JESUS VÊ AS PESSOAS 

 

Dom Lindomar Rocha Mota

Bispo de São Luís de Montes Belos (GO) 

 

Ter olhos, mas não ver; ter ouvidos, mas não ouvir, é um mal que pode nos assolar a todos. Olhar não é a mesma coisa que ver, e escutar não é o mesmo que ouvir. 

Olhar e escutar são reflexos sensitivos e involuntários. Podemos ouvir e olhar, inclusive coisas desagradáveis, que pouco depois fazemos questão de esquecer. 

Ver, requer olhar com atenção e interesse. Voltar-se para o objeto com admiração e afeto. Por isso, é tão agradável ver e ouvir pessoas que gostamos. 

Jesus caminha com atenção no meio das pessoas. Ele as vê enquanto passa e lhes chama a uma nova condição. 

Enquanto caminhava entre todo tipo de gente, Jesus viu doentes, pecadores, proscritos, ofegantes, pobres e desesperados, e a todos os enxergou com o olhar que via a partir de dentro. 

Certa vez, “Jesus estava sentado em frente ao cofre das ofertas e observava como a multidão punha dinheiro no cofre. Muitos ricos depositavam muito. Então, uma viúva pobre deu duas moedinhas. Chamando os seus discípulos, Jesus declarou: Digo-lhes a verdade: esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver” (Mc 12,41-44). 

A santidade da viúva não lhe passou despercebida. Jesus faz um elogio àquela pobre que retribuía mais do que podia e dava mais do que possuía, pavimentando com sua fidelidade, um caminho que serviria de exemplo pelos tempos vidouros. Essa experiência, esse modo de ver, Jesus partilha com os discípulos. Ele quer corrigir e endireitar o modo como eles viam as coisas. 

Um dos apóstolos conta, em primeira pessoa, como foi visto por Jesus, apesar de seu descrédito enquanto pecador público. Uma história dramática que poderia nunca ter alcançado um desfecho promissor.  Entretanto, “Jesus viu Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” (Mt 9,9). Um ver arrebatador que o tirou de sua condição de indiferença. E, para nos instruir, ainda mais, sobre a misericórdia de Deus, deu-lhe a permissão para escrever um dos Evangelho sobre a sua própria vida e feitos memoráreis.  

Essa lembrança Mateus carregará consigo. Tempos mais tarde, ele nos relatará que: “Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9,36). 

A própria inclusão dos apóstolos na ação efetiva dos milagres de Jesus, são resultantes dessa compaixão que Ele sentiu ao ver o sofrimento do povo. O ver de Jesus, portanto, o leva à compaixão. Produz uma mudança significativa e afeta o coração de quem o faz com sinceridade. Em outra ocasião, Mateus relatou que: “Quando Jesus desembarcou e viu uma grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes” (Mt 14,14). 

Jesus vê as pessoas. Vê com aquele olhar fraterno de quem sempre insistiu que queria misericórdia e não sacrifício. A sua missão é caminhar no meio de nós, olhar e aprofundar este gesto, até que se aclare a visão a respeito de quem somos e do que necessitamos; até nos encontrar no cerne profundo de nossa própria vida, e, dando-nos tudo o que precisamos, ensinar-nos a repartir e a ver. Fonte: https://www.cnbb.org.br

 

"Eu ainda estou vivo" e "Eu sofro pelos migrantes". Essas foram as primeiras palavras ditas pelo Papa Francisco assim que recebeu alta do hospital Gemelli, em Roma, na manhã desta sexta-feira. Santo Padre irá rezar o Angelus deste domingo.

 

Vatican News

Depois de dez dias, o Papa Francisco recebeu alta nesta manhã de sexta-feira (16/06) do Hospital Gemelli, em Roma, onde foi internado no último dia 7 de junho para uma laparotomia e cirurgia plástica da parede abdominal com prótese. Ao sair, em sua cadeira de rodas, ele foi recebido por uma pequena multidão que o aplaudiu e o cumprimentou calorosamente. O Santo Padre estava sereno e sorridente.

"Eu ainda estou vivo" e "sofro pelos migrantes", comentando o naufrágio dos migrantes no mar Egeu. Essas foram as primeiras palavras ditas pelo Papa Francisco assim que deixou o hospital Gemelli.

"Obrigado pelo serviço de vocês, muito obrigado", disse ainda Francisco dirigindo-se aos jornalistas enquanto com sua cadeira de rodas atravessou as duas alas de repórteres e pacientes que, na saída do hospital, o aplaudiram.

 

Visita à Basílica de Santa Maria Maior

A Sala de Imprensa vaticana informou que o Papa Francisco, após deixar o Hospital Gemelli, e antes de retornar ao Vaticano, foi à Basílica de Santa Maria Maior para rezar diante do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, como já o fez dezenas de vezes durante seu pontificado. Ao chegar de carro em frente à Basílica romana, ele desceu sozinho e sentou-se em sua cadeira de rodas. Antes de entrar na Basílica cumprimentou os turistas que estavam em frente à Santa Maria Maior.

 

Visita privada

Antes de retornar ao Vaticano, pouco depois das 10h, (hora de Roma) o Papa Francisco fez uma breve visita particular às freiras do Instituto Maria Santissima Bambina, reunidas para o capítulo geral, e, do lado de fora da entrada Perugino, cumprimentou a polícia e agradeceu pelo serviço prestado.

A Sala de Imprensa vaticana informou na manhã desta sexta-feira que o Santo Padre irá rezar o Angelus deste domingo e as audiências dos próximos dias estão confirmados, com exceção a audiência geral de quarta-feira, 21 de junho, que foi cancelada para salvaguardar a recuperação pós-operatória do Santo Padre.

 

Palavras do cirurgião Alfieri: "O Papa está bem"

Enquanto isso, no Hospital Gemelli, o professor Alfieri se encontra com os jornalistas para algumas palavras e não se esquiva das várias perguntas. "O Papa confirmou todas as viagens", a de Lisboa para a JMJ e também a da Mongólia no final de agosto. "De fato", enfatiza o especialista, "ele poderá enfrentá-las melhor do que antes, porque agora não terá mais o desconforto dos problemas anteriores. Ele será um Papa mais forte".

Alguém pergunta como ele continuará sua convalescença, e o cirurgião, com um toque de ironia, responde imediatamente: "mas ele não está convalescendo, ele já começou a trabalhar!". A referência é às "atividades de trabalho" que pontuaram, juntamente com a oração e a leitura, os dias de sua hospitalização. "Pedimos a ele que fizesse uma convalescença, tenho certeza de que ele nos ouvirá um pouco mais desta vez, porque ele tem compromissos importantes pela frente e já disse pessoalmente que cumprirá todos eles, inclusive as viagens", diz Alfieri novamente.

 

Sala de Imprensa vaticana

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, anunciara ontem que a equipe médica informou que o Papa Francisco tinha repousado bem durante a noite. "O decurso clínico continua regularmente. Os exames hemato químicos estão normais. Na noite de ontem teve um jantar comunitário, junto com os que o acompanham desde o dia da hospitalização".

Na manhã de quinta-feira, continua o comunicado, "em sinal de agradecimento, recebeu toda a equipe de cirúrgica composta por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e de saúde e auxiliares que coordenaram, realizaram e viabilizaram a operação cirúrgica do dia 7 de junho."

Foi acrescentado que sucessivamente o Santo Padre "encontrou Dom Claudio Giuliodori, assistente eclesiástico geral da Universidade Católica e Pe. Nunzio Currao, assistente espiritual do pessoal da Policlínica; em seguida, os representantes do Conselho de Administração da Fundação Policlínica Gemelli, com o presidente Carlo Fratta Pasini e o Reitor da Universidade Católica, Prof. Franco Anelli, juntamente com os órgãos e a direção da Policlínica, com o diretor geral , Prof. Marco Elefantes.

No final, ele se dirigiu ao setor de Oncologia Pediátrica e Neurocirurgia Infantil, onde são atendidos os pequenos pacientes que expressaram seu afeto ao Papa nos últimos dias por meio de inúmeras cartas, desenhos e mensagens por uma rápida recuperação. O Papa Francisco "tocou com a mão" a dor dessas crianças que carregam o sofrimento da Cruz em seus ombros todos os dias, junto com suas mães e pais. A cada um deles deu um Rosário e um livro.

Ao saudar os presentes, Sua Santidade agradeceu a todos os funcionários pelo seu profissionalismo e esforço em aliviar o sofrimento do outro, além dos medicamentos, com a ternura e a humanidade." Fonte: https://www.vatiannews.va

 

1) Oração

Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por sua inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho  (Mateus 5, 20-26)

20Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus. 21Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal. 22Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: Raca, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena. 23Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta. 25Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. 26Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo.

 

3) Reflexão – Mt 5, 20-26

O texto do evangelho de hoje está dentro da unidade maior de Mt 5,20 até Mt 5,48. Nela Mateus mostra como Jesus interpretava e explicava a Lei de Deus. Por cinco vezes ele repetiu a frase: "Antigamente foi dito, eu, porém, lhes digo!" (Mt 5,21.27.33.38.43). Na opinião de alguns fariseus, Jesus estava acabando com a lei. Mas era exatamente o contrário. Ele dizia: “Não pensem que vim acabar com a Lei e os Profetas. Não vim acabar, mas sim dar-lhes pleno cumprimento (Mt 5,17). Frente à Lei de Moisés, Jesus tem uma atitude de ruptura e de continuidade. Ele rompe com as interpretações erradas que se fechavam na prisão da letra, mas reafirma categoricamente o objetivo último da lei: alcançar a justiça maior que é o Amor.

