"Por que você se sente impelido a colocar a bandeira francesa no seu avatar e não sente a mesma vontade de mostrar a sua solidariedade pelos negros mortos pela PM brasileira, ou não vestiu a bandeira do Líbano quando ocorreu um atentado do ISIS por lá essa semana?", questiona Plínio Zúnica, no blog Descolonizações; "Talvez, na sua boa intenção, você esteja servindo a um projeto de acirramento de tensões muito útil tanto para  a extrema direita xenófoba ocidental quanto pra grupos extremistas como o ISIS"

Por Plinio Zúnica

Primeiramente, sim, a opinião é sua, o facebook é seu, e você pode postar o que quiser nele. Ninguém está te proibindo de sentir compaixão, medo, consternação. Nada te impede de valorizar tanto a vida das vítimas francesas quanto das vítimas de tantos outros crimes (e se você faz isso, então não tem motivo pra se preocupar com as críticas à solidariedade seletiva) e é claro que você pode e deve se preocupar com os atentados de ontem, porque as repercussões serão globais. Acredite, ninguém quer que você ignore os ataques da França, até porque quem faz essas críticas geralmente conhece a sensação de ter suas próprias tragédias ignoradas. Não se trata de promover alienação, e sim de pensar criticamente. Em outras palavras, o que as pessoas devem se perguntar é o porquê de algumas dores te parecerem maiores do que outras.

Todos deveriam, em qualquer situação, se perguntar quais as raízes das suas ações e sentimentos. O que você pensa e sente não acontece por mágica ou pela sua essência nata. Não existe "porque sim". Se você se sente mais comovido pelas mortes na França do que no Brasil, no Líbano ou na Síria, existem razões pra isso, e te faria muito bem saber exatamente quais são elas. Talvez seja porque você tem parentes franceses ou tenha passado bons tempos em Paris, e sente um carinho mais especial por aquela cidade e seus habitantes do que por outras cidades e pessoas (e isso significa que o seu #somostodoshumanos é menos humanista do que você pensa); talvez seja porque você saiba o nome de cidades francesas, conheça palavras em francês, musicas francesas, arte francesa, queijos e vinhos franceses, ao passo que não saiba muita coisa sobre a vida e cultura de outros países, fazendo com que os franceses sejam mais concretos do que esses outros povos confusos e abstratos dos quais você nada sabe, ou só sabe coisas negativas (e esse é o sistema de hierarquização de povos que possibilitou o colonialismo e alimenta o racismo até hoje); ou talvez você apenas esteja reagindo ao grande movimento de comoção que a mídia promove em relação à França. Talvez haja outras razões  (e eu gostaria muito de saber quais são).

Em qualquer caso, é importante pensar sobre as razões do seu sentir, porque isso te dirá muito sobre quem você é. Caso você se sinta incomodado com a resposta, ao invés de reagir como se estivessem roubando a sua liberdade de expressão, talvez a atitude mais inteligente seja repensar as suas razões, pensar sobre os questionamentos que são feitos sempre que uma causa mainstream ofusca as bandeiras levantadas por minorias historicamente oprimidas, investigar-se. 

Pergunte- se: quantas palavras, músicas, filmes, cidades, livros e nomes de franceses você conhece? Quantas vezes você imaginou Paris como destino de uma viagem dos sonhos? Quantas matérias você leu sobre os atentados de ontem e o episódio Charlie Hebdo? Então, pergunte-se: quantas cidades, músicas, filmes, livros e nomes vocês conhece sobre todos os países da África e Oriente Médio somados? Se o resultado te parecer desigual, essa pode ser uma razão pra você sentir mais compaixão pelos europeus do que por todo o "resto do mundo", e talvez a "sua opinião" não seja assim tão "sua", afinal.    

Isso se chama autocrítica, e é o caminho mais seguro e fundamental pra começar a entender e criticar o mundo ao seu redor.

Portanto, ao invés de dizer "o facebook é meu e eu posto o que eu quiser", ou de sentir-se atacado por "fiscais de compaixão", simplesmente ouça a pergunta que está sendo feita: por que você se sente impelido a colocar a bandeira francesa no seu avatar e não sente a mesma vontade de mostra a sua solidariedade pelos negros mortos pela pm brasileira, ou não vestiu a bandeira do Líbano quando ocorreu um atentado do ISIS por lá essa semana?

