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Com o cenário inédito da Praça São Pedro vazia com o Papa Francisco diante da Basílica Vaticana, o Pontífice afirmou que é "diante do sofrimento que se mede o verdadeiro desenvolvimento dos povos”. Francisco falou ainda da ilusão de pensar :que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente".
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
(27/03/2020) Abraçar o Senhor para abraçar a esperança: esta é a mensagem do Papa Francisco aos fiéis de todo o mundo que, neste momento, se encontram em meio à tempestade causada pela pandemia do coronavírus.
Diante de uma Praça São Pedro completamente vazia, mas em sintonia com milhões de pessoas através dos meios de comunicação, o trecho escolhido para a oração dos féis foi a tempestade acalmada por Jesus, extraído do Evangelho de Marcos.
E foi esta passagem bíblica que inspirou a homilia do Santo Padre, que começa com o “entardecer…”.
“Há semanas, parece que a tarde caiu. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo de um silêncio ensurdecedor e de um vazio desolador… Nos vimos amedrontados e perdidos.”
Estamos todos no mesmo barco
Estes mesmos sentimentos, porém, acrescentou o Papa, nos fizeram entender que estamos todos no mesmo barco, “chamados a remar juntos”.
Neste mesmo barco, seja com os discípulos, seja conosco agora, está Jesus. Em meio à tempestade, Ele dorme – o único relato no Evangelho de Jesus que dorme – notou Francisco. Ao ser despertado, questiona: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).
“A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade.”
A ilusão de pensar que continuaríamos saudáveis num mundo doente
Com a tempestade, afirmou o Papa, cai o nosso “ego” sempre preocupado com a própria imagem e vem à tona a abençoada pertença comum que não podemos ignorar: a pertença como irmãos.
“Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»”
O Senhor então nos dirige um apelo, um apelo à fé. Nos chama a viver este tempo de provação como um tempo de decisão: o tempo de escolher o que conta e o que passa, de separar aquilo que é necessário daquilo que não é. “O tempo de reajustar a rota da vida rumo ao Senhor e aos outros.”
A heroicidade dos anônimos
Francisco cita o exemplo de pessoas que doaram a sua vida e estão escrevendo hoje os momentos decisivos da nossa história. Não são pessoas famosas, mas são “médicos, enfermeiros, funcionários de supermercados, pessoal da limpeza, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho”.
“É diante do sofrimento que se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos”, afirmou o Papa, que recordou que a oração e o serviço silencioso são as nossas “armas vencedoras”.
A tempestade nos mostra que não somos autossuficientes, que sozinhos afundamos. Por isso, devemos convidar Jesus a embarcar em nossas vidas. Com Ele a bordo, não naufragamos, porque esta é a força de Deus: transformar em bem tudo o que nos acontece, inclusive as coisas negativas. Com Deus, a vida jamais morre.
Temos uma esperança
Em meio à tempestade, o Senhor nos interpela e pede que nos despertemos. “Temos uma âncora: na sua cruz fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor.”
Abraçar a sua cruz, explicou o Papa, significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de onipotência e posse, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. “Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança.” Aqui está a força da fé e que liberta do medo. Francisco então concluiu:
“Deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo, desça sobre vocês, como um abraço consolador, a bênção de Deus.”
Ao final da homilia, o Pontífice adorou o Santíssimo e concedeu a bênção Urbi et Orbi, com anexa a Indulgência Plenária. Fonte: https://www.vaticannews.va
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Por causa das medidas restritivas para controlar a difusão do coronavírus na Itália, a cerimônia de despedida de Ir. Edite Bortolini nesta sexta-feira (27) não será celebrada dentro da Igreja. Do Brasil, amigos e familiares lembram da missão de mais de 60 anos da religiosa, há quase 20 atuando junto às Passionistas de São Paulo da Cruz, na Vila Montanina, região do Vêneto.
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
“Irmã Edite, entre tantas qualidades que tinha, uma delas era o silêncio, a doação, o serviço. Era uma pessoa muito prática, de espírito administrativo. Ela renovou, transformou aquelas casas, porque, na realidade são três: temos a Casa Grande, construída por Antônio Fogazzaro, uma casa histórica muito bonita; temos a Escola da Infância e temos o Bom Pastor – uma casa que acolhe pessoas idosas autônomas. Ali, Irmã Edite, além da sua presença silenciosa, alegre e doada, ela era uma excelente administradora. E, quem conheceu aquela casa, e quem a conhece hoje, vê as grandes qualidades da Irmã Edite.”
Que descreve a Irmã Edite Bortolini é a Ir. Elsa Rodrigues, que também faz parte da Congregação Passionistas de São Paulo da Cruz e a conheceu durante os 6 anos em que esteve na Vila Montanina. A grande estrutura católica é um lugar adequado para repouso espiritual, mas também atua a serviço da comunidade e pela educação das crianças.
“Irmã Edite foi uma pessoa muito significativa para a nossa Comunidade da Montanina. Nós ficamos sabendo da sua passagem através da Congregação que estava continuamente em contato conosco.”
A vida e história da religiosa gaúcha
Irmã Edite Terezinha Bortolini completaria 82 anos no próximo sábado, 28 de março. Vítima do coronavírus, a gaúcha, da cidade de Garibaldi, veio a falecer em 23 de março na Itália, onde atuava há quase 20 anos, na Vila Montanina, na pequena cidade de Velo d’Astico, na província de Vicenza, região do Vêneto.
Na comunidade, em que foi superiora até agosto de 2019, Ir. Edite foi responsável por transformar a casa que acolhia os idosos, o que veio a se tornar meta de turismo religioso e para as férias de verão das famílias, através da rica história cultural e de fé, onde atuam religiosas das mais diferentes nacionalidades.
Controle sanitário e de isolamento
Para conter a difusão do coronavírus, a imprensa local divulgou que os procedimentos de controle sanitário e de isolamento já foram feitos para a proteção de quem vive na comunidade e dos frequentadores da estrutura. A própria Escola de Infância já estava fechada há quase um mês.
O adeus aos familiares do Brasil
Ainda no início do ano, Irmã Edite esteve no Brasil para visitar familiares nas cidades de Canoas e Garibaldi, no Rio Grande do Sul. A sobrinha Lores Bortolini Affonso, que mora em Curitiba, no Paraná, contou que foi uma estadia de momentos muito felizes, inclusive para confraternizar com os irmãos e brincar com sobrinhos-netos.
Lores chegou a falar com a tia um dia antes de ser diagnosticada com a doença, quando já estava em estado febril: “o vírus foi fatal para ela, que já estava debilitada”, contou Lores. Por causa das medidas restritivas do Covid-19, a cerimônia de despedida não será celebrada dentro da Igreja. Impossibilitados de se despedir de Ir. Edite, Lores antecipa que os familiares estarão presentes de coração no funeral, marcado para esta sexta-feira (27), no Cemitério de Velo d’Astico:
“Irmã Edite, minha tia, esteve aqui no Brasil de janeiro e até dia 12 de fevereiro, visitando seus irmãos, seus sobrinhos, parentes e amigos, onde viveu momentos de intensa alegria junto conosco. E, feliz, retornou à Itália onde ela tinha uma missão. Havia prometido a ela que neste ano eu iria visitar e ficar um tempo com ela. Infelizmente (emocionada), não será possível. Farei a visita ao seu túmulo. É triste não poder estar junto, mas eu creio que o exemplo que ela deixa de viver os seus votos religiosos, durante mais de 60 anos, deixa o exemplo de obediência, de fé, de verdadeiro espírito de caridade e de oblação, de entrega e de jamais fazer a própria vontade.” Fonte: https://www.vaticannews.va
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"Entre as mais de 6 mil vítimas da Covid-19 na Itália, pelo menos 66 são padres católicos, com idades entre 45 e 104 anos – e isso apenas entre os presbíteros diocesanos, isto é, aqueles ligados ao bispo local e não a uma congregação religiosa. Um terço deles são da Diocese de Bergamo, no norte da Itália, região que está no epicentro da pandemia do novo coronavírus no país.
As dioceses de Milão, Parma, Cremona e Piacenza-Bobbio perderam seis padres cada uma – incluindo, na última delas, os padres gêmeos Mario e Giovanni Boselli, de 87 anos. Entre os presbíteros religiosos mortos pelo coronavírus, cujo número total não é conhecido, se conta inclusive um padre xaveriano de Parma que atuou durante décadas como missionário na periferia de Belém do Pará e em Abaetetuba. Nicola Masi tinha 92 anos e morreu no dia 13 de março.
Em Roma, dois conventos femininos foram isolados. Em um deles, das irmãs angélicas de São Paulo, 19 das 21 freiras foram diagnosticadas com Covid-19. No outro, das irmãs camilianas, são 60 as religiosas com coronavírus. As camilianas, aliás, administram cinco hospitais na Itália, dos quais três estão concentrados em assistir as vítimas da pandemia.
