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Alguns expressam esperança, outros expressam receio, outros mais argumentam que a vida da Igreja no dia a dia é a mesma de sempre, com pouca mudança. O comentário é de Peter Feuerherd, publicado por National Catholic Reporter, 12-05-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
Mas o padre sulpiciano Phillip J. Brown, reitor do Colégio Teológico (Theological College), seminário diocesano nacional da Universidade Católica da América em Washington, diz que o efeito Francisco está vivo, atuante e cada vez crescendo mais, pelo menos entre os seminaristas. Está havendo um desenvolvimento repentino.
No fim do ano passado, ao ser perguntado por repórteres sobre o impacto do Papa Francisco no seminário, que educa e forma 84 homens com o apoio das dioceses de todo o país, o reitor disse que era cedo demais para avaliar. Isso não é mais verdade, disse ele numa entrevista recente concedida ao National Catholic Reporter.
Segundo ele, uma mensagem que o seminário sempre ensinou está em alta: “Não somos padres para agirmos como um policial. Devemos ser pastores. É essa a mensagem do papa”, disse.
Os números se mantiveram inalterados, mas as atitudes dos que chegaram mais recentemente começaram a transformar o lugar, disse o reitor. Essa transformação será sentida em breve nas paróquias.
O tema da mudança nas atitudes dos seminaristas é uma “situação delicada para mim como reitor do seminário”, reconheceu Brown, que estará se mudando ainda este ano para Baltimore onde assumirá um cargo semelhante no Seminário de St. Mary.
“A nossa abordagem para a formação dos seminaristas sempre esteve em harmonia com a que o Papa Franciscopropõe”, disse ele, observando a exigência em particular de que os seminaristas estejam envolvidos no serviço direto com os pobres, oportunidade prontamente disponível na capital do país. O reitor sabe das queixas por parte de alguns fiéis americanos de que, às vezes, os padres recém-ordenados vão para as paróquias com a intenção de forçar certas mudanças.
Essa visão é “contrária à maneira como formamos os seminaristas. Sempre dizemos para irem às suas paróquias e observarem, durante um ano ou mais, para ver onde a paróquia se encontra em termos de abertura. Daí, conquistem a confiança das pessoas caso queiram propor mudanças”.
O reitor vê mudanças nas atitudes entre os seminaristas, em especial nas seguintes áreas:
Na tradição da Igreja. “Eles estão mais abertos à diversidade”, disse, notando que existe uma menor acolhida da apologética (visão segundo a qual o magistério da Igreja deve ser pregado a uma cultura laica que, em geral, a ignora) e uma maior acolhida da ideia de “andar com as pessoas e ver onde elas estão (...) Os meninos que estão chegando hoje estão mais curiosos, prontos a aplicar o ensino para a vida real do povo”.
Há uma ênfase menor na natureza sacerdotal do sacerdócio. É a visão segundo a qual os padres são homens destacados com poderes sacramentais particulares. Há também um foco maior sobre como um padre pode trabalhar entre o povo, aquilo que Francisco descreve como um pastor com o cheiro das ovelhas.
Existe uma ênfase menor nos sinais e símbolos que indicam certo tradicionalismo. Eles podem parecer coisa pequena: o uso de batinas, a hóstia somente na língua e não na mão, para citar dois exemplos. Mas, nos últimos anos, estes símbolos se transformaram no que Brown descreve como “marcadores de ortodoxia” com o indicativo de que aqueles que não seguem tais práticas são suspeitos.
“Essas coisas eu não vejo mais”, disse ele.
Os seminaristas mais novos têm um estilo mais ao modo do Papa Francisco – alguns diriam: ao modo Vaticano II –, uma visão de que a Igreja deve se engajar na cultura e não se ver como uma comunidade à parte. Antes, os seminaristas tinham ciência de que eram diferentes dos seus pares na cultura mais ampla da geração millennial. Hoje, eles estão mais propensos a se verem como bastante parecidos com os seus pares no mundo em geral, com o objetivo de transformar a cultura por meio da mensagem evangélica.
