Olhar Jornalístico

BISPOS REUNIDOS NA 59ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB DIVULGARAM A “MENSAGEM DA CNBB AO POVO BRASILEIRO SOBRE O MOMENTO ATUAL”.

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Publicado em 04 setembro 2022
  • Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida,
  • 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
  • MENSAGEM DA CNBB AO POVO BRASILEIRO SOBRE O MOMENTO ATUAL

 

Os 292 bispos católicos do Brasil reunidos na 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) desde o último domingo, 28 de agosto, divulgaram na manhã desta sexta-feira, 2 de setembro, “a mensagem da CNBB ao povo brasileiro sobre o momento atual”.

Reunidos, em colegialidade e comunhão, os bispos católicos se dirigem na mensagem aos homens e mulheres de boa vontade. “Nossas alegrias e esperanças, tristezas e angústias (cf. Gaudium et Spes, 1) são as mesmas de cada brasileira e brasileiro. Com esta mensagem, queremos falar ao coração de todos”, escreveram.

Na mensagem, os bispos afirmam que “nossa fé comporta exigências éticas que se traduzem em compaixão e solidariedade concretas. O compromisso com a promoção, o cuidado e a defesa da vida, desde a concepção até o seu término natural, bem como, da família, da ecologia integral e do estado democrático de direito está  intrinsicamente vinculado à nossa missão apostólica.

“Todas as vezes que esses compromissos têm sido abalados, não nos furtamos em levantar nossa voz”, afirmaram.

 

Brasil: país envolto em crise complexa e sistêmica

Os pastores reconhecem o tempo difícil pelo qual o povo brasileiro e o país atravessam. “Nosso País está envolto numa complexa e sistêmica crise, que escancara a desigualdade estrutural, historicamente enraizada na sociedade brasileira. Constatamos os alarmantes descuidos com a Terra, a violência latente, explícita e crescente, potencializada pela flexibilização da posse e porte de armas que ameaçam o convívio humano harmonioso e pacífico na sociedade. Entre outros aspectos destes tempos estão o desemprego e a falta de acesso à educação de qualidade para todos”, pontuaram.

A fome, para os bispos do Brasil, é certamente o mais cruel e criminoso deles, “pois a alimentação é um direito inalienável’ (cf. Papa Francisco, Fratelli Tutti, 189). A mensagem reforça os dados do relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, 2022), que aponta que a quantidade de brasileiras e brasileiros que enfrentam algum tipo de insegurança alimentar ultrapassou a marca de 60 milhões.

Além destes problemas, no documento os bispos fazem uma contundente defesa da democracia brasileira: “Como se não bastassem todos os desafios estruturais e conjunturais a serem enfrentados, urge reafirmar o óbvio: Nossa jovem democracia precisa ser protegida, por meio de amplo pacto nacional. Isso não significa somente ‘um respeito formal de regras, mas é o fruto da convicta aceitação dos valores que inspiram os procedimentos democráticos […] se não há um consenso sobre tais valores, se perde o significado da democracia e se compromete a sua estabilidade’” – (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 407).

Os bispos reforçaram ainda a preocupação com a manipulação religiosa e a disseminação de fake News que têm o poder de desestruturar a harmonia entre pessoas, povos e culturas, colocando em risco a democracia. “A manipulação religiosa, protagonizada por políticos e religiosos, desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com o Evangelho e com a verdade”, afirmaram.

O documento afirma que as tentativas de ruptura da ordem institucional, veladas ou explícitas, buscam colocar em xeque a lisura desse processo, bem como, a conquista irrevogável do voto.  “Pelo seu exercício responsável e consciente, a população tem a capacidade de refazer caminhos, corrigir equívocos e reafirmar valores. Reiteramos nosso apoio incondicional às instituições da República, responsáveis pela legitimação do processo e dos resultados das eleições”.

Na mensagem, os bispos conclamam, mais uma vez, toda a sociedade brasileira a participar ativa e pacificamente das eleições, escolhendo candidatos e candidatas, para o executivo (presidente e governadores) e o legislativo (senadores e deputados federais, estaduais e distritais), que representem projetos comprometidos com o bem comum, a justiça social, a defesa integral da vida, da família e da Casa Comum.

 

Leia a carta na íntegra:

MENSAGEM DA CNBB AO POVO BRASILEIRO SOBRE O MOMENTO ATUAL

“Se nos esforçamos e lutamos, é porque pusemos a nossa esperança no Deus vivo, que é o salvador de todos” (1 Tm 4,10).

 

Reunidos no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, de 28 de agosto a 2 de setembro, para a etapa presencial da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, nós, bispos católicos, em colegialidade e comunhão, nos dirigimos a todos os homens e mulheres de boa vontade.

Como pastores, temos presente a vida e a história de nossas comunidades, o rosto de nossa de gente, marcado pela fé, esperança e capacidade de resiliência. Nossas alegrias e esperanças, tristezas e angústias (cf. Gaudium et Spes, 1) são as mesmas de cada brasileira e brasileiro. Com esta mensagem, queremos falar ao coração de todos.

Nossa fé comporta exigências éticas que se traduzem em compaixão e solidariedade concretas. O compromisso com a promoção, o cuidado e a defesa da vida, desde a concepção até o seu término natural, bem como, da família, da ecologia integral e do estado democrático de direito estão intrinsicamente vinculado à nossa missão apostólica. Todas as vezes que esses compromissos têm sido abalados, não nos furtamos em levantar nossa voz. “A Igreja é advogada da justiça e dos pobres, exatamente por não se identificar com os políticos nem com os interesses de partido” (Bento XVI, Discurso Inaugural da Conferência de Aparecida).

Com a esperança que nos vem do Senhor e que não nos decepciona (Cf Rm 5,5), reconhecemos o tempo difícil em que vivemos. Nosso País está envolto numa complexa e sistêmica crise, que escancara a desigualdade estrutural, historicamente enraizada na sociedade brasileira. Constatamos os alarmantes descuidos com a Terra, a violência latente, explícita e crescente, potencializada pela flexibilização da posse e porte de armas que ameaçam o convívio humano harmonioso e pacífico na sociedade. Entre outros aspectos destes tempos estão o desemprego e a falta de acesso à educação de qualidade para todos. A fome é certamente o mais cruel e criminoso deles, pois a alimentação é um direito inalienável (cf. Papa Francisco, Fratelli Tutti, 189). Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, 2022), a quantidade de brasileiras e brasileiros que enfrentam algum tipo de insegurança alimentar ultrapassou a marca de 60 milhões.

Como se não bastassem todos os desafios estruturais e conjunturais a serem enfrentados, urge reafirmar o óbvio: Nossa jovem democracia precisa ser protegida, por meio de amplo pacto nacional. Isso não significa somente “um respeito formal de regras, mas é o fruto da convicta aceitação dos valores que inspiram os procedimentos democráticos [...] se não há um consenso sobre tais valores, se perde o significado da democracia e se compromete a sua estabilidade” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 407).

Ao comemorarmos o bicentenário da Independência do Brasil, é fundamental ter presente que somos uma nação marcada por riquezas e potencialidades, contudo, carente de um projeto de desenvolvimento humano, integral e sustentável. Vítimas de uma economia que mata, celebramos as conquistas desses 200 anos de independência conscientes de que condições de vida digna para todos ainda constituem um grande desafio. É necessário o compromisso autêntico com a verdade, com a promoção de políticas de Estado capazes de contribuir de forma efetiva para a diminuição das desigualdades, a superação da violência e a ampliação do acesso a teto, trabalho e terra. Comprometidos com essas conquistas e inspirados pela cultura do diálogo e do encontro, podemos ser uma nação realmente independente e soberana.

É motivo de preocupação a manipulação religiosa e a disseminação de fake News que têm o poder de desestruturar a harmonia entre pessoas, povos e culturas, colocando em risco a democracia. A manipulação religiosa, protagonizada por políticos e religiosos, desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com o Evangelho e com a verdade.

A corrupção, histórica, contínua e persistente, subtrai o que pertence aos mais pobres. A Lei da Ficha Limpa, que proíbe que condenados por órgãos colegiados possam se candidatar a cargos políticos, é uma conquista popular e democrática, que deve ser promovida, juntamente com outros mecanismos de controle que garantam a ética na política.

Mesmo com todos esses desafios, a dinâmica da democracia nos coloca, mais uma vez, num processo eleitoral. Tentativas de ruptura da ordem institucional, veladas ou explícitas, buscam colocar em xeque a lisura desse processo, bem como, a conquista irrevogável do voto. Pelo seu exercício responsável e consciente, a população tem a capacidade de refazer caminhos, corrigir equívocos e reafirmar valores. Reiteramos nosso apoio incondicional às instituições da República, responsáveis pela legitimação do processo e dos resultados das eleições.

Assim, conclamamos, mais uma vez, toda a sociedade brasileira a participar ativa e pacificamente das eleições, escolhendo candidatos e candidatas, para o executivo (presidente e governadores) e o legislativo (senadores e deputados federais, estaduais e distritais), que representem projetos comprometidos com o bem comum, a justiça social, a defesa integral da vida, da família e da Casa Comum. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude a buscar sempre a melhor política, uma das formas mais eminentes da caridade. Aparecida - SP, 31 de agosto de 2022

 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte - MG

Presidente da CNBB

 

Dom Jaime Spengler

Arcebispo de Porto Alegre - RS

1º Vice-Presidente

 

Dom Mário Antônio da Silva

Arcebispo de Cuiabá - MT

2º Vice-Presidente

 

Dom Joel Portella Amado

Bispo auxiliar do Rio de Janeiro - RJ

Secretário-Geral

Fonte: https://www.cnbb.org.br

EVANGELHO DO DIA-22ª SEMANA DO TEMPO COMUM. Sexta-feira, 2 de setembro -2022. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 02 setembro 2022
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1) Oração

Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Lucas 5,33-39) (Mc 2,18-22)

Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da lei disseram a Jesus: Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam com freqüência e fazem longas orações, mas os teus comem e bebem... 34Jesus respondeu-lhes: Porventura podeis vós obrigar a jejuar os amigos do esposo, enquanto o esposo está com eles? 35Virão dias em que o esposo lhes será tirado; então jejuarão. 36Propôs-lhes também esta comparação: Ninguém rasga um pedaço de roupa nova para remendar uma roupa velha, porque assim estragaria uma roupa nova. Além disso, o remendo novo não assentaria bem na roupa velha. 37Também ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo arrebentará os odres e entornar-se-á, e perder-se-ão os odres; 38mas o vinho novo deve-se pôr em odres novos, e assim ambos se conservam. 39Demais, ninguém que bebeu do vinho velho quer já do novo, porque diz: O vinho velho é melhor. - Palavra da salvação.

 

3) Reflexão  Lucas 5,33-39

No evangelho de hoje vamos ver de perto mais um conflito entre Jesus e as autoridades religiosas de época, escribas e fariseus (Lc 5,3). Desta vez, o conflito é em torno da prática do jejum. Lucas relata vários conflitos em torno das práticas religiosas da época: o perdão dos pecados (Lc 5,21-25), comer com pecadores (Lc 5,29-32), o jejum (Lc 5,33-36), e mais dois conflitos em torno da observância do sábado (Lc 6,1-5 e Lc 6,6-11).

