A Igreja Católica está em polvorosa, e esse fato, que por si só já é chamativo por ser incomum, surpreende ainda mais porque foi o papa que provocou isso. Duas decisões de Francisco no início do Sínodo de Bispos sobre a Família – que as discussões fossem francas e divulgadas ao público – provocaram um terremoto atestado pelo documento final aprovado pela maioria dos 191 participantes. Dos 62 parágrafos, os três que não reuniram os dois terços necessários de apoio foram os relativos ao possível regresso aos sacramentos para os divorciados que casam de novo e à atitude da Igreja em relação aos homossexuais. A reportagem é de Pablo Ordaz, publicada pelo jornal El País, 18-10-2014...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/536469-maioria-dos-bispos-quer-que-igreja-se-abra-para-gays-e-divorciados

Três sacerdotes da Arquidiocese de Santiago, capital do Chile, têm enfrentado duras críticas por parte de setores conservadores da Igreja Católica. Nos últimos cinco meses, Felipe Berríos, José Aldunate e Mariano Puga têm concedido entrevistas à imprensa questionando alguns aspectos da instituição. As indagações vão desde a postura do clero frente à reforma educacional do governo da presidenta Michelle Bachelet, até a negativa da instituição em debater o aborto e a rejeição da Igreja ao matrimônio homossexual. O posicionamento dos sacerdotes gerou repercussão entre os religiosos no Vaticano. A reportagem é de Marcela Belchior e publicado pela Adital, 16-10-2014.

No último mês de junho, Mariano Puga, apontado como "padre operário”, afirmou que a Igreja reforça a desigualdade entre os povos: "A Igreja, em vez de ser a que destruía o conceito de classe, o fortaleceu: colégios para os pobres, outros para os indígenas, outros para a classe alta”, afirmou o eclesiástico.

Dois meses depois da declaração, José Aldunate, que tem 97 anos de idade e é reconhecido defensor dos direitos humanos durante o regime militar chileno (1973-1990), se declarou favorável ao casamento entre pessoas de mesmo sexo. "O homossexual tem direito a amar e compartilhar sua vida com outra pessoa. (...) A Igreja é antiquada”, disse o sacerdote jesuíta...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/536448-sacerdotes-sao-denunciados-ao-vaticano-por-criticas-progressistas-a-igreja-catolica

O padre Marcelo Rossi comentou sobre a investigação que sofreu do Vaticano por quase uma década e afirmou que, "se houve fiscalização, houve também o reconhecimento". A informação foi divulgada com exclusividade pelo jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, no dia 30 de setembro.

"Eu li. Hoje você vai fazendo certos encaixes e você percebe. Não há problema nenhum. Eu acho interessante que as pessoas saibam que muitos ficam, sempre no início, [se perguntando] 'qual é a desse padre?', 'o que ele quer?', 'ele quer aparecer?', 'qual é o objetivo dele?'. E, graças a Deus, não só [a igreja] entendeu, como o próprio papa Bento 16 me deu o prêmio Van Thuân de 'Evangelizador Moderno' [em 2010]. Então, acredito que, se houve fiscalização, houve reconhecimento", comentou o padre Marcelo durante o "Altas Horas" deste sábado (18).

Segundo apurou UOL, o padre Marcelo Rossi teve seus passos, CDs, livros, missas e aparições na TV seguidos de perto pelo Vaticano do final dos anos 90 até cerca de quatro anos atrás.

A investigação, que durou quase 10 anos, foi provocada por uma denúncia feita por um religioso brasileiro, que acusou o padre de culto ao personalismo, exibicionismo por ir demais às TVs, de desvirtuar as práticas católicas e de transformar a missa em uma espécie de "circo".

A fiscalização foi comandada pela Congregação para a Doutrina da Fé, liderada pelo cardeal Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornaria o papa Bento 16.  A Congregatio pro Doctrina Fidei é o novo nome que o Vaticano dá para a assassina Inquisição.

Entre o final dos anos 90 e a década de 2000, a Congregação recebia regularmente vídeos com as participações do padre Marcelo em programas como o de Gugu Liberato no SBT e de Fausto Silva, na Globo.

O outro lado

Procuradas na ocasião, tanto a Nunciatura Apostólica em Brasília --a embaixada do Vaticano no Brasil--, quanto a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se recusaram a comentar a investigação que o Vaticano lançou sobre o padre Marcelo Rossi do final dos anos 90 até a segunda metade dos anos 2000.

Já a assessoria da Mitra de Santo Amaro e do bispo dom Fernando informou que o bispo desconhece a investigação do Vaticano a respeito do trabalho do padre Marcelo Rossi.

Por meio da assessoria, a Mitra diz que, se a sindicância realmente ocorreu, "trata-se de uma coisa do passado, e, como tal, já passou."

Fonte: http://celebridades.uol.com.br

OLHAR DO DIA: Túmulo de São Francisco na Basílica de Assis, Itália.

A Basílica de São Francisco de Assis, na região italiana da Úmbria, é a igreja-mãe da Ordem Franciscana e um Patrimônio da Humanidade desde 2000.

A construção da basílica começou logo após a canonização de Francisco em 1228. Simone di Pucciarello doou o local para a igreja, uma colina a oeste da cidade de Assis, conhecida como Colina do Inferno (onde os criminosos eram mortos). Hoje, o local é conhecido como Colina do Paraíso. A pedra fundamental foi posta pelo Papa Gregório IX, em 17 de Julho de 1228. A igreja foi projetada e supervisionada pelo irmão Elia Bombardone, um dos primeiros seguidores do santo. A basílica inferior foi terminada em 1230.

