Olhar Jornalístico

Uma visita ao Cemitério

Detalhes
Publicado em 03 novembro 2017
  • Paz de cemitério,
  • Cemitério de São João Batista,
  • Cemitério,

 

Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.

Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 2 de novembro-2017.

Hoje fui ao cemitério aqui no Rio de Janeiro e gostaria muito de ter ficado por lá por longas e longas horas. Depois de vídeos, fotos, histórias e mais histórias sobre a dita cuja- a morte- o Frei Fernando Bezerra, Pároco de Angra dos Reis, terminou saindo mais cedo. Lá fiquei com o confrade, Frei Donizetti Barbosa. A sensação em poder conhecer os diversos túmulos do Cemitério São João Batista, no bairro Botafogo, sem dúvida alguma foi muito boa. O desejo era continuar por lá... Calma, calma! Não morto, mas vivinho da silva, óbvio.

Eu sei que falar em morte, conversar sobre a morte e olhar para os diversos jazigos, para muitos é um grande martírio ou medo. Para mim não, gosto de escrever, cantar, declamar, ler e percorrer os corredores dos cemitérios- Não sei porque, mas toda vez que falo em cemitério só quero falar hospital- por este Brasil afora. Sinto que, após 50 anos de vida- completados no último dia 15 de setembro- cada vez mais me aproximo da triste e misteriosa morte.

Quando o homem ou a mulher tem um trauma, geralmente- se tiver dinheiro- procura um psicólogo ou terapeuta para esquecer ou corrigir tal situação de vida. No caso concreto da morte, não adianta meia conversa, quando ela vem leva e pronto! Não tem essa de encontrar uma saída alternativa ou um “jeitinho brasileiro”. Portanto, com medo ou sem daquela a quem São Francisco de Assis, a chamava de irmã, é implacável. O medo pode ser apenas uma tentativa de não falar, pensar ou refletir sobre ela, mas a melhor maneira é ter a convicção de que de fato, como dizia o protetor dos animais, “Ela é a nossa irmã” e faz parte da nossa caminhada quer queira ou não.

Vendo os diversos olhares no hospital... Hospital não meu Deus! Cemitério. Percebo que todos, eu disse todos! Estão mais convictos que, mesmo tendo um não uma boa conta bancária, um bom apartamento, carro, etc, a nossa amiga de todas as horas vem a qualquer nos buscar.

Hoje, de hora em hora, a Arquidiocese do Rio proporcionou a Santa Missa. Também vi vários evangélicos das mais diversas igrejas fazendo a sua parte. Ah! Também os mendigos estavam lá suplicando uma moeda para os visitantes. Com tal constatação eu quero dizer que, seja na rua, na igreja, nos becos ou avenidas, o ser humano busca subterfujo para vencer o mistério da morte através dos mais variados ritos ou situações que muitas vezes, ao contrário do que se pensam, termina aceitando-a nas suas relações.

Ao finalizar o meu olhar neste dia de finados, lembro-me da afirmação do apóstolo Paulo em 1º Coríntios 15, 14; “E se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação e a nossa fé é vã”.  Em outras palavras, a ressurreição de Jesus nos garante vencer a morte. Não importa que tipo de morte o nosso corpo vai padecer, temos a vitória do Senhor sobre ela e, como tal, somos privilegiados com a ressurreição, ou seja, o medo é derrotado, deletado e esquecido.  

DIA DE FINADOS: PARA O PÓ VOLTAREMOS.

Detalhes
Publicado em 02 novembro 2017
  • Poemas do Frei Petrônio,
  • Poemas sobre a Morte,
  • Dia de finados,
  • PARA O PÓ VOLTAREMOS,

(Gênesis 3, 19 e Eclesiastes 3, 20)

Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.

Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 2 de novembro-2017.

 

Por que a disputa por bens na família

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que ferimos o nosso próximo

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que não perdoamos às 24 horas

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que somos insensíveis ao sofrimento

Se amanhã para o pó voltaremos?

