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O arcebispo de Brasília (DF), cardeal Sergio da Rocha, e presidente a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dirige mensagem especial às mães, por ocasião do Dia das Mães, a ser celebrado no próximo domingo, dia 13 de maio.
HOMENAGEM AS MÃES
Nossa gratidão e afeto filial a todas as mães.
Mães de todos os rostos, idades e condições sociais.
Mães que sofrem com os filhos,
Mães que sofrem pelos filhos,
Mães que perdoam seus filhos e por eles rezam.
Mães que se alegram com os filhos,
Mães que dão a vida pelos filhos!
A todas elas, dedicamos este dia para serem lembradas e amadas todos os dias.
Abraçamos, neste dia, pelos dias que não abraçamos e para poder abraça-las a cada dia.
Obrigado por serem sinais do amor de Deus. Obrigado por serem mães!
Aceitem os presentes mais preciosos que não vêm das lojas, mas do coração de filhos: amor, carinho, respeito, gratidão e orações!
Nossas orações pelas mães que continuam a amar seus filhos no céu, tendo cumprido a sua missão na terra.
Nossas orações pelas mães que continuam a amar seus filhos na terra para ajudá-los a chegar ao céu.
Nossas orações pelas mães que mais sofrem, sem jamais desistirem de serem mães.
Confiamos cada mãe à proteção amorosa da Mãe de todas as mães, Maria.
Sintam-se amadas por Deus e pela Igreja, pelos filhos que amam, pelos filhos que amam sem conseguir expressar, pelos filhos que não tiveram tempo de amar, pelos filhos que têm um jeito estranho de amar.
Obrigado, Senhor, pelas mães.
Obrigado, pela nossa Mãe Igreja.
Obrigado, pela Mãe de Jesus e nossa Mãe.
Parabéns, queridas mães! Sejam felizes! Tenham um feliz Dia das Mães!
Cardeal Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB.
Fonte: http://www.cnbb.org.br
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Nós, cerca de 600 religiosas e religiosos participantes do Seminário Nacional da Vida Religiosa Consagrada, em Aparecida-SP, de 5 a 8 de maio de 2018, renovamos nossa missão, com Maria Mãe da humanidade e companheira dos pobres, de “sair às pressas, aonde clama a vida”.
O mundo nos toca e interpela. A Igreja é parte dele, nossa consagração está a serviço da vida, e nossos carismas se orientam a partir do Reino de Deus.
Escutamos o clamor dos pobres e da Mãe Terra, não queremos ficar indiferentes ou fugir da realidade: com Maria, assumimos o desafio de dizer “sim” ao mistério de Deus, que se encarna na história através de nós.
Nosso País encontra-se numa situação sombria, fria e estéril do ponto de vista social e político. Está se consolidando um clima de ódio, violência e intolerância, particularmente contra os migrantes e os povos indígenas, com manifestações preocupantes de homofobia e extermínio da juventude negra. Denunciamos a progressiva concentração de riqueza e renda, bem como a expropriação da terra, do trabalho e dos direitos que o povo brasileiro tem conquistado à custa de muitos anos de luta e resistência; há um ataque estrutural à democracia e ao direito do povo de definir um projeto de País em que se reconheça.
Também a Vida Religiosa Consagrada pode esfriar-se, esquecer a profecia de Jesus, ceder à religião do capital, isolar-se, ser autorreferencial, sem sair de suas zonas de conforto, abandonando-se a um pessimismo reprodutor.
Mas a primavera bate à nossa porta, tempo de fragilidade que precisamos reconhecer, assumindo também as crises como ocasião para forjar um mundo novo e deixar nascerem os brotos que o Espírito de Deus está semeando. Acolher e fomentar esta primavera, também dentro da Igreja, é a missão da VRC.
Como numa árvore, em que as raízes sustentam e alimentam o tronco, assim nossa profecia está enraizada no silêncio contemplativo, nas comunidades inseridas e orantes, nas Galileias de hoje, tocando a carne de Cristo na carne dos pobres. Dessas raízes, nos vem a seiva da vida!
Na sociedade fragmentada e individualista de hoje, adoecida pela solidão, o testemunho da VRC reforça-se se suas comunidades forem sinal de unidade nas diferenças, de cuidado e amor recíproco. Esse é o tronco da árvore da vida, que oferece apoio e alegria verdadeira a quem precisa de amparo e sentido pleno!
Nosso encontro de partilha, graças a Deus, destacou que ainda há muitos bons frutos: testemunhos corajosos de serviço aos povos da Amazônia, aos migrantes e empobrecidos, diálogo inter-religioso e vida com os mais pobres. Nosso empenho no mundo da educação e em outras estruturas consolidadas precisa dialogar e interagir de forma permanente com essas experiências inseridas. Pode crescer a aliança entre a VRC e as iniciativas mais vivas e criativas da sociedade de hoje, como a economia solidária, as diversas formas de política participativa e o protagonismo corajoso das jovens gerações.
Aprendemos do “Bem Viver” dos povos ameríndios que o sentido da vida está em oferecer, unidos, todas as nossas potencialidades a serviço do Bem Comum.
Maria saiu de si e se deixou encontrar por Deus, que a surpreendeu e a encheu de amor e coragem. Os mártires e profetas da caminhada também disseram seu sim incondicional e brilham hoje para nós como estrelas-guia.
Saiamos, às pressas, com nossa Mãe e nossos irmãos mártires, ao encontro da vida que clama por dignidade e plenitude!
Aparecida-SP, 08 de maio de 2018
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Sermão ocorreu em missa no interior de SP no início de abril. Em nota, padre pediu 'perdão aos que se sentiram ofendidos.'
O padre Fábo de Melo, um dos nomes mais conhecidos da Igreja Católica no Brasil, disse durante uma cerimônia religiosa que comeria o alimento colocado em um despacho, que é um ritual comum nas religiões de matrizes africanas.
"Com todo respeito a quem faz macumba, pode fazer, pode deixar na porta da minha casa que, se estiver fresco, a gente come”, disse o religioso, durante uma celebreção em 8 de abril na comunidade católica Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP). (veja no vídeo acima)
O sermão foi gravado e disponibilizado no canal oficial da Canção Nova no Youtube, e contabilizava 177 mil visualizações na manhã desta quinta-feira (10). Logo após a fala de Melo, o vídeo mostra pessoas que acompanhavam a cerimônia rindo.
Procurado pelo G1, o padre disse em nota que sempre manifestou publicamente respeito por todas as religiões e que apenas expressou, em uma celebração cristã, convicções cristãs. No texto, Melo também pediu desculpas. "Peço perdão aos que se sentiram ofendidos", afirmou (leia a íntegra da nota abaixo).
A assessoria de imprensa da Canção Nova foi procurada por telefone e e-mail por volta das 9h30 , mas não havia respondido até a publicação desta reportagem. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, também foi procurada, mas orientou a procurar a Diocese de Lorena. A diocese foi procurada por telefone e e-mail por volta das 10h, e também não retornou.
O discurso de Melo fazia parte da pregação ‘Crer na autoridade que Deus nos deu’ em que o padre fala sobre ter fé no poder de Cristo através dos homens. Durante o sermão, ele questiona e ironiza os cristãos que têm medo de "macumba".
"Você tem o poder de expulsar demônios. E você treme toda quando vê aquela galinha preta na porta da sua casa", diz. 'Fizeram uma macumba para mim, eu preciso ir lá no padre Joel'", diz o padre, imitando uma fiel hipotética.
“Se você achar que uma galinha preta na porta da sua casa com um litro de cachaça e uma farofa de banana tem o poder de trazer destruição na sua casa, na sua vida, você não conhece a força do Cristo ressuscitado", continua Melo.
Leia a íntegra da nota do padre Fábio de Melo
Sempre manifestei publicamente o meu respeito a todas as religiões. O candomblé fez parte da minha origem. Nunca quis ofender ou desmerecer quem quer que seja. Apenas expressei, durante uma celebração cristã, convicções cristãs. Peço perdão aos que se sentiram ofendidos. Eu não sou proprietário da verdade. Eu estou em busca dela. Quero o esclarecimento espiritual que me coloque ao lado de todos. Diferentes e iguais a mim. Somos irmãos e não me sinto melhor que ninguém. Se fui infeliz na forma como expressei o meu não crer, perdoem-me.
Já fiz um contato com o babalorixá Ivanir dos Santos. Ele foi extremamente gentil comigo. Nosso desejo é esclarecer que tolerância religiosa não significa abrir mão do que cremos ou não cremos, mas conviver harmoniosamente, colaborando na construção de um mundo melhor. O mundo já está dividido demais para que criemos outras divisões a partir de nós. Fonte: https://g1.globo.com
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O cardeal George Pell vai a julgamento na Austrália enfrentar acusações de abuso sexual de menores. Como advogada das vítimas Anne Barrett Doyle disse ao meu colega jornalista Josh McElwee, este julgamento é uma “virada decisiva" na longa saga de responsabilização de líderes da Igreja. É uma virada ainda maior do que Doyle pode perceber. Porque a grande história aqui é sobre “o cão que não latiu”: o Vaticano não fez nenhum protesto tendo em vista que um príncipe da Igreja vai a julgamento diante de um magistrado civil.A reportagem é de Michael Sean Winters, publicada por National Catholic Reporter, 07-05-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.
