhece o seu engano, muda de idéia, aceita Jesus como messias e confessa: "Mestre, tu és o filho de Deus, tu és o rei de Israel!" A confissão de Natanael é apenas o começo. Quem for fiel, verá o céu aberto e os anjos subindo e descendo sobre o Filho do Homem. Experimentará que Jesus é a nova ligação entre Deus e nós, seres humanos. É a realização do sonho de Jacó (Gn 28,10-22).
4- Para um confronto pessoal
1) Qual o título de Jesus de que você mais gosta? Por que?
2) Teve intermediário entre você e Jesus?
5-Oração final
O Senhor é bom,
sua misericórdia é eterna
e sua fidelidade se estende de geração em geração. (Sal 99, 5)
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Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
1-Oração
Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e abrasai seus corações com o esplendor da vossa glória, para reconhecerem sempre o Salvador e a ele aderirem totalmente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2- Leitura do Evangelho (João 1, 35-42)
35No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. 36E, avistando Jesus que ia passando, disse: Eis o Cordeiro de Deus. 37Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. 38Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras? 39Vinde e vede, respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima. 40André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que o tinham seguido. 41Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo). 42Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra).
3- Reflexão (Jo 1, 35-42)
* No evangelho de hoje, João Batista, novamente, aponta Jesus como “Cordeiro de Deus”. E dois dos seus discípulos, animados pelo próprio João, foram em busca de Jesus e perguntam: “Onde o senhor mora?”. Jesus responde: "Venham e vejam!" É convivendo com Jesus, que eles mesmos poderão verificar e confirmar se era isto que estavam buscando. O encontro confirmou a busca, pois os dois nunca mais esqueceram a hora do encontro. Quase setenta anos depois, João lembra: “Eram quatro horas da tarde!”
* Quando uma pessoa é muito amada, ela costuma receber muitos apelidos, nomes ou títulos que expressam o carinho. No Evangelho de João, Jesus recebe muitos títulos e nomes que expressam o que ele significava para os primeiros cristãos. Estes nomes traduzem o desejo dos primeiros cristãos de conhecer melhor quem é Jesus para poder amá-lo com maior coerência. O quarto Evangelho é uma catequese muito bem feita. Os títulos e nomes de Jesus, que vão aparecendo durante os encontros e as conversas das pessoas com ele, fazem parte desta catequese. Eles ajudam os leitores e as leitoras a descobrir como e onde Jesus se revela nos encontros do dia-a-dia da vida. Ao longo dos seus 21 capítulos, através destes nomes e títulos, o evangelista João nos vai revelando quem é Jesus.
* Também hoje, nossas comunidades devem poder dizer: "Venham e vejam!" É ver e experimentar para poder testemunhar. O apóstolo João escreve na sua primeira carta: "A vida se manifestou. Nós a vimos e dela damos testemunho!" (1Jo 1,2)
* As pessoas que vão sendo chamadas professam a sua fé em Jesus através de títulos como: Cordeiro de Deus (Jo 1,36); Rabi (Jo 1,38); Messias ou Cristo (Jo 1,41); “aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os profetas” (Jo 1,45); Jesus de Nazaré, o filho de José (Jo 1,45), Filho de Deus (Jo 1,49); Rei de Israel (Jo 1,49); Filho do Homem (Jo 1,51). São oito títulos em apenas quinze versos! A cristologia dos primeiros cristãos não começa com reflexões teóricas, mas com nomes e títulos que exprimem o carinho, o compromisso e o amor.
* André descobriu que Jesus é o Messias. Ele gostou tanto do encontro, que partilhou sua experiência com o irmão e deu testemunho: "Encontramos o Messias!" Em seguida, conduziu o irmão até Jesus. Encontrar, experimentar, partilhar, testemunhar, conduzir até Jesus! É assim que a Boa Nova se espalha pelo mundo, até hoje! Conosco pode acontecer o que aconteceu com o irmão de André. No encontro com Jesus, ele teve seu nome mudado de Simão para Cefas (Pedra ou Pedro). Mudança de nome significa mudança de rumo. O encontro com Jesus pode produzir mudanças profundas na vida da gente. Deus queira!
4- Para um confronto pessoal
1) Como foi o chamado de Jesus em sua vida? Teve alguma mudança de rumo?
2) Você lembra a hora e o lugar de acontecimentos importantes da sua vida?
5- Oração final
Exultem em brados de alegria diante do Senhor que chega,
porque ele vem para governar a terra.