 

 

Por que somos Pitibus nas relações      

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que não acolhemos quem errou

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que acumulamos bens e tranqueiras

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que não agradecemos cada raiar do dia

Se amanhã para o pó voltaremos?

 

 

Por que não somos justos e humanos

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que levantamos falso testemunho

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que nos digladiamos diariamente

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que somos corruptos e injustos

Se amanhã para o pó voltaremos?

 

 

Por que não vivemos plenamente

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que transmitimos o ódio e a tristeza

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por não levantamos os caídos da vida

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que continuamos no erro

Se amanhã para o pó voltaremos?

 

 

Por que fechamos os olhos para a miséria

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que somos ingratos com a nossa família

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que destruímos a mãe natureza

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que usamos da mentira nas relações

Se amanhã para o pó voltaremos?

 

 

Por que não somos misericordiosos

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que alimentamos o ódio e a inveja

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que somos racistas e desumanos

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que somos arrogantes e intransigente

Se amanhã para o pó voltaremos?

FINADOS: Quando ela chegar

Detalhes
Publicado em 02 novembro 2017
  • Poemas do Frei Petrônio sobre a morte,
  • Dia de finados,
  • DIA DE FINADOS-2017,
  • Quando ela chegar,

Quando ela chegar

Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.

Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 2 novembro-2017.

 

Quando ela chegar não adianta mentir

Ela conhece a nossa história e as nossas desculpas.

Quando ela chegar não vamos fingir de sonso

Ela conhece o nosso olhar e o nosso pensamento.

 

 

Sim, nos caminhos da vida poderíamos ter feito o bem

Agora ela não vai mais dar uma segunda chance.

Sim, fomos egocêntricos e intransigentes

Agora não adiante chorar o leite derramado.

 

 

Quando ela chegar não adianta apelar para Deus

Tivemos toda uma vida para amar a vida e o próximo.

Quando ela chegar não adianta prometer mudanças

A nossa vida foi uma eterna caminhada quebrando promessas.

 

Sim, a cada dia sempre tínhamos algo para reclamar

Agora só resta parar e lamentar as noites escuras.

Sim, poderíamos ter cantando a beleza da vida

Mas gostávamos mesmo era de amaldiçoar cada dia.

 

Quando ela chegar não adianta meias verdades

Se fomos nós criadores e cultivadores da mentira.

Quando ela chegar não vamos fingir de super-humanos

Se na verdade fomos verdadeiros animais nas relações.

 

Sim... Seja Bem-vinda IRMÃ MORTE!

Eu não creio nesse amor. (Mt 22, 34-40)

Detalhes
Publicado em 29 outubro 2017
  • 30º Domingo do Tempo Comum,
  • homilia do 30º Domingo do Tempo Comum,
  • Amor,

(Uma reflexão sobre o Evangelho do 30º Domingo do Tempo Comum. Ano Litúrgico- A).

Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista, Rio de Janeiro.

Convento do Carmo da Bela Vista, São Paulo. 29 de outubro-2017

 

Não, eu não creio nesse amor

Amor dos livros e das palavras.

Eu creio no amor de atitudes

No amor de carinho e compaixão

No amor esperançoso dos pobres

No amor de encontro e do perdão.

 

Não, eu não creio nesse amor

Amor de mandamentos e regras.

Eu creio no amor da inclusão

No amor manso e prestativo

No amor companheiro das lutas    

No amor sem interesse e preço.

 

Não, eu não creio nesse amor

Amor da competitividade e do mercado.

Eu creio no amor barato e frágil

No amor sem máscaras e sem medo

No amor inovador dos desempregados

No amor silêncio e contemplativo.

 

Não, eu não creio nesse amor

Amor institucionalizado e acadêmico.

Eu creio no amor marginal e livre

Amor rasgado, ferido e ressuscitado

No amor amigo e irmão dos depressivos

No amor sujo de sangue e crucificado.

 

Não, eu não creio nesse amor

Amor lucrativo das mídias e da TV.

Eu creio no amor sem lucro e sem mercado

Amor descalço, esquecido e marginalizado

No amor companheiro dos refugiados

Amor anônimo dos becos, favelas e vielas.   