Mais impressões por parte do reitor do Colégio Teológico, que está à frente da instituição há cinco anos, são:
Nos termos do reitor, os seminaristas estão mais inclinados a abandonar uma visão da teologia moral calvinista, baseada em normas, para adotarem um entendimento mais diferenciado do papel do magistério católico na vida das pessoas. Eles estão menos propensos a ver o aconselhamento psicológico com suspeitas. A mensagem de Franciscosobre o meio ambiente está também sendo acolhida, segundo o reitor.
Aquelas pessoas que enxergam estas mudanças como uma boa notícia podem começar a se sentir mais esperançosas e confiantes. O impacto do magistério de Francisco está não apenas influenciando os novos seminaristas que começam os seus estudos neste momento inicial de seu pontificado. Ele está também penetrando na cultura do sistema inteiro.
Segundo o reitor, dentro de poucos anos os paroquianos deverão ver este impacto no ministério dos padres recém-ordenados. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Já no Antigo Testamento a veste - e de maneira especial, o manto - era símbolo dos benefícios divinos, da proteção do Alto, do poder transmitido a um enviado de Deus.
A veste especial de José foi símbolo da predileção (cf Gn 37,3); a capa de Jônatas presenteada a Davi foi um símbolo da amizade (cf 1Sm 18,4). Em Isaías lemos: "Alegro-me imensamente no Senhor, a minha alma exulta no meu Deus, porque me revestiu com as vestimentas da salvação e envolveu-me com o manto da justiça" (Is 61,10). Quando Elias, o Profeta, foi arrebatado da terra, o seu manto caiu sobre Eliseu, seu discípulo, transmitindo-lhe o espírito do mestre (cf 2Rs 2,14ss).
No Novo Testamento até as fímbrias do manto de Jesus tocadas com fé comunicam o seu poder benfazejo (cf Mc 5,25ss). São Paulo, mais de uma vez, apresenta a vida em Cristo como um revestir-se de Cristo (Rm 13,14; Gl 3,27); assumir os mesmos sentimentos de Jesus, isto é, a vida da graça filial do cristão, se descreve com a imagem da vestimenta. O hábito religioso, do qual o Escapulário é uma parte e um símbolo, significa de modo particular este seguimento de Jesus.
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Francisco deu, na quinta-feira, uma nova demonstração de audácia frente aos setores mais conservadores do catolicismo ao reabrir o debate sobre o ministério consagrado das mulheres. Ele admitiu a criação de uma comissão oficial da Igreja para analisar o diaconato feminino nos primeiros tempos do catolicismo. Este pode ser o caminho escolhido para habilitar a discussão sobre o sacerdócio das mulheres, uma questão que o Papa João Paulo II havia fechado em 1994 na carta Ordinatio Sacerdotalis com o argumento de que Jesus convocou apenas varões, os apóstolos, como seus colaboradores diretos. A reportagem é de Washington Uranga e publicada por Página/12, 13-05-2016. A tradução é de André Langer.
O Papa Bergoglio não costuma ser um homem de anúncios altissonantes. Sua estratégia é a dos gestos e dos avanços medidos, estudados, mas sempre a passo firme. Também não foge do conflito que decisões como esta podem lhe trazer no seio da própria Igreja, em particular pela resistência dos setores conservadores.
Na Igreja, o debate sobre o diaconato feminino não é uma novidade. Até mesmo durante a última sessão do Sínodo dos Bispos celebrado no Vaticano em outubro do ano passado, o arcebispo canadense Paul-André Durocher fez uma intervenção sobre o tema. Nessa oportunidade o prelado pediu “para refletir seriamente sobre a possibilidade deabrir o diaconato feminino, porque abriria o caminho para maiores oportunidades para as mulheres na vida da Igreja”.
Agora, Francisco institucionalizou a discussão sobre o tema abrindo uma porta que parecia definitivamente fechada apesar dos pedidos de muitos grupos de mulheres na própria Igreja. Tudo parece indicar que Bergoglio continua disposto a derrubar barreiras que até antes de seu pontificado pareciam intransponíveis.
