O 342º voto a favor do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara foi dado pelo deputado federal Bruno Araújo, do PSDB de Pernambuco. O tucano é do grupo do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que foi derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014.

Advogado de formação, Araújo, de 44 anos, está em seu terceiro mandato como deputado federal. Ele ganhou projeção como parlamentar no ano passado, quando se tornou líder da oposição na Câmara.

Oriundo de uma família de políticos, seu primeiro cargo relevante na política foi de deputado estadual. Em 1998, aos 26 anos, ele foi eleito pelo PSDB o deputado mais jovem do Estado de Pernambucano, com mais de 34 mil votos. No Estado, chegou a presidir a Assembleia Legislativa.

“Quanta honra o destino me reservou de poder, da minha voz, sair o grito da esperança de milhões de brasileiros. Pernambuco nunca faltou ao Brasil, carrego comigo nossas histórias de luta pela liberdade e pela democracia. Por isso, vivo ao Brasil, sim, pelo futuro”, declarou o deputado neste domingo na Câmara.

Araújo teve o nome citado na lista de pagamentos feitos pela Odebrecht, relevada após busca e apreensão feita pela Operação Lava Jato em março deste ano. A citação do nome do tucano é referente às campanhas eleitorais de 2010 e 2012.

O deputado, contudo, diz que se trataram de doações oficiais, sendo as de 2010 para sua campanha para deputado federal e as de 2012, referentes a valores recebidos por PSDB e repassados “oficialmente” a candidaturas a prefeito em Pernambuco.

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava Jato na primeira instância, já afirmou em despachos que não é possível concluir que essa lista da Odebrecht é fruto de dinheiro de caixa dois.

Voto. Após declarar seu voto no púlpito, foi saudado por parlamentares e convidados pró-impeachment. Emocionado, abraçou colegas como Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Nilson Leitão (PSDB-MS), também emocionados.

“Nossa formação é democrata. É de buscar tudo que seja melhor para a população. Esse é um momento a nunca ser esquecido. Fico muito honrado de representar os milhões de brasileiros que aguardavam este momento.”

Fonte: https://brasilpagina1.com

A Associação Brasileira de Inteligência (Abin) confirmou, nesta quinta-feira (14), que as ameaças feitas pelo Estado Islâmico no Twitter são autênticas.

"Brasil, vocês são nosso próximo alvo. Podemos atacar esse país de merda." A mensagem, segundo a Abin, foi postada em novembro do ano passado por Maxime Hauchard, integrante do Estado Islâmico. A conta, reconhecida como autêntica, já foi desativada. De acordo com o jornal O Dia, a ameaça foi feita uma semana após os ataques em Paris, que deixaram 129 mortos.

Segundo o diretor do Departamento de Contraterrorismo, Luiz Alberto Sallabery, a possibilidade de o Brasil ser alvo de ataques terroristas foi elevada nos últimos meses, devido aos ataques recentes e ao número crescente de brasileiros aderindo à ideologia do grupo extremista, que autoproclamou um califado em territórios da Síria e do Iraque.
“Quando uma pessoa faz o juramento ao califado e se torna autoproclamado ela está disposta a cometer qualquer atentado violento em nome do grupo. A ordem não precisa ser presencial, pode ser via internet”, disse Sallaberry, de acordo com O Dia.
O Estado Islâmico costuma doutrinar muitos indivíduos isoladamente, o que os especialistas em segurança chamam de "lobos solitários". O recrutamento é feito dessa forma porque dificulta a identificação de células terroristas e "globaliza" a rede de contatos do grupo.

Segundo comunicado enviado à imprensa, a Abin trabalha para evitar possíveis ataques em solo brasileiro. Entre as ações descritas pela agência está o intercâmbio de informações com serviços estrangeiros e a capacitação de profissionais de setores estratégicos.

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, na tarde desta quinta-feira, 14 de abril, Declaração sobre o momento nacional, dentro das atividades da 54ª Assembleia Geral da CNBB, que acontece em Aparecida (SP), de 6 a 15 de abril. Na ocasião, participaram o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha; o arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente, dom Murilo Krieger; o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral, dom Leonardo Steiner. 

Frente à crise ética, política, econômica e institucional pela qual passa o país, o episcopado brasileiro conclama "o povo brasileiro a preservar os altos valores da convivência democrática, do respeito ao próximo, da tolerância e do sadio pluralismo, promovendo o debate político com serenidade. Manifestações populares pacíficas contribuem para o fortalecimento da democracia. Os meios de comunicação social têm o importante papel de informar e formar a opinião pública com fidelidade aos fatos e respeito à verdade".

