O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) condenou nesta quarta dia 26, que a Paróquia da Igreja Católica de Pereiro, localizada no distrito de Crioulas, pague uma indenização de R$ 10,8 mil a família de uma criança. A paróquia foi condenada por danos morais por expulsar a criança durante celebração da primeira comunhão.

Segundo a desembargadora Maria Fausto Lopes, ficou comprovado para os magistrados que a criança foi expulsa e xingada, e isso gerou constrangimento. “Restou plenamente comprovado que o abuso de autoridade do pároco causou, além de dor, constrangimento e amargura, graves sequelas psicológicas na criança, impedindo, inclusive, a sua primeira eucaristia”, declarou a magistrada.

De acordo com os autos, em 10 de setembro de 2010, o menino, acompanhado da mãe, se encontrava na igreja para a realização de sua primeira comunhão. A criança narrou que, pelo fato de estar conversando com seus colegas, foi advertido pelo padre para ficar em silêncio. Por não ter obedecido, foi xingado e puxado pela orelha, pelo sacerdote, que o colocou para fora da igreja, ocasião em que bateu a cabeça contra a porta.

Ainda segunda a decisão, logo após ter sido expulso, o pároco o chamou de “macaco mutante”, debochando de seu sorriso, em frente a todos os presentes. Também sustentou ter sofrido abalos psicológicos, e que por isso não quis mais ir à escola ou a quaisquer lugares públicos. Por essa razão, representado pela sua mãe, ingressou com ação requerendo indenização por danos morais. 

Na contestação, a paróquia alegou que o padre é homem de bem e que de maneira sutil e em tom de brincadeira, no intuito de educar a criança, a conduziu para fora da igreja, no intuito de servir de reprimenda para que aprendesse a respeitar os cultos religiosos.

Segundo a Justiça, a defesa da paróquia afirmou que o sacerdote não teria praticado nenhum ato discriminatório contra a vítima, pois é de sua índole proteger os injustiçados, sobretudo em se tratando de menores, motivo suficiente à improcedência do pedido. O Tribuna do Ceará não conseguiu contato com o padre.

Ao julgar a ação, em julho de 2014, o juiz da Vara Única da Comarca de Pereiro condenou a Paróquia da Igreja Católica de Pereiro ao pagamento da indenização a título de danos morais.

Ao julgar o caso, a 3ª Câmara de Direito Privado manteve, por unanimidade, a sentença de 1º Grau. A relatora explicou que a “indenização por danos morais fixada é uma forma de compensar a violência física e emocional causada ao menor pelo padre, e que não vulnera a capacidade econômica da paróquia, a quem o agente é subordinado em razão de sua atividade sacerdotal, sendo, portanto, responsável por seu adimplemento”. Fonte: http://portalcantu.com.br

O jovem Paulo Ricardo, de Lagoa da Canoa-AL, Paróquia São Maximiliano Maria Kolbe- Diocese de Penedo, faz uma Prece a Nossa Senhora das Dores por todas as mães. NOTA: O vídeo foi gravado na Igreja de Nossa Senhora Aparecida na Comunidade Capim. CÂMERA: Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 27 de outubro-2016.  DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com

Como o senhor vê a situação da Igreja?

(O padre Georg Sporschill, o coirmão jesuíta que entrevistou o cardeal em Diálogos noturnos em Jerusalém, e Federica Radice se encontraram com Martini no dia 8 de agosto de 2012: "Uma espécie de testamento espiritual. O cardeal Martini leu e aprovou o texto").

A Igreja está cansada na Europa do bem-estar e na América. A nossa cultura envelheceu, as nossas igrejas são grandes, as nossas casas religiosas estão vazias, e o aparato burocrático da Igreja aumenta, os nossos ritos e os nossos hábitos são pomposos. Essas coisas expressam o que nós somos hoje? (...)