Nas comunidades para as quais Mateus escreve o seu Evangelho havia opiniões diferentes frente à Lei de Moisés. Para alguns, ela não tinha mais sentido. Para outros, ela devia ser observada até nos mínimos detalhes. Por isso, havia muitos conflitos e brigas. Uns chamavam os outros de imbecil e de idiota. Mateus tenta ajudar os dois grupos a entender melhor o verdadeiro sentido da Lei e traz alguns conselhos de Jesus para ajudar a enfrentar e superar os conflitos que surgem dentro da família e dentro da comunidade.

Mateus 5,20: A justiça de vocês deve ser maior que a justiça dos fariseus.

Este primeiro versículo dá a chave geral de tudo que segue no conjunto de Mt 5,20-48. O evangelista vai mostrar às comunidades como elas devem praticar a justiça maior que supera a justiça dos escribas e dos fariseus e que levará à observância plena da lei. Em seguida, depois desta chave geral sobre a justiça maior, Mateus traz cinco exemplos bem concretos de como praticar a Lei de tal maneira que a sua observância leve à prática perfeita do amor. No primeiro exemplo do evangelho de hoje, Jesus revela o que Deus queria quando entregou a Moisés o quinto mandamento “Não Matarás!”.

Mateus 5,21-22: Não Matar

“Vocês ouviram o que foi dito aos antigos: Não mate! Quem matar será condenado pelo tribunal" (Ex 20,13) Para observar plenamente este quinto mandamento não basta evitar o assassinato. É preciso arrancar de dentro de si tudo aquilo que, de uma ou de outra maneira, possa levar ao assassinato, como por exemplo, raiva, ódio, xingamento, desejo de vingança, exploração, etc. “Todo aquele que fica com raiva do seu irmão, se torna réu perante o tribunal”. Ou seja, quem fica com raiva do irmão já merece o mesmo castigo de condenação pelo tribunal que, na antiga lei, era reservado para o assassino! E Jesus vai mais longe ainda. Ele quer arrancar a raiz do assassinato: Quem diz ao seu irmão: 'imbecil', se torna réu perante o Sinédrio; e quem chama o irmão de 'idiota', merece o fogo do inferno. Com outras palavras, eu só observei plenamente o mandamento Não Matar se consegui tirar de dentro do meu coração qualquer sentimento de raiva que leva a insultar o irmão. Ou seja, se cheguei à perfeição do amor.

Mateus 5,23-24: O culto perfeito que Deus quer

“Portanto, se você for até o altar para levar a sua oferta, e aí se lembrar de que o seu irmão tem alguma coisa contra você, deixe a oferta aí diante do altar, e vá primeiro fazer as pazes com seu irmão; depois, volte para apresentar a oferta”. Para poder ser aceito por Deus e estar unido a ele, é preciso estar reconciliado com o irmão, com a irmã. Antes da destruição do Templo do ano 70, quando os cristãos ainda participavam das romarias a Jerusalém para fazer suas ofertas no altar do Templo, eles sempre se lembravam desta frase de Jesus. Agora, nos anos 80, no momento em que Mateus escreve, o Templo e o Altar já não existiam. A própria comunidade passou ser o Templo e o Altar de Deus (1Cor 3,16).

Mateus 5,25-26: Reconciliar

Um dos pontos em que o Evangelho de Mateus mais insiste é a reconciliação, pois nas comunidades daquela época, havia muitas tensões entre grupos radicais com tendências diferentes, sem diálogo. Ninguém queria ceder diante do outro. Mateus ilumina esta situação com palavras de Jesus sobre a reconciliação que pedem acolhimento e compreensão. Pois o único pecado que Deus não consegue perdoar é a nossa falta de perdão aos outros (Mt 6,14). Por isso, procure a reconciliação, antes que seja tarde demais!

O ideal da justiça maior

Por cinco vezes, Jesus cita um mandamento ou um costume da lei antiga: Não matar (Mt 5,21), Não cometer adultério (Mt 5,27),  Não jurar falso (Mt 5,33), Olho por olho, dente por dente (Mt 5,38), Amar o próximo e odiar o inimigo (Mt 5,43). E por cinco vezes, ele critica a maneira antiga de observar estes mandamentos e aponta um caminho novo para atingir a justiça, o objetivo da lei (Mt 5,22-26; 5, 28-32; 5,34-37; 5,39-42; 5,44-48). A palavra Justiça  aparece sete vezes no Evangelho de Mateus (Mt 3,15; 5,6.10.20; 6,1.33; 21,32). O ideal religioso dos judeus da época era "ser justo diante de Deus". Os fariseus ensinavam: "A pessoa alcança a justiça diante de Deus quando chega a observar todas as normas da lei em todos os seus detalhes!" Este ensinamento gerava uma opressão legalista e trazia muitas angústias para as pessoas de boa vontade, pois era muito difícil alguém observar todas as normas (Rom 7,21-24). Por isso, Mateus recolhe palavras de Jesus sobre a justiça mostrando que ela deve ultrapassar a justiça dos fariseus (Mt 5,20). Para Jesus, a justiça não vem daquilo que eu faço para Deus observando a lei, mas sim vem do que Deus faz por mim, me acolhendo com amor como filho ou filha. O novo ideal que Jesus propõe é este: "Ser perfeito com o Pai do céu é perfeito!" (Mt 5,48). Isto quer dizer: eu serei justo diante de Deus, quando procuro acolher e perdoar as pessoas da mesma maneira como Deus me acolhe e me perdoa gratuitamente, apesar dos meus muitos defeitos e pecados.

 

4) Para um confronto pessoal

1) Quais os conflitos mais freqüentes na nossa família? E na nossa comunidade? É fácil a reconciliação na família e na comunidade? Sim ou não? Por que?

2) De que maneira os conselhos de Jesus podem ajudar a melhorar o relacionamento dentro da nossa família e da comunidade?

 

5) Oração final

Visitastes a terra e a regastes, cumulando-a de fertilidade. De água encheu-se a divina fonte e fizestes germinar o trigo. (Sl 64, 10)

1) Oração

Senhor Deus, revesti-nos das virtudes do Coração de vossos Filho e inflamai-nos com seu amor, para que, assemelhando-nos a ele, possamos participar da redenção eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho   (Mateus 11,25-30)

25Por aquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. 26Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado. 27Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo. 28Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. 29Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. 30Porque meu jugo é suave e meu peso é leve.

 

3) Reflexão   Mt 11,25-30

Hoje celebramos a festa do Sagrado Coração de Jesus. No evangelho escutamos o convite de Jesus: “Aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração”. O evangelho mostra a ternura com que Jesus acolhe os pequenos. Ele queria que os pobres encontrassem nele descanso e paz.

O contexto dos capítulos 11 e 12 de Mateus. Este contexto destaca e ressalta o fato de que os pobres são os únicos a entender e a aceitar a sabedoria do Reino. Muita gente não entendia esta preferência de Jesus pelos pobres e excluídos. 1) João Batista, que olhava Jesus com os olhos do passado, ficou na dúvida (Mt 11,1-15). 2) O povo, que olhava para Jesus com finalidade interesseira, não foi capaz de entendê-lo (Mt 11,16-19). 3) As grandes cidades ao redor do lago, que ouviram a pregação de Jesus e viram seus milagres, não quiseram abrir-se para a sua mensagem (Mt 11,20-24). 4) Os sábios e doutores, que julgavam tudo a partir da sua própria ciência, não foram capazes de entender a pregação de Jesus (Mt 11,25). 5) Nem os parentes o entendiam (Mt 12,46-50). 6) Só os pequenos o entendiam e aceitavam a Boa Nova do Reino (Mt 11,25-30). 7) Os outros queriam sacrifício, mas Jesus quer misericórdia (Mt 12,1-8). 8) A reação contra Jesus levou os fariseus a querer matá-lo (Mt 12,9-14). 9) Eles chamavam Jesus de Beelzebu (Mt 12,22-32). 10) Mas Jesus não voltou atrás. Continuou assumindo a missão de Servo, descrita nas profecias (Mt 12,15-21). Por causa disso, ele foi perseguido, preso e mortoMateus 11,25-26: Só os pequenos entendem e aceitam a Boa Nova do Reino

Jesus faz uma prece: "Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado!” Os sábios, os doutores daquela época, tinham criado uma série de leis que eles impunham ao povo em nome de Deus. Eles achavam que Deus exigia do povo estas observâncias. Mas a lei do amor, trazida por Jesus, dizia o contrário. O que importa, não é o que nós fazemos para Deus, mas sim o que Deus, no seu grande amor, faz por nós! O povo entendia a fala de Jesus e ficava alegre. Os sábios achavam que Jesus estava errado. Eles não podiam entender tal ensinamento que modificava o relacionamento do povo com Deus.

Mateus 11,27: A origem da nova Lei: o Filho conhece o Pai.