Confira a íntegra do texto:

DECLARAÇÃO DA CNBB SOBRE O MOMENTO NACIONAL

“Quem pratica a verdade aproxima-se da luz” (Jo 3,21).

Nós, bispos católicos do Brasil, reunidos em Aparecida, na 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), frente à profunda crise ética, política, econômica e institucional pela qual passa o país, trazemos, em nossas reflexões, orações e preocupações de pastores, todo o povo brasileiro, pois, “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo” (Gaudium et Spes, 1).

Depois de vinte anos de regime de exceção, o Brasil retomou a experiência de um Estado democrático de direito. Os movimentos populares, organizações estudantis, operárias, camponesas, artísticas, religiosas, dentre outras, tiveram participação determinante nessa conquista. Desde então, o país vive um dos mais longos períodos democráticos da sua história republicana, no qual muitos acontecimentos ajudaram no fortalecimento da democracia brasileira. Entre eles, o movimento “Diretas Já!”, a elaboração da Carta Cidadã, a experiência das primeiras eleições diretas e outras mobilizações pacíficas.

Neste momento, mais uma vez, o Brasil se defronta com uma conjuntura desafiadora. Vêm à tona escândalos de corrupção sem precedentes na história do país. É verdade que escândalos dessa natureza não tiveram início agora; entretanto, o que se revela no quadro atual tem conotações próprias e impacto devastador. São cifras que fogem à compreensão da maioria da população. Empresários, políticos, agentes públicos estão envolvidos num esquema que, além de imoral e criminoso, cobra seu preço. 

Quem paga pela corrupção? Certamente são os pobres, “os mártires da corrupção” (Papa Francisco). Como pastores, solidarizamo-nos com os sofrimentos do povo. As suspeitas de corrupção devem continuar sendo rigorosamente apuradas. Os acusados sejam julgados pelas instâncias competentes, respeitado o seu direito de defesa; os culpados, punidos e os danos, devidamente reparados, a fim de que sejam garantidas a transparência, a recuperação da credibilidade das instituições e restabelecida a justiça. 

A forma como se realizam as campanhas eleitorais favorece um fisiologismo que contribui fortemente para crises como a que o país está enfrentando neste momento.

Uma das manifestações mais evidentes da crise atual é o processo de impeachment da Presidente da República. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil acompanha atentamente esse processo e espera o correto procedimento das instâncias competentes, respeitado o ordenamento jurídico do Estado democrático de direito. 

A crise atual evidencia a necessidade de uma autêntica e profunda reforma política, que assegure efetiva participação popular, favoreça a autonomia dos Poderes da República, restaure a credibilidade das instituições, assegure a governabilidade e garanta os direitos sociais.  

De acordo com a Constituição Federal, os três Poderes da República cumpram integralmente suas responsabilidades. O bem da nação requer de todos a superação de interesses pessoais, partidários e corporativistas. A polarização de posições ideológicas, em clima fortemente emocional, gera a perda de objetividade e pode levar a divisões e violências que ameaçam a paz social.

Conclamamos o povo brasileiro a preservar os altos valores da convivência democrática, do respeito ao próximo, da tolerância e do sadio pluralismo, promovendo o debate político com serenidade. Manifestações populares pacíficas contribuem para o fortalecimento da democracia. Os meios de comunicação social têm o importante papel de informar e formar a opinião pública com fidelidade aos fatos e respeito à verdade.

Acreditamos no diálogo, na sabedoria do povo brasileiro e no discernimento das lideranças na busca de caminhos que garantam a superação da atual crise e a preservação da paz em nosso país. “Todos os cristãos, incluindo os Pastores, são chamados a se preocupar com a construção de um mundo melhor” (Papa Francisco).

Pedimos a oração de todos pela nossa Pátria. Do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, invocamos a bênção e a proteção de Deus sobre toda a nação brasileira.

Aparecida - SP, 13 de abril de 2016.

 

Dom Sergio da Rocha

Arcebispo de Brasília

Presidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ

Arcebispo de São Salvador da Bahia

Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário-Geral da CNBB

Fonte: http://www.cnbb.org.br

“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5,24)

Neste ano de eleições municipais, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB dirige ao povo brasileiro uma mensagem de esperança, ânimo e coragem. Os cristãos católicos, de maneira especial, são chamados a dar a razão de sua esperança (cf. 1Pd 3,15) nesse tempo de profunda crise pela qual passa o Brasil.