Talvez você não saiba a resposta, e talvez a pergunta te pareça um ataque. Tudo bem, questionar-se é um processo confuso, e a sensação de não ter total controle sobre o que você sente pode parecer muito com a sensação de afogar-se. As nossas vontades e sentimentos, muitas vezes, obedecem razões que a nossa própria razão desconhece. O único jeito de entender as suas razões, as origens e consequências da sua compaixão, é questionar-se. Talvez, na sua boa intenção, você esteja servindo a um projeto de acirramento de tensões muito útil tanto para  a extrema direita xenófoba ocidental quanto pra grupos extremistas como o ISIS (sobre isso, talvez valha a pena ler o post que fiz sobre Charlie), e eu tenho certeza de que não é isso que você quer.

Então, pelo seu bem, e pra que a sua solidariedade faça mais bem do que mal, se questione e, caso chegue a alguma conclusão, por favor me conte: por que você escolheu se solidarizar pela França e não pelos países em que ela promove genocídios, ou pelas vítimas francesas e não pelas vítimas do nosso e de outros países?

Fonte: http://www.brasil247.com

13.nov.2015 - A Escola Estadual Dona Ana Rosa de Araújo, na zona oeste de São Paulo, foi ocupada na manhã desta sexta-feira (13) por estudantes. Com esta nova manifestação, já são sete as escolas ocupadas na capital e na Grande São Paulo. Os estudantes protestam contra a reorganização da rede estadual proposta pela Secretaria da Educação Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo

A Escola Estadual Dona Ana Rosa de Araújo, na zona oeste de São Paulo, foi ocupada na manhã desta sexta-feira (13) por estudantes. Com esta nova manifestação, já são sete as escolas ocupadas na capital e na Grande São Paulo. Os estudantes protestam contra a reorganização da rede estadual proposta pela Secretaria da Educação.

A Polícia Militar confirmou que foi chamada por volta das 8h, mas não deu mais informações sobre o caso. Segundo estudantes, a escola foi ocupada de forma pacífica. Em seguida, foi realizada uma assembleia e eles decidiram permanecer no local. Os cadeados da escola foram trocados pelos manifestantes. A unidade não será fechada, mas deve transferir todas as turmas do ensino médio. Os alunos são contra a mudança e dizem que não foram consultados sobre a reorganização.

Em nota, a Secretaria da Educação disse que está aberta ao diálogo com os manifestantes. "A Diretoria Regional de Ensino está disponível para receber os estudantes da E.E. Ana Rosa de Araújo. A administração reconhece o direito à livre manifestação, mas não compactua com movimentos político-partidários que não têm como objetivo a melhoria da qualidade de ensino e impedem o direito de acesso aos estudos daqueles que foram até suas escolas para assistir às aulas nos últimos dias".

A pasta disse ainda que a escola passará a ter somente os anos finais do ensino fundamental. "A reorganização visa melhorar a qualidade de ensino dos estudantes e aprimorar as condições de trabalho dos professores", diz em nota.

Outras ocupações

Além da escola Ana Rosa, estão ocupadas a Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, a E.E. Diadema, na cidade de mesmo nome, a E.E. Salvador Allende, na zona leste de São Paulo, E. E. Castro Alves, no bairro de Santana, E.E Valdomiro Silveira, em Santo André, e E.E. Profª Heloisa de Assumpção, em Osasco.

Ontem, os alunos da Fernão Dias, onde se concentra o maior número de manifestantes e policiais, receberam uma notificação da decisão da Justiça sobre a reintegração de posse do prédio. Após receberem o documento, eles aceitaram se reunir com representantes da secretaria nesta sexta às 15h.

Por volta das 19h, a PM usou gás de pimenta pela segunda vez em frente à escola de Pinheiros. Segundo o capitão Cunha Neto, os policiais desconfiaram do rapaz por ele estar filmando os policiais que cercam a escola e decidiram revistá-lo.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br

— Quando cheguei no alto da igreja foi que olhei para trás e vi aquele mundo de água. A coragem da mãe foi reconhecida por várias pessoas que conseguiram se salvar do mar de lama, inclusive, o filho dela, João Pedro Alves, de 5 anos.

