Papa Paulo VI

Devem-se dar a conhecer os desejos e exortações que dimanam da Constituição Dogmática do Concílio Ecumênico Vaticano II, coincidentes com o nosso próprio pensamento, e que aqui proclamamos: “Estimem muito as práticas pelo Magistério através dos séculos”.

Cremos que, entre estas formas de piedade mariana, devem-se contar expressamente o Rosário e o uso devoto do Escapulário do Carmo. Esta última prática, “pela sua própria simplicidade e adaptação a qualquer mentalidade, conseguiu ampla difusão entre os fiéis, com imenso fruto espiritual”.

Quando se instrui o povo cristão sobre a devoção mariana, seja-lhe inculcada de maneira insistente e categórica que “ao ser honrada a Mãe, o Filho, por causa de quem tudo foi criado e no qual por agrado do Pai eterno reside toda e plenitude, seja devidamente conhecido, amado, glorificado e que, por sua vez, sejam melhor cumpridos seu mandamentos”.

Acentuou-se cuidadosamente que a devoção mariana “não consiste nem no afeto estéril e passageiro, nem na vã credulidade, mas que procede de uma fé autêntica, que induz a reconhecer a excelência da Mãe de Deus e a amar filialmente a nossa Mãe e a imitar as suas virtudes”.

Fomente-se nos fiéis um culto puro e sincero à Virgem Maria, para que sejam verdadeiramente filhos de tal Mãe, imitando as suas virtudes, dando exemplo de caridade fraterna, harmonizando os seus sentimentos, palavras e costumes com o Modelo original da vida cristã, Jesus Cristo, mediador entre Deus e os homens e autor da salvação humana.

É preciso que se honre, com fé plena e obsequiosa, a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, Mãe da Igreja, Mãe da graça e da misericórdia; Mãe da esperança e da alegria santa, por quem, como por um caminho real, chegamos a Jesus e às suas fontes de salvação.

[1] Da carta de Paulo VI ao cardeal legado do Congresso Mariológio  de São Domingos. 02 de fevereiro de 1965. Em: Acta Apostólicas Sedis, 57. 1965, pp. 377-379.

Imagens do Novenário de Nossa Senhora do Carmo na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro/RJ. CELEBRANTE: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. CÂMERA: Rachel Ferreira. EDIÇÃO: Olhar Jornalístico. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 8 de julho-2018.

VOCÊ JÁ FOI NA MISSA HOJE? Não ! Domingo é dia do Senhor. Na verdade, nem todas as cidades- e comunidades do nosso Brasil- tem padres ou paróquias. Mas é sempre bom lembrar e rezar pelas vocações. Fotos: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm e Frei Michael Farrugia, O. Carm, Conselheiro Geral da Ordem do Carmo na Lapa/RJ logo após a Santa Missa neste domingo, 8. 

O Frei Raul Maravi, Conselheiro Geral do Ordem do Carmo, convida os devotos de Nossa Senhora do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro, para o primeiro Dia da Novena neste sábado, dia 7. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. julho-2018.

NOVENA DE NOSSA SENHORA DO CARMO NA LAPA/RJ-2018

- Novena com a celebração da Missa -

Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.

1º DIA: COMENTÁRIO INICIAL

Boa noite! Bem-vindos e bem-vindas ao primeiro dia do nosso Novenário de Nossa Senhora do Carmo. A Partir de hoje, iremos caminhar nove dias com Maria, a Mãe dos Carmelitas e nossa em uma caminhada ao encontro do seu filho, Jesus Cristo.

O Profeta Elias, que veneramos como o Inspirador de nossa Ordem do Carmo, antes de ser arrebatado ao céu entregou o seu manto a seu discípulo o Profeta Eliseu, que devia ser o seu sucessor; lá está na Bíblia: “O espírito de Elias repousou sobre Eliseu”. Assim, recebendo o Escapulário do Carmo, recebemos também algo do espírito de Maria: “Eis a serva do Senhor”!

É com toda essa riqueza espiritual- mariana que vamos acolher de pé o celebrante, os coroinhas e as ministras de eucaristia. Cantemos os louvores à Virgem do Escapulário, nossa Padroeira

 

2º DIA:  COMENTÁRIO INICIAL

Boa noite! Bem-vindos e bem-vindas ao segundo dia do nosso Novenário de Nossa Senhora do Carmo.

Santa Teresinha do Menino Jesus, carmelita, certa vez falou: “ Gostaria de ter sido padre para pregar a respeito da Santíssima Virgem! Para que um sermão sobre Maria me agrade e me faça bem, preciso apalpar-lhe a vida real e não uma vida imaginária; eu estou certa de que sua vida real devia ser bem simples. Mostram a Santíssima Virgem inabordável, quando deveriam mostrá-la imitável; fazer sobressair suas virtudes, dizer que ela vivia de fé como nós, apresentando as provas que nos dá o próprio Evangelho onde lemos: “E eles não entenderam o que lhes disse”. E esta outra, não menos misteriosa: “E seu pai e mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam”. Essa admiração supõe um certo espanto”.

É com este espírito mariano de uma Maria próxima a nós- lembrado por Santa Teresinha, que vamos acolher de pé o celebrante, os coroinhas e as ministras de eucaristia. Cantemos os louvores à Virgem do Carmo.

