1) Oração

Ó Deus, que nos concedestes a salvação pascal, acompanhai o vosso povo com vossos dons celestes, para que, tendo conseguido a verdadeira liberdade, possa um dia alegra-se no céu, como exulta agora na terra. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (João 20, 11-18)

Naquele tempo, 11Maria tinha ficado perto do túmulo, do lado de fora, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se para olhar dentro do túmulo. 12Ela enxergou dois anjos, vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras”. Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Dizendo isto, Maria virou-se para trás e enxergou Jesus, de pé, mas ela não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou- lhe: “Mulher, por que choras? Quem procuras?” Pensando que fosse o jardineiro, ela disse: “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o colocaste, e eu irei buscá-lo”. 16Então, Jesus falou: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabûni!” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures, pois ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então, Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor”, e contou o que ele lhe tinha dito.

 

3) Reflexão

O evangelho de hoje descreve a aparição de Jesus a Maria Madalena. A morte do seu grande amigo levou Maria a uma perda do sentido da vida. Mas ela não desistiu da busca. Foi ao sepulcro para reencontrar aquele que a morte lhe tinha roubado. Há momentos na vida em que tudo desmorona. Parece que tudo acabou. Morte, desastre, doença, decepção, traição! Tantas coisas que podem tirar o chão debaixo dos pés e jogar-nos numa crise profunda. Mas também acontece o seguinte. Como que de repente, o reencontro com uma pessoa amiga pode refazer a vida e nos fazer redescobrir que o amor é mais forte do que a morte e a derrota.

O Capítulo 20 de João, além da aparição de Jesus a Madalena, traz vários outros episódios que revelam a riqueza da experiência da ressurreição: (1) do discípulo amado e de Pedro (Jo 20,1-10); (2) de Maria Madalena (Jo 20,11-18); (3) da comunidade dos discípulos (Jo 20,19-23) e (4) do apóstolo Tomé (Jo 20,24-29). O objetivo da redação do Evangelho é levar as pessoas a crer em Jesus e, acreditando nele, ter a vida (Jo 20,30-3).

Na maneira de descrever a aparição de Jesus a Maria Madalena transparecem as etapas da travessia que ela teve de fazer, desde a busca dolorosa até o reencontro da Páscoa. Estas são também as etapas pelas quais passamos todos nós, ao longo da vida, na busca em direção a Deus e na vivência do Evangelho.

João 20,11-13: Maria Madalena chora, mas busca.  Havia um amor muito grande entre Jesus e Maria Madalena. Ela foi uma das poucas pessoas que tiveram a coragem de ficar com Jesus até a hora da sua morte na cruz. Depois do repouso obrigatório do sábado, ela voltou ao sepulcro para estar no lugar onde tinha encontrado o Amado pela última vez. Mas, para a sua surpresa, o sepulcro estava vazio! Os anjos perguntam: "Por que você chora?" Resposta: "Levaram meu senhor e não sei onde o colocaram!" Maria Madalena buscava o Jesus, o mesmo Jesus, que ela tinha conhecido e com quem tinha convivido durante três anos.

João 20,14-15: Maria Madalena conversa com Jesus sem reconhecê-lo. Os discípulos de Emaús viram Jesus mas não o reconheceram (Lc 24,15-16). O mesmo acontece com Maria Madalena. Ela vê Jesus, mas não o reconhece. Pensa que é o jardineiro. Como os anjos, Jesus pergunta: "Por que você chora?" E acrescenta: "A quem está procurando?" Resposta: "Se foi você que o levou, diga-me, que eu vou buscá-lo!" Ela ainda busca o Jesus do passado, o mesmo de três dias atrás. É a imagem de Jesus do passado que a impede de reconhecer o Jesus vivo, presente na frente dela.

João 20,16: Maria Madalena reconhece Jesus. Jesus pronuncia o nome: "Maria!" Foi o sinal de reconhecimento: a mesma voz, o mesmo jeito de pronunciar o nome. Ela responde: "Mestre!" Jesus tinha voltado, o mesmo que tinha morrido na cruz. A primeira impressão é que a morte foi apenas um incidente doloroso de percurso, mas que agora tudo tinha voltado a ser como antes. Maria abraça Jesus com força. Era o mesmo Jesus que ela tinha conhecido e amado. Realiza-se o que dizia a parábola do Bom Pastor: "Ele as chama pelo nome e elas conhecem a sua voz". - "Eu conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem" (Jo 10,3.4.14).

João 20,17-18: Maria Madalena recebe a missão de anunciar a ressurreição aos apóstolos. De fato, é o mesmo Jesus, mas a maneira de ele estar junto dela já não é mais a mesma. Jesus lhe diz: "Não me segure, porque anda não subi para o Pai!" Ele vai para junto do Pai. Maria Madalena deve soltar Jesus e assumir sua missão: anunciar aos irmãos que ele, Jesus, subiu para o Pai. Jesus abriu o caminho para nós e fez com que Deus ficasse, de novo, perto de nós.

 

4) Para um confronto pessoal

1-Você já passou por uma experiência que lhe deu um sentimento de perda e de morte? Como foi? O que foi que lhe trouxe vida nova e lhe devolveu a esperança e a alegria de viver?

2-Qual a mudança que se operou em Maria Madalena ao longo do diálogo? Maria Madalena buscava Jesus de um jeito e o reencontrou de outro jeito. Como isto acontece hoje na nossa vida?

 

5) Oração final

Nossa alma espera pelo SENHOR, é ele o nosso auxílio e o nosso escudo. SENHOR, esteja sobre nós a tua graça, do modo como em ti esperamos.  (Sl 32, 20.22)

CARMELITAS EM ANGRA DOS REIS, RIO DE JANEIRO. Carreata e Bênção de São Benedito- Patrono da cidade- contra o coronavirus. Segunda-feira, 13 de abril-2020. Câmera: Guilherme Bertoldo.

Dom Murilo S.R. Krieger, scj - Administrador Apostólico de São Salvador da Bahia

 

É Páscoa! Cristo ressuscitou! Ele está vivo! Ele está nos dando uma nova oportunidade de construirmos a vida segundo o seu Evangelho. Não adianta procurarmos outros caminhos para sermos felizes. Só Ele, o Filho de Deus, o Salvador, será capaz de preencher os anseios de felicidade que sentimos em nosso coração.

Neste domingo de Páscoa Dom Murilo Krieger enviou aos padres da arquidiocese de São Salvador um homilia que, se eles quiserem, podem ler na Missa deste Domingo. Eis a íntegra do seu texto.

 

Caros irmãos,

caras irmãs em Jesus Cristo!

            Mesmo não podendo presidir esta celebração, quero entrar em sua casa e em seu coração neste Domingo da Páscoa. Desejo que esta minha mensagem seja um eco do que ouvimos nas três leituras que foram há pouco proclamadas: Cristo ressuscitou! Ele está vivo!

