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O ponto central da homilia do Papa na manhã da terça-feira (06/12) foi o Evangelho da ovelha perdida com a alegria pela consolação do Senhor.
“Ele vem como um juiz” – explicou Francisco – “mas um juiz que cuida, um juiz cheio de ternura: faz de tudo para nos salvar”: não vem “para condenar mas para salvar”, procura cada um de nós, nos ama pessoalmente, “não ama a massa indistinta”, mas “nos ama por nome, nos ama como somos”.
A ovelha perdida – comentou o Papa – “não se perdeu porque não tinha uma bússola. Conhecia bem o caminho”. Se perdeu porque “o coração estava doente”, cego por “uma dissociação interior” e foge “para ficar longe do Senhor, para saciar aquela escuridão interior que a levava à vida dupla”: estar no rebanho e fugir para a escuridão. “O Senhor conhece estas coisas” e “vai a sua procura”. “A figura que melhor me faz entender o comportamento do Senhor com a ovelha perdida – confessa o Papa – é o comportamento do Senhor com Judas”.
“A mais perfeita ovelha perdida no Evangelho é Judas: um homem que sempre, sempre tinha algo de amargo no coração, algo a criticar nos outros, sempre separado. Não sabia da doçura da gratuidade de viver com todos os outros. E sempre, esta ovelha não estava satisfeita – Judas não era um homem satisfeito! – fugia. Fugia porque era ladrão, ia para aquele outro lado, ele. Outros são luxuriosos, outros... Mas sempre escapam porque têm aquela escuridão no coração que o separa do rebanho. E aquela vida dupla, aquela vida dupla de tantos cristãos, e também, com dor, podemos dizer, sacerdotes, bispos... E Judas era bispo, era um dos primeiros bispos, eh? A ovelha perdida. Pobre! Pobre este irmão Judas como o chamava padre Mazzolati, naquele sermão tão bonito. ‘Irmão Judas, o que acontece no teu coração?’. Nós devemos entender as ovelhas perdidas. Também nós temos sempre algo, pequeno ou nem tanto, das ovelhas perdidas”.
Aquilo que faz a ovelha perdida – destacou o Papa – não é tanto um erro quanto uma doença que está no coração e da qual o diabo tira proveito. Assim, Judas, com o seu “coração dividido, dissociado”, é “o ícone da ovelha perdida” e que o pastor vai procurar. Mas Judas não entende e “no final quando viu aquilo que a própria vida dupla provocou na comunidade, o mal que semeou, com sua escuridão interior, que o levava a fugir sempre, procurando luzes que não eram a luz do Senhor mas luzes como enfeites de Natal”, “luzes artificiais”, “se desesperou”. O Papa comentou:
“Há uma palavra na Bíblia – o Senhor é bom, também para estas ovelhas, nunca deixa de procurá-las – há uma palavra que diz que Judas se enforcou, enforcou e ‘arrependido’. Eu creio que o Senhor tomará aquela palavra e a levará consigo, eu não sei, talvez, mas aquela palavra nos faz duvidar. Mas essa palavra o que significa? Que até o final o amor de Deus, trabalha naquela alma, até o momento do desespero. E esta é a atitude do Bom Pastor com a ovelha perdida. Este é o anúncio, a boa notícia que nos traz o Natal e nos pede essa sincera alegria que muda o coração, que nos leva a nos deixarmos consolar pelo Senhor, e não as consolações que procuramos para tentar desabafar, para escapar da realidade, escapar da tortura interior, da divisão interior”.
Jesus, quando encontra a ovelha perdida não a insulta, ainda que tenha feito tanto mal. No Jardim das Oliveiras chama Judas “Amigo”. São as carícias de Deus:
“Quem não conhece as carícias do Senhor não conhece a doutrina cristã! Quem não se deixa acariciar pelo Senhor está perdido! É esta a boa notícia, esta é a alegria sincera que nós hoje queremos. Esta é a alegria, esta é a consolação que buscamos: que venha o Senhor com o seu poder, que são as carícias, a encontrar-nos, para nos salvar, como a ovelha perdida e a nos levar para o rebanho de sua Igreja. Que o Senhor nos conceda esta graça, de esperar o Natal com as nossas feridas, com os nossos pecados, sinceramente reconhecidos, para esperar o poder desse Deus que vem nos consolar, que vem com poder, mas o seu poder é a ternura, as carícias que nasceram do seu coração, o seu coração tão bom que deu a vida por nós”. (BS-RB-SP).
