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1) Oração
Ó Deus de poder e misericórdia, fazei que o Espírito Santo, vindo habitar em nossos corações, nos torne um templo da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Jo 17,1-11a)
1Jesus afirmou essas coisas e depois, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti; 2e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste. 3Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. 4Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer. 5Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o mundo fosse criado. 6Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua palavra. 7Agora eles reconheceram que todas as coisas que me deste procedem de ti. 8Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste e eles as receberam e reconheceram verdadeiramente que saí de ti, e creram que tu me enviaste. 9Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. 11Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti.
3) Reflexão - Jo 17,1-11a
Nos evangelhos de hoje, de amanhã e de depois de amanhã, vamos meditar as palavras que Jesus dirigiu ao Pai no momento da despedida. João conservou estas palavras e as colocou como pronunciadas por Jesus durante o último encontro de Jesus com seus discípulos. É o Testamento de Jesus em forma de prece, também chamada Oração Sacerdotal (Jo 17,1-26).
O capítulo 17 do evangelho de João é o final de uma longa reflexão de Jesus, iniciada no capítulo 15, sobre a sua missão no mundo. As comunidades conservaram estas reflexões para poderem entender melhor o momento difícil que elas mesmas estavam atravessando: tribulação, abandono, dúvidas, perseguição. A longa reflexão termina com a oração de Jesus pelas comunidades. Nela transparecem os sentimentos e as preocupações que, conforme o evangelista, estavam em Jesus no momento de ele sair deste mundo para o Pai. É com estes sentimentos e com esta preocupação que Jesus está agora diante do Pai, intercedendo por nós. Por isso, a Oração Sacerdotal é também o Testamento de Jesus. Muita gente, no momento de se despedir para sempre, deixa alguma mensagem. Todo mundo guarda palavras importantes do pai e da mãe, sobretudo quando são dos últimos momentos da vida. Preservar estas palavras é como preservar as pessoas. É uma forma de saudade.
O capítulo 17 é um texto diferente. É mais de amizade do que de raciocínio. Para captar bem todo o seu sentido, não basta a reflexão da cabeça, da razão. Este texto deve ser meditado e acolhido também no coração. É um texto não tanto para ser discutido mas sim para ser meditado e ruminado. Por isso, você não se preocupe se não entender logo tudo. O texto exige toda uma vida para meditá-lo e aprofundá-lo. Um texto assim, a gente deve ler, meditar, pensar, ler de novo, repetir, ruminar, como se faz com um doce gostoso na boca. Vai virando e virando, até se gastar todo. Por isso, feche os olhos, faça silêncio dentro de você e escute Jesus falando para você, transmitindo no Testamento sua maior preocupação, sua última vontade. Procure descobrir qual o ponto em que Jesus insiste mais e que ele considera o mais importante.
João 17,1-3: Chegou a hora!
“Pai, chegou a hora!" É a hora longamente esperada (Jo 2,4; 7,30; 8,20; 12,23.27; 13,1; 16,32). É o momento da glorificação que se fará através da paixão, morte e ressurreição. Chegando ao fim da sua missão, Jesus olha para trás e faz uma revisão. Nesta prece, ele vai expressar o sentimento mais íntimo do seu coração e a descoberta mais profunda da sua alma: a presença do Pai em sua vida.
João 17,4-8: Pai, reconheceram que vim de Ti!
Revendo sua vida, Jesus se vê a si mesmo como a manifestação do Pai para os amigos e as amigas que o Pai lhe deu. Jesus não viveu para si. Viveu, para que todos pudessem ter um lampejo da bondade e do amor que estão encerrados no Nome de Deus que é Abba, Pai.
João 17,9-11a: Tudo que é meu é teu, tudo que é teu é meu!
No momento de deixar o mundo, Jesus expõe ao Pai a sua preocupação e reza pelos amigos e amigas que ele deixa para trás. Eles continuam no mundo, mas não são do mundo. São de Jesus, são de Deus, são sinais de Deus e de Jesus neste mundo. Jesus está preocupado com as pessoas que ficam, e reza por elas.
4) Para confronto pessoal
1) Quais as palavras de pessoas queridas que você guarda com carinho e que orientam a sua vida? Caso você fosse embora, qual a mensagem que você deixaria para sua família e para a comunidade?
2) Qual a frase do Testamento de Jesus que mais me tocou? Por que?
5) Oração final
Bendito seja o Senhor todos os dias; Deus, nossa salvação, leva nossos fardos: nosso Deus é um Deus que salva, da morte nos livra o Senhor Deus (Sl 67, 20-21).
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Assim como a Itália, o Vaticano também começou a promover a reabertura gradual. Museus do Vaticano reabrirão a partir de 1º de junho.
Por G1
Após meses de restrições devido à pandemia, fiéis voltaram a se reunir pela primeira vez neste domingo (24) na Praça de São Pedro, no Vaticano, para receber a tradicional bênção dominical do Papa Francisco.
Foi a primeira vez desde 10 de março que a presença de fiéis foi permitida no local. Até mesmo as celebrações da Semana Santa foram realizadas com a praça vazia.
Assim como a Itália, o Vaticano também começou a promover a reabertura gradual. Pelas fotos, é possível ver que o número de pessoas foi controlado para evitar aglomeração.
Os museus italianos começaram a reabrir em 18 de maio, como parte de uma redução gradual das medidas de bloqueio no país, onde quase 33 mil pessoas morreram devido ao coronavírus.
A pandemia diminuiu drasticamente o fluxo de fundos para os cofres do Vaticano. Os museus receberam cerca de 7 milhões de visitantes no ano passado e são a principal fonte de renda da Santa Sé, gerando anteriormente US $ 100 milhões anuais.
Mesmo após a reabertura, as autoridades temem que medidas de segurança aprimoradas, requisitos de distanciamento social, novos regulamentos de saúde e uma escassez esperada de turistas internacionais corroam as vendas de ingressos e souvenir. Fonte: https://g1.globo.com
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Grupo também manifesta solidariedade e luto pelos 20 mil mortos por coronavírus no país
SÃO PAULO
Uma carta assinada por 34 organizações e movimentos evangélicos pede afastamento de Jair Bolsonaro (sem partido) da presidência, defende o isolamento social para conter a pandemia do novo coronavírus, apoia a ciência e pede que igrejas fiquem com as portas fechadas.
O presidente foi eleito com amplo apoio de fiéis e líderes do segmento religioso. Mas parte dos evangélicos afirma que Bolsonaro tem se comportado de forma antiética e "dado provas de que não está à altura do cargo".
O documento entitulado “O governante sem discernimento aumenta as opressões - Um clamor de fé pelo Brasil” afirma que o governo federal "atenta contra a vida humana ao invés de praticar a justiça e compaixão pelos pobres”, se referindo a uma passagem bíblica.
As organizações também declaram apoio às universidades e aos centros de pesquisa, aos pesquisadores e cientistas, e dizem repudiar os pronunciamentos de Bolsonaro contrários às recomendações de especialistas da saúde.
"Reconhecemos a ciência como dom de Deus para cuidar da vida humana e toda a sua criação. A fé e a ciência são aliadas, caminham juntas e exaltam o poder divino", diz o texto. "Nossa gratidão e solidariedade para com os profissionais de saúde que têm experimentado grande desgaste físico e emocional."
As entidades também manifestam solidariedade e luto pelos 20 mil mortos por Covid-19 no país e pedem que igrejas não promovam cultos públicos, com aglomeração, mas sim usem suas estruturas para ajudar no enfrentamento da pandemia.
Na periferia da capital paulista, algumas igrejas evangélicas mantêm cultos presenciais, como a Plenitude do Trono de Deus, em Guaianases (zona leste), a igreja Paz e Vida, em Cidade Ademar (zona sul), além de várias unidades da Deus é Amor e a Adap (Assembléia de Deus Ministério Apostólico), em Poá, na Grande São Paulo.
Também há igrejas que adotaram os cultos online e outras que fecharam o espaço para aglomerações, mas o deixam aberto para quem procura.
O pastor Ed René Kivitz prega para o auditório vazio na Ibab (Igreja Batista da Água Branca), que cancelou os três cultos presenciais que costuma fazer aos domingos para evitar contaminação com o novo coronavírus. A reunião foi transmitida pelo canal do youtube da igreja. Eduardo Anizelli/Folhapress
As igrejas obtiveram em decreto presidencial, contestado na Justiça, o status de atividade essencial na pandemia, o que permite que continuem recebendo público.