— Ela é uma super-heroína.

Ainda segundo o menino, que agora mora provisoriamente em um quarto de hotel na cidade de Mariana, ele assistia televisão enquanto a vila era destruída.

— Quando estava assistindo televisão no quarto da minha avó a TV desligou sozinha, eu não tinha percebido que a barragem tinha estourado. Só percebi quando minha mãe avisou minha avó.

Nas redes sociais, moradores de Bento Rodrigues agradeceram Paula pelo que ela fez pela comunidade. Inclusive o prefeito de Mariana, Duarte Júnior (PPS), publicou um agradecimento especial à mineira: “Vim aqui agradecer também a uma mulher muito especial: Paulinha, moradora de Bento Rodrigues. Essa guerreira teve a coragem de pegar a sua moto e voltar para a comunidade quando ouviu pelo rádio da Samarco o anúncio do rompimento das barragens. Ela conseguiu avisar várias pessoas de Bento Rodrigues! Obrigado, Paulinha! Você fez a diferença! Que Deus continue te abençoando”!. Agora, ela e o filho sonham com o dia em que terão suas casas de volta e toda a comunidade estará reunida novamente.

— Lá a gente é uma família, uma comunidade pequena, onde todo mundo conhece todo mundo. E acho que Deus que me mandou porque a moto nem anda muito e a moto voou. Minha esperança é de que eles façam uma vila Bento Rodrigues. E eu tenho vontade de que todos nós fiquemos juntos de novo. Fonte: http://www.dihitt.com

"A maior tragédia socioambiental brasileira do século XXI  já começa a ser soterrada pelos jornais, após uma cobertura protocolar. Da lama à ordem: ignoram-se os conflitos, minimizam-se as contradições e se assimilam os discursos cínicos de executivos e de membros do governo. Com a clássica blindagem dos sócios da empresa". O comentário é de Alceu Castilho em artigo publicado no seu blog, 09-11-2015.

Eis o artigo.

Por trás da lama da Samarco afirma-se o gosto amargo de um jornalismo subserviente, a serviço do mercado. Dezenas de pessoas estão desaparecidas em Mariana (MG). Entre elas, crianças. O vídeo mostra como era o cotidiano de um povoado destruído. Mas a maior tragédia socioambiental brasileira do século XXI já começa a ser soterrada pelos jornais, após uma cobertura protocolar. Da lama à ordem: ignoram-se os conflitos, minimizam-se as contradições e se assimilam os discursos cínicos de executivos e de membros do governo. Com a clássica blindagem dos sócios da empresa...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/548828-a-lama-da-samarco-e-o-jornalismo-que-nao-da-nome-aos-bois

A mistura de política e religião é a marca da atuação dos pastores deputados. Campos, por exemplo, é presidente da Frente Parlamentar Evangélica, autor do projeto de lei apelidado de "cura gay" e defensor destacado da redução da maioridade penal, como a maioria da chamada "bancada da bala" – em 2014 ele recebeu R$ 400 mil de uma empresa de segurança para sua campanha.

Sem crise

O número de evangélicos no Parlamento cresceu, acompanhando o aumento de fiéis. Segundo os últimos dados do IBGE, que são de 2010, o número de evangélicos aumentou 61% na década passada (2000-2010).

Encorajada por Eduardo Cunha, que assumiu a presidência da Câmara dizendo que "aborto e regulação da mídia só serão votados passando por cima do meu cadáver", a bancada evangélica tem conseguido levar adiante projetos extremamente conservadores, como o Estatuto da Família (PL 6.583/2013), que reconhece a família apenas como a entidade "formada a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou de união estável, e a comunidade formada por qualquer dos pais e seus filhos", que deve seguir para o Senado nos próximos dias...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2015/10/bancada-evangelica-cresce-e-mistura.html

O carro de luxo de Cunha me fez pensar nos milhares de evangélicos que sacrificam parte de seus recursos para alimentar uma igreja

