Olhar Jornalístico

CNBB LAMENTA INTENSIFICAÇÃO DA EXPLORAÇÃO DA FÉ E DA RELIGIÃO PARA ANGARIAR VOTOS NO SEGUNDO TURNO

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Publicado em 11 outubro 2022
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  • NOTA DA PRESIDÊNCIA DA CNBB
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A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, nesta terça-feira, 11 de outubro, na qual lamenta “a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno” das eleições deste ano. Os bispos recordam que a manipulação religiosa desvirtua valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que precisam ser debatidos e enfrentados no país.

 

Leia o pronunciamento na íntegra:

 

NOTA DA PRESIDÊNCIA

“Existe um tempo para cada coisa” (Ecl. 3,1)

Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.

A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho.

Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário.

 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo 
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

 

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-presidente da CNBB

 

Dom Mário Antonio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-presidente da CNBB

 

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB.

Fonte: https://www.cnbb.org.br

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM

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Publicado em 09 outubro 2022
  • 28º Domingo do Tempo Comum
  • liturgia do 28º Domingo do Tempo Comum
  • Homilia do 28º Domingo do Tempo Comum
  • dez não ficaram purificados

Dom Carmo João Rhoden

Bispo Emérito de Taubaté (SP)

 

Textos inspiradores: “Mestre tem compaixão de nós” (Lc 17,13). Tomando a palavra, Jesus lhe disse: “Os dez não ficaram purificados? Onde estão os outros nove? Não houve, acaso, quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?” Em seguida, disse-lhe: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou” (Lc 17,17-19). 

1º Ontem, como hoje, uns fogem de Jesus, outros dele se aproximam, mas há, os que se mantem à distância, enquanto, outros são proibidos, de se achegarem: Verbi gratia, chineses, russos ou norte-coreanos etc… Outrora, eram os fariseus e doutores da lei, que hostilizavam a Jesus, pois se consideravam donos da verdade e do sistema religioso, enquanto pobres, doentes, leprosos, mulheres, se aproximavam. Ele sabia acolhe-los, amorosamente. Não se envergonhava deles. 

2º No evangelho de hoje, dez leprosos vão ao encontro de Jesus, parando à certa distância, por que eram tidos, como impuros. Eram, de fato, leprosos, mas não mudos. Gritam. Interpelam a Jesus dizendo: “Mestre tem compaixão de nós” (Lc 17,13). Ele, antes de curá-los, enviou-os aos sacerdotes, como mandava a lei de Moisés. Em indo, foram curados, pela fé que nutriam. Todos. Também, nós cristãos, não somos, sem lei: esta, no entanto, é para nós, Jesus Cristo, o Mestre que sabe amar, servir e salvar. 

3º Nós todos, já fomos, quem mais, quem menos curados, disso ou daquilo. Infelizmente continuamos, espiritualmente doentes, e nem sempre procuramos os sacramentos da Igreja, de modo particular os da cura. Há, às vezes, até os que tem vergonha de pedir socorro, continuam, então doentes, sofrendo da lepra do pecado. Esta, pode matar. 

4º “Levanta-te e vai, tua fé te salvou” (Lc 17,19), disse Jesus. Contudo, antes disso, se magoou, pois, eram dez os curados, dizendo, “onde estão os outros nove?” (Lc 17,17) Para o maior desaponto de Jesus, o que regressara, era um samaritano e não membro do povo de Israel, como percebemos. Jesus, não ficou insensível, diante da falta de gratidão. Esta dói: ontem, hoje e sempre. O cristão deve ser grato: “sede sempre gratos a Deus” (Cl 1,15). Jesus, continua a nos perguntar, onde estão os outros nove, hoje, os milhões de agraciados? Ainda não voltaram, talvez, nem voltem para agradecer. 

5º Lembro, em tempo: outubro é o mês da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida e das crianças. Não as esqueçamos, nem as deixemos de lado. Não há ainda outros, a serem lembrados? Quem? De modo especial, médicos e professores. Não os recordamos, aqui, porém, também, não os esquecemos. Parabéns. Fonte: https://www.cnbb.org.br

Filha de fundador é afastada e escancara brigas na igreja Deus É Amor

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Publicado em 08 outubro 2022
  • David Miranda
  • igreja Deus É Amor
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  • Ereni Miranda,

Crise na cúpula da denominação tem troca de farpas entre familiares que inclui vazamento de áudios

 

SÃO PAULO

Uma das igrejas pentecostais mais tradicionais do Brasil, a Deus É Amor foi arrastada para o noticiário evangélico com o afastamento de Leia Miranda, filha do fundador, David Miranda (1936-2015). A denominação publicou em setembro uma decisão que a retira de "suas funções administrativas e ministeriais até que se apurem as graves acusações envolvendo sua conduta e comportamento".

O comunicado não especifica do que se trata. Nesta semana, Leia anunciou que a igreja decidiu desligá-la por cinco anos. O veredicto foi por insubordinação, diz sua advogada, Juliana Grigorio de Souza Ribeiro. A instituição evangélica entendeu que a evangelista teria incitado uma rebelião ao fazer comentários públicos sobre o caso, expressando neles sua revolta com o "afastamento sumário", sem direito à defesa.

Ela chegou a ser retirada por policiais militares do púlpito de onde pregava mensagens conservadoras.

O racha na cúpula da igreja tem como pano de fundo um escândalo sexual.

Circula uma troca de áudios supostamente entre a missionária e um homem casado. A igreja é conhecida pela rigidez moral —sua doutrina desaconselha, por exemplo, que fiéis frequentem a praia, tida como antro de perversão, e que as mulheres usem maquiagem, salto alto e calça.

Na conversa, uma voz atribuída a Leia faz referência a uma relação sexual com um fiel da Deus É Amor. A pessoa no áudio elogia o órgão genital do rapaz e diz que adorou o encontro. Ele corresponde. O áudio vazou e foi inserido num vídeo que mostra fotos de Leia, que é divorciada, ao lado de um rapaz.

A filha de David Miranda "nega veementemente" que tenha participado desse diálogo, segundo sua advogada. "Ela já chorou muitas vezes, fala que não entende como pode estar sendo alvo disso."

A Folha não conseguiu falar com a igreja.

O caso detonou uma briga familiar, porque é a mãe de Leia, Ereni Miranda, quem preside a diretoria que resolveu removê-la temporariamente de postos internos, como o de coordenadora da Fundação Reviver. Numa live, a filha se diz "profundamente injustiçada por todo esse imbróglio, esse assunto nefasto", e pede perdão se porventura chorar, já chorando.

"Estou realmente profundamente machucada. Não por causa dos ataques que me fazem nas redes sociais, não, não. Nada disso me atinge. Dizer que sou isso ou aquilo outro mais", afirma. "O que tem me atingido mesmo, de verdade, me ferido profundamente, são as atitudes da minha mãe."

David Miranda Neto, sobrinho da missionária, voltou-se contra ela e definiu como "pecado gravíssimo" não só o adultério que sua tia teria cometido, mas o comportamento dela diante do caso. Leia reagiu e disse que ele "pinta e borda aqui dentro, gente". Os dois polarizam dentro da igreja: ele, mais flexível diante da austeridade moral que remonta aos tempos do avô, ela a favor da manutenção do conservadorismo.

A evangelista na berlinda é um dos quatro filhos do homem que inaugurou, em 1962, aquela que viria a ser uma das igrejas mais simbólicas do pentecostalismo nacional, sediada num templo colossal na Baixada do Glicério (região central de São Paulo).

Seu irmão David Miranda Filho já tinha se envolvido em polêmica própria, com o vazamento de áudios de teor sexual que teria enviado a uma jovem. Ele acabou saindo da denominação e fundando outra, a Igreja Pentecostal Santificação no Senhor.

