Olhar Jornalístico

Brasil registra primeiro caso confirmado de gato com Covid-19

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Publicado em 19 outubro 2020
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Cientista adverte que pessoas infectadas pelo coronavírus devem se manter isoladas de seus animais

 

Primeiro animal de estimação a testar positivo para o coronavírus Sars-CoV-2 do Brasil foi descoberto em Cuiabá, no Mato Grosso Foto: Arquivo pessoal

 

Ana Lucia Azevedo

RIO — O primeiro animal de estimação a testar positivo para o coronavírus Sars-CoV-2 do Brasil foi descoberto em Cuiabá, no Mato Grosso. É uma gatinha de poucos meses. Ela não tem sintomas da Covid-19 e contraiu a doença de seus donos este mês. A possível infecção de outro gato e de um cachorro está em estudo. A gatinha foi testada positiva pelo exame molecular de PCR, padrão ouro para o coronavírus, pela pesquisadora Valéria Dutra, professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá.

A cientista adverte que pessoas infectadas pelo coronavírus devem se manter isoladas de seus animais. A gata foi infectada pelo Sars-CoV-2 porque teve contato com os donos durante o período de isolamento deles.

O caso acende o alerta para o risco de as pessoas transmitirem o coronavírus para os animais. Investiga-se a hipótese de estes poderem, então, contaminar gente e outros bichos. Isso não só aumentaria os meios de transmissão quanto os reservatórios do vírus, apesar de, por ora, sejam somente hipóteses, sem comprovação.

Em laboratório, na China, mostrou-se ser possível que gatos transmitam a doença para outros felinos. Mas não se sabe se podem transmitir para seres humanos e sequer se o contágio entre felinos é fácil. A suposição é de que não não seja.

— Minha preocupação é que os animais infectados levem o coronavírus para mais animais e pessoas. No caso do gato é ainda mais complexo do que no do cão porque gatos que moram em casas muitas vezes saem de seu domicílio livremente — afirma Valéria Dutra.

Pouco se sabe sobre a Covid-19 em pets e há menos de 20 casos de cães e gatos comprovadamente infectados no mundo e relatados em literatura científica.

 

Mais suscetíveis que cães

Os gatos, pelo que se viu até agora, são mais suscetíveis do que os cães, explica Alexander Biondo, do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos poucos cientistas brasileiros a investigar a Covid-19 em pets.

Coordenador do maior estudo para estudar o coronavírus em cães e gatos no Brasil, Biondo também é um dos autores principais da mais completa revisão internacional sobre o Sars-CoV-2 em animais, aceita para publicação pela “Frontiers in Veterinary Science”.

Dutra enviou amostras colhidas do animal para análise diagnóstica na semana passada pelo laboratório coordenado por Biondo e por outro grupo de Belo Horizonte. Também serão realizados exames de anticorpos.

A descoberta mostra ainda o elevado risco de festas e outras aglomerações para a transmissão da Covid-19. A gata pertence a um casal com um filho pequeno, todos infectados numa festa de família em setembro. Os pais adoeceram, mas a criança permanece assintomática, assim como a gatinha.

 

Cadeia de contágio

Uma única pessoa infectada pelo Sars-CoV-2 na festa contagiou pelo menos outras seis, que adoeceram, diz Dutra. Essa pessoa, que também adoeceu, distribuía lembrancinhas aos convidados e, sem saber, passou o coronavírus adiante.

A festa, onde se usava máscara a maior parte do tempo, gerou uma cadeia de contágio que inclui mais casos, pois pessoas contaminadas lá, por sua vez, transmitiram o vírus a outras.

— As pessoas, todas de um grande grupo familiar, relataram que só tiravam a máscara para comer e beber. Ainda assim, o vírus fez um enorme dano. Aglomerações são muito perigosas — salienta Dutra.

Além disso, um segundo gato e um cachorro, também de pessoas que foram à festa, testaram positivo, mas como a carga viral é mais baixa (menor concentração de vírus), seus casos permanecem inconclusivos, em estudo.

O animal foi identificado graças à persistência da pesquisadora. Dutra, apesar de ser veterinária, foi convocada para testar pessoas no hospital da UFMT porque seu grupo tinha expertise em testes de PCR. Ela, porém, tomava o cuidado de perguntar às pessoas com Covid-19 que atendia, se tinham animais domésticos e aceitavam que eles fossem testados. A família da gatinha tem alta carga viral.

— Quanto maior a carga viral, maior o risco de transmissão — explica Dutra.

 

Entenda o coronavírus nos animais de estimação

 

O que se sabe sobre Covid-19 em animais de estimação?

Ainda muito pouco, são raros os estudos. O primeiro caso é o de um lulu da Pomerânia, de Hong Kong, identificado em 26 de fevereiro, após sua dona contrair Covid-19. O animal tem 17 anos e várias comorbidades, mas permaneceu assintomático. Até julho, data da última revisão, havia cinco casos de cães e outros cinco de gatos, comprovados.

 

O risco de Covid-19 para os animais é elevado?

Com base nas poucas informações disponíveis, esse risco é considerado baixo e nos animais os sintomas são leves, quando existem.

 

E os pets podem passar o Sars-CoV-2 para seres humanos?

Não existem casos conhecidos.

 

O que se deve fazer para manter os pets seguros?

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) recomenda manter os gatos em casa sempre que possível e não permitir que eles saiam livremente à rua. Cães devem ser mantidos à distância de pelo menos dois metros uns dos outros e contato com pessoas estranhas deve ser limitado. Aglomerações devem ser evitadas tanto por pessoas quanto por animais.

 

O que devem fazer pessoas com o coronavírus?

Devem manter-se isoladas também de seus animais de estimação.

 

Existem testes para diagnóstico?