Não consigo pensar numa única preocupação da Igreja Católica que tenha definido com mais frequência suas tomadas de decisão do que o interesse por sua independência e por sua liberdade. Desde a Idade Média, os papas tiveram um delicado equilíbrio com outros poderes que buscavam o controle da península italiana. Em cada país, a Igreja lutou muitas vezes por seus direitos contra os monarcas que queriam controlar o pessoal da Igreja ou o seu dinheiro, ou ambos.
Um dos casos mais famosos foi o de São Tomás Becket, arcebispo de Canterbury, Inglaterra. Ele foi morto justamente porque se recusou a admitir que o rei Henrique II tinha o direito de julgar um clérigo por qualquer motivo, não apenas por violações da lei eclesiástica. Só a Igreja reivindicou o direito de julgar as pessoas eclesiásticas.
No século XVIII, a fé católica estava num mau caminho. O Papa Clemente XIV curvou-se à pressão dos monarcas Bourbon e suprimiu a Companhia de Jesus. O Papa Pio VI foi coagido a viajar para Viena a fim de se encontrar com o imperador e procurar uma aproximação. Pio, mais tarde caiu em conflito com as infinitas ambições de Napoleão e morreu sob custódia. Seu sucessor também passou muitos anos como prisioneiro de Napoleão e, depois de Waterloo, despachou seu Secretário de estado, o cardeal Ercole Consalvi, ao Congresso de Viena para ganhar de volta os Estados Pontifícios, tudo no interesse de preservar a independência papal.
É difícil para nós entendermos essa fixação com o poder temporal do papado. Sabemos agora que uma vez libertado dos fardos da governança temporal, os papas adquiriram muito mais controle da Igreja universal do que tinham antes. Eles julgaram mal o assunto. Mas eles realmente pensaram que nenhum Papa seria espiritualmente livre a menos que ele tivesse seu próprio território para governar.
Eles lutaram contra o Risorgimento, trazendo tropas francesas para proteger o Papado controle de Roma. Com isso, ganharam a inimizade dos patriotas italianos. Quando a guerra franco-prussiana eclodiu e as tropas francesas regressaram para casa a fim de defender a sua pátria, o Papa Pio IX tornou-se um "prisioneiro do Vaticano" e recusou-se a deixar os recintos do Palácio Papal.
Talvez nunca saberemos se o Papa Pio XII se recusou a denunciar o terror nazista. É possível que ele estivesse genuinamente convencido de que poderia fazer mais para as vítimas se o nazismo fosse livre. Ou, talvez ele continuou a operar com aquele medo do século XIX, de que manter a liberdade da Igreja per se era a tarefa mais importante que um Papa enfrenta. Certamente, as concordatas que ele cuidadosa e meticulosamente negociou para garantir a liberdade da Igreja durante o regime nazista eram de tanto uso quanto a concordata que seu antecessor, Pio VII, tinha negociado com Napoleão. Os tiranos rasgam acordos de papel quando os termos já não se adequam às suas ambições.
É deslumbrante a ideia de que um cardeal, que não estava mais trabalhando na Austrália e que poderia ter sido dada imunidade da acusação por um tribunal estrangeiro com bastante facilidade, estará enfrentando um júri secular sem ao menos um pingo de protesto por parte do Vaticano. Finalmente, eles percebem que existem coisas mais importantes que a independência. Proteger as crianças é uma delas.
Não me interpretem mal: a liberdade da Igreja, como a liberdade de formar uma União, é um sinal de uma sociedade saudável. Os atores sociais intermediários protegem uma cultura de um estado totalitário e dos impulsos totalitários do libertarismo. A autonomia radical e errônea é tão maléfica quanto o stalinismo e os dois parecem muito mais parecidos do que os defensores de qualquer um quer admitir. Mas a Igreja não deve fetichizar sua liberdade e deve se governar internamente de modo que nenhum de seus membros, não importa quão exaltado, pense que é imune às leis civis.
O silêncio a respeito de Pell se dá ao mesmo tempo em que o Papa Francisco emitiu um pedido de desculpas pessoal por seu comentário sobre as alegações de abuso sexual do clero no Chile. Como Mathew Schmalz da faculdade da Santa Cruz explicou, tal pedido de desculpas não é apenas sem precedentes, como teria sido impensável em épocas anteriores da história da Igreja.
Eu não sei se Pell é culpado das acusações que ele está enfrentando ou não. Mas este episódio vai entrar para a história como o momento em que a preocupação da Igreja sobre a sua independência foi colocada no seu devido lugar. Os dias em que a Igreja se responsabilizava apenas por seus próprios processos e leis internas estão para trás. Deixe-os no passado para sempre.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Pe. James Teixeira da Costa
Diocese de Brejo
Entre o ano de 2017 a 2018, tivemos morte suicida de 17 padres no Brasil. A sequência de suicídios de padres católicos chama nossa atenção pelos vários motivos que podem tê-los levado a tirar a vida.
Fiquei angustiado e preocupado com a morte do Monsenhor Orlando, da diocese de Quixadá, ocorrido recentemente, com quem tive um convívio pastoral em 2009. Meus sentimentos a toda diocese de Quixadá, a todo clero.
A vida religiosa não dá superpoderes aos padres, pelo contrário, eles são tão falíveis quanto qualquer leigo. Em muitos casos, a fé pode não ser forte o suficiente para superar um momento difícil da vida.
O psicólogo William Castilho, que vai estar em nossa diocese em julho deste ano, autor do livro “Sofrimento Psíquico dos Presbíteros”, destaca que “O grau de exigência da Igreja é muito grande. Espera-se que o padre seja, no mínimo, modelo de virtude e santidade. Qualquer deslize, por menor que seja, vira alvo de crítica e julgamento. Por medo, culpa ou vergonha, muitos preferem se matar a pedir ajuda”.
Além disso, eu destaco que o excesso de trabalho, a falta de lazer, a perda de motivação pastoral e a falta de fraternidade presbiteral, são possíveis fatores que podem levar os padres ao suicídio.
Segundo os psicólogos, nós, padres diocesanos, somos mais propensos a sofrer de estresse do que os religiosos que vivem reclusos. Um dos fatores mais estressantes da vida religiosa é a falta de privacidade. Não interessa se estão tristes, cansados ou doentes: os padres têm de estar à disposição dos fiéis 24 horas por dia, sete dias por semana, férias nem pensar, passeio nem se fala, descansar não faz parte da vida do padre.
Meus caríssimos irmãos no sacerdócio, cuidemos mais de nossa vida, de nosso bem-estar, como também de nossos trabalhos pastorais. Aconselho-vos que devem pedir ajuda ao bispo sempre que sentirem tensão psicológica ou esgotamento físico: “Os padres não estão sozinhos. Fazemos parte de uma família. E, nesta família, cabe ao bispo desempenhar o papel de pai e zelar pelas necessidades dos filhos”.
Não se afaste do convívio clerical; tire suas férias anuais; procure sempre fazer check-up médico; dê prioridades às suas horas de descanso; intensifique suas orações pessoais; peça sempre orações aos seus fiéis, cuide de si e do outro também.
Que Deus abençoe nossa vida sacerdotal, nosso clero de Brejo, nosso bispo Dom Valdeci, nós que somos esses homens comuns, no corpo e na alma, tão semelhantes a milhares de outros homens, mas que possuímos uma marca, um sinal, uma destinação honrosa e necessária para levar a salvação a todos que nos procuram! Homens acolhidos e ungidos por Deus!
COMENTÁRIOS DOS INTERNAUTAS:
Carlos Santana. 7 de maio de 2018 19:00
“Perdoe-me padre, ninguém pode saber os reais motivos de um padre tirar sua própria vida, mas uma coisa é importante. Em geral a formação de um padre é muito pobre. Padres como São Joao Maria Giannetti, patrono dos sacerdotes, é exemplo de dedicação, mais de 18h por dia nos seus afazeres e não tinha férias. Assim como ele tantos outros na história. Um grave problema hoje em dia é que os padres pensam o sacerdócio como uma profissão, eles sai formados como se fossem empregados da igreja, com ambições de ser párocos, bispos, etc. Sei que é uma análise simples, mas não creio ser um problema psicológico”.
Anônimo. 7 de maio de 2018 21:17
“A mais pura verdade, Carlos Santana. Formação paupérrima. Pensam sacerdócio como profissão. Vários senões”.