“Em todas as nossas estruturas há irmãs enfermeiras que nesse período arriscam a própria vida com abnegação”, disse a secretária-geral da congregação e diretora de um dos hospitais, irmã Lancy Ezhupara, ao Vatican News. “Nós, filhas de São Camilo, fazemos um quarto voto, além dos três votos clássicos de pobreza, obediência e castidade: o voto de servir os doentes ainda que custe a própria vida. Talvez nos últimos anos, para muitas de nós, esse quarto voto esteve um pouco ofuscado, mas hoje ele voltou com força a ter toda a sua extrema atualidade”.
Uma história em especial tem se destacado nos últimos dias: a do padre Giuseppe Berardelli, da Diocese de Bergamo, que teria morrido depois de renunciar ao uso do respirador para cedê-lo a alguém mais jovem. Embora Berardelli de fato tenha dito, antes de seu quadro se agravar, que “se dependesse de mim, eu preferiria que em vez de mim fossem curados e salvos os mais jovens”, o episódio do respirador não corresponde à realidade.
Jornais locais atribuíram a informação a um funcionário do hospital de Lovere, na província de Bergamo, em que o padre de 72 anos esteve internado e onde morreu, na noite entre 15 e 16 de março. O jornal La Repubblica, porém, disse que a Diocese de Bergamo informou que a história não era verdadeira. O jornal Avvenire, que pertence à Conferência Episcopal Italiana, também desmentiu o episódio.
A morte de Berardelli causou comoção em Casnigo, na mesma província, onde ele era pároco. Ao saber da morte do padre, na segunda-feira (16), a população do município foi às sacadas homenageá-lo com um aplauso. “Era uma pessoa simples, franca, de enorme gentileza e disponibilidade em relação a todos, fiéis e não fiéis”, disse o prefeito de Casnigo, Giuseppe Imberti, a um veículo local. “Era amado por todos”.
Como em todos os outros casos, não houve um funeral para Berardelli. A Conferência Episcopal Italiana pediu que todos os bispos do país dediquem um momento do próximo dia 27 a visitar, sozinhos, um cemitério de suas dioceses, para um momento de recolhimento, oração e bênção." Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br
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Um deles, quase todos os dias há duas semanas, morre em silêncio na cama do seu quarto. Eles vão embora rezando entre os lençóis da “casa”, a sede internacional dos xaverianos em Parma, Itália, quartel-general dos missionários acostumados a dar a volta ao mundo para levar ajuda e que, agora, talvez por dias demais, estão trancados entre quatro paredes e morrendo. A reportagem é de Giacomo Talignani, publicada por La Repubblica, 24-03-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
“Chegamos a 13 mortos em 15 dias. Não é normal”, diz o Pe. Rosario Giannattasio, superior regional da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Estrangeiras, (Nota do IHU: conhecidos como padres xaverianos, com presença também no Brasil), ao telefone com o La Repubblica.
Ele fala dos mortos, do isolamento, de “zero contato com o exterior, para não colocar os jovens e os outros em risco”. Sequer a equipe externa, na sede de Parma, continua trabalhando.
“Estamos sozinhos, todos fechados aqui. A comida chega até nós por um elevador. Comemos a dois metros de distância um do outro. Rezamos. Ficamos doentes e morremos. Mas agora alguém tem que vir nos ajudar.”
Porque, além dos mortos, há também uma dezena de doentes. “Cerca de seis no andar abaixo de onde eu estou agora, e mais cinco, eu acho. Ninguém fez os testes aqui dentro, nunca. Estamos ficando pela metade. Não posso dizer que é o coronavírus. Mas o que você quer que seja? Falta o oxigênio, eles não respiram. Aqui ninguém fez os exames.”
Ele explica que tudo “começou há cerca de 15 dias: os primeiros doentes, depois os primeiros sacerdotes que começaram a morrer. Entre nós, que devemos ser cerca de 50 missionários aqui, se excluirmos o pessoal, contamos normalmente quatro a cinco mortes por ano, no máximo seis. Agora, foram 13 em poucos dias. Não sei o que dizer. Quase todos morreram aqui, apenas alguns no hospital”, explica ele com a voz embargada.
Entre os últimos que faleceram, estão o Pe. Stefano Coronese (88 anos), desde sempre próximo do mundo dos escoteiros, e o Pe. Gerardo Caglioni (73 anos), conhecido pelas suas missões no México e em Serra Leoa.
Antes deles, lemos na longa lista no site dos xaverianos o adeus aos padres Luigi Masseroni, Giuseppe Scintu, Gugliemo Saderi, Giuseppe Rizzi, Piermario Tassi, Vittorio Ferrari, Enrico Di Nicolò, Corrado Stradiotto, Pilade Giuseppe Rossini, Nicola Masi e outros ainda.
São todos sacerdotes que passaram a vida nos lugares mais distantes do mundo para levar conforto e depois voltaram para Parma, para a grande sede, “para continuar as suas vidas. A idade média dos xaverianos é 75 anos – conta o Pe. Rosario –, e muitos deles vieram para cá depois de terem viajado por 40, até 50 anos. E agora foram embora assim, no silêncio dos seus quartos”.
Houve silêncio desde o início, mais de duas semanas atrás. Depois das primeiras mortes, os xaverianos contam que intuíram que algo estava errado. Então, a equipe de serviço foi mandada para casa. Também foi mandada embora uma enfermeira “talvez positiva para o coronavírus”. Nada de cozinheiros, assistentes, equipe de limpeza e lavanderia ou dos escritórios das missões estrangeiras: todos os “empregados” da sede não podiam mais entrar, até mesmo por causa dos decretos do governo.
“Fechamos tudo e nos fechamos dentro.” Assim, criou-se lá, entre os corredores e os quartos, um “lazaretto”, sem praticamente nenhum médico, “exceto um de nós, um missionário que completou 25 anos em Bangladesh”. Um elevador com comida cozinhada por uma empresa de catering traz a comida.
“Quanto ao resto, nos viramos entre nós, mas a situação piorou. Agora precisamos de ajuda, que alguém venha. Também escrevemos para o prefeito, dissemos às autoridades. Precisamos de uma intervenção rápida. Venham higienizar, porque está claro que o vírus circula aqui.”
Ele explica que, há alguns dias, não tendo visto ainda “ninguém que se apresentasse aqui para nos ajudar, mesmo que um médico tenha vindo depois, decidimos falar com a mídia, dizer o que está acontecendo. Digam, vocês também, que precisamos de uma mão. Daqui nós não saímos. Lá fora, há 15 rapazes do seminário, os estudantes de teologia: não queremos correr o risco de encontrá-los, de infectá-los. Mas precisamos de alguém que venha nos tratar, nos salvar”, confessam os últimos salvadores de almas que permaneceram na sede. Fonte: https://www.vaticannews.va
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Como prefeito e como vigário apostólico, Dom Angelo Moreschi, SDB sempre encarnou a predileção salesiana pelos pequenos, acompanhando-a com um espírito prático e um forte zelo apostólico.
A comunidade salesiana em todo o mundo lamenta a morte do vigário apostólico de Gambella (Etiópia), Dom Angelo Moreschi, SDB, falecido na quarta-feira, 25 de março, em Brescia (Itália), devido à infecção do Covid-19.
O arcebispo Moreschi nasceu em Nave (BS) em 13 de junho de 1952 e frequentou o noviciado salesiano em Albarè. Professou seus primeiros votos religiosos em 1º de setembro de 1974 e os votos perpétuos em Cremisan (Israel) em 15 de agosto de 1980, sendo ordenado sacerdote em 2 de outubro de 1982 em Brescia.
Enviado em missão à Etiópia, serviu como pároco e diretor em Dilla (1991-2000), ocupando o cargo de Conselheiro Provincial da então Visitadoria África na Etiópia-Eritreia (1998-2001).
Em 16 de novembro de 2000, foi nomeado prefeito apostólico de Gambella; em 5 de dezembro de 2009, a prefeitura foi elevada a vicariato, quando então foi nomeado bispo titular da Diocese de Elefantaria da Mauritânia e vigário apostólico de Gambella, recebendo a consagração episcopal em 31 de janeiro de 2010.
Em sua missão, inicialmente como prefeito e depois como vigário apostólico, Dom Moreschi sempre encarnou a predileção salesiana pelos pequenos, acompanhando-a com um espírito prático e um forte zelo apostólico.
Ele costumava visitar os povoados ao longo do Rio Baro em um veículo 4 x 4 muito velho, ou de lancha quando as estradas estavam inundadas, e logo ao chegar, começava a distribuir biscoitos multivitamínicos para as crianças desnutridas.
O bispo Moreschi deixa essa terra depois ter servido por 46 anos como salesiano aos jovens, aos pobres e ao seu rebanho de almas: 38 como sacerdote e como bispo por mais de 10 anos.
(ANS - Agência de Informação Salesiana/Brescia). Fonte: https://www.vaticannews.va
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O pedido das autoridades para que a população não saia de casa tem sido reiterada vezes reforçado por causa da pandemia que tem avançado no Brasil e no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ritmo de transmissão está acelerado.
“A pandemia está se acelerando”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, nesta segunda-feira (23). Segundo ele, quase todos os países do mundo já registraram mais de 300 mil casos de infecção por Covid-19.