Jesus, o Filho, conhece o Pai. Ele sabe o que o Pai queria quando, séculos atrás, entregou a Lei a Moisés. Aquilo que o Pai nos tem a dizer, Ele o entregou a Jesus, e Jesus o revelou aos pequenos, porque estes se abriam para a sua mensagem. Hoje também, Jesus está ensinando muita coisa aos pobres e pequenos. Os sábios e inteligentes fazem bem em fazer-se alunos dos pequenos!

Mateus 11,28-30: Vinde a mim vocês todos que estão cansados sob o peso da vida.

Jesus convida a todos  que estão cansados para vir até ele e ele promete descanso. É o povo que vive cansado debaixo do peso dos impostos e das observâncias exigidas pelas leis de pureza. E ele diz: “Aprendam de mim que sou manso e humilde de coração”. Muitas vezes, esta frase foi manipulada para pedir ao povo submissão, mansidão e passividade. O que Jesus quer dizer é o contrário. Ele pede que o povo faça uma ruptura, deixe de lado os professores de religião da época e comece a aprender dele, de Jesus, que é "manso e humilde de coração". Jesus não faz como os escribas que se exaltam de sua ciência, mas é como o povo que vive humilhado e explorado. Jesus, o novo mestre, sabe por experiência o que se passa no coração do povo e o que o povo sofre.

O convite da Sabedoria Divina para todos que a buscam

Jesus convida a todos que estão sobrecarregados pelo peso das observâncias da lei a encontrar nele o descanso e a suavidade, pois ele é manso e humilde de coração, capaz de aliviar e consolar a gente sofrida, fatigada e abatida (Mt 11,25-30). Neste convite ressoam as palavras tão bonitas de Isaías que consolava o povo cansado do exílio (Is 55,1-3). Este convite está relacionado com a Sabedoria Divina, que convida as pessoas ao encontro com ela (Eclo 24,19), dizendo que “seus caminhos são deliciosos e suas trilhas conduzem ao bem-estar” (Pr 3,17). Ela diz ainda: “A Sabedoria educa os seus filhos, e cuida daqueles que a procuram. Quem tem amor a ela ama a vida, e os que madrugam para procurá-la ficarão cheios de alegria” (Eclo 4,11-12). Este convite revela um traço muito importante do rosto feminino de Deus: a ternura e o acolhimento que consola, revitaliza as pessoas e as leva a se sentirem bem. Jesus é o abrigo e o seio materno que o Pai oferece ao povo cansado (cf Is 66,10-13).

 

4) Para um confronto pessoal

1) O que lhe causa a tensão e o que traz a paz? Para você, viver em comunidade é fonte de paz ou de tensão? 

2) Como estas palavras de Jesus podem ajudar a nossa comunidade a ser um lugar de descanso para as nossas vidas?

 

5) Oração final

O Senhor é bom e misericordioso, lento para a cólera e cheio de clemência. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos castiga em proporção de nossas faltas. (Sl 102, 8.10)

Decurso pós-operatório do Santo Padre mantém-se regular: ontem o Angelus de forma privada

Diante da Policlínica Gemelli, formou-se uma pequena multidão de fiéis, para rezar o Angelus unidos espiritualmente ao Santo Padre. Esta manhã, recebeu a Santa Eucaristia e, sucessivamente, se dedicou às atividades profissionais., conforme as últimas informações da Sala de Imprensa da Santa Sé.

 

Vatican News

A equipe médica informou no final da manhã desta  segunda-feira (hora de Roma),  que o decurso pós-operatório do Santo Padre mantém-se regular, observando as prescrições médicas.

Papa Francisco continua a se alimentar normalmente.

Esta manhã, recebeu a Santa Eucaristia e, sucessivamente, se dedicou às atividades profissionais.

Já na noite de ontem, domingo, a Sala de Imprensa da Santa Sé informou no Telegram que o Papa Francisco tinha passado bem a tarde, inclusive "conseguiu dar alguns passos". Ele também "dedicou-se ao trabalho por algumas horas, intercaladas com descanso e oração."

 

Angelus na capela do apartamento no Gemelli

Como antecipado no comunicado médico de sábado, 10, para "evitar movimentos que pudessem tensionar a parede abdominal", o Papa Francisco rezaria o Angelus deste domingo de forma privada, unindo-se no entanto espiritualmente, "com afeto e gratidão, aos fiéis que desejassem acompanhá-lo, onde quer que estivessem".

E assim o foi, como confirmado pelo comunicado do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. Matteo Bruni informou que durante a manhã deste domingo, o Papa "acompanhou a Santa Missa ao vivo pela televisão e recebeu a Eucaristia". Então, "dirigiu-se à pequena capela do apartamento privado, onde se recolheu em oração para a recitação do Angelus."

Francisco então almoçou "juntamente com os que o assistem nestes dias de hospitalização no apartamento privado (médicos, auxiliares de saúde, enfermeiras, auxiliares e pessoal do Corpo da Gendarmaria)."

Bruni comunicou ainda que a equipe médica informou "que o pós-operatório do Papa Francisco é regular. O Santo Padre continua afebril e hemodinamicamente estável; ela fez fisioterapia respiratória e continuou a se movimentar."

A recordar que no dia 4 de julho de 2021, sete dias após a operação para retirada de uma parte de intestino com divertículos, Francisco havia recitado o Angelus da janela do apartamento no Gemelli. Mas naquela ocasião - precisou no sábado o Dr. Sergio Alfieri que o acompanha - já havia passado uma semana“. No quadro atual – observou o médico - o Papa aceitou o conselho dos médicos de descansar e não fazer mais esforços que pudessem comprometer a malha protética implantada e o reparo da fáscia muscular para uma cicatrização ideal".

*Última atualização às 12h20 de segunda-feira 12.06.2023. Fonte: https://www.vaticannews.va

 

Papa se recupera bem. No domingo reza o Angelus de forma privada

"A equipe médica informa que a evolução pós-operatória do Papa Francisco continua regular."

 

Vatican News

O doutor Alfieri que assiste o Papa Francisco e o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé  Matteo Bruni, encontraram os jornalistas no Hospital Gemelli às 12h30 deste sábado para uma atualização do quadrodo pós-operatório do Santo Padre. Bruni anunciou que:

"A equipe médica informa que a evolução pós-operatória do Papa Francisco continua regular. O soro já foi suspenso nos últimos dias e o Santo Padre está se alimentando com uma dieta semilíquida. Ele está apirético e hemodinamicamente estável. Os exames de sangue pós-operatórios e a radiografia do tórax são bons.

O Santo Padre está seguindo uma convalescença cuidadosa, que visa a uma menor tensão sobre a parede abdominal, para permitir que a rede protésica implantada e a faixa muscular afetada cicatrizem de forma ideal.

Seguindo as indicações da equipe médica e do assistente de saúde pessoal, e como se pode deduzir do curso pós-operatório normal em operações desse tipo, o Papa Francisco recitará a oração do Angelus amanhã em particular, unindo-se espiritualmente, com afeto e gratidão, aos fiéis que desejam acompanhá-lo, onde quer que estejam."

Ainda na manhã de hoje, havia sido informado que a noite do Santo Padre foi tranquila. Fonte: https://www.vaticannews.va

A Igreja de Cristo não pode ser reduzida a uma rede de produtos e negócios religiosos. Ela é uma comunidade de fé e vida cristã, de testemunho do ‘Evangelho’ e serviço às pessoas e ao mundo

 

Dom Odilo Pedro Scherer

Dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, escreve mensalmente na seção Espaço Aberto

 

Em outubro de 2020, o papa Francisco convocou a 16.ª Assembleia-geral Ordinária do Sínodo dos Bispos. Trata-se de um organismo de corresponsabilidade episcopal, instituído por São Paulo VI em 1965 para a consulta regular sobre questões atinentes à vida e à missão da Igreja. Desta vez, Francisco inovou na maneira de promover a assembleia sinodal, pedindo que, além dos bispos, fossem ouvidos também os outros membros da Igreja nas comunidades locais das dioceses, Conferências Episcopais e organismos continentais da Igreja. Houve até uma consulta envolvendo internautas, sobretudo jovens, sobre suas relações com a Igreja e o que dela esperam.

O tema da assembleia – Igreja sinodal: comunhão, participação e missão – refere-se à própria Igreja, compreendida como “povo de Deus a caminho” de sua meta. Como realidade viva e dinâmica, inserida na história dos povos e das pessoas, a Igreja tem a face desses povos e grupos e, ao mesmo tempo, transcende as particularidades de cada um deles. Embora tenha feições e expressões históricas, a sua realidade da Igreja não se esgota naquilo que, circunstancialmente, a representa e visibiliza.

Por meio deste sínodo, o papa chamou a Igreja a ir além de certo apego a formas e estruturas históricas, dando maior atenção à sua realidade profunda e à sua missão, que dão sentido e razão de ser à sua existência, como a comunhão de todos os membros da Igreja a partir dos laços da fé, dos bens espirituais, do amor divino e fraterno, da missão comum a todos os seus participantes, embora realizada de múltiplas formas. As divisões de todo tipo fazem grande mal à Igreja e enfraquecem sua missão.