Fonte: http://pt.radiovaticana.va
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Quarta-feira, dia 7 de dezembro: na audiência geral na Sala Paulo VI o Papa iniciou um ciclo de catequeses sobre o tema da esperança cristã. De modo particular neste tempo litúrgico do Advento “é importante refletir sobre a esperança” – disse o Santo Padre.
Francisco fez referência ao profeta Isaías que, por ordem de Deus consola e encoraja o seu povo exilado na Babilônia. Com o exílio, perdeu tudo: a pátria, a liberdade, a dignidade e até a confiança em Deus. Sentia-se abandonado e sem esperança. Tudo na vida lhe parecia um deserto; mas é precisamente aí que Deus decidiu descer.
O Santo Padre recordou também João Batista que grita: «Preparai o caminho do Senhor endireitai as suas veredas» e o fato de que no tempo de Batista o povo israelita sofria sob a dominação dos Romanos, que o tornava estrangeiro na sua própria pátria, governado pelos poderosos que decidiam como queriam da vida do povo.
Mas a verdadeira história não é a história feita pelos poderosos, mas pelos pequenos. Afirmou o Papa:
“Mas a verdadeira história não é aquela feita pelos poderosos, mas aquela feita por Deus juntamente com os seus pequeninos. Aqueles pequenos e simples que encontramos com Jesus quando nasce: Zacarias e Isabel, idosos e marcados pela esterilidade, Maria, jovem rapariga virgem prometida em casamento a José, os pastores de Belém, que eram desprezados e não contavam nada. São os pequeninos, tornados grandes pela sua fé, os pequeninos que sabem continuar a esperar.”
“Deixemo-nos ensinar a esperança, aguardemos confiantes a vinda do Senhor e então os desertos da nossa vida, sejam eles quais forem, transformar-se-ão num jardim florido” – disse o Santo Padre no final da sua catequese.
Nas saudações destaque para a mensagem do Papa aos peregrinos de língua portuguesa, em particular, a um grupo de jovens de Lisboa, a quem disse para procurarem sempre o “olhar de Nossa Senhora que conforta todos aqueles que estão na provação e mantém aberto o horizonte da esperança”.
No final da audiência geral o Papa Francisco fez um apelo contra a corrupção e pelos direitos humanos:
“Nos próximos dias acontecem duas importantes jornadas promovidas pelas Nações Unidas: contra a corrupção no dia 9 de dezembro e aquela pelos direitos humanos de dia 10 de dezembro. São duas realidades estreitamente ligadas: a corrupção é o aspeto negativo a combater, a começar pela consciência pessoal e vigiando sobre os ambientes da vida civil, especialmente, sobre aqueles mais em risco; os direitos humanos são o aspeto positivo a ser promovido com decisão sempre renovada, para que ninguém seja excluído do efetivo reconhecimento dos direitos fundamentais da pessoa humana. O Senhor nos apoie neste dúplice compromisso.”
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção!
Fonte: http://pt.radiovaticana.va
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Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora (MG)
Estamos no tempo do Advento, preparando-nos para celebrar o nascimento do Salvador. No Natal, aqueles que creem se inclinam, com referência ante o recém-nascido na manjedoura de Belém. O povo brasileiro, em sua imensa maioria cristão e temente a Deus, celebra o maior evento da história da humanidade: o nascimento de Jesus de Nazaré, e contempla o presépio com ternura e respeito.
Porém, ao lado desta abençoada experiência existencial, no corrente ano, estamos sendo surpreendidos por uma verdadeira traição dos que nos governam, quando assistimos à aprovação do aborto até o terceiro mês de gestação. Enquanto o país estava consternado com a tragédia da queda de avião que matou jogadores e outras pessoas, o STF aprovou a legalização do assassinato de inocentes. Somos obrigados a conviver com movimentos que agridem a vida e a dignidade da pessoa humana. O aborto não é outra coisa senão infanticídio. É inacreditável que em pleno século XXI, com tanto progresso tecnológico e científico, haja um regresso em questão de humanidade.
Não tenhamos dúvida: se hoje aprovam abortamento até o terceiro mês, os cultores da morte não se contentarão com isto. Em breve se sentirão fortes para aprovar o aborto em qualquer circunstância até o nono mês. É mais que trágico!
