O Papa Francisco, após consultar os bispos do mundo, decidiu mudar as normas que regem o uso do missal de 1962, que foi liberalizado como “Rito Romano Extraordinário” há catorze anos por seu predecessor Bento XVI. O Pontífice publicou esta sexta-feira (16/07) o motu proprio “Traditionis custodes”, sobre o uso da liturgia romana anterior a 1970, acompanhando-o com uma carta na qual explica as razões de sua decisão. Eis as principais novidades.

A responsabilidade de regulamentar a celebração segundo o rito pré-conciliar volta para o bispo, moderador da vida litúrgica diocesana: “é de sua exclusiva competência autorizar o uso do Missale Romanum de 1962 na diocese, seguindo as orientações da Sé Apostólica”. O bispo deve certificar-se de que os grupos que já celebram com o antigo missal “não excluam a validade e a legitimidade da reforma litúrgica, os ditames do Concílio Vaticano II e o Magistério dos Sumo Pontífices”.

As missas com o rito antigo não serão mais realizadas nas igrejas paroquiais; o bispo determinará a igreja e os dias de celebração. As leituras devem ser “na língua vernácula”, utilizando traduções aprovadas pelas Conferências episcopais. O celebrante deve ser um sacerdote delegado pelo bispo. O bispo também é responsável por verificar se é ou não oportuno manter as celebrações de acordo com o antigo missal, verificando sua “utilidade efetiva para o crescimento espiritual”. De fato, é necessário que o sacerdote responsável tenha no coração não apenas a digna celebração da liturgia, mas também o cuidado pastoral e espiritual dos fiéis. O bispo “terá o cuidado de não autorizar a constituição de novos grupos”.

Os sacerdotes ordenados após a publicação hodierna do Motu próprio, que pretendem utilizar o missal pré-conciliar “devem enviar um pedido formal ao Bispo diocesano que consultará a Sé Apostólica antes de conceder a autorização”. Enquanto aqueles que já o fazem devem pedir a autorização ao bispo diocesano para continuar usando-o. Os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, “na época erigidos pela Pontifícia Comissão Ecclesia Dei”, estarão sob a competência da Congregação para os Religiosos. Os Dicastérios para Culto, e para os Religiosos supervisionarão a observância destas novas disposições.

Na carta que acompanha o documento, o Papa Francisco explica que as concessões estabelecidas por seus predecessores para o uso do antigo missal foram motivadas sobretudo “pelo desejo de favorecer a recomposição do cisma com o movimento liderado pelo bispo Lefebvre”. O pedido, dirigido aos bispos, de acolher generosamente as “justas aspirações” dos fiéis que solicitavam o uso daquele missal, “tinha, portanto, uma razão eclesial de recomposição da unidade da Igreja”. Essa faculdade, observa Francisco, “é interpretada por muitos dentro da Igreja como a possibilidade de usar livremente o Missal Romano promulgado por São Pio V, determinando um uso paralelo ao Missal Romano promulgado por São Paulo VI”.

O Papa lembra que a decisão de Bento XVI com o motu proprio “Summorum Pontificum” (2007) foi apoiada pela “convicção de que tal medida não colocaria em dúvida uma das decisões essenciais do Concílio Vaticano II, atingindo de tal modo sua autoridade”. Há 14 anos o Papa Ratzinger declarou infundado o temor de divisões nas comunidades paroquiais, porque, escreveu, “as duas formas de uso do Rito Romano poderiam enriquecer-se mutuamente”. Mas a sondagem recentemente promovida pela Congregação para a Doutrina da Fé entre os bispos trouxe respostas que revelam, escreve Francisco, “uma situação que me aflige e me preocupa, confirmando-me na necessidade de intervir”, vez que o desejo de unidade foi “gravemente desatendido”, e as concessões oferecidas com magnanimidade foram usadas “para aumentar as distâncias, endurecer as diferenças, construir contraposições que ferem a Igreja e dificultam seu caminho, expondo-a ao risco de divisões”.

O Papa diz ficar triste com os abusos nas celebrações litúrgicas “de um lado e do outro”, mas também diz contristar-se por um “uso instrumental do Missale Romanum de 1962, cada vez mais caracterizado por uma crescente rejeição não só da reforma litúrgica, mas do Concílio Vaticano II, com a afirmação infundada e insustentável de que ele traiu a Tradição e a ‘verdadeira Igreja'”. Duvidar do Concílio, explica Francisco, “significa duvidar das próprias intenções dos Padres, que exerceram solenemente seu poder colegial cum Petro et sub Petro no Concílio ecumênico, e, em última análise, duvidar do próprio Espírito Santo que guia a Igreja”.

Por fim, Francisco acrescenta uma razão final para sua decisão de mudar as concessões do passado: “é cada vez mais evidente nas palavras e atitudes de muitos que existe uma relação estreita entre a escolha das celebrações de acordo com os livros litúrgicos anteriores ao Concílio Vaticano II e a rejeição à Igreja e suas instituições em nome do que eles julgam ser a ‘verdadeira Igreja’. Este é um comportamento que contradiz a comunhão, alimentando aquele impulso à divisão… contra o qual o Apóstolo Paulo reagiu com firmeza. É para defender a unidade do Corpo de Cristo que sou obrigado a revogar a faculdade concedida por meus Predecessores”. (Com informações do Vatican News). Fonte: https://www.cnbb.org.br

NOSSA SENHORA DO CARMO: Santa Missa na Solenidade de Nossa Senhora do Carmo no Carmo de Angra/RJ, com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.

Aos pés da Mãe do Carmelo, agradecemos a Deus por todos que doaram mais de 9 mil cestas básicas em tempos de pandemia para os pobres. Rezemos também por todas as vítimas da covid-19. (Próxima Missa às 19h)

 

1) Oração

Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé, rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mt 11, 28-30)

Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. 29Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. 30Porque meu jugo é suave e meu peso é leve.

 

3) Reflexão

O evangelho de hoje tem apenas três versículos (Mt 11,28-30) que fazem parte de uma pequena unidade literária, uma das mais bonitas, na qual Jesus agradece ao Pai por ele revelar a sabedoria do Reino aos pequenos e por escondê-la aos doutores e entendidos (Mt 11,25-30). No breve comentário que segue incluiremos toda a pequena unidade literária.

Mateus 11,25-26: Só os pequenos entendem e aceitam a Boa Nova do Reino

Jesus faz uma prece: "Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequenos”. Os sábios, os doutores daquela época, tinham criado um sistema de leis que eles impunham ao povo em nome de Deus (Mt 23,3-4). Eles achavam que Deus exigia do povo estas observâncias. Mas a lei do amor, trazida por Jesus, dizia o contrário. O que importa para salvar-nos, não é o que nós fazemos para Deus, mas sim o que Deus, no seu grande amor, faz por nós! Deus quer misericórdia e não sacrifício (Mt 9,13). O povo pequeno e pobre entendia esta fala de Jesus e ficava alegre. Os sábios diziam que Jesus estava errado. Eles não podiam entender tal ensinamento. Sim, Pai, assim foi do teu agrado!  É do agrado do Pai que os pequenos entendam a mensagem do Reino e que os sábios e entendidos não o entendam! Se eles quiserem entendê-lo deverão fazer-se alunos dos pequenos! Este modo de pensar e ensinar subverte a convivência e incomoda.