A advogada de Leia diz que sua cliente está processando por difamação plataformas que mantêm no ar o vídeo com o áudio vinculado a ela. Quer que eles sejam removidos.

A missionária também contratou uma empresa para analisar o material que diz não corresponder à sua voz. CEO da OAS Perícias Forenses, Wesley Eduardo diz à reportagem que uma perícia preliminar mostrou que o começo do áudio foi suprimido, e que "há edições de censura, as palavras mais pornográficas, vamos colocar assim, foram retiradas". Elas foram substituídas pelo barulho de um apito.

Quanto à voz pertencer ou não à Leia, o relatório inicial voltou como inconclusivo. Eduardo explica que a base de comparação, vídeos dela pregando, não foi suficiente. Ele voltou para uma "coleta oficial", com um aparelho apropriado para captar os sons da evangelista. O resultado deve sair semana que vem.

Enquanto as rixas familiares crescem e se multiplicam na Deus É Amor, fiéis lamentam nas redes sociais. "Vocês deveriam ter vergonha na cara em escandalizar um ministério pelo qual [David Miranda pai] lutou durante anos", comentou uma seguidora do Instagram da igreja, num vídeo em que Leia canta. Fonte: https://www.folha.uol.com.br

Arquidiocese diz que não convidou Bolsonaro para Círio de Nazaré e afirma não permitir uso político

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Publicado em 08 outubro 2022
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Candidato à reeleição vai participar de romaria fluvial, embarcado em navio da Marinha, segundo unidade da Igreja Católica

 

MANAUS

A arquidiocese de Belém afirmou em nota divulgada na noite desta sexta-feira (7) que não convidou o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, para participar do Círio de Nazaré, uma das maiores celebrações religiosas e populares do país.

A unidade da Igreja Católica, responsável pela organização da festa, disse ainda que o acesso do candidato à embarcação da Marinha é uma responsabilidade da própria Força e que não está permitida a utilização política ou partidária do evento religioso.

Bolsonaro decidiu usar o Círio de Nazaré no Pará para fazer campanha na tentativa de reeleição.

A campanha de Bolsonaro confirmou a presença dele no chamado Círio fluvial, quando uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré é colocada numa embarcação da Marinha e levada de um distrito de Belém até o centro da cidade, seguida de jet skis e embarcações com capacidade para até 700 pessoas.

O presidente chegou à Base Aérea de Belém no começo da noite desta sexta-feira (7).

"Tomamos conhecimento da presença do senhor presidente da República, Jair Bolsonaro, na Corveta da Marinha Garnier Sampaio durante a romaria fluvial", cita a nota divulgada depois das 22h desta sexta.

"Comunicamos não ter havido nenhum convite da parte da arquidiocese de Belém, nem da diretoria da festa de Nazaré, a qualquer autoridade seja em nível municipal, estadual ou federal. Entretanto reconhecemos ser responsabilidade da Marinha do Brasil o acesso à referida embarcação", diz a nota, assinada pelo arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa.

"Cabe ao arcebispo de Belém a condução da imagem peregrina em todas as etapas de embarque e desembarque do Garnier Sampaio", afirma. "Temos o dever de observar a plena liberdade de qualquer cidadão ou cidadã de participar dos eventos do Círio de Nazaré. Todavia, não desejamos e nem permitimos qualquer utilização de caráter político ou partidário das atividades do Círio."

A romaria fluvial, a ser realizada neste sábado (8), não é vista como uma das principais do Círio de Nazaré.

Conforme o que consta na agenda divulgada pela campanha de Bolsonaro, a participação do presidente se limitaria a essa romaria.

Segundo integrantes da arquidiocese de Belém, uma das responsáveis pela festa, a Presidência da República fez contatos na quinta (6) para repassar orientações sobre a presença de Bolsonaro no Círio. Ele deve ficar no navio da Marinha para recepcionar a imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

A confirmação da presença do candidato na festa causou desconforto entre integrantes da arquidiocese. A diretoria da festa vinha mantendo o silêncio a respeito.

O gesto do candidato é considerado raro na arquidiocese. O ex-presidente Lula (PT), que disputa o segundo turno das eleições com Bolsonaro, disse que não vai comparecer para evitar uso político de um evento religioso. O governador reeleito do Pará, Helder Barbalho (MDB), aliado de Lula, vem criticando o uso político do Círio por Bolsonaro.

Os festejos do Círio de Nazaré começaram na terça (4). Nesta sexta, houve uma romaria rodoviária, um trecho de 57 quilômetros que envolve Belém, Ananindeua e Marituba.

No sábado, logo cedo, a imagem é levada até o distrito de Icoaraci. O navio da Marinha, onde Bolsonaro deve estar, sai do Porto Naval e vai até o distrito para buscar a imagem.

A procissão fluvial, então, é realizada, um percurso de 26 km de navegação. Cerca de 500 embarcações devem acompanhar a romaria.

À tarde, no sábado, ocorre a romaria que é considerada a segunda mais importante do Círio, entre a basílica e a catedral. Esta romaria é feita com a imagem original —as anteriores usam o que os católicos chamam de imagem peregrina.

Nesta romaria já existem as cordas, que puxam o carro com a imagem e que são procuradas por multidões de fiéis. Para esta romaria, segundo a arquidiocese, é esperado 1,5 milhão de pessoas, num percurso de 3,7 km.

A principal romaria ocorre no domingo (9), quando são esperados 2 milhões de pessoas. Os eventos do Círio prosseguem pelos dois fins de semana seguintes, conforme a arquidiocese de Belém.

O Círio é realizado há mais de 200 anos na capital do Pará, e é considerado uma das maiores manifestações católicas do mundo. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

OPORTUNISMO ELEITOREIRO

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Publicado em 01 outubro 2022
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  • Dom Antonio de Assis Ribeiro
  • Bispo de Belém

Dom Antonio de Assis Ribeiro

Bispo de Belém (PA) 

 

Neste tempo de campanha eleitoral, como todos os anos, fomos tocados pelo festival das eleições: discursos inflamados, propostas mirabolantes, confusão de competências; vimos candidatos se passando por amiguinhos do povo nas periferias cumprimentando, abraçando, ouvindo e comendo com os pobres; muitos ilustres desconhecidos e sujeitos sem história de luta social!  

A calmaria vai voltar, os clamores continuarão e milhares de abanadores de bandeiras permanecerão desempregados. Continuaremos com a carência de pessoas generosas, críticas e comprometidas com a promoção de um mundo melhor no dia a dia. O oportunismo eleitoreiro deve ser objeto da nossa reflexão e nos levar com criticidade a aprofundar qual perfil de servidores na categoria de políticos queremos para o Brasil. O que está por detrás de tantos interesses em se eleger? Por que tanta agressividade? Por que sempre o concorrente não presta? Por que um sujeito, partido ou instituição, gastam tanto para eleger seu candidato? Qual será a estratégia do pagamento das dívidas? Será que todo esse esforço, para todos, é sinal de compromisso com o Bem Comum?  São questões importantes! O Brasil precisa de políticas institucionais de longo alcance, permanentes, universais, interdependentes. Por isso, não pode ficar à deriva das políticas de governos e nem de aventureiros.  

Certa vez, houve uma discussão entre os discípulos de Jesus e o objeto da questão  

era sobre quem deles era o maior (cf. Lc 9,46-49). Isso significava o desejo de um fazer prevalecer sobre os outros seus próprios interesses, fantasias, pretensões, vontade… Essa disputa entre os discípulos acusava a busca de glória pessoal, sinal de tentação da vaidade. Dela vem sutis formas de violências sobre os outros! A vaidade nunca serve, só se serve! E assim é a vida do vaidoso em qualquer contexto.  