Lucas 5,33: Jesus não insiste na prática do jejum

Aqui, o conflito é em torno da prática do jejum. O jejum é um costume muito antigo, praticado por quase todas as religiões. O próprio Jesus o praticou durante quarenta dias (Mt 4,2). Mas ele não insiste com os discípulos para que façam o mesmo. Deixa a eles a liberdade. Por isso, os discípulos de João Batista e dos fariseus, que eram obrigados a jejuar, querem saber por que motivo Jesus não insiste no jejum.

Lucas 5,34-35: Enquanto o noivo está com eles não precisam jejuar

Jesus responde com uma comparação. Enquanto o noivo está com os amigos do noivo, isto é, durante a festa do casamento, estes não precisam jejuar. Jesus se considera o noivo. Durante o tempo em que ele, Jesus, estiver com os discípulos, é festa de casamento. Um dia, porém, o noivo vai ser tirado. Aí, se quiserem, podem jejuar. Jesus alude à sua morte. Ele sabe e sente que, se ele continuar neste caminho de liberdade, as autoridades vão querer matá-lo.

No Antigo Testamento, várias vezes, o próprio Deus se apresenta como sendo o noivo do povo (Is 49,15; 54,5.8; 62,4-5; Os 2,16-25). No Novo Testamento, Jesus é visto como o noivo do seu povo (Ef 5,25). O Apocalipse faz o convite para a celebração das núpcias do Cordeiro com sua esposa a Jerusalém celeste (Ap 19,7-8; 21,2.9).

Lucas 5,36-39: Vinho novo em odre novo!

Estas palavras meio soltas sobre o remendo novo em pano velho e sobre o vinho novo em odre novo devem ser entendidas como uma luz que joga sua claridade sobre os vários conflitos, relatados por Lucas, antes e depois da discussão em torno do jejum. Elas esclarecem a atitude de Jesus com relação a todos os conflitos com as autoridades religiosas. Colocados em termos de hoje seriam conflitos como estes: casamento de pessoas divorciadas, amizade com prostitutas e homossexuais, comungar sem estar casado na igreja, faltar à missa no domingo, não fazer jejum na Sexta-feira Santa, etc.

Não se coloca remendo de pano novo em roupa velha. Na hora de lavar, o remendo novo repuxa o vestido velho e o estraga mais ainda. Ninguém coloca vinho novo em odre velho, porque o vinho novo pela fermentação faz estourar o odre velho. Vinho novo em odre novo! A religião defendida pelas autoridades religiosas era como roupa velha, como odre velho. Não se deve querer combinar o novo que Jesus trouxe com os costumes antigos. Ou um, ou outro! O vinho novo que Jesus trouxe faz estourar o odre velho. Tem que saber separar as coisas. Muito provavelmente, Lucas traz estas palavras de Jesus para orientar as comunidades dos anos 80. Havia um grupo de judeu-cristãos que queriam reduzir a novidade de Jesus ao tamanho do judaísmo de antes. Jesus não é contra o que é “velho”. O que ele não quer é que o velho se imponha ao novo e, assim, o impeça de manifestar-se. Seria o mesmo que, na Igreja Católica, reduzir a mensagem do Concílio Vaticano II ao tamanho da igreja de antes do concílio, como hoje muita gente parece estar querendo.

 

4) Para um confronto pessoal

  1. Quais os conflitos em torno de práticas religiosas que, hoje, trazem sofrimento para as pessoas e são motivo de muita discussão e polêmica? Qual a imagem de Deus que está por trás de todos estes preconceitos, normas e proibições?
  2. 2. Como entender hoje a frase de Jesus: “Não colocar remendo de pano novo em roupa velha”? Qual a mensagem que você tira de tudo isto para a sua vida e a vida da sua comunidade?

 

5) Oração final

Confia ao Senhor a tua sorte, espera nele, e ele agirá. Como a luz, fará brilhar a tua justiça; e como o sol do meio-dia, o teu direito (Sl 36, 2)

Encerra-se hoje a 59ª Assembleia Geral da CNBB: dever cumprido

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Publicado em 02 setembro 2022
  • Dom Zanoni Demettino Castro,
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  • Assembleia Geral da CNBB

 

Depois de dois anos e meio sem reuniões presenciais, devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o episcopado brasileiro voltou a se reencontrar em Assembleia.

 

Silvonei José – Aparecida – Vatican News

Encerram-se nesta sexta-feira os trabalhos da 59ª Assembleia Geral da CNBB que tiveram início no último domingo, 28 de agosto, com a Santa Missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. Uma semana vivida de forma muito intensa com orações, encontros e votações de vários documentos.

Um clima de muita alegria e fraternidade marcou as atividades durante a Assembleia Geral. Abraços, apertos de mãos, risadas, e muita conversa demonstrou que o reencontro fora muito esperado pelos bispos. Depois de dois anos e meio sem reuniões presenciais, devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o episcopado brasileiro voltou a se reencontrar em Assembleia. 

A Assembleia Geral se conclui com o objetivo cumprido, ou seja, a votação de documentos que devido à pandemia e a exigência da presencialidade do Estatuto da CNBB não puderam ser votados durante a primeira etapa da Assembleia Geral.

Foi sem dúvida uma semana vivida na experiência da comunhão como reafirmaram inúmeras vezes os bispos aos microfones da Rádio Vaticano – Vatican News. ”Trabalhamos, oramos e convivemos, nos fortalecemos para servir mais e melhor o povo Deus e a Igreja Católica no Brasil, disseram.

Dom Walmor de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB já na missa de abertura dos trabalhos recordava: "nossos corações não são de gente que participa de uma convenção, mas de servidores do povo de Deus, coração de peregrinos, como o dessas pessoas que aqui nos cercam e que vêm pela fé, porque confiam na proteção da Mãe, Maria. Estamos aqui com o coração de discípulos e missionários”.

Nesta segunda etapa da Assembleia Geral da CNBB diversos temas foram votados e discutidos. O tema central para aprofundamento foi “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão”. Um caminho que a Igreja está construindo em comunhão com o Papa Francisco e o mundo todo para que a Igreja se torne mais forte e obtenha mais vigor missionário.

Alguns dos bispos do Brasil não estiveram presentes no início dos trabalhos por estarem em Roma onde participaram no sábado do Consistório para a criação de novos cardeais. Entre eles o arcebispo de São Paulo, o cardeal Odilo Scherer que chegou o ontem a Aparecida. Nós conversamos com ele.

Sobre os trabalhos desta semana nós conversamos com dom Adilson Pedro Busin, CS, bispo auxiliar de Porto Alegre...

Esta semana aqui em Aparecida foi a continuidade de um processo de escuta que foi iniciado na primeira fase da 59ª AG CNBB, realizada em formato on-line, em abril deste ano, com os 19 regionais da CNBB sobre a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, DGAE (2019-2023) à luz do processo do Sínodo 2023.

Para o arcebispo de Feira de Santana (BA), dom Zanoni Demettino Castro, a Assembleia foi um momento de alegria e satisfação.

“Nós, bispos do Brasil vivendo, convivendo, celebrando juntos a Eucaristia, caminhando do hotel até a Basílica, foi um momento de graça e de alegria que nos confirma na unidade e na fé.  Os encontros on-line foram muito eficazes e produtivos, mas não chega aos pés desse encontro de irmãos. Aqui se fortalece a colegialidade, se expressa a sinodalidade da Igreja e nos aponta para uma Igreja atenta, presente, que tem em si mesma a vida, as alegrias, as dores, os sofrimentos e, sobretudo, o sofrimento do povo”, relatou o arcebispo. 

Portanto, a etapa presencial da 59ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (CNBB) tratou-se de uma fase dedicada à votação dos temas que, estatutariamente, exigem a presencialidade do episcopado, como as atualizações no Estatuto da CNBB, o Novo Missal, Ministério do Catequista, Tema Central da 60ª Assembleia Geral da CNBB e Estudo nº 114 cujo título é: “E a Palavra habitou entre nós” (Jo 1,14): Animação Bíblica da Pastoral a partir das comunidades eclesiais missionárias”.

Além das votações, foram realizados nesta quinta-feira o retiro dos bispos e a procissão com a imagem de Nossa Senhora do Centro de Eventos Padre Vitor Coelho até o Santuário de Nossa Senhora Aparecida onde se celebrou a Santa Missa.

Ontem à noite o espetáculo musical no âmbito das comemorações do ano jubilar dos 70 anos da CNBB. Participaram, entre outros o grupo Ir ao Povo, Ziza Fernandez e Padre Antônio Maria.

Nós encontramos o grupo Ir ao Povo antes do espetáculo...

Nesta sexta-feira, na parte da tarde, o encerramento dos trabalhos e a publicação da Mensagem ao Povo Brasileiro. Fonte: https://www.vaticannews.va

EVANGELHO DO DIA-22ª SEMANA DO TEMPO COMUM. Quinta-feira, 1º de setembro -2022. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 01 setembro 2022
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  • 22ª Semana do Tempo Comum

 

1) Oração

Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho  (Lucas 5,1-11)

Naquele tempo, 1Estando Jesus um dia à margem do lago de Genesaré, o povo se comprimia em redor dele para ouvir a palavra de Deus. 2Vendo duas barcas estacionadas à beira do lago, - pois os pescadores haviam descido delas para consertar as redes -, 3subiu a uma das barcas que era de Simão e pediu-lhe que a afastasse um pouco da terra; e sentado, ensinava da barca o povo. 4Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. 5Simão respondeu-lhe: Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos; mas por causa de tua palavra, lançarei a rede. 6Feito isto, apanharam peixes em tanta quantidade, que a rede se lhes rompia. 7Acenaram aos companheiros, que estavam na outra barca, para que viessem ajudar. Eles vieram e encheram ambas as barcas, de modo que quase iam ao fundo. 8Vendo isso, Simão Pedro caiu aos pés de Jesus e exclamou: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. 9É que tanto ele como seus companheiros estavam assombrados por causa da pesca que haviam feito. 10O mesmo acontecera a Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus companheiros. Então Jesus disse a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens. 11E atracando as barcas à terra, deixaram tudo e o seguiram.

 

3) Reflexão Lucas 5,1-11

O evangelho de hoje conta como Pedro foi chamado por Jesus. O evangelho de Marcos situa o chamado dos primeiros discípulos logo no início do ministério público de Jesus (Mc 1,16-20). Lucas o situa depois que a fama de Jesus já se havia espalhado por toda a região (Lc 4,14). Jesus já havia curado muita gente (Lc 4,40) e pregado nas sinagogas de todo o país (Lc 4,44). O povo já o procurava em massa e a multidão o apertava por todos os lados para ouvir a Palavra de Deus (Lc 5,1). Lucas torna o chamado mais compreensível. Primeiro, Pedro pôde escutar as palavras de Jesus ao povo. Em seguida, presenciou a pesca milagrosa. Foi só depois desta dupla experiência surpreendente, que veio o chamado de Jesus. Pedro atendeu, largou tudo e se tornou “pescador de gente”.