            O apóstolo Pedro, em Cesareia, disse isso de forma clara: “E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz. Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia!”

            O apóstolo Paulo, escrevendo aos Colossenses, acentuou: “Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus!”.

            E o evangelista João, que esteve com Pedro no sepulcro, em Jerusalém, na manhã da Páscoa, ao ver o túmulo vazio, testemunhou: “De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos”.

            Desde aquela manhã, pelos séculos afora, o anúncio que a Igreja faz, não só anualmente, mas dia por dia, é o mesmo: Jesus Cristo ressuscitou! Ele venceu o pecado e a morte! Verdadeiramente acontece o que ele prometeu em sua ascensão ao céu, ao partir para o Pai: “Eis que estarei convosco todos os dias, até a consumação do mundo!”

            Esse anúncio poderá soar estranho em meio à experiência que estamos vivendo. Ressurreição fala de vida, de vitória e de alegria! Ora, vivemos em uma situação que nunca havíamos imaginado que poderíamos viver. A pandemia do Covid-19 mudou os nossos planos, derrubou nossas certezas e nos está fazendo conhecer um número crescente de notícias tristes. Nossas relações foram interrompidas, o emprego de muitos está ameaçado e a necessidade de isolamento leva muitos à tristeza e depressão. Muitos se perguntam: O que está ocorrendo? O que não estão funcionando? O que devemos fazer? O que não devemos fazer? Quanto tempo isso durará? Quantos morrerão?

            Ao mesmo tempo, surpreendem-nos notícias e imagens que expressam solidariedade, amor e doação. Só na Itália, quase setenta sacerdotes faleceram por atenderem pessoas infectadas. Além disso, dezenas de médicos e profissionais da saúde morreram ou estão com a vida ameaçada. Voluntários socorrem necessitados. Multiplicam-se iniciativas para prestar ajuda a quem está sozinho. Mas as perguntas se renovam: O que está acontecendo? Por que isso? Será que Deus não está vendo aquilo que estamos vivendo?

            Na manhã da ressurreição, tanto as mulheres que foram ao túmulo de Jesus como os apóstolos Pedro e João, não viram nada de extraordinário. Viram apenas um túmulo vazio. Muito mais vazio, porém, estavam os seus corações. Depois disso, Jesus começou a aparecer a um e a outro discípulo; na tarde daquele domingo, apareceu aos apóstolos. Mesmo assim, não lhes foi fácil acreditar que Jesus havia ressuscitado. Tomé, inclusive, colocou uma condição para acreditar na ressurreição do Mestre: só acreditaria se pudesse colocar o seu dedo nas chagas de Cristo!  Quando, finalmente, os apóstolos e discípulos acreditaram que era mesmo Jesus que lhes aparecia, quando comeram com ele e Tomé pôde tocar em suas chagas, a vida deles mudou! De medrosos que eram, tornaram-se fortes e corajosos. Partiram pelo mundo para anunciar: Cristo está vivo! Ele está no meio de nós! A maioria deles chegou, inclusive, a dar a própria vida para confirmar isso.

            Hoje, não deixa de ser um desafio tomar consciência da presença de Cristo em meio a essa pandemia que deixa marcas profundas por toda a parte. Gostaríamos, como muitos que estavam aos pés da Cruz, que Jesus não ficasse em silêncio; desejaríamos que ele mostrasse a sua força – ou, como alguns lhe diziam ironicamente: “Se és mesmo o Cristo, desce da Cruz que acreditaremos!” Mas houve também, naquele momento, o testemunho belíssimo de um soldado pagão, que proclamou: “Verdadeiramente, Ele é o Filho de Deus!”

            Temos grandes desafios nesta Páscoa de 2020. Devemos prestar atenção a tais desafios para, então, perceber os sinais que Deus está enviando ao nosso mundo envolvido pelo coronavirus. Não é possível que, passado tudo isso, continuemos os mesmos, como se nada de significativo tivesse ocorrido. Lembro-lhes alguns dos desafios:

            - Quando tanta certeza se desmorona; quando a ideia de um progresso indefinido cai por terra; quando nosso conforto está ameaçado, perguntemo-nos: Qual o lugar que Deus tem ocupado em nossa vida? Em minha vida? Posso afirmar que o amo sobre todas as coisas? Ele é, realmente, o meu SENHOR?

            - Quando vemos cenas de ruas ou, mesmo, de bairros imensos, sem água, sem esgoto e sem o mínimo necessário para se falar em uma vida digna, perguntemo-nos: Colocamos em prática o ensinamento de Jesus, que devemos amar o próximo como a nós mesmos? Que devemos nos amar como ele nos ama? Que devemos repartir com os outros os bens que dele recebemos?

            - Quando procuramos afastar de nossa vida a ideia da morte, do juízo final e da eternidade, perguntemo-nos: Jesus deu sua vida por nós apenas para termos uma vida confortável aqui na terra? Ele veio até nós para fundar uma ONG ou para dar início à Igreja, que é a família daqueles que ele, Jesus, conquistou com o seu sangue?

            - Quando a humanidade procura construir um mundo no qual não há lugar para Deus; quando crianças e jovens crescem sem conhecer que “Deus é amor”; quando muitos se fecham em seu egoísmo e comodismo, perguntemo-nos: do alto da Cruz, o que Jesus nos ensina? O que ele quis dizer quando falou: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem?”

            É Páscoa! Cristo ressuscitou! Ele está vivo! Ele está nos dando uma nova oportunidade de construirmos a vida segundo o seu Evangelho. Não adianta procurarmos outros caminhos para sermos felizes. Só Ele, o Filho de Deus, o Salvador, será capaz de preencher os anseios de felicidade que sentimos em nosso coração. Talvez as palavras do evangelista João se refiram também a nós: “De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos!” Hoje, neste domingo da Páscoa, voltados para Jesus, proclamamos:

Jesus, eu creio que ressuscitaste!

Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!

Eu creio que tu tens palavras de vida eterna!

Dá-me a graça, dá-nos a graça de ressuscitar contigo para uma vida nova.

Tu tens esse poder!

O teu sangue tem poder!

Eu creio que tu estás presente no meio de nós!

Sim, eu creio, mas aumenta a minha fé!

Amém!

Fonte: https://www.vaticannews.va

A partir deste domingo, 12 de abril, domingo de Páscoa, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dá início a Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil, uma ação nacional que tem como lema ‘É tempo de cuidar’ para estimular a solidariedade, a começar pela arrecadação de alimentos, produtos de higiene e limpeza. Além de incentiva a ajuda material às pessoas, também quer promover o cuidado no campo religioso, humano e emocional. Assim, a CNBB se une a diversas campanhas e projetos de solidariedade que já estão em curso pelo país.

 

O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, destaca que neste momento em que o país vive, a solidariedade é o selo de autenticidade da vida dos verdadeiros cristãos, o indispensável compromisso cidadão, a tarefa primeira dos governantes, a conversão dos ricos, a nova compreensão para inaugurar o tempo novo que está sendo exigido de todos, o único novo caminho para a paz e para o equilíbrio que o planeta precisa urgentemente, a única prática política, o novo jeito de ser humanidade.