Na intervenção de Jesus, os discípulos foram chamados a uma radical mudança de preocupação e mentalidade. Quem quer ser prestigiado, reconhecido como grande, deverá cultivar a atitude de gratuidade, simplicidade, serviço! Nisso ninguém deve se impor nem comprar ninguém! Também isso serve para a política. Quem quer ser notado deve aprender a servir gratuitamente, com generosidade, transparência, ser capaz de compromisso cotidiano com o exercício da filantropia, caridade, responsabilidade social. São Paulo nos adverte para não nos deixarmos levar pela mania de grandeza (cf. Rm 12,16). Jesus esclarece que o sadio desejo de grandeza deve ser consequência do testemunho da fé, da gratuidade, do amor (cf. Mt 5,12).       

Quem busca glória e status, buscará atrair sobre si benefícios, aplausos, riquezas e muitas formas de compensação. Por isso, seu serviço será seletivo e voltado para seus interesses e aqueles da sua categoria, porque lhe falta a compreensão das exigências do Bem Comum, da justiça social e do desenvolvimento humano integral.  

Quem compreendeu a identidade da autêntica política, se faz servidor público com espírito ético e senso de cidadania; esse poderá fazer um grande bem à sociedade, pois se a “cidade celeste” é servida pelos anjos, por sua vez, a “cidade terrena”, é cuidada por autênticos cidadãos apaixonados pela dignidade de todos. Que todos os que forem eleitos continuem nas ruas e amigos do povo! Fonte: https://www.cnbb.org.br

Papa nomeia Dom Valdir José Castro membro do Dicastério para as Comunicações

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Publicado em 29 setembro 2022
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  • Papa nomeia Dom Valdir José Castro
  • Dom Valdir José de Castro,
  • Dicastério para a Comunicação Dom Valdir José de Castro,
  • Dom Valdir José Castro membro do Dicastério para as Comunicações
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De 2015 a 2022, Pe. Valdir foi superior geral da Sociedade de São Paulo em Roma, tornando o sétimo sucessor do fundador Bem-Aventurado Tiago Alberione e o primeiro não italiano a assumir o cargo.

Vatican News

Nesta quinta-feira, 29 de setembro, o Papa Francisco nomeou como novos membros do Dicastério  para a Comunicação Dom Valdir José de Castro, S.S.P., bispo da Diocese de Campo Limpo, ex-superior geral da Sociedade de São Paulo, e Dom Ivan Maffeis, arcebispo de Perugia-Città delle Pieve (Itália). Dom Valdir havia sido nomeado bispo pelo Santo Padre no último dia 14 de setembro.

 

A biografia de Dom Valdir José de Castro

Dom Valdir José de Castro nasceu em 14 de fevereiro de 1961 em Santa Bárbara d'Oeste, Diocese de Piracicaba (SP). Estudou Filosofia na Universidade de Caxias do Sul/RS (1981-1983) e Teologia no Instituto Teológico de São Paulo/SP (1984-1987).

Obteve a Licenciatura em Espiritualidade na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma (1992-1994) e frequentou o curso de  Jornalismo na Universidade de Caxias do Sul/RS (1996-2000). Em seguida, especializou-se em Comunicação na Faculdade Cásper Líbero em São Paulo/SP (2001-2004) e fez Doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012-2016).

Ele fez sua profissão religiosa em 11 de fevereiro de 1981 na Sociedade de São Paulo e foi ordenado sacerdote em 12 de dezembro de 1987.

No Instituto religioso foi mestre de Noviços (1997-2001); diretor geral do Apostolado Paulino em São Paulo/SP (2001-2006); provincial da Província da Argentina, Chile e Peru (2007-2011); provincial da Província de São Paulo (2012-2015).

De 2015 a 2022, Pe. Valdir foi superior geral da Sociedade de São Paulo em Roma, tornando o sétimo sucessor do fundador Beato Tiago Alberione e o primeiro não italiano a assumir o cargo.

 

Nomeação de novos consultores

Papa o mesmo Dicastério, o Santo Padre nomeou como consultores o padre Andrew Kaufa, S.M.M.; Fabio Pasqualetti, S.D.B. e George Plathottam, S.D.B.; as Irmãs Veronica Amata Donatello, S.F.A. e Adelaide Felicitas Ndilu, S.I.H.M.; o Prof. Antonio Cisternino; os doutores Óscar Augusto Elizalde Prada e Helen Osman e os senhores John E. Corcoran e Tomás Insua. Fonte: https://www.vaticannews.va

Terça-feira, 27 de setembro-2022. 26ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 27 setembro 2022
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  • 26ª Semana do Tempo Comum

 

1) Oração

Ó Deus, que mostrais vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que nos reservais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Lucas 9,51-56)

51Aproximando-se o tempo em que Jesus devia ser arrebatado deste mundo, ele resolveu dirigir-se a Jerusalém. 52Enviou diante de si mensageiros que, tendo partido, entraram em uma povoação dos samaritanos para lhe arranjar pousada. 53Mas não o receberam, por ele dar mostras de que ia para Jerusalém. 54Vendo isto, Tiago e João disseram: Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma? 55Jesus voltou-se e repreendeu-os severamente. [Não sabeis de que espírito sois animados. 56O Filho do Homem não veio para perder as vidas dos homens, mas para salvá-las.] Foram então para outra povoação.

 

3) Reflexão   Lucas 9,51-56

O evangelho de hoje conta como Jesus decide ir para Jerusalém. Descreve também as primeiras dificuldades que ele encontra nesta caminhada. Traz o começo da longa e dura caminhada da periferia para a capital. Jesus deixa a Galiléia e segue para Jerusalém. Nem todos o compreendem. Muitos o abandonam, pois as exigências são grandes. Hoje acontece o mesmo. Na caminhada das nossas comunidades também há incompreensão e abandono.

“Jesus decide ir para Jerusalém”. Esta decisão vai marcar a longa e dura viagem de Jesus desde a Galiléia até Jerusalém, da periferia até a capital. Esta viagem ocupa mais de uma terça parte de todo o evangelho de Lucas (Lc 9,51 até 19,28). Sinal de que a caminhada até Jerusalém teve uma importância muito grande na vida de Jesus. A longa caminhada simboliza, ao mesmo tempo, a viagem que as comunidades estavam fazendo. Elas procuravam realizar a difícil passagem do mundo judeu para o mundo da cultura grega. Simbolizava também a tensão entre o Novo que continuava avançando e o Antigo que se fechava cada vez mais. E simboliza, ainda, a conversão que cada um de nós tem que fazer, procurando seguir Jesus.  Durante a viagem, os discípulos e as discípulas tentam seguir Jesus, sem voltar atrás. Nem sempre o conseguem. Jesus dedica muito tempo à instrução dos que o seguem de perto. Um exemplo concreto desta instrução temos no evangelho de hoje. Logo no início da viagem, Jesus sai da Galiléia e leva seus discípulos para dentro do território dos samaritanos. Ele procura formá-los para que possam entender a abertura para o Novo, para o “outro”, o diferente.