O bem-estar pesa. Nós nos encontramos como o jovem rico que, triste, foi embora quando Jesus o chamou para fazer com que ele se tornasse seu discípulo. Eu sei que não podemos deixar tudo com facilidade. Menos ainda, porém, poderemos buscar pessoas que sejam livres e mais próximas do próximo, como foram o bispo Romero e os mártires jesuítas de El Salvador. Onde estão entre nós os nossos heróis para nos inspirar? Por nenhuma razão devemos limitá-los com os vínculos da instituição.

*O cardeal italiano Carlo Maria Martini, faleceu na sexta-feira, dia 31 de agosto de 2012, em Milão, aos 85 anos. O cardeal jesuíta sofria há 10 anos  o Mal de Parkinson.

Eminente intelectual, especialista da Bíblia, autor de dezenas de livros e contribuições teológicas diversas, era muito respeitado para além da esfera progressista, tanto por João Paulo II quanto por Bento XVI, dois meses mais velho que ele, que o visitou em junho em Milão. 

Fonte: http://paulinascomunica.blogspot.com.br

Frei Egídio Palumbo O. Carm. (Tradução por Frei Pedro Caxito O.Carm).

             O projeto de vida da Regra do Carmo, no seu capítulo VI, delineia uma fraternidade aberta ao mundo num estilo de acolhimento carinhoso e disponibilidade total, mas amadurecido no discernimento, tendo como motivo bíblico inspirador a hospitalidade acolhedora de Abraão assentado junto à entrada da sua tenda (Gn 18,1-4; Hb 13,2). Juntamente com esta observação não se pode esquecer de que na tradição dos frades o convento é o lugar do con-venire, do encontro familiar, da "koinonia" que é aberta e irradiante etc.

            Pois bem; as comunidades carmelitas, ao menos aquelas que têm estruturas e meios adequados, poderiam estar abertas ao acolhimento de todos os que pretendem fazer experiência de oração, de escuta orante da Palavra, de tempos de deserto. Trata-se de oferecer, com a força do testemunho e comunicação da fé, os frutos mais amadurecidos do nosso estar todos os dias diante de Deus como fraternidade contemplativa e em oração.

            Esta é uma diaconia que muitas vezes os nossos bispos e leigos cristãos mais comprometidos pedem aos religiosos, àqueles especialmente que são herdeiros de uma tradição espiritual fecunda e significativa na história da Igreja. E será que nós, Carmelitas, não estamos entre estes?

Rafael Checa Curi. (Tradução: Elcias Ferreira da Costa)

             O Homem é um ser em comunicação. Essa dimensão da vida é ineliminável; de outro modo corre-se o risco da não realização integral. As diferentes formas de comunicação e os termos a que estas se referem formam a trama dentro da qual se desenvolve a vida pessoal.

            Entre essas diferentes comunicações, merece um lugar de destaque o relacionamento com Deus. O diálogo transcendente, a comunhão com o Absoluto, a oração que é um "relacionamento de amizade" com o Senhor, está na preeminência dessas formas de comunicação humana. E assim o é, porque os termos da relação são, por uma parte, o homem, o ser mais nobre do universo; e por outra parte, Deus, o mistério insondável e inexprimível, o "Outro" absoluto e transcendente; e o traço de união que torna possível o contato, é a capacidade espiritual da pessoa, potenciada pela graça divina.

            Na medida em que esta relação cresce e se desenvolve, consegue permear e cobrir, com sua influência, as outras dimensões comunicadoras do homem.

            Então é certo que se ora com o universo, com as coisas, com as plantas, com os animais; é verdade que se ora com os próximos, que se ora consigo mesmo.

            A oração do fiel contém uma enorme capacidade invasora. Envolto em Deus, envolve ele toda a criação e se vê envolvido nela. Deus é descoberto até nas regiões mais ocultas do cosmo.

Rafael Checa Curi. (Tradução: Elcias Ferreira da Costa)

A contemplação é cúspide e meta da vida cristã, que é oração, ação e paixão e que tem como elemento integrador o dinamismo da vida teologal.    Desnecessário advertir que falamos de contemplação, como de lugar de encontro entre a interioridade e a vida, entre o processo da santidade como configuração em Cristo e o crescimento na caridade: união de amor com Deus e com o homem.