Anônimo. 8 de maio de 2018 01:05
“Padre, me desculpe, mas gostaria de saber qual a diocese em que o padre permanece 24 horas a disposição da comunidade, sem folga, sem férias, pq infelizmente hoje qdo procuramos um sacerdote nunca o encontramos. E como foi dito pelo Carlos Santana, formação muito pobre, sem espiritualidade. Infelizmente vocação virou profissão”.
“É complicado se exigir alguma coisa de alguém. Um professor q se dedique por uma turma sendo ele que tem outras turmas e talvez outras escolas q ele passe a lecionar. Assim tb são os sacerdotes. Imaginem so q um padre passe o dia todo naquela rotina de resolver os problemas de uma paróquia, alguns participam assiduamente de reuniões, ainda tem as missas semanais e dominicais , no qual, a de domingo seja mais puxado devido ao número de celebrações (contando capelas e paróquia), esse é o momento em q eles estão mais próximos dos fiéis e depois que termina o dia eles voltam patacas patacas sentem-se sós. E com quem eles terão de compartilhar o seu dia? Com quem eles terão para dividir o que sentem, suas alegrias? A nossa igreja de fato é muito falha. Ela não é 100% correta. Ela é Santa e pecadora. Sabemos q ocorre muitas falhas. Mais quem de nós que constituem a igreja de Cristo não tenha ou comete erros? Não sejam o como aqueles que só apedrejam mais que sabe amar acima de tudo e ajudar os nossos padres e a nossa igreja a caminhar”. Fonte: https://frontcatolico.blogspot.com.br
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"Uma das ameaças a democracia mais visíveis é a produção do ódio, para que a população mais pobre veja os seus iguais como inimigos e adversários", constata a carta publicada pela XXª Assembleia Diocesana da Diocese de Goiás. "Isso tem gerado a desumanização das pessoas, alguns querem aniquilar e destruir as pessoas que pensam diferente ou que querem defender os mais pobres".
Segundo a Assembleia Diocesana de Goiás, "está na hora de dizermos com o Beato Dom Oscar Romero:”(...) Em nome de Deus e desse povo sofrido […] peço-lhes, rogo-lhes, ordeno-lhes em nome de Deus, cessem a repressão.” E com Jesus: “E quando fizeres isso ao menor dos meus irmãos é a mim que fizestes.” (Mt 25, 40)".
Eis a carta.
O Povo de Deus das comunidades e paróquias da Diocese de Goiás reunido na XXª Assembleia Diocesana na Cidade de Goiás de 27 a 29 de abril de 2018, considera que há uma ameaça intencional à democracia brasileira para defendê-la, vimos nos expressar, publicamente, objetivando orientar os cristãos de nossas comunidades.
Consideramos que a democracia está ameaçada quando se aumenta a desigualdade social; quando o desemprego bate recordes; quando a violência atinge os pobres e, dentre eles, os jovens negros que moram nas regiões periféricas; quando a força policial trata a população como inimiga; quando os defensores dos direitos humanos são seletivamente ameaçados e mortos; quando não se garante o amplo direito de defesa e a presunção de inocência; quando os recursos públicos são utilizados para beneficiar uma pequena parcela da população; quando 6 pessoas no Brasil detém a mesma riqueza que a metade da população mais pobre; quando 5 (cinco) famílias detêm as maiores redes de comunicação do país; quando os poderes da República, especialmente o Judiciário, são usados para criminalizar os movimentos sociais e seus militantes; quando há retirada de direitos, duramente conquistados pela sociedade e quando há uma visível desmoralização da Política enquanto saída possível para um país mais justo e solidário.
A democracia é o sistema de governo em que a fonte de todo o poder é o povo e esse poder é serviço à sociedade. A democracia funciona quando se respeita a dignidade da pessoa humana; reduz as desigualdades; garante o pluralismo de ideias e opiniões; quando os direitos sociais são efetivados e garantidos e objetiva construir um país justo e solidário. Esses princípios estão garantidos nos artigos 1º e 3º da Constituição da República.
O Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii gaudium, n. 202, vai a raiz desse problema: “enquanto não forem radicalmente solucionados os problemas dos pobres, renunciando à autonomia absoluta dos mercados e da especulação financeira e atacando as causas estruturais da desigualdade social, não se resolverão os problemas do mundo e, em definitivo, problema algum. A desigualdade é a raiz dos males sociais.”
Parece evidente que temos que ir à raiz dos problemas para resolvê-los, mas o que ocorre hoje é que os meios de comunicação e as redes sociais escondem o grave pecado estrutural (Puebla 17, Medellin, doc. da Paz, 19) da desigualdade. O Papa Francisco, diz que a mídia tem três pecados a desinformação, a calúnia e a difamação:
“Estes dois últimos são graves, mas não tão perigosos como o primeiro. [a desinformação] (...) a desinformação é dizer a metade das coisas, aquilo que para mim é mais conveniente e não dizer a outra metade. E assim, aquilo que vejo na TV ou aquilo que escuto na rádio não posso fazer um juízo perfeito, pois não tenho os elementos e não nos dão estes elementos.” (Discurso para a Associação Corallo em 22/03/2013).
Os meios de comunicação (TV, rádios, sites e internet) concentrados no Brasil se transformaram em defensores da desigualdade, da violência, da concentração de renda, da criminalização dos movimentos sociais e do convencimento das pessoas de que é bom retirar os direitos conquistados. A mídia concentrada desinforma intencionalmente.
As ameaças a democracia hoje são bem concretas, sendo amplamente usadas pela mídia: ao exaltar um discurso contra a corrupção esconde a redução da carga tributária e o perdão de dívidas públicas das grandes empresas; ao tratar a Petrobras como antro de corrupção esconde a entrega dos poços de petróleo do pré-sal para as empresas multinacionais; ao focar só na corrupção de alguns setores políticos oculta o assalto histórico dos bens do povo brasileiro desde a colonização; ao mirar em crimes pequenos contra o patrimônio escamoteia o uso do governo para deixar os ricos mais ricos.
Uma das ameaças a democracia mais visíveis é a produção do ódio, para que a população mais pobre veja os seus iguais como inimigos e adversários. Isso tem gerado a desumanização das pessoas, alguns querem aniquilar e destruir as pessoas que pensam diferente ou que querem defender os mais pobres.
O Papa Francisco, discursando aos participantes do 3º Encontro Mundial dos Movimentos Populares no Vaticano, diz que o amor dos cristãos deve derrotar os sistemas malignos. “(...). Ódio por ódio só intensifica a existência do ódio e do mal no universo. (...) Em alguma parte, deve haver alguém que tem um pouco de bom senso, e aquela é a pessoa forte. A pessoa forte é aquela que é capaz de cortar a cadeia do ódio, a cadeia do mal” (Exot. Apostólica Amoris Laetitia, n. 118)”.
Está na hora de dizermos com o Beato Dom Oscar Romero:”(...) Em nome de Deus e desse povo sofrido […] peço-lhes, rogo-lhes, ordeno-lhes em nome de Deus, cessem a repressão.” E com Jesus: “E quando fizeres isso ao menor dos meus irmãos é a mim que fizestes.” (Mt 25, 40).
Assim o cristão, na defesa da democracia integral para a maioria da população, deve:
- Derrotar os sistemas malignos com o amor, “a compaixão, a misericórdia, a palavra e a prática de Jesus” (Opção Fundamental da Diocese de Goiás);
- Afastar-se da promoção de qualquer violência, inclusive, não admitindo que candidatos ou propostas políticas violentas prosperem entre nós.
- Denunciar a desinformação e as mentiras que a mídia produz.
- Cessar os discursos de ódio e de discriminação contra quaisquer pessoas, grupos ou nações.
- Lutar para manter os direitos que foram ou ameaçam ser retirados do povo brasileiro para que todos “tenham vida e vida em abundância” (Jo 10, 10).
- Fortalecer as organizações populares.
Seguindo o conselho de Paulo: “Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. (2Tm 4,5).
Cidade de Goiás, Centro Diocesano de Pastoral, 29 de abril de 2018. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Mandando Deus a Elias que deixasse a gruta Horeb, na qual viveu durante algum tempo, e que voltasse à terra de Israel, retirou-se com seus discípulos para o Monte Carmelo e loco começou a formá-los na vida monástica como o Senhor lhe havia ensinado, exortando-os a vivê-la; também os instruiu com esmero na ciência profética ordenando-lhes que cantassem devotamente os louvores de Deus acompanhando-se do saltério, da cítara e de címbalos de júbilo.
Não lhes havida sido possível realizar antes este ofício com perfeição, vendo-se continuamente perseguidos pelo rei Acab e mais ainda pela rainha Jezabel, sua mulher.
Passadas as perseguições pela misericórdia de Deus, o Senhor, desde então, escolheu por profetas alguns homens excelentes dentre estes monges que se distinguiam sobre os demais na arte de cantar com devoção e alegria os salmos louvando ao Senhor e acompanhando-se com instrumentos musicais, para que profetizassem e cantassem como o fazia Elias.
