Frei Pedro Caxito O. Carm. In Memoriam. ( *31/12/1926  +02/09/ 2009 ).

             "Mas Deus, rico de Misericórdia, graças ao grande amor com que nos amou, mortos que estávamos por causa dos pecados, nos fez reviver com Cristo: de graça, na verdade, fostes salvos" (Ef 2,4-5).

            Misericordioso, o Coração de Jesus sente-se comover diante da miséria do povo cansado e abatido como ovelhas que não têm um pastor. Misericordioso quer dizer "um coração compadecido diante da miséria". E Ele é misericordioso. "Andava em volta por todas as cidades e aldeias, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda doença e enfermidade" (Mt 9,35).

            Diz São Paulo aos Romanos: "Pois bem a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando ainda éramos pecadores. (...) É por Ele que já desde o tempo presente recebemos a reconciliação"

            É misericordioso e quer que o ajudemos a ser misericordioso: chama aqueles que Ele quer e "lhes dá o poder de expulsar os espíritos imundos e de curar todo tipo de doenças e enfermidades" (Mt 10.1), como Ele estava fazendo. "Proclamai que o Reino dos Céus está chegando. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demônios" (Mt 10,7-8).

            Mas aqueles doze são poucos demais. "O Mediador único entre Deus e os homens" pede aos Homens que peçam ao Dono para mandar mais gente para a sua colheita. A messe está loura, esperando pela colheita (cf Jo 4,35), porque "Messe" é plantação já ansiosa por ser colhida. E o Dono deve ter pressa!...

            "Eu vos carreguei sobre asas de águia" como a águia carrega os seus filhinhos (Ex 19, 4). "Sacerdotes e reis, uma nação consagrada, um povo que Deus adquiriu para proclamarmos as suas obras maravilhosas" (1Pd 2,9), o seu amor e a sua misericórdia, devemos estar com Ele no seu esforço por libertar o irmão de toda miséria espiritual e material. "Filhinhos, não amemos com palavras ou com a língua, mas com os atos e com a verdade" (1Jo 3,18).

Frei Pedro Caxito O. Carm. In Memoriam. ( *31/12/1926  +02/09/ 2009 ).

             Estamos em pleno mês de junho, mês do Sagrado Coração de Jesus. É um convite a celebrarmos o amor, as misericórdias do Coração do nosso Deus feito homem, que veio morar entre nós, "não para chamar os justos, mas os pecadores" (Mt 9,13).

            "As misericórdias do Senhor eternamente cantarei!" (Sl 88,2) dizia o salmista, repetia sempre Santa Teresa de Jesus e devemos nós mesmos sempre proclamar.

            Aquelas "entranhas de misericórdia do nosso Deus que, para nos visitar nos fez vir lá do alto o Sol Nascente" (Lc 1,78),  Jesus que de Maria veio até nós em Belém.

            Aquele Coração cheio de misericórdia, que como Bom Samaritano se inclinou sobre a pobre humanidade prostrada no caminho, sobre a pecadora da casa de Simão, o fariseu, sobre Mateus, Zaqueu e o paralítico de Cafarnaum e o outro da beira de Betesda, a piscina da "casa da misericórdia", sobre a adúltera envergonhada e tantos pecadores, sobre as criancinhas rejeitadas, sobre os pobres e sobre os doentes, porque "são os doentes que precisam de Médico e não os sãos" (Mt 9,12).

            «Andai, portanto, de volta para as vossas casas, a fim de aprenderdes o que é: "Quero misericórdia e não sacrifício" » (Mt 9,13), sacrifícios de bodes e carneiros (cf Os 6,6).

            Junho nos convida a vivermos a bem-aventurança: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque misericórdia encontrarão" (Mt 5,7).

            Junho nos pede para reconhecermos as misericórdias do coração do nosso Deus, nelas confiarmos e as imitarmos. "Sede misericordiosos como é misericordioso

De Arnold Bostio + 1499 “Speculum Historiale”

O autor imagina a oração mariana dos primeiros carmelitas como expressão do conteúdo mariano de pertença da Ordem a Maria Patrona = Senhora do Lugar.

 

Ó Mãe bem-aventurada

Nós te temos esperado tanto!

Tu, que instituíste a nossa Ordem

E a tens organizado e guiado com perfeição!

Ajoelhados a teus pés,

Ó toda santa, Mãe primeira da Família Carmelitana,

Todos nós que estamos nesta montanha,

Saciamos a sede de nosso coração

Nas tuas fontes.

Nós, com sinceridade, nos reconhecemos

Guiados por tua mão

Ajudados por teu socorro,

Iluminados por tua luz!

Transforma-nos em ti

E a nossa vida na tua

Então, o Senhora nossa, fica entre nós.

Ó Maria, nos buscamos um refúgio em teu seio.