            A contemplação, como fenômeno de experiência cristã, inclui o evoluir ontológico, a ressonância psicológica e a expressão ética do processo de identificação e de transformação em Cristo.

            Não me passa desapercebido que não está distante a época em que, falar sobre contemplação não era de bom gosto, ou levantava suspeita de quietismo ou quando menos de subjetivismo ou intimismo. A inclinação claramente encarnacionista e histórica da espiritualidade moderna, mal entendida, fazia da oração e sobre tudo da oração contemplativa, um impulso reacionário e alienante. Ainda mais; percebia-se um risco e um perigo, no desejo de viver a experiência contemplativa.

Hoje não se sabe porque, prefere-se não se falar destes vértices da oração cristã, talvez por mal entendida humildade ou ignorância. Isto porém, é um erro, na medida em que se impede ao Senhor de cumprir suas maravilhas nas almas. Bem pelo contrário, constitui um dever falar destes caminhos rápidos da oração e ensinar aos homens, não, de certo, a pretendê-los vaidosamente, mas a dispor-se generosamente e talvez a pedi-los com humildade. Em nossos dias, quando a mediocridade é norma e a iniciativa do homem, como ser auto-suficiente, converteu-se em lei, o tema da oração passiva (contemplação) que constitui a experiência suprema de Deus nesta terra, reveste uma urgência e um significado particular (1).(??)

Atualmente o tema da contemplação, a julgar pela bibliografia, tornou-se significativo e começa a ser objeto de estudo, de vida e de experiência.

De que contemplação se trata?

            A contemplação de que aqui se trata é tão só a contemplação ;em sua acepção e em sua realidade cristã, não no contexto de outras religiões. Faz-se referência à contemplação sobrenatural, não à contemplação que se opera no campo da consideração científica ou filosófica, nem à contemplação estética ou axiológica, nem a que se desprende da simples reflexão teológica do dado revelado. Está excluída a contemplação de corte platônico, preponderantemente intelectualista e passiva.

            Põe-se de lado a contemplação enquanto experiência de fenômenos extraordinários da mística e em troca se faz referência a essa secreta experiência que descobre e faz o homem saborear as grandezas e os mistérios de Deus. Trata-se de uma contemplação que nada tem a ver com a misantropia, com o isolamento, com a ausência de relação humana. Antes, encontra na amizade com os homens, o sacramento da amizade com Deus. Fala-se da contemplação, da qual todos nós temos um germe inicial.

Cada um de nós é um místico - um contemplativo em potência - porque, queiramos ou não no fundo de nós mesmos está sempre a presença do Espírito que nos impele para aquela zona em que podemos responder a Deus e deixar-lhe um espaço para que Ele nos fale nessa forma de oração, que se chama oração mística (contemplativa) (2).

Rafael Checa Curi. (Tradução: Elcias Ferreira da Costa)

             Para precisar melhor, proponhamos algumas descrições.

            Contemplar, em seu significado etimológico, quer dizer, "examinar e considerar profunda e atentamente uma coisa."

            Martin Buber suspeitou algo disso quando diz: "Contemplação é um encontro profundo e intuitivo com a pessoa." (3) (??)

            Este elemento intuitivo, como essencial ao ato contemplativo tem sido comprovado pela experiência psicológica. (4) (??)

            Alfaro definiu a contemplação como "o contato vivente de uma comunhão pessoal eu-tu, com o Absoluto."

            Já se debuxa a necessidade do encontro pessoal com Deus na experiência contemplativa cristã. E se precisam um pouco melhor os elementos constitutivos deste encontro, na descrição bastante generalizada de Crisógono de Jesus:

"Contemplação é uma simples olhada sobre a Verdade sob o influxo do amor". Ou nessa outra: "A contemplação infusa é uma intuição afetuosa das coisas divinas que resulta de uma influência especial de Deus na alma." 