Sim, em algumas cidades. Mas o teste para Sars-CoV-2 não deve ser confundido com os realizados para outros coronavírus que afetam os pets: o coronavírus entérico canino e o coronavírus da peritonite infecciosa felina, que nada têm a ver com a Covid-19.

 

Animais devem usar máscara?

Não. O CDC não recomenda o uso de máscaras e alerta que elas podem causar danos a eles. Fonte: https://oglobo.globo.com

 

BOM DIA, BOA TARDE, BOA NOITE! Ótima segunda-feira, dia 19- AO VIVO

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Publicado em 19 outubro 2020
  • Ordem Terceira do Carmo,
  • Angra dos Reis,
  • Youtube Live,

Sábado, dia 17. Angra dos Reis- Ao vivo.

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Publicado em 17 outubro 2020
  • Angra dos Reis,
  • Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Angra dos Reis,
  • Carmo de Angra dos Reis

Missas com Frei Petrônio de Miranda em Angra dos Reis neste final semana.

Sábado 17. 19h no Carmo

Domingo 18. 17h e 19h também no Carmo. (As 19h teremos a Bênção do Santíssimo). 

Confronto entre policiais e milicianos deixa 12 mortos na Região Metropolitana do Rio

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Publicado em 16 outubro 2020
  • Violência na Baixada Fluminense,
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  • Tiroteio na Rodovia Rio-Santos,
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  • Violência em Itaguaí,

Tiroteio ocorreu na Rodovia Rio-Santos, em Itaguaí, durante mais uma ação da força-tarefa da Polícia Civil, criada para combater a ação de milícias na Baixada Fluminense, que podem influenciar nas eleições. Operação, em conjunto com a PRF, interceptou um comboio de milicianos formado por quatro carros.

Na ação, os policiais foram atacados pelos suspeitos, que portavam fuzis, metralhadoras e pistolas. A polícia não informou os nomes dos homens mortos, mas, antecipou que um deles é um chefe da milícia em Itaguaí. Um policial ficou ferido levemente durante o confronto. Fonte: https://cbn.globoradio.globo.com

ANGRA DOS REIS /RJ: Ao vivo nesta terça-feira, dia 13

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Publicado em 13 outubro 2020
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Homem picado por cascavel deixa UTI; fisioterapia é mantida para olhos e pernas

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Publicado em 09 outubro 2020
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Vinicius Florindo, de 24 anos, segue no hospital, mas internado em um quarto. Ele estava em um sítio com dois amigos, em Jundiaí (SP), quando o acidente ocorreu.

Por Carlos Dias, G1 Sorocaba e Jundiaí

O vendedor de 24 anos picado por uma cobra cascavel em um sítio foi transferido da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o quarto. O paciente está internado em Jundiaí (SP) e faz fisioterapia para movimentar os olhos e caminhar.

Vinicius Florindo cortava capim para uma égua quando foi picado pelo animal na região da canela no sábado (3).

Ao G1, a mãe de Vinicius, Carla Fiorante, disse que o filho apresentou melhora na noite de quinta-feira (8) e, por isso, foi transferido para o quarto. Com dificuldade, o jovem agora consegue sentar na cama e a mexer os olhos.

"Sentou na cama e conseguiu mexer os olhos com um pouco de dificuldade, mas está se levantando com ajuda e fazendo fisioterapia, tanto para os olhos ou para caminhar. Está muito melhor e estou muito contente", disse.

 

Homem não queria ir ao médico

Mesmo usando uma bota de cano longo, o animal deu o bote e o acertou a canela de Vinicius. O caso aconteceu na área do bairro do Poste, em um sítio de Jundiaí.

“[Ele] Disse que não sentiu dor e nem queria ir ao médico, porque acreditava não ter sido nada. Um amigo falou para ir ao hospital e [ele] foi sozinho”, afirmou a mãe.

Vinicius, que é morador do bairro Hortolândia, deu entrada em um hospital particular de Jundiaí. Depois, ele foi encaminhado, no mesmo dia, para o hospital São Vicente, na mesma cidade.

 

Dúvida entre cascavel e jararaca

Segundo Carla, seu filho estava confuso sobre qual espécie de cobra o havia picado: uma cascavel ou uma jararaca. Segundo ela, um exame apontou ser uma cascavel e, assim, os médicos puderam aplicar o soro correto.

O paciente ainda chegou a apresentar alergia ao medicamento, mas que foi combatida.

Em nota, o Hospital São Vicente disse que houve uma divergência de comunicação ao pedir o soro.

"Na ocasião, verificou-se tratar-se de picada de animal peçonhento, para o qual foi solicitado soro antiofídico (anticrotálico). Devido a uma divergência de comunicação, o soro foi pedido ao CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas) – Unicamp. O HSV possui o soro citado e é referência para o atendimento em casos de acidentes com animais peçonhentos em Jundiaí e região.” Fonte: https://g1.globo.com

AO VIVO-ANGRA DOS REIS/ RJ. Sábado, 3 de outubro.

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Publicado em 03 outubro 2020
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AO VIVO ANGRA/RJ: Segunda-feira, 28 de setembro-2020

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Publicado em 28 setembro 2020
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A população e a rua.

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Publicado em 27 setembro 2020
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  • Vigário episcopal para a população de rua da Arquidiocese de São Paulo

A população e a rua

Políticas públicas são pífias por cercear autonomia

Padre Julio Lancellotti

Vigário episcopal para a população de rua da Arquidiocese de São Paulo

 

A população em situação de rua cresce em todo o Brasil e nas grandes cidades do mundo. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não faz o censo dos que sobrevivem nas ruas por considerá-los sem domicílio. Já o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta que há 220 mil pessoas pelas ruas das cidades do país.