Em homilia em missa rezada hoje, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil repudiou o discurso em cadeia nacional de tv do presidente Jair Bolsonaro proferido na noite de terça feira, 24 de março. Segundo ele, a autoridade do Executivo nacional minimizou o que é preciso ser realizado, com responsabilidade, por todos.
“À pandemia da covid-19 não pode se compor com mais uma pandemia de irresponsabilidade, inconsequência e falta de sentido humanístico e respeitoso para com a dignidade humana“, afirmou.
Dom Walmor reforçou mais uma vez o apelo. “Fique em casa. Esta é a indicação das autoridades sanitárias competentes e sensatas. Trabalhemos tudo que podemos para ajudar a construir uma sociedade justa e fraterna. Os trabalhos precisam ser mantidos com as condições necessárias, resguardando e cuidado da vida de cada um de nós”, reforçou. Veja, no vídeo, abaixo a íntegra da sua fala.
O presidente da CNBB exigiu dos três poderes uma ação tendo em vista a construção de uma nova ordem social e política adequada. Do Executivo, disse esperar um grande projeto de contingência cujo objetivo é minimizar os impactos na vida dos pobres. Do Legislativo, disse que a Igreja espera, em todas as esferas, a corajosa postura de mostrar com exemplos que possam modificar o caminho da sociedade brasileira. E da Suprema Corte disse esperar a garantia e a defesa da ordem constitucional. Segundo ele, a Igreja no Brasil e a sociedade estão dispostas a ser solidárias e contribuir de forma humanística, abrindo mão de muitas coisas.
Diante dessa realidade, a Igreja no Brasil tem se mobilizado e apelado para que as pessoas cumpram a quarentena. O Arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já havia divulgado (abaixo) um vídeo, no último sábado, no qual apelou para que a população não saia de casa.
“É hora de colaborar. Vamos ter entre nós, agora, marcando o tecido da nossa cidadania uma atitude de solidariedade como bom samaritano, viu sentiu compaixão e cuidou dele. Não saia de casa, vamos colaborar. Do contrário, pagaremos um alto preço. O preço alto que já estamos pagando será ainda mais amargo, por isso vamos colaborar, não saia de casa”, diz dom Walmor na mensagem. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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Um padre italiano infectado pelo novo coronavírus morreu nesta terça-feira, 24, após doar o respirador que usava na UTI para um paciente mais jovem que também lutava contra a Covid-19. Frei Don Giuseppe Berardelli, de 72 anos, era padre na igreja de Casnigo, uma pequena vila que fica a 64km de Milão. Conforme o canal italiano "Sky News", ele estava internado no Hospital Lovere, em Bergamo, uma das áreas mais atingidas na Itália.
De acordo com informações do hospital, ele se recusou a usar o respirador que seus paroquianos haviam comprado. Ao invés disso, o padre decidiu doar para um jovem que ele não conhecia. Um obituário escrito no site "Araberara" descreveu o padre como uma pessoa que "ouvia a todos, que sabia como ouvir. Qualquer um que aparecia diante dele sabia que podia contar com sua ajuda".
O frei era apaixonado por motos e sempre era visto pelas ruas da cidade em cima do veículo. De acordo com a prefeita de Fiorano, Clara Poli, Don Giuseppe Berardelli era "uma grande pessoa".
"Me lembro dele em sua velha moto Guzzi. Ele adorava sua moto e, quando era visto passando, estava sempre alegre e cheio de entusiasmo. O frei deu paz e alegria para nossas comunidades", disse.
De acordo com as informações, sua paróquia perto de Bérgamo havia comprado o dispositivo especialmente para o padre infectado porque há falta de equipamento adequado nos hospitais da região. Don Giuseppe Berardelli, no entanto, insistiu em passar o dispositivo vital para um paciente mais jovem.
Até agora, pelo menos 60 padres católicos morreram na Itália
Até o momento, pelo menos 60 padres católicos morreram do vírus Corona na Itália. Muitos haviam respondido ao apelo do Papa Francisco e queriam ajudar os fiéis em tempos difíceis. Bergamo, no norte da Itália, é particularmente afetado pela atual emergência. Fontes: https://www.reportermt.com.br; https://www.oe24.at
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A nossa prece em forma de música para todos nós que estamos em quarentena. E que o senhor nos ajude a passar nesta noite escura. Carmo de Angra dos Reis/RJ. Segunda-feira, 23 de março-2020. www.instagram.com/freipetronio
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Os cultos e seus líderes têm um papel decisivo para os fiéis que buscam orientação e consolo em meio à crise; suas reações na região variam entre a prevenção e a inconsciência
Na manhã de quarta-feira, durante sua entrevista coletiva diária, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, tirou do bolso um par de amuletos religiosos com a oração “Pare, inimigo, que o coração de Jesus está comigo” −e disse que esses eram seus escudos contra o coronavírus, além da honestidade e do combate à corrupção. Seu gesto como líder de um dos países mais devotos da América Latina, e um dos que adotaram menos medidas preventivas diante da pandemia global de Covid-19, ilustra perfeitamente o conflito que as crenças individuais representam para o gerenciamento de crises coletivas: em uma situação que exige o acatamento em massa de critérios científicos para reduzir o risco, fomentar o pensamento mágico ou crenças pessoais a partir de uma posição de poder pode ter consequências nefastas.Os encontros religiosos já foram identificados como focos de contágio em dois países que tinham um número relativamente baixo de casos. Há uma semana, a Malásia anunciou que pelo menos 190 pessoas contraíram o coronavírus ao participar de uma oração em massa em uma mesquita. Foi o maior aumento de casos registrado no país, e lembrou o episódio que fez com que o número de infectados na Coreia do Sul disparasse em fevereiro, quando uma mulher conhecida como Paciente 31 assistiu a dois serviços da Igreja Shincheonji de Jesus −mesmo depois de ter febre− e provocou a infecção de mais de mil pessoas.
López Obrador não foi o único líder político a se encomendar às divindades: na segunda-feira, em um ato oficial, o presidente colombiano, Iván Duque, pediu proteção a Nossa Senhora de Chiquinquirá, padroeira da Colômbia, para superar a crise. Na sexta-feira, a mídia local informou que o Governo da Costa Rica planejava, em conjunto com autoridades da Igreja Católica, levar uma imagem da padroeira costa-riquenha, Nossa Senhora dos Anjos, em sobrevoo por todo o país.
Enquanto os Governos da América Latina se debatem entre proteger o que puderem de suas economias ou proteger mais a saúde de seus cidadãos, os cultos religiosos e seus líderes continuam tendo um papel decisivo para milhões de fiéis que buscam consolo e orientação em meio à crise, maior ainda do que os alertas da Organização Mundial da Saúde para a necessidade de que as pessoas se isolem, evitem aglomerações e fiquem em quarentena caso tenham viajado para áreas de alto contágio. A Paciente 1 da Colômbia foi a uma igreja quatro dias depois de voltar da Itália, e nos domingos posteriores os templos voltaram a ficar cheios. No domingo passado, na Cidade do México, a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, um centro de peregrinação mundial, estava repleta como sempre. No Brasil, algumas das igrejas evangélicas mais poderosas afirmaram que não planejam suspender suas reuniões −mas no Estado de São Paulo a Justiça tornou essa medida obrigatória, proibindo cultos e missas. Na Nicarágua, os bispos parecem mais preocupados que os governantes. À medida que aumentam os casos de Covid-19 na região, os cultos começaram a reagir. Para o bem e para o mal.
‘É uma tática de Satanás’
No Brasil de Jair Bolsonaro, seus seguidores mais leais espalharam a ideia de que, como disse o presidente, a pandemia de coronavírus é uma “histeria”. Um deles é o todo-poderoso Edir Macedo, fundador e bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Trata-se de uma das principais instituições evangélicas neopentecostais do Brasil, com várias ramificações na América Latina e Europa. No domingo passado, Macedo divulgou pelo WhatsApp um vídeo no qual afirma que não há motivos para que as pessoas fiquem “apavoradas com algo que não condiz com a realidade”. Além de acusar a mídia de levar “o pavor a populações e nações”, o líder da IURD, empresário multimilionário e dono da segunda maior rede de televisão do Brasil, disse que “por trás dessa campanha toda do coronavírus existem interesse econômicos".
Macedo inicia o vídeo dizendo que tem “excelentes notícias” e recomenda o depoimento do patologista Ben Schmidt, que divulgou notícias falsas sobre a Covid-19 no YouTube. “Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás. Satanás trabalha com o medo, o pavor. Trabalha com a dúvida”, afirma o pregador. “E quando as pessoas ficam apavoradas, com medo, em dúvida, a pessoas ficam fracas, débeis e suscetíveis. Qualquer vento que tiver é uma pneumonia para elas”, acrescenta.