            Continua tendo atualidade pela densidade de seu conteúdo e pela sua brevidade a que nos foi dada por São João da Cruz: "A contemplação é ciência de amor, é notícia infusa amorosa de Deus, que juntamente vai ilustrando e fascinando a alma." 

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 Podemos assim destacar os fatores que a integram:

 a) Uma ação especial de Deus: sua influência divina

  1. b) A atitude do homem: passividade ativa.
  2. c) O ambiente em que se desenvolve: obscuridade e inefabilidade.
  3. d) O meio: o conhecimento a nível de sabedoria.
  4. e) O dinamismo: o amor e o afeto.
  5. f) Objetivo: a união plena com Deus, no exercício da caridade ao próximo.

            Ao mesmo tempo distinguiríamos as diferenças qualitativas entre a atitude do homem diante de Deus, a nível pré-contemplativo e contemplativo: predomínio da atração unitiva a Deus na caridade, sobre o esforço purificador do pecado e da imperfeição; predomínio psicológico da sensação de passividade sobre a de atividade operante e penosa; predomínio da consciência intuitiva sobre a consciência discursiva, na dimensão oracional, como o aponta Vagagnini.

            Devemos, ademais, dizer que o momento contemplativo, em analogia com a atividade sensível, apresenta-se como uma oração progressiva, na seguinte ordem, que não é necessariamente cronológica:

            - Se a verdade do Reino é percebida pela inteligência, se falará de visão e de intuição.

            - O sentir interior virá, quando a acolhida da Palavra se prolongar em um movimento afetivo de aceitação.

            - Virá depois o gosto espiritual, quando a verdade do Reino se apresentar como alimento, cuja assimilação renovará a energia interior.

            Por último, se consumará a união, quando a aproximação de Deus se converter em um contato doce e potente como se as duas substâncias espirituais se tocassem: "O contato com Deus satisfaz grandemente e recreia a substância da alma." (São João da Cruz). 

Emanuele Boaga, O. Carm. e Augusta de Castro Cotta, CDP

A oração, como expressão da dimensão contemplativa do ser humano, é portanto o ponto de partida da maior parte dos outros aspectos do complexo fenômeno religioso. Neste sentido, considerando a fenomenologia da religião, a oração é uma realidade complexa. Apresenta muitos elementos que devem ser avaliados singularmente e no seu conjunto para que se compreenda a inter-relação profunda e a interação harmônica entre eles. Tudo isto deve ser levado em consideração para se fazer uma exposição acertada sobre a oração....

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2016/10/carmelitas-aventura-da-oracao.html

Emanuele Boaga, O. Carm. e Augusta de Castro Cotta, CDP

Atitude dialogal e o silêncio «sonoro»

«Eu mesmo a seduzirei, conduzirei ao deserto, e lhe falarei ao coração.

Lá lhe restituirei suas vinhas.... e ela responderá como nos dias da juventude»

(Os 2,16-17)

A) Observações e conteúdos

1 - Os assuntos que compõem este tema oferecem elementos básicos para a dinâmica da vida espiritual carmelitana: levando a compreender o tipo do silêncio necessário ao Carmelita e a purificação-união com Deus.

2 - Para introduzir o tema, pode-se ajudar o Postulante a notar algumas situações viven­ciais (como se sente quem perde a paz interior, quem vive cheio de paixões, etc) e também próprias do ambiente (como se sente quem vive no barulho constante, quem fala muito e as consequências disto na vida). Exame de como tem sido a própria ex­periência na casa religiosa (horários e ambientes de silêncio). Oferecer como  leitura inicial o nº 21 da Regra do Carmo, comentando-o....

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2016/10/carmelitas-o-silencio-formacao-para.html

Emanuele Boaga, O. Carm. e Augusta de Castro Cotta, CDP

A compreensão que os Carmelitas têm da vida contemplativa, no seu caminho histórico, apresenta elementos próprios, além dos influxos provenientes do conflito entre a ação e a contemplação, presentes por muito tempo na espiritualidade cristã em geral. É fácil compreender como, também entre os carmelitas, existiram modos distintos de compreensão da vida contemplativa e da mesma contemplação....