Lucas 9,51: Jesus decide ir para Jerusalém

O texto grego diz literalmente: "Quando se completaram os dias da sua assunção (ou arrebatamento), Jesus firmou o seu rosto para ir a Jerusalém”. A expressão assunção ou arrebatamento evoca o profeta Elias que foi arrebatado ao céu (2 Rs 2,9-11). A expressão firmar o rosto evoca o Servo de Javé que dizia: “Faço meu rosto duro como pedra, certo de não ser enganado” (Is 50,7). Evoca ainda uma ordem que o profeta Ezequiel recebeu de Deus: "Fixa a teu rosto contra Jerusalém!" (Ez 21,7). Usando tais expressões, Lucas sugere que, com a caminhada em direção a Jerusalém, começa uma oposição mais declarada de Jesus contra o projeto da ideologia oficial do Templo de Jerusalém. A ideologia do Templo queria um Messias glorioso e nacionalista. Jesus quer ser o Messias-Servo. Durante a longa viagem, esta oposição vai crescer e, no fim, vai terminar no arrebatamento ou na assunção de Jesus. A assunção de Jesus é a sua morte na Cruz, seguida da ressurreição.

  1. Lucas 9,52-53: Fracassa a missão na Samaria

  Durante a viagem, o horizonte da missão se alarga. Logo no início, Jesus ultrapassa as fronteiras do território e da raça. Ele manda seus discípulos preparar a sua vinda numa aldeia da Samaria. Mas a missão junto dos samaritanos fracassou. Lucas diz que os samaritanos não receberam Jesus porque ele estava indo para Jerusalém. Porém, se os discípulos tivessem dito aos samaritanos: “Jesus está indo para Jerusalém para criticar o projeto do Templo e para exigir maior abertura”, Jesus teria sido aceito, pois os samaritanos eram da mesma opinião. O fracasso da missão deve-se, provavelmente, aos discípulos. Eles não entenderam por que Jesus “firmou a cara contra Jerusalém”. A propaganda oficial do Messias glorioso e nacionalista impedia-os de enxergar. Os discípulos não entenderam a abertura de Jesus, e a missão fracassou!

  1. Lucas 9,54-55: Jesus recusa o pedido de vingança

  Tiago e João não querem levar desaforo para casa. Não aceitam que alguém não concorde com a idéia deles. Querem imitar Elias e usar o fogo para se vingar (2 Rs 1,10). Jesus recusa a proposta. Não quer o fogo. Certas Bíblias acrescentam: "Vocês não sabem de que espírito são movidos!" Significa que a reação dos dois discípulos não era do Espírito de Deus. Quando Pedro sugeriu a Jesus para não seguir pelo caminho do Messias Servo, Jesus chamou Pedro de Satanás (Mc 8,33). Satanás é o mau espírito que quer mudar o rumo da missão de Jesus. Recado de Lucas para as comunidades: os que querem impedir a missão junto dos pagãos são movidos pelo mau espírito!

Durante os dez capítulos que descrevem a viagem até Jerusalém (Lc 9,51 a 19,28), Lucas, constantemente, lembra que Jesus está a caminho de Jerusalém (Lc 9,51.53.57; 10,1.38; 11,1; 13,22.33; 14,25; 17,11; 18,31; 18,37; 19,1.11.28). Raramente, porém, ele diz por onde Jesus passava. Só aqui no começo da viagem (Lc 9,51), no meio (Lc 17,11) e no fim (Lc 18,35; 19,1), você fica sabendo algo a respeito do lugar por onde Jesus estava passando. Isto vale para as comunidades de Lucas e para todos nós. O que é certo é que devemos caminhar. Não podemos parar. Nem sempre, porém, é claro e definido por onde passamos. O que é certo é o objetivo: Jerusalém.

 

4) Para um confronto pessoal

1) Quais os problemas que já apareceram em sua vida como consequência da decisão que você tomou de seguir Jesus?

2) O que aprendemos da pedagogia de Jesus com seus discípulos que queriam vingar-se dos samaritanos?

 

5) Oração final

Hão de vos louvar, Senhor, todos os reis da terra, ao ouvirem as palavras de vossa boca. E celebrarão os desígnios do Senhor: Verdadeiramente, grande é a glória do Senhor. (Sl 137, 4-5)

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM: EXTREMOS.

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Publicado em 24 setembro 2022
  • Dom Rodolfo Luís Weber,
  • 26º DOMINGO DO TEMPO COMUM,
  • Homilia do 26º Domingo do Tempo Comum,
  • pobre Lázaro
  • Lázaro
  • Arcebispo de de Passo Fundo

Dom Rodolfo Luís Weber

Arcebispo de de Passo Fundo

 

Neste domingo continua a leitura do capítulo 16 de Lucas, com os versículos 19-31. Todo capítulo ensina sobre as consequências maléficas do mau uso dos bens materiais. A chocante parábola do “rico e do pobre Lázaro” serve de introdução ao tema. Por um lado, temos um homem que vive diariamente em festas esplêndidas; por outro lado, temos um homem requisitando migalhas e sendo cuidado por cachorros. A morte chega para ambos, nisto eles são iguais. O diálogo, após a morte, levanta questões inquietadores sobre o situação antes da morte. Também oferece indicações para solucionar situações dramáticas da miséria.

A fé cristã crê e vive na esperança da vida eterna. Professa que o Senhor que “há de vir a julgar os vivos e os mortos”. É a cena que inicia a segunda parte da parábola: o julgamento divino. Aquele que tinha condições de fazer festa todos os dias, agora requisita apenas que “Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua”. A resposta é negativa porque durante a vida foi cavado um “grande abismo entre eles” e agora é intransponível.

As migalhas desejadas por Lázaro em vida e da gota de água desejada pelo homem festeiro depois da morte indicam que os abismos são cavados com pequenas decisões, medidas e mecanismos. A vida e a organização da sociedade não é feita somente de grandes fatos e decisões. Mas a rotina, as “migalhas”, vai aprofundando ou vai aterrando o abismo.

O homem rico percebendo que as opções feitas em vida eram irreversíveis e que não havia mais possibilidade de volta, começa a preocupar-se com os seus irmãos que mantinham o mesmo modo de vida dele. Até sugere que Lázaro seja enviado de volta para a terra, como último recurso, para sacudir os irmãos. Recebe como resposta: “Eles têm Moisés e os profetas, que os escutem” e “não acreditarão” em Lázaro ressuscitado.

Convivemos, quase que diariamente, com notícias de situações de extrema miséria e, por outro lado, de anúncios de fortunas pessoais inimagináveis para a absoluta maioria das pessoas, de lucros milionários de algumas empresas em períodos curtos. É uma cena análoga à parábola. O que significa “ouvir Moisés e os profetas”? Moisés, na tradição bíblica, liderou o povo da escravidão para a liberdade. Mas também, o êxodo tinha por objetivo fazer uma sociedade mais igual e fraterna. Estes princípios estão expressos no pentateuco e recordados pelos profetas quando esquecidos.

Hoje a Doutrina Social da Igreja oferece princípios para orientar os cristãos. “Estes princípios, expressões da verdade inteira sobre o homem conhecida através da razão e da fé, promanam “do encontro da mensagem evangélica e de suas exigências, resumidas no mandamento supremo do amor, com os problemas que emanam da vida da sociedade” (160). Os quatro princípios da Doutrina Social da Igreja são a dignidade da pessoa humana, o bem comum, a subsidiariedade e a solidariedade.

O tema que a Palavra de Deus propõe liga-se ao princípio do bem comum. “Dentre as múltiplas implicações do bem comum, assume particular importância o princípio da destinação universal dos bens: “Deus destinou a terra, com tudo que ela contém, para o uso de todos os homens e de todos os povos, de tal modo que os bens criados devem bastar a todos, com equidade, segundo a regra da justiça, inseparável da caridade”. (171). “A destinação universal dos bens comporta, portanto, um esforço comum que mira obter para toda pessoa e para todos os povos as condições necessárias ao desenvolvimento integral, de modo que todos possam contribuir para a promoção de um mundo mais humano, “onde cada um possa dar e receber, e onde o progresso de uns não seja mais um obstáculo ao desenvolvimento de outros, nem um pretexto para a sua sujeição” (175). Fonte: https://www.cnbb.org.br

 

Quinta-feira, 22 de setembro-2019. 25ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 22 setembro 2022
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1) Oração

Ó Pai, que resumistes toda lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Lucas 9,7-9) (Mc 6,14-16)

7O tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que Jesus fazia e ficou perplexo. Uns diziam: É João que ressurgiu dos mortos; outros: É Elias que apareceu; 8e ainda outros: É um dos antigos profetas que ressuscitou. 9Mas Herodes dizia: Eu degolei João. Quem é, pois, este, de quem ouço tais coisas? E procurava ocasião de vê-lo.