Com o som jubiloso do canto dos salmos ofereciam a Deus, tão amorosamente seus corações e, não raras vezes, o Senhor infundia em suas almas o espírito de profecia. Por isto quando desejavam que o Senhor lhes manifestasse o futuro, o invocavam com este devoto e harmonioso canto dos salmos.
Temos como exemplo o que nos narra o Livro dos Reis. Numa ocasião, perguntando o Rei Josafá a Eliseu, muito preparado nesta ciência, que lhe anunciasse o futuro, e não tendo Eliseu inspiração sobre o que havia de acontecer, pediu que lhe trouxessem um altério, e enquanto cantava muito recolhido, ofereceu seu coração a Deus, pedindo luz, e o Senhor lhe concedeu o espírito de profecia e lhe deu o conhecimento que pedia.
Desde então, como pela divina Sabedoria crescesse o número destes monges fundados por Elias, o próprio Elias escolheu alguns eminentes profetas que prediziam o futuro para que fizessem este ofício, para que em sua companhia e depois quando faltasse instruíssem com esmero os monges na vida monástica segundo o próprio Senhor lhe havia ensinado e lhes ensinassem o conhecimento ou ante profética e a cantar os salmos acompanhando-se do saltério, e os formasse com tanta solicitude e esmero como se fossem seus próprios filhos.
Esta é a razão pela qual estes monges, conhecidos antes com o nome de profetas, se chamassem depois filhos dos profetas, uma vez que eram discípulos dos referidos profetas desta religião e viviam a vida de observância profética e monástica sob a sua direção e governo, como se os Profetas fossem seus verdadeiros pais. Quando o Livro dos Reis menciona estes monges, os chama, quase sempre, FILHOS DOS PROFETAS.
*Livro da Instituição dos Primeiros Monges Fundados no Antigo Testamento e que perseveram no Novo, por Juan Nepote Silvano, Bispo XLIV de Jerusalém
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Logo que Eliseu aceitou o cargo de dirigir a religião profética fundada por Elias, foi visitar cada um dos centros de monges Filhos dos Profetas e, para consolá-los da ausência de Elias, fazia milagres e prodígios diante deles, já para que não parecesse que havia recebido inutilmente esta graça extraordinária de Deus, já para mostrar-lhes com isto que estava no lugar de Elias, já também para fortalecê-los na perseverança da vida monástica.
E por isto, vivendo com os monges Filhos dos Profetas de Jericó, tornou doces as águas amargas da cidade a pedido de seus habitantes, lançando sal no manancial em presença deles.
Subindo dali para visitar os Filhos dos Profetas que moravam em Betel, os homens desta cidade tratavam o profeta como a um homem detestável, porque adorava o verdadeiro Deus, e incitaram os jovens para que insultassem e zombassem de Eliseu: “e saíram da cidade uns jovens e zombavam dele, dizendo: sobe calvo, sobe calvo” (IV Rs 2, 23).
Ao ver que aqueles cidadãos idólatras olhavam o Deus verdadeiro como se não fosse nada, pois o desprezavam a ele por dar-lhe culto, Eliseu, voltando-se para os jovenzinhos, olhou-os e os amaldiçoou em nome do Senhor, querendo, desde modo, engrandeceu o nome, do Senhor a quem eles desprezavam e, “em seguida, saindo do bosque dois ursos despedaçaram 42 daqueles rapazes” (IV Rs 2, 24). Quando os homens de Betel tiveram notícia do acontecido, temeram muito o nome do Deus de Eliseu e os Filhos dos Profetas que viviam ali, ante tão grande prodígio, receberam a Eliseu como seu Pai e Mestre com grande honra e cheios de alegria.
“Depois Eliseu partiu para o monte Carmelo” (IV Rs 2, 25) para visitar e consolar os Filhos dos Profetas que ali residiam. Então se deteve por pouco tempo no Monte Carmelo pelo desejo que tinha de visitar logo a todos os demais Filhos dos Profetas e logo voltar ao Carmelo.
Foi, pois a Samaria e visitou também os Filhos dos Profetas naquela cidade; ali encontrou a esposa de Abdias oprimida pelas dívidas contraídas por causa do alimento que Abdias proporcionou aos cem discípulos de Elias quando lhes conservou a vida, escondendo-os em grutas. Eliseu pagou a dívida da viúva e proporcionou alimento a ela e a seus filhos, multiplicando milagrosamente em grande quantidade o pouco azeite que a mulher tinha em sua casa; a viúva vendeu o azeite e com o preço pagou ao seu credor e ainda lhe sobrou para alimentar a si e a seus filhos.
Voltando Eliseu ao monte Carmelo passou pela cidade de Sunan onde vivia uma mulher rica em cuja casa se hospedava sempre que passava por aquele lugar. Esta mulher o recebia em sua casa, o atendia com presteza e até fez uma casa destinada só para o Profeta e mantinha com generosidade com tudo que precisava. Não tinha filhos, pois seu marido já era velho. Mas Eliseu como prêmio pela caridade com que o recebia, lhe prometeu que teria um filho de seu marido. Cumprida a profecia, aconteceu que, correndo o tempo, o filho crescido morreu.
A mulher disse a seu marido que queria ir ver Eliseu no monte Carmelo, porém ignorando o marido a morte do filho, lhe respondeu: “por que queres ir visitá-lo? Hoje não é dia de festa nem sábado” (IV Rs 4, 23); como se dissesse: se hoje fosse dia de festa terias razão para subir lá.
As pessoas piedosas costumavam visitar Eliseu e os demais monges do monte Carmelo, nos dias de festa, pela devoção que tinham de escutar de seus lábios e dos outros profetas a palavra de Deus e lhes levavam alimentos como agradecimento.
Chegando esta mulher a Eliseu, no monte Carmelo, lançando-se por terra se abraçou a seus pés e lhe disse: “por ventura te pedi um filho? Não te disse que não me enganasses?” (IV Reis 4, 28). Considerava-se enganada porque perdeu tão depressa o filho que Eliseu lhe havia obtido de Deus sem que ela o pedisse.
Vendo-a Eliseu tão cheia de amargura, levantou-se e a seguiu até sua casa e, entrando no quarto onde estava o menino morto, se pôs em oração até que o ressuscitou. Entregando-o o vivo à sua mãe, ela se lançou por terra aos pés de Eliseu, venerando-o e dando graças a Deus e ao Profeta.
Com estas e outras muitas maravilhas, Eliseu mostrou aos Religiosos os Filhos dos Profetas e discípulos de Elias haver recebido dele o espírito em dobro e por isto o receberam todos estes monges por Pai principal e comum e Mestre de todos.
*Livro da Instituição dos Primeiros Monges Fundados no Antigo Testamento e que perseveram no Novo, por Juan Nepote Silvano, Bispo XLIV de Jerusalém
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A liturgia do 6º Domingo da Páscoa convida-nos a contemplar o amor de Deus, manifestado na pessoa, nos gestos e nas palavras de Jesus e dia a dia tornado presente na vida dos homens por ação dos discípulos de Jesus.
No Evangelho, Jesus define as coordenadas do “caminho” que os seus discípulos devem percorrer, ao longo da sua marcha pela história… Eles são os “amigos” a quem Jesus revelou o amor do Pai; a sua missão é testemunhar o amor de Deus no meio dos homens. Através desse testemunho, concretiza-se o projeto salvador de Deus e nasce o Homem Novo.
ATUALIZAÇÃO (EVANGELHO – Jo 15,9-17)
As palavras de Jesus aos discípulos na “ceia de despedida” deixam claro, antes de mais, que os discípulos não estão sozinhos e perdidos no mundo, mas que o próprio Jesus estará sempre com eles, oferecendo-lhes em cada instante a sua vida. Este é o primeiro grande ensinamento do nosso texto: a comunidade de Jesus continuará, ao longo da sua marcha pela história, a receber vida de Jesus e a ser acompanhada por Jesus. Nos momentos de crise, de desilusão, de frustração, de perseguição, não podemos esquecer que Jesus continua ao nosso lado, dando-nos coragem e esperança, lutando conosco para vencer as forças da opressão e da morte.
Os discípulos são os “amigos” de Jesus. Jesus escolheu-os, chamou-os, partilhou com eles o conhecimento e o projeto do Pai, associou-os à sua missão; estabeleceu com eles uma relação de confiança, de proximidade, de intimidade, de comunhão. Este tipo de relação que Jesus quis estabelecer com os discípulos não exclui, no entanto, que Ele continue a ser o centro e a referência, à volta da qual se constrói a comunidade dos discípulos. Jesus é, de fato, o centro à volta do qual se articula a vida das nossas comunidades? Que lugar é que Ele ocupa na nossa vida? Como é que no dia a dia desenvolvemos e aprofundamos o nosso encontro e a nossa comunhão com Ele?