A carta cobra que prefeituras e governos estaduais garantam o isolamento social.
"Não há nenhuma razoabilidade em se opor a crise na saúde à crise econômica. É falsa tal divisão. Não se pode minimizar uma situação de pandemia em favor de lucros", afirma o texto.
O grupo propõe ainda que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proceda o julgamento das Ações de Investigação Judicial que pedem a cassação da chapa de Bolsonaro e do seu vice, Hamilton Mourão, em razão da disseminação de fake news durante a campanha eleitoral.
"Convidamos irmãs e irmãos a se juntar nesse clamor de fé e ação pelo Brasil", pede a carta.
Entre os que assinam estão a Aliança de Batistas do Brasil, Cristãos Contra o Fascimo, Comunidade Cristã da Lapa, Congrega, Cristãos pela Justiça, Evangélicos pela Justiça, Evangélicos Trabalhistas (ligados ao PDT), Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Instituto Guarani, Liberta, Missão Aliança, Nossa Igreja Brasileira, Movimento Negro Evangélico e Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT.
Os evangélicos, no entanto, tendem a avaliar de forma mais positiva o presidente Bolsonaro e a relativizar a pandemia do coronavírus, de acordo com pesquisa Datafolha feita no início de abril.
O índice de ótimo ou bom atribuído à condução da crise pelo presidente passa de 33% na população em geral para 41% quando considerados apenas os evangélicos. Os entrevistados desse ramo cristão também são menos favoráveis à hipótese de renúncia do presidente —o índice cai de 37% na população em geral para 30% nesse recorte.
Enquanto na população em geral 37% consideram que a população deve sair para trabalhar, em vez de permanecer em isolamento, entre evangélicos esse número sobe para 44%.
Bolsonaro em seu governo costuma fazer gestos ao segmento religioso, como comparecer a eventos, e já falou em nomear para o Supremo Tribunal Federal um ministro "terrivelmente evangélico". O presidente se declara católico, mas sua mulher, Michelle, é evangélica.
Nilza Valéria, integrante da coordenação nacional da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, uma das signatárias da carta, critica o novo protocolo do Ministério da Justiça sobre o uso da cloroquina, divulgado nesta quarta-feira (20). "Não é o presidente que determina o medicamente que deve ser usado."
Caio Marçal, membro da coordenação nacional da Rede Fale, que também assina a carta, afirma que existe um falso dilema de que a religião se oporia à ciência. "O saber é divino. Quando se trabalha contra a ciência, se desmerece a ação criativa dada por Deus aos seres humanos pra que possam desenvolver métodos de proteção das vidas."
Para os dois, a religião assume papel fundamental em um momento de pandemia. "Com a fé, eu consigo ter consolo, esperança. E as igrejas sempre foram agências de socorro em momentos de tragédias sociais, doando cestas básicas, apoiando as famílias", diz Nilza.
Caio lembra que as igrejas têm forte presença nas periferias. "Elas poderiam facilitar a inserção de famílias pobres no acesso às possibilidades de receber auxílio em meio a pandemia. Contudo, a desinformação e a disseminação de fake news, inclusive promovidas por Jair Bolsonaro, têm colocado a vida de nossos irmãos e irmãs em risco”, afirma. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br
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A máscara leva as cores da bandeira da cidade de Santa Cruz
Até a maior estátua católica do mundo procura fazer a sua parte, mostrando a importância da prevenção neste período de pandemia. O exemplo vem do interior do Nordeste do Brasil, na cidade de Santa Cruz/RN, onde está o Santuário de Santa Rita de Cássia. Neste dia 22 de maio, em que o mundo pede a sua intercessão, a padroeira das causas impossíveis dá o seu recado: além da mensagem de diálogo e paz, a do cuidado consigo e com o próximo.
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Os mais de 50 mil peregrinos que anualmente participam da festa em homenagem à Santa Rita de Cássia, em 22 de maio, na cidade de Santa Cruz/RN, também estão precisando se reinventar em busca de sua intercessão. Desta vez, os peregrinos são convidados a fazer as orações de casa, por causa das restrições da pandemia, ou ainda poderão participar da procissão nesta sexta-feira (22), obrigatoriamente usando máscaras e mantendo uma distância segura.
Tríduo online e estátua de máscara
O tema da festa é: “Santa Rita, protegei-nos”, e o lema: “Guarda-me a vida! Liberta-me!” (Salmo 25,20). O tríduo festivo em honra àquela que é padroeira da cidade potiguar desde 1825 foi realizado através das redes sociais, no perfil da Paróquia de Santa Rita no Facebook e no YouTube: depois do terço de Santa Rita, recitado desde 13 de maio, a novena era presidida pelo Pe. Vicente Fernandes.
Nesta sexta (22), a programação especial começa às 9h, com a missa da Coroa de Santa Rita às 12h – tudo sendo transmitido ao vivo via streaming, direto da Igreja Matriz. A comunidade está sendo convidada a refletir sobre a confiança, a entrega e a fé em Cristo, em profunda análise deste período da pandemia. Segundo o pároco, é importante meditar sobre o tema, porque “muitos perderam o sentido da fé ou estão depressivos diante de uma realidade que foi quebrada por esta crise do coronavírus, atingindo o emocional, financeiro e psicológico”.
Já às 16h está marcada a Procissão de Santa Rita e o encerramento da programação: a imagem da santa vai sair em cortejo pelas principais ruas e por todos os bairros de Santa Cruz. Os fiéis podem ficar em casa, esperando a passagem da imagem. Para quem for acompanhar um dos trajetos, os organizadores recordam que, “aglomerações não serão permitidas ao redor da imagem” e, pelas ruas, “as pessoas devem usar máscaras e manter uma distância segura”. Será permitida a participação dos carros da Pastoral da Comunicação (Pascom), aquele com andor da imagem da santa e outro com o Ministério de Música: “demais veículos estão proibidos de acompanhar o cortejo”.
Além do tríduo online, a novidade deste ano da festa foi parar no alto da estátua de 42 metros de Santa Rita: ela ganhou máscara de proteção, nas cores da bandeira da cidade, numa forma de conscientizar sobre a importância de usar a máscara neste período de crise sanitária.
Nesta quinta-feira (21), a paróquia divulgou um vídeo, produzido pela prefeitura municipal, do momento em que a imagem estava sendo ‘protegida do vírus’. Mensagens de conscientização também acompanharam as fotos sobre o momento: “Santa Rita ensina a seus afilhados como se comportar neste período de pandemia. Usem máscara, se protejam e cuidem uns dos outros”.
A maior estátua católica do mundo
A Estátua de Santa Rita de Cássia, da cidade de Santa Cruz, mede um total de 56 metros de altura, é maior que a do Cristo Redentor no Rio de Janeiro (que mede 38 metros), por exemplo, sendo considerada a maior estátua católica do mundo. A estrutura demorou 3 anos para ficar pronta e foi inaugurada em 2010.
O Santuário de Santa Rita de Cássia é lembrado, inclusive, no portal oficial do mosteiro da santa, na Itália. Ao se referir à “estátua colossal”, de “56 metros de altura de blocos de cimento”, que domina “a colina de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte”, o local é descrito como “um polo de atração que vê brilhar a luz da fé”. Fonte: https://www.vaticannews.va
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1) Oração
Ó Deus, fazei que a pregação do Evangelho por toda a terra realize o que prometestes ao glorificar o vosso Verbo, para que possamos alcançar, vivendo plenamente como filhos, o que foi anunciado pela vossa palavra. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 16, 20-23a)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 20Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria. 21Quando a mulher está para dar à luz, sofre porque veio a sua hora. Mas, depois que deu à luz a criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria que sente de haver nascido um homem no mundo. 22Assim também vós: sem dúvida, agora estais tristes, mas hei de ver-vos outra vez, e o vosso coração se alegrará e ninguém vos tirará a vossa alegria. 23Naquele dia não me perguntareis mais coisa alguma.