 

3º DIA:  COMENTÁRIO INICIAL

Boa noite! Bem-vindos e bem-vindas ao terceiro dia do nosso Novenário de Nossa Senhora do Carmo.

O Escapulário do Carmo remonta à Idade Média, quando os religiosos carmelitas passaram a ver no simples avental que usavam um sinal de sua prática evangélica e de sua consagração a Maria.

Os monges carmelitas consideravam a Mãe de Jesus a mais simples de todos os servidores e chegaram à conclusão, pelo testemunho de Jesus, de que, fazendo as coisas mais simples de cada dia, prolongavam de alguma forma a encarnação de Deus neste mundo. De fato, o sentido mais profundo da vida cristã é deixar Deus nascer no próprio coração ajudando-o para que não seja levianamente banido do coração das pessoas.

É com este espírito mariano carmelitano de simplicidade que vamos acolher de pé o celebrante, os coroinhas e as ministras de eucaristia cantando louvores a Mãe de Deus e dos Carmelitas. Cantemos!  

 

4º DIA: COMENTÁRIO INICIAL

Boa noite! Bem-vindos e bem-vindas ao quarto dia do nosso Novenário de Nossa Senhora do Carmo.

O Escapulário do Carmo nada tem a ver com um amuleto ou uma mágica, à disposição dos que fogem de si, da vida e de Deus buscando soluções milagrosas. Antes, é o sinal de Maria que caminha ao encontro de sua gente e com ela se compromete na transparente bondade de Deus, cujo amor merece nossa entusiasta confiança com renovadora adesão. Razão pela qual a devoção do Santo Escapulário tem grande força libertadora e, ao mesmo tempo, engaja as pessoas no exercício da mais pura cidadania.

Nesta noite, louvemos a Mãe dos Carmelitas presente em nossas famílias que usam o Escapulário e se comprometem por uma cidade do Rio de Janeiro de paz e de esperança.

De pé, vamos acolher o celebrante, os coroinhas e as ministras de eucaristia. Cantemos louvores a Nossa Senhora do Carmo nas expressões culturais e familiares em nosso Brasil.    

 

5º DIA:  COMENTÁRIO INICIAL

Boa noite! Bem vindos e bem vindas ao quinto dia do nosso Novenário de Nossa Senhora do Carmo.

Para São João da Cruz, Carmelita, Nossa Senhora é o ideal da alma que procura a Deus e que é atraída pelo Senhor. Mas ela é assim atraída por diversas formas.

O Santo realça particularmente que ela, saudada pelo Anjo como «cheia do Espírito Santo», sempre se deixou guiar pelo Espírito Santo, ideal a que devemos aspirar na nossa conversão com Deus por difícil que seja e por poucos que sejam os que conhecem e seguem os conselhos do Espírito Santo.

 Nesta noite, a exemplo da Mãe dos Carmelitas que se deixou guiar pelo Espírito Santo, vamos nos esforçar para que toda a nossa caminhada seja iluminada por esta grande luz.

De pé, vamos acolher o celebrante, os coroinhas e as ministras de eucaristia. Cantemos louvores a nossa Padroeira, nossa mãe e nossa e Rainha do Carmelo.    

 

6º DIA:  COMENTÁRIO INICIAL

Boa noite! Bem-vindos e bem-vindas ao sexto dia do nosso Novenário de Nossa Senhora do Carmo.

A espiritualidade carmelitana tem no Santo Escapulário uma veste de proteção e compromisso com a transformação das nossas atitudes diante de um mundo consumista, violento e, muitas vezes desumano.

Já no Antigo Testamento a veste - e de maneira especial, o manto - era símbolo dos benefícios divinos, da proteção do alto, do poder transmitido a um enviado de Deus.

            A veste especial de José foi símbolo da predileção (Gn 37,3); a capa de Jônatas presenteada a Davi foi um símbolo da amizade (1Sm 18,4). Em Isaías lemos: "Alegro-me imensamente no Senhor, a minha alma exulta no meu Deus, porque me revestiu com as vestimentas da salvação e envolveu-me com o manto da justiça" (Is 61,10). Quando Elias, o Profeta, foi arrebatado da terra, o seu manto caiu sobre Eliseu, seu discípulo, transmitindo-lhe o espírito do mestre (2Rs 2,14ss).

De pé, vamos acolher o celebrante, os coroinhas e as ministras de eucaristia. Cantemos louvores Virgem do Santo o Escapulário- a nossa veste carmelitana. Cantemos!   

 

7º DIA:  COMENTÁRIO INICIAL

Boa noite! Bem-vindos e bem-vindas ao sétimo dia do nosso Novenário de Nossa Senhora do Carmo.

A Ordem do Carmo é uma Ordem Religiosa que desde a sua origem se distinguiu como uma Ordem eminentemente Mariana: o nosso título jurídico é este: Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.

Prova desta índole Mariana da Ordem do Carmo está exatamente na existência da primeira capela dedicada a Nossa Senhora construída no Monte Carmelo. Aií, naquela capelinha, nasceu entre os Carmelitas, o seu amor e sua devota veneração a Santíssima Virgem Maria.