 

3) Reflexão

O evangelho de hoje traz a reação de Herodes diante da pregação de Jesus. Herodes não sabe situar Jesus. Ele já tinha matado João Batista e agora quer ver Jesus de perto. Ameaças aparecem no Horizonte.

Lucas 9,7-8: Quem é Jesus?

O texto começa com um balanço das opiniões do povo e de Herodes sobre Jesus. Alguns associavam Jesus com João Batista e Elias. Outro o identificavam como um Profeta, isto é, como alguém que fala em nome de Deus, que tem a coragem de denunciar as injustiças dos poderosos e que sabe animar a esperança dos pequenos. É o profeta anunciado no Antigo Testamento como um novo Moisés (Dt 18,15). São as mesmas opiniões que o próprio Jesus vai colher dos discípulos quando perguntou: "Quem dizem as multidões que eu sou?" (Lc 9,18). As pessoas procuravam compreender Jesus a partir das coisas que elas mesmas conheciam, acreditavam e esperavam. Tentavam enquadrá-lo dentro dos critérios familiares do Antigo Testamento com suas profecias e esperanças, e da Tradição dos Antigos com suas leis. Mas eram critérios insuficientes. Jesus não cabia lá dentro. Ele era maior!

Lucas 9,9: Herodes quer ver Jesus

“Então Herodes disse: "Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?" E queria ver Jesus”. Herodes, homem supersticioso e sem escrúpulo, reconhece ser ele o assassino de João Batista. Agora ele quer ver Jesus. Lucas sugere assim que ameaças começam a aparecer no horizonte da pregação de Jesus. Herodes não teve medo de matar João. Também não terá medo de matar Jesus. Por outro lado, Jesus, também não tem medo de Herodes. Quando lhe disseram que Herodes procurava prendê-lo, mandou dizer: “Vão dizer a essa raposa: eu expulso demônios, e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho” (Lc 13,32). Herodes não tem poder sobre Jesus. Quando na hora da paixão, Pilatos manda Jesus para ser investigado por Herodes, Jesus lhe dá nenhuma resposta (Lc 23,9). Herodes não merecia resposta.

De pai para filho

Às vezes se confundem os três Herodes que viveram naquela época, pois os três aparecem no Novo Testamento com o mesmo nome: 1) Herodes, chamado o Grande, governou sobre toda a Palestina de 37 a 4 antes de Cristo. Ele aparece no nascimento de Jesus(Mt 2,1). Matou as crianças de Belém(Mt 2,16). 2) Herodes, chamado Antipas, governou sobre a Galiléia de 4 antes a 39 depois de Cristo. Ele aparece na morte de Jesus(Lc 23,7). Matou João Batista(Mc 6,14-29). 3) Herodes, chamado Agripa, governou sobre toda a Palestina de 41 a 44 depois de Cristo. Aparece nos Atos dos Apóstolos(At 12,1.20). Matou o apóstolo Tiago(At 12,2).

Quando Jesus tinha mais ou menos quatro anos, morreu o rei Herodes. Aquele que matou as crianças de Belém (Mt 2,16). O território dele foi dividido entre os filhos. Arquelau, um dos seus filhos, recebeu o governo sobre a Judéia. Ele era menos inteligente que o pai, mas mais violento . Só na tomada de posse dele, foram massacradas em torno de 3000 pessoas na praça do Templo! O evangelho de Mateus informa que Maria e José, quando souberam que este Arquelau tinha assumido o governo da Judéia, tiveram medo de voltar para lá e foram morar em Nazaré, na Galiléia (Mt 2,22), governada por um outro filho de Herodes, chamado Herodes Antipas (Lc 3,1). Este Antipas ficou mais de 40 anos. Durante todos os trinta e três anos que Jesus viveu nunca houve mudança de governo na Galiléia.

Herodes o Grande, o pai de Herodes Antipas, tinha construído a cidade de Cesaréia Marítima, inaugurada em no ano 15 antes de Cristo. Era o novo porto de escoamento dos produtos da região. Devia competir com o grande porto de Tiro no Norte e, assim, ajudar a desenvolver o comércio na Samaria e na Galiléia. Por isso, já desde os tempos de Herodes o Grande, a produção agrícola na Galiléia começava a orientar-se não mais a partir das necessidades das famílias como era antes, mas sim a partir das exigências do mercado. Este processo de mudança na economia continuou durante todo o governo de Herodes Antipas, mais de quarenta anos, e encontrou nele um organizador eficiente. Todos estes governantes eram subservientes. Quem mandava mesmo na Palestina, desde 63 antes de Cristo, era Roma, o Império.

 

4) Para um confronto pessoal

1) É perguntar sempre: quem é Jesus para mim?  

2) Herodes quer ver Jesus. Era curiosidade mórbida e supersticiosa. Outros querem ver Jesus porque querem encontrar um sentido para a vida. E eu qual a motivação que me empurra para ver e encontrar Jesus?

 

5) Oração final

Cumulai-vos desde a manhã com as vossas misericórdias, para exultarmos alegres em toda a nossa vida. Que o beneplácito do Senhor, nosso Deus, repouse sobre nós. Favorecei as obras de nossas mãos. Sim, fazei prosperar o trabalho de nossas mãos (Sl 89, 14.17)

Terça-feira, 20 de setembro-2019. 25ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 20 setembro 2022
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1) Oração

Ó Pai, que resumistes toda lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Lucas 8,19-21)

Naquele tempo, 19A mãe e os irmãos de Jesus foram procurá-lo, mas não podiam chegar-se a ele por causa da multidão. 20Foi-lhe avisado: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e desejam ver-te. 21Ele lhes disse: Minha mãe e meus irmãos são estes, que ouvem a palavra de Deus e a observam.

 

3) Reflexão  Lucas 8,19-21 (Mc 3,31-35)

O evangelho de hoje traz o episódio em que os parentes de Jesus, inclusive sua mãe, quiseram conversar com ele, mas Jesus não lhes deu atenção. Jesus teve problemas com a família. Às vezes, a família ajuda a viver o evangelho e a participar da comunidade. Outras vezes, ela atrapalha. Assim foi com Jesus e assim é conosco.

Lucas 8,19-20: A família procura Jesus

Os parentes chegam na casa onde Jesus estava. Provavelmente tinham vindo de Nazaré. De lá até Cafarnaum são uns 40 quilômetros. Sua mãe veio junto. Eles não entram, pois havia muita gente, mas mandam recado: "Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem te ver".  Conforme o evangelho de Marcos, os parentes não querem ver Jesus. Eles querem é levá-lo de volta para casa (Mc 3,32). Achavam que Jesus tinha enlouquecido (Mc 3,21). Provavelmente, estavam com medo, pois conforme a história informa, havia uma vigilância muito grande da parte dos romanos com relação a todos que, de uma ou de outra maneira, tinha liderança popular (cf. At 5,36-39). Em Nazaré na serra seria mais seguro do que na cidade de Cafarnaum.