Mateus 11,27: A origem da nova Lei: o Filho conhece o Pai.

Aquilo que o Pai nos tem a dizer, Ele o entregou a Jesus, e Jesus o revela aos pequenos, porque estes se abrem para a sua mensagem. Jesus, o Filho, conhece o Pai. Ele sabe o que o Pai nos queria comunicar quando, séculos atrás, entregou sua Lei a Moisés. Hoje também, Jesus está ensinando muita coisa aos pobres e pequenos e, através deles, à toda a sua Igreja.

Mateus 11,28-30: O convite de Jesus que vale até hoje

Jesus convida a todos  que estão cansados para vir até ele, e lhes promete descanso. Nós, das comunidades de hoje, deveríamos ser a continuação deste mesmo convite que Jesus dirigia ao povo cansado e oprimido debaixo do peso das observâncias exigidas pelas leis de pureza. Ele dizia: “Aprendam de mim que sou manso e humilde de coração”. Muitas vezes, esta frase foi manipulada para pedir ao povo submissão, mansidão e passividade. O que Jesus quer dizer é o contrário. Ele pede que o povo deixe de lado “os sábios e entendidos”, os professores de religião da época, e comece a aprender dele, de Jesus, um camponês do interior da Galileia, sem instrução superior, que se diz "manso e humilde de coração". Jesus não faz como os escribas que se exaltam de sua ciência, mas é como o povo que vive humilhado e explorado. Jesus, o novo mestre, sabia por experiência o que se passava no coração do povo e o que o povo sofria. Ele o viveu e conheceu de perto durante os trinta anos em Nazaré.

O jeito de Jesus praticar o que ensinou no Sermão da Missão

Uma paixão se revela no jeito de Jesus anunciar a Boa Nova do Reino. Paixão pelo Pai e pelo povo pobre e abandonado da sua terra. Onde encontrava gente para escutá-lo, Jesus transmitia a Boa Nova. Em qualquer lugar. Nas sinagogas durante a celebração da Palavra (Mt 4,23). Nas casas de amigos (Mt 13,36). Andando pelo caminho com os discípulos (Mt 12,1-8). Ao longo do mar, à beira da praia, sentado num barco (Mt 13,1-3). Na montanha, de onde proclamou as bem-aventuranças (Mt 5,1). Nas praças das aldeias e cidades, onde o povo carregava seus doentes (Mt 14,34-36). Mesmo no Templo  de Jerusalém, durante as romarias (Mt 26,55)! Em Jesus, tudo é revelação daquilo que o animava por dentro! Ele não só anunciava a Boa Nova do Reino. Ele mesmo era e continua sendo uma amostra viva do Reino. Nele aparece aquilo que acontece quando um ser humano deixa Deus reinar e tomar conta de sua vida. O evangelho de hoje revela a ternura com que Jesus acolhia os pequenos. Ele queria que eles encontrassem descanso e paz. Por causa desta sua opção pelos pequenos e excluídos, Jesus foi criticado e perseguido. Sofreu muito! O mesmo acontece hoje. Quando uma comunidade se abre e procura ser um lugar de acolhida e consolo, de descanso e paz também para os pequenos e excluídos de hoje que os estrangeiros e imigrantes, muitas pessoas reclamam e criticam.

 

4) Para um confronto pessoal

1) Você já experimentou alguma vez o descanse que Jesus prometeu?

2) Como as palavras de Jesus podem ajudar a nossa comunidade a ser um lugar de descanso para as nossas vidas?

 

5) Oração final

Em ti está a fonte da vida e à tua luz vemos a luz. Concede sempre a tua graça a quem te conhece, e a tua justiça aos retos de coração. (Sl 35)

 

Francisco ficou dez dias internados para se submter a uma cirurgia no cólon. Diante do ícone mariano, rezou por todos os doentes, em especial por aqueles que encontrou durante sua internação.

 

Vatican News

O Papa Francisco recebeu alta do Hospital Agostino Gemelli, assim confirmou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, respondendo a perguntas dos jornalistas.

O Pontífice deixou a Policlínica pouco depois das 10h30 locais e antes de regressar para a Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa foi até à Basílica de Santa Maria Maior. Ali, de acordo com o comunicado da Sala de Imprensa, diante da Virgem "Salus Populi Romani" Francisco agradeceu pelo bom êxito da sua cirurgia e dirigiu a Nossa Senhora uma oração por todos os doentes, especialmente por aqueles que o Papa encontrou durante os dias de sua internação. Pouco antes das 12h, voltou para a Casa Santa Marta.

Fonte: https://www.vaticannews.va

Evangelho (Mt 11,20-24)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 20Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não se tinham convertido.

21“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres que se realizaram no meio de vós, tivessem sido feitos em Tiro e Sidônia, há muito tempo elas teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza.

22Pois bem! Eu vos digo: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia serão tratadas com menos dureza do que vós. 23E tu, Cafarnaum! Acaso serás erguida até o céu? Não! Serás jogada no inferno! Porque, se os milagres que foram realizados no meio de ti tivessem sido feitos em Sodoma, ela existiria até hoje! 24Eu, porém, vos digo: no dia do juízo, Sodoma será tratada com menos dureza do que vós!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

1) Oração

Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé, rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mt 11, 25-27)

Naquele tempo, Jesus disse: 25"Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos.  26 Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.  27 Meu Pai entregou tudo a mim. Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar.

 

3) Reflexão

Hoje o evangelho mostra a ternura com que Jesus acolhia os pequenos. Ele queria que os pobres encontrassem descanso e paz. Por causa disso, Jesus foi muito criticado e perseguido. Sofreu muito! O mesmo acontece hoje. Os pobres não recebem da parte dos cristãos a mesma ternura que, naquele tempo, recebiam de Jesus. Por exemplo, todo o continente africano, o mais pobre de todos, é abandonado pelos países ricos da Europa e da América do Norte que se dizem cristãos.

O contexto em que aparece este texto no capítulo 11 do evangelho de Mateus é esclarecedor. Nele transparece a contradição que a ação de Jesus ia provocando. João Batista, que olhava Jesus com os olhos do passado, não conseguiu entendê-lo (Mt 11,1-15). O povo, que olhava para Jesus com finalidade interesseira, não foi capaz de entendê-lo (Mt 11,16-19). As grandes cidades ao redor do lago, que ouviram a pregação de Jesus e viram seus milagres, não quiseram abrir-se para a sua mensagem (Mt 11,20-24). Os sábios e doutores, que julgavam tudo a partir da sua própria ciência, não foram capazes de entender a pregação de Jesus (Mt 11,25). Nem os parentes o entendem (Mt 12,46-50). Só os pequenos o entendem e aceitam a Boa Nova do Reino (Mt 11,25-30).

