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No mesmo dia em que celebra liturgicamente a Apresentação do Senhor, a Igreja Católica também comemora o Dia Mundial da Vida Consagrada, neste 02 de fevereiro. Por ocasião da data, o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), enviou uma mensagem a todos aqueles(as) que disseram sim à esta forma de servir à Igreja.
O religioso agradeceu a Deus a graça da vocação à vida consagrada de tantas pessoas que se empenham em testemunhar e anunciar o Evangelho do crucificado-ressuscitado pelas diferentes regiões do Brasil. Aos que acolheram o convite de Deus para viver essa forma de vida, dom Jaime diz que é necessário pedir a graça da recordação e sempre ter em mente que foram escolhidos por Alguém, que os amou e ama desde sempre. O religioso também exortou a todos consagrados e consagradas, considerando o momento histórico, a demonstrarem o orgulho por terem esta opção de vida. “Não tenhamos medo de dizer aos adolescentes e jovens que: “Gostamos do que somos e amamos o que fazemos’.
Desafios para a vida religiosa – Para dom Jaime, os desafios da vida consagrada hoje são os mesmos que perpassam a sua história: “ser no mundo testemunha de fé e esperança, sinal do Reino de Deus e sua justiça, expressão de compromisso evangélico na defesa e promoção da vida”. Os Consagrados, definiu, são homens e mulheres que se empenham por viver de forma especial o seguimento de Jesus Cristo.
O arcebispo reforça que a vida consagrada é uma forma de pertença a Deus no seguimento de Jesus Cristo e seu Evangelho. “A decisão de seguir o Crucificado-Ressuscitado através das diversas expressões de vida consagrada implica assumir corajosamente os conselhos evangélicos”, disse. A promoção vocação é outro desafio atual indicado pelo presidente da Comissão para a Vida Consagrada da CNBB. “Precisamos promover um mutirão vocacional, apresentando às novas gerações a beleza das diferentes formas de vida consagrada na Igreja”. Fonte: http://cnbb.net.br
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Francisco conclamou líderes políticos e religiosos a combaterem a violência em nome de Deus.
Cidade do Vaticano
A série de audiências do Papa Francisco esta sexta-feira começou com cerca de 50 participantes da Conferência “Combater a violência praticada em nome da religião”.
Em seu discurso, o Pontífice definiu “significativo” um encontro do gênero entre responsáveis políticos e líderes religiosos. De modo especial, recordou suas palavras pronunciadas na viagem ao Egito, quando exortou a excluir toda absolutização que justifique formas de violência.
“ A violência veiculada e praticada em nome da religião só pode atrair descrédito em relação à própria religião; como tal, deve ser condenada por todos e, com convicção especial, pelo homem autenticamente religioso, que sabe que em Deus não pode haver espaço para o ódio, o rancor e a vingança. ”
Francisco afirma que uma das maiores blasfêmias é chamar Deus como garante dos próprios pecados e crimes, de chamá-lo para justificar o homicídio, o massacre, a escravidão, a exploração, a opressão e a perseguição de pessoas e inteiras populações.
“Todo líder religioso é chamado a desmarcar qualquer tentativa de manipular Deus”, insistiu o Papa, acrescentando que a pertença a uma determinada religião não dá nenhuma dignidade ou direitos suplementares.
O Pontífice exorta não só líderes políticos e religiosos, mas também educadores e agentes da comunicação num esforço conjunto para combater a violência em nome da religião.
“Expresso novamente o meu apreço pela vontade de reflexão e de diálogo sobre um tema assim tão dramaticamente importante, e por ter dado uma qualificada contribuição ao crescimento da cultura da paz fundada sempre sobre a verdade e o amor.” Fonte: http://www.vaticannews.va
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A morte é um fato, uma herança e uma memória: Francisco propôs estas três reflexões para nos salvar da ilusão de sermos donos do tempo.
Cidade do Vaticano
A certeza da morte guiou a reflexão do Papa Francisco na missa celebrada esta manhã (01/02/2018) na capela da Casa Santa.
A primeira leitura fala da morte do Rei Davi. Ele – o grande Rei – o homem que consolidou o próprio Reino também ele deve morrer, não é o dono do tempo.
“Nós não somos nem eternos nem efêmeros: somos homens e mulheres em caminho no tempo, tempo que começa e tempo que acaba”, disse o Papa. Diante desta constatação, Francisco propôs três ideias: a morte é um fato, uma herança e uma memória.
Fato
A morte é um fato. Nós podemos pensar tantas coisas, inclusive imaginar que somos eternos, mas o fato acontece. Cedo ou tarde, chega. É um fato que toca todos nós. Nós estamos em caminho e não ao léu ou homens e mulheres num labitinto:
Mas existe a tentação do momento que toma conta da vida e o leva a girar no momento deste labirinto egoísta do momento sem futuro, sempre ida e volta, ida e volta, não? E o caminho acaba na morte, todos sabemos disso. E por isso a Igreja sempre buscou refletir sobre este nosso fim: a morte.
Herança
“Eu não sou o dono do tempo”, “repetir isso ajuda”, aconselhou o Papa, “porque nos salva daquela ilusão do momento, de tomar a vida como um cadeia de aneis de momenos, que não tem sentido”. “Estou em caminho e devo olhar avante.” Segundo: a herança. Eu vou embora e deixo uma herança. Não a do dinheiro, das propriedades, das posses, mas a herança do testemunho. Davi, por exemplo, deixou a herança da conversão, de adorar Deus antes de si mesmo depois de uma vida de pecados.
Quando pensamos num morto, disse ainda o Papa, sempre pensamos numa pessoa santa. “Existem duas maneiras de canonizar as pessoas: na Praça S. Pedro e nos funerais, porque se torna sempre um santo e porque não representa mais uma ameaça para nós. Mas, ao invés, devemos nos perguntar:
Que herança eu deixarei como testemunho de vida? É uma bela pregunta a nos fazer. E assim nos preparar porque todos nós, nenhum de nós permanecerá “de relíquia”. Não, todos percorreremos este caminho.
Memória
Terceiro: a memória. A morte é memória, uma memória antecipada para refletir:
Mas quando eu morrer, o que eu gostaria de ter feito hoje nesta decisão que eu tenho que tomar hoje, no modo de viver de hoje? É uma memória antecipada que ilumina o momento do hoje. Iluminar com o fato da morte as decisões que eu tenho que tomar todos os dias.
Francisco concluiu convidando os fiéis a lerem o capítulo II do Primeiro Livro dos Reis. Ler e pensar: “eu estou em caminho, o fato – eu morrerei -, qual será a herança que deixarei e como é importante para mim a luz, a memória antecipada da morte, sobre as decisões que devo tomar hoje. Nos fará bem a todos”. Fonte: http://www.vaticannews.va
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"A Palavra de Deus faz um caminho dentro de nós. A escutamos com os ouvidos, passa pelo coração, não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração e do coração passa às mãos, às boas obras. Este é o percurso que faz a Palavra de Deus: dos ouvidos ao coração e às mãos", disse o Santo Padre.
Cidade do Vaticano (31/01/2018)
"Como poderíamos enfrentar a nossa peregrinação terrena, com as suas dificuldades e as suas provas, sem ser regularmente nutridos e iluminados pela Palavra de Deus que ressoa na liturgia?"
Ao dar continuidade a sua série de catequeses sobre a Santa Missa, o Papa Francisco falou na Audiência Geral desta quarta-feira, a 4ª de 2018 e a 213ª de seu Pontificado, sobre a Liturgia da Palavra, "que é uma parte constitutiva porque nos reunimos justamente para escutar o que Deus fez e pretende ainda fazer em nós".
"É uma experiência que acontece "ao vivo" e não por ouvir dizer - explicou o Santo Padre aos fiéis presentes na Praça São Pedro - porque quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é Deus mesmo que fala ao seu povo e Cristo, presente na sua palavra, anuncia o Evangelho".
O Papa alertou então, que muitas vezes enquanto se lê a Palavra de Deus, se fazem comentários sobre como o outro se veste ou se comporta. Ao invés disto, "devemos escutar, abrir o coração porque é o próprio Deus que nos fala e não pensar em outras coisas ou em falar de outras coisas. Entenderam? Não acredito que aconteça muito, mas explicarei o que acontece nesta Liturgia da Palavra":
"As páginas da Bíblia deixam de ser um escrito para tornarem-se palavra viva, pronunciada por Deus. É Deus que por meio do que se lê nos fala e interpela a nós que escutamos com fé (...). Mas para escutar a Palavra de Deus, é preciso ter também o coração abertopara receber a palavra no coração. Deus fala e nós nos colocamos em escuta, para depois colocar em prática o que ouvimos. É muito importante ouvir. Algumas vezes não entendemos bem porque existem algumas leituras um pouco difíceis. Mas Deus nos fala o mesmo em outro modo: em silêncio e ouvir a Palavra de Deus. Não esqueçam isto. Na Missa, quando começam as leituras, ouvimos a Palavra de Deus".