3) Reflexão – Jo 16,20-23a
Nestes dias entre Ascensão e Pentecostes, os evangelhos de cada dia são tirados dos capítulos 16 a 21 do evangelho de São João, onde fazem parte do assim chamado “Livro da Consolação ou da Revelação perante a Comunidade” (Jo 13,1 a 21,31). Este Livro tem a seguinte subdivisão: despedida dos amigos (Jo 13,1 a 14,31); testamento de Jesus e oração ao Pai (Jo 15,1 a 17,28); a obra consumada (Jo 18,1 a 20,31). O ambiente é de tristeza e de expectativa. Tristeza, porque Jesus se despede e a saudade toma conta do coração. Expectativa, porque está chegando a hora de receber o dom prometido do consolador que fará desaparecer a tristeza e trará de volta a alegria da presença amiga de Jesus no meio da comunidade.
João 16,20: A tristeza se transformará em Alegria
Jesus diz: “Eu lhes garanto: vocês vão gemer e se lamentar, enquanto o mundo vai se alegrar. Vocês ficarão angustiados, mas a angústia de vocês se transformará em alegria”. A freqüente alusão à tristeza e ao sofrimento reflete o ambiente das comunidades do fim do primeiro século na Ásia Menor (atual Turquia), para as quais João escreve o seu evangelho. Elas viviam uma situação difícil de perseguição e de opressão que era causa de tristeza. Os apóstolos tinham ensinado que Jesus voltaria logo, mas a parusia, o retorno glorioso de Jesus, estava demorando e a perseguição aumentava. Muitos ficavam impacientes: “Até quando?” (cf. 2Tess 2,1-5; 2Pd 3,8-9). Pois, uma pessoa só agüenta uma situação de sofrimento e de perseguição quando ela sabe que o sofrimento é caminho e condição para a perfeita alegria. Então, mesmo tendo a morte diante dos olhos, ela agüenta e enfrenta a dor. Por isso o evangelho traz a comparação tão bonita das dores do parto.
João 16,21: A comparação das dores do parto
Todos entendem esta comparação, sobretudo as mães: “Quando a mulher está para dar à luz, sente angústia, porque chegou a sua hora. Mas quando a criança nasce, ela nem se lembra mais da aflição, porque fica alegre por ter posto um ser humano no mundo”. A dor e a tristeza causadas pela perseguição, mesmo sem oferecerem nenhum horizonte de melhora, não são estertores de morte, mas sim dores de parto. As mães sabem disto por experiência. A dor é terrível, mas elas agüentam, porque sabem que a dor é fonte de vida nova. Assim é a dor da perseguição dos cristãos, e assim pode e deve ser vivida qualquer dor, contanto que seja à luz da experiência da morte e ressurreição de Jesus.
João 16,22-23a: A alegria eterna
Jesus aplica a comparação: Agora, vocês também estão angustiados. Mas, quando vocês tornarem a me ver, vocês ficarão alegres, e essa alegria ninguém tirará de vocês. Nesse dia, vocês não me farão mais perguntas. Esta é a certeza que anima as comunidades cansadas e perseguidas da Ásia Menor e as faz cantar de alegria no meio das dores. Como diz o poeta: “Faz escuto, mas eu canto!” Ou como diz o místico São João da Cruz: “Em uma noite escura, com ânsias e amores inflamado, ó ditosa ventura, saí sem ser notado, estando já minha casa sossegada!” A expressão Nesse Dia indica a chegada definitiva do Reino que traz consigo a sua própria claridade. À luz de Deus já não haverá mais necessidade de perguntar coisa alguma. A luz de Deus é a resposta total e plena a todas as perguntas que poderiam nascer de dentro do coração humano.
4) Para confronto pessoal
1) Tristeza e alegria. Elas existem misturadas na vida. Como isto acontece em sua vida?
2) Dores de parto. Esta experiência está na origem da vida de cada um de nós. Minha mãe agüentou a dor com esperança, e por isso eu estou vivo. Pare e pense neste mistério da vida.
5) Oração final
Povos, aplaudi com as mãos, aclamai a Deus com vozes alegres, porque o Senhor é o Altíssimo, o temível, o grande Rei do universo (Sl 46, 2-3).
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Um bispo de uma pequena diocese chegou na igreja matriz de uma das paróquias que ajudava, muito animado e motivado para realizar mais uma santa missa à noite, só que a hora passava e o povo não chegava.
Depois de 15 minutos de atraso entraram três crianças, depois de 20 minutos entraram dois jovens, então o bispo resolveu começar a missa com os cincos fiéis.
Ao decorrer da missa entrou um casal que sentou nos últimos assentos da igreja.
Quando o bispo proclamava o evangelho, para na sequência fazer a homilia entrou mais um senhor, meio sujo com uma corda na mão.
Mesmo desapontado, sem entender o porque do fracasso do povo, o bispo conduziu a reflexão animado e falou com dedicação e zelo.
Quando voltava para a casa foi assaltado e espancado por dois ladrões que levaram a sua bolsa onde havia sua Bíblia e outros pertences de valor.
Enquanto um padre colega seu fazia os curativos das feridas, ele descrevia aquele dia como:
- O dia mais triste da sua vida.
- O dia mais fracassado do seu ministério.
- O dia mais infrutífero da sua vocação.
Após cinco anos, o bispo resolve compartilhar essa história para a igreja. Quando ele terminava de contar a história, um casal de grande referência naquela comunidade interrompe o bispo e diz: "Bispo aquele casal da história que sentou no fundo, éramos nós. Estávamos na beira do divórcio em função de vários problemas e desentendimentos que havia em nosso lar, naquela noite decidimos por fim ao nosso casamento, mas primeiro decidimos entrar em uma igreja e deixarmos lá as nossas alianças e depois cada um seguir o seu caminho. Entretanto, desistimos do divórcio depois que ouvimos a homilia do bispo naquela noite. Hoje estamos aqui com o lar e a família restaurada".
Enquanto o casal falava, um dos empresários bem sucedido, que ajudava e participava daquela igreja, acenava pedindo oportunidade para falar e disse: "Bispo, eu sou aquele senhor que entrou meio sujo com uma corda na mão, estava a beira da falência, perdido nas drogas, minha esposa e meus filhos tinham ido embora de casa por conta das minhas agressões. Naquela dia eu tentei o suicídio, só que a corda arrebentou, e quando eu iria comprar uma outra corda, vi a igreja aberta e decidi entrar, mesmo sujo com a corda na mão. Naquela noite a mensagem do Evangelho entrou no meu coração e saí daqui com ânimo para viver. Hoje estou livre das drogas, minha família voltou para casa e me tornei o maior empresário do vilarejo".
No primeiro banco da igreja o ministro da eucaristia que acompanhava as histórias falou: "Bispo, eu fui um daqueles ladrões que assaltaram o senhor, o outro morreu naquela mesma noite quando realizávamos o segundo assalto. Na bolsa do bispo tinha uma Bíblia, eu passei a ler quando acordava pela manhã, depois resolvi entrar nessa igreja".
O bispo ficou em choque e começou a se alegrar e pediu para cantar um canto de ação de graças, cheio de júbilo junto com a comunidade, afinal, aquela noite que ele considerava como uma noite de fracasso, foi uma noite muito abençoada.
LIÇÕES DA HISTÓRIA:
1- Exerça o teu ministério com dedicação e zelo independente do número de participantes.
2- Dê o seu melhor todos os dias, pois cada dia és um instrumento para a vida de alguém.
3- Nos dias mais ruins da sua vida você ainda pode ser bênção na vida de alguém.
4- O dia que você considera como o dia mais infrutífero da sua vida na terra, na verdade é o dia mais produtivo no mundo espiritual.
5- Deus usa as circunstâncias ruins da vida para produzir grandes vitórias.
6- Nunca diga: hoje Deus não fez nada só pelo fato de teus olhos não verem nada.
Lembre-se! Os planos de Deus são maiores que os nossos. Seja humilde, aprenda a evangelizar para poucas pessoas, assim como para multidões. Mais espiritualidade e menos show!!!
Se você gostou da história que foi criada para refletir e abrir sua consciência para a beleza da vida, compartilhe ou mande para um amigo ou uma amiga que precisa saber disso!
Adaptado por Flavio J. Peretti
De Tanise Sabino
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Durante as saudações no final da Audiência Geral desta quarta-feira (20), o Papa Francisco falou sobre a Solenidade da Ascensão, que será celebrada amanhã no Vaticano. Francisco destacou que o ensinamento da palavra de salvação de Cristo e seu anúncio na vida diária, devem ser o ideal e o compromisso de cada um.