 

Lucas 5,1-3: Jesus ensina a partir da barca.

O povo busca Jesus para ouvir a Palavra de Deus. É tanta gente que se junta ao redor de Jesus, que ele fica comprimido. Jesus busca ajuda com Simão Pedro e mais alguns companheiros que acabavam de voltar de uma pescaria. Ele entra no barco deles e, de lá, responde à expectativa do povo, comunicando-lhe a Palavra de Deus. Sentado, Jesus tem a postura e a autoridade de um mestre, mas ele fala a partir da barca de um pescador. A novidade consiste no fato de ele ensinar não só na sinagoga para um público selecionado, mas em qualquer lugar onde tem gente que queira escutá-lo, até mesmo na praia.

 

Lucas 5,4-5: "Pela tua palavra lançarei as redes!"

Terminada a instrução ao povo, Jesus se dirige a Simão e o anima a pescar de novo. Na resposta de Simão transparecem frustração, cansaço e desânimo: "Mestre, pelejamos a noite toda e não pescamos nada!". Mas, confiantes na palavra de Jesus, eles voltam a pescar e continuam a peleja. A palavra de Jesus teve mais força do que a experiência frustrante da noite!

 

Lucas 5,6-7: O resultado é surpreendente.

A pesca é tão abundante que as redes quase se rompem e as barcas ameaçam afundar. Simão precisa da ajuda de João e Tiago, que estão na outra barca. Ninguém consegue ser completo sozinho. Uma comunidade deve ajudar a outra. O conflito entre as comunidades, tanto no tempo de Lucas como hoje, deve ser superado em vista do objetivo comum, que é a missão. A experiência da força transformadora da Palavra de Jesus é o eixo em torno do qual as diferenças se abraçam e se superam.

Lucas 5,8-11: "Seja pescador de gente!"

 A experiência da proximidade de Deus em Jesus faz Simão perceber quem ele é: "Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador!" Diante de Deus somos todos pecadores! Pedro e os companheiros sentem medo e, ao mesmo tempo, se sentem atraídos. Deus é um mistério fascinante: mete medo e, ao mesmo tempo, atrai. Jesus afasta o medo: "Não tenha medo!"  Ele chama Pedro e o compromete na missão, mandando que seja pescador de gente. Pedro experimenta, bem concretamente, que a Palavra de Jesus é como a Palavra de Deus. Ela é capaz de fazer acontecer o que ela afirma. Em Jesus aqueles rudes trabalhadores fizeram uma experiência de poder, de coragem e de confiança. Então, "deixaram tudo e seguiram a Jesus!". Até agora, era só Jesus, que anunciava a Boa Nova do Reino. Agora, outras pessoas vão sendo chamadas e envolvidas na missão. Esse jeito de Jesus trabalhar em equipe é também uma Boa Nova para o povo.

O episódio da pesca no lago mostra a atração e a força da Palavra de Jesus. Ela atrai o povo (Lc 5,1). Leva Pedro a oferecer o seu barco para Jesus poder falar (Lc 5,3). A Palavra de Jesus é tão forte que vence a resistência de Pedro, leva-o a lançar de novo a rede e faz acontecer a pesca milagrosa (Lc 5,4-6). Vence nele a vontade de se afastar de Jesus e o atrai para ser "pescador de gente!" (Lc 5,10) É assim que a Palavra de Deus atua em nós até hoje!

 

4) Para um confronto pessoal

1) Onde e como acontece hoje a pesca milagrosa, realizada em atenção à Palavra de Jesus?

2) Eles largaram tudo e seguiram Jesus. O que devo largar para poder seguir Jesus?

 

5) Oração final

Quem será digno de subir ao monte do Senhor? Ou de permanecer no seu lugar santo? O que tem as mãos limpas e o coração puro, cujo espírito não busca as vaidades nem perjura para enganar seu próximo (Sl 23, 3)

59ª Assembleia Geral da CNBB: aprovada a tradução do Missal Romano

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Publicado em 01 setembro 2022
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  • 59ª Assembleia Geral da CNBB
  • 70 anos da CNBB
  • aprovada a tradução do Missal Romano

 

Nesta quinta-feira, retiro dos bispos. Na conclusão a Santa Missa, ao meio-dia, precedida do Momento Mariano. À noite a Celebração dos 70 anos da CNBB no Santuário.

 

Silvonei José – Aparecida – Vatican News

Penúltimo dia de trabalhos 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na parte da manhã o retiro dos bispos conduzido por dom Armando Bucciol, bispo da Diocese de Livramento de Nossa Senhora, Bahia. Na conclusão a Santa Missa, ao meio-dia, precedida do Momento Mariano. Na parte da tarde a Sessão Reservada no subsolo do Santuário.  À noite a Celebração dos 70 anos da CNBB no Santuário.

Na manhã de ontem, a segunda parte da tradução do Missal Romano foi votada pelo episcopado brasileiro.

Membros da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel) mostraram aos bispos que correções foram realizadas nos termos gramaticais, em algumas páginas e outros trechos do texto foram reconsideradas.

“O missal fez um longo caminho, mas com muitas contribuições a partir das sugestões que vocês fizeram”, afirmou dom Edmar Peron, presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB.

Para o livro, também foi apresentada a proposta de diagramação, onde a apresentação do missal foi modificada para estar em apenas uma página.

“Da nossa parte as poucas mudanças que foram apresentadas serão incorporadas ao texto já diagramado pela Edições CNBB. Agora, é concluir as considerações, passar o texto à Editora da CNBB e só depois enviar para a Santa Sé”, explicou Dom Edmar.

As alterações foram aprovadas pelos Bispos votantes, com 269 votos favoráveis, seis abstenções e três votos negativos.

Sobre a aprovação da tradução do Missal eis o que nos disse dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da Prelazia de Itacoatiara no Amazonas.

 

Atividades da Assembleia

Ainda ontem, quarto dia de atividades da 59ª Assembleia Geral  da CNBB, o episcopado brasileiro aprovou o novo Estatuto. Depois de incorporar ao texto outras sugestões, os bispos votaram a nova versão.

Outra pauta da quarta-feira o Estudo 114 sobre a Animação Bíblica da Pastoral. Após as mudanças sugeridas pelos bispos, que foram realizadas com o objetivo de contemplar questões sobre sinodalidade, a idolatria e o fundamentalismo, a inserção de item sobre a Palavra de Deus e os Círculos Bíblicos, o texto foi aprovado em votação.

Durante o período da manhã foram votados além da segunda parte de traduções do Missal Romano, a mensagem do episcopado ao povo brasileiro e o subsídio que diz respeito aos critérios e encaminhamentos práticos para a instituição do Ministério de Catequista.

Em entrevista ao A12, Dom Ricardo Hoepers, Bispo de Rio Grande e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, falou a respeito do andamento das votações sobre o Novo Estatuto da entidade.

"Estamos tendo grandes avanços, a Assembleia está fluindo muito bem, sempre têm algumas questões a mais, mas são pequenas correções muito tranquilas e rápidas para serem realizadas e penso que já estamos avançando significativamente na aprovação deste estatuto", disse.

A Comissão responsável pelo tema central “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão” reuniu-se ontem com todos os regionais da CNBB para dar início a um processo de escuta sobre as atuais Diretrizes Evangelizadoras da Igreja no Brasil (DGAE) em vista das próximas, em 2023.

 

Coletiva de imprensa

Na tarde de ontem estiveram presentes na coletiva de imprensa no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida, dom Waldemar Passini, bispo de Luziânia (GO) e membro da Comissão para a Animação Bíblico Catequética da CNBB, que abordou sobre a instituição do Ministério do Catequista, além de dom Moacir Silva, arcebispo de Ribeirão Preto (SP), que esclareceu a respeito do novo estatuto da Conferência.

 

Santa Missa

A celebração de conclusão dos trabalhos da quarta-feira foi dedicada aos 70 anos da CNBB. A Santa Missa no Altar Central da Basílica foi presidida pelo arcebispo de Campo Grande (MS), dom Dimas Lara Barbosa e os concelebrantes foram os ex-presidentes e ex-secretários-gerais da CNBB. Fonte: https://www.vaticannews.va 

BISPOS DO BRASIL, REUNIDOS NA 59ª AG CNBB, ENVIAM CARTA AO PAPA FRANCISCO

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Publicado em 31 agosto 2022
  • Papa Francisco,
  • Conferência Episcopal do Brasil
  • 59ª Assembleia Geral da Conferência Geral dos Bispos do Brasil
  • carta ao Papa Francisco
  • 59ª Assembleia Geral
  • Comunhão, participação e missão

 

O episcopado brasileiro, reunido na 59ª Assembleia Geral da Conferência Geral dos Bispos do Brasil (AG CNBB) desde domingo, 28 de agosto, aprovou e enviou um carta encaminhada ao Papa Francisco na segunda-feira, 29 de agosto. No documento, afirmaram que “Comunhão, participação e missão”, o mesmo tema do Sínodo dos Bispos de 2023 convocado pelo Santo Padre, constituem a inspiração e o critério das duas etapas da 59ª Assembleia Geral.

“Esta inspiração foi enriquecida pela conclusão da fase diocesana do Sínodo em todas as Igrejas Particulares do Brasil o que nos proporcionou a oportunidade de conhecer um retrato da escuta sinodal realizada nas comunidades eclesiais de todo o nosso País”, escreveram.

Os bispos destacam na carta que neste ano comemora-se os 200 anos da Independência do Brasil (1822 – 2022). “Neste contexto, a sociedade brasileira se encaminha para a eleição dos seus representantes legislativos e executivos, em âmbito nacional e estadual. Contudo, observamos que os contextos da comemoração histórica e do exercício democrático de direito desenvolvem-se sob clima de tensão entre os Poderes da República”, expressaram.

No documento, os prelados disseram que a Conferência Episcopal do Brasil tem se esforçado para animar as pessoas e as organizações da sociedade civil, através do Pacto pela Vida e pelo Brasil, dentro da tônica de amizade e cooperação social, em vista do bem comum, proposta na Carta Encíclica Fratelli Tutti. “Acreditamos na irrenunciável missão de nos empenharmos na promoção da pessoa humana à luz da fé cristã. Nesta tarefa, em que reconhecemos a essência do humanismo solidário cristão”, afirmaram na carta.

 

Integra da Carta

Aparecida - SP, 29 de agosto de 2022 P – Nº. 0272/22

 

Estimado Papa Francisco, Com nossas saudações e votos de saúde e paz, servimo-nos do presente para cumprimentá-lo, no contexto da etapa presencial da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O Conselho Permanente da CNBB optou por uma Assembleia em duas partes. A primeira foi realizada em abril, e aconteceu com participação remota. A segunda está acontecendo nestes dias, em Aparecida – SP, com presença física, conforme o Senhor nos permitiu.