A compreensão da Igreja como instituição clerical, bastante difundida, foi fundamental na escolha do tema deste sínodo. Essa maneira de ver a Igreja a fere de morte, conforme sugeriu o próprio papa Francisco em certa ocasião. Vista como um organismo “do clero”, a Igreja fica empobrecida e perde a preciosa vitalidade e dinamismo dos membros, que não são clérigos, que acabam sendo vistos como meros assistidos e beneficiados pela Igreja. Essa visão, no entanto, é distorcida e não corresponde à verdadeira natureza da Igreja, segundo a qual todos os batizados receberam a mesma dignidade fundamental no Batismo e têm parte na Igreja. Todos participam do mesmo tesouro da fé e do bem espiritual da Igreja. Francisco deseja que a Igreja reflita e busque a superação da concepção e da prática clericalista.

A tomada de consciência dessa distorção, sem dúvida, já é importante para que a Igreja volte àquilo que ela é chamada a ser por vontade de seu Fundador: o povo dos discípulos e missionários de Jesus Cristo, suas testemunhas, que caminham na fé, no amor e na esperança da realização plena das promessas de Deus. Na Igreja, cada membro é chamado a desenvolver o seu dom, colocando-o a serviço da vida e da missão da própria comunidade eclesial. Os clérigos desempenham uma missão essencial na comunidade da Igreja, mas eles não são mais Igreja que os demais batizados nem são senhores da Igreja. Ao contrário, devem estar a serviço de Deus e da comunidade dos fiéis.

O clericalismo levou grande parte dos membros da Igreja a uma condição de passividade e descompromisso, de meros receptores dos benefícios espirituais e religiosos oferecidos por ela, ou seja, pelo clero. As paróquias, templos, instituições eclesiásticas e obras religiosas, por vezes, são vistos como pontos de repasse de produtos religiosos, úteis ou interessantes para certas circunstâncias da vida, sem vinculação comunitária. E a própria Igreja corre o risco de se transformar numa espécie de agência de bens religiosos, que podem ser buscados mesmo sem nenhuma vinculação de fé nem envolvimento com sua missão. A Igreja de Cristo, porém, não pode ser reduzida a uma rede de produtos e negócios religiosos. Ela é uma comunidade de fé e vida cristã, de testemunho do Evangelho e serviço às pessoas e ao mundo.

O tema do sínodo retoma a questão fundamental da participação na Igreja: todos os seus membros são chamados a “caminhar juntos”, mantendo-se unidos pelos laços sobrenaturais da fé, esperança e caridade, interessando-se pelo bem dos demais. Numa Igreja participativa, os dons que Deus concede a cada um devem ser postos a serviço dos demais e a serviço da missão comum de toda a comunidade dos fiéis. Todos têm parte no bem da fé, da vida cristã e da herança espiritual, sem exclusão de ninguém, santo ou pecador que seja. E todos são chamados a progredirem na conversão e no caminho que leva a Deus.

A assembleia sobre a “Igreja sinodal” será celebrada em duas etapas: em outubro de 2023 e em outubro de 2024. Entre as duas etapas, haverá novos momentos de participação e de amadurecimento das propostas sinodais nas Conferências Episcopais e organismos continentais da Igreja. Francisco convida ao discernimento e à oração, recordando sempre que o principal agente da Igreja é o Espírito Santo de Deus. Fonte: https://www.estadao.com.br

*É CARDEAL-ARCEBISPO DE SÃO PAULO

 

Papa passou bem segunda noite no Gemelli

A Sala de Imprensa do Vaticano informou na manhã desta sexta-feira que a recuperação de Francisco continua serena, dois dias após a laparotomia da parede abdominal com colocação de próteses. Mais informações serão dadas ao longo do dia.

 

Vatican News

O Papa Francisco transcorreu uma noite tranquila, a segunda após a operação de laparotomia e plástica da parede abdominal com próteses. O anúncio foi feito pela Sala de Imprensa da Santa Sé com uma breve nota divulgada pela manhã, na qual sublinha que mais informações serão dadas durante o dia.

Ontem, 8 de junho, o Papa passou um dia de descanso, alimentado com uma dieta de água. "Os parâmetros hemodinâmicos e respiratórios estão estáveis. O pós-operatório é regular", informou a equipe médica em comunicado divulgado à noite.

A mesma nota – divulgada pela Sala de Imprensa vaticana à noite – informa também que ontem à tarde, Solenidade de Corpus Domini, o Papa recebeu a Eucaristia. E também que havia telefonado para a mãe da criança que ele mesmo batizou durante a segunda internação em março passado, por ocasião de uma visita ao departamento de oncologia pediátrica do Gemelli. Com efeito, a mulher tinha ido à Policlínica para mostrar a sua proximidade ao Pontífice hospitalizado e entregar-lhe um cartaz com votos de uma rápida recuperação. O Papa, "impressionado" com seu carinho, telefonou para agradecê-la. Fonte: https://www.vaticannews.va

 

Papa recupera-se bem e retribui o afeto ligando para uma mãe

Entre as muitas mensagens de proximidade, impressionou o Papa o afeto da família do pequeno Miguel Angel, batizado por Francisco 31 de março passado durante sua última hospitalização no Gemelli. O Santo Padre quis agradecer pessoalmente à mãe com uma breve ligação.

 

Vatican News

Ao final da tarde desta quinta-feira, 8 de junho, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou um novo boletim médico acerca da saúde do Santo Padre: "Papa Francisco transcorreu um dia de repouso.

A equipe médica que acompanha o pós-operatório informa que o Pontífice se alimentou com uma dieta hídrica. Os parâmetros hemodinâmicos e respiratórios são estáveis. O decurso pós-operatório resulta regular.

Na tarde de hoje, Solenidade de Corpus Christi, Francisco recebeu a Eucaristia. 

Entre as muitas mensagens de proximidade, o impressionou o afeto da família do pequeno Miguel Angel, batizado pelo Papa Francisco 31 de março passado, durante a visita aos departamentos de oncologia pediátrica e neurocirurgia infantil do hospital, que lhe enviou um cartaz com votos de pronta recuperação. 

O Santo Padre quis agradecer pessoalmente à mãe com uma breve ligação." Fonte: https://www.vaticannews.va

A internação durará vários dias para permitir o normal decurso pós-operatório e a plena retomada funcional. A Sala de Imprensa vaticana confirma que estão suspensas todas as audiências do Papa Francisco até o dia 18 de junho.

 

Vatican News

O Papa Francisco já foi operado: segundo novo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, a cirurgia durou três horas e realizou-se sem complicações.

Pela manhã, Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o seguinte comunicado:

"No final da Audiência Geral, o Santo Padre se dirigiu ao Hospital Universitário A. Gemelli onde, no início da tarde, será submetido a uma laparotomia e a uma cirurgia plástica da parede abdominal com prótese, sob anestesia geral. A operação, planejada nos últimos dias pela equipe médica que assiste o Santo Padre, tornou-se necessária devido a uma laparocele encarcerada que está causando síndromes suboclusivas recorrentes, dolorosas e agravadas. A permanência no hospital durará vários dias para permitir o curso normal do pós-operatório e a recuperação funcional completa."

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informou que por precaução todas as audiências estão suspensas até 18 de junho.

 

Mensagens de proximidade

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), unida a todos os que elevam suas preces pelo sucesso da operação que o Santo Padre está sendo submetido hoje, invoca a Virgem Maria, Nossa Senhora Aparecida, para que interceda pelo Papa Francisco dando a ele completo reestabelecimento da saúde. Que ele seja cada vez mais fortalecido na sua missão.

A Comunidade de Santo Egídio expressa todo o seu afeto e proximidade ao Papa Francisco unindo-se às orações de toda a Igreja pelo bom êxito da cirurgia e pela rápida recuperação de sua saúde. Esperamos o senhor em breve no pleno exercício do seu ministério de pastor, um ponto de referência precioso para muitos.

A Conferência Episcopal Italiana (CEI) manifesta ao Papa Francisco, a proximidade e o afeto dos bispos e da Igreja na Itália. Em mais esse momento de provação, a presidência se une em torno do Santo Padre e convida as comunidades eclesiais a apoiá-lo com a oração. Com os melhores votos de uma rápida recuperação, confia ao Senhor o trabalho dos médicos e dos demais profissionais da saúde.

O presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação, Davide Prosperi, ao ouvir a notícia da operação à qual o Papa Francisco será submetido hoje no Policlínico Gemelli, afirmou: ''Todo o movimento de Comunhão e Libertação está próximo com muito afeto ao Papa Francisco e se une a orações pela sua saúde e pelo bom êxito da cirurgia. Com os sinceros votos de que possa se recuperar em breve e voltar a nos testemunhar a sua orientação paterna no caminho de fé de toda a Igreja".

A presidência nacional da Ação Católica Italiana e a Associação como um todo estão mais uma vez unidas com a oração e o afeto carinhoso de filhos ao Papa Francisco. Confiando numa rápida e plena recuperação, as crianças, os jovens e adultos da Ação Católica abraçam idealmente o Santo Padre, elevando orações e súplicas ao Senhor para que com a ajuda de sua graça apoie e console nosso querido Papa Francisco durante sua convalescença pós-operatória e para que logo recupere a saúde para exercer plenamente o seu ministério de pai e pastor. Confiamos também ao Senhor o trabalho dos médicos e de demais profissionais da saúde que, com paixão e amor, cuidarão do Santo Padre. Estamos certos de que também nesta ocasião o Papa Francisco nos ensinará a enfrentar o sofrimento apoiados na fé e na esperança cristã.

