Mariana (nome fictício), de 15 anos, sente o peito vazio. Não sabe explicar bem o que é. Só sofre. Desacreditou no amor da mãe, no contato com outros seres humanos e na fé evangélica da criação que recebeu na Zona Oeste do Rio. Entregou-se ao que agora viu ser uma falsa esperança: o Baleia Azul, uma série de 50 ordens que desconhecidos dão a adolescentes; a última, exige o suicídio do jovem. Mariana só está viva porque a mãe conseguiu impedir o fim trágico.

— Quem tiver com vontade de entrar no Baleia Azul, não faça isso. Só vai te causar coisas ruins. Em vez de parar sua tristeza, só vai aumentar. E vai acumular, e vai acumular... E quando você vê, já vai estar vazio por dentro e por fora. Apostem numa coisa que você gosta. Talvez numa música de que você gosta. Talvez você se sinta melhor. Porque eu sei o quanto dói, mas não vai ser um jogo que vai te fazer parar de sentir dor. E nem a morte — desabafa a menina.

Mariana não está sozinha. Só no Brasil, há, pelo menos, dois casos de morte sob investigação policial, em Mato Grosso e na Paraíba. A delegada interina da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio, Fernanda Fernandes, organiza o rastreamento de redes sociais de pessoas que teriam envolvimento com o Baleia Azul. Já há, pelo menos, mais dois casos na cidade em investigação. Os responsáveis podem responder por associação criminosa, lesão corporal e tentativa de homicídio.

Mariana foi internada após a mãe descobrir que ela estava participando do jogo, e já estava na 15ª ordem. A menina teve alta após dois dias e acabou tentando suicídio. A mãe, que abandonou o trabalho por preocupação, conseguiu impedir que o pior acontecesse.

A dor da mãe a fez recuar. Vez por outra, Mariana diz que sente vontade de desistir, mas tenta mudar de pensamento. Está em tratamento, e sonha em ser fotógrafa:

— Minha mãe me disse que fazia tudo para eu ficar viva. E eu entendi. Às vezes eu penso (na morte), mas aí eu penso no meu futuro — conta a menina.

Mensagens

O jogo consiste em uma série de 50 desafios, que devem ser cumpridos diariamente e que chegam por meio de mensagens (WhatsApp, Facebook, SMS e outros aplicativos e redes sociais).

Tarefas

Há desde tarefas simples, como desenhar uma baleia num papel, até outras muito mais mórbidas, como cortar os lábios ou furar a palma da mão. Em outra tarefa, o participante deve “desenhar” uma baleia em seu antebraço com uma lâmina.

Desafio mais macabro

O 50º desafio é sempre o mesmo: suicídio.

Como começou

Na Rússia, em 2015, uma jovem de 15 anos se jogou de um edifício. Dias depois, uma adolescente de 14 anos se atirou na frente de um trem. Após investigar, a polícia ligou os fatos a um grupo que participava de um desafio com 50 missões, sendo a última delas acabar com a própria vida. Fonte: http://extra.globo.com

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Tese de Megg Rayara de Oliveira foi baseada na própria trajetória de vida e de outros quatro professores negros homossexuais.

Antes Marco de Oliveira. Agora, Megg Rayara Gomes de Oliveira. Antes, uma vida marcada por preconceito e incompreensão. Agora, o orgulho de ser a primeira travesti negra conquistar o título de doutora na Universidade Federal do Paraná (UFPR) - maior instituição de ensino do estado.

A paranaense de Cianorte, no norte do estado, é professora substituta de Didática na UFPR desde o início deste ano letivo, e obteve o título com a tese “O diabo em forma de gente: (r)existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação”, no dia 30 de março.

O estudo, explica Megg, foi baseado na sua própria trajetória de vida e na de outros quatro professores negros homossexuais. “Minha pesquisa nasceu de uma inquietação pessoal, compartilhada por vários sujeitos que, assim como eu, se movem em busca de ocupação de espaços, seja na escola, no movimento social, e/ou na ação intelectual”, contou.

"Eu fico muito emocionada porque é difícil colocar o adjetivo de doutora, um título de doutora, antes do meu nome. Eu ainda estou absorvendo isso. Porque parecia que era uma história que não era minha porque depois de tudo que eu enfrentei nessa vida, vivenciar um momento tão potente de uma aceitação tão grande, de uma felicidade tão grande, parecia que nem era comigo", desabafou. Megg contou que descobriu a sua feminilidade ainda quando criança e que, desde então,

Luta contra o preconceito.

"Eu não sabia como me classificar. Eu não sabia como me definir. Eu só sabia que eu não era um menino. O que definia a minha feminilidade, era o cabelo comprido. Eu tentava deixar crescer, mas a minha mãe não deixava. Então, eu amarrava uma toalha de banho na cabeça e simulava uma peruca. Eu brincava na rua e no quintal de casa com minha peruca improvisada e nunca tive problemas com as outras crianças".

A dificuldade mesmo para enfrentar a sociedade, conta Megg, começou na escola. "Aí começou a complicar mais ainda essa imposição de um gênero masculino. Eu não podia mais usar a minha peruca de toalha, não podia ir pra escola com ela, aliás, eu queria ir, mas a minha mãe não deixava", disse.

"No primeiro dia de aula, e eu lembro disso como se fosse hoje, eu cheguei mais cedo na escola e me sentei na primeira carteira porque a minha irmã sempre me dizia que as crianças mais inteligentes e dedicadas tinham que sentar nas carteiras da frente. Mas quando a professora chegou, decidiu mudar a posição dos alunos na sala. E eu não sei qual critério ela usou para fazer isso, mas me colocou na última carteira, no fundo da sala", contou a paranaense.

Megg disse que, no fim das contas, o que a professora queria mesmo era escolher qual aluno deveria sentar perto ou longe dela na sala de aula.

"E essa não era uma postura somente da professora, era da escola, da sociedade. Embora fosse uma escola pública, municipal, havia esse critério de quem deveria avançar e quem deveria ser retido pelos professores de modo geral. E era muito recorrente, cada vez que eu levantava a mão para fazer uma pergunta, a professora me ignorava. Era muito triste mesmo", lembrou Megg.