É preciso que a Mãe permaneça com seus filhos

A Mestra com seus discípulos,

A Priora com seus monges.

De: “Exposição Parenética sobre a Regra dos Carmelitas” de b. João Soreth

Lê-se na Regra: «Todos e cada um de vós tenha celas separadas, conforme a situação do lugar que vos propusestes habitar». A cela abriga o filho da graça, fruto do seu ventre, alimenta-o, abraça-o, condu-lo à plenitude da perfeição e toma-o digno do colóquio com Deus. A cela é terra santa e lugar santo, onde o Senhor e o seu servo se falam em segredo, como um homem ao seu amigo. Nela a alma fiel une-se frequentemente ao seu verdadeiro Deus, como a esposa ao esposo, o celeste une-se ao terreno, o divino ao humano. Pois, tal como o templo santo de Deus, assim é a cela do servo de Deus. Como no templo, também na cela são trotadas as coisas divinas; mas mais frequentemente na cela: a cela é a forja de todos os bens e a sua estável perseverança. Pois nela todo o que viver bem com a pobreza é rico, e todo o que tiver boa vontade tem consigo tudo o que é necessário para bem viver.

Porém, para que vivas com mais segurança na cela, foram-te indicados três defensores: Deus, a consciência e o pai espiritual: a Deus deves piedade, na qual deves viver inteiramente consagrado; à tua consciência deves honra, envergonhando-te de pecar perante ela; ao pai espiritual deves obediência amorosa e a ele deves recorrer em tudo. Alem disso indicar-te-ei um quarto defensor; procurar-te-ei um educador para enquanto te sentires pequeno e até que aprendas mais perfeitamente a exercitar a presença divina: procura tu mesmo, segundo o meu conselho, uma pessoa cuja vida exemplar de tal modo se haja apossado do teu coração que sempre que e recordes te sintas impelido à reverenda do que recordas, te ordenes a ti mesmo e organizes os teus pensamentos como se ela estivesse presente. Com caridade corrija em ti tudo o que deve ser corrigido: pensarás que ela está a ver todos os teus pensamentos, procurarás emendar-te como se ela te estivesse a ver e a corrigir.

Cada um, portanto, lenha uma cela separada para poder realizar estes exercícios na solidão; como diz a Regra «todos e cada um tenham celas separadas». Terás uma cela exterior e outra interior: a exterior é a habitação onde mora a tua alma com o teu corpo; a interior é a tua consciência na qual deve habitar, com o teu espírito, o Deus de todas as luas interioridades. A porta da clausura exterior é sinal da clausura interior, para que, assim como os sentidos do corpo são impedidos pela clausura exterior de vaguear lá por fora, assim os sentidos interiores sejam interiormente obrigados a ocupar-se sempre com Deus. Ama, portanto, a tua cela interior, e ama também a exterior e cuida de cada uma delas; guarde-te a exterior, mas não te esconda para que tu possas pecar mais ocultamente, mas guarde-te para que vivas com maior segurança. Pois não sabes o que deves à cela se não pensas corno nela não só te podes curar dos teus vício, como evitar rixas com os outros; ignoras igualmente quanto respeito deves à lua consciência sempre que nela não experimentas a graça e a doçura da interna suavidade. Dá pois a cada uma destas celas a sua própria honra e exige para ti a tua supremacia: nela aprenderás a vencer-te a ti mesmo, a ordenar a tua vida, a harmonizar os costumes, e defender-te a ti mesmo como também a reprovar-te. Ninguém te amará mais, ninguém te julgará mais fielmente. A este propósito diz alguém: «Seja-te querida a cela, o teu pé seja tardo para o exterior; calando em todo o tempo, chora, lê ou reza, levanta-te cedo, examina-te em todo o momento». Com este fim, pois, diz a Regra: «todos e cada um tenham celas separadas, conforme forem atribuídas a cada um por disposição do próprio Prior e com o assentimento dos outros irmãos ou da parte mais sã».

Convém também que reflitas sobre o que hás de fazer para perseverar vivendo com perfeição a vida eremítica.

Segue minha promessa dizendo: “mandei aos corvos que te levem de comer”. Julguei ser muito necessário anunciar-te isto para teu consolo. Pois, ainda que estejas nadando em delícias inefáveis, enquanto bebes da torrente do meu gozo, tua alegria, entretanto, não pode ser completa por duas causas.

A primeira porque do íntimo de tua alma sentirás um veementíssimo desejo de ver claramente o meu rosto e ainda não podes vê-lo porque “nenhum homem me verá sem morrer” (Ex 33, 20), “pois eu habito em uma luz inacessível, a qual nenhum homem viu, nem pode ver nesta vida” (I Tim 6, 15).