Fazer parte da comunidade dos “amigos” de Jesus não é ficar “a olhar para o céu”, contemplando e admirando Jesus; mas é aceitar o convite que Jesus faz no sentido de colaborar na missão que o Pai Lhe confiou e que consiste em testemunhar no mundo o projeto salvador de Deus para os homens. Compete-nos a nós, os “amigos” de Jesus, mostrar em gestos concretos que Deus ama cada homem e cada mulher – e de forma especial os pobres, os marginalizados, os débeis, os pequenos, os oprimidos; compete-nos a nós, os “amigos” de Jesus, eliminar o sofrimento, o egoísmo, a miséria, a injustiça, tudo o que oprime e escraviza os irmãos e desfeia o mundo; compete-nos a nós, os “amigos” de Jesus, sermos arautos da justiça, da paz, da reconciliação, do amor; compete-nos a nós, “amigos” de Jesus, denunciarmos os pseudo-valores que oprimem e escravizam os homens… Nós, os “amigos” de Jesus, temos de ser testemunhas desse mundo novo que Deus quer oferecer aos homens e que Jesus anunciou na sua pessoa, nas suas palavras e nos seus gestos. Estamos, de fato, disponíveis para colaborar com Jesus nessa missão?
Sobretudo, os “amigos” de Jesus devem amar como Ele amou. Jesus cumpriu os “mandamentos” do Pai – isto é, o projeto de Deus para salvar e libertar os homens – fazendo da sua vida um dom total de amor, sem limites nem condições; a cruz é a expressão máxima dessa vida vivida exclusivamente para os outros. É esse o caminho que Jesus propõe aos seus discípulos (“é este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei”). É aqui que reside a “identidade” dos discípulos de Jesus… Os cristãos são aqueles que testemunham diante do mundo, com palavras e com gestos, que o mundo novo que Deus quer oferecer aos homens, se constrói através do amor. O que é que condiciona a nossa vida, as nossas opções, as nossas tomadas de posição: o amor, ou o egoísmo? As nossas comunidades são, realmente, cartazes vivos que anunciam o amor, ou são espaços de conflito, de divisão, de luta pelos próprios interesses, de realização de projetos egoístas?
*LEIA O EVANGELHO NA ÍNTEGRA. CLIQUE AO LADO NO LINK- EVANGELHO DO DIA.
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Dedicar o mês de maio – também chamado de “mês das flores” no hemisfério norte – à Maria é uma devoção arraigada há tempos. Em seu livro “Maio com Maria”, recentemente publicado pela Editora “Edições CNBB” o arcebispo de Teresina, dom Jacinto Brito, revela que esta tradição já era costume desde o século XVIII.
O fato é que a Igreja sempre incentivou essa devoção. Exemplo claro disso é a concessão de indulgências plenárias especiais e referências em alguns documentos do Magistério, como a encíclica “Mense Maio”, do papa Paulo VI, publicada em 1965. O papa João Paulo II também já falava em suas audiências sobre tal devoção. “De fato, este é o seu mês”, dizia.
Não tão distante da realidade brasileira, em 2016 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) decidiu convocar o Ano Nacional Mariano com o objetivo de celebrar, fazer memória e agradecer pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição no rio Paraíba do Sul, em São Paulo. A iniciativa teve início no dia 12 de outubro e seguiu até 11 de outubro de 2017.
Segundo dom Jacinto Brito, a atitude da CNBB em proclamar o Ano Mariano confirmou a experiência pastoral que envolve a todos: “Maria é um caminho seguro de evangelização!”. O bispo também fez questão de destacar que as Conferências Gerais do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, tais como Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida primaram em demonstrar o potencial da piedade popular.
“Quantas dioceses, paróquias, igrejas e até pequeninas capelas lhe são dedicadas! É difícil encontrar um lar brasileiro sem uma imagem de Nossa Senhora! Quem não aprendeu na mais tenra infância, no colo da mãe, a ‘Ave-Maria’”?, questiona o bispo na apresentação de seu livro.
Continuando o louvor das gerações, dom Jacinto no exercício do ministério que lhe foi confiado achou que seria oportuno apresentar Maria aos fiéis, por meio de seu livro “Maio com Maria – Quem é esta mulher?”. “Eis porque os fundamentos dos trinta e um encontros deste livrinho é a Bíblia-Sagrada, comentada pelos Santos Padres, os Santos e o Magistério da Igreja”, explica o arcebispo.
À luz de sua prática pastoral, dom Jacinto percebe que o mês de maio é um veículo natural para o seu projeto. Afinal, de acordo com ele, quando em 1725, o padre Jesuíta Antônio Dionísio iniciou esse costume, a partir de então, a prática do mês de maio não cessou de crescer e lançar raízes. “De fato, Deus nos procedeu em seu amor a Maria! Rezando, escutando e meditando neste mês de maio as maravilhas que ele operou em sua humilde serva, ganhamos mais razões para amá-la, conhecendo-a através de seu divino Autor!”, enfatiza.
O livro é composto por 31 roteiros, um para cada dia do mês de maio, levando a refletir por meio de cada um dos temas tratados, sobre “quem é esta Mulher”. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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O jovem sacerdote, Pe. Mark Ventura foi assassinado na manhã de domingo (29/04) na província setentrional de Cagayan. Um homem não identificado, atirou no sacerdote que tinha acabado de celebrar a Santa Missa. A condenação dos bispos filipinos que pedem justiça.
Cidade do Vaticano
Padre Mark Ventura, 37 anos, foi assassinado às 8h15 da manhã de domingo (29/04) logo depois de ter celebrado a missa no ginásio esportivo de Peña Weste, vilarejo na periferia da cidade de Gattaran, ilha de Luzon, no extremo norte do país. O sacerdote estava abençoando as crianças e falando com os membros do coral, quando um homem não identificado vestindo um capacete de motociclista entrou pela porta dos fundos do local e disparou dois tiros contra ele. O chefe da polícia nacional, Oscar Albayarde refere que o homicida fugiu em uma motocicleta guiada pelo cúmplice que o esperava, em direção a Baggao.
A condenação dos bispo que pedem justiça
Dom Sergio Lasam Utleg, arcebispo de Tuguegarao, foi ao local do crime, onde guiou orações junto com os fiéis presentes. A Conferência Episcopal das Filipinas, condenou o homicídio do sacerdote, oferecendo orações pelo padre Ventura, pela sua família em luto e pela comunidade católica de Tuguegarao. “Condenamos este ato violento – declara D. Romulo Valles, presidente dos bispos filipinos –, estamos profundamente chocados e incrédulos com a notícia da morte de padre Mark Ventura”. Os bispos pedem às autoridades “ações imediatas para identificar os autores deste bárbaro crime e para entregá-los à justiça”.
Padre conhecido pela sua luta contra a exploração dos trabalhadores nas minas
Padre Ventura era o diretor da “San Isidro Labrador Mission Station”, cargo que tinha assumido há pouco, no início do mês de abril, no vilarejo de Mabuno. Sacerdote há quase sete anos, era conhecido pela sua luta contra a exploração do território pelas Companhias minerárias e pelas suas iniciativas em favor das populações indígenas da província. A região de Gattaran é famosa pelas suas minas de cobre e de ouro. Antes de assumir seu cargo em Gattaran, o sacerdote foi reitor do seminário maior Thomas Aquinas com sede em Aparri, Cagayan.
É o segundo sacerdote morto nas Filipinas nos últimos meses
Padre Mark é o segundo sacerdote assassinado nas Filipinas nos últimos meses. Em dezembro de 2017, padre Marcelito Paez, 72 anos, foi morto por homens armados ainda não identificados depois de ter facilitado a libertação de um preso político em Jaen, Nueva Ecija. Em 2011, com as mesmas modalidades e pelos mesmos motivos foi assassinado o sacerdote do Pime, padre Fausto Tentorio. Fonte: www.vaticannews.va
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Oração
Ó Deus, que amais e restituís a inocência,
orientai para vós os nossos corações,
para que jamais se afastem da luz da verdade
os que tirastes das trevas da descrença.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do Evangelho segundo João (Jo 15,1-8)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5 Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.
Reflexão - Jo 15,1-8
Os Capítulos 15 até 17 do Evangelho de João trazem vários ensinamentos de Jesus que o evangelista juntou e colocou aqui no contexto amigo e fraterno do último encontro de Jesus com seus discípulos:
Jo 15,1-17: Reflexões em torno da parábola da videira
Jo 15,18 a 16,4a: Conselhos sobre a maneira de como comportar-se quando forem perseguidos
Jo 16,4b-15: Promessa sobre a vinda do Espírito Santo
Jo 16,16-33: Reflexões sobre a despedida e o retorno de Jesus
Jo 17,1-26: O Testamento de Jesus em forma de oração
Os Evangelhos de hoje e de amanhã trazem uma parte da reflexão de Jesus em torno da parábola da videira. Para entender bem todo o alcance desta parábola, é importante estudar bem as palavras que Jesus usou. Igualmente importante é você observar de perto uma videira ou uma planta qualquer para ver como ela cresce e como acontece a ligação entre o tronco e os ramos, e como o fruto nasce do tronco e dos ramos.