Nossa Assembleia realiza-se no contexto da celebração dos 70 anos da CNBB e dos 15 anos da Conferência de Aparecida. Nesse clima, nos encaminhamos, em espírito de colegialidade e sinodalidade, para a realização do 18º Congresso Eucarístico Nacional a realizar-se em novembro próximo, na Arquidiocese de Olinda e Recife, com o tema “Pão em todas as mesas”. Também se aproxima o III Ano Vocacional com o tema “Vocação: graça e missão” e o lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,32-33), a ser aberto oficialmente na Solenidade de Cristo Rei.

“Comunhão, participação e missão” constituem a inspiração e o critério das duas etapas da 59ª Assembleia Geral. Esta inspiração foi enriquecida pela conclusão da fase diocesana do Sínodo em todas as Igrejas Particulares do Brasil o que nos proporcionou a oportunidade de conhecer um retrato da escuta sinodal realizada nas comunidades eclesiais de todo o nosso País.

Nesta 2ª etapa da 59ª Assembleia, nos ocupamos da votação de quatro textos sumamente importantes para a Conferência Episcopal e para a Igreja no Brasil: 1. a atualização do Estatuto da CNBB, resultado de três anos de reflexões, escutas e discernimentos; 2. as traduções das orações eucarísticas do Missal Romano e a votação final da tradução da 3ª Edição típica; 3. critérios e orientações para a instituição do Ministério do Catequista e do Rito de Instituição; 4. e o documento da Animação Bíblica da Vida e da Pastoral da Igreja no Brasil.

Abordamos também, nestes dias, a pesquisa “Saúde Integral do Clero”, que busca traçar um diagnóstico do estado da saúde dos ministros ordenados. Observamos que muitos dos problemas de sofrimento psíquico, cansaço por sobrecarga de atividades, experiências de solidão, estilo de vida sedentário e pouco saudável, que já existiam de modo latente, foram agravados com a pandemia de Covid-19. Desejamos com esta pesquisa encontrar caminhos de acompanhamento pastoral dos ministros ordenados, no horizonte da melhora da nossa qualidade de vida e de ministério.

O Brasil neste ano comemora 200 anos da sua Independência (1822 – 2022). Neste contexto, a sociedade brasileira se encaminha para a eleição dos seus representantes legislativos e executivos, em âmbito nacional e estadual. Contudo, observamos que os contextos da comemoração histórica e do exercício democrático de direito desenvolvemse sob clima de tensão entre os Poderes da República.

A Conferência Episcopal tem se esforçado para animar as pessoas e as organizações da sociedade civil, através do Pacto pela Vida e pelo Brasil, dentro da tônica de amizade e cooperação social, em vista do bem comum, proposta na Carta Encíclica Fratelli Tutti. Acreditamos na irrenunciável missão de nos empenharmos na promoção da pessoa humana à luz da fé cristã. Nesta tarefa, em que reconhecemos a essência do humanismo solidário cristão.

Querido Papa Francisco, nós, bispos, manifestamos-lhe proximidade fraterna e apoio no exercício do seu ministério petrino, serviço exigente e indispensável à unidade e comunhão da Igreja Católica. Em que pesem os desafios, o seu testemunho segue luminoso e fecundo para vida da Igreja.

Estamos também em comunhão com o consistório que ora se realiza. Alegramonos, de modo particular, pela nomeação cardinalícia de Dom Leonardo Ulrich Steiner e Dom Paulo Cézar Costa. Seguimos esperançosos e animados pela continuidade das visitas Ad Limina.

Asseguramos-lhe as nossas preces junto a Deus. Com a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, rogamos bênçãos profusas sobre Vossa Santidade e seu ministério, ao tempo, em que lhe pedimos que reze sempre por nós e nos confirme no seguimento de Cristo, por sua proximidade e Bênção Apostólica.

 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte - MG

Presidente da CNBB

 

Dom Jaime Spengler

Arcebispo de Porto Alegre - RS

1º Vice-Presidente

 

Dom Mário Antônio da Silva

Arcebispo de Cuiabá - MT 2º Vice-Presidente

 

Dom Joel Portella Amado

Bispo auxiliar do Rio de Janeiro - RJ

Secretário-Geral

Fonte: https://www.cnbb.org.br

Assembleia Geral da CNBB: aprovado o primeiro bloco referente à tradução do Missal Romano

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Publicado em 30 agosto 2022
  • Presidente da CNBB,
  • dom Walmor Oliveira de Azevedo
  • 59ª Assembleia Geral da CNBB
  • Padre Vitor Coelho de Almeida,
  • Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos
  • Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi

 

O presidente da CNBB e arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor de Azevedo recordou os 70 anos da CNBB lançando um olhar “sobre essa história de 70 anos e que ela ilumine o caminho que nós vamos percorrer nesses dias”. Conversamos com o primeiro vice-presidente da CNBB, dom Jaime Spengler.

 

Silvonei José – Aparecida - Vatican News

Segundo dia de trabalhos da fase presencial da 59ª Assembleia Geral da CNBB, que teve início ontem de manhã (29/08) no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, no Santuário de Aparecida. No início dos trabalhos de ontem a presidência da CNBB destacou os principais assuntos que serão tratados durante a semana e deram boas-vindas a todos os presentes.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, destacou em sua fala inicial que os bispos já avançaram em muitas questões, mas ainda existe o que melhorar, lembrando o trabalho dos bispos falecidos, dos eméritos e dos que estão em exercício.

“Todos que já partiram e os que ainda continuam conosco, nos introduziram nos trilhos na experiência Sinodal”, disse dom Walmor. “Temos, é verdade, muito a avançar, respostas novas a dar; os desafios no coração do nosso mundo são muitos, os desafios da nossa sociedade são enormes no ponto de vista social, político, econômico, mas também na nossa tarefa missionária”. O arcebispo de Belo Horizonte recordou ainda os 70 anos da CNBB lançando um olhar “sobre essa história de 70 anos e que ela ilumine o caminho que nós vamos percorrer nesses dias”.

O presidente da CNBB lembrou que a V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e caribenho, realizada há 15 anos, em Aparecida, também lança luzes às atividades da AG. “O texto final da Conferência de Aparecida, como é conhecida, fecunda os caminhos de nossa Igreja de modo bonito e promissor”, disse o dom Walmor.

Já o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes aproveitou a oportunidade para falar sobre a alegria de receber padres e comunidades no Santuário, mas principalmente de receber os bispos e destacou que a assembleia dará muitos frutos. “Esse recinto é verdadeiramente um cenáculo, a nossa assembleia é verdadeiramente um Pentecostes e dará, certamente, muitos frutos”. 

Dos 322 bispos em exercício, estavam presentes ontem 292. Os 30 que não estavam presentes justificaram a ausência. Alguns estão no Consistório, outros por motivos de saúde, curso para novos bispos, serviços da Igreja e outros motivos inadiáveis.

No dia de ontem os bispos realizaram a primeira votação. Foi aprovado o primeiro bloco referente à tradução da terceira edição típica do Missal Romano. Essa parte compreende as orações eucarísticas e as orações sobre o povo.

Após a apresentação da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel), que explicou o processo da última etapa de consultas em vista da aprovação final da tradução brasileira da terceira edição do Missal Romano, os bispos anotaram seus votos, contabilizados pela equipe de escrutínios.

Dos 266 votantes presentes eram necessários 216 votos para aprovação de acordo com as normas vigentes na Conferência. 265 bispos aprovaram a tradução do texto. Houve 1 abstenção na votação geral. Ainda haverá um segundo bloco de votações referentes ao Missal no decorrer da Assembleia.

 

Análise da conjuntura eclesial

Ainda ontem pela manhã, as atividades da Assembleia Geral contaram com uma análise da conjuntura eclesial. Apresentada pelos padres Geraldo De Mori e Danilo Pinto, do Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ), a reflexão evidenciou o cenário interno e externo da Igreja no viés do pentecostalismo e da evangelização. A atual ação dos pentecostais no processo de urbanização e também na atração do mundo juvenil e o empoderamento das mulheres foram refletidos pelos bispos.

O imaginário simbólico religioso do povo brasileiro, mesmo diante do processo de secularização, foi analisado como oportunidade para que a Igreja possa continuar sua ação evangelizadora na vida da sociedade. “Que possamos exercer e viver essa Igreja que saiba escutar e discernir os sinais dos tempos de modo sinodal e missionário”, destacou o padre De Mori. Também o uso tecnológico para a evangelização foi apresentado aos bispos como um desafio e, ao mesmo tempo, como grande oportunidade para o anúncio de Jesus Cristo.

A valorização dos leigos e leigas e a presença feminina no trabalho pastoral também foram citados pelos sacerdotes como caminhos na busca “de uma formação comum que atinja o fiel frente aos discursos fundamentalistas”, disse. A formação ética e crítica enquanto presença católica na mídia também integraram as reflexões do episcopado na manhã de hoje.

Na parte da tarde o encontro privativo no subsolo do Santuário e a Santa Missa que encerrou os trabalhos, presidida por dom João Francisco Salm, bispo da diocese de Novo Hamburgo. Durante a celebração rezou-se pelos bispos de recente nomeação. Fonte: https://www.vaticannews.va

22º DOMINGO DO TEMPO COMUM

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Publicado em 27 agosto 2022
  • Mês vocacional,
  • Homenagem aos catequistas,
  • Dia das Catequistas,
  • 22º Domingo do Tempo Comum,
  • Homilia do 22º Domingo do Tempo Comum,
  • dia dos catequistas,
  • vigésimo segundo desse Tempo Comum

 

Cardeal Orani João Tempesta

Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

“Quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado” (Lc 14,11)
 

Celebramos neste domingo o vigésimo segundo desse Tempo Comum. Aos poucos vamos nos aproximando do final do tempo litúrgico e o Senhor espera que nós possamos anunciar o Reino de Deus aqui na Terra, entre os nossos irmãos. Precisamos levar a esperança para esse mundo, tão marcado pelo ódio, violência, fome e tantas outras coisas. Cabe a nós, como discípulos de Cristo, anunciarmos a alegria que vem do Evangelho.  

Neste domingo, chegamos ao final das celebrações do mês vocacional, recordando a vocação dos ministérios e serviços na comunidade e também a dos catequistas. Os catequistas são o braço direito do padre e a voz do padre no meio da comunidade. O primeiro catequista da paróquia é o padre, mas devido as atividades pastorais, o padre não consegue estar nas turmas de catequese e delega pessoas leigas da comunidade para serem catequistas e falarem em nome dele e da mãe Igreja, transmitindo a fé católica.  

Os catequistas são pessoas leigas, que exercem de maneira voluntária esse trabalho — deixam marido, filhos, pai e mãe em casa para se dedicar a catequese. O trabalho do catequista não é remunerado. É uma missão decorrendo de uma vocação, de um chamado de Deus. A remuneração que o catequista recebe é o carinho e o amor dos catequizandos e o amor de Deus. Toda comunidade paroquial deve agradecer o trabalho dos catequistas, pois é muito importante e é o que faremos na liturgia deste domingo.  