Depois que o vídeo de Schmidt foi removido do YouTube, Macedo apagou o dele de suas redes sociais. Mas divulgou outro vídeo, no qual pede aos evangélicos que não busquem notícias sobre a pandemia e as recomendações médicas, e sim leiam a Bíblia para que “a palavra de Deus” os salve de qualquer doença. No Brasil, onde se registra a maior quantidade de casos de coronavírus na América Latina, outros líderes religiosos, como Silas Malafaia, da Assembleia de Deus −uma das maiores instituições evangélicas do país−, disseram que manteriam suas cerimônias, apesar do coronavírus. Malafaia, no entanto, acabou voltando atrás e anunciou sexta-feira a suspensão dos cultos. Porém, neste domingo, foi ao Twitter publicar um texto que dizia “A imaginação é a metade da doença; a tranquilidade é a metade do remédio; e a paciência é o primeiro passo para a cura”.
A Paciente 1 da Colômbia e sua visita a uma igreja
Em 1º de março, como em qualquer domingo de culto, a igreja cristã La Casa Sobre la Roca, em Bogotá, estava lotada de fiéis. Duas mil pessoas se reuniram naquele dia para um dos três encontros que o grupo religioso realiza por dia. Entre elas estava a Paciente 1 da Colômbia. A jovem de 19 anos tinha chegado de Milão quatro dias antes e assistiu ao culto sem saber que estava infectada. Sentou-se no segundo bloco da nave central e compartilhou com outros fiéis um ritual de pão e vinho que se realiza na igreja.
“Uma pessoa que esteve no terceiro serviço de domingo passado, assintomática, testou positivo para coronavírus”, disse dias depois a seus seguidores o pastor Alejandro Llanos, enquanto projetava um mapa da localização. Pediu que quem se sentou perto dela informasse seus dados e sintomas para a brigada de emergência da instituição, para que esta os repassasse ao Instituto Nacional de Saúde (INS). Embora a igreja tenha sido “transparente”, como contou um dos fiéis, seus membros ficaram com medo. “Ao saber da notícia, decidi não entrar na igreja porque tinha gripe e, é claro, fiquei preocupado”, contou Hernán Restrepo, que toca piano nesse templo. Ele foi a um hospital e o descartaram por não ter viajado recentemente nem compartilhado diretamente com a Paciente 1. O músico não foi submetido a exame, mas decidiu se isolar por conta própria. O Instituto Nacional de Saúde recebeu os dados de pelo menos cem paroquianos com sintomas, mas não confirmou se alguém foi infectado.Esse foi o sinal de alerta sobre o risco desse tipo de encontros em um país tão religioso como a Colômbia, onde há pelo menos 6.864 igrejas evangélicas e 4.000 paróquias católicas que poderiam ser focos de infecção pelo coronavírus. No entanto, nos domingos posteriores, esses lugares voltaram a ficar cheios. As igrejas se ampararam em um comunicado do Ministério do Interior que sugeriu que “as comunidades religiosas e / ou atos litúrgicos que ultrapassem 500 fieis” organizem “espaços dentro de seus lugares de culto para atender a essa capacidade”. As igrejas com mais recursos reforçaram a limpeza dos assentos e entregaram bactericida na entrada. A Conferência Episcopal recomendou receber a hóstia nas mãos, mas manteve, para quem quiser, a opção de recebê-la na boca. Nas capitais, as pessoas optaram por eliminar o cumprimento da paz. Mas não foi assim em todos os lugares. Através das redes sociais, fiéis perguntaram onde podiam denunciar sacerdotes que apertavam as mãos sem medo na hora da saudação da paz e obrigavam seus paroquianos a ir à missa. E um pastor evangélico convidou a violar medidas de proteção. “Esse vírus cometeu um erro e foi mexer com a igreja, por isso está condenado à extinção em até 30 dias. Todas as igrejas devem ficar abertas, pois são a esperança da sociedade”, disse.
Com o passar dos dias, algumas igrejas tomaram decisões mais radicais. Embora agora o Governo colombiano permita a reunião de no máximo 50 pessoas, há igrejas que cancelaram todos os seus encontros. A Arquidiocese de Bogotá suspendeu todas as missas abertas ao público e só fará as de defuntos e bodas, com grupos de poucas pessoas que entrarão por uma porta lateral. “Dói em nossa alma, mas é necessário pela vida e pela saúde dos colombianos”, disse o cardeal Rubén Salazar ao anunciar a medida. Tiveram de usar o argumento de que “o Papa já fez isso e nos dá o exemplo” para convencer os fiéis que insistiam em ir.
“A saudação da paz será feita inclinando a cabeça”
Os fiéis mexicanos que buscarem na fé as respostas para o coronavírus terão de esperar, pelo menos, duas semanas. Como tantas outras cerimônias que reúnem uma grande quantidade de pessoas, as missas foram suspensas. A Igreja Católica anunciou que, para evitar possíveis infecções, foram cancelados também retiros religiosos, assembleias, congressos, jornadas de oração e catequese. Em um comunicado, a Conferência Episcopal mexicana recomendou que seus sacerdotes transmitam suas cerimônias pela Internet enquanto durar a crise.
Embora as igrejas possam fechar as portas sem grandes inconvenientes, a maior resistência para que as recomendações científicas se imponham sobre a tradição vem das celebrações populares. Especificamente, a procissão da Semana Santa realizada anualmente em Iztapalapa, uma cidade vizinha da capital, que foi cancelada. A representação teatral da crucificação, que pretende ser catalogada pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade, reúne dezenas de atores que se preparam todos os anos para a representação durante o Domingo de Ramos e a Segunda-Feira de Páscoa.
Os organizadores e as autoridades tiveram de realizar uma mesa de diálogo em um dos bairros “pesados” da capital para conter a indignação pelo cancelamento, e chegaram a um acordo para fazer a representação sem público. O argumento para não cancelar a celebração foi o de que ela é realizada ininterruptamente há 176 anos e que foi precisamente uma epidemia de cólera, em 1843, que deu origem a uma procissão em homenagem ao Senhor do Santo Sepulcro, que os organizadores prometeram repetir todos os anos. Uma procissão que hoje reúne mais de um milhão de pessoas durante dois dias.
Na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, a missa foi celebrada normalmente até domingo passado. Tudo ocorreu de acordo com a liturgia clássica até que, no momento da saudação da paz, uma voz soou pelos alto-falantes: “Não vamos fazer a saudação da paz apertando as mãos, bastará uma breve inclinação da cabeça; a sagrada comunhão será na mão. Os que vão comungar estenderão a mão esquerda para receber a hóstia consagrada e a levarão à boca com a direita, diante de quem entregou a comunhão”.
A cautela religiosa e a imprudência oficial na Nicarágua
Os bispos da Nicarágua pediram aos devotos que na Sexta-Feira Santa não haja beijos no ritual de Adoração da Cruz. Na verdade, que não haja nenhum contato físico com as imagens de santos para evitar a propagação do coronavírus, que está se espalhando rapidamente pela América Central.
Evitar o tradicional beijo na cruz de Cristo é uma das medidas anunciadas pela Conferência Episcopal da Nicarágua para as celebrações da Semana Santa, uma tradição profundamente enraizada no país. Embora as celebrações não tenham sido canceladas, o clero limitou todos os ritos que envolvam contato físico. Foi feito um apelo específico para que os fiéis mais vulneráveis ao coronavírus −“maiores de 60 anos, grávidas e crianças”− não participem presencialmente das missas e procissões, e sim fiquem em suas casas e acompanhem as cerimônias pelas redes sociais ou pela mídia.
O cardeal Leopoldo Brenes recomendou que nas liturgias exista uma distância de um metro entre os assistentes. “Que a saudação da paz seja feita sem o aperto de mãos. Que a santa hóstia seja entregue na mão”, acrescentou.
Na direção contrária às medidas adotadas pela Igreja Católica, o Governo sandinista conclamou a população a participar das atividades da Semana Santa e do “Plano Verão 2020”, promovido pela vice-presidenta Rosario Murillo.
“Ao afirmar que mantemos todos os nossos planos, nós nos referimos a tudo que foi descrito nas circulares anteriores, e reforçamos a presença natural, de acordo com a fé do nosso povo, em todos os cultos, tradições e eventos religiosos próprios da temporada”, ordenou Murillo. O Instituto Nicaraguense de Turismo anunciou que serão realizadas 80 atividades durante a Semana Santa, incluindo missas campais, shows e festivais.
No dia 14, o Governo sandinista surpreendeu o mundo ao realizar em Manágua uma marcha, denominada Caminhada do Amor em Tempos de Covid-19. A mídia local informou que nem o presidente Daniel Ortega nem Murillo participaram da caminhada. Fonte: https://brasil.elpais.com
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Irmãs Carmelitas Descalças de Cádiz na Espanha. Tradução.
Rui Jorge Martins
1- Atitude de liberdade
O mais importante é a atitude com que se vive, a interpretação pessoal que se faz da situação, a consciência de que não se trata de uma derrota. Paradoxalmente, esta pode ser uma oportunidade para descobrir a maior e mais genuína liberdade: a liberdade interior que ninguém pode tirar, e que procede da própria pessoa. Num contexto em que as autoridades “obrigam” a estar em casa, a liberdade consiste na adesão voluntária, sabendo que é por um bem superior. É livre aquele que tem a capacidade de assumir a situação porque quer fazer o correto. Não se está encerrado em casa, antes, optou-se por nela permanecer “livremente”.