“Solidariedade é a praça de encontro de todos, iguais, para respeitar a dignidade humana, superar os vergonhosos cenários de pobreza e exclusão, a trilha única dos lúcidos e servidores em busca do reencontro de uma ordem nova, social, política e econômica, fazendo valer a vida como dom e compromisso de cada um! Seja solidário, é inteligente, é desenvolvimento integral, é o selo de autenticidade da fé professada, é a nova cidadania”, afirmou

Por causa da pandemia do novo coronavírus, grande parcela da população brasileira, como as pessoas em situação de rua, migrantes e refugiados, as que vivem em moradias precárias, além dos desempregados e trabalhadores informais, que neste momento têm suas fontes de renda fortemente afetadas, estão enfrentando uma realidade de extrema vulnerabilidade.

E é com espírito de fraternidade que a Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil quer que se multipliquem os gestos solidários nas comunidades, nos setores da indústria e do comércio e nas famílias para que essas pessoas possam ser cuidadas e que possam cuidas de suas famílias.

A Cáritas Brasileira, organismo da CNBB, está atuando para orientar arquidioceses, dioceses, paróquias e comunidades a respeito dos protocolos de segurança para que as doações sejam recebidas e entregues de maneira adequada às pessoas e famílias necessitadas, neste momento de risco de contaminação pelo coronavírus.

“Estamos vivendo um tempo muito difícil no Brasil e no mundo, um momento de sofrimento. A Cáritas tem como objetivo valorizar e resgatar a vida. É com esse sentimento que  participamos da Ação Solidária Emergencial ‘É tempo de cuidar’”, afirma o diretor executivo da Cáritas Brasileira, Carlos Humberto Campos.

A Ação Solidária Emergencial contará ainda com uma mobilização nas redes sociais com o slogan “É tempo de cuidar”. Em sintonia com a proposta da Campanha da Fraternidade 2020, a iniciativa mantém a inspiração bíblica do evangelho de São Lucas 10, 33-34: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”.

A mobilização convoca ainda que as pessoas gravem vídeos de 15 segundos ou façam fotos das ações realizadas de forma comunitária ou individual e postem nos stories do Facebook e Instagram marcando a CNBB (@CNBBnacional) e a Cáritas Brasileira (@CaritasBrasileira) e colocando a hashtag #TempodeCuidar.

O material com as orientações sobre a organização da Ação Solidária Emergencial da Igreja no Brasil, bem como os materiais de divulgação, está disponível aqui no portal: cnbb.org.br e no site: caritas.org.br. Fonte: http://www.cnbb.org.br

AO-VIVO ANGRA DOS REIS/RJ. Missa da Ceia do Senhor. O Rito celebra o dia da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Ministerial e o gesto do lava-pés. (Missa sem a participação do povo).  www.instagram.com/freipetronio

1) Oração

Ó Deus, que fizestes vosso Filho padecer o suplício da cruz, para arrancar-nos à escravidão do pecado, concedei aos vossos servos a graça da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho  (Mateus 26, 14-25)

14Um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “Que me dareis se eu vos entregar Jesus?” Combinaram trinta moedas de prata. 16E daí em diante, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo. 17No primeiro dia dos Pães sem fermento, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a ceia pascal em tua casa, junto com meus discípulos’”. 19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a ceia pascal. 20Ao anoitecer, Jesus se pôs à mesa com os Doze. 21Enquanto comiam, ele disse: “Em verdade vos digo, um de vós me vai entregar”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a perguntar-lhe: “Acaso sou eu, Senhor?” 23Ele respondeu: “Aquele que se serviu comigo do prato é que vai me entregar. 24O Filho do Homem se vai, conforme está escrito a seu respeito. Ai, porém, daquele por quem o Filho do Homem é entregue! Melhor seria que tal homem nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”. Palavra da salvação.

 

3) Reflexão

Ontem o evangelho falou da traição de Judas e da negação de Pedro. Hoje, fala novamente da traição de Judas. Na descrição da paixão de Jesus do evangelhos de Mateus acentua-se fortemente o fracasso dos discípulos. Apesar da convivência de três anos, nenhum deles ficou para tomar a defesa de Jesus. Judas traiu, Pedro negou, todos fugiram. Mateus conta isto, não para criticar ou condenar, nem para provocar desânimo nos leitores, mas para ressaltar que o acolhimento e o amor de Jesus superam a derrota e o fracasso dos discípulos! Esta maneira de descrever a atitude de Jesus era uma ajuda para as Comunidades na época de Mateus. Por causa das freqüentes perseguições, muitos tinham desanimado e abandonado a comunidade e se perguntavam: "Será que é possível voltar? Será que Deus nos acolhe e perdoa?" Mateus responde sugerindo que nós podemos romper com Jesus, mas Jesus nunca rompe conosco. O seu amor é maior do que a nossa infidelidade. Esta é uma mensagem muito importante que colhemos do evangelho durante a Semana Santa.

Mateus 26,14-16: A Decisão de Judas de trair Jesus. Judas tomou a decisão, depois que Jesus não aceitou a crítica dos discípulos a respeito da mulher que gastou um perfume caríssima só para ungir Jesus (Mt 26,6-13). Ele foi até os sacerdotes e perguntou: “Quanto vocês me pagam se eu o entregar?” Combinaram trinta moedas de prata. Mateus evoca as palavras do profeta Zacarias para descrever o preço combinado (Zc 11,12). Ao mesmo tempo, a traição de Jesus por trinta moedas evoca a venda de José pelos seus próprios irmãos, avaliado pelos compradores em vinte moedas (Gn 37,28). Evoca ainda o preço de trinta moedas a ser pago pelo ferimento a um escravo (Ex 21,32).

Mateus 26,17-19: A Preparação da Páscoa.  Jesus era da Galileia. Não tinha casa em Jerusalém. Ele passava as noites no Horto das Oliveiras (cf. Jo 8,1). Nos dias da festa de páscoa a população de Jerusalém triplicava por causa da quantidade enorme de peregrinos que vinham de toda a parte. Não era fácil para Jesus encontrar uma sala ampla para poder celebrar a páscoa junto com os peregrinos que tinham vindo com ele desde a Galileia. Ele manda os discípulos encontrar uma pessoa em cuja casa decidiu celebrar a Páscoa. O evangelho não oferece ulteriores informações e deixa que a imaginação complete o que falta nas informações. Era um conhecido de Jesus? Um parente? Um discípulo? Ao longo dos séculos, a imaginação dos apócrifos soube completar a falta de informação, mas com pouca credibilidade.