*Leia na íntegra. Clique aqui: 

http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2016/10/carmelitas-contemplacao-e-acao.html

Padre Luiz Carlos de Oliveira, CSsR,

Usar a riqueza que temos

Quem acompanha mais de perto as atividades do Papa Francisco vê que insiste sobre o que toca os grandes desafios da sociedade. Ele viveu no meio do povo e sabe falar a língua do povo. Não bastam belos documentos. Francisco vê a situação concreta. Não resolvemos os problemas do mundo com teorias.

"É o olhar do discípulo que se nutre da luz e da força do Espírito Santo (Eg 50)".

O que se sente dele é que vê a realidade com os olhos de Deus, cujas lentes são o Evangelho. Os grandes projetos são necessários e úteis quando chegam ao gesto concreto e personalizado. As pessoas não são teorias, são olhos que nos olham com esperança. O Papa diz que sua apreciação se situa “na linha do discernimento evangélico.

É o olhar do discípulo que ‘se nutre da luz e da força do Espírito Santo’”(Eg 50). Não compete ao Papa saber tudo e dar todas as soluções. O que faz é estimular as comunidades a estarem vigilantes procurando interpretar os sinais dos tempos.

Temos um grande tesouro: O Reino de Deus está entre nós. Nós o compomos e continuamos a missão que nos foi confiada por Jesus. Se não tomarmos atitudes concretas haverá um grande prejuízo para a humanidade.

Está em jogo, não projetos, mas o homem e a mulher vivos e necessitados. Há males que estão sendo preconizados como solução quando na verdade são exploração da pessoa e da natureza. É o egoísmo pecaminoso.

É por isso que se procura abafar o cristianismo e reduzi-lo a uma religião intimista. Essa não cria problemas. Quando Paulo VI escreveu a Humanae Vitae foi uma grito universal.

Mas já há quem diga que, se tivéssemos ouvido Paulo VI, não estaríamos na situação atual. O convite a ouvir Francisco é saber utilizar as riquezas humanas que possuímos.

Desafios que nos cercam

A humanidade sempre disse que: “Nesses tempos difíceis em que vivemos”. Não diz, nas soluções procuramos, pudemos dar esses passos. O mundo atual deu grandes avanços nas áreas da saúde, educação, comunicação etc...

Mas há muita necessidade a ser solucionada. São males crônicos da comunidade internacional: alimento, água, migração, saúde, prisões, moradia, condições mínimas de vida.

Curiosamente são esses os itens sobre os quais seremos julgados no fim dos tempos, como lemos no discurso de Jesus sobre o juízo final (Mt 25,31-43).

Estão como a dizer: “cuide dos outros, que Deus cuida de você”! Ficamos nos pecadinhos íntimos e deixamos o pecado estrutural. Esta era a preocupação de Jesus.

Não podemos fazer uma religião sem o Evangelho, mesmo que seja piedosa. O Papa enumera então esses desafios referentes à economia que exclui na qual o ser humano é explorado, descartado.

Junto a esta, a idolatria do dinheiro. É bonito ter mais, quando o que faz viver é ser mais. Este é para servir. Segue-se a desigualdade social que gera violência. Vale a pena analisar a fundo estes temas propostos. Ainda seguem outros.

Não espere pelos outros

Dizemos: Não maldiga a escuridão, acenda um fósforo! Há muita prosa e pouca ação. Sempre pensamos numa solução global que alguém faça a mudança.

Ela começa como pequenas fagulhas que podem incendiar tudo. A grande frustração é a gente não fazer nada. Tudo começa pelo respeito ao pequeno, pela acolhida aos simples.