Sonhamos e nos comprometemos com um país próspero, democrático, sem corrupção, socialmente igualitário, economicamente justo, ecologicamente sustentável, sem violência discriminação e mentiras; e com oportunidades iguais para todos. Só com participação cidadã de todos os brasileiros e brasileiras é possível a realização desse sonho. Esta participação democrática começa no município onde cada pessoa mora e constrói sua rede de relações. Se quisermos transformar o Brasil, comecemos por transformar os municípios. As eleições são um dos caminhos para atingirmos essa meta.

A política, do ponto de vista ético, “é o conjunto de ações pelas quais os homens buscam uma forma de convivência entre indivíduos, grupos, nações que ofereçam condições para a realização do bem comum”. Já do ponto de vista da organização, a política é o exercício do poder e o esforço por conquistá-lo1, a fim de que seja exercido na perspectiva do serviço.

Os cristãos leigos e leigas não podem “abdicar da participação na política” (Christifideles Laici, 42). A eles cabe, de maneira singular, a exigência do Evangelho de construir o bem comum na perspectiva do Reino de Deus. Contribui para isso a participação consciente no processo eleitoral, escolhendo e votando em candidatos honestos e competentes. Associando fé e vida, a cidadania não se esgota no direito-dever de votar, mas se dá também no acompanhamento do mandato dos eleitos.

As eleições municipais têm uma atração e uma força próprias pela proximidade dos candidatos com os eleitores. Se, por um lado, isso desperta mais interesse e facilita as relações, por outro, pode levar a práticas condenáveis como a compra e venda de votos, a divisão de famílias e da comunidade. Na política, é fundamental respeitar as diferenças e não fazer delas motivo para inimizades ou animosidades que desemboquem em violência de qualquer ordem.

Para escolher e votar bem é imprescindível conhecer, além dos programas dos partidos, os candidatos e sua proposta de trabalho, sabendo distinguir claramente as funções para as quais se candidatam. Dos prefeitos, no poder executivo, espera-se “conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos”2. Dos legisladores, os vereadores, requer-se “uma ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo”3.

É fundamental considerar o passado do candidato, sua conduta moral e ética e, se já exerce algum cargo político, conhecer sua atuação na apresentação e votação de matérias e leis a favor do bem comum. A Lei da Ficha Limpa há de ser, neste caso, o instrumento iluminador do eleitor para barrar candidatos de ficha suja. 

Uma boa maneira de conhecer os candidatos e suas propostas é promover debates com os concorrentes. Em muitos casos cabe propor lhes a assinatura de cartas-compromisso em relação a alguma causa relevante para a comunidade como, por exemplo, a defesa do direito de crianças e adolescentes. Pode ser inovador e eficaz elaborar projetos de lei, com a ajuda de assessores, e solicitar a adesão de candidatos no sentido de aprovar os projetos de lei tanto para o executivo quanto para o legislativo.

É preciso estar atento aos custos das campanhas. O gasto exorbitante, além de afrontar os mais pobres, contradiz o compromisso com a sobriedade e a simplicidade que deveria ser assumido por candidatos e partidos. Cabe aos eleitores observar as fontes de arrecadação dos candidatos, bem como sua prestação de contas. A lei que proíbe o financiamento de campanha por empresas, aplicada pela primeira vez nessas eleições, é um dos passos que permitem devolver ao povo o protagonismo eleitoral, submetido antes ao poder econômico. Além disso, estanca uma das veias mais eficazes de corrupção, como atestam os escândalos noticiados pela imprensa. Da mesma forma, é preciso combater sistematicamente a vergonhosa prática de “Caixa 2”, tão comum nas campanhas eleitorais.

A compra e venda de votos e o uso da máquina administrativa nas campanhas constituem crime eleitoral que atenta contra a honra do eleitor e contra a cidadania. Exortamos os eleitores a fiscalizarem os candidatos e, constatando esse ato de corrupção, a denunciarem os envolvidos ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral, conforme prevê a Lei 9840, uma conquista da mobilização popular há quase duas décadas.

A Igreja Católica não assume nenhuma candidatura, mas incentiva os cristãos leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos. No discernimento dos melhores candidatos, tenha-se em conta seu compromisso com a vida, com a justiça, com a ética, com a transparência, com o fim da corrupção, além de seu testemunho na comunidade de fé. Promova-se a renovação de candidaturas, pondo fim ao carreirismo político. Por isso, exortamos as comunidades a aprofundarem seu conhecimento sobre a vida política de seu município e do país, fazendo sempre a opção por aqueles que se proponham a governar a partir dos pobres, não se rendendo à lógica da economia de mercado cujo centro é o lucro e não a pessoa. 