Mateus 26,20-25: Anúncio da traição de Judas. Jesus sabe que vai ser traído. Apesar de Judas fazer as coisas em segredo, Jesus está sabendo. Mesmo assim, ele faz questão de se confraternizar com o círculo dos amigos, do qual Judas faz parte. Estando todos reunidos pela última vez, Jesus anuncia quem é o traidor. É "aquele que põe a mão no prato comigo". Esta maneira de anunciar a traição acentua o contraste. Para os judeus a comunhão de mesa, colocar juntos a mão no mesmo prato, era a expressão máxima da amizade, da intimidade e da confiança. Mateus sugere assim que, apesar da traição ser feita por alguém muito amigo, o amor de Jesus é maior que a traição!

O que chama a atenção é a maneira de Mateus descrever estes fatos. Entre a traição e a negação ele colocou a instituição da Eucaristia (Mt 26,26-29): a traição de Judas, antes (Mt 25,20-25); a negação de Pedro e a fuga dos discípulos, depois (Mt 25,30-35). Deste modo, ele destaca para todos nós a inacreditável gratuidade do amor de Jesus, que supera a traição, a negação e a fuga dos amigos. O seu amor não depende do que os outros fazem por ele.

 

4) Para um confronto pessoal

1) Será que eu seria capaz de ser como Judas e de negar e trair a Deus, a Jesus, aos amigos e amigas?

2) Na semana santa é importante eu reservar algum momento para compenetrar-me da inacreditável gratuidade do amor de Deus por mim.

 

5) Oração final

Quero louvar com um cântico o nome de Deus e exaltá-lo com ações de graças; “Vede, humildes e alegrai-vos! Vós que buscais a Deus, vosso coração reviva! Pois o SENHOR atende os pobres, não despreza os seus cativos. (Sl 68, 31.33-34)

Coronavírus: pastor que chamou epidemia de 'histeria' morre após participar de carnaval

Landon Spradlin, de 66 anos, viajara para pregar no carnaval de Nova Orleans; pouco após compartilhar postagens criticando a mídia e comparando Covid-19 a gripe suína, era levado ao hospital.

 

O pastor Spradlin (no meio, de boné) e Jean (no teclado) tocando durante o mardi gras — Foto: Arquivo pessoal

 

O pastor Landon Spradlin não estava preocupado com o coronavírus quando viajou a Nova Orleans, nos Estados Unidos, para pregar durante o mardi gras — o festival de carnaval celebrado em março na cidade americana. Um mês depois, Landon, de 66 anos, estava morto.

Após o festival, quando já tinha sintomas da doença, o pastor postou nas redes sociais sobre a "histeria" em relação à Covid-19. Em 13 de março, compartilhou no Facebook uma postagem em que as mortes por Covid-19 eram comparadas às da gripe suína e que trazia números falsos.

A postagem também sugeria que o presidente Donald Trump fora tratado de forma "desigual" pela mídia, na comparação com o ex-presidente Barack Obama, e que as notícias sobre a doença eram um complô para prejudicar a imagem de Trump. No mesmo dia, mais cedo, em uma coletiva de imprensa, o próprio presidente americano tinha dito algo parecido.

Agora, a família de Landon — mulher e cinco filhos — esperam que a pandemia causada pela covid-19 passe, para poderem realizar um velório em memória ao ente falecido.

Por enquanto, houve apenas um enterro no qual poucas pessoas compareceram, incluindo um guitarrista de blues que tocou ao lado do caixão.

"Ele amava rir, amava tocar guitarra", lembra uma das filhas de Ladon, Jesse Spradlin. "Era o melhor homem do mundo."

 

Pregação no festival

Há pouco mais de um mês, Landon, que tinha 66 anos, foi de carro com sua esposa Jean da casa deles na Virgínia para o Estado da Louisiana, a 1,5 mil km de distância. Ele viu o mardi gras como uma oportunidade de, através da música, "salvar as almas de algumas das centenas de milhares de pessoas" que estariam nas ruas.

Duas de suas filhas, que vieram do Texas, também o acompanharam.

"Sua missão era ir a pubs, clubes noturnos e bares para tocar blues e se conectar com os músicos, falando do amor de Jesus", conta a filha Jesse, de 28 anos.

"O mardi gras em Nova Orleans é como a Times Square em Nova York durante o ano novo", diz ela. "É um mar de gente bebendo e festejando. Ele falou muito, riu. Estava à vontade."

Spradlin tocava guitarra desde os quatro anos de idade e, em 2016, foi incluído no Hall da Fama do Blues de Virgínia. A religião, diz a família, o salvou o alcoolismo e do vício em drogas que o acometeram aos 20 e poucos anos.

Nos anos mais recentes, o pastor estava realizando o sonho de pregar através da música — e sua experiência difícil com drogas o tornava mais próximo de pessoas que se sentem tristes e excluídas, algo com o qual ele conseguia se identificar.

No mardi gras, a banda da família tocou em uma praça movimentada, sem perceber a ameaça à qual estavam expostos. Eles não foram os únicos. Ainda que já tivesse passado um mês desde o primeiro caso confirmado de coronavírus nos Estados Unidos, o mardi gras foi adiante normalmente.

As autoridades locais agora acusam o governo americano de negligência e da falta de esforços coordenados para evitar novas contaminações.

Entre os casos suspeitos na Lousiania, estava Spradlin, mas exames apontaram resultado negativo para a covid-19. Foi quando postou nas redes sociais sobre a "histeria" em torno do vírus.

'Eu apenas disse: você precisa chegar em casa. Mas ele não conseguiu'

Landon Isaac, 32, filho do pastor, me contou que ele e o pai haviam conversado e concordado sobre o que consideravam ser um frenesi irracional e um medo do vírus motivado, talvez, pelo ano eleitoral nos Estados Unidos.

"Quero destacar que papai não achava que era uma farsa, ele sabia que era um vírus real", diz Landon Isaac.

"Mas ele publicou aquela postagem porque estava frustrado com mídia propagando o medo como principal forma de comunicação."

Em meados de março, porém, a saúde do pastor Spradlin subitamente piorou. Ele e sua esposa decidiram fazer, mesmo assim, a longa viagem de volta para casa, de Nova Orleans à Virgínia.

"Falei com meu pai cinco minutos antes de ele desmaiar, na Carolina do Norte", lembra o filho do pastor. "Posso dizer que percebi a respiração dele ficando ruim. Eu apenas disse: você precisa chegar em casa. Mas ele não conseguiu."

Spradlin foi levado a um hospital na Carolina do Norte, onde descobriram que seus dois pulmões tinham sido fortemente afetados por uma pneumonia. Neste momento, seu teste para coronavírus também deu positivo.

Após oito dias em uma unidade de terapia intensiva (UTI), o pastor morreu.

"É como se papai fosse nossa coluna de apoio e alguém a derrubasse. Parece que o teto está caindo sobre todas as nossas cabeças agora", lamenta Landon Isaac. Por dias, Isaac e suas quatro irmãs tiveram que se comunicar com a mãe pela porta de vidro da casa dela. O pequeno funeral veio depois do fim da quarentena da esposa do pastor, Jean.