A argumentação a favor deste ato insano é totalmente falha e marcada por uma fragilidade inacreditável. Defendendo o pretenso direito incondicional da mulher sobre o seu corpo, sem levar em consideração o direito da criança sobre o dela, não apresentam outro motivo para a proposição senão o fato de haver muitos abortos clandestinos e mortes de mães provenientes deste procedimento ilegal. Mas matar é sempre ilegal. A única exceção seria a legítima defesa que nada tem a ver com o caso em questão. Matar um ser humano e, sobretudo uma criança indefesa, é um crime horrendo.
A afirmação ilusória de que legalizando se diminuirá o número de abortos é na verdade enganadora, pois nos países em que o aborto foi legalizado, o número de abortamentos aumentou escandalosamente. No mais, é muito curioso que para combater um mal, se busque a insana ilusão de legalizar o mal. É como se quiséssemos legalizar o roubo para acabar com o roubo, legalizar a violência para acabar com a violência, legalizar a prostituição para acabar com a prostituição. Isto é, no mínimo, total ausência de racionalidade. O aborto é sempre um crime. A criança que está no seio materno é, desde a concepção, um ser humano de direitos e que merece mais proteção da lei que outros porque não pode ainda se defender por si mesma. O embriologista Lewis Wolpert é de opinião que o momento da concepção é o mais importante de nossa existência, até mais importante do que o nascimento, o casamento ou a morte. A doutora Alice Teixeira Ferreira, médica, coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Bioética da UNIFESP, afirma que ser a favor da descriminalização do aborto equivale a ser conivente com o assassinato de embriões e fetos que já são vidas humanas. A mesma cientista denuncia que, para aprovar esta lei, recursos sórdidos estão sendo usados, como estatísticas enganosas e apelos propagandistas duvidosos.
A legalização do aborto, em suas variadas formulações de autores diferentes, faz parte de uma orquestração internacional de grupos de interesse. Muitos são os motivos (todos falhos) que levam a proposição de legalizar o aborto. Entre estes motivos, não se exclui nem mesmo o escandaloso e milionário comércio de embriões e de favorecimentos político-ideológico.
Preparando a celebração da noite santa do Natal, o que mais exige o momento histórico é agir concreta e conjuntamente para defender a vida e sua dignidade em nosso país. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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Frei Egídio Palumbo O. Carm. (Tradução por Frei Pedro Caxito O.Carm).
Tendo presente a perspectiva hermenêutica da fidelidade dinâmica ao carisma do fundador, vejamos nas suas linhas essenciais o Carisma do Carmelo.
NAS ORIGENS, UMA COMUNIDADE.
Nas origens do Carmelo não encontramos uma pessoa isolada como Fundador, mas sim uma comunidade. Ela está provavelmente vivendo uma certa evolução interna: de pessoas mais ou menos isoladas rumo a um grupo; pede ajuda e discernimento ao Patriarca de Jerusalém, Alberto, a fim de que (a nível não apenas jurídico, mas também teológico-espiritual) consolide e codifique o projeto de vida deles, o seu "propositum", numa "vitæ formula", que a seguir, com o discernimento do Papa, adquirirá o status de Regra.
Confirmação do que dizemos nos vem antes de tudo do próprio texto da Regra - ou melhor do dinamismo e dos valores do projeto de vida que ela propõe - enquanto mediação para transmitir a "experiência do Espírito" do Fundador ou do carisma de fundação.
Além disso, aquela expressão, que aparece mais vezes nas Primeiras Constituições e em outros escritos medievais - "(...) Albertus Ierosolymitanæ ecclesiæ Patriarcha in unum collegium congregavit, scribendo eis Regulam(...)" - sintetiza tanto o discernimento feito pelo Patriarca Alberto como a fisionomia dos primeiros irmãos do Carmelo.
Podemos, então, dizer que Fundadores do Carmelo foi aquela primeira comunidade de fratres do Monte Carmelo, não outros. Eles devem permanecer o ponto de referência constante, original e originante do carisma e da missão do Carmelo. A questão, pois, de Elias e de Maria como "fundadores" do Carmelo, no meu parecer, precisa de uma releitura na ótica do "modelo de vida" fortemente personalizado, em sintonia com toda a tradição monástica e, além disso, com a carmelitana.
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No vídeo, imagens da Sede da Ordem Terceira do Carmo de São José dos Campos, São Paulo. NOTA: Neste domingo 4, após um final de semana de encontro da Comissão Provincial de Leigos para Ordem Terceira do Carmo da Província Carmelitana de Santo Elias-Carmelitas, fomos para a Sede da Ordem Terceira do Carmo onde tivemos a Santa Missa, reunião e almoço. Convento do Carmo da Bela Vista, São Paulo. 4 dezembro.