Cidade do Vaticano
Mais uma vez um convite à missão, ao anúncio do Evangelho e ao testemunho diário. São palavras do Papa no final da Audiência Geral desta quarta-feira (20), durante as saudações em italiano aos fiéis conectados via streaming. Francisco antecipa a Solenidade da Ascensão do Senhor, exortando todos a serem "testemunhas generosas de Cristo Ressuscitado", conscientes de que Ele, subindo aos céus, não abandona ninguém, ao contrário, "Ele está sempre conosco e nos sustenta ao longo do caminho". "Dirijo um pensamento especial aos jovens, aos idosos, aos doentes e aos recém-casados. Jesus Cristo, subindo ao céu, deixa uma mensagem e um programa para toda a Igreja:
“Ide e ensinai todas as nações... ensinando-as a observar tudo o que vos ensinei. Que seja seu ideal e seu compromisso, tornar conhecida a palavra de salvação de Cristo e dar testemunho dela na vida diária. A todos minha bênção!”
Origens da Solenidade
Na quinta-feira da sexta semana da Páscoa, 40 dias após a Ressurreição, a Solenidade da Ascensão é celebrada no Vaticano e em alguns países do mundo, e em outros, é adiada para o domingo seguinte. Neste dia é lembrada a Ascensão ao céu de Jesus que, de fato, conclui sua estada terrena entre os homens para se unir fisicamente ao Pai e não aparecer novamente na Terra até sua Segunda Vinda (Parusìa) para o Juízo Final. Trata-se de uma festividade muito antiga da qual existem vestígios já no século IV. No Credo dos Apóstolos é mencionada com estas palavras: "Jesus subiu aos céus, e está sentado à direita do Pai". E novamente ele virá, em glória, para julgar os vivos e os mortos, e o seu reino não terá fim". O episódio está bem descrito nos Evangelhos de Marcos e Lucas e nos Atos dos Apóstolos.
As palavras do Papa
Para a Igreja Católica, a Ascensão é o prelúdio ao Pentecostes e de alguma forma marca o início de sua história e de sua missão junto com a humanidade. Francisco o recorda todos os anos nesta ocasião, insistindo no compromisso de cada cristão com o anúncio da salvação. Durante Regina Coeli, em 13 de maio de 2018, o Papa disse: “Trata-se de ser homens e mulheres da Ascensão, ou seja, buscadores de Cristo pelas sendas do nosso tempo, levando a sua palavra de salvação até aos confins da terra. Neste itinerário, encontramos o próprio Jesus nos irmãos, sobretudo nos mais pobres, em quantos sofrem na própria carne a dura e mortificadora experiência de antigas e novas pobrezas. Assim como inicialmente Cristo Ressuscitado enviou os seus apóstolos com a força do Espírito Santo, também hoje Ele nos envia, com a mesma força para dar sinais concretos e visíveis de esperança. Porque Jesus que nos dá a esperança, foi elevado ao céu, abriu as portas do céu e a esperança que nós para lá iremos”.
No Regina Caeli de 1º de junho de 2014, o Papa falava da missão como comando necessário e não facultativo, quando afirmava: “Ir”, ou melhor, “partir” torna-se a palavra-chave da festa de hoje: “Jesus parte, sobe ao Céu, isto é, volta para o Pai pelo qual tinha sido enviado ao mundo. Cumpriu o seu trabalho, e depois voltou para o Pai. Mas não se trata de uma separação, porque Ele permanece para sempre conosco, de uma forma nova. Com a sua Ascensão, o Senhor ressuscitado atrai o olhar dos Apóstolos — e também o nosso — às alturas do Céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai.
Por fim, durante a homilia da Missa na Casa Santa Marta de 26 de maio de 2017, o Pontífice pedia para que este episódio nos desse estímulo para subir ao Céu, conhecer Cristo de perto e contar aos homens as suas obras e os seus prodígios: “Jesus, antes de partir disse: ‘Ide e fazei discípulos em todas as nações’. O lugar do cristão é o mundo para anunciar a Palavra de Jesus, para anunciar que fomos salvos, que Ele veio para nos dar a graça, para nos levar todos com Ele diante do Pai”. Fonte: https://www.vaticannews.va
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Sacerdote polonês vive há 18 anos no Brasil, é bolsonarista de carteirinha e ativista contra o aborto
De crucifixo e batina, mesmo sob sol forte, o padre polonês Pedro Stepien, que vive há 18 anos no Brasil, tem sido figura constante em frente ao Palácio da Alvorada. Desde que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou a adotar o hábito de parar para cumprimentar apoiadores que o esperam em frente à residência oficial, o religioso marca presença no local.
As visitas do padre ao Alvorada se resumem a dois objetivos: o primeiro, pedir regras cada vez mais duras contra o aborto legal, incluindo a proibição de casos já previstos em lei, como anencefalia, estupro e risco de morte da mãe. O outro é apelar para que Bolsonaro ajude a derrubar a lei da alienação parental.
Militante pró-vida, como se definem os antiabortistas, Stepien costuma levar cartazes e faixas até a porta da casa do presidente. Contudo, o endurecimento das medidas de segurança tem impedido o ingresso de objetos na área quando Bolsonaro se faz presente.
Bandeiras, faixas e até mesmo chaves de carro ficam retidas em armários, antes do detector de metais que dá acesso ao cercadinho onde ficam os admiradores do chefe do Executivo.
“Eu decidi formar um grupo de oração para rezar pelo presidente e pelos três poderes, para que Deus possa nos livrar da corrupção e do materialismo. Ele sofre muito, e é uma pessoa que quer fazer o bem. Vejo o pessoal fechado em casa [por conta do isolamento] e sei que parte da mídia usa essa pandemia para os próprios interesses”, disse o sacerdote, sobre o apoio a Bolsonaro.
Assim como Bolsonaro, o padre Pedro defende que apenas idosos sejam mantidos em casa, no chamado isolamento social contra o coronavírus. No Facebook, o sacerdote chegou a compartilhar uma imagem com a bandeira do Brasil pedindo o retorno ao trabalho de jovens e adultos.
O padre costuma fazer orações e entoar canções religiosas diante de Bolsonaro. Ele já apareceu dezenas de vezes em transmissões ao vivo feitas pelo próprio presidente nas redes sociais. Stepien estava ao lado do número 1 da Esplanada na Sexta-Feira Santa, dia em que o chefe do Executivo insinuou, a um grupo de religiosos, que demitiria o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O pároco nega agir com intenções políticas e diz jamais ter a intenção de concorrer a algum cargo. “Sou totalmente contra padre fazer parte de partido político. Missão de padre é formar consciência nos políticos”, prega.
Cruzada contra o aborto
Pedro também é crítico do Supremo Tribunal Federal (STF), instituição que, segundo ele, não deveria legislar. Ele chegou a ir até à suprema corte, com faixas e a icônica bandeira que sempre carrega, a qual retrata a flâmula nacional com um bebê ao centro e os dizeres “Brasil Sem Aborto”.
“Ciência e bíblia são como duas asas do mesmo avião. Não preciso ser cientista para saber que a vida humana começa na fecundação. No Brasil, se você quebra um ovo de tartaruga, você vai preso, mas não se vai para a cadeia caso mate um óvulo fecundado”, critica o padre.
“Ministros do STF, se vocês querem legislar, renunciem e concorram as eleições de 2018. Condene os corruptos e não os bebês”, são as frases escritas nas duas faixas levadas pelo religioso ao STF.
A manifestação é uma crítica ao julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5581, movida pela Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), que pretende incluir nos casos de abortos legais as gestações comprovadas de fetos com microcefalia, cuja mãe tenha tido complicações devido a doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti.
Lei de alienação parental
O padre também já fez manifestações públicas contra a lei da alienação parental. A legislação que envolve a interferência na formação psicológica da criança não é consenso nem mesmo dentro do meio da psicologia. O assunto constantemente é tema de discussões no Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Para o clérigo, a lei está relacionada a casos de abuso sexual de crianças e adolescentes, na medida em que mães não poderiam privar pais que supostamente cometeram abusos da convivência com os filhos sem uma decisão judicial.