A audácia de Francisco não está na espetacularidade de suas decisões, mas na perseverança em uma conduta que marca a necessidade de trilhar o maior número de caminhos possíveis para mudar a própria Igreja católica e sua imagem no mundo.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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A Regra não tem um capítulo específico sobre a profecia, mas a sua proposta é profética. O estilo de vida dos primeiros carmelitas no Monte Carmelo era uma expressão do novo tipo de vida religiosa mendicante que estava surgindo na igreja.
Os elementos básicos desta vida já estão presentes na Regra desde a sua primeira redação: eles viviam sob a obediência de um prior e não de um abade; tinham capítulo semanal e não collationes (conferências) semanais do abade; não tinham bens; usavam jumentos e não cavalos para ir anunciando a boa nova ao povo. Viviam na contramão da sociedade da época.
Os primeiros carmelitas souberam dar uma forma mendicante ao eremitismo, fazendo assim com que a vida de oração chegasse mais perto do povo pobre das cidades.
*Do Capítulo Geral 2007. In obsequio Jesu Christi. comunidade orante e profética num mundo em mudança
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Frei Petrônio de Miranda, 0. Carm.
Senhora de tantos nomes
Nós queremos vos louvar
No sertão ou na cidade
Venha nos acompanhar
Ó Maria dos migrantes
Dos sem teto a clamar
Com o Santo Escapulário
Vinde logo nos ajudar!
Senhora do Deus Menino
Venha nos orientar
Olha para as favelas
O povo vive a chorar
Cobri-nos com o teu manto
O teu Filho vem mostrar
E com o Santo Escapulário
Vinde ó Mãe nos resgatar!
A Mãe África sofrida
Para a América a sangrar
Com os Mártires da terra
Contigo vamos cantar
Olha para os aidéticos
Vem ó Mãe lhes amparar
Com o Santo Escapulário
Vem logo nos consolar!
Senhora dos Carmelitas
Dos profetas a clamar
Dai saúde aos enfermos
Aos anciãos vem amar
Em Cada menor nas ruas
Sem carinho e sem um lar
Com o Santo Escapulário
Vinde ó Mãe os amparar!
Em cada jovem drogado
Sem trabalho e sem valor
Em Cada presidiário
Onde a vida já parou
Senhora Mãe do Carmelo
E do povo sofredor
Dai-nos o Escapulário
Vinde em nosso favor!
Em nossas comunidades
Os jovens a vos louvar
São surfistas e artistas
Todos querem vos amar
Com o Santo Escapulário
Ó minha Mãe do Carmelo
Eu também vou caminhar!
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Frei Emanuele Boaga, O. Carm In Memoriam e irmã Augusta de Castro Cotta, CDP
O aspecto mariano do serviço eclesial carmelitano, aparece em numerosas fontes, entre as quais as crônicas conventuais que informam sobre suas festas e celebrações particulares, ajudando a compreender melhor como vinha organizado tal serviço aos fiéis nas nossas igrejas (confissão e comunhão, missa, devoções, tríduos, novenas, etc.).
Encontramos nos séculos XVI-XVIII o cume desta pastoral, mediante a estrutura de mediação pastoral constituída pelas Confrarias do Escapulário. Esta mediação pastoral permitiu à Ordem a partilha de suas próprias riquezas espirituais e marianas a milhares de fiéis, enraizando, profundamente no coração do povo a devoção mariana.
Para compreender a função das Confrarias, como mediação pastoral, é bom considerar que estas constituíam o lugar de encontro, de agregação e de realização dos devotos e de união com a Ordem, expressa da seguinte forma:
- no uso contínuo do Escapulário (como sinal de agregação; fazendo-se a cada ano a troca do Escapulário).
- na participação aos bens espirituais (indulgências) da Ordem.
- no coenvolvimento da vida fraternal a três níveis: oração individual e comunitária, vida sacramental (com escuta da pregação) e colaboração nas obras de misericórdia. Tal compromisso era realizado com ritmos distribuídos de forma variada: diariamente, semanalmente, mensalmente.