Aqui entra a função das comunidades que não deixem fora os que pouco valem. Quem é que vale? Ter ou ser? Temos entre os fracos, grandiosas personalidades. Uma mulher, abandonada que, sozinha, sem recursos conseguiu formar os filhos, vale muito.

A capacidade econômica de viver e ser feliz com um salário apertado. Isso é ser doutor em economia e administração etc... Essa gente magnífica que não aparece na telinha, essa sim, vale.  Fonte: http://www.a12.com

O Vaticano divulgou nesta terça-feira (25) as regras para a cremação de católicos, que incluem a proibição à conservação das cinzas do morto em casa, evitando que elas se tornem "lembranças comemorativas". A Igreja Católica também proibiu que os fiéis espalhem as cinzas de mortos cremados.

As normas estão presentes em uma instrução da Congregação para a Doutrina da Fé aprovada pelo papa Francisco. O novo texto, com o nome "Instrução Ad resurgendum cum Christo", atualiza o anterior, de 1963, perante novas práticas de sepultamento e de cremação consideradas em "desacordo com a fé da Igreja".

De acordo com o documento, se for escolhida a cremação, as "cinzas do morto devem ser mantidas em um lugar sacro, ou seja, nos cemitérios, e a conservação das cinzas no ambiente doméstico não é permitida".

O Vaticano abre exceção apenas para casos envolvendo "circunstâncias graves e excepcionais, dependendo das condições culturais de caráter local". "No entanto, as cinzas não podem ser divididas entre os membros da família, e devem ser respeitadas as condições adequadas de conservação", acrescenta a instrução.

O consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, Ángel Rodrígez Luño, disse que a conservação das cinzas em casa só pode ser permitida em casos de "graves e excepcionais circunstâncias", em que uma pessoa faça esse pedido por "piedade ou proximidade".
A Igreja Católica também proíbe que o resultado da cremação seja transformado em "lembranças comemorativas" e "objetos de joalheria", indo contra a prática de colocar as cinzas em adereços como colares como forma de recordação do ente querido.

Espalhar as cinzas no mar ou em qualquer outro tipo de ambiente também foram vetados pela Congregação para a Doutrina da Fé. "Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não é permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra, na água ou de outro modo", afirma o documento.

Caso o morto tenha expressado em vida o desejo de ser cremado por razões contrárias à fé cristã, a Igreja deve negar a realização de seu funeral. "A Igreja não pode permitir abordagens e ritos que envolvam concepções erradas da morte, tida seja como a anulação definitiva da pessoa, seja como o momento de sua fusão com a mãe natureza ou com o universo, seja como uma etapa no processo de reencarnação, seja como a libertação definitiva da prisão do corpo", segundo a instrução aprovada pelo Papa.

Embora diga que a cremação de um cadáver não é por si só a negação da fé cristã, o documento ressalta que a preferência continua sendo pelo sepultamento dos corpos. As regras são uma forma encontrada pelo Vaticano de regulamentar uma prática difundida em muitos países, mas que em alguns casos está baseada em ideias que contrariam a doutrina católica.

A cremação é permitida pela Santa Sé desde 1963, desde que não seja um ato de contestação da fé. "A Igreja não tem razões doutrinárias para impedir tal prática, já que a cremação do cadáver não atinge a alma e não impede a onipotência divina de ressuscitar o corpo. Mas a Igreja continua a preferir o sepultamento porque assim se mostra uma estima maior em relação aos defuntos", diz o documento.

Para a Igreja Católica, a conservação das cinzas em cemitérios ou em outros locais "favorece a memória e a oração pelos mortos da parte dos seus familiares e de toda a comunidade cristã". (Com as agências internacionais).

Fonte: http://noticias.uol.com.br

Em decisão unânime, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou o padre Luiz Carlos Lodi da Cruz a pagar R$ 60 mil de indenização por interromper um aborto legal. O caso ocorreu em 2005, no interior de Goiás. A relatora do processo, ministra Nancy Andrighi, avaliou que o padre agiu "temerariamente" quando pediu a suspensão do procedimento médico de interrupção da gravidez, que já estava em curso.