Depois de 800 anos de caminhada, aqui estamos nós louvando a Mãe do Carmelo. É com o mesmo vigor dos primeiros monges carmelitas que vamos acolher o celebrante, os coroinhas e as ministras de eucaristia. Cantemos louvores a nossa Mãe e nossa protetora.    

 

8º DIA:  COMENTÁRIO INICIAL

Boa noite! Bem-vindos e bem-vindas ao oitavo dia do nosso Novenário de Nossa Senhora do Carmo.

            No início do século XIII (1207) nascia no Monte Carmelo na Palestina a Ordem do Carmo, reconhecida e aprovada pelo Papa lnocêncio IV em 1247. Os Eremitas do Monte Carmelo foram logo obrigados a imigrar-se para a Europa. E mesmo na Europa não foram muito bem acolhidos em razão do seu estilo de vida diferente de outras Ordens Religiosas e foram até ameaçados de extinção. Em meio à angústia e sofrimentos o Superior Geral, São Simão Stock, suplicava com insistência a ajuda e proteção da Santíssima Virgem Maria.

       Conforme firme tradição, São Simão Stock teve uma visão em 1251, apareceu-lhe Nossa Senhora, trazendo em sua mão o Escapulário dizendo: “Meu filho muito amado, eis o Escapulário que será distintivo da tua Ordem. Aceita-o como um penhor de bênção que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer piedosamente, vestido com este Escapulário, participará da eterna salvação”! Nós chamamos isto de grande promessa.

De pé, vamos acolher o celebrante, os coroinhas e as ministras de eucaristia louvando a Mãe de Deus que não desamparou a Ordem do Carmo e continua nos protegendo a todos nós, devotos e devotas do Santo Escapulário. Cantemos!   

 

9º DIA:  COMENTÁRIO INICIAL

Boa noite! Bem-vindos e bem-vindas ao último dia do nosso Novenário em louvor a Nossa Senhora do Carmo.

Que a Virgem Maria do Carmelo, após estes 9 dias, nos ajude a sermos fiéis ao que Jesus nos pede neste momento crucial da história do Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo.

Assim como no passado, que ela venha nos ajudar, tanto na nossa vida diária em família, quanto em nosso trabalho.

É com este espírito de fé na Virgem do Escapulário e confiança na amorosidade e mansidão de Jesus Cristo, que vamos acolher o celebrante, os coroinhas e as ministras da eucaristia para celebrar esta última noite. Cantemos!

O Prior da Ordem Terceira do Carmo de São João del Rei-MG, Eduardo Valim, faz um convite para o Novenário e Festa de Nossa Senhora do Carmo-2018. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. Divulgação: www.olharjornalistico.com.br

Constant Dölle

          Dia 16 de julho. Comemoração solene de Nossa Senhora do Carmo. Alguns frades, todos com o mesmo uniforme de prisioneiros se procuram e se encontram num canto escuro do barracão. São os carmelitas Tito Brandsma, Alberto Urbanski, Hilário Januszewski, o prior do Carmelo de Cracóvia, e alguns outros. Um padre diocesano polonês junta-se a eles. Mostrava vontade de tornar-se membro da Ordem Terceira do Carmo. Tito o preparou e o acolheu na Ordem por um simples gesto de imposição de mãos.

           Os frades são originários de vários países e provavelmente muitos nunca se viram antes, mas se reconhecem pela tradição espiritual carmelita. Formam uma fraternidade contemplativa. Experimentam esse encontro como um momento eterno que, por um breve tempo, os eleva acima do terror. Com suas cabeças raspadas, corpos famintos, em forma de círculo, estão diante do Senhor cuja vontade está acima de tudo e eleva a todos. Na contemplação desmascaram o destino e desta maneira experimentam, de um jeito novo e iluminado, o enigma da existência.

            A festa é celebrada em meio ao ódio e desespero, aos estampidos de botas, aos slogans enganosos e ao sentimento de morte próxima, longe dos confrades e da família. Dão-se as mãos e sabem que podem contar com a proteção de Nossa Senhora do Carmo. Sabem-se ligados a toda a Família Carmelita do mundo livre. No final rezam a oração “Salve, Rainha” , emocionando-se com as palavras: “Gemendo e chorando neste vale de lágrimas”.

*DO LIVRO: O CAMINHO DE TITO BRANDSMA NO TEMPO DE HITLER. PROFESSOR – MÍSTICO CARMELITA – JORNALISTA – MÁRTIR.

Tradução: Frei Gabriel Haamberg, O. Carm, do Convento do Carmo de Mogi das Cruzes, São Paulo.

NOVENA E FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO NA LAPA, RIO DE JANEIRO. Tempo de se organizar...

NOVENA DO CARMO-2018: Maria mãe- Canto de Ação de Graças.
Letra e Música: Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.

Maria ó mãe, Maria ó mãe, mãe dos Carmelitas, vem nos ajudar./ Maria ó mãe, Maria ó mãe, com o Escapulário, vem nos amparar. (bis)

1-Diante do medo, da fome e da Guerra, da nossa omissão, vem nos ajudar. Ó Mãe lá no Monte, com os santos carmelitas, com o Escapulário, vem nos resgatar. (bis)

2- Não deixem ó mãe, na vida os teus filhos, perdidos sem paz, desanimar./ Nas noites escuras, nas quedas da vida, com o Escapulário, vem acompanhar. (bis)

3- Nos jovens cantando, gritando com fé, buscando seguir, o Homem de Nazaré./ Ó Mãe não esqueça, vem nos visitar, o Escapulário, ó mãe vem nos dar. (bis).