Após as eleições, é importante a comunidade se organizar para acompanhar os mandatos dos eleitos. Os cristãos leigos e leigas, inspirados na fé que vem do Evangelho, devem se preparar para assumir, de acordo com sua vocação, competência e capacitação, serviços nos Conselhos de participação popular, como o da Educação, Saúde, Criança e Adolescente, Juventude, Assistência Social etc. Devem, igualmente, acompanhar as reuniões das Câmaras Municipais onde se votam projetos e leis para o município. Estejam atentos à elaboração e implementação de políticas públicas que atendam especialmente às populações mais vulneráveis como crianças, jovens, idosos, migrantes, indígenas, quilombolas e os pobres. 

Confiamos que nossas comunidades saberão se organizar para tornar as eleições municipais ocasião de fortalecimento da democracia que deve ser cada vez mais participativa. Nosso horizonte seja sempre a construção do bem comum.  

Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira dos brasileiros, nos acompanhe e auxilie no exercício de nossa cidadania a favor do Brasil e de nossos municípios, onde começa a democracia.

Aparecida - SP, 13 de abril de 2016

Dom Sergio da Rocha

Arcebispo de Brasília

Presidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ

Arcebispo São Salvador da Bahia

Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário-Geral da CNBB

 

Em carta aberta publicada no último domingo (3) na internet a respeito da atual crise política vivida pelo Brasil, o bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, defendeu o mandato da presidente da República Dilma Rousseff (PT), atualmente ameaçado pelo processo de impeachment. Em favor da manutenção do mandato da presidente devido ao risco de um "caos generalizado" no país, o manifesto classifica o processo de impeachment como uma “tentativa de golpe”. A reportagem é publicada por G1, 05-04-2016.

“Repudiamos a tentativa de desestabilização de um governo democraticamente eleito, sob o risco de conduzir o país ao caos generalizado”, afirma a “Carta Aberta às Comunidades Sobre a Atual Conjuntura Política do Brasil”, assinada pelo bispo emérito Casaldáliga, pelo atual bispo Adriano Vasino e pelos agentes pastorais da Prelazia deSão Félix do Araguaia (cidade a 1.159 km de Cuiabá).

O documento afirma que o atual momento de crise tem sido tratado de forma superficial e manipulada pela grande mídia, a suposto serviço de grupos conservadores, e defende que o Brasil não pode retroceder em relação aos avanços sociais obtidos nos últimos anos. Por outro lado, o texto pede apuração com rigor sobre as injustiças e casos de corrupção no Brasil, com punições aplicadas independentemente do partido a que pertençam os responsáveis.

Recessão e crise política

Redigido em conjunto, o texto publicado pela Prelazia em seu site oficial aponta a crise financeira de 2008, iniciada nos Estados Unidos, como a raiz da atual recessão brasileira. Além disso, o documento atribui às grandes empresas a crescente perda de direitos por parte de povos e comunidades e caracteriza a crise no Brasil como político e institucional. Por isso, conquistas democráticas e valores humanos básicos estariam atualmente sob risco, argumenta a carta, que também faz referência aos casos de corrupção hoje investigados, pedindo “bom senso” aos parlamentares no Congresso Nacional.

“Como Igreja, apoiamos o combate às injustiças e a corrupção e apelamos ao Ministério Público e ao Judiciário que ajam com isenção, rigor e imparcialidade no exercício de suas funções, punindo os responsáveis independentemente do partido a que pertençam. O momento atual que a sociedade brasileira atravessa é delicado e exige acima de tudo uma reflexão aprofundada isenta de paixões e partidarismos. Apelamos para o bom senso dos integrantes do Congresso Nacional (deputados e senadores), afim de que saibam olhar a complexidade e delicadeza desse momento. Não podemos retroceder nas conquistas democráticas alcançadas”, enfatiza o manifesto.

Sob comando de Dom Pedro Casaldáliga (até 2005) e do atual bispo Adriano Vasino, a Prelazia de São Félix do Araguaia desenvolve desde a década de 1970 trabalho pastoral ligado a causas como a defesa de direitos dos povos indígenas e contra a violência dos conflitos agrários.

Confira abaixo a íntegra da carta aberta:

Carta Aberta às Comunidades Sobre a Atual Conjuntura Política do Brasil

“Quero ver o direito brotar como fonte, e correr a justiça qual riacho que não seca” - Am 5, 24.