Há 11 anos, Lodi da Cruz entrou com um habeas corpus para impedir que uma mulher grávida levasse adiante a interrupção da gravidez de feto diagnosticado com síndrome de Body Stalk --denominação dada a um conjunto de malformações que inviabilizam a vida fora do útero.

O padre alegou que os pais iriam praticar um homicídio e pediu a interrupção do procedimento. O pedido foi atendido pelo Tribunal de Justiça de Goiás.

No momento da decisão do Tribunal, a gestante já estava internada em um hospital tomando medicação para induzir o parto, quando foi forçada a voltar para casa.

Com dilatação iniciada, ela passou os oito dias seguintes sentindo dores até a hora do parto, quando retornou ao hospital. O feto morreu logo após o nascimento. A ação por danos morais do casal contra o padre foi negada pela Justiça de Goiás e, posteriormente, encaminhada ao STJ.

Acompanhando o voto da relatora, todos os membros da Terceira Turma do STJ entenderam que o padre "abusou do direito de ação e violou direitos da gestante e de seu marido, provocando-lhes sofrimento inútil".

"Esse exaustivo trabalho de parto, com todas as dores que lhe são inerentes, dão o tom, em cores fortíssimas, do intenso dano moral suportado, tanto pela recorrente como pelo marido", disse Nancy.

De acordo com a ministra, o padre "buscou a tutela estatal para defender suas particulares ideias sobre a interrupção da gestação" e, com sua atitude, "agrediu os direitos inatos da mãe e do pai", que contavam com a garantia legal de interromper a gestação.

Ela destacou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2012, que afastou a possibilidade de criminalização da interrupção de gestação de anencéfalos.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br

 

 

Foi o que o pontífice disse ao receber em audiência os participantes de um congresso de pastoral vocacional. A advertência: "Não reduzir a fé a um livro de receitas ou a um conjunto de normas a serem observadas". Aos bispos: vigilantes e prudentes em relação a quem entra no seminário. A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada no sítio Vatican Insider, 21-10-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

"Confesso-lhes que eu sempre tenho um pouco de medo ao usar algumas expressões comuns da nossa linguagem eclesial..." O papa iniciou assim a audiência aos participantes de um congresso de "pastoral vocacional" promovido no Vaticano pela Congregação para o Clero. 

"É bonito que vocês tenham vindo aqui, de muitas partes do mundo, para refletir sobre esse tema, mas, por favor, que tudo não acabe com um belo congresso!", disse Francisco, que exortou os bispos a não se fecharem "na fortaleza segura da casa paroquial, da sacristia ou do grupo restrito dos 'fidelíssimos'", a acompanhar as pessoas "sem se apossarem da sua consciência, nem pretender controlar a graça de Deus", sem "rótulos" nem "superficialidades", e a vigiar, sem "leviandade ou superficialidade", para que, no seminário, entrem pessoas que possam se tornar sacerdotes "maduros e equilibrados" e sem "reduzir a fé a um livro de receitas ou a um conjunto de normas a serem observadas".

O tema do congresso retoma o lema episcopal de Jorge Mario Bergoglio, tirado das "Homilias de São Beda, o Venerável, sacerdote", que, comentando o episódio evangélico da vocação de São Mateus, escreve: "Vidit ergo lesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me" (Viu Jesus um publicano e, olhando-o com sentimento de amor e escolhendo-o, disse-lhe: Segue-me). 

"Vocês sabem, eu já disse isto outras vezes, que eu escolhi esse lema fazendo memória dos anos juvenis em que senti fortemente o chamado do Senhor: não aconteceu depois de uma conferência ou por uma bela teoria, mas por ter experimentado o olhar misericordioso Jesus sobre mim."

A partir do relato evangélico do publicano Mateus, o papa fez três indicações: "Antes, Jesus sai de novo para pregar, depois vê Levi sentado no banco dos impostos e, por fim, o chama. Podemos nos deter sobre esses três verbos, que indicam o dinamismo de toda pastoral vocacional: sair, ver, chamar".