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O Templo perto da Torre Eiffel é visto como lance político e religioso para demarcar a influência da Rússia no coração da França. Construção da catedral ortodoxa recebeu o apoio de Vladimir Putin. O patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Cirilo 1°, consagrou neste domingo (04/12) uma nova igreja localizada a poucos passos da Torre Eiffel, considerada um projeto controverso na capital francesa. Para alguns observadores, a construção faria parte dos esforços do presidente russo, Vladimir Putin, de aumentar a sua influência na Europa.
Cirilo, um aliado de Putin, abençoou a Igreja da Santíssima Trindade localizada na margem esquerda do rio Sena, na presença de membros da grande comunidade ortodoxa francesa.
A igreja possui uma cúpula revestida de ouro, rodeada por quatro cúpulas menores também douradas, como parte do centro cultural, educacional e religioso financiado pelo Kremlin num montante avaliado entre 100 milhões e 170 milhões de euros (por volta de 355 milhões a 600 milhões de reais). O projeto recebeu o apoio do presidente russo, Vladimir Putin.
Em 2008, o governo russo comprou o terreno por aproximadamente 70 milhões de euros e teve que fazer bastante lobby para que o projeto fosse aceito ao enfrentar a resistência da burocracia francesa. Entre os contrários à construção estavam autoridades de segurança da França, que alertaram para a sua proximidade a vários edifícios governamentais, incluindo o Ministério do Exterior, proporcionando risco de espionagem.
A construção é vista como um sinal de assertividade e projeção de poder da Rússia no coração da Europa. A inauguração acontece num momento de tensões entre a Rússia e o Ocidente sobre diferenças na Ucrânia e Síria. Destacando essas tensões, Putin cancelou uma viagem para inaugurar a igreja em outubro último, depois que o presidente François Hollande disse que só se encontraria com o colega de pasta para discutir sobre a Síria.
Por outro lado, a igreja também abre num momento em que há um surgimento do populismo na Europa, uma política mais em linha com Putin e com o tradicionalismo da Igreja Ortodoxa. Diversos líderes políticos europeus, incluindo dois fortes candidatos à eleição presidencial francesa, o conservador François Fillon e a populista de direita Marine Le Pen, defendem uma maior cooperação com a Rússia e um fim das sanções devido ao conflito na Ucrânia.
Existem outras igrejas ortodoxas russas em Paris, mas com exceção de uma só, todas as outras são ligadas ao rival Patriarcado Ecumênico em Istambul, uma situação que a Rússia tenta reverter agora. Essa divisão remonta à Revolução Comunista de 1917, quando milhares de russos foram exilados na França. Fonte: https://noticias.terra.com.br
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No vídeo, imagens da Reunião da Comissão Provincial com o Delegado Provincial da Ordem Terceira do Carmo, Frei Petrônio de Miranda, O. Carm, na cidade de São José dos Campos/SP, neste dia 3 de novembro-2016.
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Nesta sexta, 02, estou a caminho de São José dos Campos, São Paulo. PROGRAMAÇÃO: Sábado, reunião da Comissão Provincial de Leigos para Ordem Terceira do Carmo. Domingo, Santa Missa e Assembleia Eletiva na Sede da Ordem Terceira- Logo em seguida irei para o Convento do Carmo da Bela Vista, na Capital- Acompanhe tudo aqui.
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O reverendo Cassian Folsom se preparava para celebrar a missa em uma manhã de domingo, quando de repente a terra começou a tremer.
"Pedras e telhas começaram a cair em nossas cabeças", lembrou ele. "Foi uma experiência aterrorizante."
Quando a poeira baixou, ele e os outros monges --quase todos levados dos EUA-- encontraram sua amada Basílica de São Bento, construída há séculos em Norcia, nas montanhas centrais da Itália, para marcar o local de nascimento do santo, em ruínas.
Depois do terremoto de 30 de outubro, uma das poucas coisas que restou de pé no mosteiro foi uma pequena cervejaria, onde nos últimos quatro anos os monges vinham fabricando a cerveja Nursia, o antigo nome da cidade em latim.
Sua bebida poderá ser a salvação --pelo menos simbolicamente-- não apenas do santuário dos monges, mas também da própria Norcia. Esta antiga cidade murada é hoje uma cidade fantasma, com igrejas destruídas e palácios rachados, e ainda luta para se recuperar do mais forte terremoto que atingiu a Itália nos últimos 36 anos.