Como qualificar, desde um ponto de vista de sensibilidade religiosa, a união do nome de Jesus a um Porsche de luxo proporcionada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), membro da Igreja Evangélica? E a situação é ainda pior se existe a suspeita de que a frota de carros, cotados em mais de um milhão de reais, que Cunha possui poderia ser um fruto maldito da corrupção política. Para muitos cristãos deve ter parecido blasfêmia, um vocábulo que, em sua acepção original, significa um “insulto a Deus” e, em seu sentido mais amplo, representa uma irreverência em relação a algo considerado sagrado.

Cunha é, segundo sua biografia, cristão evangélico, de uma igreja que considera Jesus como o filho de Deus. E esse filho de Deus, segundo os textos sagrados, que os evangélicos conhecem e sobre os quais meditam todos os dias, “não tinha onde repousar a cabeça”, era mais um pobre entre os pobres, amigo e defensor de todos os desamparados.

Talvez o político e evangélico Cunha não seja o maior responsável por esse circo de corrupção que suja a vida pública do Brasil e deixa atônitos, com seus números milionários, os trabalhadores honrados que suam para ganhar um salário que quase não é suficiente para cobrir suas necessidades. Cunha pertence, no entanto, a uma igreja, que se inspira nos princípios cristãos, mas que não esconde suas pretensões de conquista do poder político no Brasil, chegando a sonhar com um presidente da República evangélico que se baseie mais na Bíblia do que na Constituição.

Isso faz com que os supostos escândalos de corrupção de Cunha, que poderiam ter circulado através de firmas que levam o nome sagrado de Jesus.com, adquiram um simbolismo negativo que não deixa de chocar e escandalizar duplamente.

Lendo a notícia sobre o Porsche Cayenne registrado em nome da empresa Jesus.com, propriedade da família Cunha, não pude deixar de me perguntar o que pensam essas centenas de milhares de evangélicos sinceros, que, fiéis a seus princípios religiosos, sacrificam, cada mês, de boa fé, uma parte de seus pequenos recursos para alimentar uma Igreja cujos membros mais responsáveis se revelam milionários e, o que é pior, acusados de enriquecimento ilícito.

O fato me trouxe à memória a história de um trabalhador que perfurava poços com uma ferramenta rudimentar e grandes esforços físicos. Levava ao trabalho um pedaço de pão com salsicha para não perder tempo tendo que voltar a casa. Ouvi quando ele comentou, enquanto secava as gotas de suor que escorriam por seu rosto, que aquele mês estava em apuros porque não sabia se ia a poder pagar sua parcela à Igreja evangélica à qual pertencia.

Temia a reprovação do pastor e até o castigo do bom Deus. São dois mundos, que se cruzam e que usam o nome de Jesus, para a esperança e a fé verdadeira, e também para blasfemá-lo. “Raça de víboras”, assim o manso e pobre Jesus dos Evangelhos caracterizava aqueles que, segundo sua própria expressão, “jogavam sobre os ombros dos outros pesos que eles não podiam suportar”.

Dois mil anos depois, aquelas palavras continuam a nos interrogar, enquanto seguem vivos os novos Pilatos que lavam suas mãos ostentando inocência e que ainda se perguntam: “O que é a verdade?”.

Uma questão para a qual os brasileiros honrados, que amam e sofrem seu país, gostariam de poder ter uma resposta nesses momentos difíceis, nos quais as palavras perdem seu valor, ou são degradadas como a de Jesus, com o rótulo blasfemo desse Porsche Cayenne S de luxo.

Até onde e até quando se manterá contida a ira dos mansos que contemplam, incrédulos, cada manhã, a novela de novas supostas e comprovadas desmoralizações por parte daqueles que deveriam servir de guias e exemplos da vida pública?