4- Num mundo consumista, no ódio a reinar, na mãe natureza, sempre a sangrar./ Ó mãe nos ensina, a não desviar, com o Escapulário, no Monte chegar. (bis)

5- Famílias partidas, refugiados a gritar, o fanatismo religioso, querendo dominar. / Ó Mãe dos Eremitas, no Carmelo a meditar, com o Escapulário, venha nos olhar. (bis)

6-Com o Profeta Elias, vem mãe ensinar, aos filhos do Carmelo, Evangelizar./ Não deixes ó mãe, o Carmelo esquecer, a missão do Profetismo, neste mundo a perecer (bis)

(Antes da Ladainha, cantar um canto a Nossa Senhora do Carmo enquanto o Padre incensa a imagem)

Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, ouvi-nos
Cristo, atendei-nos
Deus Pai do céu, tende piedade de nós
Deus Filho Redentor do mundo, tende piedade de nós
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós
Mãe de Jesus Cristo, Rogai por nós.
Mãe da Igreja, Rogai por nós.
Mãe e Senhora do Carmelo, Rogai por nós.
Santa Maria do Monte Carmelo, Intercedei por nós
Modelo da família carmelitana, Rogai por nós.
Flor do Carmelo, Rogai por nós.
Estrela do Mar, Rogai por nós.
Nossa Senhora da Subida do Monte Carmelo, Intercedei por nós
Espelho da justiça, Rogai por nós.
Rainha dos Mártires Carmelitas, Rogai por nós.
Rainha de todos os Santos, Rogai por nós.
Rainha do Carmelo, Intercedei por nós
Rainha do Santo Escapulário, Rogai por nós.
Nossa Senhora do Carmo, nossa consolação na hora da morte, Rogai por nós
Nossa Senhora do Carmo, modelo dos missionários, Rogai por nós.
Nossa Senhora do Carmo, perfeito modelo da Boa Nova, Intercedei por nós
Por aqueles desempregados e abandonados, Rogai por nós.
Por aqueles no leito de dor, Rogai por nós
Pelo nosso Santo Padre, o Papa Francisco e seus pastores, Rogai por nós.
Pela nossa comunidade, Intercedei por nós
Pela família carmelitana e os devotos do Escapulário, Rogai por nós.
Pela paz e justiça social em nosso país, Rogai por nós.
Pela paz na cidade do Rio de Janeiro, Rogai por nós.
Pelo ano do Laicato Carmelitano, Intercedei por nós
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

Padre: Rogai por nós, Flor e Esplendor do Carmelo.
Todos: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

OREMOS: Venha em nossa ajuda, Senhor, a intercessão da gloriosa e bem-aventurada sempre Virgem Maria, Mãe e Rainha do Carmelo. Concedei-nos, por sua intercessão, chegarmos à verdadeira montanha, Jesus Cristo, Nosso Senhor, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém.

Dom Frei Wilmar Santin, O.Carm

1 - CIDADES (Municípios e distritos)

Carmo, AP, distrito do município de Macapá, Amapá. CEP: 68912-100.

Carmelópolis, CE, distrito do município de Campos Sales, Ceará. CEP: 63.151-000.

Monte Carmelo do Rio Novo, ES, distrito do município de Alto Rio Novo, Espírito Santo. CEP: 29.767-000.

Carmo, RJ, município do estado do Rio de Janeiro, próximo da margem direita do rio Paquequer, a NO de Cantagalo. Está a 221m de altitude. Dista 119km de Niterói, no rumo NNE. População em 1996: 15.175 habitantes. CEP: 28640-000

SANTA CARMEM, MT, município do estado de Mato Grosso. Pop. em 1996: 3.536 hab. CEP: 78.545-000.

Carmo da Cachoeira, MG, município do estado de Minas Gerais.  A cidade está situada sobre o ribeirão do mesmo nome, pertencente à bacia do rio Grande, a 907m de altitude. Dista da capital do Estado 217km, em linha reta, no rumo SSO. O município foi instalado em 17-12-1938. Pop. em 1996: 10.803 hab. CEP: 37225-000

Carmo da Mata, MG, município do estado de Minas Gerais. Pop. em 1996: 10.433 hab. CEP: 35547-000

Carmo de Minas, MG, município do estado de Minas Gerais. CEP: 37472-000

Carmo do Cajuru, MG, município do estado de Minas Gerais. Pop. em 1996: 15.961 hab. CEP: 35510-000

Carmo do Paranaíba, MG, município do estado de Minas Gerais. A cidade está situada a 1.067m de altitude, na serra da Mata da Corda, sobre um galho formador do Paranaíba. Dista 271km da capital do Estado, em linha reta, no rumo ONO. Município em 01-12-1873. Pop. em 1996: 28.482 hab. CEP: 38840-000

Carmo do Rio Claro, MG, município do estado de Minas Gerais. A cidade está situada à margem de rio Claro, afluente do rio Sapucaí, a 750m de altitude. Dista da capital do Estado 257km, em linha reta, no rumo OSO. Município em 20-10-1875. Pop. em 1996: 18.482 hab. CEP: 37150-000