A Diocese de Roma também se une em torno do Santo Padre invocando a bênção do Senhor para sua rápida recuperação. Fonte: https://www.vaticannews.va

 

1) Oração

Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo, e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Marcos 12, 18-27)

18Ora, vieram ter com ele os saduceus, que afirmam não haver ressurreição, e perguntaram-lhe: 19Mestre, Moisés prescreveu-nos: Se morrer o irmão de alguém, e deixar mulher sem filhos, seu irmão despose a viúva e suscite posteridade a seu irmão. 20Ora, havia sete irmãos; o primeiro casou e morreu sem deixar descendência. 21Então o segundo desposou a viúva, e morreu sem deixar posteridade. Do mesmo modo o terceiro. 22E assim tomaram-na os sete, e não deixaram filhos. Por último, morreu também a mulher. 23Na ressurreição, a quem destes pertencerá a mulher? Pois os sete a tiveram por mulher. 24Jesus respondeu-lhes: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus. 25Na ressurreição dos mortos, os homens não tomarão mulheres, nem as mulheres, maridos, mas serão como os anjos nos céus. 26Mas quanto à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés como Deus lhe falou da sarça, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó (Êx 3, 6)? 27Ele não é Deus de mortos, senão de vivos. Portanto, estais muito errados.

 

3) Reflexão  - Mc 12,18-27

No evangelho de hoje continua o confronto entre Jesus e as autoridades. Depois dos sacerdotes, anciãos e escribas (Mc 12,1-12) e os fariseus e herodianos (Mc 12,13-17), agora aparecem os saduceus que fazem uma pergunta sobre a ressurreição. Assunto polêmico, que causava briga entre saduceus e fariseus (Mc 12,18-27; cf. At 23,6-1).

Nas comunidades cristãs dos anos setenta, época em que Macros escreve o seu evangelho, havia alguns cristãos que, para não serem perseguidos, tentavam conciliar o projeto de Jesus com o projeto do império romano. Os outros que resistiam ao império eram perseguidos, acusados e interrogados pelas autoridades ou por vizinhos que se sentiam incomodados pelo testemunho deles. A descrição dos conflitos de Jesus com as autoridades era uma ajuda muito grande para os cristãos não se deixarem manipular pela ideologia do império. Ao lerem estes episódios de conflito de Jesus com as autoridades, os cristãos perseguidos se animavam e criavam coragem para continuar na caminhada.

Marcos 12,18-23. Os Saduceus.

Os saduceus eram uma elite aristocrata de latifundiários e comerciantes. Eram conservadores. Não aceitavam a fé na ressurreição. Naquele tempo, esta fé começava a ser valorizada pelos fariseus e pela piedade popular. Ela animava a resistência do povo contra a dominação tanto dos romanos como dos sacerdotes, dos anciãos e dos próprios saduceus. Para os saduceus, o reino messiânico já estava presente na situação de bem-estar que eles estavam vivendo. Eles seguiam a assim chamada “Teologia da Retribuição” que distorcia a realidade. Segundo esta teologia, Deus retribui com riqueza e bem-estar aos que observam a lei de Deus, e castiga com sofrimento e pobreza os que praticam o mal. Assim, se entende por que os saduceus não queriam mudanças. Queriam que a religião permanecesse tal como era, imutável como o próprio Deus. Por isso não aceitavam a fé na ressurreição e na ajuda dos anjos, que sustentava a luta daqueles que buscavam mudanças e libertação.

Marcos 12,19-23. A pergunta dos Saduceus.

Eles chegam até Jesus e, para criticar e ridicularizar a fé na ressurreição, contam o caso fictício daquela mulher que casou sete vezes e, no fim, morreu sem filhos. A assim chamada lei do levirato obrigava a viúva sem filhos a casar com o irmão do falecido marido. O filho que nascesse deste novo casamento era considerado filho do falecido marido. Assim, este teria uma descendência. Mas no caso proposto pelos saduceus, a mulher, apesar de ter tido sete maridos, ficou sem marido. Eles perguntam a Jesus: “Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de quem ela será? Todos os sete se casaram com ela!" Era para dizer que crer na ressurreição levaria a pessoa a aceitar o absurdo.

Marcos 12,24-27: A resposta de Jesus.

Jesus responde duramente: “Vocês não entendem nada, nem do poder de Deus, nem da Escritura!” Jesus explica que a condição das pessoas depois da morte será totalmente diferente da condição atual. Depois da morte já não haverá mais casamento, mas todas serão como os anjos no céu. Os saduceus imaginavam a vida no céu igual à vida aqui na terra. No fim, Jesus conclui: “Nosso Deus não é um Deus de mortos, mas sim de vivos! Vocês estão muito errados!” Os discípulos e as discípulas devem estar de sobreaviso: quem estiver do lado destes saduceus estará do lado oposto de Deus!

 

4) Para um confronto pessoal

1) Qual é hoje o sentido da frase: “Deus não é Deus dos mortos, mas sim dos vivos!”

2) Será que eu creio mesmo na ressurreição? O que significa para mim “creio na ressurreição da carne e na vida eterna”?

 

5) Oração final

Levanto os olhos para vós, que habitais nos céus. Como os olhos dos servos estão fixos nas mãos de seus senhores, como os olhos das servas estão fixos nas mãos de suas senhoras, assim nossos olhos estão voltados para o Senhor, nosso Deus, esperando que ele tenha piedade de nós. (Sl 122, 1-2)

Pontífice argentino deverá ficar no hospital por 'vários dias' para se recuperar, afirmou a equipe médica

 

Por O Globo e agências internacionais — Roma

O Papa Francisco, de 86 anos, passará por uma cirurgia de emergência sob anestesia geral na tarde desta quarta-feira no hospital Gemelli, em Roma, devido ao risco de obstrução intestinal, informou o Vaticano em comunicado. É a segunda operação que Francisco realiza no intestino em pouco menos de dois anos, em meio a problemas de saúde frequentes — entre eles uma pneumonia que o deixou internado por três dias em março — que geram preocupações nos fiéis.

De acordo com o comunicado do Vaticano, o religioso argentino será operado na parede abdominal e deverá ficar internado por “vários dias” para se recuperar. Mais cedo, ele havia participou da audiência semanal na praça São Pedro, no Vaticano, onde não fez nenhuma menção à operação planejada, e aparentou serenidade ao permitir que várias crianças subissem no papamóvel.

“A operação agendada (...) tornou-se necessária devido a uma laparocele que está causando síndromes suboclusivas recorrentes, dolorosas e agravadas. A permanência na unidade de saúde durará vários dias para permitir o curso normal do pós-operatório e a recuperação funcional completa”, diz a nota divulgada pelo secretário de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

Laparocele, no jargão médico, é um tipo de hérnia que se forma sobre uma cicatriz resultante de cirurgia. De acordo com a Santa Sé, o Papa passará por uma laparotomia — ou seja, uma cirurgia de barriga aberta — para corrigi-la.

Neste procedimento, o médico faz uma incisão no local da hérnia, buscando movê-la e fechar o orifício indesejado. Haverá também uma subsequente cirurgia plástica da parede abdominal com prótese, recurso geralmente usado para reforçar o local onde houve o fechamento.

Fatores de risco para a laparocele incluem infecção de ferida prévia, idade avançada e grandes cicatrizes, algo que o Papa tem devido a uma cirurgia prévia que realizou no intestino grosso em julho de 2021, quando passou 10 dias internado. De acordo com o Vaticano, a equipe médica de Francisco já previa que o procedimento desta quarta pudesse ser necessário.

Ele foi admitido na Gemelli há pouco menos de dois anos para fazer uma operação pré-agendada para tratar de uma diverticulite, inflamação na parede do intestino grosso que causa espessamento da parede do órgão, que fica mais estreito. No jargão médico, o termo para o quadro é estenose.

A ideia inicial era fazer uma cirurgia robótica, com técnica sofisticada e pouco invasiva realizada com a ajuda de robôs. O quatro provou-se mais grave do que o inicialmente previsto já no centro cirúrgico, contudo, e os médicos acharam melhor mudar os planos e fazer um procedimento "a céu aberto", quando a barriga é cortada. Cerca de 33 centímetros do órgão foram removidos.

Em uma entrevista à Associated Press em janeiro, o chefe da Igreja Católica havia dito que seus problemas intestinais tinham retornado, mas que "estava com boa saúde" para uma pessoa da sua idade.

Na terça, o Papa havia sido levado à Gemelli — cujo 10º andar tem uma ala reservada aos ocupantes do Trono de São Pedro — para exames gerais, onde sua equipe determinou que a operação seria necessária. Ele permaneceu no hospital por cerca de 40 minutos.

Esta será a segunda internação do Papa em pouco mais de dois meses, após ser levado de ambulância ao hospital no dia 29 de março, quando passou mal depois de uma audiência. Ele recebeu tratamento com antibióticos e foi liberado três dias depois.

Na época, noticiou-se que Francisco havia sido diagnosticado com bronquite aguda, mas em uma visita à Hungria no mês passado o religioso disse que sofreu de uma forma "aguda e grave" de pneumonia localizada na parte inferior do pulmão. O Pontífice teve a maior parte do pulmão direito removida aos 21 anos de idade por causa de uma pneumonia grave, e sua saúde vem sendo motivo de especulações desde que a fumaça branca saiu da chaminé do Vaticano anunciando seu nome em março de 2013.