A travesti contou que não percebeu muita diferença sobre o tratamento em sala de aula ao entrar para o Ensino Médio e até mesmo na faculdade. "No meu doutorado, por exemplo, eu tive problemas justamente quando eu escolhia bases teóricas de origem africana ou pesquisadoras negras e pesquisadores negros para sustentar o meu discurso porque essa base era sempre desqualificada pelas professoras e professores do doutorado", comentou.

"Eu me sentia como se o conhecimento acadêmico fosse próprio de pessoas brancas e heterossexuais. E a minha presença era quase uma maculação do espaço acadêmico", desabafou a paranaense.

"Decidi insistir na educação porque eu sabia que se tivesse uma boa formação escolar, teria mais chance no mercado de trabalho", declarou a travesti.

A tese do doutorado

O estudo, além de trazer trechos sobre a própria experiência de Megg, discute racismo e homofobia como dispositivos de poder e analisa como esses professores afirmaram-se na carreira docente. Emocionada, Megg contou que a tese não recebeu críticas da banca. Pelo contrário, foi muito elogiada e foi indicada para concorrer ao prêmio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) de melhor tese do ano.

"Isso é resultado de um esforço muito grande porque eu tinha que ter um resultado convincente. Apesar de que a banca que me avaliou, não fazia restrição nem com relação a minha negritude, nem com relação à minha identidade trans", declarou Megg. "Eu fiquei muito feliz quando eu fui aprovada. A tese foi muito festejada pela banca", acrescentou.

A banca avaliadora de Megg Oliveira foi composta pelos professores Maria Rita de Assis César (orientadora da tese), Paulo Vinícius Baptista da Silva (UFPR), Alexsandro Rodrigues (UFES), Marcio Caetano (UFRG) e Lucimar Dias (UFPR). "Depois dessa tese, nós fundamos uma nova linha de pesquisa na universidade voltada para diversidades, diferença e desigualdades sociais", explicou Maria Rita.

"É um orgulho para a UFPR. E é um orgulho termos a diversidade e a inclusão e a permanência dos alunos como um dos pilares da nova gestão de reitoria. O nosso objetivo é, acima de tudo, que essa tese venha a contribuir com um conjunto de políticas interna da universidade. E que possa ser um ambiente seguro e confortável para todas as diversidades", destacou Maria Rita.

Fonte: http://g1.globo.com

Adolescentes teriam recebido mensagens de 'curadores' do grupo, mas não teriam começado as 'fases' da brincadeira; jogo incentiva o suicídio.

RIO - A Polícia Civil fluminense tenta identificar três supostas vítimas do Baleia Azul, jogo que incentiva pela internet jovens a cometer suicídio, e busca localizar responsáveis pelas tentativas de aliciá-las. Os adolescentes teriam recebido mensagens de "curadores" do grupo, mas não teriam começado as "fases" da brincadeira. Elas incluem ordens para que o participante assista a filmes de horror de madrugada, mutile o próprio corpo e caminhe em locais perigosos, como o topo de prédios altos. Tirar a própria vida é o "desafio" final, segundo denúncias.

As investigações sobre o jogo do Rio foram iniciadas há cerca de duas semanas por policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Internet (DRCI). Pelo menos quatro testemunhas já foram ouvidas pela delegada Fernanda Fernandes, responsável pelo caso.

Segundo a policial, a chegada do jogo ao Rio foi comprovada na semana passada, quando a mãe de uma adolescente foi à delegacia relatar que a filha teria recebido mensagens do grupo. De acordo com Fernanda, a menina não chegou a entrar no jogo, mas foi identificada como uma "vítima em potencial". Indícios de outros casos também chegaram à delegacia, mas ainda estão em fase de identificação. 

"Nós estamos fazendo um trabalho de prevenção. Queremos chegar às vítimas, rastrear a atuação do grupo e evitar que haja algum caso de morte. Estamos lutando contra o tempo", disse a delegada.

Em Vila Rica, cidade a 1.276 km de Cuiabá (MT), a Polícia Civil investiga se a morte de uma estudante de 16 anos teria a ver com o jogo. O corpo da adolescente foi encontrado sem vida no fundo de uma represa. A polícia suspeita que a morte tenha ligação com o grupo porque teria sido encontrado um código escrito no braço da adolescente. Fonte: http://brasil.estadao.com.br

 

Francisco mantém esperança nas chuvas, pois ainda não tem acesso à água da transposição.

Em 68 anos de vida, o agricultor Francisco Leonardo da Silva, 68 anos, conta que nunca viu uma seca tão prolongada, no Cariri paraibano. Casado com a também agricultora Maria das Graças Oliveira Silva, 59 anos, ele já viu três filhos deixarem a Paraíba depois de uma estiagem que já dura 5 anos. O casal mora no sítio Pata, na zona rural de Cabaceiras. Com a chegada das águas da transposição do Rio São Francisco, o “Velho Chico” traz nova esperança ao “Chico de Maria”, como é conhecido o agricultor na região.

Quando tem água, o casal planta feijão, capim e cria gado. Francisco e Maria têm cinco filhos, sendo três mulheres e dois homens. Marcone de 21 anos e Márcio de 36 se mudaram para o Rio de Janeiro depois que o Rio Paraíba secou e eles ficaram sem água para plantação irrigada. Uma das filhas foi morar em Caruaru, Pernambuco, outra se mudou para a zona urbana de Cabaceiras e apenas a filha mais nova, de 16 anos, continua morando com o casal na zona rural.

“Eu tenho dois filhos (homens) que já foram pro Rio [de Janeiro] porque não tinham do que viver quando o Rio [Paraíba] secou. Já são cinco anos. Não teve do que sobreviver e [eles] estão lá agora. Lá (no Rio de Janeiro) eles trabalham de porteiros”, conta a mãe.

Fé do homem do campo

Mesmo com as “perdas dos filhos” para a seca, o casal nunca abandonou a terra, sempre acreditando que um dia a situação iria melhorar. A fé de Francisco não se abala, apesar das dificuldades enfrentadas.