Jesus, não o do Porsche de Cunha, mas o dos Evangelhos, afirmou que a verdade está sempre nas mãos dos puros de coração e dos semeadores da paz. O ódio tem sempre um sabor diabólico. Fonte: http://brasil.elpais.com

A história da cidade de Dona Euzébia teve início com a chegada da fazendeira Euzébia de Souza Lima no território onde hoje é o município, mais precisamente, onde atualmente fica a Fazenda Dona Euzébia. Após ficar viúva, a fazendeira vendeu suas terras em Conselheiro Lafaiete para acompanhar seu filho Dr. Leopoldo de Souza Lima, engenheiro da Estrada de Ferro Leopoldina responsável pela construção da Ferrovia Leopoldina Cataguases. Até sua chegada o arraial possuía poucas residências e uma única pousada construída de pau-a-pique e sapê. A fazendeira doou então terras para que fosse construída a estação ferroviária que recebeu o nome de “Estação Ferroviária Dona Euzébia”, uma homenagem a benemérita. Além de doar as terras para a estação a fazendeira doou também terras para a construção da Igreja Matriz do município, que posteriormente foi consagrada a Nossa Senhora das Dores. Nesse período a principal atividade econômica da região era a agricultura, principalmente a lavoura de café. Após a chegada da estrada de ferro o povoado começou a se fortalecer apoiado pela facilidade no transporte do produto que no século XIX estava em seu apogeu em todo o país.

Com o crescimento surgiu a primeira casa comercial, de propriedade do Sr. Bertoldo Balbino e a primeira escola, uma pequena sala de uma antiga máquina de café que foi doada pelo Sr. Francisco Aníbal. Tempos depois foi construída uma nova escola em terreno doado pelo Sr. Antônio Esteves Ribeiro, atualmente a escola recebe o nome do proprietário do terreno.

Diante desse novo quadro sócio-econômico, o território de Dona Euzébia que pertencia ao Município de Cataguases acabou sendo elevado à condição de distrito no dia 07 de setembro de 1923, quando passou a denominar-se “Astolfo Dutra”. A nova denominação durou até 17 de dezembro de 1938 quando voltou a sua denominação original, Dona Euzébia, passando a pertencer ao então criado Município de Astolfo Dutra, que anteriormente chamava-se “Porto de Santo Antônio”. A autonomia municipal foi assegurada em 30 de dezembro de 1962, através da Lei 2.764. O primeiro governante da cidade foi o Sr. José Dias filho, ocupando o cargo de Intendente Municipal ficou apenas 6 meses a frente da administração entre 01 de março de 1963 e 31 de agosto do mesmo ano.

Após esse período foram realizadas as primeiras eleições para prefeito, sendo eleito o Sr. Alkindar Dalton. O nome do município é uma homenagem a fazendeira e benemérita Dona Euzébia de Souza Lima que contribuiu profundamente para a formação e desenvolvimento da cidade. Atualmente a principal atividade econômica do município é a produção de mudas cítricas, frutíferas, ornamentais e florestais. A atividade que teve início na década de 1970, forma hoje o principal cartão postal de Dona Euzébia.

Fonte: http://www.pontodeinformacao.org.br/

POR SALVADOR NOGUEIRA

Dados colhidos por uma espaçonave da Nasa confirmam que fluxos de água salobre escorrem pela superfície de Marte todos os verões. O achado aumenta dramaticamente a possibilidade de que exista, ainda hoje, alguma forma de vida no planeta vermelho.

O estudo, liderado por Lujendra Ojha, do Instituto de Tecnologia da Georgia, em Atlanta, acaba de ser publicado online pela revista científica “Nature Geoscience”. A Nasa também preparou uma entrevista coletiva para anunciar os resultados. Aliás, muita gente passou o fim de semana roendo as unhas depois que a agência espacial americana anunciou que um “grande mistério marciano” seria solucionado nesta segunda-feira.

O tal mistério é conhecido entre os especialistas pela sigla RSL (recurring slope lineae, ou linhas recorrentes de encosta). São faixas estreitas que aparecem na borda de algumas crateras e em algumas montanhas de forma sazonal — crescendo e se aprofundando no verão e depois suavizando e sumindo durante o inverno. (O ano marciano tem 687 dias terrestres, de forma que as estações duram lá praticamente o dobro das nossas aqui.)