Os agentes de pastoral da Prelazia de São Félix do Araguaia, reunidos, nos dias 28 de março a 02 de abril de 2016, em São Félix do Araguaia, MT, com o bispo Dom Adriano Ciocca Vasino e o bispo emérito Dom Pedro Casaldáliga, manifestam grande preocupação com o momento sociopolítico que vivenciamos atualmente.

Sabemos que uma crise econômica, que se iniciou de forma concreta em 2008, está afetando fortemente o sistema capitalista e tem provocado, por parte de grandes empresas e países ricos como os Estados Unidos, uma investida violenta em diversos países em desenvolvimento. Tais países são vistos como fornecedores de matéria prima e mão de obra barata para alimentar o luxo e o consumo dos ricos de fora e da elite interna que tem se tornado cada vez mais rica e opulenta.

Povos e comunidades são desconsiderados e expropriados de seus direitos para abrirem espaços para as grandes empresas. No Brasil, a conjuntura atual é caracterizada por uma profunda crise política institucional, que ameaça as conquistas democráticas, rompendo com o pacto social realizado nas últimas décadas, bem como com o respeito aos valores humanos básicos.

Como Igreja, apoiamos o combate às injustiças e a corrupção e apelamos ao Ministério Público e ao Judiciário que ajam com isenção, rigor e imparcialidade no exercício de suas funções, punindo os responsáveis independentemente do partido a que pertençam.

O momento atual que a sociedade brasileira atravessa é delicado e exige acima de tudo uma reflexão aprofundada isenta de paixões e partidarismos. Apelamos para o bom senso dos integrantes do Congresso Nacional (Deputados e Senadores), afim de que saibam olhar a complexidade e delicadeza desse momento. Não podemos retroceder nas conquistas democráticas alcançadas.

Repudiamos a tentativa de desestabilização de um Governo democraticamente eleito, sob o risco de conduzir o País ao caos generalizado. Grupos conservadores, respaldados pela grande mídia, passam uma visão superficial e manipulada do grave momento que o país vive.

Acreditamos que a sociedade brasileira, civil e organizada, esteja à altura de compreender a gravidade do momento e dizer NÃO a qualquer tentativa de golpe.

O Povo já superou graves crises institucionais, saberá manter a serenidade e de forma pacífica fará valer o Direito e a Justiça.

São Félix do Araguaia – MT, 02 de Abril de 2016.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

No milésimo centésimo trigésimo terceiro (1133), “A Palavra do Frei Petrônio”, o Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, direto de Caldeirão Grande, Girau do Ponciano-AL, fala sobre o Ano Eleitoral e a Pobreza: O desprezo dos Políticos pelos Eleitores. Convento do Carmo de Lapa-RJ. 06 de abril-2016. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com

 

No milésimo centésimo vigésimo sétimo (1127), “A Palavra do Frei Petrônio”, o Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, direto da Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Ordem Terceira do Carmo, em Salvador- BA, fala sobre o Golpe Militar neste dia 31 de março, data em que  se recorda a trágica história do Brasil 52 Anos depois.  Convento do Carmo de Salvador-Ba. 31 de março-2016. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com

O PT e os movimentos sociais e sindicais contrários ao impeachment não admitem publicamente que o afastamento da presidente Dilma Rousseff é cada dia mais provável, mas já apontam o discurso para um possível governo Michel Temer (PMDB). “Vai ser pior do que foi o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002). O povo não vai aceitar retrocesso em direitos conquistados, como propõe o programa do PMDB”, disse Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares (CMP). A reportagem é publicada por Agência Estadão, 27-03-2016.

Um dos pontos do discurso anti-Temer é o programa “Uma Ponte para o Futuro”, apresentado pelo PMDB em 2015, que propõe desvinculação de receitas orçamentárias da educação e saúde, mudanças na Previdência Social, entre outras medidas que desagradam a base petista.

O presidente do PT, Rui Falcão, disse na quinta-feira (24), que uma eventual gestão Temer não trará de volta a estabilidade política. “Eles (movimentos sociais) vão à rua dizendo que não haverá estabilidade com o impeachment, estabilidade se faz com paz, com a possibilidade de o povo se organizar livremente e poder chegar às eleições de 2018 que é a data legítima para quem quer assumir o poder”, afirmou o dirigente petista.