Quando as confrarias desapareceram com as supressões das corporações religiosas no século XIX, o devoto ficou isolado e privado de uma estrutura local acolhedora e que o acompanhasse com a mediação dos valores e aspectos vitais ligados ao Escapulário e à vida mariana e espiritual do Carmelo.
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Frei Emanuele Boaga, O. Carm In Memoriam e irmã Augusta de Castro Cotta, CDP
Apesar de algumas notícias sobre a presença dos Carmelitas na evangelização, já no século XIV no Oriente, pode-se afirmar que o verdadeiro e próprio início da sua atividade missionária, nesta região, acontece no século XVI, com o encontro-confronto entre a Europa e outras realidades culturais e geográficas, depois das viagens de Cristóvão Colombo e de outros navegantes portugueses.
Tal expansão, além da finalidade específica e própria da ação missionária é realizada pelos Carmelitas como forma também de difusão da devoção mariana. Esta finalidade está apresentada em várias licenças concedidas nos anos 1569-1573 pelo Prior Geral João Batista Rossi a nossos religiosos para fazerem-se missionários na América Latina.
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Perante uma incessante chuva, Francisco refletiu sobre o conceito de "piedade"
O papa Francisco lamentou neste sábado (14) que haja gente que sinta compaixão pelos animais, mas depois mostre indiferença perante as dificuldades de um vizinho, ao refletir sobre o conceito de "piedade" durante a Audiência Geral realizada na praça de São Pedro.
Quantas vezes vemos gente que cuida de gatos e de cachorros e depois deixa sem ajuda o vizinho ou vizinha que passa fome?
Perante uma incessante chuva, Francisco oficiou hoje diante de dezenas de milhares de pessoas uma das chamadas audiências jubilares, que são realizadas um sábado de cada mês durante o Jubileu, e alertou que não se deve confundir a piedade com a comiseração hipócrita.
"Hoje precisamos estar atentos e não confundir a piedade com a comiseração, que consiste só em uma emoção superficial, que não se preocupa com o outro", explicou.
"Quantas vezes vemos gente que cuida de gatos e de cachorros e depois deixa sem ajuda o vizinho ou vizinha que passa fome?".
"Não se pode entender a compaixão com os animais, enquanto fica indiferente perante o sofrimento do próximo", acrescentou.
O pontífice argentino explicou aos fiéis que para Jesus "sentir piedade" é "compartilhar a tristeza de quem encontra, mas ao mesmo tempo agir em primeira pessoa para transformá-la em alegria".
Francisco pediu então "que seja cultivada a piedade deixando de lado a indiferença que nos impede de reconhecer o sofrimento dos irmãos que nos rodeiam e nos libertar da escravidão do bem-estar material". Fonte: http://www.bol.uol.com.br
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CONVITE DE PENTECOSTES: Amanha, às 11h, na Catedral de São José dos Campos, São Paulo, Missa de Pentecostes com Frei Petrônio de Miranda, Delegado Provincial da Ordem Terceira do Carmo, e votos religiosos dos irmãos terceiros (as).
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A deposição de Dilma Rousseff em um impeachment sem crime de responsabilidade não é apenas um golpe na democracia, é também um golpe nos direitos humanos no Brasil. Michel Temer chega ao poder com a turma que acha que protesto é caso de polícia, que LGBTs difundem uma ideologia para ganhar “direitos diferenciados”, que feminismo é coisa de vadia, que sem-terra, sem-teto e índios são arruaceiros vagabundos, que menino preto e pobre da periferia é traficante e que merece ser morto. A reportagem é de Mauricio Moraes, publicada por CartaCapital, 12-05-2016.
É a turma dos que acham que os negros têm de se sentir agradecidos por terem os “mesmos direitos” dos brancos, em um país onde os ancestrais de muitos deles foram até anteontem os donos da senzala. Os que reclamam do que chamam de “Bolsa Esmola”, quando para eles foi sempre melhor ter a miséria ao lado como estoque de mão de obra barata.
É a turma que votou em nome de Deus e da Família, o que já faz deles canalhas em potencial, apenas por citar o nome do “altíssimo” e por falar de uma família na qual só pode “papai e mamãe” (“porque o resto a gente faz é com os amantes ou com as amantes”).