2- Paz onde a alma se amplia
Olhe para dentro de si próprio, o espaço mais amplo para a pessoa se expandir e ser feliz está no seu coração. Não são necessários espaços exteriores, mas andar folgadamente no próprio mundo. Dê asas à criatividade, escute as suas próprias inspirações, e encontre a beleza de que é capaz. Talvez ainda não tenha descoberto que da paz da alma brota vida… a vida é criação de mais vida, comunicação de alegria e amor. Quando se acostumar a viver em si, já não quererá sair.
3- Não se descuide, a paz requer trabalho
Exercite virtudes que requerem concentração e autoconhecimento, essas que normalmente se descuidam quando se está ocupado nos mil e um afazeres “externos”. De como se encara as próprias emoções e pensamentos, da gestão dos sentidos e paixões, depende se se vive no céu ou no inferno. Observe-se e domine-se, porque se se deixar levar pelo medo, pela tristeza ou pela apatia, dificilmente se sairá delas, já que não há muitas evasões. Exerça disciplina sobre o seu coração: quando algum pensamento não lhe fizer bem, rejeite-o. Procure inclinar-se para tudo aquilo que note que lhe dá paz e alegria... a harmonia tem de trabalhar-se.
4- Ame
A questão de fogo destes dias será a convivência. Perante a crise causada pela pandemia as pessoas ficam mais suscetíveis e, inclusive, irritáveis. É preciso ser-se muito paciente e usar muito o senso comum. Somos diferentes, cada qual tem uma sensibilidade distinta por múltiplas circunstâncias. Aceite e respeite as opiniões e sentimentos dos outros. É muito normal, quando se está em casa, a tendência para querer controlar tudo… Procure não o fazer, seria causa de muitos conflitos e frustrações. Não dê importância às diferenças, potencie as coisas que unem. O único terreno que realmente lhe pertence é a sua própria pessoa: os seus pensamentos, palavras e emoções; não controle, controle-se. A partir do amor extrairá compreensão e empatia, vontade de dar e agradecimento ao receber. Respeite, acolha a fragilidade, desdramatize, viva e deixe viver.
5- Não mate o tempo
Nada poderá criar-lhe uma sensação tão grande de vazio e fastio como passar o tempo inutilmente. É um inimigo gravíssimo que lhe poderá roubar a paz, e até colocá-la em depressão. Faça um plano para estes dias, e tente vivê-lo com disciplina. Descanso e ocupação não são antagónicos, aproveite para descansar realizando atividades que a relaxem ou que estimulem um ânimo positivo. Dê tempo nas coisas simples: que o grão-de-bico se torne tenro, que o assado demore a ficar cozinhado… temos tempo! Mesmo que um guisado lhe leve duas horas, desfrute de o fazer, e empenhe-se em que as coisas que faz, por simples que sejam, tenham valor e uma finalidade. Nada de perder tempo sem sentido, “matar o tempo” é matar a vida.
6- Alargue as suas fronteiras
Quantas vezes se deixou de fazer o que se devia por falta de tempo. Pois bem, agora temo-lo! Esse livro que lhe ofereceram há três anos e que não leu, aquele que ainda não devolveu porque ficou pela metade. Se gosta de música, procure novos artistas, descubra novos géneros. Apetece-lhe uma viagem? Pense num país exótico e aprenda sobre a sua cultura e tradições… temos internet também para isso. Se é pessoa de fé e oração, talvez não saiba o que rezar porque já esgotou tudo o que sabia. Por que não experimenta a liturgia das horas? Descarregue-a no seu telemóvel; procure os escritos de algum santo, seguramente vai encontrar muitas coisas que lhe encherão a alma de novas luzes. Não se conforme com o que conhece e sabe… agora que há oportunidade, abra-se a novidades que lhe acrescentem sabedoria e a encham de alegria.
7- Para as mais sensíveis
Nem todos dominam as emoções de igual maneira. Haverá pessoas para quem, pela sua psicologia, lhes custará muito mais este confinamento do que a outras. As emoções não só provêm do interior; também aquilo que se vê, escuta, toca, etc. influencia. Por isso, é preciso ser-se seletivo com aquilo que se recebe do exterior, para evitar entrar em círculos viciosos que envolvam em desespero ou façam perder o controlo. Evite-se, na medida do possível: conversas pessimistas, discussões, más caras, excesso de informação, filmes de terror ou intriga, desordem dentro de casa. Como não há muitas evasões que façam mudar de “chip”, tudo o que entra no cérebro nele permanecerá mais tempo do que o habitual; por isso, é preciso ter cuidado para não se ficar obcecado, ou permitir aninhar uma emotividade negativa no interior. O excesso de ecrãs também é mau porque estimula em demasia e o cérebro, e provoca mais nervosismo. Há que dormir bem, mas em excesso pode causar a sensação de fracasso ou derrota. Um remédio muito bom para canalizar a energia e relaxar é dançar. Ponha boa música e divirta-se a dançar. Nada como rir e divertir-se para reiniciar o sistema interior.
8- Não está isolada
É importante compreender que não há motivo para se sentir só, pois não se está. O amor e o carinho dos teus continua, mesmo que o contato físico se tenha distanciado. Esta é uma oportunidade para viver a comunicação a um nível mais profundo, mais íntimo. Fale com quem está em casa com tranquilidade, sem pressas, escute-os até que terminem, deixe que o diálogo faça crescer a confiança e as confidências construam cumplicidade. Diga aquilo que nunca tem tempo de dizer, conte o que sempre quis contar, fale de tudo e de nada, mas com carinho, que é o que chega à alma e nela se aninha. Responda àquela mensagem de Natal que não agradeceu, a carta que a emocionou e à qual estava a preparar uma resposta, àquele “e-mail” de uma velha amizade. Procure palavras com beleza, tente dar expressão aos seus sentimentos mais nobres… Fale com o coração e crie laços muito mais profundos com os seus. Descobrirá que a distância não é ausência.
9- Dia de reflexão
Para não se angustiar, também é conveniente procurar momentos de silêncio e solidão. Na organização do tempo para estes dias, inclua espaços de “oxigenação” individual. Quantas pessoas já alguma vez disseram: «Como gostaria de me retirar alguns dias para um mosteiro». Pois bem, a ocasião está aqui, em casa. Habitualmente as pessoas cansam-se por causa da aceleração das suas horas, como se a rotina diária não desse tempo para assimilar o que se vive. Esperamos mudanças substanciais na sociedade, «isto não pode continuar assim». Agora temos esta oportunidade para nos metermos num casulo como a lagarta que se converte em borboleta. Reflita, pense, medite… Que posso mudar em mim para ser melhor depois destes dias?... A separação das coisas que normalmente temos entre mãos ajudará a ver se realmente se está a pôr o acento naquelas que importam, em vez daquelas que podem ser secundarizadas, quais são as insubstituíveis, etc. Um bom discernimento para melhorar fará com que estes dias sejam de muito proveito. Homens e mulheres novos depois desta crise.
10- Reze
Só a oração (que é o vínculo de amizade com Deus) pode sustentar a vida em todas as situações, especialmente nas adversas. Oração, que como diria Santa Teresa, «ainda que a diga na sobremesa, é o principal». Orar é abrir-se a esse “Outro” que pode sustentar-nos quando se precisa de ajuda; mas também quando se está bem, orar é sustentar outros que precisam. É a experiência mais universal do amor. Ore, fale com Deus, as horas passarão sem que se dê conta: fale-lhe de tudo, Ele não se cansa de a escutar, desafogue-se com Ele quando necessitar, e, porque não?, deixe que também Ele se desafogue consigo, é o seu Pai, seu Irmão, seu Amigo. Exercite a sua fé e a sua confiança. Se deixou a relação com Deus no vestido da sua primeira comunhão, volte a experimentá-lo, agora há tempo e serenidade para conversar com Ele. Talvez não acredite porque nunca o experimentou. E se tentar?...
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(Missa Online direto do Carmo de Angra dos Reis/RJ, às 18h no sábado 21, com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm., e no domingo 22 às 9h, com Frei Marcelo de Jesus, O. Carm)
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 9,1-41 que corresponde ao Quarto Domingo de Quaresma, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.
Eis o texto
O relato do cego de Siloé está estruturado a partir de uma chave de forte contraste. Os fariseus acreditam que sabem tudo. Não duvidam de nada.
Impõem a sua verdade. Chegam, inclusive, a expulsar da sinagoga o pobre cego: “Sabemos que a Moisés falou-lhe Deus”. “Sabemos que esse homem que te curou não guarda o sábado”. “Sabemos que é um pecador”.
Pelo contrário, o mendigo curado por Jesus não sabe nada. Apenas conta a sua experiência a quem o queira escutar: “Só sei que era cego e agora vejo”. “Esse homem trabalhou os meus olhos e comecei a ver”. O relato termina com esta advertência final de Jesus: “Eu vim para que os que não veem, vejam, e os que veem fiquem cegos”.