A população em situação de rua é heterogênea e necessita de propostas que comtemplem a diversidade humana. Respostas únicas, como centros de acolhida, não respondem mais às reais necessidades. Precisamos ampliar respostas que priorizem a autonomia, a não burocratização e a não institucionalização. Nesse sentido, a locação social e o acesso às políticas de moradia são fundamentais. O binômio moradia e trabalho são inseparáveis.

As respostas das chamadas políticas públicas têm sido ineficazes e pífias por serem insuficientes e cerceadoras da autonomia. É comum ouvir dos administradores públicos: “Há vagas sobrando!”. As autoridades esquecem que quem precisa de vagas são carros. Pessoas precisam de lugar! Lugar com significado, pertencimento e autonomia.

As cidades são muitas vezes governadas pela especulação imobiliária. As pessoas são expulsas das regiões centrais, invisibilizadas, reprimidas e tratadas com repressão e violência. A propriedade e a especulação ferem e matam.

Conviver com a população em situação de rua é resistência e denúncia da opressão e da banalização da miséria a que são submetidos. A vida, em todas as dimensões, é negada e reprimida. Não se levam em conta os sentimentos, as emoções. A sexualidade é negada, e a diversidade, reprimida e moralizada.

Respostas humanizadoras são prementes! Não aceitamos a zeladoria urbana que considera as pessoas como lixo, que furta seus poucos pertences. Não aceitamos segurança pública racista que sempre os trata como suspeitos. A população em situação de rua não é toda dependente de álcool e de outras drogas. Muitos padecem de sofrimento mental, são pessoas que perderam quase tudo na vida e esperam resistir e superar desafios imensos.

Todos os dias me pedem trabalho, querem ser reconhecidos. Precisam ser reconhecidos e tratados com respeito e humanidade.

Refugiados urbanos, expulsos e indesejáveis. Dizem sempre: “Leve para casa!” Queria que fossem para uma casa. A casa deles, onde tivessem a chave, a cama, a mesa e os alimentos. As pessoas que sobrevivem, que sofrem e morrem pelas ruas nos questionam a construir uma cidade mais humana, que tenha lugar para todos.

Não podemos idealizar nem demonizar, mas humanizar. Nem flores nem bombas. Mas, sim, respostas humanas e dignas! Neste tempo de pandemia, precisamos refletir e nos comprometer a olhar com compaixão o sofrimento dos descartados, que não têm sequer onde lavar as mãos, onde dormir com privacidade e proteção e praticar o isolamento social.

Não são as pessoas em situação de rua que adulteraram álcool em gel nem superfaturaram respiradores durante a pandemia. Muitos ficaram abandonados pelas ruas e praças à espera de socorro —que, em vários lugares, tardou a chegar. As redes hoteleiras poderiam ter sido mais solidárias e acolhedoras.

Os consultórios de rua deram exemplo e testemunho de presença, como na cidade de São Paulo. Aqui, é comum dizerem: “Há mais casa sem gente do que gente sem casa”.

As ruas não são lugares para ninguém viver —e muito menos para morrer! Que os sofrimentos, ameaças e ataques destes tempos nos ajudem a lutar para sermos fiéis e não desanimarmos na busca de mais fraternidade e partilha.

A renda mínima será uma boa resposta em todo o país, mas que poderia ser iniciada em nível municipal para que as desigualdades desapareçam e as pessoas em situação de rua cresçam em esperança e possibilidades.

Reprimir e criminalizar é pouco eficiente, além de desumano, e não dignifica ninguém. A coragem de considerar fraternalmente a população em situação de rua é um desafio para todos e todas que se consideram humanos e dignos de credibilidade. Fonte: www1.folha.uol.com.br

O dilema das redes sociais

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Publicado em 21 setembro 2020
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  • documentário sobre as redes “The Social Dilemma”

Em sua bolha, o indivíduo tem a sensação de tudo entender pelas teorias conspiratórias

FERNANDO GABEIRA

 

Acabo de assistir ao documentário sobre as redes “The Social Dilemma”. É assustador mesmo para mim, que tenho tratado do tema, sobretudo pelo ângulo das fake news e teorias conspiratórias que impulsionam o tecnopopulismo de direita.

Uma das razões para ampliar minha abordagem do tema é contar com depoimentos de insiders, pessoas de dentro do universo tecnológico que trabalharam e ajudaram a construir plataformas como Twitter, Facebook, Instagram e YouTube.

A maior parte da crítica disponível até então era de observadores de fora desse universo. Outra limitação de meu enfoque era observar apenas as consequências negativas das redes sociais no universo político, gerando uma atmosfera de ódio e mentiras.

Ao ver o documentário, fica claro para mim que as consequências políticas foram apenas um subproduto diante da tarefa central: usar a insegurança e a ansiedade das pessoas para torná-las dependentes do uso das redes e, com o acúmulo dos seus dados, impulsionar vendas.

Isso não chega a ser uma descoberta. O interessante é ouvir de alguém que encontrou o Facebook nos seus primórdios e teve como tarefa descobrir uma forma de fazer dinheiro com aquilo.

Quase todos os talentos contratados no início viam nas redes sociais algumas de suas inegáveis qualidades: unir famílias, ampliar o conhecimento coletivo, facilitar a solidariedade.

O caminho para financiar era a publicidade. Ela seria mais eficaz quanto maior o tempo de permanência do usuário, e muito mais eficaz também, na medida em que, conhecendo sua personalidade, às vezes mais profundamente do que ele próprio, fosse possível ampliar seu consumo.

Essa é a matriz que acabou produzindo as aberrações político-sociais que vivemos hoje. A radicalização política é necessária para prender a atenção das pessoas. As fake news são atraentes diante de uma realidade tediosa.