Comentando o assunto em uma entrevista ao canal em espanhol Telemundo no mês passado, Francisco disse que a pneumonia foi "tratada a tempo", mas que se tivesse esperado algumas horas a mais para ir ao hospital, a situação poderia ter sido "mais grave". Fonte: https://oglobo.globo.com

A internação durará vários dias para permitir o normal decurso pós-operatório e a plena retomada funcional.

 

Vatican News

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o seguinte comunicado:

"No final da Audiência Geral, o Santo Padre se dirigiu ao Hospital Universitário A. Gemelli onde, no início da tarde, será submetido a uma laparotomia e a uma cirurgia plástica da parede abdominal com prótese, sob anestesia geral. A operação, planejada nos últimos dias pela equipe médica que assiste o Santo Padre, tornou-se necessária devido a uma laparocele encarcerada que está causando síndromes suboclusivas recorrentes, dolorosas e agravadas. A permanência no hospital durará vários dias para permitir o curso normal do pós-operatório e a recuperação funcional completa." Fonte: https://www.vaticannews.va

Paróquia Nossa Senhora D'Abadia permanecerá fechada por dois dias; objetos serão restaurados

 

Homem invadiu igreja e depredou objetos religiosos, em Anápolis Reprodução/TV Anhanguera

 

Por Júlia Cople — Rio de Janeiro

O homem que invadiu a Paróquia Nossa Senhora D'Abadia, em Anápolis (GO), "conversou com Jesus" antes de subir no altar e arrancar o crucifixo de 100 kg. A estátua de Cristo teve o resto, os braços e o pé quebrados pelo suspeito, que foi preso em flagrante no local, nesta segunda-feira.

Três integrantes da paróquia estavam na igreja logo ao fim da missa das 6h45 quando o homem começou a falar alto. De acordo com a secretária da paróquia, Meire Lúcia Souza, ele estava "totalmente exaltado".

— O sacristão estava guardando o material litúrgico [da missa de 6h45] e fechou as três portas grandes da frente. A pessoa arrombou uma delas e ficou lá, como que rezando. Foi para o altar. Para ele, aquilo era uma oração. Falava alto, conversava com Jesus e tal. Aí ele tirou a toalha do altar, subiu em cima do altar, e a gente só foi escutando o barulho. Ele estava totalmente exaltado. Não sei como, mas ele conseguiu arrancar o crucifixo, que é muito pesado, de madeira. Agora a gente vai ver as imagens para entender direitinho como tudo ocorreu — afirmou Meire, em entrevista ao GLOBO.

Por causa do "ato de vandalismo e profanação", a equipe da igreja anunciou nas redes sociais que decidiu fechar as portas durante dois dias. O Padre Fagner, responsável pela paróquia, acompanhou os policiais militares e o suspeito preso até uma delegacia da região, onde prestou queixa por dano.

Os objetos danificados serão restaurados e recolocados no altar. Segundo Meire Lúcia, os três integrantes da paróquia que estavam no local no momento do fato, inclusive ela, nunca haviam visto o homem na igreja antes.

— O homem arrastou a estátua para fora da igreja. É uma imagem de muitos anos, de madeira. Vai ser restaurada, o restaurador já veio ver, mas ainda não temos o orçamento. Quebrou a face, os braços e o pé da imagem, que é grande. Por enquanto, é o dano emocional. É muito ruim. A gente a vida inteira viu a imagem lá no altar, e a igreja vai ser reaberta sem ela, em Corpus Christi. Os paroquianos ficaram muito tristes — disse a secretária, que está na paróquia há 12 anos.

A matriz será reaberta somente na quarta-feira, às 17h. Às 19h, a comunidade religiosa celebrará uma missa com um ato de desagravo. A celebração será presidida pelo bispo auxiliar da Diocese de Anápolis, Dom Dilmo Franco.

Na manhã desta segunda, o homem arrombou a porta da igreja e depredou objetos no local — um deles, o crucifixo de aproximadamente dois metros de cumprimento e que pesa mais de 100 kg. O item ficava no altar. A estátua de Jesus Cristo foi vandalizada e jogada para fora do templo.

A Polícia Militar foi acionada e deteve o homem. Segundo a TV Anhanguera, ele estava bastante agitado. Uma perícia foi realizada no local. Fonte: https://oglobo.globo.com

Apesar da negativa, presidente faz aceno, chama evento de 'louvor à paz de Cristo' e diz que enviará Benedita e AGU

 

 

Presidente Lula, ao lado do vice, Geraldo Alckmin, e da primeira-dama, Janja, durante solenidade em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira - 5.jun.23/Folhapress

 

Anna Virginia Balloussier

SÃO PAULO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta para o apóstolo Estevam Hernandes, idealizador da Marcha para Jesus, agradecendo o "honroso convite" para participar do evento. Avisou que "infelizmente" não poderá ir neste ano, mas que será representado pela deputada Benedita da Silva (PT), quadro evangélico pioneiro no PT, e Jorge Messias, o advogado-geral da União.

"Sempre admirei e respeitei a Marcha para Jesus, que considero uma das mais extraordinárias expressões de fé do nosso povo", diz o texto assinado por Lula e enviado ao apóstolo, segundo o próprio, pelo gabinete presidencial.

O gesto foi bem recebido por Hernandes, um ex-aliado do petista que, em 2018 e 2022, alinhou-se a Jair Bolsonaro (PL) nas disputas eleitorais. "Achei muito importante da parte dele esse reconhecimento da Marcha, no sentido de ser um evento cristão de importância mundial", afirmou à Folha.

Lula nunca foi a uma edição, assim como nenhum outro presidente até Bolsonaro, que marcou presença já no primeiro ano de seu mandato. O petista, contudo, sancionou a lei que criou, em 2009, o Dia Nacional da Marcha para Jesus.

Sua campanha ressaltou essa atitude no ano passado, quando ele estava sendo atacado por vários pastores de expressão nacional, que o acusavam de não se importar com o segmento. Hernandes chegou a dizer à reportagem, um ano atrás, que considerava impossível fazer as pazes com Lula.

Mas disse também na ocasião que, se o ex-presidente voltasse ao poder, seria "praticamente obrigatório" construir novas pontes para o diálogo. "Se você realmente tem o resultado nas urnas, e tem um processo democrático, então nós vamos ser presididos por A ou B, não tem como se insurgir, um 'não aceito A ou B'. Aquele que for eleito é o presidente dos brasileiros."

O presidente diz na carta endereçada a Hernandes, fundador da igreja Renascer em Cristo, que "vivemos num momento em que a tela dos nossos celulares nos bombardeiam, o tempo todo, com mentiras e mensagens de ódio".

Alvo de fake news que se espraiaram por igrejas evangélicas, como a de que fecharia templos se vencesse a eleição, Lula lamenta que "antigas amizades" sejam "quebradas por discordância política".

A Marcha, contudo, "é o contrário disso", afirma. "É o louvor à paz e ao amor de Cristo. É a força alegre da fé vencendo o ódio e a discórdia que só afastam as pessoas."

Lula foi chamado no fim de maio para a caminhada feita há três décadas por evangélicos pelas ruas de São Paulo, um marco do calendário evangélico brasileiro que reúne várias igrejas e sempre convida os chefes do Executivo municipal, estadual e federal. O evento, neste ano, será na quinta (8), no feriado de Corpus Christi.

"Todo ano, milhões de pais, mães, crianças e adolescentes se reúnem para louvar aquele que tantos ensinamentos trouxe à humanidade", afirma a carta. Na sequência, o petista se diz orgulhoso de ter assinado a lei para tirar do papel o Dia Nacional da Marcha.

A missiva é toda permeada por conteúdo cristão. "Mais do que nunca, precisamos estar unidos em torno dos valores propagados por Cristo", como "levar o pão a quem tem fome", afirma.

A relação de Lula com a liderança evangélica mais graúda, que serve de bússola para pastores de igrejas menores, é de vaivéns. Foi malquisto por anos, até ganhar o respaldo de vários líderes em 2002, quando venceu a corrida presidencial pela primeira vez. O endosso foi murchando e, em 2018, a maioria já era abertamente avessa ao petista, então alvejado pela Lava Jato e preso em Curitiba.

Após a vitória sobre Bolsonaro em 2022, essa cúpula religiosa, até então coesa em torno do bolsonarismo, adotou discurso cauteloso. Muitos pastores evocaram o preceito bíblico de sempre orar pela autoridade constituída. Outros não saíram do modo ataque, como Silas Malafaia.

A maioria submergiu. Nos bastidores, comemora o que vê como sinais positivos da Presidência, como uma possível PEC que ampliaria a isenção tributária para igrejas.

Mas o esforço de Lula para aprovar o PL das Fake News, inglório aos olhos da bancada evangélica, e as chamadas pautas identitárias ainda são um obstáculo para selar essa aproximação. Um exemplo é o uso do pronome neutro ("todes") em eventos oficiais, que irritou uma penca de líderes evangélicos no começo do novo governo. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

'Doidões por Jesus', nos anos 70, tinha modo de vida simples e comunitário

 

Juliano Spyer

Antropólogo, pesquisador do Cecons/UFRJ, autor de Povo de Deus (Geração 2020) e criador do Observatório Evangélico.