"Notavelmente, a cervejaria quase não foi danificada", disse o reverendo Benedict Nivakoff, que é de Connecticut (EUA), durante uma caminhada em uma manhã gélida pelo centro da cidade devastada. "Os fermentadores foram abalados, mas são altos e pesados, por isso não caíram."
Os monges estão planejando levar a bebida da cervejaria para um local mais seguro, onde possa ser engarrafada e especialmente rotulada antes de ser vendida para levantar dinheiro para a reconstrução, disse Nivakoff.
Os monges haviam criado um site na web para angariar fundos depois que a basílica e o mosteiro foram abalados por terremotos e choques secundários em agosto. "A campanha começou nessa época, e agora precisamos acrescentar mais alguns zeros", disse Nivakoff, que é o prior do mosteiro.
Não é a primeira vez que o mosteiro precisa renascer. Os monges americanos chegaram em 2000, seguindo um plano da ordem, do arcebispo local, dos moradores e de autoridades locais para povoar um priorado que estava abandonado desde 1810, quando Napoleão suprimiu as ordens monásticas locais.
Liderados por Folsom, que é o prior emérito, os monges hoje são 15. Eles aprenderam a fazer cerveja com os experientes monges trapistas da Bélgica e começaram a produzir a Nursia em 2012. O nome da cerveja foi escolhido "especificamente para ajudar a população da cidade, em vez de chamá-la de São Bento", disse Nivakoff.
O irmão Augustine Wilmeth, que nasceu na Carolina do Sul e serve como mestre cervejeiro, disse que a Nursia é "a única cerveja monástica do mundo que é feita exclusivamente pelos monges".
Outras operações de cervejas monásticas, explicou ele, tornaram-se empresas de milhões de dólares, com muitos funcionários. Em Norcia, os monges fazem tudo pessoalmente, produzindo cerca de 10.000 garrafas por mês.
Os monges, na tradição de são Bento, que acreditava que eles deviam viver e se sustentar com o trabalho de suas mãos, pretendem manter a cervejaria pequena. Dessa maneira, disse Wilmeth, "ela ficará sob nosso controle e realmente servirá à vida monástica, e não nos dominará e consumirá".
As variedades de cerveja do mosteiro rapidamente ganharam um público entusiástico nas lojas e restaurantes locais, e a cervejaria começou a exportar para os EUA neste ano. Muitos dos lugares regionais que vendiam a cerveja estão fechados por causa do terremoto, mas ela continua disponível por meio de importadores americanos, segundo os monges.
São Bento, que o papa Paulo 6º nomeou patrono da Europa em 1964, e sua irmã gêmea, Escolástica, que mais tarde também foi declarada santa, nasceram em Norcia por volta de 480, e os restos de sua casa, segundo os fiéis, antes podiam ser vistos abaixo da basílica.
Bento (em italiano Benedetto) fundou várias comunidades monásticas, incluindo uma em Monte Cassino, onde ele morreu em 543. Sua Regra de São Bento, uma série de ensinamentos para monges, contém os preceitos básicos de milhares de mosteiros na Europa.
"Tentamos ajudar os moradores da cidade a cavar mais fundo e descobrir uma identidade que vai além do 'prosciutto' e das trufas", disse Nivakoff, citando dois produtos que tornaram famosa essa cidade da região da Úmbria. "Acho que nos últimos 15 anos conseguimos fazer isso."
O prefeito Nicola Alemanno disse: "Com esta comunidade de monges, o valor que são Bento tem para a Europa assume uma importância global". E acrescentou: "Eles se tornaram um ponto de referência espiritual e cultural, primeiro para a cidade e depois para a Úmbria e para a Itália".
A mensagem dos monges também ganhou reconhecimento global em 2015, quando o disco "Benedicta", com cânticos marianos tradicionais em latim, passou 19 semanas em primeiro lugar na tabela clássica da "Billboard".
O canto, explicou Folsom, "é nosso alimento espiritual. É daí que vem a energia espiritual". Ele acrescentou que os monges cantam durante cerca de seis horas por dia.
"É uma parte muito importante de nossa vida", disse o mestre do coro do mosteiro, Basil Nixen. Antes do terremoto, o canto suave dos monges era um som familiar em Norcia.
A cerveja também se tornou uma parte importante de sua vida.