“Eu não reclamo de nada, não. Deus é quem sabe a hora que manda ou que não manda (a chuva), né? Pode estar ruim, pode estar bom, pode estar do jeito que estiver, eu não

Bênção de Deus

No leito do Rio Paraíba ainda com o chão rachado pela seca, Maria usa uma pequena garrafa plástica para coletar um pouco da água que acabara de chegar ao sítio. “Eu vou levar para minha menina (a filha) a ver. Isso aqui é uma benção de Deus. Mais de 5 anos [de seca], né Chico?”, diz Maria para o marido.

Retorno dos filhos

A chegada da água traz ao casal a esperança de reencontrar os filhos. Alguns já querem voltar para casa. “Eles ligam todas as semanas. O [meu filho] mais novo diz que a hora que o rio encher, vem embora para plantar. Ele me disse que estava pra vir logo agora pra ver a água do rio chegando, mas eu disse: 'tenha calma, deixe chegar e vamos ver como vai ficar'”, disse Maria.

Esperar um pouco mais

O casal sabe que, mesmo com a chegada das águas, não terá efeito imediato na produção agrícola. A prioridade será a recarga dos açudes que abastecem a população no estado. “Não vão deixar plantar agora não porque vai ter que deixar passar muito tempo para abastecer as cidades como Boqueirão e Campina Grande”, disse Maria.

Com a água de poços artesianos, o casal tem plantado para garantir o mínimo de sustento da filha de 16 anos. “A gente nunca parou de plantar não porque a gente tem poço [artesiano]. Mas a gora vai ficar mais fácil né?”, disse Francisco.

A transposição

A água da transposição do Rio São Francisco chega à cidade de Monteiro, na Paraíba, através do eixo leste. Neste trecho, a água é captada na cidade de Petrolândia, no Sertão de Pernambuco e viaja por 208 quilômetros até chegar a cidade paraibana. As águas chegaram a Monteiro, no dia 8 de março deste ano.

A água captada do Rio São Francisco passa por seis estações elevatórias de água, cinco aquedutos, 23 segmentos de canais e ainda 12 reservatórios. A intenção da criança dos reservatórios é beneficiar as comunidades onde foram construídos e também garantir que a água não pare de correr pelos canais, caso seja necessário fazer algum reparo no trecho.

Os 12 reservatórios são: Areais, Braúnas (o maior deles, com capacidade para mais de 14 milhões de metros cúbicos de água), Mandantes, Salgueiro (5,2 milhões de m³), Muquem, Cacimba Nova, Bagres, Copití, Moxotó, Barreiro, Campos (o segundo maior com 8 milhões de m³) e Barro Branco.

Passagem da água na Paraíba

Depois de chegar a Monteiro, as águas do “Velho Chico” vão para o Rio Paraíba e através dele segue pelos açudes de São José I e Poções, ainda na cidade de Monteiro; pelo açude de Camalaú; pelo açude de Boqueirão; pelo açude de Acauã, em Itatuba; pelo açude de Araçagi e depois segue para um perímetro irrigado no município de Sapé.

O açude São José I já está sangrando com a chegada das águas da transposição do Rio São Francisco. Já o açude Poções está com um volume de 6,6%, o açude de Camalaú está com 14,4%, o açude de Boqueirão está com 3%, o açude de Acauã está com 5,3% e o açude de Araçagi está com 71,3%. Fonte: http://g1.globo.com

 

Valéria, de 52 anos, deu à luz Alice e Valentina em fevereiro

RIO - Valéria Oliveira é mãe de Victor, casado com Roberto Pereira há três anos e meio. Ambos são pais de Alice e Valentina, de 2 meses, que foram geradas no útero de Valéria. Sim, da avó. A dona de casa de 52 anos sabia do sonho do filho de ser pai e, diante da dificuldade que o casal vinha enfrentando para adotar uma criança recém-nascida — o desejo dos dois —, ela se ofereceu para gerar os netos.

— Victor é filho único, e eu tinha vontade de fazer isso por ele, por mim, para aumentar nossa família. Queria muito ser avó — conta Valéria, com lágrimas nos olhos.

A princípio, Roberto, o genro, não gostou muito da ideia.

— Sei o quanto Valéria é importante na vida de Victor. Ela se tornou uma pessoa indispensável para mim. É um exemplo de ser humano e de mãe. Não queria colocar a vida dela em perigo. A possibilidade de realizar o nosso sonho, ter as crianças e não ter ela não fazia sentido — lembra o contador.

Mas Victor, bombeiro e psicólogo, resolveu marcar uma consulta numa clínica de fertilização in vitro. E o médico acabou tranquilizando a família em relação aos riscos.

— Fiz vários exames clínicos, laboratoriais, biopsia da camada do endométrio... Já estava no climatério (período que antecede a menopausa), mas o médico disse que meu útero estava perfeito, como o de uma adolescente — relata Valéria.

SURPRESA DA FAMÍLIA

Foi quando o casal partiu em busca de um óvulo de uma doadora anônima. A fertilização — com um espermatozoide de Victor e um de Roberto — e a transferência dos embriões para o útero de Valéria foram feitas em maio do ano passado. Quinze dias depois, Valéria fez o exame Beta HCG e descobriu que estava grávida.

— Foi uma felicidade. Porque, para nós, a possibilidade de sermos pais biológicos era algo muito distante — diz Victor.

Valéria conta que a gestação foi tranquila, sem enjoos, e que só ganhou 11 quilos. Teve apenas que tomar remédios nos três primeiros meses, porque seu organismo não prepararia o útero para receber uma criança naturalmente:

— O médico falou que as chances de aborto eram as mesmas de uma gestação natural. Sabia que daria certo. Mas achei melhor não contar para ninguém no início.

O receio, diz Roberto, era “como explicar que Valéria era só o forno”:

— Não sabia se entenderiam que a pizza a gente já tinha feito e que nenhum ingrediente era dela, que ela só estava fazendo crescer a massa.

Valéria começou a circular pela rua com roupas largas. A família (tios, sobrinhos e agregados) ficou sabendo da novidade somente em outubro, em seu aniversário, quando ela estava com cinco meses de gravidez.