Ele governará a terra com justiça,
e os povos com eqüidade. (Sal 97, 8-9)
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48 pessoas morreram no acidente envolvendo um ônibus com 53 passageiros que caiu de um precipício de 100 metros na manhã de terça-feira, na estrada Pasamayo, norte de Lima.
Cidade do Vaticano
“O Santo Padre, profundamente entristecido ao tomar conhecimento da dolorosa notícia do acidente rodoviário ocorrido em Pasamayo, que provocou numerosas vítimas, oferece sufrágios pelo descanso eterno dos falecidos”.
Em telegrama assinado pelo cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, o Papa Francisco lamentou a morte de 48 pessoas no acidente envolvendo um ônibus com 53 passageiros que caiu de um precipício de 100 metros na manhã de terça-feira, na estrada Pasamayo, norte de Lima.
O cardeal pede na mensagem endereçada à Nunciatura Apostólica que o pesar de Sua Santidade seja transmitido “aos familiares que choram tão sensível perda”, acompanhado “com manifestações de consolo”.
Ao feridos, o Papa assegura sua “proximidade espiritual”, pedindo ao Senhor “que derrame sobre todos, os dons da serenidade espiritual e da esperança cristã”, e concedendo “de coração a Bênção Apostólica”.
O Papa Francisco deverá chegar à Lima, no Peru, na quinta-feira, 18 de janeiro. Fonte: http://www.vaticannews.va
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Papa: pecado rompe relação com Deus e com os irmãos
Na primeira Audiência Geral de 2018, o Papa Francisco deu continuidade a sua série de catequeses sobre a Santa Missa, explicando o Ato Penitencial. “Sabemos por experiência que somente quem sabe reconhecer os erros e pede perdão recebe a compreensão e o perdão dos outros”.
Cidade do Vaticano
Quem tem consciência de suas misérias e abaixa os olhos com humildade, sente sobre si o olhar misericordioso de Deus.
Dando continuidade a série de catequeses sobre a Santa Missa, o Papa Francisco dedicou a reflexão da primeira Audiência Geral do ano de 2018 ao Ato Penitencial.
“Na sua sobriedade – disse Francisco aos cerca de sete mil fiéis presentes na Sala Paulo VI - ele favorece a atitude que deve ser assumida para celebrar dignamente os santos mistérios, ou seja, reconhecendo diante de Deus e dos irmãos os nossos pecados (...), pois todos somos pecadores”.
Mas para receber o perdão de Deus, devemos reconhecer nossos erros e pedir perdão, pois “o que o Senhor pode dar a quem já tem o coração cheio de si, do próprio sucesso?”, pergunta.
“Nada, porque o presunçoso é incapaz de receber perdão, saciado como é da sua presumível justiça”, respondeu o Papa, citando a parábola do fariseu e do publicano, em que somente o segundo volta para casa perdoado.
“Sabemos por experiência - recorda - que somente quem sabe reconhecer os erros e pede perdão recebe a compreensão e o perdão dos outros”:
“Escutar em silêncio a voz da consciência permite reconhecer que os nossos pensamentos são distantes dos pensamentos divinos, que as nossas palavras e as nossas ações são muitas vezes mundanas, guiadas, isto é, por escolhas contrárias ao Evangelho.”
Por isto – explica o Pontífice – no início da Missa “cumprimos comunitariamente o ato penitencial mediante uma fórmula de confissão geral, pronunciada na primeira pessoa do singular. Cada um confessa a Deus e aos irmãos que “pequei muitas vezes, em pensamentos e palavras, atos e omissões””:
“Sim, também em omissões, ou seja, ter deixado de fazer o bem que poderia ter feito. Muitas vezes nos sentimos muito bons porque – dizemos – “não fiz nenhum mal”. Na realidade, não basta não fazer mal ao próximo, é preciso escolher fazer o bem, aproveitando as ocasiões para dar um bom testemunho de que somos discípulos de Jesus”.
O Papa explica que “confessar tanto a Deus como aos irmãos sermos pecadores” nos ajuda a compreender a “dimensão do pecado”, que “nos separa de Deus, nos divide também dos nossos irmãos, e vice-versa”: “O pecado rompe: rompe a relação com Deus e rompe a relação com os irmãos, a relação na família, na sociedade, na comunidade. O pecado rompe sempre: separa, divide”.