Como acompanhamos durante esse mês agosto, a Igreja reza por todas as vocações. Se a Igreja reza por aqueles que se consagram a Deus de maneira definitiva, reza também pelos leigos que cooperam junto com os ministros ordenados para a construção do Reino de Deus.  

Podemos, nesta Eucaristia, lembrar dos nossos catequistas e agradecer a Deus por eles terem passado por nossas vidas. Se eles ainda estão vivos e têm contato com você, parabenize-os nessa data. Se já faleceram ou estão sem contato, reze por eles. Agradeçamos também aos nossos pais — eles são os nossos primeiros catequistas, que nos apontam o caminho para Deus.  

A primeira leitura desse domingo é do livro do Eclesiástico (Eclo 3, 19-21.30-31). O Senhor fala que devemos realizar o nosso trabalho com humildade e mansidão. O Senhor pode estar dirigindo essa palavra aos catequistas no dia de hoje. Quem é escolhido para ser catequista não deve se vangloriar desse trabalho ou se achar melhor que os outros, mas deve realizar esse serviço com mansidão e humildade. Sendo humildes, serão grandes diante de Deus e Ele os abençoará.  

O salmo responsorial é o 67 (68), que diz em seu refrão: “Com carinho preparastes uma mesa para o pobre”. O Senhor acolhe aquele que é humilde e justo e aquele que não esbanja os bens que tem. O Senhor tem preferência para com os pobres. Muitas vezes não é tanto a pobreza material, mas a pobreza de espírito. Temos que ter o coração de pobre para amar a Deus e aos irmãos.  

A segunda leitura desse domingo é da carta aos Hebreus (Hb 12, 18-19.22-24a). O autor salienta que a comunidade, ao se aproximar de Jerusalém, se aproxima do local onde muitas pessoas já passaram e derramaram o seu sangue defendendo a sua fé e o nome de Deus. Quem se aproxima da Jerusalém terrestre, já pode contemplar a Jerusalém celeste — viver aqui na Terra aquilo que contemplará eternamente no céu. A nossa fé exige uma entrega total a Deus, até as últimas consequências.  

O Evangelho desse domingo é de Lucas (Lc 14, 1.7-14). O Evangelho continua o tema que envolve a liturgia de hoje, Jesus fala sobre a humildade. Tudo o que realizamos na Igreja não devemos fazer esperando status, mas devemos fazer para agradar a Deus. Até mesmo em outras áreas da nossa vida, não devemos trabalhar esperando uma promoção ou para agradar o chefe, pelo contrário, devemos trabalhar com humildade e, na hora certa, a promoção virá.  

Os pais têm que ensinar aos filhos a não menosprezarem os outros e, se tirarem notas boas, não esnobarem aqueles que porventura tenham tirado notas menores. Ensinar as novas gerações a importância de partilhar, seja o alimento, roupas, calçados etc. Ensinar a serem pobres de espírito e ricos diante de Deus.  

Se trilharmos o caminho da humildade, Deus nos recompensará com coisas boas para nós. Se ajudarmos alguém que precisa, quando precisarmos, virá em dobro para nós. Se exercermos o nosso trabalho com humildade, poderemos receber a recompensa da promoção. As nossas atitudes dirão se seremos ou não merecedores de coisas boas.  

Rezemos uma vez mais por todos os catequistas para que, na humildade, exerçam o seu trabalho de ensinar as coisas de Deus para os catequizandos. Estamos próximos de celebrar o mês da Bíblia. Que a Palavra de Deus seja livro de cabeceira de todos os catequistas. Os catequistas têm que estar em constante formação, sempre se aperfeiçoando para poder ensinar os catequizandos. Que na humildade os catequistas aceitem que precisam de formação.  

Que o Espírito Santo nos ilumine e nos guie no caminho do bem e da humildade, amém. Fonte: https://www.cnbb.org.br

24- Santo do dia- São Bartolomeu ou, Natanael, Apóstolo

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Publicado em 24 agosto 2022
  • SÃO BARTOLOMEU
  • Festa de São Bartolomeu
  • Natanael

 

Filipe encontrou-se com Natanael e disse-lhe: "Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei e nos Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José". Natanael exclamou: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" Filipe respondeu: "Venha ver". No entanto, Jesus viu Natanael vir ter com ele e disse sobre ele: "Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo". Disse-lhe Natanael: "De onde vós me conheceis?" Jesus respondeu: "Antes que Filipe o chamasse, eu lhe vi debaixo da figueira". Natanael respondeu-lhe: "Rabi, vós sois o Filho de Deus; vós sois o Rei de Israel!" (Jo 1, 45-49)

Nos Evangelhos Sinópticos, era chamado Bartolomeu, mas, naquele de João, era Natanael, em hebraico. Todavia, os estudiosos dizem que se trata da mesma pessoa: um "dom de Deus", segundo a etimologia do seu nome, como são todos os Santos para a Igreja.

 

A chamada no Evangelho de João

Tudo o que sabemos, com certeza, sobre a vida de Bartolomeu vem dos textos evangélicos, especialmente do Evangelho de São João, que narra a sua vocação de modo detalho.
Bartolomeu era um pescador de Caná, mas conhecia bem Nazaré, situada a apenas 8 km de distância, mas não confiava naqueles montanheses. Por isso, era um pouco cético quando seu amigo Filipe lhe falou sobre Jesus. Mas, ele lhe respondeu simplesmente: "venha e veja" . Assim, Bartolomeu foi e, logo que Jesus o viu, lhe demonstrou ter uma confiança sem precedentes: finalmente um israelita sincero. Ele o recebeu, mas apenas conseguiu responder, perguntando como Jesus o conhecia. De fato, ele era um homem concreto, apegado à tradição e que meditava a Bíblia, diariamente, conforme a Lei exigia. Contudo, depois de toda aquela desconfiança, a adesão de Bartolomeu a Jesus foi total: "Vós sois o Rei de Israel!", exclamou! Devido à sua origem, presume-se que Bartolomeu podia estar presente nas Bodas de Caná, palco do primeiro milagre de Jesus, mas não há provas nos textos.

 

Apóstolo na Índia, mártir na Armênia

Após a morte de Jesus, sabemos quais Apóstolos estavam reunidos em oração no Cenáculo, porque os Atos mostram uma lista precisa de nomes. Entre eles também estava Bartolomeu.
O que este apóstolo fez depois, não se sabe historicamente, mas, aparentemente, parece que foi pregar a Palavra em várias regiões do Oriente, da Mesopotâmia à Índia, realizando milagres e curas milagrosas, até chegar à Armênia. Ali, além de converter as populações de 12 cidades, conseguiu até evangelizar o rei Polimio e sua esposa, causando ira entre os sacerdotes das divindades locais.

Enfim, Astiage, irmão do rei, convencido pelos próprios sacerdotes, mandou condená-lo à morte. Seu martírio ocorreu em Albanópolis, por volta do ano 68.
Ao longo dos séculos, depois de milhares de peripécias, suas relíquias, chegaram a Roma, graças à mediação do imperador Otão III, onde descansam na Basílica a ele dedicada na Ilha Tiberina. Fonte: https://www.vaticannews.va

Vaticano autoriza início de processo de beatificação de Padre Cícero, diz Diocese do Crato

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Publicado em 20 agosto 2022
  • Padre Cícero Romão Batista,
  • Vaticano autoriza início de processo de beatificação de Padre Cícero,
  • diocese do Crato,
  • bispo Dom Fernando Panico
  • Dom Magnus Henrique Lopes,
  • dicastério

Padre é considerado santo popular e atrai milhões de romeiros ao Ceará.

 

O processo de beatificação de padre Cícero Romão Batista na igreja católica foi autorizado pelo Vaticano. A informação foi anunciada pelo bispo da diocese do Crato, Dom Magnus Henrique Lopes, durante missa realizada na manhã deste sábado (20), no Largo Capela do Socorro, em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará.

"Queridos filhos e filhas da Diocese do Crato, romeiros de todo Brasil, é com grande alegria que eu vos comunico nesta manhã histórica que recebemos oficialmente da Santa Sé, por determinação do santo padre, o papa Francisco, uma carta do dicastério para a causa dos santos, datada do dia 24 de junho de 2022. Recebemos a autorização para a abertura do processo de beatificação do padre Cícero Romão Batista que, a partir de agora, receberá o título de servo de Deus", disse Dom Magnus Henrique Lopes durante a celebração.

Em 2015, o Vaticano atendeu ao pedido do bispo Dom Fernando Panico e reconciliou o padre Cícero Romão Batista com a igreja católica. Com a reconciliação, não havia mais impeditivos para a abertura do processo de beatificação do "santo popular".

O pedido para a autorização da beatificação de padre Cícero foi solicitado por Dom Magnus Henrique Lopes , através de uma carta entregue ao papa Francisco durante a visita ao Vaticano, em maio deste ano.

"Recorremos a vossa solicitude de pastor universal da santa igreja para pedir especial clemência para com este sacerdote católico, amado, exonerado. Esperamos que Vossa Santidade, na hora oportuna, examine, com o coração de pai e como sucessor de Pedro, este pedido ora formulado, cuja resposta é um anseio nosso e dos milhões de devotos do padre Cícero", diz um trecho da carta entregue por Dom Magnus ao papa Francisco.

O trecho foi lido pelo bispo da diocese do Crato durante o anúncio da autorização do processo de beatificação de padre Cícero. A notícia foi recebida com salva de palmas e fogos por centenas de fiéis que estavam no local.

Padre Cícero morreu em 1934 rompido com o Vaticano por envolvimento com a política e pelo polêmico “milagre da hóstia”. Segundo a crença popular, uma hóstia dada pelo padre virou sangue na boca de uma beata. Para os devotos de padre Cícero, trata-se de um milagre, mas a igreja Católica considerou o caso uma interpretação equivocada. Por conta dos "equívocos", ele foi afastado da igreja católica.

Padre Cícero Romão Batista é considerado "santo popular" para muitos fiéis católicos nordestinos. Todos os anos, as romarias em homenagem a ele atraem milhões de romeiros a Juazeiro do Norte.

 

Processo de beatificação

Para concluir a beatificação, o Vaticano faz inicialmente um levantamento da biografia do candidato para verificar se há algum fator na biografia que possa impedir o processo. Se nada for encontrado, a igreja emite o Nihil Obstat (nenhum impeditivo), um documento formal, redigido em latim e dirigido ao bispo indicando que o pode haver continuidade do processo.

“É a partir deste documento que o candidato à santidade passa a ser chamado Servo de Deus e tem a investigação livre para desenrolar-se até o fechamento do processo”, explica o advogado e especialista em Direito Canônico José Luís Lira.

Em seguida, será constituído um tribunal eclesiástico diocesano que vai aferir as qualidades, as virtudes e constatar toda a vida do Servo de Deus.

Após a conclusão da fase diocesana, os documentos são encaminhados para o Vaticano, onde inicia-se a fase romana. O Vaticano avalia relatos de milagres, graças e atos que possam dar status de beato a Padre Cícero.