— Meu irmão ficou meio bitolado, sem entender como eu teria filhos do meu filho. Mas frisei que não tinha material genético meu envolvido — conta a dona de casa, lembrando que, na rua, as pessoas perguntavam se era uma gravidez temporã. — Dizia que eram minhas netas mesmo. Não me importava com o que as pessoas iam pensar.

As gêmeas nasceram de 37 semanas, no dia 2 de fevereiro: Alice veio primeiro, com dois quilos e 450 gramas. Valentina chegou em seguida, com um quilo e 850 gramas, e teve que ficar 15 dias na UTI até ganhar mais peso.

DIFICULDADE PARA REGISTRAR

Como Valéria não teve leite, as meninas tomam suplemento hipercalórico. A avó continua morando com Victor e Roberto, em Madureira, provisoriamente, para ajudar nos cuidados com as gêmeas. Depois, volta para casa, em Cavalcante, também na Zona Norte.

— Não me senti mãe delas em momento algum, só avó mesmo — diz Valéria.

O processo de registro das crianças, no entanto, não foi tão simples. Victor conta que a oficial do cartório de Cascadura disse que não poderia registrar as gêmeas no nome do casal, mesmo diante de um documento da maternidade, assinado por Valéria, dando conta de que ela era apenas o útero de substituição:

— A oficial queria que as registrássemos no nome de minha mãe, com pai ignorado, e entrássemos com um processo de adoção. Fui ao plantão do Tribunal de Justiça, que me orientou a procurar a Defensoria Pública. A defensora me deu um ofício obrigando o cartório a registrar as meninas no nosso nome.

Professor de Direito Civil da Fundação Getulio Vargas, Gustavo Kloh afirma que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, julgada pelo Supremo Tribunal Federal em 2011, igualou os direitos de homossexuais aos dos heterossexuais:

— O artigo 1.597 do Código Civil diz que a paternidade se presume por critérios necessariamente biológicos, exceto nas hipóteses em que haja reproduções por meios artificiais, como a fertilização.

No Brasil, a resolução 2.013/13 do Conselho Federal de Medicina autoriza a doação temporária do útero (a popular barriga de aluguel), mas apenas entre parentes de até quarto grau (mãe, filha, irmã, avó, tia ou prima do doador genético) e desde que não haja caráter comercial.

— A legislação brasileira é rígida. Antes de fazer o procedimento, o médico precisa comunicar ao Conselho Federal de Medicina, que analisa a petição e autoriza ou não a gestação compartilhada — explica Bianca De Albuquerque, advogada do Banco de Cordão Umbilical do Brasil.

A gestação de Alice e Valentina foi devidamente autorizada. Agora, Victor, que trabalha no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças do Corpo de Bombeiros em Guadalupe, está de licença paternidade com efeito de maternidade: ficará seis meses em casa cuidando das crianças. Ele e Roberto, que pediu demissão do trabalho para acompanhar o marido, planejam ensiná-las logo cedo a lidar com possíveis preconceitos da sociedade:

—Elas serão educadas para saber respeitar as diferenças e entender que há diversas configurações familiares hoje em dia. E que família é toda aquela junção baseada no amor. A nossa família é amor. Fonte: http://oglobo.globo.com

Explosão aconteceu perto de um comboio de ônibus que levava refugiados à cidade síria

ALEPPO — Ao menos 24 pessoas morreram neste sábado quando um suicida detonou um carro-bomba perto da cidade síria de Aleppo contra ônibus que transportavam civis e combatentes evacuados no dia anterior das localidades pró-regime, de acordo com um novo balanço do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Anteriormente, o observatório havia informado que o número de mortos era 16, mas o dado foi atualizado menos de uma hora depois. "O suicida estava dirigindo uma caminhonete que transportava ajuda alimentar e detonou o veículo perto dos 75 ônibus" estacionados em Al Rashidin, região rebelde a oeste da metrópole, de acordo com OSDH.

Pouco antes do meio-dia, a TV Síria chegou a afirmar que já se somavam 39 mortes, mas ainda não há confirmação oficial.

Cerca de 5 mil pessoas evacuadas na sexta-feira das cidades de Fua e Kafraya, duas localidades favoráveis ao regime e sitiadas pelos rebeldes, estavam a bordo dos ônibus visados. A evacuação se deu em virtude de um acordo que permitiu a evacuação simultânea de duas cidades rebeldes sitiadas pelo regime.

O correspondente da agência de notícias AFP no local viu muitos cadáveres, alguns carbonizados, incluindo de crianças, e membros espalhados pelo chão, perto dos ônibus destruídos pela explosão. Ele também relatou um grande número de feridos e pessoas em pânico na área onde os ônibus estão estacionados. Antes do ataque, as milhares de pessoas evacuadas das quatro cidades sitiadas permaneciam bloqueadas desde sexta-feira em razão de divergências entre as partes em conflito, impedindo-os de prosseguir viagem.

Estas evacuações, as últimas de uma longa série desde o início da guerra na Síria, há cerca de seis anos, foi possível graças a um acordo entre todas as partes que foi patrocinado pelo Catar, que apoia os rebeldes, e o Irã, aliado do regime. Os habitantes de Fua e Kafraya deveriam se dirigir, passando por Rashidin, a Aleppo, Damasco ou Latakia (oeste), redutos do regime.

Simultaneamente, e também através de Aleppo, os evacuados de Madaya e Zabadani deveriam seguir para a província rebelde de Idlib (noroeste). Mas em razão de divergências, os evacuados de Fua e Kafraya se viram bloqueados em Rashidin, enquanto os de Madaya e Zabadani ainda estavam esperando em Ramussa, localidade pró-regime a oeste de Aleppo.

Um líder rebelde havia dito à AFP que as diferenças estavam relacionadas ao número de combatentes armados evacuados. No total, mais de 30 mil pessoas deveriam ser evacuadas em duas etapas sob os termos do acordo alcançado em março.

Vários redutos rebeldes foram tomados no ano passado pelo regime, com o apoio de sua aliada Rússia que interveio militarmente na Síria em setembro de 2015. Fonte: http://oglobo.globo.com

 

OLHAR: Milú, a cachorra do Padre! (Foto: Frei João Carlos-Carmo de Brasília).