"Temos necessidade de escutá-lo!", enfatizou o Papa. "É de fato uma questão de vida, como bem recorda a incisiva expressão «nem só de pão o homem viverá, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus»".
Neste sentido, "falamos da Liturgia da Palavra como da "mesa" que o Senhor prepara para alimentar a nossa vida espiritual".
A mesa litúrgica é abundante, "abre mais largamente os tesouros da Bíblia", do Antigo e do Novo Testamento, porque neles é anunciado pela Igreja o único e idêntico mistério de Cristo:
"Pensemos na riqueza das leituras bíblicas oferecidas pelos três ciclos dominicais que, à luz do Evangelhos Sinóticos, nos acompanham no decorrer do ano litúrgico, uma grande riqueza".
O Papa chamou a atenção para a importância do Salmo responsorial, "cuja função é favorecer a meditação do que foi escutado na leitura que o precede".
"É bom que o Salmo seja valorizado com o canto, ao menos do refrão", observou Francisco, acrescentando que também as leituras dos dias feriais constituem "um grande nutrimento para a vida cristã".
O Santo Padre explicou então que "as leituras da Missa, variadamente ordenadas segundo as diferentes tradições do Oriente e Ocidente, estão contidas nos Lecionários":
"A proclamação litúrgica das mesmas leituras, com os cantos deduzidos da Sagrada Escritura, exprime e favorece a comunhão eclesial, acompanhando o caminho de todos e de cada um".
Neste sentido - explica - "se entende porque escolhas subjetivas, como a omissão de leituras e a sua substituição com textos não bíblicos, são proibidas":
"Isto de fato empobrece e compromete o diálogo entre Deus e o seu povo em oração. Pelo contrário, a dignidade do ambão e o uso do lecionário, a disponibilidade de bons leitores e salmistas. Mas procurem bons leitores, eh!, aqueles que saibam ler, não aqueles que leem e não se entende nada, eh! é assim, eh! Bons leitores, eh! Devem se preparar e ensaiar antes da Missa para ler bem. E isto cria um clima de silêncio receptivo".
A Palavra do Senhor é uma ajuda indispensável para não nos perdermos, nos nutre e nos ilumina, nos ajudando assim a enfrentarmos as dificuldades e as provas de nossa peregrinação terrena.
Mas "não basta ouvir com os ouvidos, sem acolher no coração a semente da divina Palavra, permitindo a ela dar fruto":
"A ação do Espírito, que torna eficaz a resposta, tem necessidade de corações que se deixem trabalhar e cultivar, de modo que aquilo que é ouvido na Missa passe para a vida cotidiana, segundo a advertência do apóstolo Tiago: «Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos»."
"A Palavra de Deus faz um caminho dentro de nós. A escutamos com os ouvidos, passa pelo coração, não permanece nos ouvidos, deve ir ao coração e do coração passa às mãos, às boas obras. Este é o percurso que faz a Palavra de Deus: dos ouvidos ao coração e às mãos. Aprendamos estas coisas. Obrigado.” Fonte: http://www.vaticannews.va
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A Academia Marial de Aparecida, em parceira com a Faculdade Dehoniana de Taubaté, promovem o XII Congresso Mariológico, com o tema “O rosto Mariano da Igreja”, de 16 a 19 de maio deste ano. Inspirado no Ano do Laicato, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as reflexões apresentarão Maria como modelo para a Igreja e “primeira leiga cristã”.
As palestras serão conduzidas por teólogos experientes, bispos, sacerdotes, religiosas e leigos e leigas, contando também com a presença do arcebispo de Salvador, primaz do Brasil e vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger e o secretário do dicastério para os Leigos, a Família e a Vida de Roma e representante oficial do papa Francisco, padre Alexandre Awi Mello.
O Congresso acontecerá no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no complexo Santuário. As inscrições já podem ser feitas no site a12.com/academia ou pessoalmente na Academia Marial de Aparecida, até o dia 6 de maio. Toda a programação do XII Congresso Mariológico e o processo de inscrição está disponível na página do evento (clique aqui). Outras informações no e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou pelo telefone (12) 3104-1549.
Com informações do portal A12.com Fonte: http://cnbb.net.br
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O Papa pediu para rezarmos hoje pelos nossos pastores, para que Deus dê a eles a graça de caminhar com o povo com ternura e proximidade.
Cidade do Vaticano
As atitudes do verdadeiro pastor são aquelas com as quais Jesus acompanhou o Seu povo: proximidade e ternura concretas, não rigidez nem julgamento. Esta foi a reflexão feita pelo Papa na homilia da Missa celebrada na manhã de terça-feira (30/01/2018) na capela da Casa Santa Marta.
As páginas do Evangelho de Marcos narram dois episódios de cura a serem mais contemplados do que refletidos, disse o Papa, porque indicam “como era um dia na vida de Jesus”, modelo de como deveria ser também a vida dos pastores, bispos ou sacerdotes.
Caminhar, estar no meio do povo, ocupar-se dele
O Apóstolo descreve Jesus mais uma vez circundado por uma multidão, "a multidão de pessoas que o seguia”, ao longo do caminho ou às margens do mar e com as quais Jesus se preocupava: foi assim que Deus prometeu acompanhar o Seu povo, destacou Francisco, estando no meio dele:
Jesus não abre um escritório de aconselhamento espiritual com um cartaz 'O profeta recebe segunda, quarta e sexta das 3 às 6. A entrada custa tanto ou, se quiserem, podem deixar uma oferta'. Não. Jesus não faz assim. Jesus tampouco abriu um consultório médico com o cartaz ‘Os doentes devem vir tal dia, tal dia, tal dia e serão curados’. Jesus se joga no meio do povo.
E “esta é a figura de pastor que Jesus nos dá”, observou Francisco, citando um sacerdote “santo que acompanhava assim o seu povo” e que, à noite, por este motivo, estava “cansado”, mas de um “cansaço real, não ideal”, “de quem trabalha” e está no meio das pessoas.
Ir ao encontro das dificuldades com ternura
Mas o Evangelho de hoje ensina também que Jesus é "comprido" entre a multidão e "tocado". Por cinco vezes este verbo aparece na narração de Marcos, notou o Papa, destacando que também hoje o povo faz assim durante as visitas pastorais, o faz para “pegar a graça” e o pastor sente isto.
E Jesus jamais se retrai, pelo contrário, “paga”, inclusive com a “vergonha” e a “zombaria”, “por fazer o bem”. São estas as “rmarcas do modo de agir de Jesus” e, portanto, as “atitudes do verdadeiro pastor”:
“O pastor é ungido com óleo no dia de sua ordenação: sacerdotal e episcopal. Mas o verdadeiro óleo, aquele interior, é o óleo da proximidade e da ternura. O pastor que não sabe se fazer próximo, falta a ele alguma coisa: talvez seja o dono do campo, mas não é um pastor. Um pastor ao qual falta a ternura, será um rígido, que bate nas ovelhas. Proximidade e ternura: vemos isso aqui. Assim era Jesus”.
Proximidade e ternura dos pastores: uma graça a ser pedida ao Senhor
Como Jesus, também o pastor – acrescenta ainda Francisco – “termina o seu dia cansado”, cansado de “fazer o bem”, e se o seu comportamento for este, o povo sentirá a presença viva de Deus.
Disto, eleva-se a oração de hoje de Francisco:
“Hoje poderemos rezar na Missa pelos nossos pastores, para que o Senhor dê a eles esta graça de caminhar com o povo, estar presente em meio ao povo com tanta ternura, com tanta proximidade. E quando o povo encontra o seu pastor, tem aquele sentimento especial que somente se pode sentir na presença de Deus – e assim termina a passagem do Evangelho – “E todos ficaram admirados”. A admiração de sentir a proximidade e a ternura de Deus no pastor”. Fonte: http://www.vaticannews.va
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Padre Paulo de Oliveira Nogueira Costa, o Paulinho da Canção Nova, visitava a mãe em Ouro Fino.