Joel Courtney, Anna Grace Barlow, Kimberly Williams-Paisley, Jonathan Roumie DeeVon Franklin antes da estreia de 'Jesus Revolution', em Hollywood - Emma McIntyre - 15.fev.23/Getty Images via AFP

 

O filme "Jesus Revolution" está chamando a atenção de produtores de Hollywood pelo sucesso nas bilheterias. O título da obra é o mesmo de um artigo de capa da revista Time de 1971 sobre o movimento dos "Jesus Freaks" (doidões por Jesus, em tradução livre), que emergiu durante a contracultura, no mesmo ambiente de combate ao moralismo, ao consumismo e às guerras.

Os Jesus Freaks eram cristãos fervorosos que adotaram um modo de vida simples e comunitário, em contraste com o estilo austero do cristianismo tradicional. "O amor deles parece mais sincero do que um slogan, mais profundo do que os sentimentos passageiros dos outros [hippies]; o que surpreende as pessoas de fora é o extraordinário senso de alegria que eles conseguem transmitir", escreveu, na época, a Time.

O filme retrata a história verídica do pastor de uma igreja pequena e decadente que se encanta com a mensagem de acolhimento dos Jesus Freaks e vê a oportunidade de levar a mensagem bíblica para a juventude da geração "paz e amor".

"Jesus Revolution" recebeu críticas positivas, inclusive fora da mídia evangélica.

A revista Variety descreveu o filme como "um dos melhores exemplos de entretenimento baseado na fé que a tela grande viu em um bom tempo, apresentando um equilíbrio convincente sem se tornar excessivamente moralista". O boca a boca ajudou a mantê-lo entre os dez filmes mais assistidos por cinco semanas nos EUA.

No entanto, especialistas criticaram o filme por ele não abordar a complexidade do fenômeno. Por exemplo, Lonnie Frisbee, um missionário e figura importante no movimento, converteu-se lendo os Evangelhos durante uma experiência induzida por LSD e teve relacionamentos extraconjugais com homens e com mulheres. Greg Laurie, autor do livro que inspirou o roteiro e líder dos Jesus Freaks, é hoje um pastor conservador que apoia abertamente Donald Trump.

É difícil prever como a audiência brasileira acolherá esse filme. Um terço da população aqui se identifica como evangélica e mais de 80% são cristãos. E a história leve e alegre, que fala mais de comunhão do que de dogmas, também agradaria os que não se consideram religiosos mas incluem faixas gospel em suas playlists.

Mas o filme celebra o inconformismo e o espírito efervescente de um período associado à experimentação de costumes. E aqueles que se interessam pela contracultura talvez rejeitem a ideia de assistir a uma produção classificada como cristã. No Brasil, fora das universidades, o lugar em que esses dois mundos se encontraram é na Bola de Neve Church e na cantora Baby do Brasil. E esse perfil representa apenas uma fração do nosso campo evangélico. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

 

1) Oração

Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo, e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Marcos 12,13-17)

13Enviaram-lhe alguns fariseus e herodianos, para que o apanhassem em alguma palavra. 14Aproximaram-se dele e disseram-lhe: Mestre, sabemos que és sincero e que não lisonjeias a ninguém; porque não olhas para as aparências dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. É permitido que se pague o imposto a César ou não? Devemos ou não pagá-lo? 15Conhecendo-lhes a hipocrisia, respondeu-lhes Jesus: Por que me quereis armar um laço? Mostrai-me um denário. 16Apresentaram-lho. E ele perguntou-lhes: De quem é esta imagem e a inscrição? De César, responderam-lhe. 17Jesus então lhes replicou. Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E admiravam-se dele.

 

3) Reflexão  - Mc 12,13-17

No evangelho de hoje continua o confronto entre Jesus e as autoridades. Os sacerdotes, anciãos e escribas tinham sido criticados e denunciados por Jesus na parábola da vinha (Mc 12,1-12). Agora, os mesmos pedem aos fariseus e herodianos para armar uma cilada contra Jesus, a fim de poder apanhá-lo e condená-lo. Estes perguntam a Jesus sobre o imposto a ser pago aos romanos. Era um assunto polêmico que dividia a opinião pública. Os adversários de Jesus querem a todo custo acusá-lo e, assim, diminuir a sua influência junto do povo. Grupos, que antes eram inimigos entre si, agora se unem para combater Jesus que pisava no calo de todos eles. Isto acontece também hoje. Muitas vezes, pessoas ou grupos, inimigos entre si, se unem para defender seus privilégios contra aqueles que os incomodam com o anúncio da verdade e da justiça.

Marcos 12,13-14. A pergunta dos fariseus e herodianos.

Fariseus e herodianos eram as lideranças locais nos povoados da Galiléia. Bem antes, eles já tinham decidido matar Jesus (Mc 3,6). Agora, a mando dos Sacerdotes e Anciãos, eles querem saber de Jesus se ele é a favor ou contra o pagamento do imposto aos romanos, a César. Pergunta esperta, cheia de malícia! Sob a aparência de fidelidade à lei de Deus, buscam motivos para poder acusá-lo. Se Jesus dissesse: “Deve pagar!”, poderiam acusá-lo junto ao povo como amigo dos romanos. Se ele dissesse: “Não deve pagar!”, poderiam acusá-lo junto às autoridades romanas como subversivo. Parecia uma sinuca sem saída!

Marcos 12, 15-17: A resposta de Jesus.

Jesus percebe a hipocrisia. Na sua resposta, ele não perde tempo em discussões inúteis, e vai direto ao centro da questão. Em vez de responder e de discutir o assunto do tributo a César, ele pede que lhe mostrem a moeda, e pergunta: "De quem é esta imagem e inscrição?" Eles respondem: "De César!" Resposta de Jesus: "Então, dêem a César o que é de César, mas a Deus o que é de Deus!”. Na prática, eles já reconheciam a autoridade de César. Já estavam dando a César o que era de César, pois usavam as moedas dele para comprar e vender e até para pagar o imposto ao Templo! O que interessa a Jesus é que “dêem a Deus o que é de Deus!”, isto é, que devolvam a Deus o povo, por eles desviado, pois com os seus ensinamentos bloqueavam a entrada do Reino para o povo (Mt 23,13). Outros explicam esta frase de Jesus de outra maneira: “Dêem a Deus o que é de Deus!”, isto é, pratiquem a justiça e a honestidade conforme o exige a Lei de Deus, pois pela hipocrisia vocês estão negando a Deus o que lhe é devido. Os discípulos e as discípulas devem tomar consciência! Pois era o fermento destes fariseus e herodianos que estava cegando os olhos deles! (Mc 8,15).

Impostos, tributos, taxas e dízimos

No tempo de Jesus, o povo da Palestina pagava muitos impostos, taxas, tributos e dízimos, tanto aos romanos como ao Templo. O império romano invadiu a Palestina no ano 63 aC e passou a exigir muitos impostos e tributos. Pelos cálculos feitos, metade ou mais do orçamento familiar era para os impostos, tributos, taxas e dízimos. Os impostos exigidos pelos romanos eram de dois tipos: direto e indireto:

  1. O imposto Direto era sobre as propriedades e sobre as pessoas. Imposto sobre as propriedades (tributum soli): os fiscais do governo verificavam o tamanho da propriedade, da produção e do número de escravos e fixavam a quantia a ser paga. Periodicamente, havia nova fiscalização através dos censos. Imposto sobre as pessoas (tributum capitis): era para as classes pobres sem terra. Incluía tanto homens como mulheres entre 12 e 65 anos. Era sobre a força do trabalho: 20% da renda de cada pessoa era para o imposto.
  2. O imposto Indireto era sobre transações variadas. Coroa de ouro: Originalmente, era um presente ao imperador, mas tornou-se um imposto obrigatório. Era cobrado em ocasiões especiais como festas e visitas do imperador. Imposto sobre o sal: o sal era o monopólio do imperador. Só era tributado o sal para uso comercial. Por exemplo, o sal usado pelos pescadores para comercializar o peixe. Daqui vem a nossa palavra “salário”. Imposto na compra e venda: Em cada transação comercial pagava-se 1%. A cobrança era feita pelos fiscais na feira. Na compra de um escravo exigiam-se 4%. Em cada contrato comercial registrado, exigiam-se 2%. Imposto para exercer a profissão: Para tudo se precisava de licença. Por exemplo, um sapateiro na cidade de Palmira pagava um denário por mês. Um denário era o equivalente ao salário de um dia. Até as prostitutas tinham que pagar. Imposto sobre o uso de coisas de utilidade pública: O imperador Vespasiano introduziu o imposto para se poder usar as privadas públicas em Roma. Ele dizia “Dinheiro não fede!”
  3. Outras Taxas e obrigações: Pedágio ou alfândega; Trabalho forçado; Despesa especial para o exército (dar hospedagem aos soldados; fornecer pagar comida para o sustento das tropas); Imposto para o Templo e o Culto.

