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Ao tempo em que demite mais uma leva de jornalistas, alguns dos quais antigos colaboradores do jornal líder da direita econômica brasileira, o Globo abre suas páginas a uma estranha personagem chamada Eurico Borba para achincalhar a hierarquia da CNBB, que emitira uma nota de repúdio à PEC-55/241. Está aí uma coisa que o velho Roberto Marinho não faria. Ele respeitava a Igreja, tinha relações muito fortes com o Cardeal Dom Eugênio Salles e, principalmente, não dispensava leitores, mesmo que fossem de esquerda. O comentário é de J. Carlos de Assis, publicado por Jornal GGN, 23-11-2016.
Essa irmandade Globo/Borba mostra a extrema decadência do jornal e a emergência de figuras turvas fabricadas pelas contradições da política brasileira. O Globo dos três Marinhos, assim como Borba, está em tremenda confusão. Sabidamente em crise, recorre ao remédio tradicional dos empresários idiotas: corta no produto. É fato que o jornal não tem muito a oferecer a sua clientela, exceto aqueles que ele próprio deformou ao longo do tempo. As novas gerações não suportam Globo. Sua salvação tem sido pendurar-se na televisão.
Vejamos o Borba. O fato de destaque em sua biografia é ter sido presidente do IBGE em 1992/93. Tem um livro escrito, “Reflexões sobre a crise global”, do qual li três linhas da síntese: “Trata da questão do trabalho com reflexões sobre a propriedade, historicamente adquirida, da propriedade dos postos de trabalho por parte dos trabalhadores que nele operam e realizam suas vidas, proporcionando condições para que o capitalista concretizem seus intentos.” É claro que o texto está truncado. Mas não tão truncado quanto a cabeça do autor.
Nivelar propriedade privada dos meios de produção com “propriedade” dos postos de trabalho é uma aberração conceitual. Os postos de trabalho, no capitalismo, não são do trabalhador; são dos capitalistas. É por ser dono do posto de trabalho que o capitalista se apropria do trabalho produzido pelo trabalhador. Do contrário, o trabalhador jamais proporcionaria “condições para que o capitalista concretiz(asse) seus intentos”. Precisa de ler mais? Ora, é esse teólogo de botequim que resolveu dar lições de comportamento político à CNBB, que nada faz além de cumprir sua responsabilidade política.
Os franceses costumam dizer: a quelque chose malheur est bon! Em tradução livre, para alguma coisa serve a estupidez! Esse artigo de Borba, que sustenta que a nota da CNBB sobre a PEC confunde católicos, chega no momento certo para que se destaque a importância do documento sobre a mais nefasta iniciativa de lei em décadas.
Chamada de PEC da Morte, ou de AI-5 da economia política brasileira, se aprovada ela liquidaria com o setor público e a economia por 20 anos, caso não explodisse antes uma guerra civil.
Não sou católico praticante, mas acredito na sinceridade dos que creem na intervenção do Espírito Santo em ações humanas. Se de fato acontece, uma prova foi a nota da CNBB sobre a PEC da Morte. Com extrema serenidade, sem os arroubos autoritários e arrogantes de Borba, os três principais dirigentes da CNBB expuseram com clareza as ameaças contidas na proposta de emenda, em especial para as áreas sociais de saúde, educação e previdência.
Mas a CNBB não se restringe à retórica. Com sua autorização, a Comissão de Justiça e Paz está coordenando, junto com o Movimento Brasil Agora, o que pretende ser uma mega-manifestação contra a PEC no próximo 9 de dezembro (4 dias antes da votação da matéria no segundo turno no Senado), em Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife, e eventualmente em outras capitais. Será um ato cívico-religioso para convencer os senadores a barrar a PEC. A ideia é expressar, juntando religiosos e leigos, em manifestação pacífica, o repúdio da opinião pública, em seu mais alto grau, a este AI-5da economia política brasileira, ou PEC da Morte. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Evento contou com a participação de cerca de 60 presbíteros
“O encontro foi marcado pela convivência fraterna e partilha de vida. Desejo que o Espírito Santo nos conduza e nos sustente na missão de anunciar e viver o Evangelho de Jesus Cristo com alegria”, afirmou o bispo de Montenegro, dom Paulo de Conto, sobre o 35º Encontro Regional dos Presbíteros realizado pelo regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Cerca de 60 presbíteros, representantes de todas as dioceses do Rio Grande do Sul, participaram do 35º Encontro Regional, nos dias 14 a 17 de novembro, no Centro de Espiritualidade Cristo Rei, em São Leopoldo (RS). O encontrou contou com a presença do bispo de Montenegro e referencial para os ministérios ordenados do regional Sul 3, dom Paulo de Conto; do secretário executivo do regional Sul 3, padre Leandro Padilha e o presidente da Comissão Regional dos Diáconos, diácono Roberto Nunes.