Logo que a abertura do impeachment foi aprovada na Câmara, na sessão que ficará na história como o dia do grande constrangimento nacional, Temer já recebeu para uma audiência e uma “bênção” o pastor Silas Malafaia e depois o deputado pastor Marco Feliciano.
Falando “em nome de Deus” devem ter ido negociar isenção de impostos para igrejas, canais de rádio e televisão, quaisquer mutretas dessa natureza e, é claro, lembrar ao vice que eles são contra qualquer agenda que fale sobre gênero nas escolas, legalização do aborto ou nova política de drogas.
Circulou até um vídeo de Temer falando sobre Deus, o cristianismo e o Brasil. E aí está a grande diferença.
Os direitos humanos não avançaram tanto quanto gostaríamos sob a era PT. Em vários momentos, tanto Lula quanto Dilma recuaram em pautas importantes, como o debate sobre o aborto, sobre uma nova política de drogas, a população carcerária e pautas LGBT, como o kit antihomofobia.
Dilma e o PT fizeram alianças com ruralistas e fundamentalistas, é fato, mas nenhum dos dois usou Deus como muleta para a demagogia. E é inegável o comprometimento do petismo em temas de direitos humanos como o posicionamento contra a redução da maioridade penal.
Já Temer começa sua interinidade com um ministério sem nenhuma mulher. Nem os militares foram capazes de tanto. Será a primeira vez que nenhuma voz feminina será ouvida no gabinete desde o governo do general Garrastazu Médici.
Temer (que no passado já associou o aumento da violência ao acesso à pornografia) diz que fará um governo de salvação nacional, para o qual chegou a cogitar um pastor criacionista da Igreja Universal do Reino de Deus para o Ministério da Ciência e Tecnologia, o deputado Marcos Pereira, do PR.
Para a Justiça indicou Alexandre Moraes, o homem que até ontem comandava o "cacetaço" nos secundaristas em São Paulo, à frente da Secretaria de Segurança Pública do governo tucano de Geraldo Alckmin (PSDB).
Alexandre Moraes tem ainda no currículo os serviços de advocacia que prestou para uma cooperativa de vans que servia de lavanderia para o PCC, segundo investigações, o que só reforça nossa crescente imagem de República de Bananas no exterior. E antes mesmo de assumir o posto, já dava o tom de sua gestão ao classificar os protestos contra o impeachment como “atos de guerrilha”.
A detenção pela Polícia Federal por duas horas de 73 mulheres em um voo da Bahia a Brasília, após escracho contra deputados a favor do impeachment, mostra a agenda de criminalização dos movimentos sociais que se dará no governo Temer (infelizmente baseada na lei antiterrorismo, sancionada por Dilma no que talvez tenha sido seu maior erro).
Vamos ver como será a repressão durante as Olimpíadas do Rio, quando os movimentos sociais não vão perder a chance de denunciar as arbitrariedades do impeachment para o resto do mundo.
Tempos sombrios para o Brasil! O alento é ver uma juventude engajada em ir reclamar seus direitos nas ruas, sem medo de polícia, pronta para empurrar uma agenda de respeito aos direitos humanos.
Para a geração dos que cresceram na democracia, um golpe era algo impensável. Talvez será a mesma surpresa para os que hoje usurpam o poder: a tarefa de conter os descontentes será mais árdua do que imaginaram. Quem cresceu sem medo não vai recuar um centímetro dos direitos conquistados. A crise só começou.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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Defender os que nem sempre contam foi arriscado e provoca incompreensão e perseguição. Na Igreja católica não é diferente. No último 10 de maio completaram-se os 30 anos do martírio do Pe. Miguel Morais Tavares. A reportagem é de Luis Miguel Modino e publicada por Religión Digital, 11-05-2016. A tradução é de André Langer.