Se os esforços para angariar dinheiro ajudarem o santuário e Norcia a reviver, dizem eles, os monges ficarão contentes em repagar a seus benfeitores --mesmo que de uma maneira pequena e espumante.
"Orgulhamo-nos de ser americanos", disse o reverendo Martin Bernhard, que é do Texas e o guarda-víveres do mosteiro. "Provar e comprar nossa cerveja é uma coisa linda para nós." Tradutor: Luiz Roberto Mendes Gonçalves. Fonte: http://noticias.uol.com.br
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Em declarações à imprensa espanhola, o chefe do principal tribunal eclesiástico do Vaticano disse que os quatro cardeais que acusaram o Papa Francisco de criar confusão com seu documento “Amoris Laetitia” são culpados de causarem “um escândalo muito grave” e que o papa poderia retirar os seus barretes cardinalícios. A reportagem é de Inés San Martín, publicada por Crux, 29-11-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
De acordo com o decano do Tribunal da Rota Romana, os quatro cardeais que recentemente publicaram uma carta onde pedem que o Papa Francisco esclareça algumas ideias presentes em Amoris Laetitia, documento sobre a família, poderiam perder seus barretes cardinalícios como decorrência daquilo que chamou de um “escândalo muito grave” por eles causado...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
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O envio desta carta ao Papa Francisco por parte de quatro cardeais nasce de uma profunda preocupação pastoral.
Temos observado a desorientação de muitos fiéis, e a confusão em que se encontram, relativamente a questões de grande importância para a vida da Igreja. Temos notado também que inclusive no seio do colégio episcopal se fazem interpretações contrastantes do capítulo oitavo de “Amoris laetitia”.
A grande Tradição da Igreja ensina-nos que o caminho para sair de situações como esta passa pelo recurso ao Santo Padre, pedindo à Sé Apostólica que resolva as dúvidas que são causa de desorientação e de confusão...
*Leia a carta na íntegra. Clique aqui:
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OLHAR DO MÊS. Os nossos parabéns para os confrades; Marcelo Aquino- Novo Padre- e Reinaldo Paraíso- Novo Diácono- da Igreja e da Ordem do Carmo no próximo dia 17, sábado, na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, São Paulo, às 16h.
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"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá". (Jo 11,25) |
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Iluminados pela fé na vida que vence a morte, a Diocese de Chapecó, profundamente consternada com o grave acidente ocorrido com a delegação da Chapecoense, quer expressar o sentimento de solidariedade com todos os atingidos, familiares e amigos. Pedimos o descanso eterno às vítimas e a bênção consoladora de Deus. Diocese de Chapecó |
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Chapecó (RV) - A Diocese de Chapecó (SC) assegura “oração e solidariedade” às vítimas e familiares do acidente aéreo que matou 75 pessoas na madrugada desta terça-feira (29/11), na cidade de La Unión, próximo a Medellín, na Colômbia.
Entre as vítimas, parte da delegação da Chapecoense, que disputaria a final da Copa Sul-Americana, jornalistas e tripulantes. Cinco pessoas foram resgatadas com vida, sendo três jogadores.
Uma Missa em sufrágio das vítimas será celebrada na Catedral de Chapecó na tarde de hoje.
A Pastoral do Desporto da Arquidiocese do Rio de Janeiro também divulgou uma mensagem, onde assegura a oração pelas vítimas, por “todos os familiares, amigos e a grande torcida da Chapecoense”.
Vítimas
Ainda não há confirmação oficial do nome das vítimas. Entre os resgatados com vida estão o lateral esquerdo Alan Ruschel, os goleiros Follmann e Danilo e o zagueiro Neto. O jornalista Rafael Henzel e a comissária de bordo Ximena Suarez completam a lista de sobreviventes. As informações são de hospitais da região e de familiares dos jogadores.
"Socorristas trazem a informação deste lugar de muito difícil acesso – afirmou o Prefeito de Medellín, Federico Guitiérrez Zuluaga. Estou fazendo a coordenação dos transladados dos corpos e chamando a polícia legal. São quase cinco da manhã. Vamos trabalhar toda a noite. Expressamos nossa solidariedade às famílias, estamos de luto. Algumas vítimas têm diferentes nacionalidades. Prestamos solidariedade total. Lamento muito, estamos solidários. É muito duro. Não cabe tanta gente que está querendo trabalhar nos resgastes. Não cabe mais ambulância, mais carros. Temos que valorizar o trabalho de toda essa gente".