Mateus 11,25-26: Só os pequenos o entendem e aceitam a Boa Nova do Reino

Jesus faz uma prece: "Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado!” Os sábios, os doutores daquela época, tinham criado uma série de leis que eles impunham ao povo em nome de Deus. Eles achavam que Deus exigia do povo estas observâncias. Eles mesmos não as observavam (Mt 23,4). A lei do amor, trazida por Jesus, dizia o contrário. O que importa, não é o que nós fazemos para Deus, mas sim o que Deus, no seu grande amor, faz por nós! Eles observam a lei não para merecer a salvação, mas para agradecer o amor que recebem de Deus. O povo entendia a fala de Jesus e ficava alegre. Os sábios achavam que Jesus estava errado. Eles não podiam entender tal ensinamento.

Mateus 11,27: A origem da nova Lei: O Filho conhece o Pai.

Jesus, o Filho, conhece o Pai. Ele sabe o que o Pai queria quando, séculos atrás, entregou a Lei a Moisés. Aquilo que o Pai nos tem a dizer, Ele o entregou a Jesus, e Jesus o revela aos pequenos, porque estes se abrem para a sua mensagem. Hoje também, Jesus está ensinando muita coisa aos pobres e pequenos. Os sábios e inteligentes fazem bem em fazer-se alunos dos pequenos! Não é Deus que despreza ou exclui os sábios, mas são eles mesmos que se fecham diante da mensagem de Jesus.

 

4) Para um confronto pessoal

1-Para você, a comunidade é fonte de paz ou de tensão? O que causa a tensão e o que traz a paz? Qual o fardo que hoje cansa o povo e qual o fardo que hoje alivia o povo?

2-Na primeira parte (vv.25-27), Jesus fala ao Pai. Quais os motivos que levam Jesus a dar louvor ao Pai? Como e quando você louva o Pai?

 

5) Oração final

Bendigo o Senhor que me aconselhou; mesmo de noite meu coração me instrui. Sempre coloco à minha frente o Senhor, ele está à minha direita, não vacilo. (Sl 15, 7-8)

 

1) Oração

Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé, rejeitar o que não convém ao cristão, e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mt 11, 20-24)

20Depois Jesus começou a censurar as cidades, onde tinha feito grande número de seus milagres, por terem recusado arrepender-se: 21Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza. 22Por isso vos digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós! 23E tu, Cafarnaum, serás elevada até o céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque, se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia. 24Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti!

 

3) Reflexão  Mateus 11,20-24  (Lc 10,13-15)

O Sermão da Missão ocupou o capítulo 10. Os capítulos 11 e 12 vão descrever como Jesus realizava a Missão. Ao longo destes dois capítulos, aparecem as adesões, as dúvidas e as recusas que a ação evangelizadora de Jesus ia provocando. João Batista, que olhava Jesus com os olhos do passado, não conseguia entendê-lo (Mt 11,1-15). O povo, que olhava para Jesus com finalidade interesseira, não foi capaz de entendê-lo (Mt 11,16-19). As grandes cidades ao redor do lago, que ouviram a pregação de Jesus e viram seus milagres, não quiseram abrir-se para a sua mensagem (é o texto do evangelho de hoje) (Mt 11,20-24). Os sábios e doutores, que apreciavam tudo a partir da sua própria ciência, não foram capazes de entender a pregação de Jesus (Mt 11,25). Os fariseus que confiavam só na observância da lei, criticavam Jesus (Mt 12,1-8) e decidiram matá-lo (Mt 12,9-14). Diziam que Jesus agia em nome de Beelzebu (Mt 12,22-37). Queriam dele uma prova para poder crer nele (Mt 12,38-45). Nem os parentes apoiavam Jesus (Mt 12,46-50). Só os pequenos e o povo doente o entendiam e aceitavam a Boa Nova do Reino (Mt 11,25-30). Iam atrás dele (Mt 12,15-16) e viam nele o Servo anunciado por Isaías (Mt 12,17-21).

Esta maneira de descrever a ação missionária de Jesus era uma advertência clara para os discípulos e discípulas que andavam com Jesus pela Galiléia. Não podiam esperar muita recompensa nem elogio pelo fato de serem missionários de Jesus. A advertência vale também para nós que hoje lemos e meditamos este mesmo Sermão da Missão, pois os evangelhos são escritos envolventes. Eles nos convidam a confrontar nossa atitude frente a Jesus com a atitude das personagens que aparecem no evangelho e a nos perguntar se somos como João Batista (Mt 11,1-15), como o povo interesseiro (Mt 11,16-19), como as cidades incrédulas (Mt 11,20-24), como os doutores que pensavam saber tudo e não entendiam nada (Mt 11,25), como os fariseus que só sabiam criticar (Mt 12,1-45) ou como o povo pequeno que andava à procura de Jesus (Mt 12,15) e que, com a sua sabedoria, soube entender e aceitar a mensagem do Reino(Mt 11,25-30).

Mateus 11,20: A palavra contra as cidades que não o receberam

O espaço por onde Jesus andou durante aqueles três anos da sua vida missionária era pequeno. Abrangia uns poucos quilômetros quadrados ao longo do Mar da Galiléia em torno das cidades Cafarnaum, Betsaida e Corazain. Só! Ora, foi neste espaço tão pequeno que Jesus realizou a maior parte dos seus discursos e milagres. Ele veio salvar a humanidade inteira, e quase não saiu do limitado espaço da sua terra. Tragicamente, Jesus teve que constatar que o povo daquelas cidades não quis aceitar a mensagem do Reino e não se converteu. As cidades se fixaram na rigidez das suas crenças, tradições e costumes e não aceitaram o convite de Jesus mudar de vida.

Mateus 11,21-24: Corazain, Betsaida e Cafarnaum são piores que Tiro, Sidônia e Sodoma

No passado, Tiro e Sidônia, inimigos ferrenhos de Israel, maltrataram o povo de Deus. Por isso, foram amaldiçoadas pelos profetas (Is 23,1; Jr 25,22; 47,4; Ez 26,3; 27,2; 28,2; Jl 4,4; Am 1,10). E agora, Jesus diz que estas cidades, símbolos de toda a malvadeza, já teriam feito conversão se nelas tivessem acontecido tantos milagres como em Corazain e Betsaida. A cidade de Sodoma, símbolo da pior perversão, foi destruída pela ira de Deus (Gn 18,16 a 19,29). E agora, Jesus diz que Sodoma existiria até hoje, pois teria feito a conversão se tivesse visto os milagres que Jesus fez em Cafarnaum. Hoje continua o mesmo paradoxo. Muitos de nós, que somos católicos desde criança, temos tantas convicções consolidadas, que ninguém é capaz de nos converter. E em alguns lugares, o cristianismo, em vez de ser fonte de mudança e de conversão, tornou-se o reduto das forças mais reacionárias da política do país.

 

4) Para um confronto pessoal

1) Como me coloco diante da Boa Nova de Jesus: como João Batista, como o povo interesseiro, como os doutores, como os fariseus ou como o povo pequeno e pobre?