A Jesus dá-lhe medo uma religião defendida por escribas seguros e arrogantes, que manejam autoritariamente a Palavra de Deus para impô-la, usá-la como arma ou inclusivamente excomungar a quem sente de maneira diferente. Teme os doutores da lei, mais preocupados em “guardar o sábado” do que em “curar” mendigos doentes. Parece-lhe uma tragédia, uma religião com “guias cegos” e diz abertamente: “Se um cego guia outro cego, os dois cairão no buraco”.
Teólogos, pregadores, catequistas e educadores, que pretendem “guiar” outros sem ter-se deixado iluminar por Jesus, não devemos ouvir a sua interpelação? Vamos continuar a repetir incansavelmente as nossas doutrinas sem viver uma experiência pessoal de encontro com Jesus que nos abra os olhos e o coração?
A nossa Igreja, hoje, não necessita de pregadores que encham as igrejas de palavras, mas de testemunhas que contagiem, mesmo que de forma humilde, com a sua pequena experiência do evangelho. Não necessitamos de fanáticos que defendam “verdades” de forma autoritária e com linguagem vazia, cheios de clichês e frases feitas. Necessitamos de crentes de verdade, atentos à vida e sensíveis aos problemas das pessoas, buscadores de Deus capazes de escutar e acompanhar com respeito a tantos homens e mulheres que sofrem, procuram e não conseguem viver de uma maneira mais humana ou mais crente. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Por que estou renunciando ao cargo eletivo e optando por ser jesuíta? Depoimento de Cyrus Habib, vice-governador do estado de Washington, EUA
"Nos últimos dois anos, senti-me chamado a uma vocação diferente, embora também orientada ao serviço e à justiça social. Senti um chamado para dedicar minha vida de maneira mais direta e pessoal a servir os marginalizados, capacitar os vulneráveis, curar aqueles que sofrem feridas espirituais e acompanhar os que discernem seu próprio futuro. Eu acredito que a melhor maneira de aprofundar meu compromisso com a justiça social é reduzir a complexidade da minha própria vida e dedicá-la ao serviço aos outros", escreve Cyrus Habib, vice-governador do estado de Washington, EUA, em artigo publicado por America Magazine, 19-03-2020.
Eis o depoimento.
Hoje cedo, anunciei que não disputarei a reeleição como vice-governador do estado de Washington e que decidi entrar para a Companhia de Jesus. Essa decisão decorre de dois anos de oração e cuidadoso discernimento.
Mas por causa desse processo ter sido em boa parte inteiramente privado, eu percebi que isso viria como uma grande surpresa aos meus eleitores e apoiadores. Muitos devem estar surpresos pelo porquê alguém que dispendeu os últimos oito anos escalando a carreira política e que tem uma significativa chance de assumir o governo no próximo ano trocaria uma vida de autoridade por uma de obediência. Eu quero tirar um momento pra discutir essa decisão, bem como para expressar minha profunda gratidão a todos aqueles que me ajudaram durante esses oito anos no cargo a que fui eleito, com tanto sucesso e gratificação.
Fui eleito deputado do estado em 2012, senador estadual em 2014 e vice-governador em 2016. Minhas razões para concorrer a esses cargos e minhas prioridades no cargo estavam firmemente enraizadas no ensino social católico, que coloca os pobres, os doentes, os deficientes, os imigrantes, os presos e todos os que estão marginalizados no centro de nossa agenda social e política. Eu sabia desde a infância como era ser excluído por ser um garoto cego de uma família iraniana e tentei usar o poder que me foi dado pelos eleitores para garantir que avançássemos urgentemente rumo ao dia em que ninguém se sentirá esquecido ou descartado em nossa sociedade.
Senti um chamado para dedicar minha vida de maneira mais direta e pessoal para estar a serviço dos marginalizados, capacitando os vulneráveis e curando aqueles que sofrem com as feridas espirituais.
Foi por isso que, como legislador, introduzi a legislação para estabelecer licenças médicas pagas em todo o estado e, por isso, que banquei a Lei de Direitos de Voto em Washington para tornar nossas eleições mais justas. E foi por isso que tornei o acesso ao ensino superior a principal prioridade no cargo de vice-governador e porque estou entusiasmado que, através das leis que criamos e dos programas que lançamos, removemos obstáculos ao acesso à faculdade para inúmeros washingtonianos que serão os primeiros em suas famílias a contemplar uma educação pós-secundária.
Nos últimos dois anos, porém, senti-me chamado a uma vocação diferente, embora também orientada ao serviço e à justiça social. Senti um chamado para dedicar minha vida de maneira mais direta e pessoal a servir os marginalizados, capacitar os vulneráveis, curar aqueles que sofrem feridas espirituais e acompanhar os que discernem seu próprio futuro. Para mim, isso está enraizado na minha fé: no Evangelho de Cristo. Mas meu desejo de encontrar algo maior do que eu, caminhando com os pobres e abandonados deste mundo, será familiar àqueles de muitas tradições espirituais diferentes. Eu acredito que a melhor maneira de aprofundar meu compromisso com a justiça social é reduzir a complexidade da minha própria vida e dedicá-la ao serviço aos outros.
Eu acredito que, embora certamente continuemos a precisar de pessoas de boa vontade para servir no cargo eletivo, enfrentar os desafios que nosso país enfrenta exigirá mais do que apenas a formulação de políticas.
As pessoas precisam desesperadamente de apoio espiritual e acompanhamento. Da nossa cultura descartável, que trata os trabalhadores e o meio ambiente como descartáveis, para uma nova geração de jovens ansiosos por mudar o mundo, mas lutando com ansiedade sem precedentes, alienação e outros desafios de saúde mental, até o medo e o isolamento que todos vivenciamos por consequência do coronavírus, é um momento em que precisamos nos ater à sabedoria daqueles que vieram antes e cultivar novas formas de sabedoria forjadas nos fogos de nosso momento presente.
A Igreja Católica luta com questões sociais e morais difíceis há 2 mil anos e, embora eu possa ser tão impaciente quanto alguém que se move vagarosamente, sei, por experiência própria, o quanto todos podemos nos beneficiar de um vocabulário moral que insiste na dignidade de cada pessoa. E também sei que, neste tempo de consumismo, desconfiança e polarização, muitos estadunidenses desejam um encontro com o transcendente, o rejubilante, o amoroso.
Eu mesmo sinto esse consolo toda vez que falo com meu orientador espiritual, o padre Mike Ryan, da Catedral de São Tiago, em Seattle. E porque Deus é grande o suficiente para falar conosco através de muitas tradições diferentes, senti isso quando tive o privilégio único de conhecer e aprender com o Dalai Lama no ano passado. Como pude resistir à oportunidade de participar, ainda que em pequena escala, do trabalho de renovação espiritual que dá vida e que nosso mundo e esses tempos precisam tão desesperadamente?
Os jesuítas são conhecidos por sua dedicação à educação, particularmente ao ensino superior, por sua filosofia de encontrar Deus em todas as pessoas, culturas e coisas, por defenderem uma igreja e um mundo mais inclusivos e por servirem como diretores espirituais enraizados nas práticas contemplativas da espiritualidade inaciana. E agora o papa Francisco, o primeiro papa jesuíta, trouxe esses valores com sua liderança para a igreja global e, ao fazer isso, inspirou uma geração de católicos a se envolver novamente com sua fé. Neste momento, é muito cedo para eu saber para onde minha vida como jesuíta me levará, mas estou confiante de que envolverá ensino, diálogo intercultural e inter-religioso, advocacy e acompanhamento espiritual.
Finalmente, e mais importante, quero agradecer a todos aqueles que me possibilitaram servir ao público na função eleita – a todos os voluntários, doadores, funcionários e colegas que me acompanharam nesta jornada. Valorizo mais as nossas realizações compartilhadas do que poderia escrever aqui. O cargo eleitoral e o serviço governamental são atividades profundamente nobres, e as pessoas com quem trabalhei apenas aprofundaram meu respeito por nossa forma de governo. Obrigado pelo que fizeram e pelo que continuarão fazendo pelo nosso país. Peço a todos que me mantenham em suas orações enquanto viajo nesta nova estrada; vocês, é claro, estarão nas minhas. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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DECRETO
Em tempo de Covid-19
No tempo difícil que estamos a viver, devido à pandemia de Covid-19, considerando o caso de impedimento para celebrar a liturgia comunitariamente na igreja, tal como os bispos o têm indicado para os territórios de sua competência, chegaram a esta Congregação consultas relativas às próximas festividades pascais.
1 – Sobre a data da Páscoa.
Coração do ano litúrgico, a Páscoa não é uma festa como as outras: celebrada no arco de três dias, o Tríduo Pascal, precedida pela Quaresma e coroada pelo Pentecostes, não pode ser transferida.
2 – A Missa crismal.
Avaliando o caso concreto nos diversos países, o Bispo tem a faculdade de a adiar para data posterior.