“As palavras que dizemos com a boca são acompanhadas pelo gesto de bater no peito – fazemos assim - reconhecendo que pequei por minha culpa e não dos outros” diz Francisco, que observa: “Acontece muitas vezes que, por medo ou vergonha, apontamos o dedo para acusar os outros. Custa admitir sermos culpados, mas nos faz bem confessá-lo com sinceridade. Mas confessar os próprios pecados”.
E o Papa recordou então a história que um velho missionário costumava contar, de uma senhora que ao confessar-se, contava os erros do marido: “Depois passou a contar os erros da sogra e depois os pecados dos vizinhos. Em determinado momento, o confessor disse a ela: “Mas senhora, me diga: acabou?” – “Não, sim, disse...” – “Muito bem: a senhora acabou com os pecados dos outros. Agora comece a dizer os seus...” Os próprios pecados...”
Após a confissão dos pecados – continuou o Santo Padre - suplicamos à Bem-aventurada Virgem Maria, aos Anjos e Santos que roguem ao Senhor por nós. Também aqui – enfatiza – “é preciosa a comunhão dos Santos, a intercessão deste amigos e modelos de vida que nos sustenta no caminho em direção à plena comunhão com Deus, quando o pecado será definitivamente aniquilado”.
O Santo Padre explica então que além do “Confesso”, o “ato penitencial pode ser feito com outras fórmulas”, como “Piedade de nós, Senhor”, “Contra ti pecamos”, “Senhor mostra-nos a tua misericórdia/ e nos dê a tua salvação”:
“Especialmente no domingo se pode fazer a bênção e aspersão de água em memória do Batismo, que apaga todos os pecados. É também possível, como parte do Ato Penitencial, cantar o Kyrie eléison: com antiga expressão grega, aclamamos o Senhor – Kyrios – e imploramos a sua misericórdia”.
O Papa Francisco recorda então “luminosos exemplos de figuras “penitentes” nas Sagradas Escrituras, que “caindo em si após terem cometido o pecado, encontram a coragem de tirar a máscara e abrir-se à graça que renova o coração”.
E cita o Rei Davi, o filho pródigo, São Pedro, Zaqueu, a Samaritana:
“Comparar-se com a fragilidade do barro do qual fomos formados é uma experiência que nos fortalece: nos coloca diante de nossas fraquezas, nos abre o coração para invocar a misericórdia divina que transforma e converte. E é isto o que fazemos no Ato Penitencial no início da Missa”. Fonte: http://www.vaticannews.va
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Pe. Thiago Bruno publicou a imagem no WhatsApp Status e causou polêmica nas redes sociais. Um amigo dele gravou um vídeo alegando que a arma é objeto de decoração.
Uma postagem do padre Thiago Bruno da Paróquia de São José dos Quatro Marcos, município a 343 km de Cuiabá, causou polêmica nesta terça-feira (2). Numa foto publicada no WhatsApp Status, o padre aparece deitado numa cama apontando uma arma e a mensagem #2018 escrita. A foto circula nas redes sociais.
Procurado pelo G1, o sacerdote afirmou que ainda deve se manifestar sobre o caso através de uma nota.
Após a repercussão da polêmica, um suposto amigo do padre afirma que a foto foi tirada na casa dele no dia 1º de janeiro. O homem alega que a arma usada na foto é um artigo de decoração e foi trazida junto com outros objetos da Espanha.
“São armas de decoração, que não dão tiro. São apenas armas do estilo faroeste daqueles filmes que comprei para fazer decoração”, declara o homem no vídeo. Nas redes sociais, internautas repercutiram a foto com comentários a favor e contra o padre.
“Não importa se a arma é de brinquedo ou não! O que importa é a mensagem que ele passa, que não é nenhuma mensagem de paz”, diz um comentário.
Em outro texto, um internauta critica a atitude. “A atitude dele não condiz com a imagem que ele tem que passar para sociedade. Sem contar que armas não trazem a paz”, diz trecho de uma declaração.
Já em defesa do padre, alguns usuários da rede social dizem não ver maldade na foto. “Que mal tem isso? Uma pessoa de bem com uma arma? Ele também pode ter carro, faca, moto, etc”, diz o comentário. Fonte: https://g1.globo.com
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Nota de esclarecimento
“Felizes sereis quando os homens vos odiarem, expulsarem, insultarem e amaldiçoarem o vosso nome por causa do Filho do Homem. (…) pois era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. (…) Ai de vós quando todos falarem bem de vós, pois era assim que seus antepassados tratavam os falsos profetas” (Lc 6, 22- 23 e 26).