Isolado em sua bolha, o indivíduo tem a sensação de tudo compreender pelas teorias conspiratórias. Se alguém diz que pedófilos se reúnem no porão de uma pizzaria, ele tenta invadi-la armado de um fuzil, apesar de a pizzaria nem ter porão.

Se alguém acredita que a Terra é plana, será alimentado com inúmeras interpretações que fortalecem essa ilusão. Na busca do Google, dependendo da região, o aquecimento global aparece como uma fraude ou uma tese científica.

O problema central é que, ao contrário da TV ou do cinema, a inteligência artificial tende a se modificar num ritmo cada vez mais alucinante. Alguns dos participantes do documentário preveem que o processo deve acentuar polarizações e produzir guerras civis. Mas é evidente que algo pode ser feito para atenuar esses imensos efeitos negativos do avanço tecnológico.

Certamente não é criando comissão da verdade, como queriam alguns parlamentares brasileiros. Apesar de assustador, ou por causa disso, o documentário nos estimula a buscar soluções.

Às vezes invejamos a intimidade das crianças com essas novas linguagens, um mundo fantástico se desenrolando com o simples toque de seus dedinhos. Mas nossa geração intermediária talvez possa contribuir com suas lembranças do mundo real. Outro dia, falando sobre o tema, lembrei-me de que muitos de nós foram influenciados pela filosofia do Pós-Guerra, o existencialismo. Uma de suas frases lapidares, de Jean-Paul Sartre, talvez fosse de utilidade para os jovens: o inferno são os outros.

Assim como é preciso estimular o estudo de ideias conflitantes, talvez compense retirar do armário o antigo conceito de autenticidade, que estimula a pessoa ser ela mesma, independente de likes, dislikes e ofensas grosseiras.

Voltando ao plano político, uma das questões básicas é achar o caminho para limitar o acúmulo de informações sobre as pessoas. Um dos entrevistados chegou a falar de impostos para reduzir o intenso consumo de dados pessoais pelas empresas. Não sei se é por aí.

Alguém no documentário lembrou que essas gigantes tecnológicas e a indústria das drogas são as únicas que chamam seus clientes de usuários. É um pouco exagerado, mas depois de ver “The Social Dilemma”, creio que todo mundo vai se perguntar até que ponto está viciado nas redes sociais e quais os caminhos da libertação. Fonte: https://oglobo.globo.com

ANGRA DOS REIS-AO VIVO: Segunda-feira, 21 de setembro-2020.

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Publicado em 21 setembro 2020
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Batida frontal entre caminhão e van deixa 12 mortos e 1 ferido na BR-365, em Patos de Minas

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Publicado em 20 setembro 2020
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Acidente foi registrado na madrugada deste domingo (20), próximo ao trecho conhecido como 'Curva dos Moreiras'.

 

Por Nathália Alves e Paulo Barbosa, G1 Triângulo e Alto Paranaíba

Uma batida frontal entre um caminhão e uma van na BR-365 deixou 12 mortos e 1 ferido em Patos de Minas (MG), na madrugada deste domingo (20).

Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, os mortos são 11 passageiros que estavam na van, que seguia para Patrocínio (MG), e o motorista do caminhão, que tem placa de Itabaiana (SE).

Um passageiro da van de 26 anos foi socorrido para o Hospital Regional de Patos de Minas em estado grave, com ferimentos na cabeça, no abdome e no joelho.

Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Patos de Minas, que ainda não divulgou a identidade de todas das vítimas, apenas uma foi identificada.

O corpo do motorista da van, de 27 anos, e dos passageiros que morreram serão levados para as cidades de São João de Minas, Varzelândia, Brasília de Minas e Januária, todas no norte de Minas. Já o corpo do condutor do caminhão, de 31 anos, será encaminhado para Itabaiana, no Sergipe.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a suspeita é que o motorista da van tentou desviar de uma árvore que caiu na pista por conta de uma queimada e atingiu o caminhão que estava no sentido contrário.

"A árvore na estrada pode ter sido o resultado de uma queimada às margens da rodovia. A base da árvore estava queimada, danificada pelo fogo. Ela caiu e bloqueou metade da pista de rolamento", explicou o PRF João Alvarenga.

O acidente ocorreu no km 373 da rodovia, num trecho conhecido como Curva dos Moreiras. Os bombeiros informaram que a van seguia para Patrocínio. O trânsito foi totalmente interditado até as 5h30 e a pista foi totalmente liberada às 8h, segundo a PRF.

Na tarde deste domingo, o Corpo de Bombeiros afirmou que a van transportava trabalhadores rurais do norte de Minas, da região de São João da Ponte, e estavam em Patrocínio para a colheita do café.

Além do corte dos galhos da árvore que estavam na pista, os militares também realizaram a supressão da mesma, pois o tronco estava comprometido.

Os bombeiros disseram ainda que foram acionados, neste sábado (19), para atuação em vários incêndios de grandes proporções em fazendas. Contudo, a corporação afirma não teve como precisar se a localização do acidente foi consequência de uma das queimadas registradas no dia anterior.

 

Segundo acidente

De acordo com a PRF, cinco minutos após a pista ter sido totalmente liberada, um segundo acidente foi registrado.

 

Batida traseira entre dois caminhões em Patos de Minas (MG) — Foto: Paulo Barbosa/G1

A PRF informou que por pressa e falta de atenção, um caminhão bateu na traseira do outro, espalhando a carga pelo local.

Já o Corpo de Bombeiro disse que um dos veículos teve uma pane elétrica assim que a rodovia foi liberada e não conseguiu sair do local. Com o fluxo do trânsito em andamento, um segundo caminhão não conseguiu desviar e bateu no outro que estava parado na pista.

Um dos condutores ficou preso na cabine e precisou ser retirado pelos bombeiros. Ele estava consciente, sem ferimentos aparentes e recusou atendimento pré-hospitalar e encaminhamento para uma unidade.