Descobertas em 2011 pelas imagens do poderoso satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), essas linhas recorrentes sempre pareceram evocar a presença de água. Que outro mecanismo poderia produzi-las? Tanto o fato de serem sazonais, como sua aparência e a coincidência com os períodos mais quentes (em alguns momentos atingindo temperaturas acima de 0 graus Celsius, o que para Marte é um calorão) pareciam apontar para água.

EM BUSCA DE PROVAS

Mas sabe como são os cientistas, né? Eles não aceitam algo que “pareça ser”. Eles querem evidências que confirmem a hipótese. E é bom que sejam assim. É assim que distinguimos afirmações absurdas (do tipo “colher é vista em fotos de jipe marciano”) daquelas que realmente param em pé.

Pois bem. Para as linhas recorrentes, as evidências apareceram graças a um esforço de correlacionar as imagens em alta resolução da superfície de Marte feitas pela câmera HiRISE, do MRO, com um outro instrumento do satélite, o CRISM (sigla para Espectrômetro de Imageamento de Reconhecimento Compacto para Marte). Em essência, o que ele faz é observar a superfície e, de cada pixel detectado, fazer uma medição completa da luz detectada, dividida em suas cores componentes (o chamado espectro). Ao analisar linhas escuras nesse espectro, os cientistas são capazes de dizer que substâncias estão emitindo a luz detectada.

Uma pegadinha que sempre dificultou o trabalho é que as linhas são muito estreitas (têm menos de 5 metros de largura), e o CRISM tem resolução menor do que a câmera HiRISE. Ou seja, era complicado extrair a informação relativa às ranhuras. Mas o grupo liderado por Ojha conseguiu isso, ao desenvolver uma técnica para extrair informação espectral de cada um dos pixels individuais dos dados do CRISM (originalmente o instrumento foi pensado de forma a tirar uma média de vários pixels circundantes para evitar falsos positivos nas identificações).

E o que eles encontraram? No local das ranhuras, houve detecção de sais hidratados — mais especificamente clorato de magnésio, perclorato de magnésio e perclorato de sódio. Nos terrenos adjacentes, nada deles.

Os pesquisadores analisaram quatro sítios diferentes em que as ranhuras costumam aparecer — as crateras Palikir, Horowitz e Hale e a parede do cânion Coprates. Nos quatro, o mesmo padrão de detecção. Com a detecção dos sais hidratados, não há outra explicação; água passou por ali. “Nossas descobertas apoiam fortemente a hipótese de as linhas recorrentes de encosta se formam como resultado de atividade de água contemporânea em Marte”, concluem os pesquisadores em seu artigo na “Nature Geoscience”.

DE ONDE VEM A ÁGUA?

Esse é o fim de um mistério, mas também é o começo de outro. Se agora já sabemos — tão certamente quanto se pode determinar da órbita marciana — que a água flui todo verão nessas ranhuras, ainda não temos a mais vaga ideia de onde o líquido está indo.

Algumas hipóteses estão na mesa. Pode ser gelo, sob o solo, que derrete no verão. Note-se que a presença de sais na água reduz significativamente o ponto de congelamento, tornando mais fácil sua transição para o estado líquido. Ainda assim, os cientistas acham improvável que o gelo possa estar tão perto da superfície em regiões equatoriais.

Alternativamente, eles evocam a possibilidade de algum aquífero subterrâneo, mas também é uma ideia meio estranha. Por fim, há a perspectiva de que a água se forme a partir da atmosfera — vapor d’água que se condensa em torno dos sais e produz as ranhuras. “É concebível que as RSL estejam se formando em partes diferentes de Marte por mecanismos de formação diferentes”, apontam os cientistas. Em essência, um jeito chique de dizer que eles não sabem ainda como a coisa funciona.

O mais incrível, no entanto, é a comparação que eles fazem com que acontece no deserto do Atacama, no Chile. Lá é tão seco que o pouco vapor d’água do ar se condensa em torno de grãos de sal no solo e “oferece o único refúgio conhecido para comunidades microbianas ativas”.

Ojha e seus colegas asseveram que, se esse é o processo de formação dos fluxos de água salobre de Marte, ele talvez seja fraco demais para suportar formas de vida terrestres conhecidas. Contudo, é impossível não imaginar que talvez, apenas talvez, essas ranhuras sejam um possível habitat para bactérias marcianas.