 

Não, eu não creio nesse amor

Amor partido e repartido no mercado.

Eu creio no amor frágil e pequeno

No amor sem brilho e sem cor

No amor teimoso que nasce e renasce das lutas   

Sim, eu creio nesse amor- JESUS CRISTO.

 

OLHAR DO DIA: Quarta, 25.

Detalhes
Publicado em 25 outubro 2017
  • A Palavra do Frei Petrônio,
  • Olhar do dia,
  • Santo do dia,
  • denúncia contra Michel Temer,
  • Michel Temer internado,
  • Frei Galvão,

A Inveja no Convento

Detalhes
Publicado em 23 outubro 2017
  • Convento do Carmo da Lapa,
  • A inveja no convento,
  • Vida conventual e inveja,
  • A Inveja na Bíblia,

Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.

Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 23 de outubro-2017.

Quando nos deparamos com histórias de inveja no mundo da produtividade, na política, no esporte e na sociedade como um todo, até achamos “normal” tal situação frente a uma ideologia que, para crescer, produzir e se auto afirmar, sacrificam vidas, excluem e colocam na “geladeira” aqueles que não geram lucro ou estão ultrapassados. Mas quando nos deparamos com a maldita inveja atrás dos muros conventuais é coisa do “outro mundo”! Bem... Não que a vida do frade e da freira seja do “outro mundo”, mas justamente na vida claustral o que se presa é o respeito, o perdão, a tolerância e a vivência diária da Boa Nova de Jesus Cristo.

Alguém pode dizer; “Frei Petrônio de Miranda, a inveja faz parte da vida desde o início da criação (Gênesis 4. 8). Nessa passagem- Por inveja-  Caim matou o seu irmão”. Sim, até acredito que ela perpassa toda a história da salvação, mas na vida conventual não! Nós, com os votos de pobreza, castidade e obediência, nos comprometemos a fugir das tentações do mundo e termos como único objetivo o Cristo. Óbvio que tudo isso é bonito e espiritual, e se não vigiarmos às 24 horas, seremos contaminados com o veneno da maldita inveja.

Na carta de Tiago (3, 16), nos deparamos com a seguinte passagem; “Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males”. Esta passagem do apostolo, confirma o desvio e o foco da espiritualidade conventual quando é contaminada com a inveja. Quando isso acontece, é “normal” nos depararmos com frades e freiras feridos, depressivos, machucados e esquecidos nos “depósitos conventuais” vítimas de disputas pelo poder e pelo prestígio, desviando assim a linha condutora que inspiraram os fundadores e fundadoras.

Se o grupo dos apóstolos tiveram ciúme e inveja? Se os primeiros cristãos foram contaminados com a erva daninha da inveja? Bem, vejamos o que diz as Sagradas Escrituras; Em 1º Coríntios (12-16) nos deparamos com uma certa “divisão invejosa”, alguns afirmavam que eram de Paulo, outros de Apolo, outros de Cefas”. Essa divisão foi cortada pela raiz pelo apóstolo Paulo mostrando que o objetivo central era Jesus Cristo. Talvez, o que falta em nossos conventos -masculinos e femininos- é de fato a volta às origens. Digo, até que rezamos, até que meditamos, até que vivemos em comum, até que temos objetivos bonitos, mas esquecemos de algo fundamental em nossas vidas de consagrados e consagrada- JESUS CRISTO.

Aqui, vale lembrar a homilia do Papa Francisco na Casa Santa Marta no dia 21 de janeiro de 2016 e seu comentário sobre (1 Sam 18, 6-9: 19,1-7). Nesta passagem, nos deparamos com o ciúme de Saul, Rei de Israel, em relação a Davi. Segundo Francisco; “Por ciúme se mata com a língua. Alguém tem inveja daquele, daquele outro e começam os fuxicos: e os fuxicos matam!”. Talvez um frade ou uma freira responda; “Eu matar o meu confrade!? A minha irmã!? Nunca”! Matar fisicamente não, mas espiritualmente e moralmente talvez já tenha assassinado diversos e diversas.      