No encontro, os participantes puderam refletir sobre a saúde psíquica dos presbíteros. A temática contou com as assessorias da psiquiatra e psicoterapeuta, Yara Helena Cherem Netto e da psicóloga, Eunice Borba Julião. “A realidade hodierna faz com que os presbíteros se deparem com o excesso de atividades, sofrimentos e frustrações que acabam em diversas patologias, como o estresse doentio, a Síndrome de Burnout e a depressão”, frisou Yara. Além da constatação, também esteve em pauta os sintomas, as causas, a prevenção e o tratamento, bem como a maneira adequada de usar as redes sociais.
Padre Estevão Raschietti, do Centro Cultural Missionário (CCM), abordou a Dimensão Missionária do Presbítero. “A missão faz parte da essência da Igreja, renova a vida das Comunidades e a vida dos Presbíteros. A missão exige que o presbítero seja pastor para as ovelhas que estão no redil; semeador para lançar a semente do Evangelho nas diversas realidades e pescador para lançar as redes na missão Ad gentes”, destacou Raschietti.
Na ocasião também foram apresentados os nomes que passaram a integrar a Coordenação Regional dos Presbíteros: o padre Pedro Nicolau Schneider, como vice-presidente; o padre Jacó André Wuaden, como vice-tesoureiro e o padre Darvan Hernandez da Rosa, como vice-secretário. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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Dia Mundial dos Pobres
No final da Carta Apostólica, como mais um sinal concreto deste Ano Santo Extraordinário, o papa Francisco institui para toda a Igreja o Dia Mundial dos Pobres, a ser celebrado no 33º Domingo do Tempo Comum. “Será a mais digna preparação para bem viver a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, que Se identificou com os mais pequenos e os pobres. Será um Dia que vai ajudar as comunidades e cada batizado a refletir como a pobreza está no âmago do Evangelho e tomar consciência de que não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta da nossa casa. Além disso este Dia constituirá uma forma genuína de nova evangelização”, explicou....
*Leia na íntegra em nosso Blog. Clique aqui:
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Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)
As vitrines das lojas já começam a apresentar brilhos com enfeites de Natal. O comércio se prepara para o momento propício de faturamento. O clima, também com ares de fim de ano, vai mudando aos poucos, provocando uma sensação de festas, de presentes, de viagens e de encontros familiares. Conseguimos até nos esquecer de que vivemos situação de arroxo e desafios na economia do país.
Os cristãos fazem um caminho de preparação durante quatro semanas, que chamamos de Advento, para celebrar com qualidade as festas natalinas. Natal é aniversário do nascimento de Jesus Cristo, da presença de Deus que se faz homem, divinizando o humano e humanizando o divino. Jesus veio como esperança de luz para todas as nações, muito mais para os dias de hoje.
Todo esse clima de Advento e Natal deve ser oportunidade privilegiada de encontro com a Pessoa de Jesus Cristo, superando a mera cultura do consumismo. O verdadeiro presente deve ser o Senhor da história, Aquele que dá sentido autêntico para a vida das pessoas. É Nele que as famílias devem alimentar seus momentos de confraternização e de celebração das festividades de fim de ano.
Quando dizemos que Jesus Cristo é a luz para um mundo novo, um Brasil mais humano, significa que não podemos caminhar na escuridão. Sinto que o nosso processo educativo brasileiro está muito confuso, tendente a deixar o povo na escuridão e incapaz de uma crítica libertadora. Quanto mais nos distanciamos dos princípios orientadores do Evangelho, mais ficamos na confusão.
Não podemos ser desatentos àquilo que é essencial, porque provocamos a destruição e caímos num mundo de “dilúvio”. Foi o que aconteceu com o povo do Antigo Testamento, no tempo de Noé, conforme o relato bíblico. Foi um fim de sacrifício, mas também de recuperação de forças e reanimação da coragem dos sobreviventes. Será esse o caminho por onde passa o Brasil?