“Uma vez constatada, ele é automaticamente declarado como ‘venerável’. Se houver um milagre consistente, nos modos que a Santa Sé exige, com laudos médicos e toda documentação cabível, é iniciada a fase de beatificação. Aprovado o milagre, o papa autoriza a beatificação. Depois de se tornar beato, é necessário outro milagre para a canonização”, conta Luís. Fonte: https://g1.globo.com

Guarda suíço desmaia na frente do Papa em audiência no Vaticano

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Publicado em 17 agosto 2022
  • Guarda suíço desmaia na frente do Papa
  • audiência do Papa Francisco
  • salão Paulo VI
  • Guarda Suíça

A Guarda Suíça é responsável pela proteção do Papa nos compromissos oficiais. Um porta-voz do Vaticano disse que ele provavelmente sofreu uma queda de pressão.

Por Reuters

Guarda suíço desmaia durante audiência do Papa Francisco no Vaticano

Um membro da Guarda Suíça desmaiou na frente do Papa Francisco durante a audiência geral semanal nesta quarta-feira (17) no Vaticano.

O guarda, que caiu durante a mensagem dada em língua portuguesa, foi ajudado a se levantar e escoltado para fora do salão Paulo VI.

Um porta-voz do Vaticano disse que ele provavelmente sofreu uma queda de pressão, sem dar mais notícias sobre seu estado de saúde.

A Guarda Suíça é responsável pela proteção do Papa em todos os compromissos oficiais. Eles muitas vezes têm que ficar de prontidão por horas e raramente se envolvem em conversas ao entrar em contato com turistas.

Um pouco depois, na mesma audiência, um menino invadiu o palco e foi até o Papa. Fonte: https://g1.globo.com

 

Quarta-feira, 17 de agosto-2022. 20ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 17 agosto 2022
  • Reflexão do Evangelho do Dia,
  • EVANGELHO DO DIA,
  • Artigos do Frei Carlos Mesters,
  • Frei Carlos Mesters,
  • Biblista Frei Carlos Mesters,
  • Evangelho do Dia com Frei Carlos Mesters,
  • EVANGELHO DO DIA-LECTIO DIVINA,
  • REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA,
  • 20ª Semana do Tempo Comum

 

1) Oração

Ó Deus, que preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mateus 20,1-16a)

1Com efeito, o Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para sua vinha. 2Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha. 3Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada. 4Disse-lhes ele: - Ide também vós para minha vinha e vos darei o justo salário. 5Eles foram. À sexta hora saiu de novo e igualmente pela nona hora, e fez o mesmo. 6Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: - Por que estais todo o dia sem fazer nada?7Eles responderam: - É porque ninguém nos contratou. Disse-lhes ele, então: - Ide vós também para minha vinha. 8Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: - Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros. 9Vieram aqueles da undécima hora e receberam cada qual um denário. 10Chegando por sua vez os primeiros, julgavam que haviam de receber mais. Mas só receberam cada qual um denário. 11Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo: 12Os últimos só trabalharam uma hora... e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor. 13O senhor, porém, observou a um deles: - Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário? 14Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti. 15Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom? 16Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.

 

3) Reflexão  Mateus 20,1-16 

O evangelho de hoje traz uma parábola que só é relatada por Mateus. Ela não existe nos outros três evangelhos. Como em todas as parábolas, Jesus conta uma história feita de elementos do dia-a-dia da vida do povo. Ele retrata a situação social do seu tempo, na qual os ouvintes se reconhecem. Mas ao mesmo tempo, na história desta parábola, acontecem coisas que nunca acontecem na realidade da vida do povo. É que, ao falar do patrão, Jesus pensa em Deus, seu Pai. Por isso, na história da parábola, o patrão faz coisas surpreendentes que não acontecem no dia-a-dia da vida dos ouvintes. É nesta atitude estranha do patrão, que deve ser procurada a chave para a compreensão do mensagem da parábola.

Mateus 20,1-7: As cinco vezes que o patrão sai em busca de operários

"O Reino do Céu é como um patrão, que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha” Assim começa a história que fala por si e nem precisaria de muito comentário. No que segue, o patrão sai mais quatro vezes chamando operários para trabalhar na sua vinha. Jesus alude ao terrível desemprego daquela época. Alguns detalhes da história: (1) O próprio patrão sai pessoalmente cinco vezes para contratar operários. (2) Na hora de contratar os operários, é só com o primeiro grupo que ele acerta o salário: um denário por dia. Com os da nona hora ele diz: Eu lhes pagarei o que for justo. Com os outros ele não acertou nada. Apenas os contratou para trabalhar na vinha. (3) No fim do dia, na hora de acertar as contas com os operários, o patrão manda que o administrador faça o serviço.

Mateus 20,8-10: A estranha maneira de acertar as contas no fim do dia

Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: Chame os trabalhadores, e pague uma diária a todos. Comece pelos últimos, e termine pelos primeiros. Aqui, na hora de acertar as contas, acontece algo estranho que não acontece na vida comum. Parece a inversão das coisas. O pagamento começa com os que foram contratados por último e que trabalharam apenas uma única hora. O pagamento é o mesmo para todos: um denário, como tinha sido combinado com os que foram contratados no começo do dia. No fim, chegaram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. No entanto, cada um deles recebeu também uma moeda de prata.  Por que o patrão faz isso? Você faria assim? É aqui neste gesto surpreendente do patrão que está escondida a chave da mensagem desta parábola.

Mateus 20,11-12: A reação normal dos operários diante da estranha atitude do patrão

Os últimos a receber o salário eram os que foram contratados por primeiro. Estes, assim diz a história, ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão e disseram: “Esses últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor do dia inteiro!”  É a reação normal do bom senso. Creio que todos nós teríamos a mesma reação e diríamos a mesma coisa ao patrão. Ou não?

Mateus 20,13-16: A explicação surpreendente do Patrão que fornece a chave da parábola

A resposta do patrão é esta: “Amigo, eu não fui injusto com você. Não combinamos uma moeda de prata? Tome o que é seu, e volte para casa. Eu quero dar também a esse, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que eu quero com aquilo que me pertence? Ou você está com ciúme porque estou sendo generoso?”  Estas palavras trazem a chave que explica a atitude do patrão e aponta a mensagem que Jesus quer comunicar: (1) O patrão não foi injusto, pois ele agiu de acordo com o que tinha sido combinado com o primeiro grupo de operários: um denário por dia. (2) É decisão soberano do patrão de dar aos últimos o mesmo que tinha sido combinado com os da primeira hora. Estes não têm direito de reclamar. (3) Atuando dentro da justiça, o patrão tem o direito de fazer o bem que ele quer com as coisas que lhe pertencem. O operário da parte dele tem este mesmo direito. (4) A pergunta final toca no ponto central: Ou você está com ciúme porque estou sendo generoso?' Deus é diferente mesmo! Ele não cabe nos nossos pensamentos (Is 55,8-9).

O pano de fundo da parábola é a conjuntura daquela época, tanto de Jesus como de Mateus. Os operários da primeira hora são o povo judeu, chamado por Deus para trabalhar em sua vinha. Eles sustentaram o peso do dia, desde Abraão e Moisés, bem mais de mil anos. Agora, na undécima hora, Jesus chama os pagãos para ir trabalhar na sua vinha e eles chegam a ter a preferência do coração de Deus. “Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”. 

 

4) Para um confronto pessoal

1) Os da undécima hora chegam, levam vantagem e recebem prioridade na fila diante da entrada do Reino de Deus. Quando você espera duas horas numa fila e chega alguém que, sem mais, se coloca na frente de você, você aceitaria? Dá para comparar as duas situações?

2) A ação de Deus ultrapassa nossos cálculos e nosso jeito humano de atuar. Ele surpreende e às vezes incomoda. Isto já aconteceu alguma vez na sua vida? Qual a lição que tirou?

 

5) Oração final

A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias. (Sl 22, 6)

16 de agosto - São Roque de Montpellier, Peregrino- O Santo do Cachorro.

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Publicado em 16 agosto 2022
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São Roque nasceu no ano de 1295, na cidade de Montpellier, França, em uma família rica, da nobreza da região. Outros dados sobre sua vida e descendência não são precisos. Ao certo, o que sabemos é que ficou órfão na adolescência e que vendeu toda a herança e distribuiu o que arrecadou entre os pobres. Depois disso, viveu como peregrino andante. Percorreu a França com destino a Roma.

Mas antes disso Roque deparou com regiões infestadas pela chamada peste negra, que devastou quase todas as populações da Europa no final do século XIII e início do XIV. Era comum ver, à beira das estradas, pequenos povoados só de doentes que foram isolados do convívio das cidades para evitar o contágio do restante da população ainda sã. Lá eles viviam até morrer, abandonados à própria sorte e sofrendo dores terríveis. Enxergando nas pobres criaturas o verdadeiro rosto de Cristo, Roque atirou-se de corpo e alma na missão de tratá-los. Iluminado pelo Santo Espírito, em pouco tempo adquiriu o dom da cura, fazendo inúmeros prodígios.

Fez isso durante dois anos, ganhando fama de santidade. Depois partiu para Roma, onde durante três dias rezou sobre os túmulos de são Pedro e são Paulo. Depois, por mais alguns anos, peregrinou por toda a Itália setentrional, onde encontrou um vasto campo de ação junto aos doentes incuráveis. Cuidando deles, descuidou-se de si próprio. Certo dia, percebeu uma ferida na perna e viu que fora contaminado pela peste. Assim, decidiu refugiar-se, sozinho, em um bosque, onde foi amparado por Deus.

Roque foi encontrado por um cão, que passou a levar-lhe algum alimento todos os dias, até que seu dono, curioso, um dia o seguiu. Comovido, constatou que era seu cão que socorria o pobre doente.

O homem, que não reconheceu em Roque o peregrino milagreiro, a partir daquele momento, cuidou da sua recuperação. Restabelecido, voltou para Montpellier, que, na ocasião, estava em guerra. Confundido como espião, foi preso e levado para o cárcere, onde sofreu calado durante cinco anos. No cárcere, continuou praticando a caridade e pregando a palavra de Cristo, convertendo muitos prisioneiros e aliviando suas aflições, até morrer.

Diz a tradição que, quando o carcereiro, manco de nascença, tocou com o pé o seu corpo, para constatar se realmente estava morto, ficou imediatamente curado e começou a andar normalmente. Esse teria sido o primeiro milagre de Roque, após seu falecimento, ocorrido em 16 de agosto de 1327, na prisão de seu país de origem.

O seu culto foi reconhecido em 1584 pelo papa Gregório XIII, que manteve a sua festa no dia de sua morte. Hoje, as relíquias de são Roque são veneradas na belíssima basílica dedicada a ele em Veneza, Itália, sendo considerado o santo Protetor contra as Pestes.