O laudo da perícia da Polícia Civil deve apontar em até 30 dias se o padre Paulo de Oliveira Nogueira Costa, o Paulinho da Canção Nova, de 41 anos, e a mãe Adelaide Nogueira, de 81 anos, foram envenenados com chumbinho, que é um tipo de veneno para ratos. Os dois foram internados após no sábado (27) após ingerirem carne comprada em um açougue de Ouro Fino (MG), e um inquérito foi aberto para investigar o caso.
Paulinho da Canção Nova visitava a mãe no distrito de Crizólia, quando os dois passaram mal após o almoço de sábado. Eles foram atendidos no Hospital de Ouro Fino, mas o padre precisou ser transferido para um hospital de Pouso Alegre (MG).
Um irmão do padre, que não quis dar entrevista, disse à equipe de reportagem da EPTV Sul de Minas, afiliada da Rede Globo, que foram encontradas bolinhas identificadas como chumbinho na carne do almoço. Ainda no hospital, a mãe deles contou o que aconteceu.
“A gente ia almoçar e eu senti mal no momento. Aí eu fui para o quarto, o padre me levou, e eu já comecei a vomitar, a sentir mal. Mas aí a menina minha falou: ‘Mãe, o padre também está ruim, está ruim aqui, está vomitando”.
Paulinho está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Ele chegou ao hospital desacordado e apresentando arritmia cardíaca. Apesar da gravidade do caso, os médicos dizem que ele não corre risco de morrer.
O padre Roger Luís esteve no hospital e mandou uma mensagem de voz para a família, tranquilizando sobre a situação. “Agora ele já está bem melhor. A gente conversou bastante, riu. Ele está daquele jeitinho dele mesmo, graças a Deus”, disse.
A Polícia Militar informou que três animais da casa morreram. O dono do açougue onde a carne teria sido comprada não quis comentar o caso. A Vigilância Sanitária informou que não foi acionada pela polícia e que não vai vistoriar o local, porque o açougue tem alvará e funciona dentro das normas.
"No último sábado (27/01), o missionário da Comunidade Canção Nova, padre Paulo de Oliveira Costa (pe. Paulinho), 41 anos, e sua mãe, Adelaide Nogueira Costa, 81 anos, sofreram uma intoxicação alimentar por envenenamento. Tudo indica que foi causa acidental, porém a perícia da Polícia Civil está fazendo a devida investigação para esclarecer o ocorrido.
Padre Paulinho estava em visita à família na sua cidade natal, Ouro Fino (MG), no Distrito de Crisólia, e, no próximo mês, fevereiro, irá em missão para Portugal. O sacerdote e sua mãe ainda estão hospitalizados e fora de perigo". Fonte: https://g1.globo.com
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O Papa Francisco inspirou sua reflexão no Rei Davi, “um grande”, tinha uma “alma nobre”, mas era também um pecador, tinha “pecados grandes”.
Cidade do Vaticano (29/01/2018)
“Não existe uma verdadeira humildade sem humilhação” . Foi o que disse em síntese o Papa Francisco na Missa celebrada na manhã desta segunda-feira na Capela da Casa Santa Marta.
Uma reflexão que parte da figura do Rei Davi, centro da primeira leitura.
Davi de fato, é “um grande”. Havia vencido o filisteu, tinha uma “alma nobre” - porque por duas vezes poderia ter matado Saul e não o fez – mas era também um pecador, tinha “pecados grandes”: “o do adultério e do assassinato de Urias, o marido de Betsabá”, “aquele do censo”.
Mesmo assim – observa Francisco – a Igreja o venera como Santo, “porque deixou-se transformar pelo Senhor, deixou-se perdoar”, arrependeu-se, e por “aquela capacidade não tão fácil de reconhecer ser pecador: “Sou pecador’”. Em particular a Primeira leitura coloca o foco na humilhação de Davi: seu filho Absalão, “faz uma revolução contra ele”.
Naquele momento Davi não pensa “na própria pele”, mas em salvar o povo, o Templo, a Arca. E foge, “um gesto que parece covarde, mas é corajoso”, sublinha o Papa. Chorava, caminhando com a cabeça coberta e pés descalços.
Mas o grande Davi é humilhado, não somente com a derrota e a fuga, mas também com o insulto. Durante a fuga, um homem chamado Semei o insultava dizendo que o Senhor fez recair sobre ele todo o sangue da casa de Saul – “cujo trono usurpastes – e entregando o trono ao filho Absalão: “eis que estás na ruína – afirmava – porque és um homem sanguinário”.
Davi o deixa fazer, não obstante os seus quisessem defendê-lo: “É o Senhor que inspira de insultar-me”, talvez “este insulto comoverá o coração do Senhor e me abençoará”.
Às vezes, nós pensamos que a humildade é ir tranquilos, ir talvez de cabeça baixa olhando para o chão... mas também os porcos caminham de cabeça baixa: isso não é humildade. Esta é aquela humildade falsa, prêt-à-porter, que não salva nem protege o coração. É bom que nós pensemos nisto: não existe verdadeira humildade sem humilhação, e se você não for capaz de tolerar, de carregar nas costas uma humilhação, você não é humilde: faz de conta, mas não é.
Davi carrega nas costas os próprios pecados. “Davi é Santo; Jesus, com a santidade de Deus, é Santo”, afirmou o Papa e acrescentou: “Davi é pecador, Jesus é pecador, mas com o nossos pecados. Mas os dois, humilhados”.
Sempre existe a tentação de lutar contra quem nos calunia, contra quem nos humilha, quem nos faz passar vergonha, como este Semei. E Davi diz: “Não”. O Senhor diz: “Não”. Este não é o caminho. O caminho é o de Jesus, profetizado por Davi: carregar as humilhações. “Talvez o Senhor olhará para a minha aflição e me dará o bem em troca da maldição de hoje”: transformar as humilhações em esperança.
Francisco advertiu, porém, que a humildade não é justificar-se imediatamente diante da ofensa, tentando parecer bom: “Se você não sabe viver uma humilhação, você não é humilde”, afirmou. “Esta é a regra de ouro”.
Peçamos ao Senhor a graça da humildade, mas com humilhações. Havia aquela freira que dizia: “Eu sou humilde, sim, mas humilhada jamais!”. Não, não! Não existe humildade sem humilhação. Peçamos esta graça. E também, se alguém for corajoso, pode pedir – como ensina Santo Inácio – pode pedir ao Senhor que lhe envie humilhações para se parecer sempre mais com o Senhor. Fonte: http://www.vaticannews.va
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Um vídeo estarrecedor, produzido por Bernardo P. Kuster, traz esta importante denúncia, que deveria assustar não só os verdadeiros católicos, mas também à todos aqueles cidadãos brasileiros interessados em evitar que Lula volte ao poder e o nosso país se transforme em uma nova Venezuela.
Com faixas em apoio a Lula, "Eleições sem Lula é Fraude", abriu -se o evento 14° Inter Eclesial das Comunidades de Base - Janeiro de 2018, em Londrina PR.
Enquanto os Excelentíssimos Magistrados de Porto Alegre julgavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bispos Socialistas Católicos (60) de todo o Brasil, assessorados por intelectuais fundadores do PT, doutrinavam mais de 3000 delegados interestaduais pertencentes as CEBs. (Comunidade Eclesial de Base).
Frei Beto abriu o evento solicitando 1 minuto de silêncio, em homenagem à Lula, que segundo ele, representa a verdadeira democracia brasileira. Naquele exato momento, o réu mais famoso do mundo, estava sendo julgado em Porto Alegre.
Ideias esdrúxulas, para não dizer criminosas, foram defendidas neste evento, dentre elas podemos citar:
- Liberação do aborto;
- Descriminalização do uso de drogas;
- Inclusão da ideologia de gênero no currículo escolar;
- Adoção do método de ensino Paulo Freire nas Escolas;
- Apoio a um "Referendum popular" para a elaboração de uma nova Constituição Socialista (semelhante ao que foi realizado recentemente na Bolívia);
- Apoio ao ditador sanguinário venezuelano Nicolás Maduro;
- Etc.
O mais estarrecedor desta triste história, agora me dirijo diretamente aos seguidores da fé católica tradicional, são as idéias absurdas defendidas neste evento, que atacaram diretamente os fundamentos da Tradicional Igreja Católica Apostólica Romana. Este ataque ocorreu na presença de altos representantes da Igreja.
Dentre as ideias defendidas podemos citar alguns exemplos:
- "Jesus não veio fundar uma religião ou uma Igreja. Ele veio trazer um novo projeto sócio político." ( Frei Beto: fundador da Teologia da Libertação );
- "A multiplicação dos pães, palavra equivocada, porque não houve multiplicação, houve sim partilha. É o Fome Zero de Jesus." (Frei Beto).