Carmópolis de Minas, MG, município do estado de Minas Gerais. Pop. em 1996: 14.263 hab. CEP: 35534-000

Monte Carmelo, MG, município do estado de Minas Gerais. CEP: 38.500-000

Senhora do Carmo, MG, distrito do município de Itabira, Minas Gerais. CEP: 35907-000

Carmo do Rio Verde, GO, município do estado de Goiás. Pop. em 1996:  7.791 hab. CEP: 76340-000

Carmópolis, SE, município do estado de Sergipe. Pop. em 1996: 7.795 hab. CEP: 49740-000

Vila do Carmo do Tocantins, PA, município do estado do Pará. Pop.  CEP: 68409-000

Carmolândia, TO, município do estado de Tocantins. Pop. em 1996: 1.610 hab. CEP: 77840-000

Monte do Carmo, TO, município do estado de Tocantins. Pop. em 1996: 5.979 hab. CEP: 77585-000

Carmo, PE, vila do município de São José do Belmonte, Pernambuco.

Nossa Senhora do Carmo, PE, distrito do município de Pombos, Pernambuco. CEP: 55634-000

Nossa Senhora do Carmo, PR, distrito do município de Pato Branco, Paraná. CEP: 85514-000

2 - CACHOEIRA

Carmo, cachoeiras do rio Ji-paraná ou Machado, afluente do Madeira (margem direita), Rondônia.

3 - ILHAS

Carmo, ilha no rio Branco, afluente do Negro, nas proximidades do lago Matamatá - município de Catrimani, no estado do Amazonas.

Carmo, ilha do estado do Maranhão, na freguesia de Bacurytuba.

Carmen, ilha no rio Teles Pires ou São Manuel no trecho a montante do limite entre Mato Grosso e Pará.

 4 - LAGOA

Carmo, lagoa do estado do Rio de Janeiro, atravessada pelo canal de Campos a Macaé.

 5 - MONTES

Carmo, monte da parte Sudeste do estado de São Paulo, pertencente à serra do Guirra; situa-se entre os rios Guirra e das Cobras, no município de São José dos Campos. Altitude 1.000m.

Carmo, denominação da Serra Geral, no município de Porto Nacional, Tocantins. Altitude 200m. Também a denominam Monte do Carmo.

Serra do Carmo, elevação do estado do Rio Grande do Norte, na margem esquerda do baixo do rio Piranhas.

 6 - PONTAS[1]

Carmo, Ponta no estado do Pará, no município de Chaves.

Carmo, Ponta ao Sul da foz do rio da Vigia, no estado do Pará.

Carmo, Ponta ao Sul da foz do Rio Grande do Norte, banha o município de Mossoró e desagua no rio de este nome.

 7 - RIOS

Carmo, rio do estado de São Paulo, que tem suas nascentes no município de Franca, lançando suas águas após o curso de 60km, na margem esquerda do rio Grande, nas proximidade de Miguelópolis.

Carmo, rio da parte central do estado de Goiás, que tem suas cabeceiras na serra dos Javaés; dirige-se para Sudeste, e laça suas águas, após 95km de curso, na margem esquerda do Tocantins, na imediações de Porto Nacional.

Carmo, rio da parte Este do estado de Minas Gerais, que tem suas nascentes nas imediações de Bota Fogo, segue para Nordeste, e forma, com o rio Piranga, o rio Doce, após percorrer 50km.

Carmo da Cachoeira, afluente do rio Araguaia, que banha o estado de Goiás.

8 - NOMES ANTIGOS DE CIDADES

 Carmo, antigo nome do município de Carmópolis, SE.

Carmo da Bagagem, antigo nome do município Monte Carmelo, MG.

Carmo da França, antigo nome do município de Ituverava, SP.

Carmo de Morrinhos, antigo nome do município de Prata, MG.

[1] “Ponta: Lugar de um rio onde a passagem é difícil” (Dicionário Aurélio).

Neste domingo, 1º de julho. 15 irmãos e irmãs da Venerável Ordem Terceira do Carmo de São João del Rei-MG, fizeram os votos solenes naquele sodalício. Parabéns! 

Frei Emanuele Boaga, O.Carm.

Convém também que refutas sobre o que hás de fazer para perseverar vivendo com perfeição a vida eremítica.

Segue minha promessa dizendo: “mandei aos corvos que te levem de comer”. Julguei ser muito necessário anunciar-te isto para teu consolo. Pois, ainda que estejas nadando em delícias inefáveis, enquanto bebes da torrente do meu gozo, tua alegria, entretanto, não pode ser completa por duas causas.

A primeira porque do íntimo de tua alma sentirás um veementíssimo desejo de ver claramente o meu rosto e ainda não podes vê-lo porque “nenhum homem me verá sem morrer “ (Êx 33, 20), “pois eu habito em uma luz inacessível, a qual nenhum homem viu, nem pode ver nesta vida” (1Tm 6, 15).

A segunda causa é porque enquanto estás te esforçando para saborear aquelas delícias inefáveis da torrente do meu insuperável gozo, de repente te verás privado delas pela fraqueza de teu pobre corpo e te encontrarás de novo contigo mesmo, “pois o corpo corruptível prende a alma, e este vaso de barro deprime a mente que está ocupada com muitas coisas” (Sb 9, 15).