Líderes de movimentos que defendem a manutenção de Dilma, como o Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e CMP, também afirmaram nos últimos dias que vão para as ruas caso o peemedebista assuma o governo. Guilherme Boulos, do MTST, deixou claro, também na quinta-feira, que “vai ter resistência” nas ruas caso o impeachment seja aprovado. Gilmar Mauro, do MST, afirmou na última sexta-feira (25) que Temer “não terá um dia se sossego” se assumir a Presidência da República. Na última quinta-feira, a própria Dilma disse a correspondentes estrangeiros que o impeachment deixaria “cicatrizes” na democracia.

Além disso, os aliados de Dilma apostam na continuidade das investigações da Operação Lava Jato contra líderes importantes do PMDB, no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na continuidade da crise econômica e nas divisões internas da oposição como fatores de desestabilização de um possível governo encabeçado pelo vice-presidente.

Por enquanto, o discurso de desestabilização de um eventual governo Temer é mais uma peça no discurso de defesa petista. Nem o PT nem os movimentos contrários ao impeachment admitem publicamente que estejam traçando cenários diante da possibilidade de afastamento da presidente mas os acontecimentos dos últimos dias, em especial o anúncio de que o PMDB do Rio de Janeiro vai desembarcar do governo, provocaram desânimo entre os defensores de Dilma. Em conversas reservadas líderes petistas admitem que o impeachment é hoje o desfecho mais provável para a crise política. Por outro lado, os movimentos que arrastaram multidões às ruas no dia 13 de março contra o PT admitem um arrefecimento das manifestações.

“Não sei se a gente consegue viabilizar um grande protesto. Não é uma questão dos movimentos, é do brasileiro. A gente não sabe se o brasileiro vai se interessar por uma pauta contra o PMDB pós-impeachment”, disse Carla Zambelli, do movimento Nas Ruas. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Dom Luiz Demétrio Valentini, Bispo Emérito de Jales


Estamos na iminência de uma ruptura constitucional. Em momentos assim, se faz necessário um apelo à consciência democrática, e uma advertência dos riscos de uma decisão política profundamente equivocada.

Falando claro e sem rodeios: com a tentativa de impeachment da Presidente Dilma, procura-se revestir de legalidade uma iniciativa política com a evidente intenção de destituir do poder quem foi legitimamente a ele conduzido pelo voto popular. Isto fere o âmago do sistema democrático, que tem como pressuposto básico o respeito aos resultados eleitorais. 

É preciso desmascarar a trama que foi sendo urdida, para criar artificialmente um pretenso consenso popular, para servir de respaldo aos objetivos que se pretende alcançar.

É notável que desde as últimas eleições presidenciais, os derrotados não aceitaram o resultado das urnas, e traduziram seu descontentamento em persistentes iniciativas de deslegitimar o poder conferido pelas eleições.

Outra evidência é a contínua e sistemática obstrução das iniciativas governamentais, praticada especialmente por membros do Congresso Nacional, com o evidente intuito de inviabilizar o governo, e aplainar o caminho para o golpe de misericórdia contra ele. 

Está em andamento um verdadeiro linchamento político, conduzido sutilmente por poderosos meios de comunicação, contra determinados atores e organizações partidárias, que são continuamente alvo de acusações persistentes e generalizadas, e que se pretende banir de vez do cenário político nacional. 

Causa preocupação a atuação de membros do Poder Judiciário, incluindo componentes da Suprema Corte, que deixam dúvidas sobre as reais motivações de suas decisões jurídicas, levando-nos a perguntar se são pautadas pelo zelo em preservar a Constituição e fazer a justiça, ou se servem de instrumento para a sua promoção pessoal ou para a vazão de seus preconceitos.

Em meio a esta situação limite, cabe ao povo ficar atento, para não ser ludibriado. Mas cabe ao Judiciário a completa isenção de ânimo para garantir o estrito cumprimento da Constituição.

E cabe ao Congresso Nacional terminar com sua sistemática obstrução das iniciativas governamentais, e colaborar com seu apoio e suas sugestões em vista do bem comum, e não de interesses pessoais ou partidários.

Em vez deste impeachment sem fundamento legal e sem justificativa, que nos unamos todos em torno das providências urgentes para que o Brasil supere este momento de crise, e reencontre o caminho da verdadeira justiça e da paz social.

Fonte: http://www.cnbb.org.br

"Achar que a imprensa apenas cobriu os atos e não foi um componente central de sua própria concretização é ignorar o papel dos meios nas democracias", escrevem Bia Barbosa e Helena Martins, em artigo publicado por Intervozes, 14-03-2016.

Eis o artigo.

Os números da Polícia Militar apontam para mais de 3 milhões de pessoas nas ruas em todo o Brasil no domingo 13. Seria, de acordo com a imprensa, a maior manifestação da história do País – maior que as Diretas Já e que os atos dejunho de 2013.