Queridos irmãos e irmãs de nossa arquidiocese,
Todos nós fomos surpreendidos pela Lei n. 13581, de 26 de dezembro de 2017, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República Michel Temer. Declara Dom Helder Câmara patrono brasileiro dos direitos humanos.
Todos os brasileiros conscientes e que amam a justiça e o direito concordam que Dom Helder é nosso patrono em toda a luta pacífica pela justiça, pela paz e pelos direitos humanos, tanto individuais, como coletivos das minorias fragilizadas pela sociedade dominante. No entanto, nos surpreendemos pela ambiguidade desse decreto, sentimento já expresso por amigos de Dom Helder, inclusive, Marcelo Barros que escreveu uma profética carta dirigida ao Dom da Paz. O texto dessa lei é sucinto e não explicita motivações, nem consequências. No entanto, nenhum ato dessa natureza é neutro ou sem repercussões.
Em seu tempo, o profeta Jeremias adverte os governantes do seu povo: “Sem responsabilidade, querem curar as feridas do meu povo dizendo apenas Paz, Paz, quando paz verdadeira não existe. Deveriam envergonhar-se, pois o que fizeram foi horrível, mas não se acanham, mesmo eles não sabem o que é ter vergonha” (Jer 8, 11- 12).
É nossa responsabilidade de cidadãos e de cristãos dar peso às palavras e exigir dos poderes públicos coerência em seus posicionamentos. Se a Política que deveria ser um exercício nobre do serviço ao bem comum está tão desacreditada é porque os políticos não primam pela coerência entre o seu falar e o seu agir.
O que significa essa medida vir de um governo que justamente esvaziou a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e comprometeu todo o trabalho que vinha sendo feito na luta contra todo tipo de discriminações? Será que nomear Dom Helder patrono brasileiro dos Direitos Humanos fará o governo voltar atrás da decisão de reduzir substancialmente os gastos públicos em saúde e educação, deixando os milhões de pobres abandonados à própria sorte? Como pensar em Direitos Humanos e relaxar as regras do controle ao trabalho escravo, assim como sujeitar os trabalhadores a regras que lhes são contrárias e que retiram direitos adquiridos na Constituição de 1988? E o que dizer da reforma da Previdência Social pela qual esse mesmo governo pressiona de formas ilícitas para vê-la aprovada?
Como arcebispo de Olinda e Recife, ministério que foi ocupado por Dom Helder Camara, sinto-me, em consciência, obrigado a declarar publicamente que esse decreto presidencial, para ser sincero e coerente, precisa ser acompanhado por outro modo de governar o país e de cuidar do que é público, principalmente do bem maior que é o povo, sobretudo os mais fragilizados.
Em nome de Deus, fonte de Amor e de Vida, conclamo os cristãos e todo o povo brasileiro a prosseguirmos a luta pacífica pela justiça e pela paz. Assim, como fez Dom Helder Camara, trabalharemos pelos Direitos Humanos a partir da defesa dos direitos dos pobres, dos trabalhadores, das minorias excluídas e de todo ser vivo.
O Espírito de Jesus que nasceu como pobre nos acompanhe e nos fortaleça nesse caminho,
Dom Antônio Fernando Saburido
Arcebispo de Olinda e Recife
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Primeiro secretário-geral e idealizador do projeto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Helder Pessoa Câmara foi declarado Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos. A lei de número 13.581/2017 foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União em 26 de dezembro.
O Dom da Paz, como era conhecido, ocupou o cargo de secretário-geral em dois mandatos, de outubro de 1952 até outubro de 1964. Depois, tornou-se arcebispo de Olinda e Recife (PE).
A pessoa que recebe o título de patrono de determinada categoria ou ramo da ciência e do conhecimento é aquela cuja atuação serve de paradigma e inspiração a seus pares.
O projeto de lei que sugeriu o título a dom Helder, falecido em 1999, foi proposto em 2014, com a justificativa de se tratar de uma homenagem a um dos fundadores da CNBB e “grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro”. Para o deputado propositor, Arnaldo Jordy (PA), “mais que uma liderança religiosa, dom Helder Câmara era referência na luta pela paz e pela justiça social. Pregava uma Igreja simples, voltada para os pobres e a não violência”.