Em audiência na Câmara dos Deputados em abril de 2019, a representante da ONG Vozes de Anjos, Juliana Ahn, fez coro às colocações do padre. Segundo ela, famílias estão sofrendo as consequências da lei de Alienação Parental, que durante a audiência foi relacionada ao abuso sexual de menores.
Ameaça de miliciano
O pároco polonês diz já ter sido ameaçado por milicianos, após acolher famílias expulsas por milícias cariocas de casas do programa Minha Casa Minha Vida, na capital fluminense. O episódio ocorreu em 2016, e o caso chegou a ser denunciado na web por Stepien, o que rendeu um boletim de ocorrência contra os criminosos. À época, as vítimas receberam abrigo nas casas de “famílias cristãs do Distrito Federal”.
“Os milicianos nos enviam de vez em quando as fotos das famílias que foram expulsas falando ‘se amanhã você não for para o Rio, nós matamos membro da sua família’, disse no vídeo divulgado à época.
Os criminosos passaram a perseguir o sacerdote após uma audiência pública, em 2015, na Câmara dos Deputados. Na ocasião, o padre denunciou a atuação da milícia “Liga da Justiça” por expulsar moradores do condomínio popular. “Não recebi segurança do governo e de nenhum político, mas ganhei o apoio do povo brasileiro”, conta Stepien, também nas redes sociais. Fonte: https://www.metropoles.com
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1) Oração
Ó Deus, ao celebrarmos solenemente a ressurreição do vosso Filho, concedei que nos alegremos com todos os santos, quando ele vier na sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 16,12-15)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12"Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. 14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu".
3) Reflexão - Jo 16,12-15
Nestas semanas do tempo pascal, os evangelhos diários são quase todos tirados dos capítulos 12 a 17 de João. Isto revela algo a respeito da origem e do destino destes capítulos. Eles refletem não só o que aconteceu antes da paixão e morte de Jesus, mas também e sobretudo a vivência da fé das primeiras comunidades depois da ressurreição. Refletem a fé pascal que as animava.
João 16,12: Ainda tenho muita coisa para dizer
O evangelho de hoje começa com esta frase: "Ainda tenho muitas coisas para dizer, mas agora vocês não seriam capazes de suportar”. Nestas palavras de Jesus transparecem duas coisas: o ambiente de despedida que marcava a última ceia, e a preocupação de Jesus, o irmão mais velho, com seus irmãos mais novos que em breve ficariam sem a sua presença. O tempo que restava era pouco. Em breve Jesus iria ser preso. A obra iniciada ainda estava incompleta. Os discípulos estavam apenas no início do aprendizado. Três anos é muito pouco para alguém mudar de vida e começar a viver e pensar a partir de uma nova imagem de Deus. A formação deles não estava terminada. Faltava muito, e Jesus ainda tinha muita coisa para ensinar e transmitir. Mas ele conhece seus discípulos. Eles não são dos mais inteligentes. Nem suportariam conhecer desde já todas as implicações e conseqüências do discipulado. Ficariam desanimados. Não seriam capazes de suporta-lo.
João 16,13-15: O Espírito Santo dará a sua ajuda
“Quando vier o Espírito da Verdade, ele encaminhará vocês para toda a verdade, porque o Espírito não falará em seu próprio nome, mas dirá o que escutou e anunciará para vocês as coisas que vão acontecer. O Espírito da Verdade manifestará a minha glória, porque ele vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês”. Esta afirmação de Jesus reflete a experiência das primeiras comunidades. Na medida em que iam imitando Jesus, tentando interpretar e aplicar a Palavra dele nas várias circunstâncias de suas vidas, experimentavam a presença e a luz do Espírito. E isto acontece até hoje nas comunidades que procuram encarnar a palavra de Jesus em suas vidas. A raiz desta experiência são as palavras de Jesus: “Tudo o que pertence ao Pai, é meu também. Por isso é que eu disse: o Espírito vai receber daquilo que é meu, e o interpretará para vocês”.
A ação do Espírito Santo no Evangelho de João.
João usa muitas imagens e símbolos para significar a ação do Espírito. Como na criação (Gn 1,1), assim o Espírito desceu sobre Jesus "como uma pomba, vinda do céu" (Jo 1,32). É o começo da nova criação! Jesus fala as palavras de Deus e nos comunica o Espírito sem medida (Jo 3,34). Suas palavras são Espírito e Vida (Jo 6,63). Quando Jesus se despediu, ele disse que ia enviar um outro consolador, um outro defensor, para ficar conosco. É o Espírito Santo (Jo 14,16-17). Através da sua paixão, morte e ressurreição, Jesus conquistou o dom do Espírito para nós. Através do batismo todos nós recebemos este mesmo Espírito de Jesus (Jo 1,33). Quando apareceu aos apóstolos, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo!" (Jo 20,22). O Espírito é como água que jorra de dentro das pessoas que crêem em Jesus (Jo 7,37-39; 4,14). O primeiro efeito da ação do Espírito em nós é a reconciliação: "Aqueles a quem vocês perdoarem os pecados serão perdoados; aqueles aos quais retiverem, serão retidos" (Jo 20,23). O Espírito que Jesus nos comunica tem ação múltipla: consola e defende (Jo 14,16), comunica a verdade (Jo 14,17; 16,13), faz lembrar o que Jesus ensinou (Jo 14,26); dará testemunho de Jesus (Jo 15,26); manifesta a glória de Jesus (Jo 16,14); desmascara o mundo (Jo 16,8). O Espírito nos é dado para que possamos entender o significado pleno das palavras de Jesus (Jo 14,26; 16,12-13). Animados pelo Espírito de Jesus podemos adorar a Deus em qualquer lugar (Jo 4,23-24). Aqui se realiza a liberdade do Espírito de que fala São Paulo: "Onde há o Espírito do Senhor, aí está a liberdade", (2Cor 3,17).
4) Para confronto pessoal
1) Como vivo a minha adesão a Jesus: sozinho ou em comunidade?
2) Minha participação na comunidade já me levou alguma vez a experimentar a luz e a força do Espírito Santo?
5) Oração final
Só o nome do Senhor é excelso. Sua majestade transcende a terra e o céu. Conferiu a seu povo um grande poder. Louvem-no todos os seus fiéis (Sl 148, 13-14).
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Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta
Vivemos um tempo que exige especial cuidado. O COVID 19, que nos tomou de surpresa, veio revirar nossa vida, nossos planos, nossa economia, nosso lazer, nossa saúde e, também, nossa fé. Por isso, a CNBB nos convidou a intensificar o que já fazemos, com um olhar mais amplo, de cuidar. Precisamos ir discernindo e convivendo a cada dia com a incerteza da presença da pandemia. Diante disso, ouvir e seguir o que pedem as autoridades é muito prudente.
Cuidar de nossa fé. Muitas foram as orientações para vivermos este momento de distanciamento social e das celebrações de maneira frutuosa. Continuamos a ser Igreja doméstica, sem deixar de ser a Igreja Católica. Rezamos em casa, com a família. Os subsídios para a oração e o culto são muito bons. Sairemos fortalecidos na vivência familiar. Todos os dias, fazemos nossa Leitura Orante da Palavra. Seguimos as celebrações eucarísticas de nossa paróquia via rádio, televisão ou facebook. Louvamos a Deus por estes meios de comunicação, que neste momento nos unem. Importante que a celebração seja acompanhada em tempo real, com a postura própria de quem está rezando. O vínculo com a comunidade não cessou.
Vivemos o tempo da espera do retorno para a eucaristia na comunidade. Sabemos que a celebração eucarística é “fonte e cume da vida da Igreja” (LG 10). Contudo, vale recordar dois pontos. O primeiro é que ninguém pode se sentir isentado desta alegria do vínculo eclesial eucarístico, neste tempo da espera. O segundo, a compreensão de que somos uma igreja eucarística. Todos os batizados somos um em Cristo e os frutos de sua vida, morte e ressurreição estão na sua Igreja. Vivemos a comunhão e missão eclesiais. Somos Igreja sempre, mesmo fisicamente e temporariamente distantes. Nossos padres, todos os dias, celebram a eucaristia nas intenções do povo da Diocese.