O anfitrião desta festa não poderia deixar de ser citado, o novo e polêmico Bispo socialista de Londrina - PR, Dom Geremias Steinmetz, que em seu currículo trás:
- Organizador do grito dos excluídos e da semana LGBT;
- Recusou a dar a hóstia consagrada à fiéis ajoelhados, por considerar uma postura de extrema submissão e abuso de poder;
- Acusado de perseguir dentro da Igreja Católica padres tradicionais que defendem os verdadeiros valores da Igreja (ex. Padre Paulo Ricardo);
- Transferência arbitrária de padres antigos de suas paróquias, para paróquias diferentes (ex. a polêmica transferência do Monsenhor Gafá que há 30 anos pregava na Catedral para uma pequena Igreja no centro de Londrina);
- Foi antigo assistente de Frei Beto, criador da Teologia da Libertação e amigo pessoal de Lula.
Para finalizar, é importante citar a composição técnica dos organizadores deste encontro:
Como podemos verificar, a esquerda brasileira se assemelha a uma Medusa com suas várias cabeças, não bastando atingir uma única "jararaca velha e decrépita" para anularmos o perigo que representam para a nossa combalida democracia.
Escondidos por trás de um discurso falacioso de humildade, generosidade e igualdade, tentam, à todo custo, iludir e aliciar os inocentes fiéis católicos para a divulgação e disseminação da ideologia comunista.
Querem transformar os fiéis católicos em ativistas políticos revolucionários.
Segundo o entendimento de Frei Beto, o católico não deve ficar dentro da Igreja apenas rezando, devendo sim, participar ativamente da luta política de nosso país. Para ele, profissionais liberais, fazendeiros e empresários, defensores do neoliberalismo econômico, são uma ameaça as conquistas sociais adquiridas nos governos do PT.
Precisamos denunciar a utilização política e ideológica da Igreja Católica pelos partidos socialistas, com o intuito de disseminar a ideologia socialista não só no Brasil, como também em toda a América Latina. Fonte: www.jornaldacidadeonline.com.br
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"Jesus ensina como uma pessoa que tem autoridade, revelando-se o Enviado de Deus", disse Francisco.
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, neste domingo (28/01), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
O Pontífice explicou que o Evangelho deste domingo faz parte da mais ampla narração indicada como o “dia de Cafarnaum”. No centro dessa passagem está o exorcismo, através do qual Jesus é apresentado como profeta poderoso em palavras e obras.
Jesus entra na sinagoga de Cafarnaum no dia de sábado e começa a ensinar. “As pessoas ficam admiradas com as suas palavras, pois não são palavras comuns, não parecem com aquelas que geralmente escutam.”
“Os escribas ensinam, mas sem ter uma própria credibilidade. E Jesus ensina com autoridade. ”
"Jesus ensina como uma pessoa que tem autoridade, revelando-se o Enviado de Deus, e não um homem simples que deve fundar seu próprio ensinamento somente nas tradições precedentes. Jesus tem credibilidade plena. A sua doutrina é nova e o Evangelho diz que as pessoas comentavam: «Um ensinamento novo, dado com autoridade».”
"Ao mesmo tempo, Jesus revela-se poderoso também nas obras. Na sinagoga de Cafarnaum há um homem possuído por um espírito mau que se manifesta gritando estas palavras: «Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o santo de Deus».
“ O diabo diz a verdade: Jesus veio para destruir o diabo, para destruir o demônio, para vencê-lo. ”
“Este espírito imundo conhece a potência de Jesus e proclama a sua santidade. Jesus o repreende, dizendo-lhe: «Cala-te e sai dele!» Essas poucas palavras de Jesus são suficientes para obter a vitória sobre satanás, que sai daquele homem sacudindo-o e dando um grande frito, segundo o Evangelho.”
Segundo o Papa, “esse fato impressiona muito as pessoas presentes. Todos estão cheios de temor e se perguntam: «O que é isso? Ele manda até mesmo nos espíritos maus e eles obedecem!»
A força de Jesus confirma a credibilidade de seu ensinamento. Ele não pronuncia somente palavras, mas age. “ Assim, se manifesta o projeto de Deus com palavras e com a força das obras. ”
No Evangelho, vemos que Jesus, em sua missão terrena, revela o amor de Deus seja com a pregação seja com os vários gestos de atenção e socorro aos doentes, necessitados, crianças e pecadores.”
“Jesus é o nosso Mestre, poderoso em palavras e obras. Jesus nos comunica a luz que ilumina as estradas, até mesmo escuras, de nossa existência.
Ele nos comunica também a força necessária para superar as dificuldades, as provações e as tentações. Pensemos: que grande graça é para nós ter conhecido esse Deus tão poderoso e bom!"
“ Um mestre e um amigo que nos indica o caminho e cuida de nós, especialmente quando precisamos. ”
“Que a Virgem Maria, mulher da escuta, nos ajude a fazer silêncio ao nosso redor e dentro de nós para ouvir, no barulho das mensagens do mundo, a palavra mais crível que existe: a de seu Filho Jesus que anuncia o sentido de nossa existência e nos liberta de toda escravidão, inclusive a do maligno.” Fonte: http://www.vaticannews.va
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No Deuteronômio, Moisés anuncia que Deus fará surgir do meio do povo um profeta semelhante a ele. Esse profeta comunicará o que Deus mandar. Deus vai pedir contas a quem não quiser ouvir as palavras que o profeta dirá em seu nome. Ao longo dos anos, o povo de Israel esperou por esse profeta. Pensou que fosse Jeremias, até que o evangelista São João mostrou que o profeta prometido é Jesus. No Quarto Evangelho, os enviados dos fariseus perguntam a João Batista se ele é o profeta. Não um profeta, mas o profeta. João diz que não (Jo 1,21). Depois da multiplicação dos pães, o povo exclama: “Esse é verdadeiramente o profeta que deve vir ao mundo” (Jo 6,14). O profeta fala com a autoridade do Pai.
No Evangelho, Jesus ensina com autoridade. O texto começa dizendo que Ele “ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas”, e termina com o povo perguntando e respondendo: “O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade”. Entre as duas afirmações sobre a autoridade da palavra de Jesus acontece a expulsão de um demônio.
Marcos e Lucas (4, 33-37) relatam a expulsão do demônio na sinagoga da Cafarnaum e somente Marcos compara a autoridade de Jesus com a dos escribas. Mateus dirá que Jesus “ensinava com autoridade e não como os seus escribas” no fim do Sermão da Montanha (7,29). Marcos faz a afirmação na cena da expulsão do demônio, que reage, e pergunta, gritando: “Vieste para nos destruir?” O demônio se sente ameaçado porque Jesus mandou que se calasse e saísse do pobre possesso. E os escribas também se sentem ameaçados pelo ensinamento de Jesus feito com autoridade. Se prestarmos atenção, o texto de Marcos identifica os escribas com o demônio. A situação desumana em que se encontra o possesso é consequência do ensinamento dado pelos escribas. O possesso dificilmente pode conviver com outros seres humanos. Para São Marcos, Jesus veio ao nosso mundo enfrentar o poder demoníaco que diminui o ser humano. O demônio não precisa entrar em alguém nem agir diretamente. Ele tem “agentes” próprios, como os escribas. No Apocalipse, o demônio age por meio do imperador de Roma e por meio do falso cristão, que tem aparência de cordeiro e voz de dragão (Ap 13). Nesta primeira cena de Marcos, Jesus enfrenta a ação demoníaca no meio de Israel: era sábado, na sinagoga, numa aldeia judaica. Depois, enfrentará o demônio romano. Jesus veio nos devolver a dignidade que o demônio nos fez perder no paraíso.
A segunda leitura, sem desmerecer a consagração matrimonial, mostra o valor do celibato consagrado.
Fonte: http://www.osaopaulo.org.br
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O povo simples sabe distinguir os dois tipos de ensinamentos e admira e reconhece o ensinamento de Jesus. Ele “ensina como quem tem autoridade”! Essa autoridade de Jesus brota da coerência entre o que ele vive e crê com o que ele faz. Sua vida e gestos corroboram suas palavras. Não são palavras ocas o que ele fala. Seus ensinamentos são corroborados com suas ações. Ali está o segredo da autoridade de Jesus e do encantamento verdadeiro que sua pessoa produz.