Com o impacto da batida, um dos caminhões rodou nas duas pistas e ocupou os dois sentidos. A pista novamente teve que ser interditada e, até o momento, funciona em sistema pare e siga. O trecho será totalmente liberado após a remoção dos caminhões. Fonte: https://g1.globo.com

*25º Domingo do Tempo Comum - Ano A: Um Olhar

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Publicado em 19 setembro 2020
  • Evangelho Dominical,
  • Reflexão do Evangelho do Dia,
  • EVANGELHO DO DIA,
  • 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM,
  • Homilia do 25º Domingo do Tempo Comum
  • Pe. José Bortolini

A liturgia do 25º Domingo do Tempo Comum convida-nos a descobrir um Deus cujos caminhos e cujos pensamentos estão acima dos caminhos e dos pensamentos dos homens, quanto o céu está acima da terra. Sugere-nos, em consequência, a renúncia aos esquemas do mundo e a conversão aos esquemas de Deus.

A primeira leitura pede aos crentes que voltem para Deus. "Voltar para Deus" é um movimento que exige uma transformação radical do homem, de forma a que os seus pensamentos e ações reflitam a lógica, as perspectivas e os valores de Deus.

O Evangelho diz-nos que Deus chama à salvação todos os homens, sem considerar a antiguidade na fé, os créditos, as qualidades ou os comportamentos anteriormente assumidos. A Deus interessa apenas a forma como se acolhe o seu convite. Pede-nos uma transformação da nossa mentalidade, de forma a que a nossa relação com Deus não seja marcada pelo interesse, mas pelo amor e pela gratuidade.

A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de um cristão (Paulo) que abraçou, de forma exemplar, a lógica de Deus. Renunciou aos interesses pessoais e aos esquemas de egoísmo e de comodismo, e colocou no centro da sua existência Cristo, os seus valores, o seu projeto.

 

EVANGELHO - Mt 20,1-16ª: Atualização.

Antes de mais, o nosso texto deixa claro que o Reino de Deus (esse mundo novo de salvação e de vida plena) é para todos sem exceção. Para Deus não há marginalizados, excluídos, indignos, desclassificados... Para Deus, há homens e mulheres - todos seus filhos, independentemente da cor da pele, da nacionalidade, da classe social - a quem Ele ama, a quem Ele quer oferecer a salvação e a quem Ele convida para trabalhar na sua vinha. A única coisa verdadeiramente decisiva é se os interpelados aceitam ou não trabalhar na vinha de Deus. Fazer parte da Igreja de Jesus é fazer uma experiência radical de comunhão universal.

Todos têm lugar na Igreja de Jesus... Mas todos terão a mesma dignidade e importância? Jesus garante que sim. Não há trabalhadores mais importantes do que os outros, não há trabalhadores de primeira e de segunda classe. O que há é homens e mulheres que aceitaram o convite do Senhor - tarde ou cedo, não interessa - e foram trabalhar para a sua vinha. Dentro desta lógica, que sentido é que fazem certas atitudes de quem se sente dono da comunidade porque "estou aqui há mais tempo do que os outros", ou porque "tenho contribuído para a comunidade mais do que os outros"? Na comunidade de Jesus, a idade, o tempo de serviço, a cor da pele, a posição social, a posição hierárquica, não servem para fundamentar qualquer tipo de privilégios ou qualquer superioridade sobre os outros irmãos. Embora com funções diversas, todos são iguais em dignidade e todos devem ser acolhidos, amados e considerados de igual forma.

O nosso texto denuncia ainda essa concepção de Deus como um "negociante", que contabiliza os créditos dos homens e lhes paga em consequência. Deus não faz negócio com os homens: Ele não precisa da mercadoria que temos para Lhe oferecer. O Deus que Jesus anuncia é o Pai que quer ver os seus filhos livres e felizes e que, por isso, derrama o seu amor, de forma gratuita e incondicional, sobre todos eles. Sendo assim, que sentido fazem certas expressões da vivência religiosa que são autênticas negociatas com Deus ("se tu me fizeres isto, prometo-te aquilo"; "se tu me deres isto, pago-te com aquilo")?

Entender que Deus não é um negociante, mas um Pai cheio de amor pelos seus filhos, significa também renunciar a uma lógica interesseira no nosso relacionamento com ele. O cristão não faz as coisas por interesse, ou de olhos postos numa recompensa (o céu, a "sorte" na vida, a eliminação da doença, o adivinhar a chave da lotaria), mas porque está convicto de que esse comportamento que Deus lhe propõe é o caminho para a verdadeira vida. Quem segue o caminho certo, é feliz, encontra a paz e a serenidade e colhe, logo aí, a sua recompensa.

Com alguma frequência encontramos cristãos que não entendem por que é que Deus ama e aceita na sua família, em pé de igualdade com os filhos da primeira hora, esses que só tardiamente responderam ao apelo do Reino. Sentem-se injustiçados, incompreendidos, ciumentos, invejosos e condenam, mais ou menos veladamente, essa lógica de misericórdia que, à luz dos critérios humanos, lhes parece muito injusta. Na sua perspectiva, a fidelidade a Deus e aos seus mandamentos merece uma recompensa e esta deve ser tanto maior quanto maior a antiguidade e a qualidade dos "serviços" prestados a Deus. Que sentido faz esta lógica à luz dos ensinamentos de Jesus?

 

Fazer justiça aos últimos: Um Olhar social do Evangelho.

Pe. José Bortolini

Enquanto pautamos nossa vida pelos critérios dos operários da primeira hora jamais alcançaremos a justiça do Reino.