No meio de tanta confusão, de graves desmandos, falta de testemunho e autenticidade por todos os lados, o Advento e o Natal devem ser espaço de esperança, de mostrar que um mundo diferente é possível. Para isso é preciso superar a ordem social violenta, transformando as armas injustas e destruidoras em instrumentos de trabalho, colocando o projeto de vida como meta a atingir. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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"Ele nunca vai fazer isso", dissera-lhe um bispo. E, com efeito, não era óbvio esperar que um papa desse a sua bênção a um objeto tão particular. Só que esse papa se chama Bergoglio. E, quando ele se encontrou diante dele e lhe explicaram o que era – um báculo feito com o latão de uma das maiores favelas do mundo, com a hóstia consagrada na parte de cima, para ser levado por toda a parte, com um pontal para plantá-lo no chão e poder dizer todas as vezes: "A Igreja está aqui", e em cada etapa deixar um sacrário feito também com o metal das piores favelas do mundo, do Haiti ao Brasil, cujo metal será transformado justamente em tabernáculo pelos detentos da prisão de Opera – Bergoglio demorou um segundo: "Sigam em frente", disse, fazendo sobre ele o sinal da cruz. A reportagem é de Paolo Foschini, publicada no jornal Corriere della Sera, 03-11-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Parece um gesto pequeno, mas é um novo passo na revolução que Bergoglio realiza na Igreja. Com a colaboração, cada vez mais, dos leigos.
Este último "sinal" que o papa abençoou, precedido por um imprimatur teológico de Dom Pierangelo Sequeri no L’Osservatore Romano, também nasceu de uma fundação laica como a Casa dello Spirito e delle Arti, fundada por Arnoldo Mosca Mondadori. A mesma que, há dois anos, comoveu Bergoglio às lágrimas com a cruz de Lampedusa, cuja madeira provém das barcaças dos migrantes afundadas e que os voluntários carregam desde então ao redor do mundo (agora está em Modena; próxima etapa, Barcelona). A mesma que deu origem em Milão à Orquestra dos Povos, composta por jovens que a música salvou das ruas. A mesma que, novamente na prisão de Opera, confiou aos detentos a produção de partículas para a missa, feita por "mãos que mataram". Agora isso.
"O ponto de partida – explica Mosca Mondadori – é um número que sempre deveríamos ter à nossa frente, mas, ao contrário, sempre removemos: um bilhão de pobres absolutos no mundo. Como torná-los visíveis em um símbolo que, ao mesmo tempo, represente a Igreja? Pensamos no latão dos seus barracos. E o usamos para dar uma ‘casa’ para Cristo: um ostensório montado em um báculo construído com o latão de Kibera, um milhão de pessoas amontoadas nos arredores de Nairóbi, na maior favela da África subsaariana. O ostensório vai viajar em uma espécie de corrida de revezamento, de diocese em diocese, na Itália e no mundo."
Mosca Mondadori o plantou no chão na frente do papa na audiência dessa quarta-feira, na Praça de São Pedro.
Realizado pelo artista Giovanni Manfredini, ele será acompanhado pelos sacrários feitos (se a proposta seguir em frente) com o mesmo material proveniente de outras favelas do planeta que já começaram a chegar à Opera. Nas várias dioceses, eles serão montados ao ar livre, fora das igrejas, para "fazer com que a Igreja se abra e possa dizer ‘a Igreja está aqui’ onde quer que haja sofrimento, humanidade, amor". Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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(Fotos; Frei Thiago Borge, Carmelita, Diácono da Província Carmelitana de Santo Elias na Missa de Encerramento do Ano da Misericórdia no último domingo, 20)
Após o encerramento do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, foi apresentada a Carta Apostólica do papa Francisco “Misericórdia e mísera”. A carta, disponível em português, é dividida em 22 pontos e começa com a explicação do título: misericórdia e mísera são as duas palavras que Santo Agostinho utiliza para descrever o encontro de Jesus com a adúltera. O perdão e a caridade são os dois eixos centrais do documento divulgado nesta segunda-feira, dia 21 de novembro.