Lucas 8,21: A resposta de Jesus

A reação de Jesus é firme: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática." Em Marcos a reação de Jesus é mais concreta. Marcos diz: “Então Jesus olhou para as pessoas que estavam sentadas ao seu redor e disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe" (Mc 3,34-35). Jesus alargou a família! Ele não permite que a família o afaste da missão: nem a família (Jo 7,3-6), nem Pedro (Mc 8,33), nem os discípulos (Mc 1,36-38), nem Herodes (Lc 13,32), nem ninguém (Jo 10,18).

É a palavra de Deus que cria a nova família ao redor de Jesus: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática.". Um bom comentário deste episódio é o que diz o evangelho de João no prólogo: “A Palavra estava no mundo, o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a conheceu. Ela veio para a sua casa, mas os seus não a receberam. Ela, porém, deu o poder de se tornarem filhos de Deus a todos aqueles que a receberam, isto é, àqueles que acreditam no seu nome. Estes não nasceram do sangue, nem do impulso da carne, nem do desejo do homem, mas nasceram de Deus. E a Palavra se fez homem e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória: glória do Filho único do Pai, cheio de amor e fidelidade” (João 1,10-14). A família, os parentes, não entenderam Jesus (Jo 7,3-5; Mc 3,21), não fazem parte da nova família. Só fazem parte da nova comunidade aqueles e aquelas que recebem a Palavra, isto é, que acreditam em Jesus. Estes nascem de Deus e formam a Família de Deus.

A situação da família no tempo de Jesus.

No tempo de Jesus, tanto a conjuntura política, social e econômica como a ideologia religiosa, tudo conspirava para o enfraquecimento dos valores centrais do clã, da comunidade. A preocupação com os problemas da própria família impedia as pessoas de se unirem em comunidade. Ora, para que o Reino de Deus pudesse manifestar-se, novamente, na convivência comunitária do povo, as pessoas tinham de ultrapassar os limites estreitos da pequena família e abrir-se para a grande família, para a Comunidade. Jesus deu o exemplo. Quando sua própria família tentou apoderar-se dele, reagiu e alargou a família (Mc 3,33-35). Criou comunidade.

Os irmãos e as irmãs de Jesus

A expressão “irmãos e irmãs de Jesus” é causa de muita polêmica entre católicos e protestantes. Baseando-se neste e em outros textos, os protestantes dizem que Jesus teve mais irmãos e irmãs e que Maria teve mais filhos! Os católicos dizem que Maria não teve outros filhos. O que pensar disso?  Em primeiro lugar, as duas posições, tanto dos católicos como dos protestantes, ambas têm argumentos tirados da Bíblia e da Tradição das suas respectivas Igrejas. Por isso, não convém brigar nem discutir esta questão com argumentos só de cabeça. Pois trata-se de convicções profundas, que têm a ver com a fé e com o sentimento de ambos. Argumento só de cabeça não consegue desfazer uma convicção do coração! Apenas irrita e afasta! Mesmo quando não concordo com a opinião do outro, devo sempre respeitá-la. Em segundo lugar, em vez de brigar em torno de textos, nós todos, católicos e protestantes, deveríamos unir-nos bem mais para lutar em defesa da vida, criada por Deus, vida tão desfigurada pela pobreza, pela injustiça, pela falta de fé. Deveríamos lembrar algumas outras frases de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”(Jo 10,10). “Que todos sejam um, para que o mundo creia que Tu, Pai, me enviaste”(Jo 17,21). “Não o impeçam! Quem não é contra nós é a favor”(Mc 10,39.40). 

 

4) Para um confronto pessoal

  1. A família ajuda ou dificulta a sua participação na comunidade cristã?
  2. Como você assume o seu compromisso na comunidade cristã sem prejudicar nem a família e nem a comunidade?

 

5) Oração final

Escolhi o caminho da verdade, impus-me os vossos decretos. Ensinai-me a observar a vossa lei e a guardá-la de todo o coração. (Sl 118, 30.34)

Salto evangélico: 21 igrejas são abertas por dia no Brasil; segmento é alvo de Lula e Bolsonaro

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Publicado em 18 setembro 2022
  • Igrejas Evangélicas e Política,
  • Presidente Jair Bolsonaro
  • Eleição 2022
  • 21 igrejas são abertas por dia no Brasil
  • igrejas evangélicas
  • sociólogo Paul Freston,
  • Igreja Renascer,
  • Igreja Universal e a Mundial do Poder de Deus

Série de reportagens vai mostrar como, nos últimos 30 anos, o crescimento dos templos evangélicos no Brasil acompanhou o aumento do protagonismo político do segmento no país

Por Bernardo Mello e Natália Portinari — Rio e Brasília

Vinte e uma igrejas evangélicas foram abertas por dia no Brasil — quase uma por hora — ao longo da última década, indicam dados inéditos compilados pelo GLOBO. Na ausência de versão atualizada do Censo Demográfico, os números são a evidência concreta de que a presença do grupo religioso no país, que superou um quinto da população em 2010, acelerou seu ritmo no período mais recente: o crescimento da quantidade de templos superou em 12% o avanço da década anterior, que havia marcado até então o maior boom protestante na história brasileira. A cada três igrejas evangélicas existentes hoje no país, uma foi inaugurada nos últimos dez anos.

O levantamento marca o início de uma série de reportagens sobre a expansão evangélica, fenômeno que obriga as campanhas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Lula (PT) a fazer gestos diários para o público, seja com visitas a pastores em igrejas ou em entrevistas para podcasts direcionados ao segmento. Os textos vão detalhar características que unem e diferenciam algumas das principais denominações, lideranças e etapas do movimento evangélico. As informações foram coletadas pela organização Brasil.io junto à Receita Federal, reunindo as pessoas jurídicas classificadas como organizações religiosas.

Até o início dos anos 1990, quando o Censo apontou que 9% dos brasileiros se declaravam evangélicos, havia 30,2 mil igrejas no país. Desde então, o número de novos templos cresceu a cada década, até chegar, em maio, à marca de 178.511 CNPJs cadastrados.

Desde 2002, a bancada evangélica eleita no Congresso aumentou mais de 60% — 92 parlamentares do bloco conseguiram cadeiras em 2018, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Nesse período, dois partidos de centro-direita— Republicanos, com 48 cadeiras, e PL, com 43 — foram a principal guarida desses parlamentares, indicativo concreto da dificuldade que a esquerda tem em arregimentar apoios no segmento. A Assembleia de Deus, maior denominação em número de fiéis, já contou com 110 deputados e senadores, de acordo com o Diap.

 

Dívidas perdoadas

A bancada evangélica vem sendo uma das engrenagens para alterações legais que beneficiaram entidades religiosas. Com histórico de conquistas pontuais em diferentes governos, desde a imunidade tributária de templos assegurada pela Constituição de 1946, a primeira pós-era Vargas, as igrejas multiplicaram suas vitórias no Legislativo desde 2019. A lista recente inclui, por exemplo, o perdão de dívidas de igrejas, em iniciativas capitaneadas por parlamentares evangélicos — que hoje miram novos projetos, prevendo desde isenções em remessas para o exterior até imunidade sobre todos os imóveis e serviços com vínculo religioso, em demandas a serem resolvidas pelo próximo governo. Em outra ponta, diretamente com o Executivo, houve uma série de passaportes diplomáticos concedidos a líderes religiosos.

Pesquisadores e lideranças de igrejas avaliam que o crescimento evangélico ocorreu em vácuos de assistência espiritual e material, especialmente a partir da década de 1970, quando o Brasil tornou-se um país majoritariamente urbano. Tanto nas grandes cidades quanto em municípios menores, bolsões marcados pelo avanço do crime organizado, pobreza e esvaziamento econômico passaram a receber atendimento de igrejas evangélicas em cultos e em ações sociais, que incluíam alfabetização e distribuição de cestas básicas. Nesses locais, poder público e Igreja Católica não conseguiram se fazer representar com a intensidade dos evangélicos, cujos processos de formação de pastores, de abertura de igrejas e de interpretação do texto bíblico foram acelerados pela pluralidade e descentralização do movimento protestante.