Não é de hoje que a publicidade aproveita uma causa ou um movimento para vender um produto, uma marca, divulgar um artista e, com isso, fazer com que alguém lucre alguns milhões. Alguns chamam isso de oportunismo, outros são mais diretos e chamam de mau-caratismo mesmo. Enquanto não se decide, a prática segue a todo vapor e a bola da vez é a poderosa Pepsi.

Um novo comercial do refrigerante mostra um protesto de jovens que caminham em direção a um grupo de policiais que parece pretender confrontá-los. Em determinado momento, uma lata de Pepsi é oferecida por uma manifestante (a modelo Kendall Jenner) a um dos policiais e ele aceita. Neste instante o homem sorri e magicamente parece se dar conta de que os jovens estão certos.

Todos vibram e o vídeo acaba como um filme adolescente.

A repercussão da propaganda foi enorme e extremamente negativa. Muita gente achou que a mensagem do comercial menospreza a luta de vários movimentos sociais que acabam sendo oprimidos pela violência policial nos Estados Unidos. Especialmente os movimentos que denunciam as frequentes mortes de afro-americanos nas mãos da polícia, como o Black Lives Matter.

Estes tristes casos, tão enraizados à doença do preconceito, parecem estar bem longe de acabar, nem mesmo com latas de Pepsi (contém ironia).

As maiores reclamações se concentraram especialmente à cena em que Kendall entrega o refrigerante ao agente, que foi considerada uma cópia descarada do momento protagonizado por Leisha Evans em Baton Rouge (Louisiana, Estados Unidos) em julho de 2016. A imagem da ativista se tornou viral quando ela enfrentou policiais em um protesto pela morte de um jovem negro por policiais.

Bernice King, a filha de ninguém menos que Martin Luther King, um dos mais importantes ativistas pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, foi uma das que usaram as redes sociais para falar a respeito. Em um tuíte completamente irônico, ela escreveu:

‘Se ao menos papai soubesse sobre o poder da Pepsi’. Fonte: http://www.hypeness.com.br

Vai presidir o rito do lava-pés na Casa de Reclusão de Paliano, localidade ao sul de Roma

(ZENIT – Roma, 6 Abr. 2017).- O Papa Francisco vai presidir na Quinta-feira Santa, à Santa Missa na Ceia do Senhor (InCoena Domini), com o rito do lava-pés, num centro de detenção italiano: a Casa de Reclusão de Paliano, localidade ao sul de Roma.

E’ um Instituto dedicado aos colaboradores da Justiça com 140 reclusos em duas sessões: uma masculina e outra feminina, também com outra sessão para os doentes de tuberculose. Os reclusos fazem trabalhos de restauração, em hortas e outras atividades produtivas, como por exemplo uma pizzaria interna.

A celebração na tarde de quinta-feira, 13 de abril, de acordo com a informação divulgada hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé, é “estritamente privada”.

Trata-se da terceira vez que Francisco celebra este rito numa prisão. Em 2015, a missa foi realizada no Presídio de Rebibbia, em Roma. Em 2013, o local foi o Cárcere para Menores “Casal del Marmo”, também em Roma; no ano passado, o Santo Padre lavou os pés dos refugiados no centro de acolhimento de Castelnuovo, município ao norte de Roma. Em 2014, a cerimonia foi no Centro Santa Maria da Providência, na periferia romana, que acolhe pessoas com deficiências. Fonte: https://pt.zenit.org

Kayke Santos Moreira, de 19 anos, foi um dos mortos na chacina ocorrida nesta quarta, na Zona Sul da capital. Pai contou que filho tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

O pai de Kayke Santos Moreira, de 19 anos, um dos mortos durante a chacina ocorrida na madrugada desta quarta-feira (5) na Zona Sul de São Paulo, contou que o jovem tinha envolvimento com o tráfico de drogas. José Moreira Sobrinho, de 45, disse que “pedia a Deus todos os dias” para que o filho fosse preso: “Prendendo tem mais uma chance, né”.

“Os pais todos [das outras vítimas] eu acho que estão sofrendo a mesma coisa que eu estou sofrendo, porque nós não podemos fazer nada. A gente aconselha a sair do mundo do crime, mas quando se envolve não sai mais, infelizmente”, afirmou. “A má companhia sempre leva nesse destino. O final é esse aí”, acrescentou em entrevista concedida a poucos metros de onde o assassinato ocorreu.

Apesar de reconhecer o envolvimento do filho no crime, José diz que, agora, espera que Justiça seja feita. “O pessoal entra com uma moto aqui, dá 12, 13 disparos, entra, sai e ninguém sabe quem é? Sabem sim. Isso sabem. É só investigar direitinho”, disse. “Quero que todas as biqueiras [bocas de fumo] da quebrada [vizinhança] sejam fechadas”, completou.

José e Kayke estavam afastados há quase um ano por desavenças relacionadas à participação do jovem no tráfico. A notícia da morte pegou o pai de surpresa. “Eu não esperava isso. Pedia a Deus todos os dias: ‘por favor, prendam’. Prendendo tem mais uma chance, né. Se recuperar, como eles falam. Preso tinha chance de se recuperar”, lamentou.

Kayke foi um dos três mortos na chacina ocorrida na região do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo, na madrugada desta quarta. O jovem estava na Rua Professora Nina Stocco quando foi surpreendido por dois homens que chegaram em uma moto atirando. Ele morreu no local, antes da chegada do socorro. Para o pai, José, o crime tem relação com a disputa pelo controle do tráfico de drogas na região.

Além de Kayke, Vinícius de Paula, de 20 anos, e Johny Felipe Nascimento, de 24, foram atingidos no ataque. O primeiro morreu logo após dar entrada no Hospital do Campo Limpo. O segundo foi ferido na mão e está internado na mesma unidade, fora de risco. Pouco antes, criminosos haviam feito outra vítima próximo dali, na Rua Carualina: Wizmael Dias Correia, de 19 anos, também foi morto por dois homens em uma moto. A polícia ainda investiga se os crimes estão relacionados.