No dia de Pentecostes, em 25 de Maio de 1230, o corpo de Francisco foi trazido para o local. A construção da basílica superior começou logo após 1239 e foi finalizada em 1253. Sua arquitetura é uma síntese do Românico e do Gótico Italiano. As igrejas foram decoradas pelos maiores artistas daquele tempo, vindos de Roma, Toscana e Úmbria. A igreja inferior tem afrescos de Cimabue e Giotto; na igreja superior está uma série de afrescos com cenas da vida de São Francisco, também atribuída a Giotto e seus seguidores. A Basílica é administrada pelos Frades Menores Conventuais (OFM Conv.). Os Frades Franciscanos Conventuais são os guardiães dos restos mortais do Santo de Assis.

No dia 26 de setembro de 1997, Assis foi atingida por dois fortes terremotos que danificaram severamente a basílica (parte do teto dela ruiu durante o segundo tremor, destruindo um afresco de Cimabue) que passou dois anos fechada para restauração. Fonte: http://pt.wikipedia.org/

Os verdadeiros veteranos do corpo de imprensa do Vaticano ainda gostam de falar sobre como era divertido cobrir o Concílio Vaticano II, um encontro de bispos católicos do mundo de 1962 a 1965, que lançou a Igreja em um curso de modernização e reforma. A reportagem é de John L. Allen Jr., publicada no sítio Crux, 15-10-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Era uma história emocionante, repleta de personagens coloridos. Havia os grandes leões do campo da reforma, como o cardeal Leo Suenens, da Bélgica, e Giacomo Lercaro, da Itália, enfrentando a velha guarda, personificada no cardeal italiano Alfredo Ottaviani, cujo lema episcopal Semper Idem, "sempre o mesmo", era todo um programa ideológico em miniatura.

Por baixo do drama, estava a sensação de que algo importante estava acontecendo – uma Igreja que parecia congelada no seu lugar, de repente, estava se movendo. Se ela estava fazendo isso de uma forma inteligente ou casual, é uma questão de debate até hoje, mas ninguém nega que as placas se deslocaram...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/536378-sinodo-o-drama-voltou

Esqueçam o Evenu shalom alejem. Ou o Paz, paz de Cristo. Ou qualquer outro canto que, nessas décadas, tenha acompanhado o sinal da paz durante a missa. De fato, trata-se de um "abuso litúrgico". A afirmação é da Congregação para o Culto Divino em uma circular que traz a data de Pentecostes, 8 de junho passado. A reportagem é de Vittoria Prisciandaro, publicada na revista Jesus, de outubro de 2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A carta se debruça sobre a colocação e as modalidades do rito da paz, mas, mais do que dar respostas, levanta muitas perguntas. A principal preocupação parece ser impedir aqueles que são definidos como "abusos": o canto; o deslocamento dos fiéis do seu lugar; o afastamento do sacerdote do altar; o uso impróprio do gesto para expressar, em ocasiões particulares, desejos ou condolências.

Lembra-se que o "sinal da paz, em determinadas ocasiões, pode ser omitido e às vezes deve ser omitido". Mas também se fala da importância do compromisso com a paz, um dom que – está escrito – deve ser invocado, acolhido e expressado pelas Igrejas na liturgia...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/536382-quando-o-sinal-da-paz-se-torna-um-abuso-liturgico

O Sínodo quer levar a cabo a sua prática pastoral "com a ternura de uma mãe e a clareza de um professor (cf. Ef 4,15)", imitando a misericórdia de Cristo. "A verdade está encarnada na fragilidade humana não para condenar, mas para curá-la". A análise é do padre jesuíta Thomas Reese, jornalista, publicada por National Catholic Reporter, 13-10-2014. A tradução é de Claudia Sbardelotto.

Eis o texto.

Ouvir, acompanhar, respeitar, valorizar, discernir, acolher e dialogar são palavras que se repetem ao longo do novo documento que está sendo discutido pelo Sínodo dos bispos, em Roma, durante esta semana. Palavras de condenação e marginalização foram evitadas.

O documento, chamado de "Relatio post disceptationem", resume o que o cardeal Peter Erdö e o comitê de redação, composto por nove membros, consideram como o atual consenso sinodal na medida em que os participantes passam de uma semana de palestras para uma semana de discussões em pequenos grupos. A relatio serve para ajudar a focar as discussões em grupos linguísticos e para a composição do documento final que será o fruto do Sínodo e fornecerá conteúdo para conversações em toda a Igreja, que se prepara para o próximo Sínodo, em outubro de 2015.

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/536347-nao-a-comunhao-aos-divorciados-nao-se-pode-mudar-o-direito-divino

Poucas horas depois da publicação da Relatio post disceptationem apresentada na segunda-feira pelo cardeal húngaro Péter Erdö – um relatório que, com "solicitude apostólica", buscou "perscrutar os sinais dos tempos", escreveu Stefania Falasca justamente lembrando Paulo VI – não faltaram as tomadas de posição que, acima de tudo a respeito da comunhão aos divorciados em segunda união, tentaram recalibrar as aberturas. A reportagem é de Paolo Rodari, publicada no jornal La Repubblica, 15-10-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Dentre elas, a publicação no sítio Chiesa do cardeal Camillo Ruini. Presidente da Conferência Episcopal Italiana nos pontificados de João Paulo II e de Bento XVI, Ruini volta a dar a sua opinião depois de meses de silêncio. E, citando a exortação apostólica wojtyliana Familiaris consortio, ele lembra a práxis da Igreja, "fundamentada na Sagrada Escritura, de não admitir à Comunhão eucarística os divorciados em segunda união", porque certas normas são de "direito divino".

Dentre outras coisas, o estado e a condição de vida dos separados "contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja que é significada e realizada pela Eucaristia"...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/536347-nao-a-comunhao-aos-divorciados-nao-se-pode-mudar-o-direito-divino