Só na última década, entre 2013 e 2022, foram 71,7 mil unidades abertas — volume que corresponde a 80% dos novos templos de todas as religiões cadastrados no período. Desde os anos 1970, só houve uma abertura maior de igrejas católicas do que evangélicas em 1971, quando os católicos abriram 1.702 novos CNPJs, e os evangélicos, 918.

— À época do Censo de 2010, com os evangélicos crescendo 0,7% ao ano e os católicos caindo 1%, projetava-se uma ultrapassagem em 2040. Desde então, o ritmo se acelerou. Hoje, a projeção é que os evangélicos sejam maioria em 2032 — afirma o sociólogo José Eustáquio, doutor em demografia pela UFMG. — A abertura de templos é fundamental para atrair fiéis. A transição religiosa começa pela periferia, onde outras religiões não se fizeram presentes no mesmo ritmo da concentração populacional.

Em contraposição ao estereótipo de “rebanho”, atribuído de forma pejorativa a fiéis, o levantamento expõe o caráter multifacetado do salto evangélico no Brasil. A liderança do ranking de criação de templos, com 34 mil aberturas nesta década, é do conjunto de igrejas evangélicas “diversas”, que não se enquadram em nenhuma das principais denominações do país. São ramos e ministérios, em muitos casos, com uma dezena de templos ou menos.

O antropólogo Flávio Conrado, da Casa Galileia, agência que promove ações voltadas ao público cristão, observa que lideranças evangélicas também mostraram “capacidade de adaptação à expansão dos meios de comunicação” de massa. Esta foi uma das marcas do pentecostalismo, movimento que se afastou da tradição “histórica” protestante em questões doutrinárias e estratégias de expansão — e que também se dividiu, por sua vez, em ao menos três “ondas” com diferenças em discursos e comportamentos.

Os ramos históricos, que incluem batistas, presbiterianos, metodistas, luteranos e anglicanos, remontam à reforma protestante do século XVI, centrada em expandir a leitura, o estudo e a interpretação do texto bíblico. Já o movimento pentecostal, originado nos Estados Unidos em 1906 e logo difundido para o Brasil em missões da Assembleia de Deus e da Congregação Cristã, trouxe ênfase a dons de cura, exorcismo e à ação do Espírito Santo. Recorrendo à imagem do “fogo” como sinal de avivamento religioso, e aberto a pregações mais calcadas na vivência, o pentecostalismo ganhou tração especialmente entre a população pobre e negra, alijada dos espaços hegemônicos. Nas décadas de 1940 e 1950, ganhou novo impulso com a radiodifusão, avançando pelo interior do país. E a partir dos anos 1970, na fase denominada “neopentecostalismo”, expoentes como a Igreja Universal e a Mundial do Poder de Deus passaram a atingir um público ainda maior pela televisão. Com a atuação dessas igrejas, o gênero religioso tornou-se o mais presente na TV aberta brasileira, segundo a Ancine, chegando a ocupar 21% do tempo de programação em 2016. Hoje, pastores e influenciadores evangélicos com milhões de seguidores se multiplicam pelas redes sociais, nova fronteira das igrejas.

O sociólogo Paul Freston, especializado em religião e professor da Balsillie School of International Affairs, classifica Bolsonaro como o primeiro presidente “pancristão”, visto como “defensor” do segmento mesmo ligado a pautas incômodas, como o armamento,. Freston, porém, pondera que as lideranças também estiveram alinhadas a todos os governos pós-redemocratização, incluindo gestões do PT. Pesquisadora da UFF e colaboradora do Instituto de Estudos da Religião, Christina Vital avalia que Bolsonaro conseguiu imprimir uma “identidade religiosa” no mandato, evocando a “memória histórica de perseguição institucional das igrejas”. Na última pesquisa Datafolha, o atual presidente teve 49% da preferência de evangélicos, contra 32% de Lula.

— Todo evangélico é bolsonarista? Não. Mas dentre os candidatos que se apresentam, é a pessoa mais alinhada com nossas pautas — resume o deputado federal Paulo Bengston (PTB-PA), pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular. Fonte: https://oglobo.globo.com

25º Domingo do Tempo Comum: USO DOS BENS

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Publicado em 17 setembro 2022
  • Dom Paulo Mendes Peixoto,
  • 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM,
  • Arcebispo de Uberaba dom Paulo Mendes Peixoto,
  • USO DOS BENS
  • profetas
  • Amós
  • homilia do25º Domingo do Tempo Comum

 

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba

 

A palavra “bem” se refere a tudo aquilo que é destinado para a boa vivência das pessoas. Ele pode ser de nível material, psicológico e espiritual. O importante é que todo bem seja tratado com equilíbrio e intencionalidade para que realize aquilo que identifica sua finalidade. O trato em relação aos bens materiais passa por um sistema econômico capitalista neoliberal e um apelo para o ter mais.

Dentro deste contexto, os líderes deveriam ter compromisso e valorizar o bem comum acima de interesses herméticos e egoístas. A não valorização desta prática comunitária é abrir espaço para uma sociedade portadora de pobres e empobrecidos. É preciso saber como relacionar-se com o dinheiro para fazer dele um instrumento do bem em prol dos valores do Reino e não absolutizá-lo como divindade.

A miséria é fruto da má distribuição das riquezas do país, constituindo uma verdadeira injustiça social e desrespeito humano. O dinheiro faz parte essencial de sobrevivência das pessoas e ajuda na superação da situação de precariedade. É lamentável encontrar e ouvir a frase como esta: “O luxo de alguns poucos no mundo é mantido à custa de sacrifícios de muitos da sociedade”.

Os profetas eram inconformados com o ritmo de exploração sofrida pelos pobres. Assim foi o entender de Amós ao citar muitos fatos concretos de injustiça praticada no seu tempo, falando contra aqueles que dominavam e compravam os pobres com dinheiro (Am 8,4-7). O pior ainda é comprar a consciência das pessoas por poucos denários, principalmente durante as Campanhas Eleitorais.

As riquezas desonestas com um dinheiro sujo, trazem muitas consequências de teor negativo para a população. Isto pode acontecer no campo religioso, expressando uma fé desligada do compromisso com a ética e com a moral cristã. Temos muitos líderes religiosos desonestos, passando por cima dos princípios indicados pelo Evangelho, desabonando a identidade de sua instituição.

A prática da justiça e da caridade precisa estar acima dos interesses egoístas. Todos nós somos administradores dos bens da criação, mas não sendo maus servidores, e até aproveitadores da situação. Na visão bíblica de Jesus, o administrador desonesto não passa de um “filho das trevas”, porque ele age com astúcia e por caminhos tortuosos, causando prejuízo para o bem público. Fonte: https://www.cnbb.org.br

Sexta-feira, 16 de setembro-2019. 24ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 16 setembro 2022
  • Reflexão do Evangelho do Dia,
  • EVANGELHO DO DIA,
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  • LECTIO DIVINA DO EVANGELHO DO DIA,
  • Evangelho do Dia com Frei Carlos Mesters,
  • Mensagem do Frei Carlos Mesters,
  • REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA,
  • Lectio Divina do Evangelho do dia com Frei Carlo Mesters,
  • 24ª Semana do Tempo Comum

 

1) Oração

Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Lucas 8,1-3)

1Depois disso, Jesus andava pelas cidades e aldeias anunciando a boa nova do Reino de Deus. 2Os Doze estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Susana e muitas outras, que o assistiram com as suas posses.