No texto, o papa Francisco explica o título que recorda a abordagem de Santo Agostinho da passagem do encontro de Jesus com a mulher adúltera. “Esta página do Evangelho pode ser considerada como ícone de tudo o que celebramos no Ano Santo. (...) No centro, não temos a lei e a justiça legal, mas o amor de Deus. (...) Não se encontram o pecado e o juízo em abstrato, mas uma pecadora e o Salvador. (...) A miséria do pecado foi revestida pela misericórdia do amor”, escreve o pontífice.
Francisco recorda que ninguém pode pôr condições à misericórdia. “Esta permanece sempre um ato de gratuidade do Pai celeste”. Concluído o Jubileu, há o convite para se olhar para frente e compreender como se pode continuar experimentando a riqueza da misericórdia divina.
Absolvição do aborto
Neste contexto, se encontra a grande novidade da Carta Apostólica. A partir de agora, o pontífice concede a todos os sacerdotes a faculdade de absolver a todas as pessoas que incorreram no pecado do aborto. “Aquilo que eu concedera de forma limitada ao período jubilar fica agora alargado no tempo, não obstante qualquer disposição em contrário. Quero reiterar com todas as minhas forças que o aborto é um grave pecado, porque põe fim a uma vida inocente; mas, com igual força, posso e devo afirmar que não existe algum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir, quando encontra um coração arrependido que pede para se reconciliar com o Pai. Portanto, cada sacerdote faça-se guia, apoio e conforto no acompanhamento dos penitentes neste caminho de especial reconciliação.”. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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Neste domingo de Cristo Rei, 20 de novembro de 2016 eu, Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Delegado Provincial para Ordem Terceira do Carmo, da Província Carmelitana de Santo Elias, apresento a nova Diretoria do Sodalício da Lapa, Rio de Janeiro.
Priora, Sra. Anália, Conselheiros (as); 1ª Sra. Assunta, 2ª Sra. Amara, 3ª Sra. Marta, 4º Sr. Marcos.
NOTA: Na assembleia, os irmãos e irmãs votaram a favor da volta do uso do hábito carmelita. Ficou decidido que a vestição será no dia 16 de julho de 2017, Festa de Nossa Senhora do Carmo. Lembrando que faz mais de 40 anos que o hábito tinha sido abolido. No próximo dia 4 de dezembro será a vez da Assembleia Eletiva do Sodalício de São José dos Campos/SP.
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Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Neste Domingo celebramos a solenidade de Cristo Rei, que encerra o Ano Litúrgico e na cidade de Roma o Papa Francisco conclui o Ano da Misericórdia fechando simbolicamente a Porta Santa do Jubileu. É claro que apenas finaliza este período especial, pois, todos sabemos a misericórdia por ser um atributo e virtude divina sempre jorrará copiosa sobre a humanidade e a terra.
Mais, será sempre a missão da Igreja e principalmente orientará a ação dos cristãos e cristãs leigas no mundo, que neste dia comemoram a sua vocação e seu apostolado e presença como sujeitos protagonistas da Igreja e Sociedade. Neste jubileu fizemos a experiência de nos deixar tocar e abraçar pela misericórdia do Pai. Agora se trata de encarnar e fazer reinar a misericórdia e compaixão nas estruturas e relacionamentos sociais e ambientais.
Urge passar da prática das obras de misericórdia e da conversão à Misericordia no âmbito pessoal, a como afirma o Bem Aventurado Paulo VI, na Evangelii Nuntiandi, inspirar os critérios de juízo e decisão, as mentalidades e formas de organização da sociedade. Torna-se necessária uma economia misericordiosa e humana que coloquem a vida das pessoas em primeiro lugar, uma política de comunhão e solidariedade voltada a empoderar os pequenos, pobres e desamparados para incluí-los plenamente como cidadãos, e não como massa sobrante e descartável.
Construir e gerar uma cultura de paz e de diálogo que desarme os corações raivosos e intolerantes, fazendo-os passar da convivialidade do respeito a fraternidade e partilha amorosa. Por isso agradecemos neste dia a tantos leigos empenhados em testemunhar e seguir a Cristo o Rosto da Misericórdia e Rei do Amor, em suas famílias, seus ambientes de trabalho, nos areópagos e espaços da construção de uma sociedade e cultura pluralista, solidária e fraterna que acolhe a vida como dom e se responsabiliza pelo cuidado da criação e integridade da terra.