Um amigo de Kayke, que preferiu não se identificar, contesta o que disse o próprio pai do jovem. Ele conta que estava com os jovens pouco antes do ataque e que só não foi mais uma vítima porque saiu para buscar o celular em casa. "Sai um minuto antes", relata.

De acordo com ele, nenhum dos jovens do grupo era traficante. "Suspeito que tenha sido coisa dos pés de pato", disse. "Pés de pato", na gíria popular, são os chamados "justiceiros". Para o rapaz, a chacina foi promovida por policiais militares.

Outra chacina

O fim da noite de terça-feira (4) foi violento na capital paulista. No Jaçanã, na Zona Norte da cidade, seis pessoas foram mortas em um bar. Outras três ficaram feridas. Assim como na Zona Sul, dois homens chegaram em uma moto e efetuaram diversos disparos.

Parte das vítimas ainda tentou correr e se esconder no banheiro, mas foi perseguida e executada. Os criminosos fugiram sem levar nada. Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves, as duas chacinas têm autores diferentes e o fato de terem ocorrido na mesma data "pode ser só uma coincidência".

Fonte: http://g1.globo.com

 

Imagens com conteúdo íntimo já denunciadas serão vetadas; usuários que tentarem compartilhá-las poderão ter conta suspensa.

Facebook está adicionando ferramentas ao seu serviço para tornar mais fácil para usuários denunciarem atos de "vingança pornô" e para impedir automaticamente que as imagens sejam compartilhadas de novo, afirmou a rede social nesta quarta-feira (5). O sistema funcionará não só no site, mas também no Instagram e no Messenger.

Chamado de "vingança pornô", o compartilhamento de imagens íntimas ou sexualmente explícitas sem consentimento e como forma de promover extorsão ou humilhação é uma prática que afeta principalmente mulheres. Algumas são alvo de ex-parceiros.

O Facebook foi processado nos Estados Unidos e em outros países por pessoas que afirmam que a empresa deveria ter feito mais para impedir a prática. A companhia deixou claro em 2015 que imagens "compartilhadas como vingança" são proibidas e os usuários já têm recursos para denunciar fotos e vídeos que violem os termos da rede social.

A partir desta quarta-feira, no entanto, usuários do Facebook verão uma opção para denunciar especificamente a prática de vingança pornô.

A companhia também lançará um processo automático para impedir um novo compartilhamento de imagens já denunciadas. Um software de análise de imagens vai manter as fotos fora da rede social, bem como do serviço de fotos Instagram e do bate-papo Messenger.

Os usuários que compartilharem imagens de vingança pornográfica poderão até ter suas contas suspensas na rede social, afirmou a companhia. Fonte: http://g1.globo.com

Carro tentou furar bloqueio e abriu fogo contra policiais. Dois sargentos foram atingidos e um morreu. Um dos agressores também morreu.

De acordo com a Operação Lei Seca, três pessoas que estavam em um Honda Civic tentaram furar o bloqueio e abriram fogo contra os agentes, em blitz na Avenida Marinho Hemeterio de Oliveira, em Queimados, por volta das 22h30.

Durante o tiroteio, um dos ocupantes que atirou foi baleado e morreu no local, outro foi preso e o terceiro conseguiu fugir.

Os dois sargentos baleados foram socorridos e levados para a UPA de Queimados, mas Anselmo Alves Júnior não resistiu. O sargento Leandro Mendes foi transferido para outro hospital, mas não corre risco de morrer. Esta foi a primeira vez que um agente da Lei Seca morre durante uma operação. Também nunca houve registro de PMs baleados nas blitze.

O único criminoso preso foi identificado como Matheus Anderson Guimarães da Rocha, segundo a PM. Com mais este caso, o número de policiais militares mortos sobe para 48 no estado, apenas em 2017: 10 em serviço, 29 em folga e nove reformados.

NOTA DA OPERAÇÃO LEI SECA

Durante blitz da Operação Lei Seca na noite desta terça-feira (4/4), na Avenida Marinho Hemeterio de Oliveira, em Queimados, três ocupantes de um veículo, Honda Civic, desobedeceram a ordem de parada e efetuaram disparos de arma de fogo contra os policiais da Operação. Os policiais reagiram, um criminoso foi baleado e morreu no local, outro foi preso e o terceiro conseguiu fugir. Dois agentes da Lei Seca foram gravemente feridos e socorridos para a UPA de Queimados. Um dos agentes não resistiu aos ferimentos. O outro agente está sendo transferido para o Hospital Central da Policia Militar (HCPM), no Estácio. Fonte: http://g1.globo.com

Cinco dias após a morte da menina Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, em Acari, na Zona Norte do Rio, uma adolescente da mesma idade foi baleada e morta no bairro.

O crime aconteceu por volta das 22h desta segunda-feira. Hosana de Oliveira Sessassim foi levada para o Hospital municipal Ronaldo Gazolla, mas não resistiu ao ferimento.

Não há ainda detalhes sobre as circunstâncias da morte da adolescente. A Polícia Militar informou, por meio de nota, que não houve nenhuma operação do 41º BPM (Irajá), responsável pelo policiamento na região, em Acari no momento em que a adolescente foi baleada. O batalhão, porém, realizou uma operação em Acari na manhã desta terça, o que levou ao fechamento de cinco escolas locais.

O delegado Fábio Cardoso, titular da Divisão de Homicídios (DH), disse que a investigação sobre a morte de Hosana está sendo mantida em sigilo:

— A DH, diante da recenticidade do crime e do início da investigação, para proteger a investigação e não expor testemunhas, não está divulgando detalhes sobre esta investigação.

No Facebook, um amigo da família de Hosana lamentou a morte: "Peço orações por este jovem que perdeu esta sua filha de 13 anos ontem às 22h na favela de Acari, baleada. Hosana era uma jovem alegre e amável. Seu pai é meu amigo e estou muito triste". Fonte: http://extra.globo.com

Mocoa, Colômbia, no dia 2 de abril de 2017: Sofrimento e morte.

Chove nas alturas, a água desce dos morros como serpentes gigantes de lama, matando pessoas e destruindo cidades. A história se repete a cada uma ou duas décadas. Acaba de acontecer na Colômbia e agora no Peru. De quem é a culpa?