Quais são os últimos da nossa sociedade? Como fazer-lhes justiça? A título de sugestão: Mostrar quanto ganham os políticos e o que sobra para os operários, empregadas domésticas, professores do ensino básico, etc. Onde está a justiça do Reino? Por que há tantos desempregados em nosso país? O neoliberalismo é o melhor caminho para se chegar à justiça do Reino?

*Leia a reflexão na íntegra. Clique no link ao lado- Evangelho do dia.

ANGRA-AO VIVO: E o coronavírus foi embora?

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Publicado em 19 setembro 2020
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O mistério da tristeza

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Publicado em 11 setembro 2020
  • A depressão e a ansiedade
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  • A depressão
  • Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio,
  • Associação Brasileira de Psiquiatria
  • 12 mil suicídios todos os anos no Brasil
  • 1 milhão de suicídio no mundo

O mistério da tristeza

Depressão é a principal causa do suicídio, mas quem tem não quer morrer: quer se livrar da dor

 

EDUARDO AFFONSO

Já na infância, me acontecia com frequência o que, por falta de vocabulário, eu chamava de “a onda”. Vinha sem aviso, me inundava e me arrastava a um abismo de onde eu não via como escapar. “A onda” era imprevisível. E aterradora.

Eu encontrava conforto num dos volumes d’“O mundo da criança”, mais especificamente na fotografia do que hoje sei tratar-se de um depósito de gás, esférico, de cujo topo emergia uma escadinha helicoidal. Meu sonho infantil não era ser médico, como meu tio, ou advogado, como meu pai — mas encontrar aquela escada e escapar do mundo. Para estar a salvo da “onda”.

Me ensinaram a ler, e li compulsivamente. Nos livros, encontrei onde me proteger do desamparo. Ninguém se deu conta dos sinais — o isolamento, a falta de amigos, de energia (pais sempre têm mais com o que se ocupar, professores têm provas a corrigir). O sofrimento era mudo, incomunicável. Invisível.

Na adolescência, conheci a canção de Paulo César Pinheiro e Dori Caymmi: “Era uma criança tão singela / Só que Deus pôs dentro dela / O mistério da tristeza”. Ainda sem conhecer a palavra “depressão” — e ainda acreditando em Deus — me vi ali, e passei a recorrer a “o mistério da tristeza” quando queria tentar me explicar o inexplicável, entender o ininteligível.

Não aprendi, até hoje, a conviver com a depressão, mas a sobreviver a ela. Descobri que não é incompatível com as responsabilidades que assumi, com o humor que cultivo. Intuí que tem cura — só é preciso corrigir a química cerebral para entender como funciona a linha de montagem dessa angústia aguda e prolongada, mas não infinita. Me permiti conversar com a ideia de suicídio, com o alívio de saber que, se tudo o mais falhasse, sempre haveria a escadinha helicoidal para me pôr a salvo das ondas e tristezas cuja origem era um mistério.

Tornei-me atento aos gatilhos da engrenagem que faz “a onda” se erguer. E aos presságios que antecedem o tsunami: irritabilidade, insônia crônica, sonolência incessante, apatia. O mundo perder a graça, extinguirem-se o apetite, o tesão.

A cada setembro, aparecem os laços amarelos da campanha de prevenção ao suicídio. E me ocorre que a melhor prevenção seja desmitificar essa palavra, desatá-la do seu estigma. E acolher sem julgamento. Compreender que depressão não é falta de fé ou de força. Que não é preciso estar prostrado ou descuidado da higiene para merecer apoio — o mal costuma estar silencioso, encoberto. Que, além da morte física, há a psíquica. Que nada substitui a compaixão, essa intangível capacidade de sentir o que outro sente.

A depressão é uma doença à qual ninguém é invulnerável. Por traços genéticos ou pelas circunstâncias, somos todos suscetíveis a seu assédio. Ela é a principal causa do suicídio, mas quem tem depressão não quer morrer: quer se livrar da dor. E pode chegar o momento em que dor e vida se confundam de tal forma que a vida se torne o preço a pagar para que cesse o sofrimento.

Não há romantização possível para o suicídio, seja ele o desespero de quem se atira do edifício ou o ato longamente amadurecido de deixar autorizada a ortotanásia no testamento vital. Tampouco deve ser tabu. É preciso falar dele, ouvir a voz dos que sucumbiram, como Robin Williams e toda a sociedade dos poetas suicidas — Sá-Carneiro, Sylvia Plath, Torquato Neto, Florbela Espanca, Ana Cristina César. Pensar que talvez seu desconsolo não fosse uma sina, que o desfecho que deram à sua dor não era inevitável.

Não, não sou depressivo. A depressão não me define. Ela me afeta, me limita. Me obriga a estar atento aos gatilhos, a buscar (e aceitar) ajuda. Confere um peso à minha vida, que é compensado com um olhar mais leve, irônico, de quem sabe que viver só faz sentido enquanto valer a pena. Que a qualquer momento uma onda pode vir e levar tudo, e que a felicidade — assim como a tristeza sem fundo, esse demônio do meio-dia — nunca vai deixar de ser um mistério.

Setembro pode ser um bom momento para exercitar a parresia, a coragem da fala franca e da escuta verdadeira. Falar abertamente sobre as emoções; permitir-se ouvir. E estreitar os laços oferecidos pelo setembroamarelo.org.br. Fonte: https://oglobo.globo.com

ANGRA AO VIVO: Terça - feira, 8 de setembro-2020.

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Publicado em 08 setembro 2020
  • Carmo de Angra
  • Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Angra dos Reis,
  • ANGRA AO VIVO

Professora morre de Covid-19 na frente de alunos durante aula virtual

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Publicado em 06 setembro 2020
  • coronavírus
  • pandemia
  • pandemia do vírus
  • Professora morre de Covid-19 na frente de alunos durante aula virtual
  • Professora morre de Covid-19 na frente de alunos
  • vítima da Covid-19

Paola de Simone desmaiou enquanto lecionava Relações Internacionais pelo Zoom

 

Paola de Simone, uma professora de 46 anos, morreu vítima da Covid-19 enquanto lecionava  uma aula virtual no curso de Relações Internacionais. Ela estava em sua casa quando desmaiou na frente dos alunos durante a transmissão pelo aplicativo Zoom.