2) Minha cidade e meu país merecem a advertência de Jesus contra Cafarnaum, Corazaim e Betsaida?

 

5) Oração final

 

Grande é o Senhor e digno de todo louvor, na cidade de nosso Deus. O seu monte santo, colina magnífica, é uma alegria para toda a terra. (Sl 47, 2-3) 

 

São Luís Martin e Santa Zélia Guerín, pais de Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, foram o primeiro casal a serem canonizados juntos em uma mesma cerimônia na história da igreja. A memória litúrgica é celebrada anualmente no dia 12 de julho.

“Os santos esposos (…) viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus”, disse o Papa Francisco em 18 de outubro de 2015, durante a Missa canonização.

A família, depois de dezenove anos de matrimônio, ante à crise econômica que afligia a França, querendo garantir o bem-estar e o futuro a seus filhos, encontrou a força para deixar a cidade francesa de Alençon e se mudar para Lisieux.

Luís Martin trabalhou como relojoeiro e joalheiro, e Zélia Guérin como pequena empresária de uma oficina de bordado. Junto com suas cinco filhas, deram seu tempo e seu dinheiro a fim de ajudar os mais necessitados.

Luís Martin nasceu em Bordeaux (França) em 1823 e faleceu em Arnières-sur-Iton (França) em 1894. Enquanto Maria Zélia Guérin nasceu em San Saint-Denis-Sarthon (França) em 1831 e faleceu em Alençon (França), em 1877.

 

Desejo de dedicar sua vida a Deus

Ambos foram pessoas devotas desde muito jovens. Durante sua juventude e antes de se conhecerem, Maria Zélia queria levar uma vida religiosa no mosteiro das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, enquanto Luís Martin sentia o mesmo desejo de dedicar sua vida a Deus e foi para o mosteiro do Grande São Bernardo. Nenhum dos dois foi aceito, uma vez que Deus tinha outro plano para eles.

Os jovens se conheceram e o entendimento foi tão rápido que se casaram em 13 de julho de 1858, apenas três meses após seu primeiro encontro. Levaram uma vida matrimonial exemplar: missa diária, oração pessoal e comunitária, confissão frequente, participação na vida paroquial. De sua união, nasceram nove filhos, quatro dos quais morreram prematuramente.

Entre as cinco filhas que sobreviveram, estava Santa Teresinha, a futura santa padroeira das missões, que é uma fonte preciosa para a compreensão da santidade de seus pais: educavam suas filhas para serem boas cristãs e cidadãs honestas.

Quando sua esposa Zélia morreu em 1877, Luís se viu sozinho para seguir adiante com sua família e suas filhas pequenas. Mudou-se para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia; deste modo, a tia Celina pode cuidar das filhas.

Entre 1882 e 1887, Luís acompanhou três de suas filhas para o Carmelo. O maior sacrifício foi se separar de Teresa, que entrou no Carmelo aos 15 anos e iniciaria seu caminho para a santidade.

Fonte: comshalom.org- https://www.cnbb.org.br

 

Episódio aconteceu uma semana após padre Lino Allegri ter sido hostilizado por se posicionar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

Um homem foi expulso por fiéis de uma missa, realizada neste domingo, 11, na Paróquia da Paz, em Fortaleza, após gritar contra padres que presidiam a celebração. O episódio aconteceu uma semana após um dos sacerdotes do local, o padre Lino Allegri, 82, ter sido hostilizado por criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em vídeos que circulam no WhatsApp, o homem aparece falando algo de forma exaltada, apontando para o altar onde padres estavam posicionados. Nas imagens é possível ver que os fiéis se unem em uma espécie de barreira e pedem para que o mesmo homem se retire do local, ao que ele obedece sob protestos.

O homem seria um oficial militar reformado, mas O POVO não conseguiu confirmar sua identidade.

Procurada pelo O POVO, a assessoria da Arquidiocese de Fortaleza disse ainda não ter informações quanto à identidade do homem ou mais detalhes sobre o caso. No entanto, o órgão afirmou que recebeu relatos confirmando o ocorrido, de fiéis que contaram que o individuo teria "avançado" para gritar contra padres.

Ainda segundo a Arquidiocese, um dos sacerdotes que comandavam a celebração, o padre Ermano Allegri, é irmão do padre Lino. Na ocasião das críticas a Bolsonaro, pelo menos oito pessoas entraram na sacristia e hostilizaram o padre Lino pela fala. Na homilia, ele citou a marca de 500 mil mortes alcançadas no Brasil pela pandemia da covid-19.

Ainda não há informações oficiais de que o episódio de hoje tenha ligação com o da última semana. 

O POVO tentou entrar em contato com o padre à frente da missa deste domingo, mas o sacerdote não atendeu as ligações até a conclusão dessa reportagem. Fonte: https://www.opovo.com.br

 

NOTA DA CNBB: “A TRÁGICA PERDA DE MAIS DE MEIO MILHÃO DE VIDAS ESTÁ AGRAVADA PELAS DENÚNCIAS DE PREVARICAÇÃO E CORRUPÇÃO NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19”

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota nesta sexta-feira, 9 de julho, sobre o momento atual da conjuntura brasileira. No documento, a instituição reafirma, por meio de sua presidência, a necessidade de “defender as vidas ameaçadas, os direitos respeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade”.

Na avaliação da CNBB, a sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história. “A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da COVID-19”, diz um trecho da nota.

A CNBB, na nota, “apoia e conclama as instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos”.

 

Nota da CNBB diante do atual momento brasileiro

Brasília-DF, 9 de julho de 2021

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB levanta sua voz neste momento, mais uma vez, para defender vidas ameaçadas, direitos desrespeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade. A sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história. A gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta correção de rumos.

A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da COVID-19. “Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador, no qual a corrupção ganha destaque.” (CNBB, Mensagem da 56ª. Assembleia Geral ao Povo Brasileiro, 19 de abril de 2018).

Apoiamos e conclamamos às instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos.

 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

 

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

 

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

 

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

Fonte: https://www.cnbb.org.br

 

Equipe médica, que havia planejado uma intervenção com robôs, teve que optar por cortar a barriga do Pontífice, já que extensão do dano era maior do que a prevista

 

Adriana Dias Lopes

SÃO PAULO — A operação no intestino grosso à qual o Papa Francisco, de 84 anos, foi submetido no último domingo sofreu uma drástica mudança no centro cirúrgico, durante a realização. Os médicos da Policlínica Gemelli, em Roma, haviam programado uma cirurgia robótica, técnica sofisticada e pouco invasiva, feita com a ajuda de robôs. Poucos minutos depois do início, no entanto, a equipe identificou que o problema — um estreitamento no intestino provocado por diverticulite — era mais grave do que o previsto e tiveram de optar na hora pela operação chamada "a céu aberto", quando a barriga é cortada. 

A diverticulite é uma inflamação na parede do intestino grosso que causa espessamento da parede do órgão, que fica mais estreito  —  o que é chamado de estenose em linguagem médica. É um problema comum em idosos e que provoca dores ao evacuar. O problema é corrigido com a remoção da parte afetada e a junção das pontas do intestino que ficaram soltas. O Papa teve metade do cólon removido no procedimento, que foi anunciado no próprio domingo e, segundo o Vaticano, já estava agendado com antecedência.