Terça-feira, 16 de agosto-2022. 20ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 16 agosto 2022
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  • 20ª Semana do Tempo Comum
  • é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus

 

1) Oração

Ó Deus, que preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mateus 19,23-30)

Naquele tempo, 23Jesus disse então aos seus discípulos: Em verdade vos declaro: é difícil para um rico entrar no Reino dos céus!24Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.25A estas palavras seus discípulos, pasmados, perguntaram: Quem poderá então salvar-se?26Jesus olhou para eles e disse: Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é possível.27Pedro então, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que deixamos tudo para te seguir. Que haverá então para nós?28Respondeu Jesus: Em verdade vos declaro: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.29E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna.30Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros.

 

3) Reflexão  Mateus 19,23-30

O evangelho de hoje é a continuação imediata do evangelho de ontem. Traz o comentário de Jesus a respeito da reação negativa do jovem rico.

Mateus 19,23-24: O camelo e o fundo da agulha.

Depois que o jovem foi embora, Jesus comentou a decisão dele e disse: "Eu garanto a vocês: um rico dificilmente entrará no Reino do Céu. E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus". Duas observações a respeito desta afirmação de Jesus: 1) O provérbio do camelo e do buraco da agulha se usava para dizer que uma coisa era impossível e inviável, humanamente falando. 2) A expressão “um rico entrar no Reino” trata, não em primeiro lugar da entrada no céu depois da morte, mas sim da entrada na comunidade ao redor de Jesus. E até hoje é assim. Os ricos dificilmente entram e se sentem em casa nas comunidades que tentam viver o evangelho de acordo com as exigências de Jesus e que procuram abrir-se para os pobres, os migrantes e os excluídos da sociedade.

Mateus 19,25-26: O espanto dos discípulos

O jovem tinha observado os mandamentos, mas sem entender o porquê da observância. Algo semelhante estava acontecendo com os discípulos. Quando Jesus os chamou, fizeram exatamente o que Jesus tinha pedido ao jovem: largaram tudo e foram atrás de Jesus (Mt 4,20.22). Mesmo assim, ficaram espantados com a afirmação de Jesus sobre a quase impossibilidade de um rico entrar no Reino de Deus. Sinal de que não tinham entendido bem a resposta de Jesus ao moço rico: “Vai vende tudo, dá para os pobres e vem e segue-me!” Pois, se o tivessem entendido, não teriam ficado tão chocados com a exigência de Jesus. Quando a riqueza ou o desejo da riqueza ocupa o coração e o olhar, a pessoa já não consegue perceber o sentido da vida e do evangelho. Só Deus mesmo para ajudar! "Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível."

Mateus 19,27: A pergunta de Pedro.

O pano de fundo da incompreensão dos discípulos transparece na pergunta de Pedro: “Olhe, nós deixamos tudo e te seguimos. O que é que vamos receber?” Apesar da generosidade tão bonita do abandono de tudo, eles mantinham a mentalidade anterior. Abandonaram tudo para receber algo em troca. Ainda não entendiam bem o sentido do serviço e da gratuidade.

Mateus 19,28-30: A resposta de Jesus

"Eu garanto a vocês: no mundo novo, quando o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, vocês, que me seguiram, também se sentarão em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais, e terá como herança a vida eterna. Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos; e muitos que agora são os últimos, serão os primeiros".  Nesta resposta, Jesus descreve o mundo novo, cujos fundamentos estavam sendo lançados pelo trabalho dele e dos discípulos. Jesus acentua três pontos importantes: (1) Os discípulos vão sentar nos doze tronos junto com Jesus para julgar as doze tribos de Israel (cf. Apc 4,4). (2) Vão receber em troca muitas vezes aquilo que tinham abandonado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, e terão a herança da vida eterna garantida. (3) O mundo futuro será a inversão do mundo atual. Nele os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. A comunidade ao redor de Jesus é semente e amostra deste mundo novo. Até hoje as pequenas comunidades dos pobres continuam sendo semente e amostra do Reino.

Cada vez que, na história do povo da Bíblia, surge um movimento para renovar a Aliança, ele começa restabelecendo os direitos dos pobres, dos excluídos. Sem isto, a Aliança não se refaz! Assim faziam os profetas, assim faz Jesus. Ele denuncia o sistema antigo que, em nome de Deus, excluía os pobres. Jesus anuncia um novo começo que, em nome de Deus, acolhe os excluídos. Este é o sentido e o motivo da inserção e da missão da comunidade de Jesus no meio dos pobres. Ela atinge a raiz e inaugura a Nova Aliança.

 

4) Para um confronto pessoal

1) Abandonar casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do nome de Jesus.  Como isto acontece na sua vida? O que já recebeu de volta?

2) Hoje, a maioria dos países pobres não é da religião cristã, enquanto a maioria dos países ricos é da religião cristã. Como se aplica hoje o provérbio do camelo que não passa pelo fundo de uma agulha?

 

5) Oração final

Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso cajado são o meu amparo. (Sl 22, 4)

20º Domingo do Tempo Comum: Evangelho. (Lc 12,49-53)

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Publicado em 12 agosto 2022
  • Dom Carmo João Rhoden
  • 20º Domingo do Tempo Comum: Evangelho
  • fogo
  • fogo do Espírito Santo,
  • Bispo Emérito de Taubaté

Dom Carmo João Rhoden

Bispo Emérito de Taubaté (SP) 

 

Jesus é a paz do mundo: para isso veio, viveu e morreu. Mas nós, como, Jesus, convivemos, num mundo de injustiças. Logo, quem decide por Ele, é contra as divisões e injustiças. Vai sofrer. Estamos dispostos a pagar o preço da fidelidade?  

1º Jesus no Evangelho fala em fogo, mas, a que (fogo) se refere? Não veio, para trazer a paz e a fraternidade? Então de que fogo está falando? Daquele, dos incêndios? Não. Já existia. Do fogo das revoluções, das guerras? Como a do Putin, da Ucrânia, da China, ou similares? Não. Do fogo, que queimando, mata? Destrói? Não. Ele veio somente para salvar, jamais para condenar. 1.1 Alude, certamente, ao fogo do Espírito Santo, ao da renovação, ou seja, daquele que há de queimar as malvadezas, ódio, injustiças, ganâncias etc. 1.2 Ao Amor, que não despreza, pobres, desempregados, marginalizados, nem membros de outras religiões ou crenças. Fala do seu fogo: o divino. 1.3 Ele sabia e muito bem, que isso não seria fácil, mas por amor a nós, tudo enfrentou. 1.4 Por isso, encarnou-se. Tornou-se semelhante a nós, (menos no pecado) enfrentando as maldades, sem acusar a ninguém. Perturbou consciências pesadas, diabólicas, pois a luz machuca, sempre, olhos doentes. Doentes: não os sãos. 1.5 São os maus, que gostam das trevas, as buscam e nelas, se escondem. 

2º Jesus tem um batismo, no qual deve ser batizado (…)e como, deseja que aconteça. Na verdade, teve dois (batismos): o do Jordão e o do Calvário. No das águas, assumiu sua missão, na cruz, morrendo a consumou, abrindo-nos a casa do Pai. Enfatizo: a morte na cruz, foi seu maior sofrimento. No entanto, tornou-se também, o momento de nossa redenção e o da glorificação amorosa e plena do Pai. Hoje, como são vivenciados nossos batismos? 

3º A missão de Jesus, foi plena de contradições, não por Ele causadas, porém, por Ele sofridas, em função da vivência da missão recebida. Pergunto então, não afirmava já o Antigo Testamento, que Ele seria o príncipe da paz? Sim. (Is 9,5,6;11.6-9). Anjos, em seu nascimento, não cantaram paz aos homens de boa vontade? (Lc 2,14). Não afirma Paulo, que Ele é nossa paz? (Ef 2,14) Sim. Por que, então retoma Jesus a afirmação: “não vim trazer a paz, mas a divisão”? Por quê? Porque nem todos optam pela paz, pelo reino de Deus, mas buscam outros (reinos). Surgem então confusões, ódio, atentados e mortes.  Nós próprios, já sentimos, isso em não poucas famílias, onde uns optaram por Cristo, outros contra uns pela Igreja Católica, outros contra, ou até pelo ateísmo. Quanta amargura, divisões e infelicidade. É claro, Jesus nunca foi causa de separações, injustiças, mas apenas ocasião, pois quem não é a favor é contra Cristo. O sofrimento, aliás, já está embutido, na própria finitude humana. Jesus sempre repudiou radicalismos, mas nunca a radicalidade na fidelidade. Ninguém pode querer defender o Reino de Deus, sendo contra Cristo, e a justiça. Infelizmente existem hoje, muitos cristãos, de meia tigela: nem frios nem quentes. São os mornos. Qual é a nossa opção? Por e com Cristo? Por um mundo melhor? Lembro: Jesus não foi para cruz, por ter feito milagres, nem por ter rezado, mas por que, se posicionou contra o mal, injustiças, corrupção e usura. E em nossos dias, como nos posicionamos nós? 

4º Hoje é também o dia dos Pais. Sê-lo é vocação e missão. É graça. Felizes as famílias onde os pais são referências amorosas e seguras, para todos os de casa. Parabéns e muitos anos de vida, para a felicidade das famílias. Em nossas Eucaristias, os lembraremos, com gratidão. Fonte: https://www.cnbb.org.br

10 de Agosto. São Lourenço – mártir.

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Publicado em 10 agosto 2022
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  • Diácono São Lourenço
  • imperador Valério e São Lourenço
  • Diácono

 

Festejamos, neste dia, a vida de santidade e martírio do Diácono que nem chicotes, algozes, chamas, tormentos e correntes puderam contra sua fé e amor ao Cristo. Lourenço, espanhol, natural de Huesca, foi um Diácono de bom humor que servia a Deus na Igreja de Roma durante meados do Século III.

Conta-nos a história que São Lourenço como primeiro dos Diáconos tinha grande amizade com o Papa Sisto II, tanto assim que ao vê-lo indo para o martírio falou: “Ó pai, aonde vais sem o teu filho? Tu que jamais ofereceste o sacrifício sem a assistência do teu Diácono, vais agora sozinho para o martírio?”. E o Papa respondeu: “Mais uns dias e te aguarda uma coroa mais bonita!”. São Lourenço era também responsável pela administração dos bens da Igreja que sustentava muitos necessitados.

Diante da perseguição do Imperador Valeriano, o prefeito local exigiu de Lourenço os tesouros da Igreja, para isso o Santo Diácono pediu um prazo, o qual foi o suficiente para reunir no átrio os órfãos, os cegos, os coxos, as viúvas, os idosos… todos os que a Igreja socorria, e no fim do prazo – com bom humor – disse: “Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte”.

Sentindo-se iludido, o prefeito sujeitou o santo a diversos tormentos, até colocá-lo sobre um braseiro ardente; São Lourenço que sofreu o martírio em 258, não parava de interceder por todos, e mesmo assim encontrou no Espírito Santo força para dizer no auge do sofrimento na grelha: “Vira-me que já estou bem assado deste lado”.