Isso abre incríveis perspectivas para do ponto de vista da astrobiologia. Na Terra, podemos simular esses ambientes marcianos e verificar se nossos extremófilos (criaturas que adoram viver em ambientes extremos) encarariam a parada. Em Marte, temos de ambicionar futuras missões robóticas (e quiçá tripuladas) que possam estudar de perto esses fluxos de água e possivelmente enviar amostras de volta para cá.

Só de pensar que, para 2018, a Agência Espacial Europeia estará despachando para Marte o seu jipe robótico ExoMars — o primeiro veículo projetado para detectar possíveis sinais de vida no planeta vermelho desde as sondas americanas Viking, em 1976 –, o Mensageiro Sideral já fica arrepiado. Alguém mais aí está ansioso para saber o que ele irá descobrir? Fonte: Folha de São Paulo.

O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, ao se aproximar de Minas Gerais, fala sobre a poluição provocada pelas Mineradores na extração  do Minério. Veja um artigo sobre o tema. Clique aqui: http://www.reporternews.com.br/artigo/1304/Entre_minerios_e_silverios VEJA UM VÍDEO: Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=mwDLUa-kHT0

REPORTAGEM E CÂMERA: Frei Petrônio de Miranda. Convento do Carmo, Carmo Sion, Belo Horizonte- MG. 17 setembro-2015.  DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com

Refugiado segura bebê após naufrágio da embarcação que os levava para a ilha de Lesbos. Refugiado segura bebê após naufrágio da embarcação que os levava para a ilha de Lesbos. Os cadáveres de 34 imigrantes foram recuperados neste domingo (13) diante da costa da Grécia, indicou a guarda-costeira grega. O barco que transportava dezenas de migrantes naufragou em frente à ilha de Farmakonisi, no sul do mar Egeu. A guarda-costeira resgatou 68 pessoas, enquanto outras 29 conseguiram chegar à praia a nado.

Por outro lado, os trabalhos de busca para encontrar quatro crianças e um adulto desaparecidos após o naufrágio de um barco de migrantes no sábado em frente à ilha de Samos não deram até o momento nenhum resultado. A Organização Internacional para as Migrações indicou que mais de 430.000 migrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo com destino à Europa durante o ano, e contabilizou em 2.748 os que morreram ou desapareceram nesta tentativa.

Deste total, cerca de 310.000 chegaram à Grécia, que ficou sobrecarregada. "A Grécia aplica rigidamente os tratados europeus e internacionais sem ignorar o humanismo e a solidariedade", declarou neste domingo a primeira-ministra interina, Vassiliki Thanou, de visita a Mitilene, na ilha de Lesbos, na linha de frente na chegada de migrantes.

Também considerou inaceitáveis as críticas contra Atenas pela forma como administra a crise. A chanceler alemã, Angela Merkel, convocou no sábado a Grécia a proteger melhor as fronteiras externas da UE e convocou um diálogo com a Turquia, por onde transitam muitos migrantes provenientes, sobretudo, da Síria. "A Grécia também deve assumir suas responsabilidades" na proteção das fronteiras externas da UE, já que ela "não está atualmente garantida", disse Merkel.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br

O jornalista Krishnan Guru-Murthy, do canal de TV britânico Channel 4, interrompeu uma reportagem que fazia na ilha de Lesbos, na Grécia, para ajudar um grupo de refugiados que acabava de chegar em um bote de borracha. Vinham no bote adultos com crianças e idosos, que tiveram dificuldade para desembarcar.

Filmada e publicada no YouTube, a ação do jornalista foi elogiada nas redes sociais. "Às vezes os jornalistas realmente se envolvem com a notícia", afirmou uma usuária do Twitter. Os refugiados no bote vinham majoritariamente da Síria. "Foi uma longa viagem", disse um rapaz. "Me sinto ótimo. Mas muito cansado." Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br

Registro da criança síria morta numa praia turca provocou reações intensas e influenciou o debate político. Mas por que algumas fotografias nos tocam mais que outras e acabam entrando para história?