Um feroz deslizamento de terra ocorrido à meia-noite de sexta-feira após fortes chuvas acaba de deixar ao menos 262 mortos, entre ele 43 crianças, na cidade de Mocoa, na Amazônia colombiana. No norte e no centro do Peru, os “huaicos”, como são conhecidos no país os deslizamentos de pedra e terras, as cheias de rios e as inundações provocaram a morte de mais de 100 pessoas desde o início do ano.

Trata-se da inclemência da natureza, ou é o ser humano que a desafia irresponsavelmente? “A responsabilidade é metade de cada um. Com a precisão de que a natureza sempre foi assim. O homem antigo entendia a natureza melhor que o de hoje. Prova disso são os sítios arqueológicos que ainda estão conservados, protegidos das quedas de água”, explica à AFP o arquiteto peruano Augusto Ortíz de Zevallos.

- Desmatamento e aquecimento global –

O corte de árvores para dar lugar a terrenos para a agricultura e a pecuária faz com que as florestas percam sua contenção natural, como ocorreu com Mocoa.

“Uma condição de coberturas em florestas protegidas pela Reserva Florestal tinha permitido uma relação harmoniosa entre a cidade e sua paisagem circundante”, escreveu o ambientalista colombiano Rodrigo Botero na revista Semana.

“No entanto, de uns anos pra cá, se intensificou o processo de desmatamento. Durante vários anos, percorrendo a bacia alta do rio Mocoa e propondo medidas de mitigação ambiental (…), observei como a pressão do desmatamento aumentava em todo o seu percurso”, detalha.

O diretor de Prognósticos e Alertas do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam) da Colômbia, Christian Euscátegui, disse ao jornal El Tiempo que “durante (o fenômeno meteorológico) La Niña de 2010-2011 (…), 71% das inundações ocorreram em zonas de pastagens que tinham perdido suas árvores”.

Na Colômbia, o desmatamento diminuiu 12% em 2015 em relação ao ano anterior, mas ainda assim 124.035 hectares de floresta registraram cortes de árvores, segundo o Ideam.

O derretimento de geleiras no planeta, provocado pelo aquecimento global, também contribui para este cenário. “As mudanças climáticas geram umas dinâmicas e vemos resultados tremendos do ponto de vista da intensidade, da frequência e da magnitude destes efeitos naturais”, disse à AFP o chefe da ONU Colômbia, Martín Santiago.

 – “A natureza não perdoa” –

A pobreza, o deslocamento forçado por situações de violência e a migração em busca de melhores oportunidades levaram a um crescimento desordenado das cidades, segundo os especialistas.

“O centralismo faz com que as pessoas busquem se instalar perto das cidades, onde for, sem se importar se por ali antes passou um rio ou se é uma quebrada por onde desce o que se acumula das chuvas. Isto requer uma revisão integral”, diz Ortíz de Zevallos. No caso de Mocoa, “a cidade foi vítima da falta de planejamento urbano, que é comum em quase todas as regiões da Colômbia”, explicou Botero.

O prefeito de Mocoa, José Antonio Castro, disse ao jornal El Espectador que a cidade, fundada em 1563, “é atravessada por cerca de 10 rios e isso indica que não é o lugar em que uma população deveria se situar”. Para o geólogo da Universidade Nacional da Colômbia Germán Vargas, Mocoa se localiza de forma inadequada sobre o corredor natural do rio de mesmo nome e a confluência de correntes torrenciais de montanha.

Em Lima, para justificar a queda de uma ponte após a cheia do rio Rímac, o prefeito Luis Castañeda disse que “a natureza superou a engenharia”. O arquiteto Ortiz de Zevallos lembrou, no entanto, que “a engenharia consiste em entender a natureza”, como fizeram os incas.

“Deus perdoa sempre, o homem perdoa às vezes, mas a natureza não perdoa”, respondeu o bispo de Mocoa, Luis Maldonado, quando lhe perguntaram se Deus havia abandona seus fiéis nessa cidade. Fonte: http://istoe.com.br

Ao menos 10 pessoas morreram na estação Sennaya Ploshchad, na manhã desta segunda-feira.

Uma explosão foi registrada na manhã desta segunda-feira (3) no metrô de São Petersburgo, na Rússia. Dez pessoas morreram na estação Sennaya Ploshchad, segundo a agência Ria.

Um artefato teria provocado a explosão. Imagens de pessoas feridas caídas na plataforma foram divulgadas nas redes sociais. Três estações da linha foram fechadas. Oito ambulâncias foram foram para a estação Sennaya Ploshchad.

A explosão aconteceu por volta das 15h (no horário local), segundo a CNN. Imagens divulgadas pela rede americana mostram muita fumaça e correria. Fonte: http://g1.globo.com

Travis é um tradutor portátil com reconhecimento de voz e inteligência artificial que promete reconhecer até 80 idiomas, incluindo o português do Brasil, em tempo real. O dispositivo pode ajudar em conversas entre estrangeiros, em uma reunião internacional ou em situações em que o usuário ainda está aprendendo uma nova língua.

 BoomStick: aparelho ajuda a criar áudio de qualidade para maior imersão

O aparelho tem uma pequena tela touch para selecionar os idiomas que serão traduzidos. O modo online, ativado via Bluetooth, Wi-Fi ou 3G, este último com ajuda de um cartão SIM, oferece todas as línguas. Já a função offline permite identificar 20 dialetos mais populares como inglês, português, espanhol, francês, mandarim, árabe e alemão.

A bateria do Travis, segundo os desenvolvedores, pode durar até 7 dias no modo de espera, 12 horas offline ou 6 horas online. Há ainda um processador Quad-Core para organizar as informações e conversas sem deixar o usuário sem o suporte da tradução ao vivo.

Aplicativo do TechTudo: receba as melhores dicas e últimas notícias no seu celular

De acordo com a fabricante, um gadget exclusivo para tradução é mais vantajoso que um app para smartphone, pois permite um contato visual com quem está falando. No Google Tradutor, por exemplo, o usuário pode passar por problemas ao precisar ativar cada frase ou conversa no celular.