A segunda causa é porque enquanto estás te esforçando para saborear aquelas delícias inefáveis da torrente do meu insuperável gozo, de repente te verás privado delas pela fraqueza de teu pobre corpo e te encontrarás de novo contigo mesmo, “pois o corpo corruptível prende a alma, e este vaso de barro deprime a mente que está ocupada com muitas coisas” (Sab 9, 15).

Por estas duas razões: não poder ver claramente o meu rosto e não poder permanecer muito tempo naquela gloriosa contemplação de doçura pela fraqueza de teu corpo corruptível, se quiseres perseverar na perfeição, deves suplicar a Deus com gemidos, dizendo-lhe: “meu Deus, meu Deus!  A Ti aspiro e me dirijo desde a aurora. De Ti está sedenta a minha alma! E da mesma maneira o está também o meu corpo! Nesta terra deserta, sem caminho e sem água me ponho em tua presença como em teu santuário para contemplar teu poder e tua glória” (Sl 62, 2-3).

Para que então não morras desconsolado com os incontidos soluços e tristezas do coração pela ânsia de ver-me e a fome de saborear a suavidade da doçura de minha glória, “mandei aos corvos que te levem de comer” para dar-te consolo.

Por corvos se entendem aqui, alegoricamente, os Santos Profetas que te precederam e mandei para que fossem teus modelos. Eles nunca sentiram presunção da equidade de sua vida santa, mas conhecendo-se bem pela graça da humildade e vendo sua fraqueza, confessavam ao próprio deficiências dizendo: “se dissermos que não temos pecado, nos enganamos a nós mesmos e a verdade não está em nós” (I Jó 1, 8). De cada um destes Padres se escreveu: “Quem prepara para o corvo seu alimento quando seus filhotes levantam para Deus seus gritos, indo de um lado ao outro do ninho por não ter nada que comer?” (Jó 38, 3).

O corvo tem o instinto de olhar para os seus filhotes quando nascem e os vê branquinhos e que se movem de um lado ao outro do ninho, abrindo seus bicos e pedindo alimento. Porém só os alimenta ao vê-los com plumagem negra, reconhecendo pela cor que se parecem com ele; quando vê que a plumagem se torna negra, então põe todo o seu esforço em alimentá-los. De semelhante modo nascem também os pintinhos ou discípulos do Profeta que eu enviei e logo, com seu exemplo, chegam a conseguir tanta graça que bebem da torrente de minha delícia, como bebeu o Profeta Elias.

Quando por fraqueza da própria natureza não chegam a saborear de minha suave doçura, devem dirigir-me suas súplicas movendo-se com o desejo de um lado para outro, porque ainda não lhe é possível tomar do desejado alimento da doçura espiritual, e como está escrito: “se não vos tornardes semelhantes às crianças na simplicidade e inocência, não entrareis no reino dos céus” (Mt 18, 3); devem reconhecer humildemente que ainda são filhotes ou crianças na virtude e não deixar de crescer no bem para não cair no mal, pois está escrito: “todos nós tropeçamos em muitas coisas” (Tiago 13, 2).

Porque muitas vezes deixam de meditar em seus pecados e na própria miséria e por isto não podem vestir-se da cor negra da humildade que precisam ter para preservar-se do brilho vão da soberba do mundo. Quanto mais pretendem brilhar no exterior, afanando-se nas atenções da presente vida, tanto menos aptos estarão para poder receber e apreciar em sua alma aqueles manjares espirituais.

O corvo olha os biquinhos abertos de seus filhotes que, famintos lhe pedem de comer, porém enquanto não os vê cobertos de preto não lhes dá alimento, e o Profeta, meu enviado antes de levar e manjar de minha doçura a seus discípulos para que o saboreiem, lhes ensina e exorta a que, como ele, abandonem o brilho vão da vida presente e espera para ver se pelos sofrimentos da penitência e pela meditação em seus pecados se vistam de negro e se reconheçam humildes em sua fraqueza. Se com a humilde confissão de sua vida passada se vestirem como de negras plumas de prantos e gemidos brotados do íntimo da alma, meu Profeta acudirá solicito a todos que lhe pedem com o manjar que eu mesmo tenho lhes preparado, já que os convida a saborear a doçura que mana da torrente de minhas delícias e tanto mais gostosa e proveitosamente os alimenta que mais os vê perfeitamente separados do brilho do mundo e cobertos de negro pela compunção da humilde penitência.

Para que os discípulos se deem perfeita conta de que os alimentos oferecidos pelo Profeta os recebem diretamente de mim, se lhes propõe muito prudentemente em forma de pergunta: “Quem prepara ao corvo seu alimento quando seus filhotes levantam seus pupilos para Deus, indo de um lado a outro do ninho por não ter nada para comer?  (Jó 38, 41). Procura convencer-te: só Deus dá comida e nenhum outro, como está escrito: “chamai pelo que dá alimento aos filhotes do corvo” (Sl 146, 9).