"Nunca pensamos que nosso pai fosse morrer por causa disso. Mas ele não era o tipo de pessoa a viver apenas de medo, deixando que sua alegria de vida fosse roubada", diz Jesse Spradlin.

 

Polarização política e coronavírus

Ela diz que o pai desconfiava da mídia, o que contribui para o pouco caso que fazia dos perigos do coronavírus.

"Fiquei frustrada pela mídia ser muito pautada por uma agenda política — de todos os lados. Sinto que a questão do coronavírus se transformou em algo de 'partido contra partido', em vez de uma nação sob Deus", diz ela.

Para Jesse, a polarização política, que atingiu também a mídia americana, torna difícil saber em que acreditar. De fato, é impressionante como a opinião de cada americanos sobre a pandemia praticamente varia conforme sua posição política. Pesquisas mostram que os republicanos estão mais inclinados a pensar que há uma reação exagerada ao coronavírus; já os democratas, que a situação não está sendo levada a sério o suficiente.

Jesse sente que a magnitude da crise que tirou a vida de seu pai indica que estas disputas não podem mais continuar assim.

"Ainda há muitas notícias pautadas por uma agenda política, mesmo que as pessoas estejam morrendo", diz ela.

"Isso está afetando nosso país e, a menos que comecemos a agir como uma nação, não encontraremos realmente uma solução. Mas, para que isso aconteça, é necessária uma certa humildade." Fonte: https://g1.globo.com

1) Oração

Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos celebrar de tal modo os mistérios da paixão do Senhor, que possamos alcançar vosso perdão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho  (João 13, 21-33.36-38)

21Depois de dizer isso, Jesus ficou interiormente perturbado e testemunhou: “Em verdade, em verdade, vos digo: um de vós me entregará”. 22Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem estava falando. 23Bem ao lado de Jesus estava reclinado um dos seus discípulos, aquele que Jesus mais amava. 24Simão Pedro acenou para que perguntasse de quem ele estava falando. 25O discípulo, então, recostando- se sobre o peito de Jesus, perguntou: “Senhor, quem é?” 26Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der um bocado passado no molho”. Então, Jesus molhou um bocado e deu a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27Depois do bocado, Satanás entrou em Judas. Jesus, então, lhe disse: “O que tens a fazer, faze logo”. 28Mas nenhum dos presentes entendeu por que ele falou isso. 29Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus estava dizendo: “Compra o que precisamos para a festa”, ou que desse alguma coisa para os pobres. 30Então, depois de receber o bocado, Judas saiu imediatamente. Era noite. 31Depois que Judas saiu, Jesus disse: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, Deus também o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo eu ainda estou convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’. 36Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, não podes seguir-me agora; mais tarde me seguirás”. 37Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei minha vida por ti!” 38Jesus respondeu: “Darás tua vida por mim? Em verdade, em verdade, te digo: não cantará o galo antes que me tenhas negado três vezes. Palavra da salvação

 

3) Reflexão

Estamos na terça feira da Semana Santa. Os textos do evangelho destes dias nos confrontam com os fatos terríveis que levaram à prisão e à condenação de Jesus. Os textos não trazem só as decisões das autoridades religiosas e civis contra Jesus, mas também relatam as traições e negações dos próprios discípulos que possibilitaram a prisão de Jesus pelas autoridades e contribuíram enormemente para aumentar o sofrimento de Jesus. 

João 13,21: O anúncio da traição.  Depois de ter lavado os pés dos discípulos (Jo 13,2-11) e de ter falado da obrigação que temos de lavar os pés uns dos outros (Jo 13,12-16), Jesus se comoveu profundamente. E não era para menos. Enquanto ele estava fazendo aquele gesto de serviço e de total entrega de si mesmo, ao lado dele um discípulo estava tramando a maneira de como traí-lo naquela mesma noite. Jesus expressa a sua comoção e diz: “Em verdade lhes digo: um de vocês vai me trair!” Não diz: “Judas vai me trair”, mas “um de vocês”. É alguém do círculo da amizade dele que vai ser o traidor”.

João 13,22-25: A reação dos discípulos.  Os discípulos levam susto. Não esperavam por esta declaração tão séria de que um deles seria o traidor. Pedro faz um sinal a João para ele perguntar a Jesus qual dos doze iria cometer a traição. Sinal de que eles nem sequer desconfiavam quem pudesse ser o traidor. Ou seja, sinal de que a amizade entre eles ainda não tinha chegado à mesma transparência de Jesus para com eles (cf. Jo 15,15). João se inclinou para perto de Jesus e perguntou: “Quem é?”

João 13,26-30: Jesus indica Judas.  Jesus disse: é aquele a quem vou dar um pedaço de pão umedecido no molho. Ele pegou um pedaço de pão, molhou e deu a Judas. Era um gesto comum e normal que os participantes de uma ceia costumavam fazer entre si. E Jesus disse a Judas: “O que você tem que fazer, faça logo!” Judas tinha a bolsa comum. Era o encarregado de comprar as coisas e de dar esmolas para os pobres. Por isso, ninguém percebeu nada de especial no gesto e na palavra de Jesus. Nesta descrição do anúncio da traição está uma evocação do salmo em que o salmista se queixa do amigo que o traiu: “Até o meu amigo, em quem eu confiava e que comia do meu pão, é o primeiro a me trair” (Sl 41,10; cf. Sl 55,13-15). Judas percebeu que Jesus estava sabendo de tudo (Cf. Jo 13,18). Mesmo assim, não voltou atrás, e manteve a decisão de trair Jesus. É neste momento que se opera a separação entre Judas e Jesus. João diz que o satanás entrou nele. Judas levantou e saiu. Ele entrou para o lado do adversário (satanás). João comenta: “Era noite”. Era a escuridão.

João 13,31-33: Começa a glorificação de Jesus.   É como se a história tivesse esperado por este momento da separação entre a luz e as trevas. Satanás (o adversário) e as trevas entraram em Judas quando ele decidiu de executar o que estava tramando. Neste mesmo momento se fez luz em Jesus que declara: “Agora o Filho do Homem foi glorificado, e também Deus foi glorificado nele. Deus o glorificará em si mesmo e o glorificará logo!”  O que vai acontecer daqui para frente é contagem regressiva. As grandes decisões foram tomadas, tanto da parte de Jesus (Jo 12,27-28) e agora também da parte de Judas. Os fatos se precipitam. E Jesus já dá o aviso: “Filhinhos, é só mais um pouco que vou ficar com vocês”. Falta pouco para que se realize a passagem, a Páscoa.

João 13,34-35: O novo mandamento.  O evangelho de hoje omite estes dois versículos sobre o novo mandamento do amor e passa a falar do anúncio da negação de Pedro.