João 15,1-2: Jesus apresenta a comparação da videira
No Antigo Testamento, a imagem da videira indicava o povo de Israel (Is 5,1-2). O povo era como uma videira que Deus plantou com muito carinho nas encostas das montanhas da Palestina (Sl 80,9-12). Mas a videira não correspondeu ao que Deus esperava. Em vez de uvas boas deu um fruto azedo que não prestava para nada (Is 5,3-4). Jesus é a nova videira, a verdadeira. Numa única frase ele nos entrega toda a comparação. Ele diz: "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo em mim que não produz fruto, ele o corta. E todo ramo que produz fruto, ele o poda!". A poda é dolorosa, mas é necessária. Ela purifica a videira, para que cresça e produza mais frutos.
João 15,3-6: Jesus explica e aplica a parábola
Os discípulos já são puros. Já foram podados pela palavra que ouviram de Jesus. Até hoje, Deus faz a poda em nós através da sua Palavra que nos chega pela Bíblia e por tantos outros meios. Jesus alarga a parábola e diz: "Eu sou a videira e vocês são os ramos!" Não se trata de duas coisas distintas: de um lado a videira, do outro, os ramos. Não! Videira sem ramos não existe. Nós somos parte de Jesus. Jesus é o todo. Para que um ramo possa produzir fruto, deve estar unido à videira. Só assim consegue receber a seiva. "Sem mim vocês não podem fazer nada!" Ramo que não produz fruto é cortado. Ele seca e é recolhido para ser queimado. Não serve para mais nada, nem para lenha!
João 15,7-8: Permanecer no amor.
Nosso modelo é aquilo que Jesus mesmo viveu no seu relacionamento com o Pai. Ele diz: "Assim como o Pai me amou, também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor!" Ele insiste em dizer que devemos permanecer nele e que as palavras dele devem permanecer em nós. E chega a dizer: "Se vocês permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vocês, aí podem pedir qualquer coisa e vocês o terão!" Pois o que o Pai mais quer é que nos tornemos discípulos e discípulas de Jesus e, assim, produzamos muito fruto.
Para confronto pessoal
1- Quais as podas ou momentos difíceis, que já passei na minha vida e que me ajudaram a crescer? Quais as podas ou momentos difíceis, que passamos na nossa comunidade e nos ajudaram a crescer?
2- O que mantém a planta unida e viva, capaz de dar frutos, é a seiva que a percorre. Qual é a seiva que percorre nossa comunidade a mantém viva, capaz de produzir frutos?
Oração final
Cantai ao Senhor um canto novo,
Cantai ao Senhor em toda a terra.
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. (Sl 95, 1)
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O culto a São José começou provavelmente no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o papa Pio IX o proclamou “O Patrono da Igreja Universal” e, a partir de então, passou a ser cultuado no dia 19 de março.
Em 1955 Pio XII fixou o dia 1º de maio para “São José Operário- o trabalhador”. Foi num dia 1º de maio, só que de 1886, que operários de uma fábrica em Chicago nos Estados Unidos se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos iniciando um movimento que tomou conta do país e deixou um saldo de mais de uma dezena de mortos e cinquenta pessoas gravemente feridas. Em homenagem a eles é que se consagrou este dia como sendo o Dia do Trabalhador.
São José é o modelo ideal do operário. Sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho artesanal, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao filho a profissão de carpinteiro e, desta maneira segundo os preceitos da religião católica, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a humanidade. Ao proclamar São José protetor dos trabalhadores a Igreja Católica demonstrou estar ao lado deles, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, que aceitou ser o pai adotivo do Deus feito homem, mesmo pressentindo o que poderia acontecer à sua família.
São José é tão glorioso que é o único santo celebrado em duas datas, no dia 19 de março, como esposo de Maria e em primeiro de maio, Padroeiro dos Trabalhadores. Esta última foi instituída, diante de uma multidão de 200 mil operários, reunidos no dia 1º de Maio de 1955, na Praça de São Pedro, quando o Papa Pio XII decidiu cristianizar o Dia do Trabalho, dando-lhe como santo protetor São José Operário.
PRECE PELO TRABALHADOR
Ó glorioso São José, que velaste a tua incomparável e real dignidade de guarda de Jesus e da Virgem Maria, sob a humilde aparência de artífice, e com o teu trabalho sustentaste as suas vidas, protege com amável poder os teus filhos que estão a ti confiados. Tu conheces as angústias e sofrimentos deles, porque tu mesmo experimentaste isto ao lado de Jesus e de sua Mãe. Não permitas que, oprimidos por tantas preocupações, esqueçam o fim para que foram criados por Deus; não deixes que os germes da desconfiança lhes dominem as almas imortais. Recorda a todos os trabalhadores que - nos campos, nas fábricas, nas minas e nos laboratórios da ciência - não estão sós para trabalhar, gozar e servir, mas que junto a eles está Jesus com Maria, Mãe sua e nossa, para os suster, para lhes enxugar o suor e mitigar as fadigas. Ensina-lhes a fazer do trabalho, como fizeste tu, instrumento altíssimo de santificação (João XXIII). Fonte: http://www.amoranossasenhora.com.br
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O padre Reginaldo Manzotti é pop. E convidou artistas como Simone e Simaria, e Michel Teló, para ir além das fronteiras das rádios religiosas com o seu novo CD, “Tá na mão de Deus”.
— É destinado a todas as idades, mas eu quis destinar à juventude. E já consegui. “Espalhar amor” (em parceria com as “coleguinhas”) está tocando em todos os lugares. Me mandaram até um vídeo da música tocando em uma festa cheia de jovens, que não são católicos. Só não publiquei no meu Facebook porque aparecia muita cerveja — ri Padre Reginaldo.
Eclético (“escuto de Guns N’Roses a sofrência”), o Padre buscou diferentes influências para gravar o seu 14º trabalho. Tem modão sertanejo, pop rock e até arrocha, ritmo que Reginaldo garante se sair bem nos passos.
— Quando adolescente não tinha arrocha, mas tinha xote. Sempre gostei. Hoje em dia não danço mais em clube, mas com minhas irmãs e parentes, quando tem um casamento. Sou um pé de valsa. Fora isso só danço para Jesus — se diverte.
Sendo um pé de arrocha, seria possível imaginá-lo fazendo um passinho do funk?
— Eu queria gravar com a Anitta, queria atingir o público dela e que ela viesse abrilhantar o meu trabalho. Ela tem muita aceitação , é religiosa e já começamos umas tratativas. Se achar um funk que alguém compor, e eu me sentir tranquilo em cantar, não veria problemas. Mas dançar não vou conseguir.
Além das missas, livros na lista dos mais vendidos, e programas em diversas rádios do país, Reginaldo Manzotti também se destaca nas redes sociais. No Instagram, por exemplo, tem quase 880 mil seguidores. E recebe mensagens bem diversas.
— Quem não me conhece pode se encantar à primeira vista pelo pacote, e não prestar atenção no conteúdo. E às vezes extrapola. Já recebi cantadas, vale motel, calcinha… É preciso saber lidar, não ser ríspido — diz. Fonte: https://extra.globo.com
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5ª Semana da Páscoa. Lectio Divina do Evangelho do dia com Frei Carlo Mesters, Carmelita.
Oração
Ó Pai, que unis os corações dos fiéis num só desejo,
dai ao vosso povo amar o que ordenais
e esperar o que prometeis,
para que, na instabilidade deste mundo,
fixemos os nossos corações
onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do Evangelho segundo João (Jo 14,21-26)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas — não o Iscariotes — disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
Reflexão - Jo 14,21-26
Como dissemos anteriormente, o capítulo 14 do Evangelho de João é um exemplo bonito de como se praticava a catequese nas comunidades da Ásia Menor no fim do primeiro século. Através das perguntas dos discípulos e das respostas de Jesus, os cristãos formavam sua consciência e encontravam uma orientação para os seus problemas. Assim, neste capítulo 14, temos a pergunta de Tomé com a resposta de Jesus (Jo 14,5-7), a pergunta de Filipe com a resposta de Jesus (Jo 14,8-21), e a pergunta de Judas com a resposta de Jesus (Jo 14,22-26). A última frase da resposta de Jesus a Filipe (Jo 14,21) forma o primeiro versículo do evangelho de hoje.
João 14,21: Eu o amarei e me manifestarei a ele.