O Travis oferece microfones embutidos com cancelamento de ruído e permite conectar fones de ouvido com fio ou sem. Neste caso, os desenvolvedores apontam para a possibilidade de conectar dois fones ao mesmo tempo para que a conversa fique mais privada, mantendo a tradução em tempo real para os dois usuários.

O dispositivo com reconhecimento de até 80 idiomas já bateu a meta de financiamento no Indiegogo e está à venda por US$ 129 (cerca de R$ 405). O frete para o Brasil é de US$ 15 (R$ 47) e as entregas estão previstas para começar em junho de 2017. 

Outras formas de tradução 

Além do  Travis, o fone de ouvido Pilot também se destacou no Indiegogo ao garantir a tradução de conversas em tempo real. O aparelho fez sucesso em 2016, mas prometia até então traduzir apenas em línguas europeias.

Apesar dos eletrônicos apresentarem vantagens ao poupar bateria e Internet do celular, alguns apps para smartphone podem ajudar em situações pontuais. Há aplicativos gratuitos para Android e iOS com suporte para voz, textos e imagens em mais de 50 idiomas. Fonte: http://www.techtudo.com.br

Cinco vítimas fatais foram confirmadas e quarenta e quatro feridos foram socorridos para o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, no grave acidente entre dois ônibus escolares, no início da noite desta quinta-feira(30), em um trecho da AL-110, situado no município de São Sebastião, região Metropolitana do Agreste.

Em nota, o Hospital de emergência do Agreste, confirmou que quarenta e quatro vítimas foram recebidas, seis estão na área vermelha, duas vítimas no Centro Cirúrgico passando por procedimentos médicos. Diante do número de vítimas, foi necessário solicitar apoio de médicos e enfermeiros para ajudar nos atendimentos. Várias vítimas apresentam fraturas e cortes provocados pelo impacto.

De acordo com o relato de testemunhas, ao 7Segundos. O ônibus escolar do município de Teotônio Vilela, que seguia com estudantes para Arapiraca, quando foi livrar uma máquina que estava no acostamento da pista, entrou na faixa contraria e acabou colidindo frontalmente com o ônibus com estudantes de Junqueiro que saiu de Arapiraca e vinha no sentido contrário.

Entre as vítimas fatais estão os dois motoristas que conduziam os ônibus, um deles foi identificado como Otávio, condutor do ônibus do município de Teotônio Vilela. Outras vítimas são estudantes que foram esmagadas e ficaram presas as ferragens, no local a cena comovia quem passava, várias vítimas sendo socorridas em ambulâncias de várias cidades, e outras ainda presas nas ferragens. Familiares chegando a todo instante em busca de informações sobre as vítimas. Fonte: http://arapiraca.7segundos.ne10.uol.com.br

Há informação de que os dois motoristas morreram e muitos estudantes estão presos às ferragens dos ônibus

Uma colisão frontal entre dois ônibus escolares foi registrada, no início da noite desta quinta-feira (30), entre as cidades de São Sebastião e Arapiraca, na Rodovia Estadual AL-110, no Agreste de Alagoas. As primeiras informações afirmam que o ônibus escolar de Teotônio Vilela estava transportando universitários da cidade e de Junqueiro também. 

Fotos recebidas pelo Portal 7 Segundos, são de um choque violento entre os veículos, com destruição total da dianteira dos dois. No ônibus de Teotônio Vilela morreram o motorista e três universitários. O ônibus escolar de Teotônio Vilela seguia de Arapiraca para Teotônio. Já o ônibus de Junqueiro, seguia para Arapiraca. Muitos corpos estão presos às ferragens.  

Já a Polícia Militar de São Sebastião informou que já foram constatados 7 mortes. Os dois motoristas, um deles identificado como Otávio, que era condutor do ônibus de Teotônio, e mais cinco estudantes. A prioridade resgatar os que ainda estão com vida, os corpos ainda estão presos às ferragens. As demais vítimas fatais ainda não foram identificadas.

A Polícia Rodoviária Federal está com equipes no local do acidente, assim como equipes do Corpo de Bombeiros e 10 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), dos municípios de Teotônio Vilela, Junqueiro e São Sebastião, foram acionadas para resgatar as vítimas e encaminhar os feridos para os hospitais das cidades próximas.
Equipes da PM de Teotônio Vilela, Junqueiro, São Sebastião e do 3º Batalhão também estão no local. Além do secretário de transportes de Teotônio Vilela, José Claudionor.

Testemunhas

O relato de testemunhas que estão presenciando o acidente é assustador. Segundo informações de áudios que chegam à redação do 7 Segundos há corpos na pista e presos às ferragens dos ônibus. Várias viaturas das equipes de resgatem estão trabalhando no socorro às vítimas.

As informações que chegam também afirmam que nos ônibus tinham estudantes da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), de Arapiraca. A equipe de reportagem do 7 Segundos está no local do acidente para registrar a tragédia. 

O relato do repórter Jônatas Pedro é de que os dois motoristas morreram e com o impacto frontal entre os dois ônibus muits corpos foram arremessados para a pista, na Rodovia Estadual AL-110, sentido São Sebastião-Arapiraca.

Fonte: arapiraca.7segundos.ne10.uol.com.br

Os suspeitos foram presos. Mais de 30 vítimas também foram à delegacia durante a madrugada para fazer o boletim de ocorrência e recuperar o que foi roubado.

Criminosos fizeram arrastões em dois ônibus na Via Dutra na noite desta quarta-feira (30). O primeiro assalto foi por volta das 20h30, na altura de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Dois criminosos entraram em um ônibus que ia pra Belford Roxo pra roubar os passageiros.

O motorista passou por uma blitz da Polícia Rodoviária Federal. Ele avisou sobre o roubo e os assaltantes foram presos.

Duas horas depois, outra dupla de assaltantes fez um arrastão em um ônibus que seguia pra Nova Iguaçu, também na altura de São João de Meriti. Os assaltantes fugiram. Um passageiro avisou à polícia, que conseguiu prender os criminosos logo em seguida.

Os suspeitos de assaltarem os dois ônibus foram presos. Mais de 30 vítimas também estiveram no local durante a madrugada para fazer o boletim de ocorrência e recuperar o que foi roubado. Fonte: http://g1.globo.com