Por último, vale ainda lembrar a mensagem do apóstolo Paulo em 1º Coríntios (13, 4); “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha”. Se assim o fizermos, não seremos frades e freiras invejosos, rancorosos e feridos pela eterna disputa por cargos, prestígios e poder- que aliás são passageiros- e, muitas vezes, nos faz sofrer e ferir os nossos confrades e irmãs.

E tenho dito!....  

Eu sei que vou morrer...

Detalhes
Publicado em 21 outubro 2017
  • Frei Petrônio,
  • A Morte,
  • Morte,
  • eu sei que vou morrer,
  • Poemas do Frei Petrônio sobre a morte,
  • Dia de finados,
  • Vida e morte,

Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista

Rio de Janeiro, 21 de outubro-2017.

 

O cansaço chega, os sintomas no corpo anunciam

A irmã morte se aproxima com uma certa rapidez

Vejo os dias sob um outro olhar e contemplo o outro lado

Sinto uma paz interior, corro para fazer o bem

Não tenho medo e não tenho tempo, quero apenas esperá-la

Eu sei que vou morrer.

 

Olho no túnel do tempo e me vejo criança

Sinto que vivi sem neuras nem arrependimento

Olho no espelho da vida e me vejo adolescente sonhador

Volto na história e encontro-me jovem, sonhador e ativo

Não tenho arrependimento do que fiz, apenas vivi

Eu sei que vou morrer.

 

Os amigos passaram no meu tempo, o tempo não parou

Construí história, fiz história e brinquei de sonhador

Pulei as injustiças sociais, fui vítima, mas a venci

Abri trilhas e levei pessoas por caminhos de luta

Não tive medo de caminhar, mesmo chutando pedras

Eu sei que vou morrer.

 

Na religião busquei forças e no meu Deus encontrei respostas

Não fiquei aprisionado a doutrinas mortas e ultrapassadas

Pulei os muros do preconceito e encontrei novos caminhos

Sofri com o crucificado e ressuscitei no terceiro dia

Gritei contra a morte, mas ela agora se aproxima

Eu sei que vou morrer.

 

Deparei-me com amigos e com eles fui feliz

Estendi a mão para os estranhos e fui machucado e pisado

Falei de amizade e fui traído, joguei flores e colhi espinhos

Corri contra o tempo e fui aprisionado

Não sofri por opção, mas por amor a minha história

Eu sei que vou morrer.

 

Na família encontrei-me, no mundo cresci

Na religião busquei Deus, no ser humano vi Deus

Nos livros conheci o mundo, no mundo vi os livros

Na oração busquei a paz, na paz senti a oração

Não tive grandes inspirações, apenas contemplei a vida

Eu sei que vou morrer.

NOVENA DOS CAMINHONEIROS 300: 1º Dia.

Detalhes
Publicado em 03 outubro 2017
  • A Palavra do Frei Petrônio,
  • Nossa Senhora Aparecida,
  • 300 Anos de Nossa Senhora Aparecida,
  • NOVENA DOS CAMINHONEIROS 300,

DIÁRIO DE VIAGEM: Chegando na Comunidade Capim

Detalhes
Publicado em 03 outubro 2017
  • Comunidade Capim,
  • Igreja de Nossa Senhora Aparecida na Comunidade Capim,
  • DIÁRIO DE VIAGEM,
  • Chegando na Comunidade Capim,

DIÁRIO DE VIAGEM: Acordando em Jequié

Detalhes
Publicado em 02 outubro 2017
  • Viajando com Frei Petrônio,
  • DIÁRIO DE VIAGEM,
  • Pé na estrada com Frei Petrônio,
  • Jequié,

DIÁRIO DE VIAGEM: Chegando em Vitória

Detalhes
Publicado em 02 outubro 2017
  • Viajando com Frei Petrônio,
  • NA CÂMERA DO FREI PETRÔNIO,
  • DIÁRIO DE VIAGEM,
  • Pé na estrada com Frei Petrônio,

DIÁRIO DE VIAGEM: Divisa dos Estados.