João 13,36-38: Anúncio da negação de Pedro. Junto com a traição de Judas, o evangelho traz também a negação de Pedro. São os dos dois fatos que mais contribuíram para o sofrimento de Jesus. Pedro diz que está disposto a dar a vida por Jesus. Jesus o chama à realidade: “Você dar a vida por mim? O galo não cantará sem que me renegues três vezes”. Marcos tinha escrito: “O galo não cantará duas vezes e você já me terá negado três vezes” (Mc 14,30). Todo mundo sabe que o canto do galo é rápido. Quando de manhã cedo o primeiro galo começa a cantar, quase ao mesmo tempo todos os galos estão cantando. Pedro é mais rápido na negação do que o galo no canto.

 

4) Para um confronto pessoal

1) Judas, amigo, torna-se traidor. Pedro, amigo, torna-se negador. E eu?

2) Colocando-me na situação de Jesus: como enfrenta negação e traição, o desprezo e a exclusão?

 

5) Oração final

És tu, Senhor, a minha esperança, és minha confiança, SENHOR, desde a minha juventude. Sobre ti me apoiei desde o seio materno, desde o colo de minha mãe és minha proteção; em ti está sempre o meu louvor. (Sl 70, 5-6)

Um dos Pais da Igreja do século IV, Gregório Nacianceno, foi um homem de vasta cultura e um grande teólogo. É venerado tanto na Igreja Latina (católicos ) como nas igrejas orientais ( ortodoxos).

Em um dos seus célebres sermões, São Gregório, convida-nos a entrar na Páscoa e faz isso de forma um tanto " teatral ": Pede-nos para nos identificarmos com algum dos personagens da Paixão e, daí, convida-nos a uma atitude vital e espiritual de fé. É uma "técnica" (muito plástica, muito visual, mas também profunda) que depois seguiram outros grandes mestres espirituais posteriormente.

 

"Se você é Simão Cirineo, pegue sua cruz e siga Cristo.

Se você está crucificado com ele como um ladrão, como o bom ladrão confia em seu Deus.

Se por ti e pelos teus pecados Cristo foi tratado como um malfeitor, foi para que tu chegasse a ser justo.

Adora aquele que por você foi crucificado, e, mesmo que você seja crucificado por sua causa, tire proveito do seu mesmo pecado e compre com a morte a sua salvação.

Entra no paraíso com Jesus e descobre quais bens você tinha privado.

Contempla a formosura daquele lugar e deixe que, fora, fique morto o murmurador com suas blasfêmias.

Se você é José de Arimateia, reclama o corpo do Senhor a quem o crucificou, e faça sua a xxpiação do mundo.

Se você é Nicodemo, aquele que de noite adorava Deus, venha enterrar o corpo, e junte-o com pomadas.

Se você é uma das duas marias, ou Salomé, ou Joana, chora desde o amanhecer; procure ser o primeiro a ver a pedra tirada, e você verá também talvez os anjos ou até mesmo Jesus..."

Domingo de Ramos deve ser celebrado de modo especial em tempos de coronavírus

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida a todos a viverem de forma muito especial o Domingo de Ramos durante a quarentena do coronavírus. Cada um e cada família, em suas casas, são chamados a celebrar o próximo domingo com fé e esperança. Por isso, A CNBB propõe cinco pontos para ajudar os fiéis na celebração do Domingo de Ramos.

 

Vamos celebrar o Domingo de Ramos?

1- Rezar pedindo a graça de bem viver a Semana Santa, ainda que em recolhimento em casa.

2- Colocar no portão ou na porta de casa (em lugar bem visível) alguns ramos. Marcar a casa é uma característica do povo de Deus.

3- Participar das celebrações transmitidas pela televisão ou pelas redes sociais.

4- Comprometer-se a, no futuro, participar ativamente da Coleta da Campanha da Fraternidade. Com ela, ajudamos os mais pobres.

5- Motivar pelas redes sociais, telefonemas ou outros meios que mantenham o distanciamento social, outras pessoas a também celebrarem o domingo de Ramos desse mesmo modo. Fonte: http://www.cnbb.org.br

 

Santa Sé garante que o Papa não é um dos positivos, embora um dos contagiados viva na mesma residência do Pontífice

 

coronavírus também chegou ao Vaticano. A Santa Sé registrou seis casos positivos, segundo divulgou em um comunicado. Um deles, na residência em que o Papa vive. Trata-se de um funcionário da Secretaria de Estado, o principal órgão do Governo do Vaticano, que compartilha a casa com Francisco, contraiu o vírus e está internado em observação em um hospital em Roma. O religioso tinha entrado em isolamento voluntário assim que apresentou alguns sintomas da doença.

O porta-voz do pontífice, Matteo Bruni, confirmou que foram ativadas as medidas de segurança e, entre outras coisas, desinfetados os espaços pelos quais o paciente infectado havia passado. Além disso, foram feitos testes nas pessoas com quem ele teve contato nos dias anteriores. Todos os moradores da Casa Santa Marta, a residência onde o Papa vive, deram negativo e um funcionário que trabalha com o doente na Secretaria de Estado deu positivo. Em suma, foram feitos 170 testes e nem o Papa nem seus colaboradores próximos estão contaminados, segundo Bruni.

O Papa mora em um pequeno apartamento dentro dessa residência de cinco andares e cerca de 130 quartos na qual vivem padres e prelados que trabalham no Vaticano, onde residem cerca de 500 pessoas. No início de seu pontificado, Francisco renunciou às luxuosas acomodações em que os papas habitavam no Palácio Apostólico.

Desde algumas semanas atrás, quando contraiu um resfriado que o obrigou a cancelar grande parte de seus atos, ele praticamente vive em isolamento voluntário em seu apartamento e quase nunca frequenta as áreas comuns da residência, como a sala de jantar, o que costumava fazer. Faz as refeições em seu quarto. Segundo o jornal italiano Il Messaggero, Francisco está tranquilo em relação à sua saúde pessoal e se recusou a deixar sua atual residência. “Não vou embora de Santa Marta”, disse a seus colaboradores.

Ele também não celebra missas nem nenhum tipo de ato com a presença de fiéis. Mantém seus compromissos semanais fixos, como a oração do Angelus aos domingos ou a catequese às quartas-feiras, mas os celebra a portas fechadas e são transmitidos ao vivo em vídeo pela mídia do Vaticano. Se mantém alguma reunião com bispos ou cardeais, faz isso respeitando o protocolo de prevenção e as distâncias de segurança.

Os museus do Vaticano e a Praça de São Pedro estão fechados ao público desde os dias 8 e 10 de março, respectivamente, como precaução para impedir a propagação do vírus. Grande parte dos funcionários da Santa Sé trabalham em casa.

Francisco reza na capela da própria residência de Santa Marta a maioria das missas que celebra pelos doentes da Covid-19, suas famílias, o pessoal de saúde que ajuda a aliviar a emergência e por todas as pessoas que estão lutando contra a pandemia.