3 – Indicações para o Tríduo Pascal.
Onde a autoridade civil e eclesial impôs restrições, atenda-se ao que se segue em relação ao Tríduo Pascal. Os Bispos darão indicações, de acordo com a Conferência Episcopal, para que na Igreja Catedral e nas Igrejas paroquiais, mesmo sem a participação dos fiéis, o bispo e os párocos celebrem os mistérios litúrgicos do Tríduo Pascal, avisando os fiéis da hora de início de modo a que se possam unir em oração nas respectivas habitações. Neste caso são uma ajuda os meios de comunicação telemática em directo, não gravada.
A Conferência Episcopal e cada Diocese não deixem de oferecer subsídios para ajudar a oração familiar e pessoal.
Em Quinta-Feira Santa, nas Igrejas catedrais e paroquiais, na medida da real possibilidade estabelecida por quem de direito, os sacerdotes da paróquia podem concelebrar a Missa na Ceia do Senhor; concede-se a título excepcional a todos os sacerdotes a faculdade de celebrar neste dia, em lugar adequado, a Missa sem o povo. O lava-pés, já facultativo, omite-se. No termo da Missa na Ceia do Senhor omite-se a procissão e o Santíssimo Sacramento guarda-se no Sacrário. Os sacerdotes que não tenham a possibilidade de celebrar a Missa, em vez dela rezarão as Vésperas (cf. Liturgia Horarum).
Em Sexta-Feira Santa, nas igrejas catedrais e paroquiais, na medida da real possibilidade estabelecida por quem de direito, o Bispo / o pároco celebra a Paixão do Senhor. Na oração universal, o Bispo Diocesano terá o cuidado de estabelecer uma intenção especial pelos doentes, pelos defuntos e pelos doridos que sofreram alguma perda (cf. Missal Romano, pág. 253, n. 12).
Domingo de Páscoa. A Vigília Pascal celebra-se apenas nas igrejas catedrais e paroquiais, na medida da real possibilidade estabelecida por quem de direito. Para o “Início da vigília ou Lucernário” omite-se o acender do fogo, acende-se o círio e, omitindo a procissão, segue-se o precónio pascal (Exsultet). Segue-se a “Liturgia da Palavra”. Para a “Liturgia baptismal”, apenas se renovam as promessas batismais (cf. Missal Romano, pág. 320, n. 46). Segue-se a “Liturgia eucarística”.
Aqueles que não podem de modo nenhum unir-se à Vigília Pascal celebrada na igreja, rezam o Ofício de Leituras indicado para o Domingo de Páscoa (cf. Liturgia Horarum).
Para os mosteiros, os seminários e as comunidades religiosas, o Bispo diocesano decidirá.
As expressões de piedade popular e as procissões que enriquecem os dias da Semana Santa e do Tríduo Pascal, a juízo do Bispo diocesano poderão ser transferidas para outros dias convenientes, por ex., 14 e 15 de Setembro.
De mandato Summi Pontifcis pro hoc tantum anno 2020 [Por mandato do Sumo Pontífce apenas para este ano de 2020].
Sede da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, 19 de Março de 2020, Solenidade de São José, Padroeiro da Igreja Universal.
Robert Card. Sarah
Prefeito
Arthur Roche
Arcebispo Secretário
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Igrejas desafiam recomendação de suspender missas e cultos diante da pandemia do coronavírus
São Paulo sugere cancelamento de encontros religiosos. Cúpula católica no Estado fala em aumentar missas para minimizar contato. Pastor Silas Malafaia, no Rio, promete manter culto
“Em nome de Jesus, nenhum mal te sucederá nem praga alguma chegará à tua casa.” Citando o salmo 91, da Bíblia Sagrada, o pastor Silas Malafaia instiga seguidores a não temerem a pandemia de coronavírus que já infectou quase 200.000 pessoas pelo mundo. O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo publicou o vídeo em suas redes sociais horas depois do governador de São Paulo, João Doria, recomendar a templos e igrejas da capital do Estado e região metropolitana a suspensão de cultos e missas que promovam aglomeração de fiéis.
Desde a manifestação dos primeiros casos de Covid-19 no Brasil, Malafaia tem comprado briga com autoridades e até correligionários de outras igrejas pela manutenção das cerimônias abertas ao público. Ele admite, entretanto, encerrar cultos em localidades que decretem estado de emergência. Na última quarta-feira, o pastor afirmou que só fecharia sua igreja por ordem da Justiça, que, de fato, foi instada a deliberar sobre o tema. O Ministério Público do Estado do Rio ajuizou uma ação civil pública proibindo Malafaia de realizar aglomerações e prevendo multa para desobediência. A Justiça estadual do Rio negou o pedido.
Assim como ele, o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, se recusa a interromper os cultos presenciais pelo país, afirmando que a epidemia é inofensiva e se trata de “mais uma tática de Satanás”.
Ana Paula Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, que fechou templos e anunciou a continuidade de suas celebrações apenas via transmissão online, criticou líderes religiosos que relutam em tomar postura semelhante. Ela sugere que o dízimo seja arrecadado pela Internet. Em outro vídeo, Malafaia respondeu à pastora, alegando que, pelo fato de sua igreja contar com tecnologia para cobrança virtual das contribuições, não mantêm eventos públicos pelo interesse nas ofertas dos fiéis, mas sim por convicção espiritual.
“Nunca cobrei um centavo para pregar o Evangelho”, diz o pastor. “Ninguém tá mandando o crente ir pra igreja. Enquanto tiver transporte coletivo circulando, minha igreja vai continuar aberta com culto. Se fechar tudo no mundo, a igreja é o último reduto de fé e esperança. Se entrar alguém pela porta desesperado com coronavírus, eu tenho que impor as mãos sobre a pessoa. Vai ter sempre uma porta aberta na minha igreja”, esbravejou ao qualificar a crítica de Valadão como uma “fala do inferno e do nosso meio”.
Alheio à troca de farpas entre pastores evangélicos, Doria explicou durante o anúncio da recomendação, válida por 60 dias, que os espaços religiosos podem permanecer abertos, porém com limitação de público em suas dependências, respeitando o espaçamento de pelo menos 3 metros entre os fiéis. “Não significa o fechamento de igrejas, templos ou outras áreas em que as pessoas se reúnem para fazer orações. É apenas uma recomendação para que não promovam mais, presencialmente, missas e cultos”, disse o governador. A medida despreza o rigor demandado pelo Ministério Público de São Paulo, que, nesta quarta, havia cobrado de Governo e Prefeitura, devido à concentração de casos do coronavírus no Estado, a publicação de decretos que obrigassem o fechamento de recintos como igrejas, estabelecendo punições a quem os descumprisse.
A resistência em fechar as igrejas encontra eco no Congresso. Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) solicitou a reabertura de templos religiosos que foram fechados em outros Estados por recomendação de Governos sob a justificativa de “acolher os desesperados” nos refúgios contra o que chama de “pandemia maligna”.
A Igreja Católica também evita acatar as recomendações. Liderada pelo arcebispo Dom Odilo Scherer, a Arquidiocese de São Paulo reafirma o posicionamento divulgado na semana passada, em defesa da manutenção de igrejas abertas, mas com um maior número de celebrações litúrgicas por dia, na tentativa de prevenir grandes aglomerações, e sugestão a fiéis idosos ou em grupos de risco da Covid-19 para acompanhar as missas de casa.
No Ceará, já há missas virtuais. O Dia de São José, padroeiro dos trabalhadores e das famílias, é celebrado virtualmente nas paróquias de Fortaleza e Canindé, por exemplo.
Em tom reativo às pressões para fechar igrejas, pastores como Silas Malafaia utilizam discursos inflamados como forma de encorajar seus devotos. “Não repassem nada de coisa ruim sobre coronavírus nas redes sociais”, pregou o pastor da Assembleia de Deus ao rogar aos fiéis que não tenham medo da pandemia. “Que todas as previsões das autoridades caiam por terra.” Até esta quinta-feira, o Brasil já registrou 621 casos confirmados de coronavírus e sete mortes, cinco delas em São Paulo. De acordo com o Ministério da Saúde, a estimativa é que o número de infecções no país siga crescendo pelo menos até junho. Fonte: https://brasil.elpais.com
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CNBB toma medidas de precaução com relação ao coronavírus. As palavras o o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado.
Brasília
A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) adotou uma série de medidas para conter a transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Entre elas estão o cancelamento de reuniões pastorais anteriormente agendadas, como é o caso da reunião do Conselho Permanente, órgão eletivo e deliberativo, de orientação e acompanhamento da atuação da Conferência e dos organismos a ela vinculados, que estava agendada para a próxima semana, nos dias 24 a 26 de março.
Também em conformidade com o artigo 52 do Estatuto Canônico da Conferência e o artigo 203 do Regimento da Conferência, a presidência tendo ouvido os membros do Conselho Permanente decidiu adiar a realização da 58ª Assembleia Geral da CNBB, que aconteceria nos dias 22 a 30 de abril. A proposta, segundo o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, é que a Assembleia seja realizada agora nos dias 12 a 20 de agosto, a depender de reversão do atual quadro pandêmico.