A reflexão é de Maria Cristina Giani, religiosa da Congregação Missionárias de Cristo Ressuscitado, MCR, da qual atualmente é a Coordenadora Geral. Ela possui graduação em teologia pela Universidade La Salle - Unilasalle (2006) e especialização em espiritualidade pela Università Pontifícia Salesiana - UPS (2000). Atualmente atua em pastorais sociais com mulheres em situação de vulnerabilidade social e como orientadora de retiros.
Referências Bíblicas
1ª Leitura – Deut 18,15-20
Salmo 94 (95)
2ª Leitura – 1 Cor 7, 32-35
Evangelho – Mc 1, 21-28
Neste quarto Domingo do Tempo Comum o Evangelho do dia nos apresenta a Jesus na sinagoga de Cafarnaum.
Primeiro quero partilhar alguns dados que nos ajudem a situar-nos no texto.
Cafarnaum era uma aldeia de pescadores, que se estendia pela margem do lago de Galileia. Poderíamos dizer que é um povoado importante, se comparado com Nazaréou Naim, com boa comunicação tanto com o resto da Galileia como com os territórios vizinhos. Talvez por isso Jesus a tinha escolhido como lugar estratégico para desenvolver sua missão itinerante.
A sinagoga era o espaço onde se reuniam os vizinhos, sobretudo aos sábados. Ali rezavam, cantavam salmos, discutiam problemas do povoado ou se informavam dos acontecimentos mais importantes da vizinhança. No sábado liam e comentavam as Escrituras, e oravam a Deus pedindo a libertação do seu povo. Era, sem dúvida, um bom contexto para dar a conhecer a boa notícia do Reino de Deus.
Marcos nos situa hoje com Jesus e um grupo de pescadores e camponeses. Deveria estar também algum levita ou doutor da lei por perto, na sinagoga de Cafarnaum, no dia sábado.
E Jesus “começou a ensinar”. O texto não narra o quê Jesus ensina. Só diz que “as pessoas ficavam admiradas com seus ensinamentos porque Ele ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei”.
Os ensinamentos de Jesus brotam da experiência de Deus que ele vive. Não são um conjunto de normas ou leis a cumprir, senão a partilha de um jeito de viver movido pelo Espírito de Deus, que liberta e da vida.
Semanas atrás celebramos o batismo de Jesus no rio Jordão, uma narração presente nos quatro evangelhos pela importância de esse acontecimento na vida de Jesus: “Tu es meu Filho amado, em ti encontro meu agrado” (Mc 1,11). Sem dúvida desde pequeno Jesus terá vivido o amor de Deus através do amor e ensinamentos de Maria e de José. Mas a ida ao deserto para viver com João Batista e sua descida junto com tantos homens e mulheres necessitados, ao rio Jordão, o preparam para viver e perceber quanto Deus o ama e n’Ele quão grande e terno é o amor de Deus por todas as criaturas.
Esse amor de Deus é o que Jesus revela e partilha em seus ensinamentos, um amor que tem predileção pelos pequenos, que não faz exceção de pessoas, que liberta os oprimidos, consola aos tristes e que devolve a esperança de viver. Isso foi o que Jesus falou em outra sinagoga, segundo o Evangelho de Lucas, revelando, assim, o rosto de Deus compassivo, que não é indiferente ao sofrimento de suas criaturas. Sua compaixão o levou a se fazer um de nós para caminhar conosco abrindo caminhos de vida e liberdade.
Escutar estas palavras de Jesus é um balsamo de ternura e esperança para o coração deste povo sofrido e oprimido tanto tempo por diferentes impérios. Nada tem a ver com os ensinamentos dos escribas ou mestres da lei, que segundo as mesmas palavras de Jesus só sabem colocar “fardos pesados” nas costas das pessoas, e fazem a vida da pessoa escrava de lei de Deus. Com certeza esse não é o Deus de Jesus!
O povo simples sabe distinguir os dois tipos de ensinamentos e admira e reconhece o ensinamento de Jesus. Ele “ensina como quem tem autoridade”! Essa autoridade de Jesus brota da coerência entre o que ele vive e crê com o que ele faz. Sua vida e gestos corroboram suas palavras. Não são palavras ocas o que ele fala. Seus ensinamentos são corroborados com suas ações. Ali está o segredo da autoridade de Jesus e do encantamento verdadeiro que sua pessoa produz.
Isto é o que acontece naquele sábado: se escuta no meio das pessoas que o estão ouvindo-O o grito de uma pessoa que o evangelho descreve como possuída por um espírito mau. Que seria esse “espírito mau”? Geralmente essa terminologia na Bíblia se emprega para pessoas com diferentes tipos de doenças, desconhecidas para a época.
Hoje podemos colocar nomes e rostos de pessoas escravas por diferentes situações: meninas e mulheres “traficadas”, famílias inteiras fugindo de suas casas, povos dizimados, jovens desorientados.... E podemos também nos colocar, cada um, cada uma de nós no lugar dessa pessoa atormentada.
É interessante que este homem disse saber quem é Jesus - “Eu sei quem tu és: tu és o santo de Deus” - e que veio para destruí-lo! Que equivocado está! Nada mais oposto à ação de Jesus, que a destruição da vida das pessoas. A compaixão de Deus que configura o ser e agir de Jesus gera vida, liberta a vida, cuida a vida!
Este homem atormentado revela nas suas palavras umas das escravidões mais profundas que podemos carregar: a de uma falsa imagem de Deus, um Deus que destrói, que mata, que fere, que divide não é o Deus de Jesus de Nazaré, nem dos grandes profetas! Por isso a reação de Jesus é imediata e forte: “Cala-se e sai dele”!
Ao longo da história se fiz e se continua fazendo barbáries em nome de Deus, se tem julgado, estigmatizado, excluído e matado pessoas e povos inteiros em nome de Deus! Quanta hipocrisia!
Precisamos perguntar-nos: qual é a imagem de Deus que temos porque, com certeza, ela orienta sentimentos, afetos, opções e ações.
O Papa Francisco não se cansa de repetir que Deus é Misericórdia e nos convida a ser misericordiosos como nosso Deus Pai-Mãe é misericordioso, para assim construir uma cultura de misericórdia que abrace toda a humanidade, toda a criação.
De que maneira? Como fazê-lo? Como o Espírito de Jesus nos inspira, somos convocados a ser na nossa família, na nossa sociedade, no nosso país “artesãos” de misericórdia.
E termino fazendo oração algumas palavras do Mensagem do Papa pelo dia mundial dos pobres:
Benditas as mãos que se abrem para acolher os pobres e socorrê-los: são mãos que levam esperança.
Benditas as mãos que superam toda a barreira de cultura, religião e nacionalidade, derramando óleo de consolação nas chagas da humanidade.
Benditas as mãos que se abrem sem pedir nada em troca, sem «se» nem «mas», nem «talvez»: são mãos que fazem descer sobre os irmãos a bênção de Deus.
Como Jesus, que nossa vida, gestos e palavras seja benção do Deus da Misericórdia e compaixão para toda a humanidade.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Presente nesta 14ª edição do Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, quis prestigiar de perto o testemunho dos agentes eclesiais reunidos em Londrina (PR) até o próximo dia 27. Em entrevista, dom Sergio destaca a contribuição das CEBs na vida da Igreja, especialmente sua própria estrutura como “grande resposta” pastoral para os desafios urbanos.
Delegados de todo o país estão nesta semana no 14º Encontro Intereclesial das CEBs. O que representa este evento para a Igreja no Brasil?
Três palavras podem resumir a especial importância do Intereclesial para as CEBs e para toda a Igreja no Brasil: esperança, comunhão e missão. O Intereclesial é sinal de esperança, promove a comunhão eclesial e anima a missão. O testemunho das CEBs, dentre outros aspectos, contribui muito para valorizar mais a vida comunitária, a participação efetiva dos cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, e a relação entre fé e vida, com especial atenção para os graves problemas sociais que trazem tanto sofrimento para o nosso povo. Estes são aspectos fundamentais da vida e da missão da Igreja que não podem ser descuidados; ao contrário, necessitam ser revalorizados e propostos para o conjunto da Igreja e não somente para as CEBs.
As Comunidades Eclesiais de Base querem a partir do estudo dos desafios do mundo urbano ter um novo olhar sobre a evangelização. O que este debate pode oferecer para as ações evangelizadoras que já acontecem no Brasil?