Paola era docente da Universidad Argentina de la Empresa e estava lutando contra a doença havia várias semanas. O caso aconteceu na última quarta-feira (02.09).

De acordo com o jornal "Clarín", a professora começou a passar mal durante a aula, deixando seus alunos preocupados. Eles chegaram a pedir seu endereço para oferecer ajuda, mas ela teria dito que não poderia informar. Foi quando desmaiou e morreu.

Imagens do incidente chegaram a ser compartilhadas na internet, causando indignação nas redes sociais.

Antes de morrer, a professora relatou em seu perfil no Twitter que os sintomas da Covid-19 não davam sinais de melhora conforme o passar dos dias. Ela estava doente há cerca de um mês.

Paola teria sido encontrada já sem vida pelo marido em sua casa. Ele, que é médico e tem uma filha pequena com a professora, não estava na residência na hora da morte.

A universidade onde a professora trabalhava publicou uma nota de pesar nas redes sociais lamentando o incidente.

"Paola foi uma professora apaixonada e dedicada, excelente profissional e uma grande pessoa, com mais de 15 anos de trajetória na UADE", diz o comunicado. Fonte: https://vogue.globo.com

Quarta-feira 2 de setembro: Ao vivo direto de Angra dos Reis/RJ.

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Publicado em 02 setembro 2020
  • Angra dos Reis,
  • Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Angra dos Reis,
  • Angra dos Reis na Costa Verde do Rio,
  • Ao vivo direto de Angra dos Reis

120 anos da morte de Nietzsche, o profeta da morte de Deus

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Publicado em 25 agosto 2020
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A condenação do cristianismo

Há um tema central em sua vida e obra que não pode ser esquecido neste 120º aniversário de sua morte: o cristianismo. Nietzsche foi um dos filósofos modernos que mais refletiu sobre ele, e talvez de uma forma mais iconoclasta, como evidenciado em sua obra emblemática “O Anticristo. Maldição sobre o Cristianismo”, onde podemos ler o seguinte julgamento sumário: “Condeno o Cristianismo, levanto contra a Igreja Cristã a mais terrível de todas as acusações que qualquer acusador já teve na boca. Ela é para mim a maior de todas as corrupções imagináveis ... Eu chamo o Cristianismo de a única grande maldição, a única grande corrupção íntima, o único grande instinto de vingança, para o qual nenhum meio é tão venenoso, furtivo, subterrâneo, pequeno – eu o chamo de a única mancha imortal desonrosa da humanidade...”.

Esse julgamento foi registrado na imaginação coletiva de crentes e não crentes. Os primeiros a usaram para anatematizar o filósofo da morte de Deus; os segundos, para reafirmar suas atitudes críticas em relação à religião cristã. A ortodoxia cristã se encarregou de divulgá-lo – às vezes tirando-o do contexto – para ser acusado de razão ao apresentar Nietzsche como o símbolo de um mundo sem Deus e um dos mais ferrenhos inimigos do cristianismo de todos os tempos.

Sem negar a natureza radical de sua posição sobre o cristianismo, acredito que é mais matizado e complexo do que uma leitura rasa de Nietzsche pode nos levar a acreditar. Vou tentar contextualizar.

 

Desmascaramento da cultura ocidental

A crítica nietzschiana ao cristianismo se enquadra no desmascaramento que faz da tradição ocidental configurada por três fatores: a lógica socrática, o platonismo e o próprio cristianismo, que define como “platonismo para o povo”. Todos os três convergem, em sua opinião, na negação do instinto de vida. A esse respeito, concordo com Eugen Fink, um dos maiores especialistas de Nieztsche, que, para Nietzsche, o cristianismo é “apenas a manifestação mais poderosa na história universal de uma perda de instintos sofrida pelo homem europeu”. Perda que consiste em desvalorizar o mundo verdadeiro, a terra, e em inventar um transmundo ideal, o celestial.

 

Cristianismo alheio à realidade e inimigo da razão

O cristianismo é alheio à realidade, afirma Nietzsche. Suas causas são puramente imaginárias: a alma, o espírito. Seus efeitos também: graça, pecado, punição, redenção, perdão dos pecados. Opera com uma psicologia imaginária: arrependimento, remorso de consciência. A teologia pela qual é governado mostra o mesmo defeito, pois fala do juízo final, da vida eterna, do reino dos céus. Os seres a que se refere também são imaginários: Deus, espíritos, almas. O cristianismo é, em suma, “uma forma de inimizade mortal, até então insuperável, com a realidade”, lemos no Anticristo.

O Cristianismo é contrário à razão e à dúvida. É mais uma de suas críticas, que deve ser inserida no quadro da crítica geral à moral da resignação. O cristão mergulha na fé e renuncia à razão. Nada na fé “como no elemento mais claro e inequívoco” e afoga a razão nas ondas da credulidade. A dúvida, o simples olhar para um terreno sólido, já é um pecado. Até mesmo o próprio fundamento da fé e a reflexão sobre sua origem são considerados pecaminosos. Dogmas são, portanto, imunizados de todas as críticas.