Na sexta-feira, ele deu uma histórica benção Urbi et Orbi à cidade e ao mundo, sozinho, na praça São Pedro totalmente vazia, à meia-luz, envolta em silêncio e sob chuva incessante. Em uma cerimônia sem precedentes no Vaticano, o Pontífice também presidiu uma oração extraordinária para invocar o fim da pandemia, diante de diferentes símbolos religiosos, incluindo um crucifixo que foi levado em procissão em 1522 pelos bairros de Roma para pedir o fim da peste que assolava a cidade.

“Fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e violenta. Percebemos que estávamos no mesmo barco, todos frágeis e desorientados; mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários, todos chamados a remar juntos, todos necessitados de confortar um ao outro", disse Francisco. Fonte: https://brasil.elpais.com

"A Páscoa está se aproximando, mas hoje mais do que nunca, angústia, desesperança e morte não podem ser classificadas como uma rápida passagem obrigatória em direção à radiante manhã da vitória. O tríduo pascal continuará por longos dias e talvez meses, e teremos que nos perguntar seriamente sobre a advertência de Jesus: 'Maligna é esta geração; ela pede um sinal; e não lhe será dado outro sinal, senão sinal do profeta Jonas' (Lc 11,29). Palavras dirigidas não a todos, mas aos crentes. Nada será concedido à necessidade de magia mais que de profecia. Nem será o calendário litúrgico que decidirá quanto tempo devemos permanecer este ano na escuridão do ventre da baleia", escreve Marinella Perroni, teóloga e biblista, fundadora da Coordenação das Teólogas Italianas, autora de vários livros, professora no Pontifício Ateneu Santo Anselmo de Roma, em artigo publicado por Il Regno, 28-03-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

A Páscoa se aproxima, mas o calendário litúrgico e o da epidemia são diferentes: os rigores e o tempo suspenso de uma Quaresma que tomou a cara da quarentena continuará. Então, que sinal há para nós? O sinal de Jonas.

Acrescentar palavras às palavras talvez não deva ser feito. Nem se pode ter a pretensão que as próprias palavras sejam merecedoras de escuta e reflexão mais do que as dos outros. Ainda assim, aquelas vestimentas cor de rosa que alguns presbíteros usaram para celebrar online a Eucaristia no quarto domingo da Quaresma, enviaram um sinal: a Páscoa está chegando. Porque, quando a Quaresma era um período de rígido jejum e privações evidentes, a liturgia convidava a fazer uma interrupção: o roxo dava lugar ao rosa, o canto de entrada se abria com palavras de alegria, era permitido suspender os rigores do jejum para depois repartir para o último trecho de estrada em direção à celebração da mãe de todos as festas, a Páscoa.

Esse sinal ecoa neste tempo blindado, nessa sucessão de dias que são todos iguais, todos pendurados, como a aranha na tela, com poucos fios sutis: a Páscoa está se aproximando, mas não podemos interromper os rigores de uma Quaresma que tomou o nome e as características de uma interminável quarentena, nem sabemos se celebraremos a Páscoa, uma vez que as antigas celebrações religiosas serão impedidas, mas também nos serão proibidos os novos ritos de transumância consumista.

Ministros e ministras de um mundo que já mudou.

Apesar disso, o tumulto de vozes continua a crescer. Elas se perseguem e tentam se sobrepor umas às outras como nunca antes, em uma sarabanda de sinos, megafones, mídia tradicional e novas redes sociais já entupidas de rosários, missas, mil formas diferentes de pregação bíblica ou de exortações espirituais. Chama a atenção a estrondosa oscilação entre reexumações de arcaicas superstições, tão pouco cristãs, e pueris tentativas de recuperar terreno contra a ciência que se impõe com palavras de sabedoria e, ainda mais, com o testemunho de operadores e profissionais da saúde, verdadeiros “ministros” de um mundo já mudado: testemunho em grego se diz martyria, e seu serviço às vezes atinge o martírio; seu “ministério”, aliás, não prevê discriminações, mas vê alinhados na primeira fila tanto homens como mulheres.

Talvez as Igrejas terão que refletir sobre esses homens e mulheres que se parecem com José de Arimateia e Nicodemos, dois discípulos que tiraram na cruz “o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com especiarias” (Jo 19,40) . Esperamos ser capazes de fazê-lo, quando finalmente vermos o final desta “hora” em que a morte parece mais forte do que qualquer esperança, e seremos solicitados a testemunhar que acreditar na ressurreição não significa acreditar no retorno à vida de um cadáver.

Estão se delineando novas formas de sacramentalidade laica, e podemos nos orgulhar disso, porque, se é verdade que a ciência contribuiu e contribui muito para o crescimento da expectativa de vida, é igualmente verdade que, para a beleza e qualidade de vida deram e dão uma contribuição essencial o Evangelho de Jesus, com sua tensão para o Reino de justiça e paz e com seu comando da diaconia, e todos aqueles homens e mulheres que o anunciaram e testemunharam.

 

O sinal do qual repartir

A Páscoa está se aproximando, mas hoje mais do que nunca, angústia, desesperança e morte não podem ser classificadas como uma rápida passagem obrigatória em direção à radiante manhã da vitória. O tríduo pascal continuará por longos dias e talvez meses, e teremos que nos perguntar seriamente sobre a advertência de Jesus: “Maligna é esta geração; ela pede um sinal; e não lhe será dado outro sinal, senão sinal do profeta Jonas” (Lc 11,29). Palavras dirigidas não a todos, mas aos crentes. Nada será concedido à necessidade de magia mais que de profecia. Nem será o calendário litúrgico que decidirá quanto tempo devemos permanecer este ano na escuridão do ventre da baleia.

Os tempos de fé certamente não são os da epidemia. Por essa razão, no entanto, mesmo sem missas ou passeios, é Páscoa se pudermos entender que apenas um é agora o sinal a partir do qual recomeçar: não devemos procurar entre os mortos aquele que é vivo. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

 

Com muitos fiéis seguindo a recomendação de não ir às missas e celebrações para evitar aglomerações de pessoas, por conta do coronavírus, muitos padres estão improvisando maneiras de levar esperança a quem está em casa. O portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) conversou com alguns deles para saber sobre suas experiências.

O pároco da Catedral Nossa Senhora de Belém, da diocese de Guarapuava (PR), padre Jean Patrik Soares, por exemplo, percorreu diversas ruas do centro da cidade, em carro aberto, levando o Santíssimo em procissão. No primeiro momento, ele afirmou ter se sentido solitário, pois muitas casas estavam com portas e janelas fechadas. Também afirmou sentir certa rejeição de algumas pessoas. “Elas não entendiam o que estava acontecendo, o que era aquilo”, explica.

O padre contou que percorreu as ruas com um carro de som com músicas de adoração, com o sino tocando. E que foi só depois, aos poucos, que as pessoas começaram a sair nas portas, nas janelas. “Foi um momento de muita emoção. Muitas pessoas se ajoelhavam, choravam, estendiam as mãos como se quisessem pegar”, disse.