Detalhes
Publicado em 02 outubro 2017
  • DIÁRIO DE VIAGEM,
  • Divisa dos Estados,
  • Divisa dos Estados Minas e Bahia,

DIÁRIO DE VIAGEM... Em Governador Valadares-MG.

Detalhes
Publicado em 01 outubro 2017

DIA DA PADROEIRA DAS MISSÕES, SANTA TERESINHA: "Uma Igreja que não é Missionária ou está doente ou está morta". São João Paulo II. Alagoas aqui vamos nós! Tenho ainda 1.500 quilômetros pela frente. Próxima postagem lá pelas 18hs. 

(7h da manhã em Governador Valadares-MG. Após café, hora de botar o pé na estrada)

CANTANDO COM FREI PETRÔNIO: Serei o amor.

Detalhes
Publicado em 01 outubro 2017
  • Viajando com Frei Petrônio,
  • Cantando com Frei Petrônio,
  • Santa Teresinha do Menino Jesus,
  • Teresinha do Menino Jesus,

DIÁRIO DE VIAGEM: A primeira cidade de Minas.

Detalhes
Publicado em 30 setembro 2017
  • Viajando com Frei Petrônio,
  • Pé na estrada com Frei Petrônio,

DIÁRIO DE VIAGEM: 1ª Parada

Detalhes
Publicado em 30 setembro 2017
  • Viajando com Frei Petrônio,
  • DIÁRIO DE VIAGEM,
  • Pé na estrada com Frei Petrônio,

DIÁRIO DE VIAGEM: Saindo do Rio.

Detalhes
Publicado em 30 setembro 2017
  • Viajando com Frei Petrônio,
  • Carmo da Lapa,
  • DIÁRIO DE VIAGEM,

COMUNIDADE CAPIM: Convite

Detalhes
Publicado em 25 setembro 2017
  • Lagoa da Canoa,
  • Nossa Senhora Aparecida,
  • Novena de Nossa Senhora Aparecida 2017,

PARA O PÓ VOLTAREMOS.

Detalhes
Publicado em 22 setembro 2017
  • Poemas sobre a Morte,
  • A Morte,

Frei Petrônio de Miranda, Frade Carmelita.

 

Por que a rivalidade e a disputa por bens na família

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que mentimos e ferimos o nosso próximo

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que não perdoamos a quem nos ofendeu

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que somos insensíveis diante da miséria

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que não somos caridosos e misericordiosos

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que não vivemos plenamente cada segundo

Se amanhã para o pó voltaremos?

 

Se Deus vai nos chamar amanhã e voltamos a ser pó 

Por que não sermos promotores da alegria e da vida?

Se a irmã morte vai bater em nossa porta

Por que não seguimos o exemplo da família de Nazaré?

Se para Jesus Cristo levamos apenas o amor

Por que gostamos de acumular bens e tranqueiras?

Se o que vale diante de Deus é o bem que fizemos

Nós somos seres criados para amar e ser feliz

Por que insistimos em ser tanques de guerra?

Nós necessitamos de carinho e atenção

Por que as vezes parecemos um pit bull? 

 

Por que não somos justos com os nossos funcionários

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que levantamos falso testemunho

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que nos digladiamos na arena do poder

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que não usamos da política para o bem comum

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que alimentamos o ódio e a inveja onde trabalhamos

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que somos racistas e desumanos em nossas relações

Se amanhã para o pó voltaremos?

 

Nós temos apenas uma vida para ser vivida

Por que não a vivemos plenamente?

Nós temos apenas um amor para ser amado

Por que o nosso próximo não é amado?

Nós temos apenas dois olhos para contemplar o criador

Por que transmitimos o ódio e a tristeza?

Nós temos apenas duas mãos para levantar os caídos

Por que ferimos o nosso próximo usando a violência?

Nós temos apenas um segundo para mudar de vida

Por que somos arrogantes e continuamos no erro?

Nós temos apenas uma vida para bendizer ao Criador

Por que não aceitamos a ação de Deus em nosso viver?