Os frutos do 14º Interceclesial com certeza serão muitos, sobretudo ajudando a pensar melhor a presença e a missão da Igreja na cidade, nos centros urbanos e periferias. O Intereclesial está mostrando a importância de buscar juntos as respostas pastorais para os desafios urbanos. A própria “comunidade eclesial de base” já é grande resposta, enquanto espaço de vivência da fé e da fraternidade. A valorização da dimensão comunitária da fé, com a formação de pequenas comunidades, está justamente entre as urgências da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, propostas pelas atuais Diretrizes da CNBB. Nas paróquias, necessitamos criar ou dinamizar os espaços de participação e comunhão, especialmente neste Ano do Laicato, formando comunidades.
Como o senhor avalia a presença da CEBs hoje na Igreja e sua contribuição na evangelização frente ao crescimento de outros “carismas” pouco sensíveis à realidade do mundo?
O Intereclesial mostra a atualidade e a vitalidade das CEBs na vida da Igreja. Nas diversas regiões do Brasil, elas continuam a contribuir muito para que os cristãos sejam “sal da terra” e “luz do mundo”, evangelizando pelo testemunho de vida comunitária e pela presença nos diversos ambientes urbanos, especialmente entre os mais pobres. As dimensões comunitária e social da fé não se restringem às CEBs; fazem parte da natureza mesma da fé cristã e do anúncio do Evangelho. A fé não pode ficar restrita ao interior dos templos, nem privatizada no coração. A “Igreja em saída”, tão enfatizada pelo Papa Francisco, não está voltada para si mesma; quer contribuir para a superação das situações de exclusão e violência. A escuta do clamor dos pobres e sofredores, na liturgia e na ação pastoral, testemunhada pelas CEBs, interpela o conjunto das pastorais e movimentos, sendo dom e tarefa para todos. Fonte: http://cnbb.net.br
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Na homilia, o Papa destacou três palavras que indicam como a fé deve ser transmitida: ‘filho’ – como Paulo chama Timóteo – ‘mãe e avó’ e enfim, ‘testemunho’.
Cidade do Vaticano
A transmissão da fé foi o fulcro da homilia proferida pelo Papa na manhã desta sexta-feira (26/01), na Casa Santa Marta. Francisco comentou a segunda carta de São Paulo Apóstolo a Timóteo, proposta pela liturgia do dia, quando Paulo se dirige a seu discípulo, ressaltando a sua ‘fé sincera’.
Com efeito, foi próprio o Apóstolo a falar a Timóteo de Cristo e da Carta, o Papa destacou três palavras que indicam como a fé deve ser transmitida: ‘filho’ – como Paulo chama Timóteo – ‘maternidade’ e enfim, ‘testemunho’.
Paulo – disse o Papa – gera Timóteo com a loucura da pregação e esta é a sua paternidade. E na leitura, fala-se também de lágrimas, porque Paulo não adoça o seu anúncio com meias-verdades, mas o faz com coragem: “A coragem que faz com que Paulo se torna pai de Timóteo”. É a pregação que não pode ser ‘morna’.
“A pregação – sempre – permitam-me a palavra – ‘estapeia’, é um ‘tapa’ que te comove e te sustenta. E o próprio Paulo diz: “A loucura da pregação”. É uma loucura, porque dizer que Deus se fez homem e foi crucificado e depois ressuscitou… O que disseram a Paulo os habitantes de Atenas? “Depois de amanhã te ouviremos”. Sempre, na pregação da fé, existe uma loucura. E a tentação é o falso bom senso, a mediocridade. “Não, não brinquemos… a fé morna”…
Hoje, em alguma paróquia (a de vocês, não, a de vocês é uma paróquia santa! – mas pensemos em outra. Em alguma paróquia), alguém vai, ouve o que diz esta pessoa da outra, daquela outra, daquela, daquela... Ao invés de dizer como se amam, dá vontade de dizer: “Como ferem! Como se machucam … a língua é uma faca para ferir o outro! E como você pode transmitir a fé com um ar tão viciado de fofocas, de calúnias? Não. Testemunho. “Olha, esta pessoa jamais fala mal do outro; este faz obra de caridade; já este quando tem alguém doente vai visitá-lo, porque faz assim?”. A curiosidade: por que esta pessoa vive assim? E com o testemunho nasce a pergunta do porquê ali se transmite a fé, porque tem fé, porque segue os passos de Jesus.
E o Papa destaca o mal que faz o contratestemunho ou o mau testemunho: tira a fé, enfraquece as pessoas.
Mãe, avó: a maternidade é a terceira palavra. “A fé se transmite num ventre materno, o ventre da Igreja. Porque a Igreja é mãe, a Igreja é feminina. A maternidade da Igreja se prolonga na maternidade da mãe, da mulher.
E Francisco lembra ter conhecido na Albânia uma freira que durante a ditadura estava na prisão, mas de vez em quando os guardas a deixavam sair um pouco e ela ia em direção ao rio – tanto, eles pensavam – o que esta pobre senhora pode fazer. E ao invés, continua o Papa, ela era esperta e as mulheres sabiam quando ela saia e levavam seus filhos para que as batizasse escondido com a água do rio. Um belo exemplo, conclui.
Mas eu me pergunto: as mães, as avós, são como essas duas de que fala Paulo: “Também sua avó Lóide e sua mãe Eunice” que trasmitiram a fé, a fé sincera? Um pouco.... diz: “Mas sim, aprenderá quando fará o catecismo. Mas eu lhes digo, fico triste quando vejo crianças que não sabem fazer o sinal da Cruz e fazem um desenho assim.... porque falta a mãe e a avó que ensine isso a elas. Quantas vezes penso nas coisas que se ensinam para a preparação do matrimônio, na noiva, que será mãe: é ensinado que ela deve transmitir a fé?
"Peçamos ao Senhor que nos ensine como testemunhas, como pregradores e também às mulheres, como mães, a transmitir a fé", conclui o Papa. Fonte: http://www.vaticannews.va
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Cinco pessoas foram detidas e liberadas. Vice-prefeito, Bruno Covas, e presidente da Câmara, Milton Leite, estavam na Sé.
Um grupo de manifestantes invadiu a missa do aniversário de São Paulo por volta das 9h desta quinta-feira (25) para protestar contra o aumento da passagem de ônibus para R$ 4 na capital. Realizada na Catedral da Sé, a missa celebrou os 464 anos da cidade.
Cinco pessoas foram detidas por policiais militares que faziam a segurança no local. O grupo foi levado ao 8º Distrito Policial, no Brás, onde foi elaborado um boletim de ocorrência de desacato e resistência. Eles foram liberados.
Em nota, o Movimento Passe Livre (MPL) disse que "no aniversário do município de São Paulo, não deixamos passar batido a oportunidade de exigir dos de cima os nossos direitos". Estavam presentes na missa o vice-prefeito, Bruno Covas, o secretário estadual de Educação, José Renato Nalini, o presidente da Câmara, Milton Leite, e vereadores.
Após intervenção da Polícia Militar, o arcebispo da cidade, Dom Odilo Scherer, continuou a celebração.
A missa não estava na agenda do prefeito João Doria, que chegou nesta manhã desta quinta da Suíça, onde participou do Fórum Econômico de Davos. Às 12h30, o prefeito tem encontro marcado com Dom Odilo.
O dia 25 de janeiro foi escolhido pelos jesuítas para o aniversário da cidade porque é a data de conversão do apóstolo Paulo. Fonte: https://g1.globo.com
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Por ocasião da 52ª Jornada Mundial das Comunicações que será celebrada no dia 13 de maio de 2018, o papa Francisco publicou, hoje, 24-01-2018, a seguinte mensagem:
«A verdade vos tornará livres” (Jo 8, 32)». Fake news e jornalismo de paz Queridos irmãos e irmãs! No projeto de Deus, a comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão. Imagem e semelhança do Criador, o ser humano é capaz de expressar e compartilhar o verdadeiro, o bom e o belo. É capaz de narrar a sua própria experiência e o mundo, construindo assim a memória e a compreensão dos acontecimentos. Mas, se orgulhosamente seguir o seu egoísmo, o homem pode usar de modo distorcido a própria faculdade de comunicar, como o atestam, já nos primórdios, os episódios bíblicos dos irmãos Caim e Abel e da Torre de Babel (cf. Gn 4, 1-16; 11, 1-9). Sintoma típico de tal distorção é a alteração da verdade, tanto no plano individual como no coletivo. Se, pelo contrário, se mantiver fiel ao projeto de Deus, a comunicação torna-se lugar para exprimir a própria responsabilidade na busca da verdade e na construção do bem. Hoje, no contexto duma comunicação cada vez mais rápida e dentro dum sistema digital, assistimos ao fenómeno das «notícias falsas», as chamadas fake news: isto convida-nos a refletir, sugerindo-me dedicar esta Mensagem ao tema da verdade, como aliás já mais vezes o fizeram os meus predecessores a começar por Paulo VI (cf. Mensagem de 1972: «Os instrumentos de comunicação social ao serviço da Verdade»). Gostaria, assim, de contribuir para o esforço comum de prevenir a difusão das notícias falsas e para redescobrir o valor da profissão jornalística e a responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade.