A Roma cristã venera o santo espanhol com a mesma veneração e respeito com que honra seus primeiros Apóstolos. Depois de São Pedro e São Paulo, a festa de São Lourenço foi a maior da antiga liturgia romana. O que foi Santo Estevão em Jerusalém, isso mesmo o foi São Lourenço em Roma. São Lourenço, rogai por nós! Fonte: https://rainhadoscoracoes.org.br

Dom Álvarez: "Retido, mas com força, paz e alegria"

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Publicado em 07 agosto 2022
  • Monsenhor Rolando Álvarez,
  • Catedral de Matagalpa
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  • Conferência Episcopal de Honduras
  • Diocese de Matagalpa

 

O Bispo de Matagalpa, Monsenhor Rolando Álvarez, celebrou neste sábado a Eucaristia da Transfiguração do Senhor, enquanto permanece cercado pela Guarda Sandinista que, ao mesmo tempo, anunciou ter aberto uma investigação criminal contra o líder católico.

“Bem, eu não sei o que, mas eles vão fazer seus próprios palpites. Eles disseram formalmente que temos uma casa para uma prisão. Estamos aqui reunidos e retidos, mas com a força, a paz interior e a alegria que o Ressuscitado nos dá”, disse Álvarez em sua homilia neste sábado.

Álvarez permanece com outras onze pessoas na Cúria de Matagalpa, enquanto a Polícia Sandinista mantém um cordão policial que se estende até a Catedral de Matagalpa.

“O medo paralisa, o desespero auto-enterrado e o ódio são a morte do coração. O ódio é respondido com amor, o desespero com esperança; e temor com a força do glorioso Cristo ressuscitado”, acrescentou.

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Ao mesmo tempo, agradeceu à mídia e aos cidadãos em geral por estarem cientes da situação.

“Queremos agradecer aos nossos milhares e milhares de irmãos que através das redes expressaram sua proximidade conosco. Quero agradecer à mídia nacional e internacional, aos portais digitais”, disse Álvarez.

 

Polícia envia citações

Enquanto isso, a Polícia Sandinista enviou convocações para aqueles que se manifestaram em apoio ao bispo de Matagalpa. “Fui intimado a depor na polícia nacional, não sei o motivo, vou me apresentar neste momento, peço a todos vocês suas orações. Irmãos de fé, Deus nos abençoe”, escreveu a Dra. Magda Alonso em sua conta no Twitter.

Além disso, um áudio enviado por Pedro Haslam, secretário político do departamento de Matagalpa, aos militantes sandinistas vazou nas redes sociais, orientando-os a posicionar a agenda midiática.

“Devemos estar atentos às redes diante da situação de desenvolvimento de atos criminosos dirigidos por Rolando Álvarez. Vamos espalhar a declaração da Polícia por todas as redes das instituições, governos locais, juventude, partido", disse Haslam.

“Devemos estar em sintonia. Esta é uma nova tentativa de desestabilizar nosso país a partir de Matagalpa. Este não é um padre, mas um político disfarçado de batina", acrescentou.

 

Conferência Episcopal de Honduras pronuncia

A Conferência Episcopal de Honduras mostrou sua proximidade com os bispos católicos da Nicarágua e encorajou os religiosos a continuar cumprindo sua missão evangelizadora.

“Lembremos que a liberdade é um pilar fundamental, que garante a existência de uma democracia, que respeita os direitos e os promove”, diz uma carta enviada pelos bispos de Honduras a Dom Carlos Herrera, bispo de Jinotega e presidente da Conferência Bispo da Nicarágua.

“Esperamos que muito em breve se abram caminhos de diálogo e paz com as autoridades para resolvermos juntos esta dolorosa situação”, acrescenta.

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Por sua vez, a Arquidiocese de Manágua emitiu um comunicado expressando sua proximidade com a Diocese de Matagalpa e seu bispo, Monsenhor Rolando Álvarez.

“Com a certeza colocada em Cristo Bom Pastor, queremos evangelizar no tempo e fora do tempo, confiando que a comunicação franca e respeitosa pode abrir caminhos de entendimento”, diz o comunicado.

Esta sexta-feira, a ditadura de Daniel Ortega e Rosario Murillo, ordenou uma "cúria prisional" contra o Bispo de Matagalpa, Monsenhor Rolando Álvarez, contra quem anunciam uma "investigação" por crimes inventados como incitar "atos de ódio" e gerar " instável".

"Aproveitando-se de sua condição de líderes religiosos, usando os meios de comunicação e redes sociais, estão tentando organizar grupos violentos, incitando-os a praticar atos de ódio contra a população, causando um clima de ansiedade e desordem, perturbando a paz e a harmonia em à comunidade. , com o objetivo de desestabilizar o Estado da Nicarágua e cumprir as autoridades constitucionais”, diz um comunicado da Guarda Sandinista. Fonte: https://cafeconvoz.com

ESTAR ESPERANDO

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Publicado em 06 agosto 2022
  • Dom Rodolfo Luís Weber,
  • Quando eu morrer,
  • Homilia do 19º Domingo do Tempo Comum,
  • arcebispo dom Rodolfo Luís Weber

Dom Rodolfo Luís Weber

Arcebispo de Passo Fundo (RS)

 

Esperar alguém ou um compromisso importante com dia marcado e hora exata permite se organizar e se preparar. Seguramente se toma todas as medidas para ter tudo planejado, encaminhado e, assim, o encontro ou evento ocorra sem sobressaltos. A maioria dos nossos compromissos são possíveis de prever e tomar as medidas cabíveis. Porém, muitos fatos acontecem de forma imprevista. Por não estarem previstos nem sempre se toma medidas para viver os imprevistos.  

Jesus aborda com os seus discípulos e hoje conosco tudo que se refere à vida humana. Hoje, como nos relata Lucas 12, 32-48, nos convida a refletir sobre o dia imprevisto da morte. “Por que o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”. Na profissão de fé cristã afirmamos que Jesus “há de vir a julgar os vivos e os mortos”. Além de afirmar que cremos “na vida eterna”. Estas realidades últimas chamamos de morte, juízo final, eternidade, inferno e paraíso. Escatologia é o nome técnico usado na teologia para estas realidades últimas. 

O dia da morte é imprevisível, mas o morrer é uma certeza. Como viver esta incerteza e esta certeza? Jesus ajuda a viver até aquele dia imprevisível de uma maneira que traga felicidade. Começa ensinando: “não tenhais medo”. A consciência da morte pode levar a uma vida de constante angústia. Jesus conduz os discípulos confiarem Nele e diz que a morte não é o fim da jornada, mas é o retorno à casa do Pai. Viver com medo impede de tomar atitudes, além de trazer tristeza.  

Os seguintes ensinamentos tirados da vida cotidiana convida os discípulos a saírem da acomodação e terem uma vida muito ativa, propositiva e dispostos para qualquer hora. “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas”. Para entender a força deste ensinamento se faz necessário recordar as vestes daquele tempo. As vestes eram largas e quando se precisava trabalhar ou correr era preciso amarrá-las na cintura. O mesmo refere-se à lâmpada, não havendo ainda fósforo, era muito demorado acender o fogo. Portanto, o discípulo deve estar pronto para o trabalho e ter o fogo aceso para não perder tempo de agir.  

Estar preparado e em constante atenção não é simplesmente um dever, mas também exprime atenção e amor para com Deus. Relação que traz alegria e recompensa. “Felizes os (…) que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá”. Quem ficou em prontidão, sentir-se-á feliz, além de receber a gratidão e de ser servido por Deus.  

“A passagem do Evangelho nos educa a viver em plenitude o nosso tempo, tornando plena e frutuosa a espera mediante uma vigilância amorosa e uma fidelidade a toda prova. A responsabilidade de amar faz passar o tempo veloz e frutuosamente. Vigiar significa ter em mãos a direção da situação e operar eventuais correções de rota, servir o presente com fidelidade e direcionar-se ao futuro com esperança. O cristão não é chamado a conservar o status quo de uma situação oxidada e mumificada da rotina, porque o Evangelho deslegitima o estado sonolento de um cristianismo opaco e apagado. A vigilância requer capacidade de ler e interpretar os sinais dos tempos, é brilhante imaginação que cria novas situações e se adapta àqueles presentes, conservando a fidelidade ao Senhor que veio, na espera do Senhor que virá, vivendo em comunhão com o Senhor sempre presente” (Mauro Orsatti). Fonte: https://www.cnbb.org.br

Família de menino que ligou para a polícia pedindo comida recebe doações

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Publicado em 06 agosto 2022
  • Fome,
  • A Fome,
  • Célia Arquimino Barros,
  • Santa Luzia região metropolitana de Belo Horizonte

Após a repercussão da história, família de Miguel recebeu doações de alimentos

 

 

Um menino de 11 anos ligou para a polícia para falar que estava passando fome e pedir ajuda. Após a repercussão da história, a família de Miguel recebeu diversas doações de alimentos na tarde desta quarta-feira (03). 

Miguel vive com a mãe, Célia Arquimino Barros, de 46 anos, e mais cinco irmãos em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. Célia está desempregada e não conseguia comprar alimentos há quase três semanas. A criança resolveu, então, ligar para o 190 pedindo ajuda.

Após o chamado, uma equipe da polícia foi até a residência deles e constatou que não se tratava de um caso de maus-tratos, mas, sim, de uma família que passava necessidades. A própria polícia, os vizinhos e conhecidos se mobilizaram para ajudar. Fonte: https://www.band.uol.com.br 

Investigação já tem hipótese para morte de padre dentro de igreja

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Publicado em 03 agosto 2022
  • padre Marcos Leite Azevedo,
  • Arquidiocese de Curitiba
  • Igreja Bom Jesus do Cabral,
  • congregação passionista

 

Na tarde desta terça-feira (2), o padre Marcos Leite Azevedo, responsável pela Igreja Bom Jesus do Cabral, em Curitiba, foi encontrado morto dentro da paróquia.

O delegado Thiago Teixeira informou que o padre foi encontrado enforcado no sótão da igreja. A polícia não encontrou indícios de arrombamento e nem de furtos. Por essa razão, a Polícia Civil (PC) trabalha com a hipótese de que o padre tirou a própria vida.

A delegacia ainda aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML). Se for comprovado que ele tirou a própria vida, o caso irá para a Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP).

Apesar da apuração inicial da investigação, pessoas próximas não acreditam nessa versão. O caso ainda está em investigação.

O padre Marcos atuava na Igreja Bom Jesus desde fevereiro de 2022.

Em nota, a Arquidiocese de Curitiba confirmou a morte do padre. Confira:

Com muito pesar, informamos o falecimento do padre Marcos Leite Azevedo, CP. Ele foi encontrado morto nas dependências da Igreja Bom Jesus do Cabral, onde atuava como pároco desde fevereiro de 2022.

Até o presente momento, não temos informações sobre o ocorrido e as autoridades competentes estão cuidando das investigações.

Em breve, informaremos sobre o velório e o sepultamento.

A Arquidiocese de Curitiba lamenta o ocorrido e pede orações pela alma do padre Marcos Azevedo e pela congregação passionista. Fonte: https://massanews.com

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