— Essa conversão [ do tipo de cirurgia] pode ocorrer, mas é incomum — diz Gustavo Guimarães, coordenador do Programa de Cirurgia Robótica da Beneficência Portuguesa, em São Paulo.

Na noite desta quarta-feira, o papa teve febre, mas exames de sangue descartaram infecção, de acordo com o Vaticano. Exames pulmonares e abdominais, além de teste microbiológicos, tiveram resultados negativos. A alta está programada para ocorrer no próximo domingo. 

"Sua Santidade Papa Francisco teve um dia quieto, comendo e se locomovendo sozinho", afirmou em um comunicado o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni. "À noite, manifestou um episódio febril.  Nesta manhã, foi submetido a exames de rotina, microbiológicos e a uma tomografia computadorizada de tórax e abdome, com resultado negativo."

Com cerca de três horas de duração, o procedimento foi realizado por uma equipe de 10 pessoas. A Policlínica Gemelli tradicionalmente recebe os chefes da Igreja Católica quando precisam de tratamento, e uma parte do seu 10º andar é reservada a eles.

Esta foi a primeira vez, porém, em que o sacerdote argentino Jorge Mario Bergoglio foi internado desde que assumiu como Papa Francisco, em 2013. O médico Sergio Alfieri foi o responsável pela condução da operação.

Toda a informação sobre o quadro de saúde do Papa está sendo divulgada pelo Vaticano, diferentemente do que ocorria com João Paulo II, seu antecessor, quando os médicos divulgavam boletins detalhados. De acordo com a agência Reuters, acredita-se que a orientação partiu diretamente de Francisco, que gosta de preservar sua privacidade.

Na juventude, o Papa Francisco retirou parte de um dos pulmões, mas raramente precisou cancelar compromissos ao longo dos oito anos de pontificado por causa de problemas de saúde. No final do ano passado, ele não participou das missas de 31 de dezembro à noite e de 1º de janeiro pela manhã devido a uma dor no nervo ciático.

Em março de 2020, antes da Semana Santa, ele cancelou sua participação em uma jornada de orações em um convento na periferia de Roma após contrair um resfriado forte.

Mesmo internado, ele continua a acompanhar o noticiário: em um comunicado, manifestou sua "tristeza" e condenou "toda forma de violência", após o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, morto a tiros na madrugada da quarta-feira na residência oficial em Porto Príncipe. A mensagem do Papa foi divulgada via telegrama por seu secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin.

O pontífice condenou "todas as formas de violência como meio para resolver crises e conflitos" e desejou "um futuro fraternal, de harmonia, solidariedade e prosperidade" para o povo haitiano. Na mensagem, ele também enviou "suas condolências ao povo haitiano" e à primeira-dama, Martine Moise, gravemente ferida e levada de avião para receber tratamento em Miami. Fonte: https://oglobo.globo.com

CARMO DE ANGRA: Dia da Caridade, Adoração e Confissão. Das 9h às 16h 30min. 19h, Santa Missa e Novena de Nossa Senhora do Carmo- Com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm- Acompanhe aqui no face.

1) Oração

Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mt 10, 7-15)

7Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça dai! 9Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos, 10nem mochila para a viagem, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão; pois o operário merece o seu sustento. 11Nas cidades ou aldeias onde entrardes, informai-vos se há alguém ali digno de vos receber; ficai ali até a vossa partida. 12Entrando numa casa, saudai-a: Paz a esta casa. 13Se aquela casa for digna, descerá sobre ela vossa paz; se, porém, não o for, vosso voto de paz retornará a vós. 14Se não vos receberem e não ouvirem vossas palavras, quando sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi até mesmo o pó de vossos pés. 15Em verdade vos digo: no dia do juízo haverá mais indulgência com Sodoma e Gomorra que com aquela cidade.

 

3) Reflexão  Mateus 10,7-15

O evangelho de hoje traz a segunda parte do envio dos discípulos. Ontem vimos a insistência de Jesus em dirigir-se primeiro para as ovelhas perdidas de Israel. Hoje, veremos as instruções concretas de como realizar a missão. 

Mateus 10,7: O objetivo da missão: revelar a presença do Reino.

“Vão e anunciem: O Reino do Céu está próximo”. O objetivo principal é anunciar a proximidade do Reino. Aqui está a novidade trazida por Jesus. Para os outros judeus ainda faltava muito para o Reino poder chegar. Só chegaria, depois que eles tivessem realizado a sua parte. A chegada do Reino dependia do esforço deles. Para os fariseus, por exemplo, o Reino só chegaria quando a observância da Lei fosse perfeita. Para os Essênios, quando o país fosse purificado. Jesus pensa diferente. Ele tem outra maneira de ler os fatos. Ele diz que o prazo já se esgotou (Mc 1,15). Quando ele diz que o Reino está próximo ou que o Reino chegou, Jesus não quer dizer que o Reino estava chegando só naquele momento, mas sim que já estava aí, independentemente do esforço feito pelo povo. Aquilo que todos esperavam, já estava presente no meio do povo, gratuitamente, mas o povo não o sabia, nem o percebia (cf. Lc 17,21). Jesus o percebeu! Pois ele lia a realidade com um olhar diferente. E é esta presença escondida do Reino no meio do povo, que ele vai revelar e anunciar aos pobres da sua terra (Lc 4,18). Esta é a semente de mostarda que vai receber a chuva da sua palavra e o calor do seu amor.  

Mateus 10,8: Os sinais da presença do Reino: acolher os excluídos.

Como anunciar a presença do Reino? Só por meio de palavras e discursos? Não! Os sinais da presença do Reino são antes de tudo gestos concretos, realizados de graça: “Curem os doentes, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça, dêem também de graça”. Isto significa que os discípulos devem acolher para dentro da comunidade os que dela foram excluídos. Esta prática solidária critica tanto a religião como a sociedade excludente, e aponta saídas concretas.

Mateus 10,9-10: Não levar nada no caminho

Ao contrário dos outros missionários, os discípulos e as discípulas de Jesus não podem levar nada: “Não levem nos cintos moedas de ouro, de prata ou de cobre; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem calçados, nem bastão, porque o operário tem direito ao seu alimento”. Isto significa que devem confiar na hospitalidade do povo. Pois o discípulo que vai sem nada levando apenas a paz (Mc 10,13), mostra que confia no povo. Acredita que vai ser acolhido, que vai poder participar da vida e do trabalho do povo do lugar e que vai poder sobreviver com aquilo que receberá em troca, pois o operário direito ao seu alimento. Isto significa que os discípulos devem confiar na partilha Por meio desta prática eles criticam as leis de exclusão e resgatam os antigos valores da convivência comunitária. 

Mateus 10,11-13: Partilhar a paz na comunidade.