O tabloide Bild, jornal de maior circulação na Alemanha, dispensou o uso de imagens em uma edição pela primeira vez em sua história. "Dessa forma, queremos mostrar como as fotos são importantes no jornalismo", afirmou a redação do diário. A reportagem foi publicada por Deutsche Welle, 10-09-2015.

As imagens de Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos de idade que morreu afogado no Mediterrâneo e foi encontrado na costa turca, provocaram reações e emoções intensas nas mídias sociais. O debate político em torno da política de refugiados da Europa mudou após a publicação da fotografia.

O historiador da arte e curador Felix Hoffmann acredita na força das imagens. Para ele, fotos podem influenciar e mudar o pensamento e a ação. Mas somente se elas perdurarem por determinado tempo e se fixarem nas mentes das pessoas. Na galeria de arte c/o Berlim, ele pesquisou as fotos apocalípticas do 11 de Setembro e se ocupou da questão de por que algumas dessas imagens permanecem em nossa memória...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2015/09/a-foto-do-menino-aylan-e-o-poder-das.html

A imagem da criança migrante síria sem vida na praia de Bodrum na Turquia rodou o mundo nesta semana. Ganhou as manchetes dos principais jornais e provocou indignação nas redes sociais. A cena retrata o lado mais obsuro do egoísmo e da indiferença que dividem povos e nações. É a falta de solidariedade materializa no corpo inerte de uma criança inocente.

Ele tinha um nome: Alan Kurdi. Sua idade: 3 anos. Seu irmão, Aylan, de 5 anos e sua mãe, também morreram no naufrágio, dia 2 de setembro. Alan veio ao mundo com a missão de gritar socorro pela salvação de toda a humanidade. Mas, quantas mortes serão necessárias para mudar esse sistema perverso?
Muitas tragédias já aconteceram, mas esta parece ter sensibilizado a opinião pública europeia que dá sinais de mudanças. Os governos europeus começam a rever suas políticas migratórias. Será pra valer? Fonte: Pontifícias Obras Missionárias/ Face.

A morte de uma criança é uma afronta, um grito da vida contra a morte. Uma criança morta na praia, no lugar em que acontece esse idílio do mar com a terra e que aí não espalha felicidade, mas o terrível som de uma notícia de que chove como o pranto no coração. Uma criança morta na praia, em busca de refúgio no mundo, fugindo da guerra, fugindo do som cruel das armas e também da fome. O comentário é de Juan Cruz, publicado por El País, 02-09-2015.

Essa imagem da criança síria morta em uma praia turca, a desolação que apresenta o gesto do guarda que foi salvá-lo, a luz, a praia, essa costa que parece um símbolo da própria passagem descalça da criança por um mundo que já não vai recebê-lo nunca, nem ele nem muitos. É um poema comovente, um réquiem como aquele que entoava José Hierro: é uma criança como milhões de crianças, um ser humano que já ri, pergunta e persegue sombras como se fossem brinquedos.

A machadada cruel dos nossos tempos faz dela o retrato com o qual a consciência do mundo há de conviver como expressão dessa afronta. O guarda fez o gesto desesperado; mas antes do guarda foi o mundo que não soube salvá-la; o guarda foi o herói dos olhos tristes, fez tudo o que podia. O mundo não soube salvá-la. Seu único destino, o de seus pais, o de seus passos, era sobreviver; seu horizonte não era sequer viver, ter profissão, amores e despedidas: seu destino, esse que agora jaz sem vida no mundo, era o de desenhar na areia a casa, o barco, e já não há nem casa nem barco nem nada. Não há nada.

O mundo levou-lhe tudo: nem este nem aquele, nem este país nem este outro: o responsável por esta terrível expressão dos nossos tempos é o mundo inteiro, porque a criança é também o mundo inteiro.

Suas mãos são os desenhos que deixa, seu corpo de três ou quatro anos é o que resta da árvore que ela teria imaginado que era a vida, e antes da hora soube que o mundo não sabe salvar as crianças, porque também desconhece como se salvar. Aí jaz, nessa praia, o mundo inteiro. Fonte: http://brasil.elpais.com