Meu filho, quando chegares à perfeição profética e viveres com perfeição o fim da vida monástica eremítica, e te for dado beber da torrente de minha delícia, não te envaideças porque gostas de tanta doçura; sentirás que, de repente, desaparece por algum tempo a causa da fraqueza e miséria do teu corpo.

Então, cuida bem para que não desças da altura desta perfeição e tornes a abraçar algumas das coisas que já havias deixado e renunciado; porque “quem põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o reino dos céus” (Lc 9, 62) e por isto, “esquecendo o que ficou para trás, e olhando só o que está para a frente” (Fil 3, 2), “esforçando-te a ti mesmo prossegue até obter o prêmio a que Deus te chama lá do alto!” Não se promete o prêmio a quem começar a viver isto, mas a quem perseverar até o fim, este se salvará (Mt 10, 22). Prova isto, indo e vindo com a consideração, como os filhotes do corvo no ninho, deves dizer-me em súplica ininterrupta: “Como o cervo sedento anseia pelas fontes de águas, assim, ó meu Deus, chama por Ti a minha alma” (Sl 61, 2).

E se não voltares a experimentar logo aquela suavidade da minha doçura, já antes experimentada, será para que te dês conta, primeiramente, de que se chegaste a provar de tão inefável doçura, não foi por teus próprios méritos, mas por minha benignidade, e em segundo lugar para que a desejes com maior veemência e aumentando o desejo te prepares melhor para poder consegui-la.

E para que neste tempo não desfaleças de todo na perfeição, “mandei aos corvos que te levem o alimento” e assim dispus que os santos Profetas, teus antecessores, te alimentassem com a doutrina dos exemplos da humilde penitência; com a penitência, viam eles, humilhados o negror de seus pecados e não caiam no fascinante brilho da vida carnal. Para que durante este tempo saibas o que deves fazer, alimenta-te com muita solicitude com sua doutrina como está escrito: “o Sábio buscará a sabedoria de todos os antigos e estudará nos Profetas” (Eclo 39, 1).

Se à sua imitação te esforças por apagar de ti o vão brilho da vida presente e procuras vestir-te de luto, como os filhotes do corvo, com a meditação da própria fraqueza e a prática da verdadeira humildade e elevas ao Senhor tuas fervorosas e humildes preces e a correspondente confissão de teus pecados e os abundantes gemidos de dor, como se fossem as plumas negras do corvo; e também se, à semelhança de seus filhotes, te separas do tumulto das cidades, estabelecendo tua vivenda na solidão, te escondes longe da glória da vida mundana e das posses e demais bens e riquezas do mundo, o Senhor te dará de novo de beber e saborearás a doçura do manjar que nasce da torrente de sua delícia. Por isto se tem escrito: “olhai as aves do céu: não semeiam, nem ceifam, nem recolhem em seus celeiros, e Deus as alimenta” (Mt 6, 26). Já te ensinei como deves viver para perseverar humilde na perfeição da vida profética eremítica.

*Livro da Instituição dos Primeiros Monges: Fundados no Antigo Testamento e que perseveram no Novo. Por Juan Nepote Silvano, Bispo XLIV de Jerusalém

CARMO DE CACHOEIRA-BA: Ontem sexta-feira e hoje, sábado, Nós; Frei Petrônio e Frei Raimundo, estivemos na cidade de Cachoeira com o objetivo de orientar, animar e acompanhar a eleição da nova mesa administrativa. Após um encontro na sexta tivemos a eleição hoje, dia 10. Assim foi composta a nova mesa. Prior, Sr. Antônio. 1º Conselheiro, Sr. Isaac Tito 2º Conselheiro, o jovem Anderson Luis, 3º Conselheiro. Sra. Mabel. Parabéns e que a Virgem do Carmo cubra com o seu manto.

A vocação para a vida carmelita, iniciativa gratuita e livre de Deus, origina e exige uma resposta pessoal: a opção fundamental de uma vida concreta e radicalmente dedicada ao seguimento de Cristo.

Somos chamados a partilhá-la numa fraternidade que é «sinal eloquente da comunhão eclesial».

Somos chamados a realizar, em comunhão com o Senhor e sua Igreja, a missão de evangelização e salvação, para que todos recebam o anúncio do Evangelho e possam formar a família de Deus.

* Ratio Institutionis- Vitae Carmelitanae

A pessoa chamada ao Carmelo reconhece que o carisma e a espiritualidade da Ordem encontram eco no centro do seu coração tocado pelo Deus vivo.

O processo de formação mostra gradualmente a sua identidade carmelita em relação contínua com o carisma comum da Ordem para a sua maturação e para o desenvolvimento da própria Ordem.