Por estas duas razões: não poder ver claramente o meu rosto e não poder permanecer muito tempo naquela gloriosa contemplação de doçura pela fraqueza de teu corpo corruptível, se quiseres perseverar na perfeição, deves suplicar a Deus com gemidos, dizendo-lhe: “meu Deus, meu Deus! A Ti aspiro e me dirijo desde a aurora. De Ti está sedenta a minha alma! E da mesma maneira o está também o meu corpo! Nesta terra deserta, sem caminho e sem água me ponho em tua presença como em teu santuário para contemplar teu poder e tua glória” (Sl 62, 2-3).

Para que então não morras desconsolado com os incontidos soluços e tristezas do coração pela ânsia de ver-me e a fome de saborear a suavidade da doçura de minha glória, “mandei aos corvos que te levem de comer” para dar-te consolo.

Por corvos se entendem aqui, alegoricamente, os Santos Profetas que te precederam e mandei para que fossem teus modelos. Eles nunca sentiram presunção da equidade de sua vida santa, mas conhecendo-se bem pela graça da humildade e vendo sua fraqueza, confessavam ao próprio deficiências dizendo: “se dissermos que não temos pecado, nos enganamos a nós mesmos e a verdade não está em nós” (1Jo l, 8). De cada um destes Padres se escreveu; “Quem prepara para o corvo seu alimento quando seus filhotes levantam para Deus seus gritos, indo de um lado ao outro do ninho por não ter nada que comer?” (Jó 38, 3).

O corvo tem o instinto de olhar para os seus filhotes quando nascem e os vê branquinhos e que se movem de um lado ao outro do ninho, abrindo seus bicos e pedindo alimento. Porém só os alimenta ao vê-los com plumagem negra, reconhecendo pela cor que se parecem com ele; quando vê que a plumagem se toma negra, então põe todo o seu esforço em alimentá-los. De semelhante modo nascem também os pintinhos ou discípulos do Profeta que eu enviei e logo, com seu exemplo, chegam a conseguir tanta graça que bebem da torrente de minha delícia, como bebeu o Profeta Elias.

Quando por fraqueza da própria natureza não chegam a saborear de minha suave doçura, devem dirigir-me suas súplicas movendo-se com o desejo de um lado para outro, porque ainda não lhe é possível tomar do desejado alimento da doçura espiritual, e como está escrito: “se não vos tomardes semelhantes às crianças na simplicidade e inocência, não entrareis no reino dos céus” (Mt 18, 3); devem reconhecer humildemente que ainda são filhotes ou crianças na virtude e não deixar de crescer no bem para não cair no mal, pois está escrito: “todos nós tropeçamos em muitas coisas” (Tg 13, 2).

Porque muitas vezes deixam de meditar em seus pecados e na própria miséria e por isto não podem vestir-se da cor negra da humildade que precisam ter para preservar-se do brilho vão da soberba do mundo. Quanto mais pretendem brilhar no exterior, afanando-se nas atenções da presente vida, tanto menos aptos estarão para poder receber e apreciar em sua alma aqueles manjares espirituais.

O corvo olha os biquinhos abertos de seus filhotes que, famintos lhe pedem de comer, porém enquanto não os vê cobertos de preto não lhes dá alimento, e o Profeta, meu enviado antes de levar e manjar de minha doçura a seus discípulos para que o saboreiem, lhes ensina e exorta a que, como ele, abandonem o brilho vão da vida presente e espera para ver se pelos sofrimentos da penitência e pela meditação em seus pecados se vistam de negro e se reconheçam humildes em sua fraqueza. Se com a humilde confissão de sua vida passada se vestirem como de negras plumas de prantos e gemidos brotados do íntimo da alma, meu Profeta acudirá solicito a todos que lhe pedem com o manjar que eu mesmo tenho lhes preparado, já que os convida a saborear a doçura que mana da torrente de minhas delícias e tanto mais gostosa e proveitosamente os alimenta que mais os vê perfeitamente separados do brilho do mundo e cobertos de negro pela compunção da humilde penitência.

Para que os discípulos se deem perfeita conta de que os alimentos oferecidos pelo Profeta os recebem diretamente de mim, se lhes propõe muito prudentemente em forma de pergunta: “Quem prepara ao corvo seu alimento quando seus filhotes levantam seus pupilos para Deus, indo de um lado a outro do ninho por não ter nada para comer?” (Jó 38, 41). Procura convencer-te: só Deus dá comida e nenhum outro, como está escrito: “chamai pelo que dá alimento aos filhotes do corvo” (Sl 146, 9).

Meu filho, quando chegares à perfeição profética e viveres com perfeição o fim da vida monástica eremítica, e te for dado beber da torrente de minha delícia, não te envaideças porque gostas de tanta doçura; sentirás que, de repente, desaparece por algum tempo a causa da fraqueza e miséria do teu corpo.

Então, cuida bem para que não desças da altura desta perfeição e tomes a abraçar algumas das coisas que já havias deixado e renunciado; porque “quem põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o reino dos céus” (Lc 9, 62) e por isto, “esquecendo o que ficou para trás, e olhando só o que estopara afronte” (Fl 3, 2), “esforçando-te a ti mesmo prossegue até obter o prêmio a que Deus te chama lá do alto!”