Este versículo traz o resumo da resposta de Jesus a Filipe. Filipe tinha dito: “Mostra-nos o Pai e isso nos basta!” (Jo 14,8). Moisés tinha perguntado a Deus: “Mostra-me a tua glória!” (Ex 33,18). Deus respondeu: “Não poderás ver minha face, porque ninguém pode ver-me e continuar vivendo” (Ex 33,20). O Pai não pode ser mostrado. Deus habita uma luz inacessível (1Tim 6,16). “Ninguém jamais viu a Deus” (1Jo 4,12). Mas a presença do Pai pode ser experimentada através da experiência do amor. Diz a primeira carta de São João: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. Jesus diz a Filipe: “Quem aceita os meus mandamentos e a eles obedece, esse é que me ama. E quem me ama, será amado por meu Pai. Eu também o amarei e me manifestarei a ele”. Observando o mandamento de Jesus, que é o mandamento do amor ao próximo (Jo 15,17), a pessoa mostra o seu amor por Jesus. E quem ama a Jesus, será amado pelo Pai e pode ter a certeza de que o Pai se manifestará a ele. Na resposta a Judas, Jesus dirá como acontece esta manifestação do Pai na nossa vida.
João 14,22: A pergunta de Judas, pergunta de todos.
A pergunta de Judas: “Por que o senhor se manifesta só a nós e não ao mundo?” Esta pergunta de Judas reflete um problema que é real até hoje. Às vezes, sobe em nós cristãos o pensamento de que somos melhores que os outros e que Deus nos ama mais do que os outros. Será que Deus faz distinção de pessoas?
João 14,23-24: Resposta de Jesus.
A resposta de Jesus é simples e profunda. Ele repete o que acabou de dizer a Filipe. O problema não é se nós cristãos somos mais amados por Deus do que os outros, ou que os outros são desprezados por Deus. Este não é o critério da preferência do Pai. O critério da preferência do Pai é sempre o mesmo: o amor. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras”. Independentemente do fato de a pessoa ser ou não ser cristã, o Pai se manifesta a todos aqueles que observam o mandamento de Jesus que é o amor ao próximo (Jo 15,17). Em que consiste a manifestação do Pai? A resposta a esta pergunta está estampada no coração da humanidade, na experiência humana universal. Observe a vida das pessoas que praticam o amor e que fazem da sua vida uma doação aos outros. Examine a sua própria experiência. Independentemente de religião, classe, raça ou cor, a prática do amor traz uma paz profunda e uma alegria que conseguem conviver com dor e sofrimento. Esta experiência é o reflexo da manifestação do Pai na vida das pessoas. É a realização da promessa: Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada
João 14,25-26: A promessa do Espírito Santo.
Jesus termina sua resposta a Judas dizendo: Essas são as coisas que eu tinha para dizer estando com vocês. Jesus comunicou tudo que ouviu do Pai (Jo 15,15). As palavras dele são fonte de vida e devem ser meditadas, aprofundadas e atualizadas constantemente à luz da realidade sempre nova que nos envolve. Para esta meditação constante das suas palavras Jesus nos promete a ajuda do Espírito Santo: “O Advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse.
Para confronto pessoal
1-Jesus disse: Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Como eu experimento esta promessa?
2-Temos a promessa do dom do Espírito para nos ajudar a entender as palavras de Jesus. Eu invoco a luz do Espírito quando vou ler e meditar a Escritura?
Oração final
Que a minha boca cante a glória do Senhor
e que bendiga todo ser seu nome santo,
desde agora, para sempre e pelos séculos. (Sl 144, 21)
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Documentos revelam que bispo e padres reconheceram o 'sumiço' de R$ 910 mil do caixa da Diocese de Formosa, diz MP-GO
Declarações foram assinadas a pedido de contador que havia notado diferença no caixa das igrejas. Nove membros foram acusados do desvio de dízimo e respondem em liberdade.
Documentos obtidos pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) apontam que alguns dos religiosos acusados de desvios de dízimos reconheceram a ausência de R$ 910 mil nos caixas das igrejas. O órgão acredita que o padre Waldson José de Melo, de Posse, o monsenhor Epitácio Cardozo Pereira e o bispo Dom José Ronaldo embolsavam os valores declarados como “desaparecidos”.
O G1 tentou contato com as defesas dos religiosos por telefone e mensagem na noite de domingo (29), e na manhã desta segunda-feira (30), e aguarda posicionamento sobre o caso.
Um dos documentos, assinado pelo monsenhor Epitácio Cardozo, aponta o déficit de mais de R$ 72 mil, acumulado em 2016, no caixa da Paróquia Divino Espirito Santo, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
Outro relatório, este assinado pelo padre Waldson e pelo bispo Dom José Ronaldo, aponta a ausência de R$ 274 mil do caixa da Paróquia Sagrada Família em Posse, no nordeste de Goiás. O montante deveria ser resultado do acúmulo das arrecadações em 2015.
Segundo o MP-GO, faltaram ainda R$ 207 mil, que também deveriam ser o saldo de 2015, mas da Paróquia do Divino Espirito Santo, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Por fim, o órgão aponta que “sumiram” outros R$ 357 mil do caixa da Paróquia Santana, em Posse.
“Dois documentos são referentes ao monsenhor, outro ao padre Moacyr, da catedral de Formosa, e outro do padre Wladson, de Posse, com quem foram encontrados R$ 400 mil na conta. Foram três desvios de somas bastante voluptuosas, inclusive com assinatura do bispo, atestando que tem ciência do documento, do desaparecimento do dinheiro”, disse o promotor responsável pela investigação, Douglas Chegury.
Conforme o promotor, os documentos já fazem parte da denúncia aceita pela Justiça, portanto, os citados estão respondendo pelo crime de apropriação indébita.
Operação Caifás
Deflagrada pelo MP-GO, a Operação Caifás apura o desvio de R$ 2 milhões pela Diocese de Formosa. No último dia 19 de março, nove pessoas foram presas. Além do dízimo, a apuração apontou que o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos.
As investigações sobre o desvio começaram no ano passado, após denúncias de fiéis. Eles afirmaram que as despesas da casa episcopal subiram de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde a chegada do bispo Dom José Ronaldo, em 2015. Na ocasião, o clérigo negou haver irregularidades nas contas da Diocese de Formosa.
Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça foram usadas na apuração. O grupo teria comprado uma fazenda de gado, carros de luxo e uma lotérica com os recursos. A operação culminou com apreensões em Formosa, Posse e Planaltina. Durante as apreensões, foi encontrado dinheiro escondido em fundo falso de armário.
Após menos de um mês detidos em uma ala isolada do recém-inaugurado presídio da Formosa, os presos foram liberados por habeas corpus concedidos pela Justiça. Na saída da cadeia, o bispo Dom José Ronaldo, outros quatro clérigos e dois empresários foram recebidos com festa por parentes e amigos.
Bloqueio de bens
O juiz Fernando Oliveira Samuel, da 2ª Vara Criminal de Formosa, determinou em 27 de março o bloqueio de bens dos seis clérigos, dois empresários e do secretário da Cúria. O limite é de até R$ 1 milhão por cada. Também foi autorizada a quebra do sigilo bancário e fiscal dos acusados.
Gestor temporário da Diocese de Formosa nomeado pelo Papa Francisco e arcebispo de Uberaba (MG), Dom Paulo Mendes Peixoto criticou o bispo preso e disse que recebeu "caixa vazio e com dívida". Ele auxiliará nas atividades da paróquia da região até que seja nomeado um novo bispo.
A polícias apura outras acusações que surgiram contra o bispo fora do processo. Entre elas, está o uso de cartões da Igreja para compra de bebidas alcoólicas. De acordo com boletim de ocorrência, houve gasto de R$ 4 mil indevidamente.
Além disso, fiéis afirmam que Dom José Ronaldo aumentou em até 400% taxas de casamento quando assumiu a administração, em 2014. As mesmas informações chegaram ao MP-GO) por meio do depoimento de um dos padres que denunciou o esquema, mas, segundo o promotor, ainda não compõem uma apuração específica. Fonte: https://g1.globo.com
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Quarta-feira da 5ª Semana da Páscoa
Oração
Ó Deus, que amais e restituís a inocência,
orientai para vós os nossos corações,
para que jamais se afastem da luz da verdade
os que tirastes das trevas da descrença.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura do Evangelho segundo João (Jo 15,1-8)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.
Reflexão - Jo 15,1-8
Os Capítulos 15 até 17 do Evangelho de João trazem vários ensinamentos de Jesus que o evangelista juntou e colocou aqui no contexto amigo e fraterno do último encontro de Jesus com seus discípulos:
Jo 15,1-17: Reflexões em torno da parábola da videira
Jo 15,18 a 16,4a: Conselhos sobre a maneira de como comportar-se quando forem perseguidos
Jo 16,4b-15: Promessa sobre a vinda do Espírito Santo
Jo 16,16-33: Reflexões sobre a despedida e o retorno de Jesus
Jo 17,1-26: O Testamento de Jesus em forma de oração
Os Evangelhos de hoje e de amanhã trazem uma parte da reflexão de Jesus em torno da parábola da videira. Para entender bem todo o alcance desta parábola, é importante estudar bem as palavras que Jesus usou. Igualmente importante é você observar de perto uma videira ou uma planta qualquer para ver como ela cresce e como acontece a ligação entre o tronco e os ramos, e como o fruto nasce do tronco e dos ramos.