Partícipes de uma longa história

Entrar na experiência carmelita significa inserir-se numa história já existente. Significa entrar numa longa experiência humana, espiritual, eclesial e apostólica provada pelo tempo. Se bem que há que reler, reinterpretar e aprofundar o nosso modo de entender tal experiência, sem por isso se ter de partir do zero. Este trabalho de revisão contínua deixará à pessoa um amplo espaço para contribuir com os seus dons para enriquecer, desenvolver e rejuvenescer a vida da Ordem.

Uma vocação comum

Todos os carmelitas participam da mesma e única vocação do Carmelo, ainda que de maneira diferente e complementar, segundo o chamamento e os dons de cada um. Todos fizeram a mesma profissão religiosa, ordenados ou não. Por isso, a formação de base para a vida carmelita é comum a todos. Depois é integrado com a preparação apropriada e específica para os diversos ministérios.

* Ratio Institutionis- Vitae Carmelitanae

Frei Carlos Mesters, O. Carm.

O silêncio, caminho para a prática da justiça: Saber escutar o grito dos silenciados

O Texto da Regra

O apóstolo recomenda o silêncio, quando manda que é nele que se deve trabalhar. E como afirma o profeta: a justiça é cultivada pelo silêncio. E ainda: no silêncio e na esperança estará a força de vocês.

            Por isso, determinamos que, depois da recitação das completas, guardem o silêncio até depois da Hora Primeira do dia seguinte. Fora desse tempo, embora a observância do silêncio não seja tão rigorosa, com tanto mais cuidado abstenham-se do muito falar, porque, conforme está escrito e não menos ensina a experiência: No muito falar não faltará o pecado; e: Quem fala sem refletir sentirá um mal-estar; e ainda: Quem fala em demasia prejudica a sua alma; e o Senhor no Evangelho: De toda palavra inútil que os homens disserem, dela terão que prestar conta no dia do juízo.

            Portanto, cada um faça uma balança para as suas palavras e rédeas curtas para a sua boca, para que, de repente, não tropece e caia por causa da sua língua, numa queda sem cura que conduz à morte. Que, como diz o profeta, cada um vigie sua conduta para não pecar com a língua, e se empenhe, com diligência e prudência, em observar o silêncio pelo qual se cultiva a justiça.

1-Um pouco de história: sobre o silêncio no Monte Carmelo e na Regra

Na solidão do Monte Carmelo, onde viviam os primeiros carmelitas, reinava um grande silêncio. Não havia barulho, a não ser os ruídos da própria natureza que convidam ao silêncio. Mesmo assim, a Regra recomenda com muita insistência o silêncio. Numa cidade barulhenta tem sentido insistir que se faça silêncio. Mas pedir que se faça silêncio naquela serra imensa do Carmelo, cheia de solidão, qual o sentido? Parece o mesmo que carregar água para o mar! Qual o silêncio que a Regra pede daqueles primeiros carmelitas do Monte Carmelo e, através deles, de todos nós da Família Carmelitana?

Comparando o texto escrito por Alberto em 1207 com o texto aprovado pelo Papa Inocêncio IV em 1247, a gente nota uma diferença. Alberto dizia que se devia observar um silêncio estrito desde a oração das Vésperas no fim da tarde até à Hora Terceira do dia seguinte. O texto definitivo, aprovado pelo Papa, encurtou o tempo do silêncio estrito. Agora é desde a oração do Completório à noite até à Hora Primeira do dia seguinte. O motivo deste abrandamento do silêncio estrito era poder servir melhor ao povo na atividade pastoral. Mas continua a pergunta: qual o silêncio que a Regra pede e recomenda?

Há muitos tipos de silêncio: o silêncio de uma sala de estudo ou de uma biblioteca; o silêncio que se pede num hospital; o silêncio da noite ou da madrugada; o silêncio da natureza, o silêncio da morte; o silêncio que precede à tempesta­de; o silêncio do medo; o silêncio do censurado e do povo silenciado e amordaçado; o silêncio do aluno que não sabe a resposta, o silêncio de .... Qual o silêncio que a Regra pede e recomenda?

2-O ponto de partida: o controle da língua que conduz ao silêncio profético

Como nos números anteriores sobre as armas espirituais e o trabalho (Rc 18 a 20), assim também aqui no número sobre o silêncio (Rc 21), a Regra sintetiza e canaliza as águas do rio da tradição monástica e eremítica e a faz passar pelo jardim do Carmelo situado nas perife­rias das cidades no meio dos pobres, para que o irrigue e produza frutos de justiça, de fraternidade e de santidade a serviço da Igreja e do povo.

Este número 21 da Regra sobre o silêncio tem quatro partes: 1) Descreve o valor do silêncio; 2) Organiza o silêncio; 3) Recomenda a prática do silêncio; 4) Aponta o objetivo do silêncio.