- Que há de falso nas «notícias falsas»? A expressão fake newsé objeto de discussão e debate. Geralmente diz respeito à desinformação transmitida on-line ou nos mass-media tradicionais. Assim, a referida expressão alude a informações infundadas, baseadas em dados inexistentes ou distorcidos, tendentes a enganar e até manipular o destinatário. A sua divulgação pode visar objetivos prefixados, influenciar opções políticas e favorecer lucros econômicos.
A eficácia das fake news fica-se a dever, em primeiro lugar, à sua natureza mimética, ou seja, à capacidade de se apresentar como plausíveis. Falsas mas verosímeis, tais notíciassão capciosas, no sentido que se mostram hábeis a capturar a atenção dos destinatários, apoiando-se sobre estereótipos e preconceitos generalizados no seio dum certo tecido social, explorando emoções imediatas e fáceis de suscitar como a ansiedade, o desprezo, a ira e a frustração. A sua difusão pode contar com um uso manipulador das redes sociais e das lógicas que subjazem ao seu funcionamento: assim os conteúdos, embora desprovidos de fundamento, ganham tal visibilidade que os próprios desmentidos categorizados dificilmente conseguem circunscrever os seus danos.
A dificuldade em desvendar e erradicar as fake news é devida também ao facto de as pessoas interagirem muitas vezes dentro de ambientes digitais homogéneos e impermeáveis a perspetivas e opiniões divergentes. Esta lógica da desinformação tem êxito, porque, em vez de haver um confronto sadio com outras fontes de informação(que poderia colocar positivamente em discussão os preconceitos e abrir para um diálogo construtivo), corre-se o risco de se tornar atores involuntários na difusão de opiniões tendenciosas e infundadas. O drama da desinformação é o descrédito do outro, a sua representação como inimigo, chegando-se a uma demonização que pode fomentar conflitos. Deste modo, as notícias falsas revelam a presença de atitudes simultaneamente intolerantes e hipersensíveis, cujo único resultado é o risco de se dilatar a arrogância e o ódio. É a isto que leva, em última análise, a falsidade.
- Como podemos reconhecê-las? Nenhum de nós se pode eximir da responsabilidade de contrastar estas falsidades. Não é tarefa fácil, porque a desinformação se baseia muitas vezes sobre discursos variegados, deliberadamente evasivos e sutilmente enganadores, valendo-se por vezes de mecanismos refinados. Por isso, são louváveis as iniciativas educativas que permitem apreender como ler e avaliar o contexto comunicativo, ensinando a não ser divulgadores inconscientes de desinformação, mas atores do seu desvendamento. Igualmente louváveis são as iniciativas institucionais e jurídicas empenhadas na definição de normativas que visam circunscrever o fenômeno, e ainda iniciativas, como as empreendidas pelas teche media company, idôneas para definir novos critérios capazes de verificar as identidades pessoais que se escondem por detrás de milhões de perfis digitais. Mas a prevenção e identificação dos mecanismos da desinformação requerem também um discernimento profundo e cuidadoso.
Com efeito, é preciso desmascarar uma lógica, que se poderia definir como a «lógica da serpente», capaz de se camuflar e morder em qualquer lugar. Trata-se da estratégia utilizada pela serpente – «o mais astuto de todos os animais», como diz o livro do Gênesis (cf. 3, 1-15) – a qual se tornou, nos primórdios da humanidade, artífice da primeira fake news, que levou às trágicas consequências do pecado, concretizadas depois no primeiro fratricídio (cf. Gn 4) e em inúmeras outras formas de mal contra Deus, o próximo, a sociedade e a criação. A estratégia deste habilidoso «pai da mentira» (Jo 8, 44) é precisamente a mimese, uma rastejante e perigosa sedução que abre caminho no coração do homem com argumentações falsas e aliciantes. De fato, na narração do pecado original, o tentador aproxima-se da mulher, fingindo ser seu amigo e interessar-se pelo seu bem. Começa o diálogo com uma afirmação verdadeira, mas só em parte: «É verdade ter-vos Deus proibido comer o fruto de alguma árvore do jardim?» (Gn 3, 1).
Na realidade, o que Deus dissera a Adão não foi que não comesse de nenhuma árvore, mas apenas de uma árvore: «Não comas o [fruto] da árvore do conhecimento do bem e do mal» (Gn 2, 17). Retorquindo, a mulher explica isso mesmo à serpente, mas deixa-se atrair pela sua provocação: «Podemos comer o fruto das árvores do jardim; mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: “Nunca o deveis comer nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis”» (Gn 3, 2-3). Esta resposta tem sabor a legalismo e pessimismo: dando crédito ao falsário e deixando-se atrair pela sua apresentação dos fatos, a mulher extravia-se.
Em primeiro lugar, dá ouvidos à sua réplica tranquilizadora: «Não, não morrereis» (3, 4). Depois a argumentação do tentador assume uma aparência credível: «Deus sabe que, no dia em que comerdes [desse fruto], abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficareis a conhecer o bem e o mal» (3, 5). Enfim, ela chega a desconfiar da recomendação paterna de Deus, que tinha em vista o seu bem, para seguir o aliciamento sedutor do inimigo: «Vendo a mulher que o fruto devia ser bom para comer, pois era de atraente aspeto (…) agarrou do fruto, comeu» (3, 6). Este episódio bíblico revela assim um fato essencial para o nosso tema: nenhuma desinformação é inofensiva; antes pelo contrário, fiar-se daquilo que é falso produz consequências nefastas. Mesmo uma distorção da verdade aparentemente leve pode ter efeitos perigosos.
De fato, está em jogo a nossa avidez. As fake news tornam-se frequentemente virais, ou seja, propagam-se com grande rapidez e de forma dificilmente controlável, não tanto pela lógica de partilha que caracteriza os meios de comunicação social como sobretudo pelo fascínio que detêm sobre a avidez insaciável que facilmente se acende no ser humano. As próprias motivações econômicas e oportunistas da desinformação têm a sua raiz na sede de poder, ter e gozar, que, em última instância, nos torna vítimas de um embuste muito mais trágico do que cada uma das suas manifestações: o embuste do mal, que se move de falsidade em falsidade para nos roubar a liberdade do coração. Por isso mesmo, educar para a verdade significa ensinar a discernir, a avaliar e ponderar os desejos e as inclinações que se movem dentro de nós, para não nos encontrarmos despojados do bem «mordendo a isca» em cada tentação.
- «A verdade vos tornará livres» (Jo 8, 32) De fato, a contaminação contínua por uma linguagem enganadora acaba por ofuscar o íntimo da pessoa. Dostoevskijdeixou escrito algo de notável neste sentido: «Quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras, chega a pontos de já não poder distinguir a verdade dentro de si mesmo nem ao seu redor, e assim começa a deixar de ter estima de si mesmo e dos outros. Depois, dado que já não tem estima de ninguém, cessa também de amar, e então na falta de amor, para se sentir ocupado e distrair, abandona-se às paixões e aos prazeres triviais e, por culpa dos seus vícios, torna-se como uma besta; e tudo isso deriva do mentir contínuo aos outros e a si mesmo» (Os irmãos Karamazov, II, 2).
E então como defender-nos? O antídoto mais radical ao vírus da falsidade é deixar-se purificar pela verdade. Na visão cristã, a verdade não é uma realidade apenas conceitual, que diz respeito ao juízo sobre as coisas, definindo-as verdadeiras oufalsas. A verdade não é apenas trazer à luz coisas obscuras, «desvendar a realidade», como faz pensar o termo que a designa em grego: aletheia, de a-lethès, «não escondido». A verdade tem a ver com a vida inteira. Na Bíblia, reúne os significados de apoio, solidez, confiança, como sugere a raiz ‘aman (daqui provém o próprio Amen litúrgico). A verdade é aquilo sobre o qual nos podemos apoiar para não cair. Neste sentido relacional, o único verdadeiramente fiável e digno de confiança sobre o qual se pode contar, ou seja, o único «verdadeiro» é o Deus vivo. Eis a afirmação de Jesus: «Eu sou a verdade» (Jo 14, 6). Sendo assim, o homem descobre sempre mais a verdade, quando a experimenta em si mesmo como fidelidade e fiabilidade de quem o ama. Só isto liberta o homem: «A verdade vos tornará livres» (Jo 8, 32).