Ele sabia, como disse no dia 27 de abril de 1986 na Assembleia Diocesana de Tocantinópolis, Tocantins, região norte do Brasil, poucos dias antes da sua morte, que esta estava anunciada e encomendada. De fato, passaram-se poucos dias até que no dia 15 de abril seu carro fosse alvo de cinco tiros enquanto viajava entre as cidades deAgustinópolis e Axixá.
Suas palavras refletem que entendia que ser sacerdote e assumir o compromisso profético que deve fazer parte da vida de todo discípulo, tem suas consequências. “Eu quero que vocês entendam que o que vem acontecendo não é fruto de nenhuma ideologia ou facção teológica, nem por mim mesmo, ou seja, pela minha personalidade. Acredito que o porquê de tudo isso se resume em três pontos principais:
– Por Deus ter me chamado com o dom da vocação sacerdotal e eu ter correspondido;
– Pelo senhor bispo, Dom Cornélio, ter me ordenado sacerdote;
– Pelo apoio do povo e do vigário de Xambioá, então Pe. João Caprioli, que me ajudaram a vencer nos estudos”.
Ao fim e ao cabo, a sorte de quem quer caminhar com Jesus de Nazaré comporta situações semelhantes àquelas que o próprio Jesus viveu: “O discípulo não é maior do que o Mestre. Se perseguirem a mim, hão de perseguir vocês também”. Movido pela fé no Ressuscitado, o Padre Josimo não duvidava em afirmar que: “Tenho que assumir. Agora estou empenhado na luta pela causa dos pobres lavradores indefesos, povo oprimido nas garras dos latifúndios. Se eu me calar, quem os defenderá? Quem lutará a seu favor? Eu pelo menos nada tenho a perder. Não tenho mulher, filhos e nem riqueza sequer, ninguém chorará por mim. Só tenho pena de uma pessoa: de minha mãe, que só tem a mim e mais ninguém por ela. Pobre. Viúva. Mas vocês ficam aí e cuidarão dela”.
As palavras do sacerdote mostram o que da serenidade de ânimo assumia como consequência de uma forma de vida a partir do projeto cristão: “Nem o medo me detém. É hora de assumir. Morro por uma justa causa. Agora quero que vocês entendam o seguinte: tudo isso que está acontecendo é uma consequência lógica resultante do meu trabalho na luta e defesa pelos pobres, em prol do Evangelho que me levou a assumir até as últimas consequências. A minha vida nada vale em vista da morte de tantos pais lavradores assassinados, violentados e despejados de suas terras. Deixando mulheres e filhos abandonados, sem carinho, sem pão e sem lar. É hora de se levantar e fazer a diferença! Morro por uma causa justa”.
Humanamente falando, a atitude do Padre Josimo é inexplicável. Somente a partir de uma profunda experiência de Deus se pode assumir semelhantes palavras, um Deus que se faz presente na vida dos pequenos através do compromisso de quem realmente acredita n’Ele até as últimas consequências. Sua vida, seus escritos e testemunhos mostram que a atitude que fundamentou sua vida foi o serviço ao Reino de Deus, que se expressava na proximidade com os mais necessitados, no seu caso com os agricultores pobres expulsos de suas terras pelos grandes proprietários rurais locais.
Foram estes fazendeiros que encomendaram a sua morte, encarregada a Geraldo Rodrigues da Costa, o mesmo que atirou contra o carro do padre no dia 15 de abril do mesmo ano. Quando chegava à sede da Pastoral da Terra, onde era coordenador da Comissão Pastoral da Terra do Bico do Papagaio, noMaranhão, enquanto subia as escadas, foi surpreendido pelo assassino que efetuou dois disparos. Transferido para o hospital da cidade, morreu duas horas depois. Morreu com 33 anos o “padre negro de sandálias gastas”, como era conhecido pelos lavradores que ele acompanhava.
Sua morte teve grande repercussão em um país que nesse mesmo ano restaurou o sistema democrático, e a investigação do assassinato, a pedido expresso de José Sarney, o então presidente da República, converteu-se em uma prioridade nacional, coisa pouco comum em muitos outros casos ocorridos no país. De fato, o enterro do religioso contou com a presença de 10 bispos e do ministro da Reforma Agrária, Nelson Ribeiro. A maioria dos implicados, mais cedo ou mais tarde, foi condenada.