De acordo com ele tais medidas foram tomadas com base em um processo “gradativo de cuidado”. Ainda com relação às atitudes tomadas, como prevenção, a presidência decidiu por manter a sede da Conferência, localizada em Brasília (DF), fechada. Os serviços prestados nos outros setores da entidade continuarão sendo feitos via teletrabalho.
Tendo em vista a Campanha da Fraternidade deste ano que interpela a questão do “cuidado”, dom Joel reforçou que o momento é de prevenção. “Precisaremos nos manter afastados, por enquanto, como forma de cuidado a nós mesmos e às outras pessoas”, finalizou. Ainda com relação ao trabalho desenvolvido pelas Comissões da Conferência, embora os assessores não estejam trabalhando presencialmente na sede, eles continuarão mantendo suas atividades também à distância, via internet. Fonte: CNBB
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Eles morrem como seus fiéis, sem missa ou ritual fúnebre. O coronavírus está matando muitos padres na região norte da Itália: uma dezena em Bérgamo, além de outros em Parma, Milão e Cremona.
A diocese de Bérgamo, uma das cidades mais afetada pela pandemia, confirmou que pelo menos 10 padres morreram depois de contrair a doença, segundo o jornal católico Avvenire. As mortes são tão numerosas que "o censo é difícil de estabelecer", afirmou a publicação.
O jornal L'Eco di Bergamo, por sua vez, publicou ao menos 160 anúncios de morte em sua edição de 15 de março, cinco vezes a mais na comparação com um dia normal. De acordo com o veículo, morreram cinco padres na diocese de Parma, dois em Milão e Cremona e um em Brescia. Há ainda diversos sacerdotes infectados — alguns deles internados em unidades de terapia intensiva.
Ao lado de médicos e enfermeiras, os padres prestam auxílio espiritual aos enfermos, uma missão necessária nesta região da Itália particularmente religiosa.
— Equipados com máscara, gorro, luvas, blusa e óculos, os padres caminham pelos corredores como zumbis — disse Claudio del Monte, padre de uma paróquia de Bérgamo, à agência italiana Adnkronos.
Os necrotérios não têm espaço para acomodar os caixões e os enviam para o cemitério:
— Não sabemos mais onde colocar os mortos. Utilizamos algumas igrejas. Tudo isso diz respeito aos sentimentos mais profundos — afirmou o arcebispo de Bérgamo, monsenhor Francesco Beschi, entrevistado pelo Vatican News.
A rádio da Conferência Episcopal Italiana, InBlu, explicou que devido às medidas para evitar a propagação do coronavírus, os padres devem evitar a unção dos enfermos, sacramento católico para pessoas doentes que estão próximas da morte.
— Um padre que perdeu o pai me ligou. Ele está em quarentena, a mãe está em quarentena sozinha em outra casa, seus irmãos estão em quarentena e os funerais estão proibidos. Será enterrado no cemitério sem que ninguém possa participar de um momento de piedade humana e cristã — contou o arcebispo Beschi.
O religioso considera que o número de padres mortos em sua diocese é "realmente alto", assim como o daqueles que estão em "condição particularmente grave". Como todas as outras vítimas do novo coronavírus, os padres falecidos foram sepultados sem o rito fúnebre.
"Estou muito impressionado com o sofrimento que padecem, pela morte solitária, sem a companhia das famílias, tão dolorosa", acrescentou Beschi em um comunicado.
Comovido com a situação difícil de Bérgamo, o papa Francisco ligou na quarta-feira para o arcebispo Beschi para expressar "apoio aos padres, aos enfermos, aos que cuidam dos pacientes e a toda nossa comunidade", disse.
Francisco considera que "as medidas draconianas nem sempre são boas" e pediu aos bispos e padres que não deixem os fiéis sozinhos ante o coronavírus. A declaração foi percebida como uma crítica indireta às restrições drásticas impostas pela Itália para conter a propagação do vírus e que incluem a proibição de viagens e de visitas, como a dos padres que diariamente se encontravam com idosos isolados. O governo também proibiu a celebração de missas, casamentos e funerais. Fonte: https://extra.globo.com
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Andressa Collet – Cidade do Vaticano – O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira (16), que a pandemia do Covid-19 é “a grande crise sanitária global dos nossos tempos”.
Pela primeira vez, o número de mortes pelo coronavírus no mundo superou aquele da China e são mais de 85 mil contágios. As medidas de restrição para conter a disseminação da doença estão sendo adotadas, inclusive, dentro da Igreja católica para preservar fiéis e consagrados.
Na Itália, um comunicado oficial da Conferência Episcopal lembrou que o período é “de grande responsabilidade” e “proximidade ao país”. A pandemia, porém, mesmo com as disposições, atingiu os responsáveis pela atenção pastoral aos fiéis.
Segundo reporta a agência de notícias ACI, onze sacerdotes já morreram na Itália, vítimas do Covid-19. A maioria estava na região da Lombardia, de onde se originou a disseminação do coronavírus no país: 6 morreram na cidade de Bérgamo, três em Bréscia e um em Cremona. O outro padre falecido estava na região da Emilia-Romagna. Os infectados pelo Covid-19 No caso de Bérgamo, os dois últimos sacerdotes falecidos são Pe. Silvano Sirtoli, de 59 anos, e Pe. Giancarlo Nava, de 70 anos. Outros 20 padres testaram positivo e alguns, inclusive, já se recuperaram.
Entre os infectados pelo Covid-19 está o bispo de Bérgamo, Dom Francesco Beschi, que segue se recuperando bem. Já o bispo de Cremona, Dom Antonio Napolioni, recuperado, retornou à residência episcopal nesta segunda-feira (16) para o período de convalescença e 14 dias de quarentena. Depois, o prelado deverá refazer os exames para confirmar que já não tem a doença. Período “perfeito” de conversão Dom Atonio assegura que esta crise deve ser vivida como “uma oportunidade para a conversão” neste tempo de Quaresma.
Em entrevista concedida ao Vatican News, quando ainda estava internado, mostrou pesar pelo falecimento, no mesmo hospital em que se encontrava em Bérgamo, do sacerdote de 75 anos, Pe. Vincenzo Rini, ex-presidente da agência SIR (Serviço de Informação Religiosa), diretor do semanário diocesano “La Vitta Cattolica” e presidente da Federação Italiana de Semanários Católicos. Ao viver a doença em primeira pessoa, o bispo exortou a não ter medo e a aproveitar este período de isolamento domiciliar para “redescobrir a presença do Senhor de uma forma muito mais poderosa e fiel”. Uma Quaresma “dramaticamente dura, mas precisamente, por isso, perfeita”. Fonte: https://fdamiaonoticias.blogspot.com
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Frente ao avanço da COVID-19, o padre Michelino Roberto da paróquia Nossa Senhora do Brasil, no bairro Jardim América da cidade de São Paulo (SP) consultou os paroquianos sobre alternativas para manter as celebrações eucarísticas mantendo, contudo, a segurança.
Foi da consulta que nasceu a ideia de fazer missa campal, realizada no último domingo, 15 de março, em frente à Igreja. A experiência, segundo o religioso, foi endossada por médicos que são paroquianos e ampliada com uma série de medidas como receber os fieis com álcool gel, a organização das cadeiras mantendo uma distância entre os fieis. Entre as medidas, a paróquia também disponibilizou máscaras para quem desejasse.
Os ministros extraordinários da Comunhão adotaram a prática de higienizar e lavar as mãos antes da missa e com álcool gel pouco antes do momento da comunhão que foi dada nas mãos. O padre informou ainda que foi suprimido da liturgia o abraço da paz e tirada a água benta da porta.
Outro recurso que está sendo usado, neste tempo do coronavírus, para manter reuniões na paróquia são videoconferências com o recurso de plataformas digitais. Segundo o padre Michelino, a opção de fazer missas campais, em lugares abertos, pode ser uma alternativa segura desde que observadas as medidas como manter o distanciamento, cuidado com a higiene e realizar missas com intervalo de horários menores para evitar aglomerações. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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Silas Malafaia, fundador da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, uma das mais poderosas igrejas evangélicas do país, e amigo de Jair Bolsonaro, não pretende fechar as portas de seus templos durante a pandemia da Covid-19.
Alega que não vê sentido em suspender cultos, pelo menos enquanto estabelecimentos como shoppings estiverem funcionando e os transportes públicos rodando. Ele só enxerga a possibilidade de dar uma pausa nas cerimônias religiosas caso a situação se agrave ainda mais e o país praticamente pare.
Nos últimos dias, governadores país afora tomaram medidas para proibir eventos com grande aglomeração de pessoas. No Distrito Federal, por exemplo, Ibaneis Rocha (DF) determinou, inclusive, o fechamento temporário de academias de ginástica.
Malafaia adianta que não vai acatar eventuais interferências do Estado:
— Governador nenhum vai suspender meus cultos. Eles não são nem doidos. Não têm poder para isso, só com determinação Judicial. Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com
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