Na oportunidade, o padre também passou pela região dos hospitais, onde, de acordo com ele, muitas pessoas acenaram das janelas, das portas. “O retorno principal eu tive depois com as redes sociais, nós tivemos mais de duas mil pessoas, acompanhando ao vivo, a ação”, contou.

Ele explica que o retorno foi positivo, pois muitas pessoas mandaram fotos e mensagens dizendo que estavam o acompanhando de suas casas. “Ao mesmo tempo em que eu me sentia sozinho ali com Jesus, por outro lado eu tive a alegria de saber que eu não estava sozinho, pois muitas pessoas estavam em sintonia, em conexão comigo, conectados virtualmente, mas principalmente na fé”, finalizou.

Em Natal, no Rio Grande do Norte, o padre Carlos Sávio da Costa Ribeiro, pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Impossíveis, percorreu todas as ruas da paróquia com o Santíssimo Sacramento. Ele diz ter ficado emocionado com a comoção das pessoas que estão há um tempo em quarentena. “Quando eu ia passando com o Santíssimo, eu percebia esse desejo, essa vontade de se fazer presente para poder ver e chegar mais próximo da Eucaristia”, conta.

Ele disse que foi encorajado a percorrer as ruas após pedidos dos próprios fiéis que frequentam as missas. “Muitos deles me diziam que estavam com muitas saudades de poder ir à missa, de se encontrar com os irmãos, de comungar, de dar um abraço nas pessoas que gostam e que, de certa forma, convivem com eles”, disse.

O padre levou cinco horas para percorrer as ruas com o Santíssimo em cima de um carro. “As pessoas iam se colocando nas calçadas, muitas delas fizeram altares em suas portas com imagens, alguns prepararam pétalas de flores e quando o carro ia passando iam jogando na rua para acolher o Santíssimo, muitos se ajoelharam, acenaram”, disse.

Para ele, o momento foi muito especial, de muita oração e presença. “Jesus saiu da Igreja e como pastor foi em busca das suas ovelhas”, finalizou.

Em Aparecida, São Paulo, o padre Gustavo Geraldo Pereira Ângelo dos Santos, Vigário da Paróquia de São Roque, também percorreu as ruas da cidade com o Santíssimo Sacramento. “Nós percorremos todas as comunidades, as principais ruas de todas elas. Foi uma experiência muito gratificante, da presença de Deus em nosso meio”, disse. Ainda de acordo com ele, a intenção foi a de justamente fazer com que as pessoas sentissem Jesus andando no meio delas e abençoando suas casas.

Também o padre Sedemir de Melo, da Paróquia do Divino Espírito Santo, da cidade de Camboriú (SC), contou sua  experiência ao motivar as pessoas a saírem em seus portões e janelas, por meio de uma rádio local, para acompanhar a passagem do Santíssimo Sacramento. Fonte: http://www.cnbb.org.br

Em tempos de coronavírus: algumas arquidioceses do Brasil têm promovido iniciativas para abençoar as cidades que a compõem. São utilizadas as armas vencedoras, como disse o Papa: a oração e o serviço silencioso

 

Cidade do Vaticano

Na intenção pela saúde e proteção do povo de Deus e no propósito de estar sempre próxima, a Igreja busca alternativas para não deixar os fiéis desamparados e sem esperanças diante da pandemia do novo coronavírus. Após a bênção Urbi et Orbi do Papa Francisco, na última sexta-feira, 27, algumas arquidioceses do Brasil têm promovido iniciativas para abençoar as cidades que a compõem. São utilizadas as armas vencedoras, como disse o Papa: a oração e o serviço silencioso.

 

Quem sobrevoava era Jesus Sacramentado

Em Goiânia (GO), o arcebispo, dom Washington Cruz, sobrevoou a capital e a região metropolitana com o Santíssimo Sacramento: “Jesus Cristo, ressurreição e vida, nos faça firmes e fortes na fé e nos conceda o dom da cura, o dom de vencer essa pandemia…”, disse em vídeo antes da viagem.

Nesta segunda-feira (30), dom Washington comentou a experiência de conceder a bênção no território da arquidiocese: “Foi uma experiência da minha pequenez, da minha nulidade. Quem estava sobrevoando Goiânia era Jesus Sacramentado. Eu era apenas um instrumento que o carregava. O importante era ele, que, com certeza abençoou Goiânia, os arredores, a arquidiocese, o Brasil e o mundo”.

 

Nossa Senhora de Nazaré

Em Belém (PA), a ação contou com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do estado do Pará e considerada Rainha da Amazônia, a mesma imagem que é utilizada durante o Círio no mês de outubro. No helicóptero, o reitor da basílica mariana, padre Luiz Carlos Maria Gonçalves, e o casal coordenador do Círio, Albano e Ana Paula Martins, rezaram o terço “suplicando as bênçãos e proteção da Virgem de Nazaré”, de acordo com vídeo partilhado nas redes sociais.

“Uma feliz iniciativa do Círio de Nazaré conduziu-nos a realizar essa viagem, esse giro com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré num helicóptero”, comentou o arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa. Para ele, foi uma experiência muito positiva que conduziu as pessoas à oração, “que ajudou muita gente a sentir a proteção de Nossa Senhora dentro deste momento tão exigente, tão difícil”.

Dom Alberto considera que, ao lado de tantas outras iniciativas, a ação ajudou a manter o clima de fé e de confiança nesse momento. “Desejo que muitas outras iniciativas nos ajudem a lutar com as armas mais poderosas que temos: a oração, a penitência, o jejum, a caridade, que são as armas da Quaresma e que podem nos ajudar-nos a vencer esse desafio”, afirmou.

 

Nossa Senhora da Vitória em São Luís

 Na manhã desta segunda-feira, 30, ação semelhante foi promovida pela arquidiocese de São Luís (MA). A imagem de Nossa Senhora da Vitória, padroeira da cidade e da catedral metropolitana, sobrevoou a capital na intercessão para que “Deus que nos livre do mal que assola o Brasil e o mundo” (imagem ao lado). Durante o trajeto, os fiéis foram convidados a rezar o terço, “formando assim, uma grande corrente de oração na cidade”.

O sobrevoo foi uma iniciativa da Catedral da Sé, e a imagem foi conduzida pelo pároco, padre Roney Rocha Carvalho, passando pelas cidades de Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Panaquatira e Raposa, além dos bairros da capital maranhense: Araçagy, Ponta D’Areia, Centro Histórico, Anjo da Guarda, Maracanã, Cidade Operária e encerrando no Aeroporto Cunha Machado.

 

Serviço silencioso

A ação, além de ser uma iniciativa pastoral da Igreja, também se insere no rol de iniciativas movidas pela caridade silenciosa. Em Goiânia, a iniciativa foi viabilizada pelo Santuário de Adoração Perpétua Sagrada Família, por meio da oferta de uma família da comunidade. Já na capital paraense, uma empresa de táxi aéreo disponibilizou a aeronave para o sobrevoo à região. (Fonte: cnbb.org.br) https://www.vaticannews.va