João 15,1-2: Jesus apresenta a comparação da videira
No Antigo Testamento, a imagem da videira indicava o povo de Israel (Is 5,1-2). O povo era como uma videira que Deus plantou com muito carinho nas encostas das montanhas da Palestina (Sl 80,9-12). Mas a videira não correspondeu ao que Deus esperava. Em vez de uvas boas deu um fruto azedo que não prestava para nada (Is 5,3-4). Jesus é a nova videira, a verdadeira. Numa única frase ele nos entrega toda a comparação. Ele diz: "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo em mim que não produz fruto, ele o corta. E todo ramo que produz fruto, ele o poda!". A poda é dolorosa, mas é necessária. Ela purifica a videira, para que cresça e produza mais frutos.
João 15,3-6: Jesus explica e aplica a parábola
Os discípulos já são puros. Já foram podados pela palavra que ouviram de Jesus. Até hoje, Deus faz a poda em nós através da sua Palavra que nos chega pela Bíblia e por tantos outros meios. Jesus alarga a parábola e diz: "Eu sou a videira e vocês são os ramos!" Não se trata de duas coisas distintas: de um lado a videira, do outro, os ramos. Não! Videira sem ramos não existe. Nós somos parte de Jesus. Jesus é o todo. Para que um ramo possa produzir fruto, deve estar unido à videira. Só assim consegue receber a seiva. "Sem mim vocês não podem fazer nada!" Ramo que não produz fruto é cortado. Ele seca e é recolhido para ser queimado. Não serve para mais nada, nem para lenha!
João 15,7-8: Permanecer no amor.
Nosso modelo é aquilo que Jesus mesmo viveu no seu relacionamento com o Pai. Ele diz: "Assim como o Pai me amou, também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor!" Ele insiste em dizer que devemos permanecer nele e que as palavras dele devem permanecer em nós. E chega a dizer: "Se vocês permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vocês, aí podem pedir qualquer coisa e vocês o terão!" Pois o que o Pai mais quer é que nos tornemos discípulos e discípulas de Jesus e, assim, produzamos muito fruto.
Para confronto pessoal
1-Quais as podas ou momentos difíceis, que já passei na minha vida e que me ajudaram a crescer? Quais as podas ou momentos difíceis, que passamos na nossa comunidade e nos ajudaram a crescer?
2-O que mantém a planta unida e viva, capaz de dar frutos, é a seiva que a percorre. Qual é a seiva que percorre nossa comunidade a mantém viva, capaz de produzir frutos?
Oração final
Cantai ao Senhor um canto novo,
Cantai ao Senhor em toda a terra.
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. (Sl 95, 1)
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O exegeta cardeal passeia no jardim da palavra humana, palavra fraca e frágil, para a qual foi confiada a revelação da Palavra, atestada na Bíblia. Esta última é, justamente, O grande código no qual bebeu a cultura do mundo ocidental e - em menor escala, e "secularizada" - até os dias de hoje. A palavra é arrebatadora, poderosa, especialmente aquela poética. A palavra bíblica não é apenas epifania da revelação, mas diafania (Teihard De Chardin), transparência do divino. Especialmente a poesia abraça em si os "espaços em branco" que são igualmente e talvez mais expressivos do que as palavras ditas para expressar a profundidade da realidade cantada. O comentário é de Roberto Mela, teólogo italiano, publicado por Settimana News, 26-04-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.
A fraqueza da palavra, especialmente aquela judaica dotada apenas de 5.740 palavras, tende à expansão máxima de sentido através da musicalidade das suas expressões. Dôdî lî waānî ledôdî, "Eu sou do meu Amado, e o meu Amado é meu", declara a Amada no Cântico dos Cânticos.
A poesia canta o êxtase do amor, da primavera que passa como um sopro de vento nas estações de Israel. Canta a tragédia dos sofrimentos, como aquela de Jerusalém prostrada no chão da poeira do exílio, de cuja boca escapa apenas um sussurro.
Elias no Monte Horeb só ouvirá "a voz de um silêncio sutil", um silêncio que fala, porque não é um silêncio "negro" - ausência de ruídos e de palavras, muito temido pelos jovens de hoje - mas um "silêncio branco" mais expressivo do que o ressoar da palavra.
YHWH, o nome do Deus de Israel, o máximo do conteúdo da experiência religiosa judaica, é impronunciável, é proibido pronunciá-lo e deve ser substituído por outro nome, 'Adonay'.
"A Bíblia é o alfabeto colorido da esperança, na qual mergulharam seus pincéis durante séculos os pintores”(Marc Chagall). Na paleta artística a Palavra pode ser atualizada (Paul Gauguin, Visão depois do sermão: depois da homilia, as mulheres bretãs reveem na praça de seu vilarejo a luta do anjo com Jacó no Vau do Jaboque); a palavra pode ser deformada (Carl Gustav Jung, Resposta a Jó: Deus fica curioso sobre o homem que protesta contra sua inquestionável vontade e envia Jesus à Terra para ouvir os argumentos de Jó, Jesus compreende que Jó está certo e contra os momentos da ira de Deus, desde aquele momento em diante, a levantar-se contra o Todo-Poderoso não será apenas Jó, mas também Jesus); a Palavra também pode ser transfigurada (Wolfgang Amadeus Mozart, nas Vésperas Solenes do Confessor K339 comenta o curto Salmo 116 [117] fazendo subir a soprano cada vez mais até "cair" na assembleia do coro que canta com confiança agora "cristã" o Glória; as palavras hésed e 'emet' do salmo, que expressam relação amorosa e não tanto misericordia e veritas da Vulgata de Jerônimo, encontram aqui expressão exaltada e fascinante).
Wozu Dichter,"Por que os poetas", questionava-se Friedrich Hölderlin, "por que os poetas em tempo de pobreza?". "Vivemos em uma época em que a pobreza, ou seja, a falta de Deus, não é mais percebida como uma falta”, comentava Heidegger em Os caminhos da floresta. Em um tempo de ouvidos obstruídos por urtigas as palavras dos profetas devem irromper "pelos portões da noite, traçando feridas de palavras nos campos do hábito" (Nelly Sachs, The Prophets). A palavra deve encontrar ouvidos que a saibam ouvir e acolher.
Hoje, o poder da palavra dos profetas e dos poetas "parece insignificante, mas ela é mais necessária do que o pão" (Ravasi, p. 42), e realiza-se assim a profecia de Am 8:11 “...enviarei a fome a toda esta terra... não fome de pão, nem sede de água, mas fome e sede de ouvir as palavras do Senhor". Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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“Coragem!”, “Coragem!”, “Coragem!”, “Coragem!”. O insistente clamor de Dom Paulo Evaristo Arns ecoa na memória daqueles que fazem as múltiplas vozes de apresentação do documentário que apresenta as muitas vidas do cardeal. Lançado em dezembro de 2017, um ano após a morte do cardeal, foi dirigido por Ricardo Carvalho e produzido pelo Instituto Vladmir Herzog. Conta com a participação e depoimentos de figuras emblemáticas na luta contra a ditadura militar. Contribuem ainda artistas como Maria Bethânia, Chico Pinheiro e Paulo Betti.
O documentário exibe vídeos inéditos da trajetória do Cardeal Arns. Suas múltiplas histórias são as muitas vidas às quais ele se transformou e se dedicou a transformar.
O documentário enfatiza a luta protagonizada contra o regime militar no país e a dedicação na defesa dos operários e demais perseguidos pelo governo. Dom Paulo foi grande referência em defesa das grandes greves operárias da Grande São Paulo, da década de 1970. Segundo o diretor Ricardo Carvalho, Arns foi o “cardeal dos operários”.
O cardeal tomou destaque ao assumir a Arquidiocese de São Paulo e vender o Palácio Episcopal para a construção de 1.100 centros comunitários. O filme realça a dedicação do cardeal na militância dos direitos humanos e a perseguição que o declarado inimigo nº 1 da ditadura militar sofreu.
Dedicado à defesa dos pobres, foi suporte não apenas para os perseguidos pela ditadura brasileira, mas auxiliou exilados de todo o Conesul. Ricardo Carvalho aponta que “Dom Paulo foi o primeiro a encontrar crianças desaparecidas pelas ditaduras no continente”. Em seu depoimento especial para o filme, o cardeal afirma “Com Médici foi duro. Tivemos que ficar firmes até o fim, até a última linha, até o ponto final da frase que a gente disse: ‘que os militares não mandam na nossa liberdade!’ ”.
O documentário foi feito por uma pesquisa de dois anos em arquivo, e de longa data na convivência do diretor e do cardeal. Ricardo Carvalho é, também, autor da biografia de Dom Paulo Evaristo Arns: O cardeal da resistência — As muitas vidas de dom Paulo Evaristo Arns (São Paulo: Instituto Vladmir Herzog, 2013). Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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