Acima de tudo, "a pastoral vocacional precisa de uma Igreja em movimento, capaz de alargar as próprias fronteiras, medindo-as não a partir da estreiteza dos cálculos humanos ou do medo de errar, mas a partir da medida larga do coração misericordioso de Deus". 

Nesse sentido, "devemos aprender a sair da nossa rigidez, que nos torna incapazes de comunicar a alegria do Evangelho, das fórmulas padronizadas que muitas vezes são anacrônicas, das análise preconcebidas que encaixotam a vida das pessoas em esquemas frios. Peço isso especialmente aos pastores da Igreja, aos bispos e aos sacerdotes: vocês são os principais responsáveis pelas vocações cristãs e sacerdotais, e essa tarefa não pode ser relegada a um escritório burocrático". 

Portanto, é preciso sair: "Ouvindo os jovens – é preciso paciência, hein – vocês podem ajudá-los a discernir os movimentos do seu coração e a orientar os seus passos. É triste quando um padre vive apenas para si mesmo, fechando-se na fortaleza segura da casa paroquial, da sacristia ou do grupo restrito dos 'fidelíssimos'. Ao contrário, somos chamados a ser pastores no meio do povo, capazes de animar uma pastoral do encontro e de passar tempo para acolher e ouvir a todos, especialmente os jovens".

Depois, é preciso lembrar, recomendou o papa, que, "ao passar pelas ruas, Jesus para e cruza o olhar do outro, sem pressa". O publicano Mateus "não recebeu sobre si um olhar de desprezo ou de julgamento, mas se sentiu olhado dentro com amor. Jesus desafiou os preconceitos e os rótulos das pessoas; criou um espaço aberto, em que Mateus pôde rever a própria vida e iniciar um novo caminho. Assim eu gosto de pensar o estilo da pastoral vocacional. E, permitam-me, do mesmo modo, eu imagino o olhar de cada pastor: atento, não apressado, capaz de parar e ler em profundidade, de entrar na vida do outro sem nunca fazê-lo se sentir nem ameaçado nem julgado. É um olhar, o do pastor, capaz de suscitar estupor pelo Evangelho, de despertar do torpor em que a cultura do consumismo e da superficialidade nos imerge e de suscitar perguntas autênticas de felicidade, especialmente nos jovens. É um olhar de discernimento – ressaltou o papa – que acompanha as pessoas, sem nem se apossar da sua consciência, nem pretender controlar a graça de Deus".

O olhar, enfatizou Francisco, deve ser "atento e vigilante e, por isso, chamado constantemente a se purificar. E, quando se trata das vocações sacerdotais e do ingresso no seminário, peço-lhe para fazer discernimento na verdade, para ter um olhar astuto e cauteloso, sem leviandades ou superficialidades. Digo isso em particular aos irmãos bispos: vigilância e prudência. A Igreja e o mundo – salientou o papa – precisam de sacerdotes maduros e equilibrados, de pastores intrépidos e generosos, capazes de proximidade, escuta e misericórdia". Palavras proferidas no dia em que, em Palermo, um sacerdote foi preso sob a acusação de violência sexual.

Por fim, destacou o papa, "Jesus não faz longos discursos, não entrega um programa para se aderir, não faz proselitismo, nem oferece respostas pré-confeccionadas. Voltando-se para Mateus, Ele se limita a dizer: 'Segue-me!'", porque o Seu desejo é "pôr as pessoas a caminho, movê-las de um sedentarismo letal, romper a ilusão de que é possível viver felizmente permanecendo comodamente sentado entre as próprias seguranças". 
Assim, "nós também, em vez de reduzir a fé a um livro de receitas ou a um conjunto de normas a serem observadas – enfatizou o papa – podemos ajudar os jovens a se fazerem as perguntas certas, a se porem a caminho e a descobrirem a alegria do Evangelho". Fonte: http://www.ihu.unisinos.br