Não se promete o prêmio a quem começar a viver isto, mas a quem perseverar até o fim, este se salvará (Mt 10, 22). Prova isto, indo e vindo com a consideração, como os filhotes do corvo no ninho, deves dizer-me em súplica ininterrupta: “Como o cervo sedento anseia pelas fontes de águas, assim, ó meu Deus, chama por Ti a minha alma” (Sl 61, 2).

E se não voltares a experimentar logo aquela suavidade da minha doçura, já antes experimentada, será para que te dês conta, primeiramente, de que se chegaste a provar de tão inefável doçura, não foi por teus próprios méritos, mas por minha benignidade, e em segundo lugar para que a desejes com maior veemência e aumentando o desejo te prepares melhor para poder consegui-la.

E para que neste tempo não desfaleças de todo na perfeição, “mandei aos corvos que te levem o alimento” e assim dispus que os santos Profetas, teus antecessores, te alimentassem com a doutrina dos exemplos da humilde penitência; com a penitência, viam eles, humilhados o negror de seus pecados e não caiam no fascinante brilho da vida carnal.

Para que durante este tempo saibas o que deves fazer, alimenta-te com muita solicitude com sua doutrina como está escrito: “o Sábio buscará a sabedoria de todos os antigos e estudará nos Profetas” (Eclo 39, l).

Se à sua imitação te esforças por apagar de ti o vão brilho da vida presente e procuras vestir-te de luto, como os filhotes do corvo, com a meditação da própria fraqueza e a prática da verdadeira humildade e elevas ao Senhor tuas fervorosas e humildes preces e a correspondente confissão de teus pecados e os abundantes gemidos de dor, como se fossem as plumas negras do corvo; e também se, à semelhança de seus filhotes, te separas do tumulto das cidades, estabelecendo tua vivenda na solidão, te escondes longe da glória da vida mundana e das posses e demais bens e riquezas do mundo, o Senhor te dará de novo de beber e saborearás a doçura do manjar que nasce da torrente de sua delícia.

Por isto se tem escrito: “olhai as aves do céu: não semeiam, nem ceifam, nem recolhem em seus celeiros, e Deus as alimenta” (Mt 6, 26).

Já te ensinei como deves viver para perseverar humilde na perfeição da vida profética eremítica.

*A ORAÇÃO NA VIDA CARMELITANA. Reflexões e textos de autores carmelitanos sobre a Comunhão com Deus e a Oração no Carmelo. Textos preparados por Frei Emanuele Boaga, O.Carm. ( Para Encontros de Espiritualidade Carmelitana das Irmãs Carmelitas da Divina Providência. JULHO - 1986 - Rio Janeiro)

«Viver em obséquio de Jesus Cristo e servi-Lo fielmente com coração puro e cons­ciência reta»[1]: esta frase de inspiração paulina é a matriz de todos os componentes do nosso carisma e a base sobre a qual Alberto construiu o nosso projeto de vida. O contexto particular palestiniense das origens e a aprovação da Ordem na sua evolução histórica por parte da Sé Apostólica enriqueceram com novos sentidos inspiradores a fórmula de vida da Regra.

Os Carmelitas vivem o seu obséquio a Cristo, empenhando-se na busca do rosto do Deus vivo (dimensão contemplativa da vida), na fraternidade e no serviço (diakonia) no meio do povo. A tradição espiritual da Ordem sublinhou como estes três elementos fundamentais do ca­risma não são valores separados ou sem conexão, mas estão, antes, estreitamente ligados entre si.

Deste modo, a mesma tradição elaborou intensamente a experiência do deserto como pro­cesso di­nâmico unificante de tais valores: é o empenho do Carmelita em fazer de Cristo crucifi­cado, homem despojado e esvaziado, o fundamento da própria vida, e em ordenar para Ele todas as suas energias através da fé, destruindo qualquer obstáculo que se levante contra a perfeita dependência dele e contra a perfeição da caridade para com Deus e com os irmãos. Este proces­so de despojamento, que conduz à união com Deus, fim último de todo o crescimento do ho­mem, é evocado na nossa espiritualidade pelos temas da "puritas cordis" e do "vacare Deo", expressões da abertura total a Deus e do esvaziamento progressivo de si mesmo.

Quando, através deste processo, chegamos a ver a realidade com os olhos de Deus, a nossa ati­tude para com o mundo transforma-se segundo o seu amor e manifesta-se na nossa vida de fraterni­dade e de serviço a contemplação da presença amorosa de Deus[2].

*CONSTITUIÇÕES DA ORDEM DOS IRMÃOS DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA do MONTE CARMELO.

[1]     Regra, Prólogo; cfr 2 Cor 10,5; 1 Tim 1,5.

[2]     Cfr XII Cons. Prov., 454.

A Trindade Santa atraiu-nos à comunhão consigo e entre nós através da fé, da espe­rança e da caridade. Estas virtudes experimentam-se, nutrem-se e exprimem-se na oração, quando voltamos a nossa atenção para Deus, em adoração e amor, em escuta obediente, no arrependimento sincero, na súplica carregada de esperança[1].

A oração é fruto da acção do Espírito Santo em nós e na nossa vida. Ele sugere-nos as palavras quando não as sabemos; guia-nos à unidade com toda a Igreja e ajuda-nos a aprofun­dar a nossa ex­periência de intimidade com Deus.