Os discípulos não devem andar de casa em casa, mas devem procurar uma pessoa de Paz e permanecer nesta casa. Isto é, devem conviver de maneira estável. Assim, por meio desta nova prática, criticam a cultura de acumulação que marcava a política do Império Romano, e anunciam um novo modelo de convivência. Caso todas estas exigências forem preenchidas, os discípulos podem gritar: O Reino chegou! Anunciar o Reino não consiste, em primeiro lugar, em ensinar verdades e doutrinas, mas sim em provocar a uma nova maneira fraterna de viver e de conviver a partir da Boa Nova que Jesus nos trouxe de que Deus é Pai e Mãe de todos e de todas.

Mateus 10,14-15: A severidade da ameaça.

Como entender esta ameaça tão severa? É que Jesus não veio trazer uma coisa totalmente nova. Ele veio resgatar os valores comunitários do passado: a hospitalidade, a partilha, a comunhão de mesa, a acolhida aos excluídos. Isto explica a severidade contra os que recusam a mensagem. Pois eles não recusam algo novo, mas sim o seu próprio passado, a sua própria cultura e sabedoria! A pedagogia de Jesus tem por objetivo desenterrar a memória, resgatar a sabedoria do povo, reconstruir a comunidade, renovar a Aliança, refazer a vida.

 

4) Para um confronto pessoal

1) Como realizar hoje a recomendação de não levar nada no caminho quando se vai em missão?

2) Jesus manda procurar uma pessoa de paz, para poder viver na casa dela. Quais seria hoje uma pessoa de paz a quem nos dirigir no anúncio da Boa Nova?

 

5) Oração final

 

Voltai, ó Deus dos exércitos; olhai do alto céu, vede e vinde visitar a vinha. Protegei este cepo por vós plantado, este rebento que vossa mão cuidou. (Sl 79, 15-16) 

 

1) Oração

Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho    (Mt 10, 1-7)

1Jesus reuniu seus doze discípulos. Conferiu-lhes o poder de expulsar os espíritos imundos e de curar todo mal e toda enfermidade. 2Eis os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão, chamado Pedro; depois André, seu irmão. Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. 3Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. 4Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor. 5Estes são os Doze que Jesus enviou em missão, após lhes ter dado as seguintes instruções: Não ireis ao meio dos gentios nem entrareis em Samaria; 6ide antes às ovelhas que se perderam da casa de Israel. 7Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo.

 

3) Reflexão  Mateus 10,1-7

No capítulo 10 do Evangelho de Mateus começa o segundo grande discurso, o Sermão da Missão. Mateus organizou o seu evangelho como uma nova edição da Lei de Deus ou como um novo “pentateuco” com seus cinco livros. Por isso, o seu evangelho traz cinco grande discursos ou ensinamentos de Jesus, seguidos por partes narrativas, nas quais ele descreve como Jesus praticava o que tinha ensinado nos discursos. Eis o esquema:

Introdução: nascimento e preparação do Messias (Mt 1 a 4)

  1. Sermão da Montanha: a porta de entrada no Reino (Mt 5 a 7)

Narrativa Mt 8 e 9

  1. Sermão da Missão: como anunciar e irradiar o Reino (Mt 10)

Narrativa Mt 11 e 12

  1. Sermão das Parábolas: o mistério do Reino presente na vida (Mt 13)

Narrativa Mt 14 a 17

  1. Sermão da Comunidade: a nova maneira de conviver no Reino (Mt 18)

Narrativa 19 a 23

  1. Sermão da vinda futura do Reino: a utopia que sustenta a esperança (Mt 24 e 25)

Conclusão: paixão, morte e ressurreição (Mt 26 a 28).

O evangelho de hoje traz o início do Sermão da Missão, no qual se acentuam três assuntos: (1) o chamado dos discípulos (Mt 10,1); (2) a lista dos nomes dos doze apóstolos que vão ser os destinatários do sermão da missão (Mt 10,2-4); (3) o envio dos doze (Mt 10,5-7).

Mateus 10,1: O chamado dos doze discípulos

Mateus já tinha falado do chamado dos discípulos (Mt 4,18-22; 9,9). Aqui, no começo do Sermão da Missão, ele traz um resumo: “Então Jesus chamou seus discípulos e deu-lhes poder para expulsar os espíritos maus, e para curar qualquer tipo de doença e enfermidade”. A tarefa ou missão do discípulo é seguir Jesus, o Mestre, formando comunidade com ele e realizando a mesma missão de Jesus: expulsar os espíritos maus, curar qualquer tipo de doença e enfermidade. No evangelho de Marcos, eles recebem a mesma dupla missão, formulada com outras palavras: Jesus constituiu o grupo dos Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios” (Mc 3,14-15). 1) Estar com ele, isto é, formar comunidade, na qual Jesus é o eixo. 2) Pregar e ter poder para expulsar demônio, isto é, anunciar a Boa Nova e combater o poder do mal que estraga a vida do povo e aliena as pessoas. Lucas diz que Jesus rezou a noite toda e, no dia seguinte, chamou os discípulos. Rezou a Deus para saber a quem escolher (Lc 6,12-13). 

Mateus 10,2-4: A lista dos nomes dos doze apóstolos.

Grande parte destes nomes vem do Antigo Testamento. Por exemplo, Simeão é o nome de um dos filhos do patriarca Jacó (Gn 29,33). Tiago é o mesmo que Jacó (Gn 25,26). Judas é o nome de outro filho de Jacó (Gn 35,23). Mateus também tinha o nome de Levi (Mc 2,14), que é outro filho de Jacó (Gn 35,23). Dos doze apóstolos sete têm nome que vem do tempo dos patriarcas. Dois se chamam Simão; dois, Tiago; dois, Judas; um, Levi! Só tem um com nome grego: Filipe. Isto revela o desejo do povo de refazer a história desde o começo! Seria como hoje numa família bem brasileira, na qual todos os filhos têm nomes do tempo dos índios Raoni, Ubiratan, Jussara, etc, e só têm nome americano Washington. Vale a pena pensar nos nomes que hoje damos para os filhos. Como eles, cada um de nós é chamado por Deus pelo nome.

Mateus 10,5-7: O envio ou missão dos doze apóstolos para as ovelhas perdidas de Israel.

Depois de ter enumerado os nomes dos doze, Jesus os envia com estas recomendações: "Não tomem o caminho dos pagãos, e não entrem nas cidades dos samaritanos. Vão primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel. Vão e anunciem: O Reino do Céu está próximo”. Nesta única frase há uma tripla insistência em mostrar que a preferência da missão é para com a casa de Israel: (1) Não tomar o caminho dos pagãos, (2) não entrar nas cidades samaritanas, (3) ir primeiro para as ovelhas perdidas de Israel. Aqui transparece uma resposta à dúvida dos primeiros cristãos em torno da abertura para os pagãos. Paulo, que afirmava com tanta firmeza a abertura para os pagãos, concorda em dizer que a Boa Nova trazida por Jesus devia ser anunciada primeiro aos judeus e, depois, aos pagãos (Rom 9,1 a 11,36; cf. At 1,8; 11,3; 13,46; 15,1.5.23-29). Mais adiante, no mesmo evangelho de Mateus, na conversa de Jesus com a mulher cananéia, acontecerá a abertura para os pagãos (Mt 15,21-29).