Não precisamos nos desesperar por não podermos participar plenamente da eucaristia, isto é, de comungar. Fazemos comunhão com os irmãos e irmãs de fé, fazemos o bem cuidando dos outros, vivemos a missão na comunidade e, aguardamos o dia em que poderemos celebrar plenamente nossa comunhão eclesial, isto é a eucaristia. Como um post do facebook afirmou: “A primeira aglomeração que eu quero é ir à Igreja, ver aquela casa lotada e todo mundo se emocionando, sentindo a presença de Deus e agradecendo por ter passado esta tempestade”. Continuemos a viver a comunhão e a missão eucarísticas, na espera do dia da plena celebração.
Cuidar dos pobres e sofredores. Não seremos cristãos autênticos sem este olhar privilegiado e preferencial com os sofredores. Neste momento, sobretudo, são abençoadas as iniciativas de auxílio aos que mais precisam. A Igreja é como um “hospital de campanha”, disse Francisco. Recordamos os profissionais da saúde e assistentes sociais. Nossas paróquias já foram motivadas a continuar sua missão de recolher e repassar os alimentos e produtos de higiene. Várias outras iniciativas, sem serem noticiadas, estão acontecendo na vida pessoal e familiar. Muito importante é a disposição de ouvir os que estão passando por momentos difíceis, via telefone, nas paróquias. O cuidado é amplo e exige proximidade sempre.
Meu convite é que, na instabilidade deste momento, não percamos nunca a fé, a esperança e a caridade. Juntos iremos atravessar este deserto e sairemos melhores. A cada dia é importante nos perguntarmos, o que estamos aprendendo com tudo isso? De maneira forçada, talvez, aprendemos a viver com mais simplicidade, mas fraternos e solidários. Oremos pelos falecidos, cuidemo-nos uns dos outros e sejamos solidários. Fonte: http://www.cnbb.org.br
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1) Oração
Concedei-nos, ó Deus, que vejamos frutificar em toda a nossa vida as graças do mistério pascal, que instituístes na vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 15,26-16,4)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15,26"Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. 27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora".
3) Reflexão - Jo 15,26-16,4
Nos capítulos 15 a 17 do Evangelho de João, o horizonte se amplia para além do momento histórico da Ceia. Jesus reza ao Pai “não só por estes mas também por aqueles que vão acreditar em mim por causa da palavra deles” (Jo 17,20). Nestes capítulos, é constante a alusão à ação do Espírito na vida das comunidades depois da Páscoa.
João 15,26-27: A ação do Espírito Santo na vida das comunidades
A primeira coisa que o Espírito faz é dar testemunho de Jesus: “Ele dará testemunho de mim”. O Espírito não é um ser espiritual sem definição. Não! Ele é o Espírito da verdade que vem do Pai, será enviado pelo próprio Jesus e nos introduzirá na verdade plena (Jo 16,13). A verdade plena é o próprio Jesus: “Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida!” (Jo 14,6). No fim do primeiro século, havia alguns cristãos de tal modo fascinados pela ação do Espírito que já não olhavam para Jesus. Afirmavam que agora, depois da ressurreição, já não era preciso fixar-se em Jesus de Nazaré, aquele “que veio na carne”. Dispensavam Jesus e ficavam só com o Espírito. Diziam: “Anátema seja Jesus!” (1Cor 12,3). O Evangelho de João toma posição e não permite separar a ação do Espírito da memória de Jesus de Nazaré. O Espírito Santo não pode ser isolado como uma grandeza independente, separada do mistério da encarnação. O Espírito Santo está inseparavelmente unido ao Pai e a Jesus. É o Espírito de Jesus que o Pai nos envia, aquele mesmo Espírito que Jesus nos conquistou pela sua morte e ressurreição. E nós, recebendo este Espírito no batismo, devemos ser o prolongamento de Jesus: “E vós também dareis testemunho!” Não podemos esquecer nunca que foi precisamente na véspera da sua morte que Jesus nos prometeu o Espírito. Foi no momento em que ele se entregava pelos irmãos. Hoje em dia, o movimento carismático insiste na ação do Espírito, e faz muito bem. Deve insistir cada vez mais. Mas deveria ter a mesma insistência para afirmar que se trata do Espírito de Jesus de Nazaré que, por amor aos pobres e marginalizados, foi perseguido, preso e condenado à morte e que, por isso mesmo, nos prometeu o seu Espírito, para que nós, depois da sua morte, continuássemos a sua ação e fôssemos para a humanidade a mesma revelação do amor preferencial do Pai pelos pobres e oprimidos.
João 16,1-2: Não ter medo
O evangelho adverte que ser fiel a este Jesus vai trazer dificuldades. Os discípulos vão ser expulsos da sinagoga. Vão ser condenados à morte. Com eles vai acontecer o mesmo que aconteceu com Jesus. Por isso mesmo, no fim do primeiro século, havia pessoas que, para evitar a perseguição, diluíam a mensagem de Jesus transformando-a numa mensagem gnóstica, vaga, sem definição, que não contrastava com a ideologia do império. A estes se aplica o que Paulo dizia: “Eles têm medo da cruz de Cristo” (Gl 6,12). E o próprio João, na sua carta, dirá a respeito deles: “Há muitos impostores espalhados pelo mundo, que não querem reconhecer que Jesus Cristo veio na carne (se fez homem). Quem assim procede é impostor e Anticristo” (2Jo 1,7). A mesma preocupação transparece na exigência de Tomé: "Se eu não vir a marca dos pregos nas mãos de Jesus, se eu não colocar o meu dedo na marca dos pregos, e se eu não colocar a minha mão no lado dele, eu não acreditarei." (Jo 20,25) O Cristo ressuscitado que nos prometeu o dom do Espírito é Jesus de Nazaré que continua até hoje com os sinais da tortura e da cruz no seu corpo ressuscitado.
João 16,3-4: Não sabem o que fazem
Tudo isso acontece “porque não reconhecem o Pai nem a mim”. Estas pessoas não têm a imagem correta de Deus. Têm uma imagem vaga de Deus na cabeça e no coração. O Deus deles já não é o Pai de Jesus Cristo que congrega todos na unidade e na fraternidade. No fundo, é o mesmo motivo que levou Jesus a dizer: “Pai, perdoa, eles não sabem o que estão fazendo’ (Lc 23,34). Jesus foi condenado pelas autoridades religiosas porque, de acordo com o pensamento deles, ele teria uma falsa imagem de Deus. Nas palavras de Jesus não transparece ódio nem vingança, mas compaixão: são irmãos ignorantes que não sabem nada do nosso Pai.
4) Para confronto pessoal
1) O mistério da Trindade está presente nas afirmações de Jesus, não como uma verdade teórica, mas como expressão do compromisso do cristão com a missão de Jesus. Como vivo em minha vida este mistério central da nossa fé?
2) Como vivo a ação do Espírito na minha vida?
5) Oração final
Cantai ao Senhor um cântico novo, ressoe o seu louvor na assembléia dos fiéis. Alegre-se Israel em seu criador, exultem em seu rei os filhos de Sião (Sl 149, 1-2).
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1) Oração
Ó Deus, que associastes são Matias ao colégio apostólico, concedei, por sua intercessão, que, fruindo da alegria do vosso amor, mereçamos ser cotados entre os eleitos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (João 15, 9-17)
Naquele tempo disse Jesus: 9Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor. 11Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa. 12Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. 13Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. 14Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. 15Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda.17O que vos mando é que vos ameis uns aos outros.
3) Reflexão Jo 15,9-17
Hoje é a festa do apóstolo Matias. O Evangelho João 15,9-17 já foi meditado no dia 24 de abril. Vamos retomar alguns pontos que já foram vistos naquele dia.
João 15,9-11: Permanecer no amor, fonte da perfeita alegria.
Jesus permanece no amor do Pai observando os mandamentos que dele recebeu. Nós permanecemos no amor de Jesus observando os mandamentos que ele nos deixou. E devemos observá-los com a mesma medida com que ele observou os mandamentos do Pai: “Se vocês obedecem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeci aos mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor”. É nesta união de amor do Pai e de Jesus que está a fonte da verdadeira alegria: “Eu disse isso a vocês para que minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa”.
João 15,12-13: Amar os irmãos como ele nos amou.