Profissionais da comunicação
A Fox Sports perdeu seis de seus profissionais. A Rede Globo, por meio de uma nota, lamentou a perda de dois funcionários no acidente. Cinco membros catarinenses da RBS também estavam no voo.
No voo estavam 81 pessoas, incluindo 72 passageiros e nove tripulantes. No total, eram 48 membros da Chapecoense, incluindo 22 jogadores, 21 jornalistas e três convidados. Fonte: http://br.radiovaticana.va
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O papa Francisco enviou uma mensagem de condolências e transmitiu seu carinho e conforto aos familiares das vítimas do acidente aéreo sofrido pela delegação da Chapecoense, na Colômbia, que deixou 71 mortos e seis feridos. O pontífice lembrou "a dor do povo brasileiro" e também rezou pelos jogadores.
"Quero lembrar a dor do povo brasileiro pela tragédia do time local e rezar pelos jogadores mortos e suas famílias", disse Francisco após a catequese ao referir-se ao acidente aéreo no noroeste da Colômbia.
Francisco lembrou também o acidente aéreo que aconteceu em 1949 no qual morreram todos os jogadores do time de futebol do Torino ao se chocar contra a abadia de Superga. "São tragédias duras, rezemos por eles", acrescentou.
Em um telegrama enviado ao bispo de Sonsón-Rionegro, Fidel León Cadavid, o pontífice disse também estar "profundamente triste" pela notícia do grave acidente Francisco pediu ao bispo que transmita aos familiares das vítimas "expressões de afeto, solidariedade e conforto aos feridos e afetados pelo trágico acidente". Além disso, pediu "que o Senhor derrame sobre todos os dons da serenidade espiritual e a esperança cristã".aéreo e eleva suas orações pelo eterno descanso dos mortos. Fonte: http://espn.uol.com.br
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Para Lucetta Scaraffia, historiadora da Igreja e jornalista do L'Osservatore Romano, a questão das mulheres na Igreja diz respeito à identidade e à vida de toda a Igreja, à fidelidade da Igreja a Cristo. A reportagem é de Isabelle de Gaulmyn, publicada no jornal La Croix, 17-11-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Não é fácil ser mulher no Vaticano. Ainda menos quando você se encontra na sala do Sínodo romano, quase a única mulher, na presença de “Padres sinodais”, bispos, todos homens, reunidos para falar de família. E quando se toma consciência de que esses homens, em sua maioria, não têm qualquer experiência de família, senão a da sua distante infância, e se limitam a fazer referência a uma concepção da “família natural”, completamente fora da história.
A partir dessa experiência, que se pode imaginar como muito traumatizante, Lucetta Scaraffia, historiadora e responsável pelo caderno mensal feminino do L'Osservatore Romano, escreveu o livro Du dernier rang. Les femmes et l'Église [Do último banco. As mulheres e a Igreja, Ed. Salvator]. Não é um panfleto feminista nem uma tese teológica. Mas uma espécie de grito, o de uma mulher que ama a Igreja, mas que não se acha muito bem nela.
Como historiadora, é precisamente a ausência da história em certas afirmações dos Padres sinodais que indignou Lucetta Scaraffia, acima de tudo. A visão da família “natural”, “imutável” a “entristeceu” e “surpreendeu”: os prelados, escreve, estão convencidos de que “sabem o que é a família”, e, para eles, “nada deve mudar”. De fato, “foi precisamente por ter se afastado daquele modelo que se levou a família à ruína”.
A partir do seu banco de simples auditora no Sínodo, no fundo da sala, Lucetta Scaraffia continua a sua reflexão. É precisamente porque não se leva em conta a história e o modo em que o cristianismo se formou e evoluiu que se chegou a este ponto da situação das mulheres, diz ela.
De fato, basta considerar a história do cristianismo, particularmente em relação às outras religiões, para reconhecer que, desde os primeiros tempos, as mulheres souberam alimentar a reflexão e a ação da Igreja. Das abadessas da Idade Média às religiosas fundadoras do século XIX, a mulheres-consciência-universal como Edith Stein e Simone Veil, mas também mulheres mais discretas, na primeira fila na Igreja da caridade.