O envio dos apóstolos para todos os povos. Depois da ressurreição de Jesus, há vários episódios do envio dos apóstolos não só para os judeus, mas para todos os povos. Em Mateus: “Ide e fazei que todas as nações se tornem  discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estarei com convosco todos os dias até à consumação dos séculos” (Mt 28,19-20). Em Marcos: “Ide por todo mundo, proclamai a Boa Nova a toda criatura. Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado” (Mc 15-16). Em Lucas: "Assim está escrito: O Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia, e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. E vocês são testemunhas disso. (Lc 24,46-48; At 1,8) João resume tudo nesta frase: “Como Pai me enviou, eu envio vocês!” (Jo 20,21) :

 

4) Para um confronto pessoal

  1. Você já pensou no significado do seu nome? Já perguntou a seus pais por que motivo lhe deram o nome que você tem? Você gosta do seu nome?
  2. Jesus chama os discípulos. O seu chamado tem uma dupla finalidade: formar comunidade e ir em missão. Como vivo esta dupla finalidade na minha vida?

 

5) Oração final

Recorrei ao Senhor e ao seu poder, procurai continuamente sua face. Recordai as maravilhas que operou, seus prodígios e julgamentos por seus lábios proferidos. (Sl 104, 4-5)

Missão-Salvar vidas...  Por Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ. Quarta-feira, 07 de julho-2021.  www.instagram.com/freipetronio

 

Evangelho (Mt 10,1-7)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos maus e de curar todo tipo de doença e enfermidade. 2Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; 3Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus.

5Jesus enviou estes Doze, com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! 6Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Líder religioso foi abordado por grupo de fiéis que questionaram suas declarações contra o presidente durante a homilia

 

Padre Lino Allegri, sacerdote da Paróquia da Paz, em Fortaleza (foto tirada antes da pandemia) (Foto: IGOR DE MELO)

 

Após manifestar posição contrária ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante missa celebrada neste domingo, 4, o padre Lino Allegri, 82, da Paróquia da Paz, em Fortaleza, foi hostilizado por um grupo de fiéis apoiadores do atual presidente. Insatisfeitas com as declarações do sacerdote — que durante a homilia criticou as mais de 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil —, cerca de oito pessoas entraram sem autorização na sacristia e o repreenderam pela sua fala. O fato ocorreu minutos após a celebração da missa, quando a maioria dos fiéis já havia deixado o local.

Em entrevista ao O POVO, padre Lino relatou que o grupo era formado por sete mulheres e um homem. Segundo o sacerdote, eles teriam o abordado com os ânimos exaltados e em tom de ameaça. “Eles entraram na sacristia já bastante alterados, com tom de voz agressivo, me atacando. Disseram que não estavam de acordo com o que eu tinha falado em relação ao presidente da república, que ele é um cristão e um bom presidente, e que eu deveria rezar por ele”, contou.

O religioso ainda revelou ter sido alvo de declarações xenofóbicas proferidas por um dos integrantes do grupo, que fez menção à sua nacionalidade. “O homem que estava entre as mulheres olhou para mim e disse: 'Pode voltar para a sua Itália, que aqui nós não precisamos do senhor'”, afirmou o sacerdote. Após cerca de dez minutos de discussão, o grupo resolveu deixar o local depois de intervenção dos ministros da eucaristia, que auxiliaram o padre na celebração.

Lino acredita que o ato foi uma “tentativa de intimidação”, ante à reflexão que ele havia provocado durante o sermão. “No evangelho, eu recordei que toda procissão de fé tem que ser acompanhada da procissão de amor a Jesus Cristo. Só as palavras não resolvem. E aí, durante a homilia, eu fiz uma relação, disse o seguinte: 'Nós estamos passando por este momento em que já tivemos mais de meio milhão de mortos, e a pessoa que está no cargo máximo do País se diz cristão, mas não prova ser'”, relembrou o sacerdote.

“Vocês viram que na semana passada o presidente foi a uma celebração comungar. Eu acho que ele comungou a sua própria condenação. Porque há uma passagem na Bíblia que fala que quem comer o pão ou beber o cálice do Senhor de maneira indigna, come e bebe para sua própria condenação. E ele [Bolsonaro] é indigno no sentido de não existir amor ao próximo”, disse o Padre durante a missa.

Segundo Lino, as reações à sua fala são reflexo do clima de polarização política que o País atravessa atualmente. “Essas atitudes violentas decorrem de tudo que estamos vivendo agora sob o ponto de vista político. As pessoas têm até o direito de não concordarem com o que eu falo, mas não podem atacar, nem a mim e nem a quem discorde delas”, declarou o padre, acrescentando ainda que o episódio deste domingo não foi uma ação isolada.

“Nesta mesma igreja, por pelo menos quatro vezes já aconteceu algo parecido. Sempre um grupo de pessoas, a maioria mulheres, que vem questionar de maneira bastante violenta. Isso se tornou mais recorrente sobretudo depois das eleições de 2018, mas desta vez foi algo mais virulento”, disse. Apesar de ter sido orientado pelos auxiliares a prestar Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o caso, o padre preferiu não levar o caso à Justiça.

Mesmo sem a notificação formal, a Polícia Civil informou por meio de nota enviada ao O POVO que “as informações sobre o caso estão sendo averiguadas pelo 2º Distrito Policial, no bairro Aldeota - Área Integrada de Segurança 1 (AIS 1)”. O órgão confirma que, até o momento, nenhum B.O foi registrado e ressalta que “para dar continuidade ao trabalho policial, é imprescindível que a vítima registre o caso''.

Também através de nota, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), vinculada à CNBB - Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, manifestou solidariedade ao padre Lino Allegri e expressou repúdio pelo que classificou como "atitude típica de apoiadores de ideologias identificadas com a violência". Ainda afirma que o sacerdote é um "legítimo defensor da paz, da Justiça e da Igreja como um lugar comunitário de acolhimento". Fonte: https://www.opovo.com.br

 

Poucas horas após o Papa ter sido operado no Hospital Gemelli, palavras de proximidade e afeto continuam chegando com votos de que sua recuperação seja rápida e completa.

 

Vatican News

Depois que a Sala de Imprensa da Santa Sé comunicou a notícia da hospitalização do Papa Francisco, na tarde deste no domingo (04/07), no Hospital Agostino Gemelli, em Roma, de várias parte do mundo chegaram mensagens de proximidade afetuosa e votos de uma recuperação rápida e completa, especialmente das redes sociais.

O Santo Padre passa bem. Ele foi submetido a uma cirúrgica programada para tratar uma estenose diverticular do cólon, uma formação de várias "bolsinhas" (divertículos) no intestino grosso.