Foram os resultados das investigações do Ministério Público e da Polícia Federal os responsáveis por mobilizar tanta gente? Foram as delações premiadas da Operação Lava Jato? Os inúmeros erros dos governos Lula e Dilma, ao longo de 13 anos? Foram os recursos dos partidos de direita usados para convocar e levar muitos pras ruas?

Foi tudo isso. Mas nada teria a dimensão alcançada sem o papel estrutural dos meios de comunicação de massa em nossa sociedade.

Ilude-se quem acredita que à imprensa coube apenas cobrir as manifestações espalhadas nos 26 estados da federação e no Distrito Federal. A mídia foi um componente central de sua própria concretização.

Algo que se deu não só com a vinheta do “Vem Pra Rua”, tocada ao longo de 24 horas por dia na Rádio Transamérica de São Paulo, ou com o assustador editorial do Estadão deste domingo, que convocou “os cidadãos de bem” a “mostrar seu poder inequivocadamente”, valendo-se, para isso, de uma série de adjetivos e acusações de crimes que não apenas negava, mas destruía seus opositores.

Esses são exemplos claros da atuação midiática. A formação da opinião pública, contudo, pode ser um processo sutil. Não precisa transpirar ódio – aliás, é melhor que não o faça, senão o jogo fica muito descarado. Vale mais apostar em frases simples repetidas à exaustão e na invizibilização de opiniões divergentes – rasgando qualquer manual de bom jornalismo.

Foi o que assistimos pelo menos nos últimos 15 meses, quando a mídia, de forma sistemática, colou a ideia da corrupção em apenas determinados grupos e consolidou a avaliação de que este é “o pior governo de todos os tempos”. Isso culminou em narrativas capazes de convencer qualquer “cidadão de bem” de que sua obrigação cívica, neste dia 13, era mesmo ir para as ruas.

Desde o dia 4 de março, uma sucessão de episódios que revelam a articulação íntima entre mídia e Judiciário foi, aos poucos, convencendo parte expressiva dos brasileiros a participar dos protestos deste domingo – e, com isso, impor uma solução final à crise política que abala o Brasil.

O vazamento da suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), aproximando cada vez mais as denúncias de corrupção do núcleo do poder e do ex-presidente Lula, seguido imediatamente do espetáculo criado em torno da condenável condução coercitiva deste e, por fim, pela aula de manipulação da opinião pública ministrada pelo principal telejornal brasileiro, no mesmo dia, são mostras da participação central da mídia no jogo político.

Na quinta-feira 10, promotores de São Paulo pedem a prisão preventiva de Lula. A peça jurídica é criticada por juristas, especialistas e inúmeros membros do Ministério Público. Novamente, a crítica não ganha espaço no Jornal Nacional.

No sábado 12, o telejornal destina sete minutos para negar o pedido de direito de resposta do Instituto Lula acerca da cobertura da emissora sobre este fato. A emissora se diz “surpreendida” por ser chamada a cumprir uma lei em vigor noBrasil – que tem o objetivo, exatamente, de garantir o princípio constitucional do equilíbrio jornalístico e o direito de não ser ofendido nos meios de comunicação.

Nega a resposta e veicula, no lugar, um editorial apaixonado em que reitera acusações e defende o que considera sua missão: “informar o povo, respaldada pela Constituição”, “com serenidade e sem nada a temer”.

Para fortalecer seu argumento, a mesma edição do JN publica nota da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) contra qualquer tentativa de intimidação à imprensa. Numa retórica que inverte a lógica das coisas, a empresa utiliza-se do discurso de defesa da liberdade de imprensa pra seguir sua atuação autoritária, avessa à pluralidade de pensamento no País.

Ao longo da semana, diferentes matérias vinham reforçando a ideia de que “os militantes do PT têm agredido jornalistas nos protestos”. Protege-se, com isso, da crítica dos envolvidos em suas matérias e da opinião pública, ao passo que continua a manipulá-la.

Ao longo desses dias, afirmações como “o governo está encurralado”, “Dilma não tem condições de superar a crise”, “a economia só piora”, “o PT está dividindo o país”, “o PMDB tem 30 dias para decidir se vai pular fora” e “tudo depende do que acontecerá no dia 13” foram propagadas aos quatro cantos, sem cessar. O roteiro parecia tão certo que uma das principais comentaristas de política do país chegou a tratar Dilma como “ex-presidente”.