A memória de Josimo, poeta e músico, aquele que com seu temperamento tranquilo gostava de ouvir as histórias do povo, segue viva entre os camponeses pobres do Brasil e na Igreja da Base, na mente e no coração de todos os que lutam para que a terra seja libertada das garras do latifúndio e dividida entre as famílias camponesas que nela encontram a fonte de seu sustento. Muitos assentamentos da Reforma Agrária, em todos os cantos do Brasil, receberam e continuam recebendo seu nome e as Comunidades Eclesiais de Base sempre o recordam como um dos “Mártires da Caminhada”, sabendo que não existe amor maior que dar a vida pelos amigos.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
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BEATO FREI TITO BRANDSMA, O. CARM.
(Tradução: frei Bento Caspers, O. Carm. e Dom Vital Wilderink, O. Carm.)
O Santo Profeta Elias no Monte Carmelo
Diante dele o povo eleito de Israel. No meio deles, o rei Acaz e os sacerdotes de Baal. "Usquequo claudicatis in duas partes? Si Dominus est Deus, sequimini eum". (Até quando claudicareis dos dois pés? Se o Senhor é Deus, segui-o). Um sinal do céu: Deus responde por meio do fogo. Água sobre o sacrifício. Fogo do céu devora-o. Morte dos falsos profetas. Pediu o auxilio de Deus por sete vezes. Nuvenzinha por sobre o mar, sinal de chuva que virá trazer a salvação. Acaz vaí com Elias para Jerusalém.
Lições contidas no episódio
1 - Elias nos pergunta até quando continuaremos a mancar para dois lados. Ternos que nos definir...
2 - Sinal dado por Deus. É ele o Deus que responde por meio do fogo. Pela revelação sabemos que ele veio trazer fogo á terra e não quer senão que este fogo arda. Sua graça é este fogo.
3 - Água sobre o sacrifício. Significa que tudo devemos esperar da graça de Deus e que devemos dispor-nos para recebe-la. Não confiar em aptidões e talentos. Entregar-nos a Deus: "Scio cuí credidí" (Sei em quem acredito).
4 - Morte dos falsos profetas. Morte: a luta mais radical contra tudo quanto possa afastar-nos de Deus ou ocupar o lugar dele em nós. Conhecer os nossos inimigos. Disse Deus: "Quem não está comigo, é contra mim". O que poderá levar-nos para mais perto de Deus?
5 - Pedir a chuva. Pedir a graça de Deus. Rezar sempre, sem nunca desfalecer. "Domine, doce nos orare" (Senhor, ensinai-nos a orar).
6 - A nuvenzinha sobre o mar. Maria como arauto, prenúncio da nossa predestinação. Deus quer dar-nos as graças por intermédio de Maria.
7 - Vamos a Jerusalém, a fim de oferecer o nosso sacrifício a Deus, no lugar por ele indicado, o sacrifício de nós mesmos. Amanhã, á hora do Santo Sacrifício, oferecer-nos a Deus, em união com o Sacrifício de Jesus.
Colóquio com Santo Elias
Ouvir as palavras. Formar ao seu lado. Transplantar no coração o seu zelo e o seu amor. Santa ,competição com respeito á sua confiança em Deus. Esperar tudo dele. Água sobre a lenha. Convencer-nos de que a nossa salvação é dom exclusivo de Deus, ainda que tenhamos de merecê-la. Considerar tudo á luz da Providência e da predestinação divinas. Fortes com Santo Elias pela força que vem de Deus, á luta contra tudo que nos afaste de Deus. E, depois de abominarmos tudo isso, ajoelhar-nos com Santo Elias para rezar, para perseverar na oração. Com Santo Elias, que nos é apontado com São Tiago corno modelo de perseverança na oração e como garantia de que nossa oração será ouvida. Alegrar-nos com Santo Elias pelo fato de ter aparecido urna nuvenzinha sobre o mar. Levantar-nos com ele para irmos a Jerusalém.
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