A tradição carmelita quanto à oração é formada pela experiência concreta dos seus mem­bros através da sua história. Esta experiência conta a história da presença amorosa de Deus nas vidas dos carmelitas, de modo a que o carmelita pode exclamar com o Salmista: «Enaltecei co­migo ao Senhor e exaltemos juntos o seu nome», e ainda «Saboreai e vede como o Senhor é bom; feliz o homem que n'Ele se refugia»[2].

A Ordem do Carmo adoptou, desde o início, quer uma vida de oração quer um aposto­lado da oração. A oração é o centro indelével da nossa vida e dela brotam uma comuni­dade e um ministério autênticos[3]. A oração da comunidade carmelita deve ser um sinal lumi­noso da Igreja orante no mundo do nosso tempo. Ela toma como exemplo a Maria, Mãe de Je­sus, que meditava to­das as coisas no seu coração e proclamava as maravilhas que Deus n'Ela operou[4].

Meditando e penetrando sempre mais a fundo no mistério de Cristo, tornamo-nos sem­pre mais obedientes no nosso seguimento, com um compromisso cada vez mais profundo no trabalho dos seus discípulos pela redenção da humanidade[5].

No Pai Nosso, Jesus ensinou-nos a orar de uma maneira que liga o céu e a terra. Também na nossa espiritualidade integramos o nosso amor pelo mundo e o nosso sentido da transcen­dência[6].

Inspirando-nos nas fontes genuínas da espiritualidade cristã, unimos o sentido de Deus com a nossa experiência humana. De facto, quando rezamos temos diante dos olhos o mundo e todas as suas vicissitudes, com a consciência do nosso chamamento para servir todos os membros da Igre­ja[7]. Isto pode exigir uma busca comum de novos métodos de oração, co­mo a meditação dialogada, a prece bíblica comunitária e outras novas formas[8].

A oração pode assumir muitas formas segundo as diferentes necessidades da comu­nidade e dos seus membros e é alimentada pela busca contínua de Deus, apoiada pela "lectio divina", pelo estudo, pela meditação e pelos sacramentos. Esta busca contínua de Deus deve ser o fundamento e a expressão mais alta da vida comunitária.

*CONSTITUIÇÕES DA ORDEM DOS IRMÃOS DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA do MONTE CARMELO.

 

[1]     Cfr ET 43.

[2]     Sal 33,4.9.

[3]     Cfr II Cons. Prov., 64.

[4]     Cfr Lc 2,19.51; 1,46-55.

[5]     Cfr PO 14, 18; EE 29.

[6]     Cfr F. Thuis, Fascinados pelo mistério de Deus. Contemplação: fio condutor na vida do Carmo, Roma, Cúria Generalícia dos Carmelitas, 1983, pp. 42-43.

[7]     II Cons. Prov., 91.

[8]     Cfr II Cons. Prov., 84; XII Cons. Prov., 458.

Grande festa no Paraguai no sábado, com a beatificação de Maria Felícia Guggiari Echeverría, Carmelita Descalça também conhecida como Chiquitunga. O prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, presidiu a missa de beatificação.
A jovem Chiquitunga “nos mostra que o caminho das Bem-aventuranças é um caminho feito de plenitude. É possível, é real e enche o coração”, escreve o Papa Francisco em seu discurso aos jovens do Paraguai, durante sua viagem ao país, em julho de 2015, citando como exemplo Maria Felícia de Jesus Sacramentado, Chiquitunga, como seu pai a chamava carinhosamente por causa de seu físico magro, em contraste com a força de sua personalidade e fé.

Desde o nascimento até a morte, o seu imperativo de vida foi doar tudo ao Senhor, encontrar amor para oferecer-lhe. Um estilo de vida que sintetizou na espécie de fórmula matemática.

Breve biografia

Maria Felicia Guggiari Echeverría nasceu em Villarrica, em 12 de janeiro de 1925. Desde os 14 anos, dedicou-se intensamente à oração e ao apostolado na Ação Católica do Paraguai.

Durante este tempo, ajudava na catequese de crianças, jovens trabalhadores, universitários com problemas, pobres, doentes e idosos.

Em 14 de agosto de 1955, aos 30 anos, respondeu ao chamado de Deus e entrou para a vida contemplativa na Ordem das Carmelitas Descalças. Seu nome passou a ser Maria Felicia de Jesus Sacramentado.

Aos 34 anos, teve hepatite e, em 28 de março de 1959, domingo de Páscoa, faleceu. As últimas palavras da Chiquitunga foram: “Querido Papai, sou muito feliz! Como é grande a religião católica! Que alegria encontrar com meu Jesus! Sou muito feliz!” e “Jesus, eu te amo. Que doce encontro! Virgem Maria!”.

Em 13 de dezembro de 1997, começou o seu processo de beatificação. Em 2010, foi declarada “venerável” por Bento XVI.

Em 1º de junho de 2017, a junta médica do Vaticano comprovou a sua intercessão na cura milagrosa de Angel Ramón, um recém-nascido que em 2002 reviveu depois de permanecer durante 20 minutos sem sinais vitais após o parto. Fontes: https://www.acidigital.com; www.facebook.com/vaticannews.pt