O domingo, 13

Às 9h de domingo, a GloboNews dá início à sua cobertura ininterrupta, que se prolongou por mais de 12 horas, das manifestações. Não foi preciso muito esforço – nem uma convocatória explícita – para levar os brasileiros às ruas. O cenário já estava montado.

Ao longo do dia, repórteres e comentaristas se revezaram para enaltecer os protestos, repetir à exaustão, a cada cidade noticiada, os motivos que já estavam claros para os telespectadores, e jogar sobre os atos um peso decisivo sobre o processo de mudanças no comando do governo federal.

A comentarista Cristiana Lobo sentenciou que “o governo não reúne mais energia para resolver o problema da economia, nem para reaglutinar a base no Congresso, nem para responder às denuncias da Lava Jato. Está nocauteado”.

Para ela, “os problemas foram se acumulando e as respostas não vieram, por isso as manifestações cresceram”. “É evidente que as delações têm valor e vão chegar em algum momento ao governo, porque eles dizem que foram desviados recursos para as doações de campanha”, acrescentou.

Horas antes, Cristiana já havia afirmado que as manifestações alimentariam um desfecho para a crise, “e um desfecho com a Dilma não agrega… O Brasil está perdendo o bonde da história”.

“Podemos chegar ao final do dia sem a ideia de que o país está dividido”, avaliou Renata Lo Prete. “Imagina o efeito de uma onda; todo mundo é arrastado um pouco. Quem estava se agarrando ao governo ou fazendo conta de que valia ficar ao lado do governo vai rever essa conta. Tudo vai se precipitar porque a rua mandou um recado muito forte”, sentenciou. “Os perdedores claros são DilmaLula e o PT”.

Na TV aberta, o tradicional filme das tardes de domingo também foi suspenso para dar espaço à cobertura ao vivo do que se passava na Avenida Paulista, em São Paulo.

“Agora há pouco a gente presenciou o momento mais emocionante das manifestações. A FIESP jogou balões verdes e amarelos contra o número de impostos que os brasileiros pagam. Foi um movimento muito forte, as pessoas aplaudiram, foi uma emoção aqui”, declarou um repórter. Outra jornalista não conteve o entusiasmos e afirmou: “está linda a festa”.

Seletividade

Ao longo das doze horas de cobertura na GloboNews, diversos funcionários da emissora apresentaram sua leitura do mundo como se fosse a verdade absoluta. Aécio Neves e outras lideranças pró-impeachment tiveram espaço para declarações. A nota pública lançada pelo juiz Sérgio Moro foi lida. O contraditório, entretanto, não existiu.

Nem com convidados que pudessem trazer outra leitura dos fatos, como analistas políticos ou juristas críticos aos excessos da Lava Jato, nem com representantes do governo, nem com lideranças do Partido dos Trabalhadores, acusados de criminosos durante todo o dia. Opções não faltariam. Elas, contudo, foram descartadas em nome de uma cobertura repetitiva, tendenciosa e totalmente adequada aos interesses da emissora.

A mesma seletividade se repetiu no programa nobre da noite, agora na TV aberta. Em trinta e cinco minutos de Fantástico, coube ao PT apenas 45 segundos de fala; à Secretaria de Comunicação da Presidência da República, 30 segundos; e, aos protestos pró-governo, que também aconteceram pelo país, menos de 2,5 minutos.

A reportagem de abertura do programa, que teve 17 minutos de giro nacional e internacional sobre os atos, não teve qualquer contraponto. O bloco sobre as manifestações foi encerrado com mais de 6 minutos sobre novas táticas e descobertas da operação Lava Jato, selando um domingo nada plural – e triste – para o jornalismo brasileiro.

Como dissemos no último artigo publicado neste blog, compreender este cenário e as peças que os meios de comunicação são capazes de mover com velocidade no tabuleiro se mostra tarefa cada vez mais estratégica.

Principalmente para aqueles que, defendendo ou se opondo ao governo Dilma, acreditando ou não em Lula, entendem que a saída para a crise deve ser construída, necessariamente, dentro de regras democráticas. Ou seja, sem espaço para o golpismo político ou midiático.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

O grampo é questionável, mas o vazamento é uma confissão de que o Moro age politicamente em favor dos interesses da Globo e do PSDB.

Moro comete um atentado contra a República e o Estado de Direito. Em ação desesperada e sem precedentes, grampeia a Presidenta da República, o ex-presidente e juízes do STF e divulga para a Rede Globo com o objetivo de criar factóides para incendiar o país e alimentar o golpe.

(Fonte: https://www.facebook.com/Falandoverdadesbr2/?fref=photo)