Libertação da falsidade e busca do relacionamento: eis aqui os dois ingredientes que não podem faltar, para que as nossas palavras e os nossos gestos sejam verdadeiros, autênticos e fiáveis. Para discernir a verdade, é preciso examinar aquilo que favorece a comunhão e promove o bem e aquilo que, ao invés, tende a isolar, dividir e contrapor. Por isso, a verdade não se alcança autenticamente quando é imposta como algo de extrínseco e impessoal; mas brota de relações livres entre as pessoas, na escuta recíproca. Além disso, não se acaba jamais de procurar a verdade, porque algo de falso sempre se pode insinuar, mesmo ao dizer coisas verdadeiras.
De fato, uma argumentação impecável pode basear-se em fatos inegáveis, mas, se for usada para ferir o outro e desacreditá-lo à vista alheia, por mais justa que apareça, não é habitada pela verdade. A partir dos frutos, podemos distinguir a verdade dos vários enunciados: se suscitam polêmica, fomentam divisões, infundem resignação ou se, em vez disso, levam a uma reflexão consciente e madura, ao diálogo construtivo, a uma profícua atividade.
- A paz é a verdadeira notícia O melhor antídoto contra as falsidadesnão são as estratégias, mas as pessoas: pessoas que, livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga dum diálogo sincero, deixam emergir a verdade; pessoas que, atraídas pelo bem, se mostram responsáveis no uso da linguagem. Se a via de saída da difusão da desinformação é a responsabilidade, particularmente envolvido está quem, por profissão, é obrigado a ser responsável ao informar, ou seja, o jornalista, guardião das notícias. No mundo atual, ele não desempenha apenas uma profissão, mas uma verdadeira e própria missão. No meio do frenesi das notícias e na voragem dos scoop, tem o dever de lembrar que, no centro da notícia, não estão a velocidade em comunicá-la nem o impacto sobre a audiência, mas as pessoas.
Informar é formar, é lidar com a vida das pessoas. Por isso, a precisão das fontes e a custódia da comunicação são verdadeiros e próprios processos de desenvolvimento do bem, que geram confiança e abrem vias de comunhão e de paz. Por isso desejo convidar a que se promova um jornalismo de paz, sem entender, com esta expressão, um jornalismo «bonzinho», que negue a existência de problemas graves e assuma tons melífluos. Pelo contrário, penso num jornalismo sem fingimentos, hostil às falsidades, a slogans sensacionais e a declarações bombásticas; um jornalismo feito por pessoas para as pessoas e considerado como serviço a todas as pessoas, especialmente àquelas – e no mundo, são a maioria – que não têm voz; um jornalismo que não se limite a queimar notícias, mas se comprometa na busca das causas reais dos conflitos, para favorecer a sua compreensão das raízes e a sua superação através do aviamento de processos virtuosos; um jornalismo empenhado a indicar soluções alternativas às escalation do clamor e da violência verbal.
Por isso, inspirando-nos numa conhecida oração franciscana, poderemos dirigir-nos, à Verdade em pessoa, nestes termos:
Senhor, fazei de nós instrumentos da vossa paz.
Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não cria comunhão.
Tornai-nos capazes de tirar o veneno dos nossos juízos.
Ajudai-nos a falar dos outros como de irmãos e irmãs.
Vós sois fiel e digno de confiança; fazei que as nossas palavras sejam sementes de bem para o mundo: onde houver rumor, fazei que pratiquemos a escuta;
onde houver confusão, fazei que inspiremos harmonia; onde houver ambiguidade, fazei que levemos clareza;
onde houver exclusão, fazei que levemos partilha; onde houver sensacionalismo, fazei que usemos sobriedade;
onde houver superficialidade, fazei que ponhamos interrogativos verdadeiros;
onde houver preconceitos, fazei que despertemos confiança; onde houver agressividade, fazei que levemos respeito;
onde houver falsidade, fazei que levemos verdade.
Amém.
Vaticano, 24 de janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano de 2018.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Silas Malafaia, o telepastor, entrou com uma queixa-crime contra Felipe Neto, o youtuber com 18 milhões de seguidores. Acusa o comediante de calúnia, injúria e difamação, afirma O Globo.
É que, em 2017, Felipe postou um vídeo dizendo que Malafaia é, entre outras coisas, “canastrão” e que “explora a fé das pessoas para enriquecer”. Fonte: http://www.reportermaceio.com.br
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14º intereclesial: Mensagem do papa
No texto enviado a dom Geremias Steinmetz e assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, é lembrado o lema do intereclesial “Eu vi e ouvi o clamor do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3, 7-8): “Deus nunca é indiferente ao sofrimento do seu povo, enviando Moisés, para salvar o povo hebreu da escravidão do Egito e, na plenitude dos tempos, enviando o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, para nos libertar da escravidão do pecado e da morte”, recorda. “Essa ação redentora, que celebramos com fé na Liturgia, deve depois se manifestar numa vida pessoal onde brilhe a luz do Evangelho, isto é, numa existência inspirada no amor e na solidariedade, que é a linguagem do amor”, continua.
Unido espiritualmente à Assembleia do 14º Intereclesial, Francisco “invoca do Altíssimo a abundância dos seus dons e luzes sobre todos os presentes, de modo que, ouvindo o clamor dos pobres e famintos de Deus, de justiça e de pão, as Comunidades Eclesiais de Base possam ser, na sociedade e Nação brasileira, um instrumento de evangelização e de promoção da pessoa humana — sempre em comunhão com a realidade paroquial e com as diretrizes da Igreja local — capaz de vir encontro aos terríveis efeitos da cultura do ‘descarte’, que leva tantos irmãos e irmãs a viverem excluídos, numa exclusão que fere ‘na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora”.
Ao final, o cardeal Parolin informa que o papa Francisco deposita os votos e preces aos pés de Nossa Senhora Aparecida e concede aos participantes e suas famílias, comunidade de base, paróquias e dioceses, “uma propiciadora Bênção Apostólica”, além de pedir que “não deixem de rezar por ele”.
Leia a carta na íntegra:
“O Papa Francisco, informado do XIV Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, que terá lugar na Arquidiocese de Londrina, de 23 a 27 de janeiro de 2018, deseja transmitir aos participantes vindos de todos os cantos dde o Brasil a sua palavra de estímulo e bênção, que possa ajudar as CEBs a trazerem aos desafios do mundo urbano “um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja” (Exort. ap. Evangelii gaudium, 29). Com efeito, como vê-se pelo lema do Encontro — “Eu vi e ouvi o clamor do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex 3, 7-8) — Deus nunca é indiferente ao sofrimento do seu povo, enviando Moisés, para salvar o povo hebreu da escravidão do Egito e, na plenitude dos tempos, enviando o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, para nos libertar da escravidão do pecado e da morte. Essa ação redentora, que celebramos com fé na Liturgia, deve depois se manifestar numa vida pessoal onde brilhe a luz do Evangelho, isto é, numa existência inspirada no amor e na solidariedade, que é a linguagem do amor.
Assim o Santo Padre, unido espiritualmente a essa Assembleia, invoca do Altíssimo a abundância dos seus dons e luzes sobre todos os presentes, de modo que, ouvindo o clamor dos pobres e famintos de Deus, de justiça e de pão, as Comunidades Eclesiais de Base possam ser, na sociedade e Nação brasileira, um instrumento de evangelização e de promoção da pessoa humana — sempre em comunhão com a realidade paroquial e com as diretrizes da Igreja local (cf. Ibidem, 29) — capaz de vir encontro aos terríveis efeitos da cultura do “descarte”, que leva tantos irmãos e irmãs a viverem excluídos, numa exclusão que fere “na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são “explorados”, mas resíduos, sobras” (Ibidem,53). Como penhor destes votos e preces, que em espírito deposita aos pés de Nossa Senhora Aparecida, o Papa Francisco de todo coração, concede aos participantes, extensiva às suas famílias, comunidade de base, paróquias e dioceses, uma propiciadora Bênção Apostólica, pedindo que, por favor, não deixem de rezar por ele”.
Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado».
Do Vaticano, 4 de janeiro de 2018
Fonte: http://cnbb.net.br
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