Sem medos e complexos de inferioridade, os cristãos leigos, devem abandonar a sua área de conforto ou de confinamento para com alegria e esperança contribuir com uma fé pública e o Evangelho, para junto com todas as pessoas de boa vontade fazer acontecer e gestar uma civilização mais humana, acolhedora, onde caibam todos/as e a prosperidade e o trabalho sejam repartidos. Deus seja louvado! Fonte: http://www.cnbb.org.br
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O Frei Petrônio de Miranda, Delegado Provincial para Ordem Terceira do Carmo da Província Carmelitana de Santo Elias- direto do Rio de Janeiro- fala sobre a Eleição da nova diretoria do Sodalício do Carmo da Lapa. Convento do Carmo/RJ. 19 de novembro-2016. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ, faz uma prece pelas almas dos Padres; Ligivaldo Conceição dos Santos, 37 anos, da Arquidiocese de Salvador- BA, que se jogou do viaduto na Avenida Garibaldi, na manhã de quinta-feira,10 de novembro e Rosalino de Jesus Santos, 34 anos, da Diocese de Corumbá/MS. O corpo do religioso foi encontrado por volta das 7 horas da sexta-feira, 18 de novembro na casa do Bispado daquela diocese por enforcamento. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 19 de novembro-2016.
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Durante cortejo, muitas pessoas emocionadas pela partida precoce do padre que levou a juventude corumbaense de volta à devoção católica.
Sepultado na manhã deste sábado (19) o padre Rosalino de Jesus Santos, de 34 anos, no cemitério de Ladário, cidade onde havia nascido. Missa de corpo presente foi celebrada no Santuário Nossa Senhora dos Remédios, às 09h, por diversos padres da diocese e pelo bispo Dom Martinez.
Centenas de fiéis, amigos e inúmeros jovens participaram da despedida. Durante o cortejo, muitas pessoas emocionadas pela partida precoce do padre que levou a juventude corumbaense de volta à devoção católica.
Roger Jeferson Alejandro Dias, de 26 anos, por exemplo, é músico da Paróquia São Bartolomeu e tinha um elo forte com o padre que sempre solicitava sua ajuda nas celebrações das missas. “Uma coisa é você esperar uma fatalidade, outra é ela vir inesperadamente. Eu particularmente estou muito abalado porque era uma pessoa que ligava em qualquer hora e dizia: ‘Filho, pode vir aqui?’, eu já corria, pegava a moto sem pensar duas vezes para auxiliá-lo nas celebrações, na casa de alguém que o chamava, na própria igreja, nas nossas missões que a gente fazia fora da Paróquia. A última que tive o prazer de estar com ele foi na região do Porto da Manga. Para aquele povo, o padre Rosalino era Jesus Cristo voltando, a gente via isso no olhar das pessoas e das crianças”, disse Roger ao Diário Corumbaense.
Cláudia Angélica Gonçalves, de 34 anos, era amiga de infância do pároco. Ela lembra dele com carinho e de seu comportamento com a mãe. “É uma despedida bem doída, uma coisa que ninguém esperava, que ninguém acredita. Vou ter muitas lembranças boas de uma pessoa sensata, de palavras fortes. Eu conhecia a família dele, mãe, irmãos. Era um menino bem ajuizado, carinhoso, voltou para cá para ficar ao lado da mãe, mas, infelizmente, Deus a levou primeiro. Agora ele vai ficar do lado dela. A gente via quando éramos crianças, ele lá com ela sempre carinhoso. Eu nunca esperava isso, mas a gente soube que ele havia passado pelo processo de depressão, mas para chegar a esse ponto, ninguém esperava”, afirmou Cláudia.
Matheus Santos Ortiz, de 23 anos, faz parte da comunidade Nossa Senhora das Graças, vinculada à Paróquia São Bartolomeu. Para ele, o objetivo do padre Rosalino foi alcançado. “Padre Rosalino para mim significa um esteio, o pilar que sustenta muitas pessoas que procuram algumas respostas. Ele foi um pilar para que eu pudesse crescer mais na fé, na caminhada com a igreja. É um exemplo para muitos jovens, ele incentivou, trouxe de volta o jovem para a diocese. É uma pessoa agora que descansa em paz. Eu creio que foi alcançado o objetivo dele com o trabalho com os jovens”, disse. Entenda o caso Padre Rosalino, pároco da Paróquia São Bartolomeu, foi encontrado morto, com sinais de enforcamento, dentro do próprio quarto por volta das 07h da manhã de sexta-feira (18).