Incoerência
Em artigo publicado nesta terça-feira, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido, que é presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB, declarou-se surpreendido pela ambiguidade do texto presidencial que declarou dom Helder patrono dos Direitos Humanos, uma vez que não explica motivações, nem consequências.
“O que significa essa medida vir de um governo que justamente esvaziou a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e comprometeu todo o trabalho que vinha sendo feito na luta contra todo tipo de discriminações? Será que nomear Dom Helder patrono brasileiro dos Direitos Humanos fará o governo voltar atrás da decisão de reduzir substancialmente os gastos públicos em saúde e educação, deixando os milhões de pobres abandonados à própria sorte? Como pensar em Direitos Humanos e relaxar as regras do controle ao trabalho escravo, assim como sujeitar os trabalhadores a regras que lhes são contrárias e que retiram direitos adquiridos na Constituição de 1988? E o que dizer da reforma da Previdência Social pela qual esse mesmo governo pressiona de formas ilícitas para vê-la aprovada?”, questiona dom Saburido.
Dom Fernando afirma ainda sentir-se “obrigado a declarar publicamente que esse decreto presidencial, para ser sincero e coerente, precisa ser acompanhado por outro modo de governar o país e de cuidar do que é público, principalmente do bem maior que é o povo, sobretudo os mais fragilizados”. Fonte: http://cnbb.net.br
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Descoberta corrobora tese bíblica da existência de governador na cidade sagrada
JERUSALÉM — Arqueólogos israelenses revelaram nesta segunda-feira uma impressão de carimbo em argila de 2.700 anos que acreditam ter pertencido a um governador bíblico de Jerusalém.
O artefato, que traz inscrições em hebraico antigo dizendo "pertence ao governador da cidade", provavelmente estava anexado a uma entrega ou foi enviado como um presente em nome do governador, autoridade local mais proeminente de Jerusalém na época, afirmou a Autoridade Israelense de Antiguidades.
O carimbo, do tamanho de uma pequena moeda, representa dois homens de pé, de frente um para o outro de forma semelhante a um espelho e vestindo roupas listradas até os joelhos. Foi descoberto perto do Muro Ocidental da Cidade Velha de Jerusalém.
"Ele apoia a interpretação bíblica da existência de um governador da cidade em Jerusalém há 2.700 anos", declarou Shlomit Weksler-Bdolah, da Autoridade Israelense de
Antiguidades.
Os governadores de Jerusalém, nomeados pelo rei, são mencionados duas vezes na Bíblia: no segundo livro de Reis, que se refere a Joshua que ocupa a posição, e no segundo livro de Crônicas, que menciona Messias na postagem durante o reinado de Josiah.
O anúncio da Autoridade das Antiguidades ocorreu várias semanas depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, uma decisão que anulou uma política de décadas sobre o status da cidade e gerou protestos palestinos e preocupação internacional. Fonte: https://oglobo.globo.com
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Dia Mundial da Paz
Tema da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus
Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes.
Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador.
Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa vontade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo.
Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.
O Evangelho mostra como a chegada do projeto libertador de Deus (que se tornou realidade plena no nosso mundo através de Jesus) provoca alegria e felicidade naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados.
Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens.
Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo do crente que é sensível aos projetos de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na concretização do projeto divino de salvação para o mundo.
ATUALIZAÇÃO (EVANGELHO – Lc 2,16-21)
No Evangelho que nos é, hoje, proposto, fica claro o fio condutor da história da salvação: Deus ama-nos, quer a nossa plena felicidade e, por isso, tem um projeto de salvação para levar-nos a superar a nossa fragilidade e debilidade; e esse projeto foi-nos apresentado na pessoa, nas palavras e nos gestos de Jesus. Temos consciência de que a verdadeira libertação está na proposta que Deus nos apresentou em Jesus e não nas ideologias, ou no poder do dinheiro, ou na posição que ocupamos na escala social? Porque é que tantos dos nossos irmãos vivem afogados no desespero e na frustração? Porque é que tanta gente procura “salvar-se” em programas de televisão que lhes dê uns minutos de fama, ou num consumismo alienante? Não será porque não fomos capazes de lhes apresentar a proposta libertadora de Jesus?
Diante da “boa nova” da libertação, reagimos – como os pastores – com o louvor e a ação de graças? Sabemos ser gratos ao nosso Deus pelo seu amor e pelo seu empenho em nos libertar da escravidão?