 

Por que abandonamos amigos em nome do poder

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que somos infiéis com a nossa família

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que destruímos a mãe natureza polindo os rios,

Por que somos promotores da guerra onde passamos

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que usamos da mentira para subir na escala social

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que não buscamos o sagrado

Se amanhã para o pó voltaremos?

Por que meu Deus, por quê!?

Eu não quero este Jesus Cristo.

Detalhes
Publicado em 27 agosto 2017
  • Homilia do Frei Petrônio de Miranda,
  • 21º Domingo do Tempo Comum,
  • Eu não quero este Jesus Cristo,
  • Quem é Jesus,

Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ.

          Eu não quero este Jesus Cristo que fala alto nos palanques e na TV, corre, condena, grita e transforma a sua mensagem em poluição audiovisual. Não, o meu Jesus não é o Jesus do marketing, dos grandes shows, da corrida pelo ibope. Ele não é fashion, não tem cor. Ele ultrapassa as religiões, os ritos, os dogmas, ama a todos sem pré-conceitos, fala pouco, perdoa, contempla e ora. Passa na brisa suave e mora nas favelas, nas florestas, nos morros, nas montanhas e no silêncio da madrugada triste das penitenciárias, dos abrigos e das casas de recuperação dos drogados.

Eu não quero este Jesus dos templos televisivos. Não, o meu Jesus Caminha com o mendigo no silêncio da noite, sorri com o ancião abandonado em um asilo, dorme com os menores nos viadutos das grandes metrópoles. Silencia na dor dos índios, na saudade dos migrantes, nas alegrias e tristezas do agricultor. Ele ressuscita na luta de cada comunidade, no grito dos homossexuais espancados, das prostitutas, travestis, das lésbicas e drogados. Sim, o meu Jesus é trindade e se faz presente em cada grupo social na marcha contra os políticos corruptos e desumanos.

Eu não quero este Jesus Cristo competitivo no mercado financeiro da marca Bombril, com mil e uma utilidades. Eu fujo do sagrado comercial e sexualmente sedutor, consumido e comido nas fartas mesas do sistema econômico. Não, o meu Jesus não tem preço ou marca, Ele não se queima, não se corrompe e não se vende. Ele é frágil, humilde, carinhoso, misericordioso, manso, pequenino e só os puros de coração poderão ver e contemplá-lo.

Eu não quero este Jesus Cristo pop estar estampado nas camisetas, disputando espaço com a Madonna, o Pelé, o Justin Bieber, o Neymar, a Lady Gaga e todos os artistas e personalidades mundiais. Não, o meu Jesus não gosta de ser reconhecido. Ele não é o super-homem, ao contrário, foi condenado e crucificado em uma cruz. O meu herói caminha com os presos políticos, com os mutilados, desesperados e sedentos de paz e igualdade social.

Eu não quero este Jesus Cristo do cinema 3D, HD e digital que enriquece empresários do sagrado e transforma os seguidores em fanáticos. Não, o meu Jesus não tem tablet, aiphone ou iPad. Ele vive escondido em um pequeno casebre castigado pelas enchentes, sofre com a seca, as chacinas, a prostituição infantil e as epidemias, chora com os aidéticos e vive a procura de um pedaço de terra e de um teto para morar. Ele é o mesmo de ontem, de hoje e de sempre, porém, muitos não o aceitam, não o procuram e fecham os olhos para não o ver.

Pág. 639 de 688

  • 634
  • ...
  • 636
  • 637
  • 638
  • 639
  • ...
  • 641
  • 642
  • 643
  • Está em...  
  • Home
  • Home
  • Vídeo Cast
  • Social
  • Religião
  • Política
  • Artigos Carmelitas
  • Pensamentos do Frei Petrônio
  • Homilia do Papa Francisco




brasil el pais
La santa ede
DOM
global times
folha
Estadao
Twitter frei
Direitos humanos
fotos que falam
GREENPEACE
CBN
CRB nacional
dehonianos
Band News fm
Blog do Frei Petronio
vatican
CNBB

Voltar ao topo

© 2025 Olhar Jornalístico