3-O Valor do silêncio

Na primeira parte, usando frases da Bíblia, a Regra lembra a recomendação do apóstolo Paulo a respeito do trabalho em silêncio (Rc 20). Em seguida, para des­crever o valor do silêncio, ela cita por inteiro duas frases do profeta Isaías: "A justiça é cultivada pelo silêncio", e “É no silêncio e na esperança, que se encontrará a força de vocês. Assim se sugere que o silêncio recomendado pela Regra tem a sua origem nos profetas. É um silêncio profético! Trata-se de um silêncio que é muito mais do que só ausência de barulho e de falatório. Conforme as duas fraes do profeta Isaías, o silêncio tem a ver com a prática da justiça e com a esperança e a força (resistência). Para nós, carmelitas, o silêncio profético evoca o profeta Elias.

Este silêncio profético tem dois aspectos, expressos nas duas frases de Isaías. A primeira frase diz que o cultivo do silêncio gera justiça: "A justiça é cultivada pelo silêncio". Isaías compara a prática do silêncio com o trabalho do agricultor que cultiva sua roça para ter boa colheita. A primeira frase indica o esforço ativo nosso que visa atingir um determinado resultado. A segunda frase do profeta sugere o contrário. Em vez de esforço ativo em busca de um resultado, aqui a prática do silêncio é vista como a atitude de espera resistente de algo que deve acontecer, mas que não depende do nosso esforço. Depende de Deus.

4-A Organização do silêncio ao longo do dia e da noite

Na segunda parte do número 21, a Regra descreve a organização do silêncio. Se o silêncio é um valor tão importante, ele deve ter a sua expressão na vida diária no Carmelo, adaptada ao ritmo diferente do dia e da noite. A noite, ela por si mesma, é silenciosa. Produz uma certa passividade. O silêncio da noite acalma as pessoas e as faz silenciar. Acontece, independente de nós. O dia é mais barulhento. Em vez de silêncio, produz distração. Agita as pessoas. Por isso, a Regra pede um tipo de silêncio mais estrito para a noite e um silêncio menos estrito para durante o dia. Assim, insistindo para que o silêncio seja organizado conforme o ritmo diferente do dia e da noite, a Regra, por assim dizer, cria canais concretos através dos quais o silêncio possa atingir as pessoas para gerar nelas a justiça, a esperança e a resistência (força) de que fala o profeta Isaías. Através da observância do ritmo do silêncio de dia e de noite, a pessoa vai assimilando dentro de si os valores do silêncio profético.

5-A recomendação da prática do silêncio

Na terceira parte a Regra descreve como  a pessoa deve fazer para cultivar o silêncio que gera a justiça. Este cultivo consiste sobretudo no controle da língua. Citando frases da Bíblia, Alberto aponta os perigos do muito falatório. Ele diz: No muito falar não faltará o pecado; e quem fala sem refletir sentirá um mal-estar, e ainda quem fala muito prejudica sua alma. E o Senhor no Evangelho: de toda palavra inútil que as pessoas disserem, dela terão que prestar conta no dia do juízo.

6-O objetivo do silêncio

No fim, citando novamente frases da Bíblia, a Regra conclui descrevendo o objetivo do silêncio. Ela diz:  Portanto, cada um faça uma balança para as suas palavras e rédeas curtas para a sua boca, para que, de repente, não tropece e caia por causa da sua língua, numa queda sem cura que conduz à morte. Que, com o profeta, cada um vigie sua conduta para não pecar com a língua, e se empenhe, com diligência e prudência, em observar o silêncio pelo qual se cultiva a justiça. Com outras palavras, a ausência de silêncio conduz ao pecado e à morte. A prática do silêncio conduz à justiça e à vida. Aqui, no fim do número sobre o silêncio, aparece de novo a insistência na prática do silêncio como caminho para a justiça. É o objetivo do silêncio profético!

Hoje em dia, o fluxo de palavras, de imagens e de falatório que nos envolvem é tanto, que impede as pessoas de perceberem o que está acontecendo de fato. Envolve-nos de tal maneira, que acabamos achando normal aquilo que, na realidade, é uma situação de pecado e de morte. Por exemplo, anos atrás, o povo se revoltava diante de assassinatos e diante da violência. Hoje em dia, a violência tornou-se uma coisa tão freqüente e tão presente, que já nos acostumamos. A miséria crescente do povo, a injustiça impune, o sofrimento dos que nunca cometeram algum mal, o abandono, o desemprego, a exclusão, a doença, a solidão, o desamor...! Vivemos numa situação de morte, e já não nos damos conta. Além disso, muitas vezes, o consumismo mata qualquer esforço de consciência mais crítica

7-O objetivo do silêncio profético: enfrentar a morte e conduzir à vida

O primeiro passo do silêncio profético

O primeiro passo do silêncio profético está expresso na primeira citação de Isaías que diz: A justiça é cultivada pelo silêncio. Este cultivo consiste num trabalho ativo nosso que faz silenciar tudo dentro de nós, para que a realidade possa aparecer do jeito que ela é em si mesma e não como aparece desfigurada através do muito falatório, do barulho da moda, do diz-que-diz, ou através dos meios de comunicação. Este trabalho ativo da prática do silêncio produz, aos poucos, o desmantelo das falsas idéias, da ideologia dominante ou dos pre­conceitos que tínhamos na cabeça. Faz nascer a visão justa das coisas. Gera em nós a justiça. "A justiça é cultivada pelo silêncio".