 

A proximidade e a oração do Patriarca Bartolomeu I

"Votos fraternais de uma rápida convalescença" foram feitos numa mensagem do Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, ao Papa Francisco. O patriarca assegura suas orações, confiando no bom êxito da operação, para "revê-lo novamente a fim de realizar juntos a missão indispensável da unidade, para a qual Cristo nos chama". A este propósito, cita na mensagem as palavras do Apóstolo Paulo: "A fraqueza de Deus é mais forte do que os homens" (1 Cor 1, 25). "O mistério de Cristo morto e ressuscitado também se desenvolve na fraqueza de nossa natureza tocada pela Queda e em nossos sofrimentos, para que o Evangelho possa ser vivido em nós".

 

Imame de Al Azhar, votos ao "querido irmão"

Muitos líderes e representantes políticos e religiosos do mundo se uniram ao coro de bons votos e apoio nestas horas delicadas para o Papa Francisco. Confirmando a amizade fraterna que os une, o Grão Imame de Al Azhar, Ahmad al-Tayyeb, numa mensagem no Twitter desejou ao "querido irmão" uma rápida recuperação que o restitua à sua missão para a humanidade".

"Que o Senhor o sustente com a ternura de seu amor" é a oração feita nas redes sociais pelo Centro Anglicano de Roma, que assegura ter o Papa em seu coração. Um pensamento especial também da Comunidade Judaica de Roma: "Os meus melhores votos de uma rápida recuperação ao Papa que passou por uma cirurgia difícil", escreve no Twitter o rabino-chefe de Roma, Riccardo Di Segni.

A Comunidade de Santo Egídio também manifestou sua proximidade ao Papa Francisco e num comunicado anuncia que na oração da noite de hoje dedicada aos doentes, "um lugar especial será dado à invocação e ao pedido de proteção do Santo Padre, como ele tantas vezes nos convidou a fazer, para que possa logo recuperar a saúde a fim de exercer plenamente seu ministério como pai e pastor".

 

De todo o povo italiano e da Igreja

Os bispos italianos fazem também os seus bons votos no Twitter e numa mensagem assinada pelo presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Gualtiero Bassetti, falam em nome de todas as comunidades e Igrejas: "Ao saber a notícia de sua internação no Hospital Gemelli para a cirurgia, nós rezamos pelo senhor, confiando sua saúde ao Pai. Deixamo-nos guiar pelas palavras do Salmo que proclamamos na liturgia dominical: «Os nossos olhos estão voltados para o Senhor». Confiamos a Deus os médicos e todo o pessoal da saúde que, com paixão e amor, estão cuidando do senhor e de todos os pacientes e doentes. Também nesta ocasião, o senhor nos ensinou a enfrentar o sofrimento. O seu olhar voltado para os compromissos dos próximos meses (a viagem à Hungria e Eslováquia em setembro) e seu sorriso habitual da janela da Residência Apostólica, de onde nos encontra todos os domingos, são um grande testemunho. Nunca devemos ceder ao desconforto, mesmo nas horas de maior esforço. Obrigado, Santo Padre! Esperamos o senhor, no próximo domingo, da janela da Residência Apostólica, para rezar juntos o Angelus e escutar sua palavra".

A comunidade diocesana de Roma manifestou ao Papa o "seu afeto e devoção filial neste momento de doença", através de um comunicado do Vicariato de Roma, divulgado nesta segunda-feira (05/07).

"Todo o fiel povo santo de Deus que está em Roma, junto com os cidadãos e todos os homens de boa vontade, com um vivo senso de participação e proximidade ao Santo Padre, elevam orações e súplicas ao Senhor para que, com a ajuda de sua graça, sustente e console o nosso amado Bispo durante sua convalescença pós-operatória. De toda a comunidade eclesial de Roma, junto com o cardeal Vigário Angelo De Donatis e o Conselho Episcopal, aos párocos, a todos os vigários e colaboradores paroquiais, aos religiosos e religiosas, aos diáconos e seminaristas, de toda a sua comunidade romana o mais sincero desejo de uma rápida recuperação!"

O presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, após sua chegada a Paris, na França, para uma visita de Estado, enviou uma mensagem ao Papa, manifestando o afeto dos italianos e fazendo votos de uma "boa convalescença e pronta recuperação". Sentimentos compartilhados também pelo primeiro-ministro, Mario Draghi, pelo governo e representantes políticos.

 

Afeto e orações de todo o mundo

Entre os chefes de Estado da África, da Europa e América Latina, várias são as mensagens dirigidas a Francisco. O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, numa declaração dada por sua equipe, não só desejou ao Papa uma rápida recuperação, mas também convidou toda a população, tão amada por Francisco, a se reunir em oração. Assim também os presidentes de Malta e da Venezuela, Nicolás Maduro, que em particular na sua mensagem, em nome de todo o povo, confiou Francisco ao Beato José Gregorio Hernández Cisneros, médico dos pobres beatificado em 30 de abril passado, em Caracas. Fonte: https://www.vaticannews.va

A cirurgia de ontem à noite durou cerca de três horas. Espera-se sete dias de internação no Hospital Gemelli.

 

 

VATICAN NEWS

O Papa Francisco está em boas condições e atento. É o que afirma o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, no novo comunicado sobre as condições de saúde do Papa após a cirurgia ocorrida na noite de domingo (04/07).

“Sua Santidade o Papa Francisco está em boas condições gerais, atento e respirando espontaneamente. A cirurgia para estenose diverticular realizada na noite de 4 de julho envolveu uma hemicolectomia esquerda e durou cerca de 3 horas”, disse Bruni.

Quanto à permanência do Papa no Hospital Gemelli, “prevê-se uma internação de cerca de 7 dias, salvo complicações”. Fonte: https://www.vaticannews.va

Papa Francisco é internado para cirurgia no intestino grosso

Procedimento já estava agendado; Pontífice anuncia visita a Hungria e Eslováquia

O Globo e agências internacionais

 

Papa cumprimenta apoiadores em cerimônia no fim de junho Foto: REMO CASILLI / REUTERS

 

ROMA — Aos 84 anos, o Papa Francisco foi internado na Policlínica A. Gemelli, na capital italiana, neste domingo, para realizar uma cirurgia no intestino grosso. A informação foi divulgada pelo Vaticano, sem detalhes sobre o horário em que o ocorrerá o procedimento .

A operação já estava agendada e busca reparar um "estreitamento intestinal (estenose) diverticular sintomática do cólon", segundo o comunicado. Por ser uma intervenção programada, ela será realizada por laparoscopia, de modo que o procedimento não seja  invasivo. O médico Sergio Alfieri será responsável pela condução da operação e, ao final,um boletim de saúde será publicado no final da operação.

Três horas antes do comunicado da Igreja Católica, o Pontífice chegou a participar da tradicional cerimônia religiosa na Praça de São Pedro, onde reza aos domingos com seus seguidores. Em seu discurso, informou que viajará em setembro para a Hungria e a Eslováquia.

— Estou feliz em anunciar que de 12 a 15 de setembro, se Deus quiser, irei à Eslováquia para uma visita pastoral — disse, sem informar que realizaria uma cirurgia.

Francisco especificou que em 12 de setembro celebrará a missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional em Budapeste, Hungria. Fonte: https://oglobo.globo.com