 

4) Para um confronto pessoal

 

  1. Você conhece algum caso de grupos ou de pessoas que eram inimigos entre si, mas que se juntaram para perseguir a pessoa honesta que os incomodava e denunciava? Isto já aconteceu alguma vez com você?
  2. Qual é hoje o sentido da frase: “Dai a César o que é do César, e a Deus o que é de Deus”?

 

5) Oração final

Cumulai-vos desde a manhã com as vossas misericórdias, para exultarmos alegres em toda a nossa vida. Manifestai vossa obra aos vossos servidores, e a vossa glória aos seus filhos (Sl 89, 14.16)

 

Dom Rodolfo Luís Weber

Arcebispo de Passo Fundo (RS)

 

O prefácio da missa da solenidade da Santíssima Trindade reza. “Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Com vosso Filho único e o Espírito Santo sois um só Deus e um só Senhor. Não uma única pessoa, mas três pessoas num só Deus. Tudo o que revelastes e nós cremos a respeito de vossa glória atribuímos igualmente ao Filho e ao Espírito Santo”. Esta oração de louvor professa a fé no Deus uno e trino, um só Deus em três pessoas. Um mistério inefável para a nossa capacidade humana e, mesmo assim, Ele se deu a conhecer, revelou-se.  

Foi Jesus Cristo quem nos revelou a intimidade de Deus. No Antigo Testamento Deus já era chamado como criador e Pai, particularmente dos pobres, órfãos e viúvas. Jesus revelou um novo sentido, totalmente original, ao se referir a Deus como “Pai”. “Ninguém conhece o Filho (Jesus) senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11,27). Em outros momentos, Jesus deixou claro que estava realizando a “vontade do Pai”, “quem me vê, vê o Pai”, “eu o Pai somos um”. 

Jesus também anunciou “outro Paráclito” (defensor) o Espírito Santo, atuante desde a criação , “quem falou pelos profetas”, está agora junto dos discípulos e presente neles, para ensiná-los e conduzi-los à “verdade plena” (Jo16,13) Assim, o Espírito Santo é revelado como outra pessoa divina em relação a Jesus e ao Pai. “O Espírito Santo é enviado aos apóstolos e à Igreja tanto pelo Pai, em nome do Filho, como pelo Filho em pessoa, depois de seu retorno para junto do Pai. O envio da pessoa do Espírito, após a glorificação de Jesus, revela em plenitude o mistério da Santíssima Trindade” (Catecismo da Igreja Católica n. 244) 

Os textos bíblicos da solenidade da Santíssima Trindade (Êxodo 34,4-6.8-9, 2º Coríntios 13,11-13 e João 3,16-18) não se detém tanto no mistério da Trindade, mas falam do amor de Deus. O amor se constitui a essência divina e ao mesmo tempo a sua unidade. Moisés que conduz “um povo de cabeça dura” grita a Deus: “Senhor, Senhor! Deus misericordioso e clemente, rico em bondade e fiel”. No Novo Testamento , a 1ª Carta de São João (4,8) resume a Deus com uma única palavra: “Amor”. O santo Evangelho afirma: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que mundo seja salvo por ele.” 

O Deus revelado pelas escrituras falam claramente que Deus não é alguém fechado sobre si mesmo e satisfeito em sua autossuficiência, mas é vida que deseja comunicar-se, é abertura, é relação. Todas as palavras como misericórdia, clemente, rico em bondade, fiel e amor falam de relação. Um ser cheio de vida que quer transmitir e gerar vida. Este rosto de Deus revelou-se plenamente em Jesus Cristo, pois passou “por este mundo fazendo o bem” (Atos 10,38). Em nome deste Deus São Paulo saúda: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor do Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam como todos vós”.  

Desta realidade divina nasce uma luz para olhar a realidade humana. Criados à imagem e semelhança do Criador os humanos são chamados a viver uma vida de relações fraternas, de encontro, de diálogo, de amor. O ser humano só se realiza e se torna humano na medida em que sai do seu isolamento, forma comunidade e sociedade; em que tem preocupação com a vida do próximo desejando que ele viva.  Fonte: https://www.cnbb.org.br

 

Nesta quinta-feira, 1º de junho, às 17h, a Pascom Brasil promove um painel para apresentar o documento Rumo à presença plena: uma reflexão pastoral sobre a participação nas redes sociais, divulgado no dia 29 pelo Dicastério para a Comunicação do Vaticano. A live terá como ponto de partida os principais assuntos tratados no texto e o que significa este documento para o momento atual. A transmissão será pelo canal da Pascom YouTube, diretamente no link abaixo, e ficará disponível para ser assistida posteriormente.

O painel será mediado pelo coordenador-geral da Pascom Brasil, Marcus Tullius, e terá os seguintes participantes:

 

Dom Valdir José de Castro, bispo de Campo Limpo e presidente da Comissão Episcopal para Comunicação da CNBB, membro do Dicastério para Comunicação;

 

Joana Puntel, religiosa paulina, jornalista, doutora em Ciências da Comunicação, pesquisadora na área de comunicação, cultura e Igreja;

 

Filipe Domingues, jornalista, analista vaticano, mestre e doutor em Ciências Sociais, vice-diretor do Lay Centre (Roma) e participante do processo de elaboração do documento;

 

Moisés Sbardelotto, jornalista, mestre e doutor em Ciências da Comunicação, professor da PUC Minas e participante do processo de elaboração do documento;

 

Aline Amaro da Silva, jornalista e doutora em Teologia, pesquisadora e professora da PUC Minas.

A vice-diretora da Sala de Imprensa do Vaticano, Cristiane Murray, também terá participação especial na live.

 

Cristãos nas redes sociais: uma reflexão pastoral

documento, disponível em cinco idiomas, incluindo o português, afirma que o seu objetivo “é promover uma reflexão comum a respeito da participação dos cristãos nas redes sociais, que estão cada vez mais presentes na vida das pessoas. Inspirando-se na parábola do Bom Samaritano, o documento visa dar início a uma reflexão comum, a partir da fé, para fomentar uma cultura de ‘amor ao próximo’ também na esfera digital, com um sentido de pertença, reciprocidade e solidariedade são os pilares para edificar um sentido de comunidade que, em última análise, deveria fortalecer as comunidades locais, capazes de se tornar motores de mudança.”

A inspiração bíblica do documento é utilizada pelo Papa Francisco desde sua primeira mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 2014, quando apresenta a parábola do Bom Samaritano como a parábola do comunicador. O documento tem 82 parágrafos, organizados em quatro grandes partes.

 

I-Atenção às ciladas nas rodovias digitais

Aprender a ver a partir da ótica de quem caiu nas mãos dos ladrões (cf. Lc 10, 36).

 

II-Da consciência ao verdadeiro encontro

Aprender com aquele que teve compaixão (cf. Lc 10, 33)

 

III- Do encontro à comunidade
“Cuida dele” (cf. Lc 10, 35) – abranger outros no processo de cura

 

IV-Um estilo distintivo

Ame… e viverá (cf. Lc 10, 27-28). Fonte: https://www.cnbb.org.br

Locadora de veículos diz que dívida soma R$ 1,6 milhão

Estevam Hernandes fala para empresários e comerciantes da Zona Norte de São Paulo na Associação dos Oficiais da Polícia Militar - Eduardo Knapp - 19.out.22/Folhapress

A Justiça paulista decidiu leiloar quatro imóveis da Igreja Renascer em Cristo, fundada nos anos 1980 pelo apóstolo Estevam Hernandes, o idealizador da Marcha para Jesus.
A decisão foi tomada em um processo aberto pela empresa Pole Comércio de Veículos, que cobra da igreja uma dívida estimada em R$ 1,6 milhão em aluguéis vencidos.

Um dos imóveis é o prédio da avenida Lins de Vasconcelos, no Cambuci, cujo teto desabou em janeiro de 2009, matando nove pessoas e deixando cerca de 100 feridos.

Em ruínas, o prédio tem 2.673 metros quadrados e vale cerca de R$ 14 milhões, de acordo com um laudo pericial anexado ao processo.

No total, os imóveis a serem leiloados valem cerca de R$ 26, 5 milhões.

A igreja se defendeu no processo argumentando não ter descumprido nenhuma cláusula contratual e que não estava inadimplente.

A Justiça não aceitou a argumentação e condenou a igreja a fazer o pagamento. O processo transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso. Como a Renascer não fez o pagamento, a Justiça determinou a realização do leilão.

A Renascer, proprietária da Rede Gospel de Televisão e Rádio, com 25 emissoras em seis Estados e no Distrito Federal, ainda pode recorrer para questionar o cálculo da correção da dívida, que inclui juros, e a realização do leilão.

No processo, a Igreja afirmou que os imóveis valem muito mais do que o valor da dívida.
"Somente um único imóvel penhorado é capaz de garantir o crédito almejado pelo menos 14 vezes", afirmou a defesa da Renascer, ressaltando ter interesse em pagar o valor devido.
O juiz Emmanuel Brandão Filho determinou a realização do leilão dos quatro imóveis sustentando que não há garantia de que todos serão arrematados.

Ele disse na sentença também que existem diversas outras penhoras sobre os imóveis da Renascer por conta de dívidas cobradas em outros processos judiciais. Ou seja, em tese, os valores obtidos no leilão poderão ser utilizados para o pagamento dos demais credores.
O juiz afirmou ainda que, caso o montante obtido supere as dívidas, a diferença será devolvida à igreja. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br