Na hora em que se desmantela dentro da nossa cabeça o arcabouço ideológico que nos dava uma visão falsa e artificial da realidade, nessa hora é como se levássemos uma pancada forte. Como que de repente, despertamos do sono e somos confrontados com a situação de morte sem saída em que estamos vivendo e que grita por mudança e conversão. Nesse momento, tudo silencia dentro da gente. O falatório acabou, emudecemos. Perdemos os argumentos que nos sustentavam. É o momento da crise. Este momento do confronto com a situação de morte que faz silenciar, é o primeiro passo do silêncio profético, de que fala a Regra. É fruto do esforço ativo nosso de fazer silenciar o muito falatório da propaganda, da ingenuidade sem consciência crítica.

O silêncio profético coloca o dedo na ferida escondida. Ele denuncia os caminhos sem saída em que estávamos caminhando e dos quais achávamos que fossem caminhos de vida, quando, na realidade, nos conduziam para a morte. O profeta aponta a morte, não porque gosta da morte, mas sim para que a vida possa manifestar-se. Agindo assim, ele dá pancada, faz silenciar. Faz silêncio para que possamos escutar e experimentar a morte e, passando pela morte, reencontrar a vida. É a cami­nhada da Noite Escura, de que fala São João da Cruz. É uma exigência da vida que sejam apontados os falsos e ilusórios caminhos da morte, para que possam provocar mudança e conversão, tanto na vida pessoal como na convivência social, e, assim, gerar justiça.

O segundo passo do silêncio profético

O segundo passo do silêncio profético está expresso na segunda citação do profeta Isaías: No silêncio e na esperança está a força de vocês. O silêncio produzido em nós pelo confronto com a situação de morte, apesar de doloroso, é fonte de esperança e produz a força da resistência. Dá força para a gente agüentar a situação de morte, porque acreditamos que da morte do trigo caído na terra vai brotar vida nova (cf. Jo 12,24). Faz cantar. Como diz o poeta: Faz escuro mas eu canto. Canta a Noite Escura do povo, porque dentro dela já se articula a madrugada da ressurreição.

Este segundo passo, fruto da ação de Deus, aparece em muitos lugares na Bíblia e de várias maneiras. Trata-se da experiência mística. Salmo 37,7 diz: Descansa em Javé e nele espera. Literalmente se diz: Esvazia-te diante de Javé e agüenta firme. Ele espera e aguenta firme, porque sabe que vai nascer vida nova, apesar das muitas dores. Diz o salmo 62: "Só em Deus a minha alma descansa, porque dele vem a minha salvaçao (Sl 62,2.6). Lamentação 3,26 diz: É bom esperar em silêncio a salvação de Javé. É a experiência da certeza que vem de Deus. A pessoa não sai de frente de Deus, porque sabe que vai ser atendido. A mesma experiência transparece em outro salmo: "Como os olhos dos escravos fixos nas mãos do seu senhor, e como os olhos da escrava fixos nas mãos de sua senhora, assim estão nossos olhos fixos em Javé nosso Deus, até que ele se compadeça de nós" (Sl 123,2).

Este mesmo silêncio foi acontecendo na vida do profeta Elias na caminhada para o Monte Horeb (1Rs 19). Disto falaremos no Capítulo 18. O mesmo silêncio aconteceu também na vida de Maria e na vida dos Santos e Santas Carmelitas. Sobre isto meditaremos no

Capítulo 19.

Resumindo. O silêncio profético recomendado pela Regra tem dois aspectos, expressos pelas duas frases de Isaías. O primeiro aspecto é fruto do esforço nosso. Exige disciplina e controle, estudo e reflexão, para que a gente possa perceber os mecanismos da opres­são e da ideologia, dos preconceitos e das propagandas. É fruto da partilha, da troca de expe­riências, do trabalho comunitário. O segundo aspecto do silêncio profético é fruto da ação do Espírito de Deus em nós. Desobstruído o acesso à fonte pelo esforço ativo nosso, a água brota de dentro de nós e inunda o nosso ser.

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           Já no Antigo Testamento a veste - e de maneira especial, o manto - era símbolo dos benefícios divinos, da proteção do Alto, do poder transmitido a um enviado de Deus.