A autora se recusa a assumir como único horizonte, para o papel das mulheres na Igreja, o acesso ao sacerdócio ministerial. Ao contrário, e certamente isto corre o risco de atrair as críticas de muitos ambientes, ela assume a diferença sexual proclamada pela Igreja. Assim como quer reabilitar, com uma leitura inovadora da Humanae vitae, o papel da procriação para a mulher. Contato que dar a vida também seja dar sentido, acrescenta. Isso pressupõe uma reabilitação do sacerdócio batismal, um sacerdócio aberto a todos os batizados, e o reconhecimento de que o feminino está no coração da Igreja.
Mas a diferença entre homens e mulheres deve ir além das palavras. A Igreja proclama continuamente o “gênio feminino”, ironiza Scaraffia, mas “parece conseguir abrir mão dele facilmente, permanecendo fechada em um mundo masculino curvado sobre si mesmo”.
Pior ainda, apesar de dispor na sua teologia dos recursos para avançar no caminho de uma igualdade diferenciada, a Igreja e os seus responsáveis se recusam a debater. Contentam-se em se concentrar nas teorias mais extremas do gênero, brandidas como contrapeso, para mais bem evitar uma verdadeira reflexão sobre o papel da mulher, da contracepção, da identidade sexual, especialmente nos países do Sul.
“Por que a Igreja se limita a resistir à novidade e a defender o passado?”, questiona-se ainda a historiadora. Hoje, observa ela tristemente, as mulheres estão reduzidas ao silêncio no catolicismo. Estão ausentes dos lugares em que se discute o futuro da Igreja. São mantidas à parte, em uma Igreja em que um certo esquecimento do Espírito Santo e da pneumatologia desembocou na instauração de uma estrutura patriarcal e masculina.
De fato, o que está em jogo vai muito além da relação que a instituição tem com as mulheres. Diz respeito à identidade e à vida de toda a Igreja e à fidelidade da Igreja a Cristo. Uma Igreja em que tamém as mulheres, um dia, deverão poder se sentar nos primeiros bancos. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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O papa Francisco visitará Portugal no ano que vem para comemorar o centenário da aparição da virgem a três pastorzinhos na localidade de Fátima, segundo a Igreja Católica.
O anúncio motivou um manifesto intitulado Contra a Credibilização do “Milagre” de Fátima, que está recolhendo assinaturas via Internet para que o pontífice visite o que quiser, mas que não perpetue essa história. Já são mais de 600 assinaturas em poucos dias, entre elas a de um sacerdote, além de antropólogos e personalidades da sociedade civil, como o músico Pedro Barroso, um de seus porta-vozes. A informação é de Javier Martín, publicada por El País, 26-11-2016.
O abaixo-assinado não se opõe à visita nem à Igreja Católica, e sim, segundo os signatários, à propagação de algo infundado. “O milagre é um embuste, uma farsa, uma má encenação com cem anos, tempo suficiente para ter desmascarado o que hoje em dia é um negócio”, declarou Barroso à agência Lusa.
“O papa Francisco é uma personalidade que merece algum respeito nosso por muitas atitudes em favor de uma Igreja mais moderna, uma Igreja de verdade, uma Igreja Católica de grande responsabilidade, e muitas vezes com intervenções sociais e públicas de grande valor. Como vai referendar uma coisa destas?”, pergunta-se Barroso.
Os signatários pedem a Francisco que, se visitar Fátima, se muna do açoite para expulsar os vendilhões do templo que, no entender deles, é o que virou o santuário edificado no lugar das supostas aparições aos pastores, visitado por milhares de pessoas anualmente.
O manifesto recomenda uma série de livros sobre o que realmente ocorreu, como Fátima Nunca Mais (1999) e Fátima S/A (2015), do padre Mário do Oliveira, signatário do manifesto, e ressalta que a época do suposto milagre era marcada por um “grande obscurantismo cultural e com evidente aproveitamento dessa rústica ignorância” por parte da Igreja
“Não é preciso um grande esforço”, diz o texto, “para chegar a esta conclusão, nem grande erudição teológica para analisar o caso. A evidência do logro fica bem clara, bastando, no essencial, ler alguns documentos oficiais e alguns livros de pessoas – algumas assumidamente católicas – com autoridade na matéria [...] para concluir pela sua total inconsistência”.
O abaixo-assinado diz que, seguindo a postura de seriedade que vem adotando em seu pontificado, “o melhor serviço que o papa Francisco prestaria à verdade histórica, seria NÃO vir a Fátima, assim desmistificando o chamado ‘milagre dos pastorinhos’, recusando colaborar com ele, ou dar-lhe o seu aval”.
Francisco será o quarto Papa a visitar Fátima, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010). Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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