O padre já havia passado por tratamento contra depressão, mas desde o falecimento da sua mãe, há cerca de três anos, ele lutava contra a doença. Ao Diário Corumbaense, o delegado de Polícia Civil, Sam Ricardo Aranha Suzumura, confirmou que a perícia técnica atestou “asfixia por enforcamento” como causa da morte do religioso. O delegado disse ainda que tanto a perícia no local como o exame necroscópico, “não encontraram indícios de luta ou qualquer outra situação”, o que indica que o padre tenha tirado a própria vida.
Diocese
A Diocese de Corumbá se pronunciou apenas por meio de nota assinada pelo bispo diocesano, Dom Segismundo Martinez Álvarez. A Diocese pediu a união de todos em orações à memória do padre Rosalino, que era um “entusiasta para as causas sociais” e sempre “se dedicava aos trabalhos de evangelização”. Lembrou ainda que o religioso “nos últimos tempos enfrentava, serenamente, um quadro de depressão”. A missa de 7º Dia acontece na próxima quinta-feira (24), na Paróquia São Bartolomeu. Fonte: http://www.diariodigital.com.br
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Evangelho de Lucas, 23, 35-43. (Correspondente à Festa de Cristo Rei, ciclo C, do Ano Litúrgico).
O relato da crucificação, proclamado na festa do Cristo Rei, recorda aos seguidores de Jesus que seu reino não é um reino de glória e de poder, mas de serviço, amor e entrega total para resgatar o ser humano do mal, do pecado e da morte.
Pode nos causar espanto o fato da liturgia escolher, para a festa de Cristo Rei, a cena da morte de Jesus na Cruz. Para Lucas, o Reino de Jesus é essencialmente o Reino da reconciliação do ser humano com Deus. Em outras palavras, a reconciliação tem como centro a Cruz, ato supremo de amor e expressão visível da Misericórdia de Deus. Podemos, então, afirmar que a “A CRUZ é o lugar por excelência da revelação visível da Misericórdia de Deus”.
Não nos está permitido aproximar-nos do mistério da Cruz de forma passiva, sem intenção alguma de carregar com ela. Por isso, temos que cuidar muito de algumas celebrações que podem criar em torno da Cruz uma atmosfera atrativa mas perigosa, se nos distraem do seguir fielmente o Crucificado fazendo-nos viver a ilusão de um cristianismo sem Cruz.
É precisamente ao beijar a Cruz quando temos que escutar a chamada de Jesus: «Se alguém vem detrás de mim... que carregue com a sua cruz e me siga».
No cristianismo dos países do bem-estar está acontecendo, um fenômeno muito grave: Não teremos todos de rever qual a nossa verdadeira atitude ante o Crucificado? Não teremos de nos aproximarmos Dele de forma mais responsável e comprometida?
No Jesus crucificado se encontram e se reconhecem todos os sofredores inocentes e crucificados da história; n’Ele se condensam todos os gritos da humanidade sofrida e excluída.
Jesus foi condenado como herege e subversivo, por elevar a voz contra os abusos do templo e do palácio, por colocar-se do lado dos perdedores, por ser amigo dos últimos, de todos os caídos.
Estamos encerrando o “Jubileu extraordinário da Misericórdia”; e a vivência da Misericórdia é a que impulsiona a Igreja para fora de si mesma, para as margens, onde acontece o sofrimento humano. Uma Igreja configurada pelo “Princípio Misericórdia” tem força e coragem para denunciar os geradores de sofrimento e morte, para desmascarar a mentira daqueles que oprimem, para animar e despertar a esperança daqueles que são as vítimas.
Para meditar na oração
- Recordar momentos significativos vividos neste Jubileu de Misericórdia que ora se encerra.
- Mas a Misericórdia não se restringe a um jubileu, não é um evento; ela é habito de vida, pois é a marca distintiva de todo seguidor de Jesus: “Sede misericordiosos como o Pai”.
- Como deixar transparecer a Misericórdia do Deus Pai/Mãe no cotidiano de sua vida
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