            A veste especial de José foi símbolo da predileção (cf Gn 37,3); a capa de Jônatas presenteada a Davi foi um símbolo da amizade (cf 1Sm 18,4). Em Isaías lemos: "Alegro-me imensamente no Senhor, a minha alma exulta no meu Deus, porque me revestiu com as vestimentas da salvação e envolveu-me com o manto da justiça" (Is 61,10). Quando Elias, o Profeta, foi arrebatado da terra, o seu manto caiu sobre Eliseu, seu discípulo, transmitindo-lhe o espírito do mestre (cf 2Rs 2,14ss).

           No Novo Testamento até as fímbrias do manto de Jesus tocadas com fé comunicam o seu poder benfazejo (cf Mc 5,25ss). São Paulo, mais de uma vez, apresenta a vida em Cristo como um revestir-se de Cristo (Rm 13,14; Gl 3,27); assumir os mesmos sentimentos de Jesus, isto é, a vida da graça filial do cristão, se descreve com a imagem da vestimenta. O hábito religioso, do qual o Escapulário é uma parte e um símbolo, significa de modo particular este seguimento de Jesus.

HUMANIZAR-SE NO CARMELO: Encontro do Frei Petrônio com a Ordem Terceira do Carmo de Carmo de Angra dos Reis/RJ. Sábado, às 14. 

Frei Tito Brandsma, Camelita, Jornalista e Mártir da 2ª Guerra Mundial.

             Este ideal parece ser, na vida mística, uma contradição do fim que se propuseram os Frades Pregadores: Contemplata aliis tradere: comunicar aos outros, na vida ativa, os frutos da contemplação, o que representa, na interpretação de S. Tomás, o mais alto ideal da vida espiritual. Estas duas aspirações, porém, não são necessariamente contraditórias. Ambos os caminhos levam para Deus e os fiéis colhem de ambos as mais preciosas graças. Os diferentes ideais das Ordens Religiosas manifestam com admirável evidência a variedade superabundante da vida da Igreja.

            "Maria escolheu a melhor parte que lhe não será tirada", disse o Senhor a Marta que andava irrequieta com muitas coisas e se queixava de que a irmã a deixava sozinha no serviço. A Santa Igreja aplica estas palavras a Maria, a Mãe de Deus. A Ordem do Carmo, tão cara a mãe celeste, vindica para si a parte de Maria na vida espiritual da Igreja. Podemos em verdade dizer que as Ordens contemplativas tiveram sempre que haver-se na vida de oração com obstáculos muito sérios. O Carmelo, não obstante, defendeu constantemente a preeminência da contemplação.

          O apostolado ativo reclama necessariamente, em quase todas as circunstâncias da vida moderna, o concurso do Carmelo. Neste caso os sacerdotes carmelitas adotam gostosamente a divisa dos Frades Dominicanos. Devem, porém, radicar esta atividade bem fundo na contemplação, única fonte e garantia de fecundidade. Quando for assim preciso, o apostolado dará honra e bênção ao Carmelo. Mas jamais esquecerá que a parte melhor é a contemplação. A vida ativa ocupará sempre lugar secundário.

          Os primeiros eremitas do Carmelo amavam a solidão. Após o ruído e o tumulto dos combates retiravam-se do mundo para o silêncio da cavernas do Carmelo, consagrando as suas vidas inteiramente a Deus. Como Elias haviam reconhecido os perigos do deserto e ansiavam pelo encontro de Deus na montanha santa. Mas quase imediatamente a seguir vêmo-los espalharem-se pelo mundo, a fundar conventos e realizar trabalhos apostólicos. Nicolau- o Francês, podia afirmar com razão que o faziam raramente, mas certo é que, em caso de necessidade, faziam-no e este trabalho não era considerado contrário a Santa Regra.

*DO LIVRO: A BELEZA DO CARMELO- O SANTO PROFETA ELIAS.

Das Obras de Santa Maria Madrilena de Pazzi, Carmelita.

 

Vem, Espírito de Verdade, Luz das trevas. Riqueza dos pobres,

Consolação dos Peregrinos.

Oh! Vem, tu, refrigério, alegria e alimento de nossa alma.

Oh! Vem e toma aquilo que e meu e infunde em mim somente aquilo que e teu.

Oh! Vem, tu que és alimento de cada pensamento puro,

Plenitude de toda a bondade e cumulo de toda pureza.

Oh! Vem, e queima em mim tudo aquilo que impede que eu seja, tomada por Ti

Oh! Vem, Espírito que estas sempre com o Pai e com o Esposo, Jesus Cristo!

*A ORAÇÃO NA VIDA CARMELITANA: Reflexões e textos de autores carmelitanos sobre a Comunhão com Deus e a Oração no Carmelo. Textos preparados por Frei Emanuele Boaga, O.Carm