 

A religião do ressentimento

O cristianismo é, em resumo, a religião do ressentimento e da compaixão. Nietzsche considera a compaixão um afeto doentio, um instinto depressivo, fraco e contagioso, que gera melancolia, obstrui as leis naturais da evolução e espalha o sofrimento pelo mundo. Precisamente o excesso de compaixão constitui uma das causas da morte de Deus, como o mostra o diálogo de Zaratustra com o último papa, já aposentado. “Você sabe como (Deus) morreu?” “É verdade... que foi a compaixão que o estrangulou?”, pergunta Zaratustra. Ao que o papa aposentado, depois de narrar a evolução de Deus, responde: “Um dia se sufocou com sua excessiva compaixão”.

 

Jesus, o “bom mensageiro” e Paulo, o “desangelista”

A crítica mais severa recai sobre Paulo de Tarso, a quem ele chama de “desangelista” – em contraposição ao “bom mensageiro” que Jesus era. Nietzsche considera Paulo o verdadeiro fundador, o inventor do Cristianismo, acima do sacerdote, que ele diz ser “a espécie mais viscosa do homem”, cuja missão é ensinar a contra-natureza, e sobre a teologia, “o máximo de propagação da falsidade”.

Da crítica salva Jesus de Nazaré – embora apenas em parte, como veremos em breve –, a quem define como um “espírito livre”, que não obedece a leis ou dogmas; um rebelde que se levanta contra a Igreja Judaica, os padres, os teólogos e a hierarquia dessa sociedade; um “santo anarquista”, que incita os excluídos a se rebelarem contra a classe dominante; um “criminoso político”: por isso foi crucificado; um “grande simbolista”, que só toma as realidades interiores como verdades, concebe o natural e o histórico como ocasião de parábola e o reino de Deus como estado do coração; um “bom mensageiro”, que morreu como viveu e de acordo com o que ensinou. Mas, imediatamente depois, ele o chama de “idiota”, no sentido de uma pessoa iludida, ingênua, sem noção de realidade, que permaneceu na puberdade e não desenvolveu instintos masculinos.

 

Do choque “corpo a corpo” ao diálogo com Nietzsche

A atitude mais frequente de um setor da teologia contra Nietzsche foi o corpo a corpo, a condenação total de sua filosofia, a rejeição de suas críticas ao cristianismo, qualificando-as como panfletárias e inconsistentes e acusando o filósofo do mesmo ressentimento que ele atribui ao cristianismo. Segundo os teólogos empenhados em salvaguardar a ortodoxia, a morte de Deus anunciada por Nietzsche afunda a humanidade na barbárie e na escuridão, e leva diretamente à morte do ser humano.

Eu creio que é preciso renunciar ao corpo a corpo com Nietzsche e optar pelo diálogo sincero e exigente. Nesse diálogo deve se conceder uma parte não pequena de razão ao filósofo, sobretudo em sua crítica a alguns modelos do cristianismo ainda vigentes hoje: o cristianismo idealista, que estabelece a separação entre a transcendência inteligível e a imanência sensível e apela apressadamente aos valores; o cristianismo caracterizado pelo desprezo do corpo, a negação do eu, o fomento dos instintos de morte e a repressão do instinto de vida; o cristianismo fideísta sem fundamento na razão, o cristianismo estritamente racionalista, que renuncia à narração, à parábola e ao símbolo.

No entanto, tenho que discordar de Nietzsche em aspectos fundamentais da sua teoria do cristianismo. Não posso compartilhar de sua crítica à compaixão. Esta é, para mim, uma dimensão fundamental do ser humano e a opção ética do Deus do êxodo e dos profetas de Israel/Palestina e de Jesus de Nazaré. Em ambos os casos se trata de uma práxis tendente a aliviar o sofrimento humano e a se solidarizar com as pessoas que vivem em situações sub-humanas. E isso não tem nada de fraqueza ou ressentimento, de negação da vida ou de renúncia ao prazer, mas sim todo o contrário: é força da libertação dos oprimidos, caminhos de solidariedade com as vítimas e defesa da vida dos que sofrem e morrem antes do tempo.

No caso de Paulo, é verdade que ele não segue a radicalidade da mensagem e da vida de Jesus de Nazaré e inicia o processo de espiritualização do cristianismo. Mas ele não o inventa. O que ele faz é libertá-lo da estreita estrutura judaica, abri-lo para o contexto cultural helenístico, dando-lhe uma orientação universalista e enfatizando a liberdade e a libertação que Jesus carrega:

“Para sermos livres, Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem sujeitar novamente ao jugo da escravidão... Já não há distinção entre judeu e gentio, entre escravo e livre, entre homem e mulher, porque todos vocês são um em Cristo” (Carta de Paulo de Tarso aos Gálatas 5, 1.3.28).

Por fim, tenho sérias dificuldades em aceitar o termo “idiota”, no sentido de ingênuo, aplicado a Jesus. O profeta galileu não é uma utopia ingênua. Ele tem uma consciência clara da realidade e um senso crítico da história. E isso o leva a entrar em conflito com os poderes religiosos, políticos e econômicos, com a sociedade patriarcal e com o próprio Deus, e a propor uma alternativa humanística de religião e sociedade.

Espero que esta breve abordagem dialética de Nietzsche contribua a escapar dos estereótipos, preconceitos e deformações com as quais, não poucos, pensadores cristãos abordaram o filósofo alemão para condená-lo de forma densa, reconhecer o sucesso de não poucas de suas críticas ao Cristianismo e distanciarem suas avaliações iconoclastas da ética libertadora de Jesus de Nazaré.

Para mergulhar na atitude de Nietzsche em relação ao cristianismo e à figura de Jesus de Nazaré, remeto ao meu livro Imagens de Jesus (Trotta, Madrid). Nele, analiso a imagem muito sugestiva e pouco conhecida de Jesus por Nietzsche. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

AO VIVO- ANGRA DOS REIS. Terça-feira 25.

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Publicado em 25 agosto 2020
  • Angra dos Reis,
  • Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Angra dos Reis,
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