Os pastores, após terem tomado contato com o projeto libertador de Deus, fizeram-se “testemunhas” desse projeto. Sentimos também o imperativo do testemunho? Temos consciência de que a experiência da libertação é para ser passada aos nossos irmãos que ainda a desconhecem?
Maria “conservava todas estas palavras e meditava-as no seu coração”. Quer dizer: ela era capaz de perceber os sinais do Deus libertador no acontecer da vida. Temos, como ela, a sensibilidade de estar atentos à vida e de perceber a presença – discreta, mas significativa, atuante e transformadora – de Deus, nos acontecimentos mais ou menos banais do nosso dia a dia?
*LEIA A REFLEXÃO NA ÍNTEGRA. CLIQUE NO LINK- EVANGELHO DO DIA
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Celebração da Paz e de Maria foi realizada no Vaticano
O papa Francisco celebrou a primeira missa do ano, na manhã desta segunda-feira (1), e pediu que todos tenham um "coração de mãe" durante o novo ano que se inicia.
"Que a fé não seja reduzida apenas a uma ideia ou a uma doutrina. Nós temos necessidade, todos temos, de ter um coração de mãe que sabe proteger a tenacidade de Deus e escutar as necessidades dos homens", disse aos fiéis durante a celebração de Maria Santíssima.
O líder católico também pediu que a Igreja seja como Maria porque "o dom de cada mãe e de cada mulher é tão precioso para a Igreja, que é mãe e mulher". "E enquanto o homem, muitas vezes, abstrai, afirma e impõe ideias, a mulher, a mãe, sabe proteger, ligar ao coração e vivificar", acrescentou.
Em outra passagem da homilia, o Pontífice pediu ainda que todos sejam amados. "Cada vida, daquela do ventre da mãe aos idosos, dos sofredores e doentes, até aquelas incômodas e as repugnantes, deve ser acolhida, amada e ajudada", disse ainda.
"Também nós, cristãos em caminho, sentimos no início do ano a necessidade de recomeçar do centro, de deixar para trás os fardos do passado e recomeçar com o que importa. Para recomeçar, olhemos para a Mãe. No seu coração, bate o coração da Igreja.
Para andar adiante, diz a festa de hoje, é preciso voltar: recomeçar do presépio, da Mãe que tem Deus nos braços. A devoção de Maria não é uma etiqueta espiritual, é uma exigência da vida cristã", ressaltou.
O sucessor de Bento XVI ainda convidou os fiéis para também fazer momentos de silêncio para "que deixemos Jesus falar aos nossos corações". "Que a sua pequenez desmantele o nosso orgulho, que a sua pobreza perturbe nossa grandeza, que a sua tenacidade toque nosso coração insensível", disse ainda.
Para ele, no mundo atual "todos precisam de silêncio" para que isso "proteja nossa alma das banalidades corrosivas do consumo e das tonturas causadas pela publicidade". Fonte: www.terra.com.br
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Francisco destacou iniciativas católicas pela paz
O Papa Francisco celebrou nesta segunda-feira (1) o primeiro "Angelus" do ano e pediu que todos possam ajudar a garantir um "futuro de paz" para os milhões de imigrantes pelo mundo.
O dia 1º de janeiro é considerado o Dia Mundial da Paz e, o Pontífice, definiu como tema para a data o tema "Imigrantes e Refugiados: Homens e Mulheres em busca de paz".
"Desejo, ainda mais uma vez, ser a voz desses nossos irmãos e irmãs que invocam para si o desejo do futuro de paz. Para essa paz, que é direito de todos, muitos deles estão dispostos a arriscar a vida em uma viagem que, na grande maioria dos casos, longa e perigosa; eles estão dispostos a enfrentar o cansaço e o sofrimento", destacou.
Ele ainda lançou um apelo aos milhares de fiéis presentes nesta segunda na Praça São Pedro.
"Por favor, não desperdicemos a esperança no coração deles e não sufoquemos as suas expectativas de paz. É importante que todos, instituições civis, realidades educativas, assistenciais e eclesiais, se empenhem para assegurar aos refugiados, aos imigrantes, a todos, um futuro de paz. Que o Senhor nos conceda a possibilidade de atuar com generosidade para realizar um mundo mais solidário e acolhedor", disse ainda sobre o tema.
Além de agradecer as entidades que ajudam os estrangeiros, Jorge Mario Bergoglio agradeceu a todas as instituições católicas que "fazem múltiplas iniciativas de oração e de ações pela paz". Fonte: https://www.terra.com.br
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