O mandamento de Jesus é um só: "amar-nos uns aos outros como ele nos amou!" (Jo 15,12). Jesus ultrapassa o Antigo Testamento. O critério antigo era: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Lv 18,19). O novo critério é: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". Aqui ele disse aquela frase que cantamos até hoje: "Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão!"
João 15,14-15 Amigos e não empregados
"Vocês serão meus amigos se praticarem o que eu mando", a saber, a prática do amor até à doação total de si! Em seguida, Jesus coloca um ideal altíssimo para a vida dos discípulos e das discípulas. Eles diz: "Não chamo vocês de empregados mas de amigos. Pois o empregado não sabe o que faz o seu patrão. Chamo vocês de amigos, porque tudo que ouvi do meu Pai contei para vocês!" Jesus já não tinha mais segredos para os seus discípulos e suas discípulas. Tudo que ouviu do Pai contou para nós! Este é o ideal bonito da vida em comunidade: chegarmos a uma total transparência, a ponto de não haver mais segredos entre nós e de podermos confiar totalmente um no outro, de podermos partilhar a experiência que temos de Deus e da vida e, assim, enriquecer-nos mutuamente. Os primeiros cristãos conseguiram realizar este ideal durante alguns anos. Eles "eram um só coração e uma só alma" (At 4,32; 1,14; 2,42.46).
João 15,16-17: Foi Jesus que nos escolheu
Não fomos nós que escolhemos Jesus. Foi ele que nos encontrou, nos chamou e nos deu a missão de ir e dar fruto, fruto que permaneça. Nós precisamos dele, mas ele também quer precisar de nós e do nosso trabalho para poder continuar fazendo hoje o que fez para o povo na Galileia. A última recomendação: "Isto vos mando: amai-vos uns aos outros!"
4) Para um confronto pessoal
1) Amar o próximo como Jesus nos amou. Este é o ideal de cada cristão. Como isto está sendo vivido por mim?
2) Tudo que ouvi do meu Pai contei para vocês. Este é o ideal da comunidade: chegar a uma total transparência. Como isto está sendo vivido na minha comunidade?
5) Oração final
Louvai, ó servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre.
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1) Oração
Ó Deus, que amais e restituís a inocência, orientai para vós os nossos corações, para que jamais se afastem da luz da verdade os que tirastes das trevas da descrença. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 15,1-8)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.
5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.
3) Reflexão - Jo 15,1-8
Os Capítulos 15 até 17 do Evangelho de João trazem vários ensinamentos de Jesus que o evangelista juntou e colocou aqui no contexto amigo e fraterno do último encontro de Jesus com seus discípulos:
Jo 15,1-17: Reflexões em torno da parábola da videira
Jo 15,18 a 16,4a: Conselhos sobre a maneira de como comportar-se quando forem perseguidos
Jo 16,4b-15: Promessa sobre a vinda do Espírito Santo
Jo 16,16-33: Reflexões sobre a despedida e o retorno de Jesus
Jo 17,1-26: O Testamento de Jesus em forma de oração
Os Evangelhos de hoje e de amanhã trazem uma parte da reflexão de Jesus em torno da parábola da videira. Para entender bem todo o alcance desta parábola, é importante estudar bem as palavras que Jesus usou. Igualmente importante é você observar de perto uma videira ou uma planta qualquer para ver como ela cresce e como acontece a ligação entre o tronco e os ramos, e como o fruto nasce do tronco e dos ramos.
João 15,1-2: Jesus apresenta a comparação da videira
No Antigo Testamento, a imagem da videira indicava o povo de Israel (Is 5,1-2). O povo era como uma videira que Deus plantou com muito carinho nas encostas das montanhas da Palestina (Sl 80,9-12). Mas a videira não correspondeu ao que Deus esperava. Em vez de uvas boas deu um fruto azedo que não prestava para nada (Is 5,3-4). Jesus é a nova videira, a verdadeira. Numa única frase ele nos entrega toda a comparação. Ele diz: "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo em mim que não produz fruto, ele o corta. E todo ramo que produz fruto, ele o poda!". A poda é dolorosa, mas é necessária. Ela purifica a videira, para que cresça e produza mais frutos.
João 15,3-6: Jesus explica e aplica a parábola
Os discípulos já são puros. Já foram podados pela palavra que ouviram de Jesus. Até hoje, Deus faz a poda em nós através da sua Palavra que nos chega pela Bíblia e por tantos outros meios. Jesus alarga a parábola e diz: "Eu sou a videira e vocês são os ramos!" Não se trata de duas coisas distintas: de um lado a videira, do outro, os ramos. Não! Videira sem ramos não existe. Nós somos parte de Jesus. Jesus é o todo. Para que um ramo possa produzir fruto, deve estar unido à videira. Só assim consegue receber a seiva. "Sem mim vocês não podem fazer nada!" Ramo que não produz fruto é cortado. Ele seca e é recolhido para ser queimado. Não serve para mais nada, nem para lenha!
João 15,7-8: Permanecer no amor.
Nosso modelo é aquilo que Jesus mesmo viveu no seu relacionamento com o Pai. Ele diz: "Assim como o Pai me amou, também eu amei vocês. Permaneçam no meu amor!" Ele insiste em dizer que devemos permanecer nele e que as palavras dele devem permanecer em nós. E chega a dizer: "Se vocês permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vocês, aí podem pedir qualquer coisa e vocês o terão!" Pois o que o Pai mais quer é que nos tornemos discípulos e discípulas de Jesus e, assim, produzamos muito fruto.
4) Para confronto pessoal
1-Quais as podas ou momentos difíceis, que já passei na minha vida e que me ajudaram a crescer? Quais as podas ou momentos difíceis, que passamos na nossa comunidade e nos ajudaram a crescer?
2- O que mantém a planta unida e viva, capaz de dar frutos, é a seiva que a percorre. Qual é a seiva que percorre nossa comunidade a mantém viva, capaz de produzir frutos?
5) Oração final
Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor em toda a terra. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. (Sl 95, 1)
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1) Oração
Ó Deus, que pela ressurreição do Cristo nos renovais para a vida eterna, dai ao vosso povo constância na fé e na esperança, para que jamais duvide das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 14,27-31a)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis. 30Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”.
3) Reflexão - Jo 14,27-31a
Aqui, em Jo 14,27, começa a despedida de Jesus e no fim do capítulo 14, ele encerra a conversa dizendo: "Levantem! Vamos embora daqui!" (Jo 14,31). Mas, em vez de sair da sala, Jesus continua falando por mais três capítulos: 15, 16 e 17. Se você pular estes três capítulos, você vai encontrar no começo do capítulo 18 a seguinte frase: "Tendo dito isto, Jesus foi com seus discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia ali um jardim onde entrou com seus discípulos" (Jo 18,1). Em Jo 18,1, está a continuação de Jo 14,31. O Evangelho de João é como um prédio bonito que foi sendo construído lentamente, pedaço por pedaço, tijolo por tijolo. Aqui e acolá, ficaram sinais destes remanejamentos. De qualquer maneira, todos os textos, todos os tijolos, fazem parte do edifício e são Palavra de Deus para nós.
João 14,27: O dom da Paz.
Jesus comunica a sua paz aos discípulos. A mesma paz será dada depois da ressurreição (Jo 20,19). Esta paz é mais uma expressão da manifestação do Pai, de que Jesus tinha falado antes (Jo 14,21). A paz de Jesus é a fonte da alegria que ele nos comunica (Jo 15,11; 16,20.22.24; 17,13). É uma paz diferente da paz que o mundo dá, diferente da Pax Romana. Naquele fim do primeiro século a Pax Romana era mantida pela força das armas e pela repressão violenta contra os movimentos rebeldes. A Pax Romana garantia a desigualdade institucionalizada entre cidadãos romanos e escravos. Esta não é a paz do Reino de Deus. A Paz que Jesus comunica é o que no AT se chama Shalôm. É a organização completa de toda a vida em torno dos valores da justiça, fraternidade e igualdade.
João 14,28-29: O motivo por que Jesus volta ao Pai.
Jesus volta ao Pai para poder retornar em seguida. Ele dirá a Madalena: “Não me segure, porque ainda não subi para o Pai “ (Jo 20,17). Subindo para o Pai, ele voltará através do Espírito que nos enviará (cf Jo 20,22). Sem o retorno ao Pai ele não poderá estar conosco através do seu Espírito.
João 14,30-31a: Para que o mundo saiba que amo o Pai.
Jesus está encerrando a última conversa com os discípulos. O príncipe deste mundo vai tomar conta do destino de Jesus. Jesus vai ser morto. Na realidade, o Príncipe, o tentador, o diabo, nada pode contra Jesus. Jesus faz em tudo o que lhe ordena o Pai. O mundo vai saber que Jesus ama o Pai. Este é o grande e único testemunho de Jesus que pode levar o mundo a crer nele. No anúncio da Boa Nova não se trata de divulgar uma doutrina, nem de impor um direito canônico, nem de unir todos numa organização. Trata-se, antes de tudo, de viver e de irradiar aquilo que o ser humano mais deseja e tem de mais profundo dentro de si: o amor. Sem isto, a doutrina, o direito, a celebração não passa de peruca em cabeça calva.
João 14,31b: Levantem e vamos embora daqui.
São as últimas palavras de Jesus, expressão da sua decisão de ser obediente ao Pai e de revelar o seu amor. Na eucaristia, na hora da consagração, em alguns países se diz: “Na véspera da sua paixão, voluntariamente aceita”. Jesus diz em outro lugar: “O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la de novo. Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente. Tenho poder de dar a vida e tenho poder de retomá-la. Esse é o mandamento que recebi do meu Pai” (Jo 10,17-18).
4) Para confronto pessoal
1) Jesus disse: “Dou-vos a minha paz”. Como contribuo para a construção da paz na minha família e na minha comunidade?
2) Olhando no espelho da obediência de Jesus ao Pai, em que ponto eu poderia melhorar a minha obediência ao Pai?
5) Oração final
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! (Sl 144, 10-11)
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Religioso fazia parte de uma comunidade franciscana no interior de São Paulo
A Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, da cidade de Jaci, SP, comunicou o falecimento do Frei Bruno, de 36 anos, no sábado, 09 de maio de 2020. Segundo o comunicado, o religioso foi vítima da Covid-19.
Ele foi diagnosticado com a doença em 23 de abril, precisou ser hospitalizado e estava na UTI do Hospital de Base de Rio Preto, onde faleceu.
De acordo com a Associação, Paulo Fernando de Campos Meneses fazia parte da fraternidade há dois anos. Depois do Postulantado, ele ingressou no noviciado da família franciscana e adotou o nome de Bruno, em referência a São Bruno, o pai da ordem dos cartuxos.
Ainda segundo os colegas, em muitos momentos do seu noviciado, Frei Bruno dizia: “Eu quero ser de Deus”. No dia a dia, ele tentava viver livremente o projeto de Deus para a sua vida e buscava conhecê-lo cada vez mais. Os amigos ainda dizem que ele gostava de cozinhar e se importava muito com o próximo.
“Receba, irmão, o abraço de nossa Fraternidade, sei que nos amou e pode ter certeza que nós também te amamos. Seja nosso intercessor, meu irmão, para vencermos em Deus essa fase tão difícil” diz a nota da Associação.
O Bispo da Diocese de São José do Rio Preto, D. Tomé Ferreira da Silva, também divulgou nota de pesar: “Rezemos pelo seu descanso eterno, pela sua família e pelos membros da comunidade”.
Combate ao coronavírus em Jaci
Entre as obras assistenciais da Associação e Fraternidade São Francisco na Providência de Deus em Jaci, estão clínicas de recuperação de dependentes químicos, além de um hospital, que está acolhendo os doentes de Covid-19 da cidade. “Enfrentar, acolher e cuidar: essa é a nossa missão”, disse o presidente da Associação, Frei Francisco Belotti, que recentemente comemorou a cura de três pacientes do hospital e de dois religiosos que trabalham no local.
De acordo a Secretaria de Saúde de Jaci, até o dia 08 de maio, a cidade tinha registrado 75 casos positivos de Covid-19. Não havia registro de morte pela doença até então. Fonte: https://pt.aleteia.org
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1) Oração
Ó Pai, que unis os corações dos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 14,21-26)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas — não o Iscariotes — disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
3) Reflexão - Jo 14,21-26
Como dissemos anteriormente, o capítulo 14 do Evangelho de João é um exemplo bonito de como se praticava a catequese nas comunidades da Ásia Menor no fim do primeiro século. Através das perguntas dos discípulos e das respostas de Jesus, os cristãos formavam sua consciência e encontravam uma orientação para os seus problemas. Assim, neste capítulo 14, temos a pergunta de Tomé com a resposta de Jesus (Jo 14,5-7), a pergunta de Filipe com a resposta de Jesus (Jo 14,8-21), e a pergunta de Judas com a resposta de Jesus (Jo 14,22-26). A última frase da resposta de Jesus a Filipe (Jo 14,21) forma o primeiro versículo do evangelho de hoje.
João 14,21: Eu o amarei e me manifestarei a ele.
Este versículo traz o resumo da resposta de Jesus a Filipe. Filipe tinha dito: “Mostra-nos o Pai e isso nos basta!” (Jo 14,8). Moisés tinha perguntado a Deus: “Mostra-me a tua glória!” (Ex 33,18). Deus respondeu: “Não poderás ver minha face, porque ninguém pode ver-me e continuar vivendo” (Ex 33,20). O Pai não pode ser mostrado. Deus habita uma luz inacessível (1Tim 6,16). “Ninguém jamais viu a Deus” (1Jo 4,12). Mas a presença do Pai pode ser experimentada através da experiência do amor. Diz a primeira carta de São João: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. Jesus diz a Filipe: “Quem aceita os meus mandamentos e a eles obedece, esse é que me ama. E quem me ama, será amado por meu Pai. Eu também o amarei e me manifestarei a ele”. Observando o mandamento de Jesus, que é o mandamento do amor ao próximo (Jo 15,17), a pessoa mostra o seu amor por Jesus. E quem ama a Jesus, será amado pelo Pai e pode ter a certeza de que o Pai se manifestará a ele. Na resposta a Judas, Jesus dirá como acontece esta manifestação do Pai na nossa vida.
João 14,22: A pergunta de Judas, pergunta de todos.
A pergunta de Judas: “Por que o senhor se manifesta só a nós e não ao mundo?” Esta pergunta de Judas reflete um problema que é real até hoje. Às vezes, sobe em nós cristãos o pensamento de que somos melhores que os outros e que Deus nos ama mais do que os outros. Será que Deus faz distinção de pessoas?
João 14,23-24: Resposta de Jesus.
A resposta de Jesus é simples e profunda. Ele repete o que acabou de dizer a Filipe. O problema não é se nós cristãos somos mais amados por Deus do que os outros, ou que os outros são desprezados por Deus. Este não é o critério da preferência do Pai. O critério da preferência do Pai é sempre o mesmo: o amor. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras”. Independentemente do fato de a pessoa ser ou não ser cristã, o Pai se manifesta a todos aqueles que observam o mandamento de Jesus que é o amor ao próximo (Jo 15,17). Em que consiste a manifestação do Pai? A resposta a esta pergunta está estampada no coração da humanidade, na experiência humana universal. Observe a vida das pessoas que praticam o amor e que fazem da sua vida uma doação aos outros. Examine a sua própria experiência. Independentemente de religião, classe, raça ou cor, a prática do amor traz uma paz profunda e uma alegria que conseguem conviver com dor e sofrimento. Esta experiência é o reflexo da manifestação do Pai na vida das pessoas. É a realização da promessa: Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada
João 14,25-26: A promessa do Espírito Santo.
Jesus termina sua resposta a Judas dizendo: Essas são as coisas que eu tinha para dizer estando com vocês. Jesus comunicou tudo que ouviu do Pai (Jo 15,15). As palavras dele são fonte de vida e devem ser meditadas, aprofundadas e atualizadas constantemente à luz da realidade sempre nova que nos envolve. Para esta meditação constante das suas palavras Jesus nos promete a ajuda do Espírito Santo: “O Advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse.
4) Para confronto pessoal
1) Jesus disse: Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Como eu experimento esta promessa?
2) Temos a promessa do dom do Espírito para nos ajudar a entender as palavra de Jesus. Eu invoco a luz do Espírito quando vou ler e meditar a Escritura?
5) Oração final
Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu nome santo, desde agora, para sempre e pelos séculos. (Sl 144, 21)
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