 

3) Reflexão

O evangelho de hoje dá continuidade ao episódio de ontem que falava da atitude surpreendente de Jesus para com as mulheres, quando defendeu uma moça, conhecida na cidade como pecadora, contra as críticas de um fariseu. Agora, no começo do capítulo 8, Lucas descreve como Jesus andava pelos povoados e cidades da Galiléia e a novidade é que ele era acompanhado não só por discípulos mas também por discípulas.

Lucas 8,1: Os doze que seguem Jesus

Numa única frase Lucas descreve a situação: Jesus anda por toda a parte, pelos povoados e cidades da Galiléia, anunciando a Boa Nova do Reino de Deus e os doze estão com ele. A expressão “seguir Jesus” (cf. Mc 1,18; 15,41) indica a condição do discípulo que segue o Mestre, vinte e quatro horas por dia, procurando imitar o seu exemplo e participar do seu destino.

Lucas 8,2-3: As mulheres seguem Jesus

O surpreendente é que, ao lado dos homens, há também mulheres “junto com Jesus”. Lucas coloca os discípulos e as discípulas em pé de igualdade, pois ambos seguem Jesus. Lucas também conservou os nomes de algumas destas discípulas:  Maria Madalena, nascida na cidade de Magdala. Ela tinha sido curada de sete demônios. Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes Antipas, que era governador da Galiléia. Suzana e várias outras. Delas se afirma que “servem a Jesus com seus bens”. Jesus permitia que um grupo de mulheres o “seguisse” (Lc 8,2-3; 23,49; Mc 15,41). O evangelho de Marcos, falando das mulheres no momento da morte de Jesus, informa: “Aí estavam também algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o menor, e de Joset, e Salomé. Elas haviam seguido e servido a Jesus, desde quando ele estava na Galiléia. Muitas outras mulheres estavam aí, pois tinham subido com Jesus a Jerusalém” (Mc 15,40-41). Marcos define a atitude delas com três palavras: seguir, servir, subir até Jerusalém. Os primeiros cristãos não chegaram a elaborar uma lista destas discípulas que seguiam Jesus como fizeram com os doze discípulos. Mas pelas páginas do evangelho de Lucas aparecem os nomes de sete discípulas: Maria Madalena, Joana, mulher de Cuza, Suzana (Lc 8,3), Marta e Maria (Lc 10,38), Maria, mãe de Tiago (Lc 24,10) e Ana, a profetisa (Lc 2,36), de oitenta e quatro anos de idade. O número oitenta e quatro é doze vezes sete. A idade perfeita! A tradição eclesiástica posterior não valorizou este dado do discipulado das mulheres com o mesmo peso com que valorizou o seguimento de Jesus por parte dos homens. É pena.

O Evangelho de Lucas sempre foi considerado o Evangelho das mulheres. De fato, Lucas é o que traz o maior número de episódios em que se destaca o relacionamento de Jesus com as mulheres. E a novidade não está só na presença delas ao redor de Jesus, mas também e sobretudo na atitude de Jesus em relação a elas. Jesus as toca ou se deixa tocar por elas sem medo de se contaminar (Lc 7,39; 8,44-45.54). Diferente dos mestres da época, Jesus aceita mulheres como seguidoras e discípulas (Lc 8,2-3; 10,39). A força libertadora de Deus, atuante em Jesus, faz a mulher se levantar e assumir sua dignidade (Lc 13,13). Jesus é sensível ao sofrimento da viúva e se solidariza com a sua dor (Lc 7,13). O trabalho da mulher preparando alimento é visto por Jesus como sinal do Reino (Lc 13,20-21). A viúva persistente que luta por seus direitos é colocada como modelo de oração (Lc 18,1-8), e a viúva pobre que partilha seus poucos bens com os outros como modelo de entrega e doação (Lc 21,1-4). Numa época em que o testemunho das mulheres não era aceito como válido, Jesus escolhe as mulheres como testemunhas da sua morte (Lc 23,49), sepultura (Lc 23,55-56) e ressurreição (Lc 24,1-11.22-24)

 

4) Para um confronto pessoal

1) Na sua comunidade, no seu país, na sua Igreja, como é a valorização da mulher?

2) Compare a atitude da nossa Igreja com a atitude de Jesus.

 

5) Oração final

Eu vos invoco, pois me atendereis, Senhor; inclinai vossos ouvidos para mim, escutai minha voz. Mostrai a vossa admirável misericórdia, vós que salvais dos adversários os que se acolhem à vossa direita. (Sl 16)

Terça-feira, 13 de setembro-2019. 24ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 13 setembro 2022
  • Artigos do Frei Carlos Mesters,
  • Frei Carlos Mesters,
  • Biblista Frei Carlos Mesters,
  • Carmelita Frei Carlos Mesters,
  • EVANGELHO DO DIA-LECTIO DIVINA,
  • Mensagem do Frei Carlos Mesters,
  • Reflexões de Frei Carlos Mesters,
  • Frei Carlos Mesters, O. Carm
  • 24ª Semana do Tempo Comum

 

1) Oração

Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Lucas 7,11-17)

11No dia seguinte dirigiu-se Jesus a uma cidade chamada Naim. Iam com ele diversos discípulos e muito povo.12Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto a ser sepultado, filho único de uma viúva; acompanhava-a muita gente da cidade.13Vendo-a o Senhor, movido de compaixão para com ela, disse-lhe: Não chores! 14E aproximando-se, tocou no esquife, e os que o levavam pararam. Disse Jesus: Moço, eu te ordeno, levanta-te.15Sentou-se o que estivera morto e começou a falar, e Jesus entregou-o à sua mãe.16Apoderou-se de todos o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta surgiu entre nós: Deus voltou os olhos para o seu povo.17A notícia deste fato correu por toda a Judéia e por toda a circunvizinhança.

 

3) Reflexão   Lucas 7,11-17

O evangelho de hoje traz o episódio da ressurreição do filho da viúva de Naim. É esclarecedor o contexto literário deste episódio no capítulo 7 do Evangelho de Lucas. O evangelista quer mostrar como Jesus vai abrindo o caminho, revelando a novidade de Deus que avança através do anúncio da Boa Nova. A transformação e a abertura vão acontecendo: Jesus acolhe o pedido de um estrangeiro não judeu (Lc 7,1-10) e ressuscita o filho de uma viúva (Lc 7,11-17). A maneira como Jesus revela o Reino surpreende aos irmãos judeus que não estavam acostumados com tão grande abertura. Até João Batista ficou perdido e mandou perguntar: “É o senhor ou devemos esperar por outro?” (Lc 7,18-30). Jesus chegou a denunciar a incoerência dos seus patrícios: "Vocês parecem crianças que não sabem o que querem!" (Lc 7,31-35). E no fim, a abertura de Jesus para com as mulheres (Lc 7,36-50).

Lucas 7,11-12: O encontro das duas procissões

“Jesus foi para uma cidade chamada Naim. Com ele iam os discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, eis que levavam um defunto para enterrar; era filho único, e sua mãe era viúva. Grande multidão da cidade ia com ela”. Lucas é como um pintor. Com poucas palavras consegue pintar o quadro tão bonito do encontro das duas procissões: a procissão da morte que sai da cidade e acompanha a viúva que leva seu filho único para o cemitério; a procissão da vida que entra na cidade e acompanha Jesus. As duas se encontram na pequena praça junto à porta da cidade de Naim.

Lucas 7,13: A compaixão entra em ação

“Ao vê-la, o Senhor teve compaixão dela, e lhe disse: Não chore!" É a compaixão que leva Jesus a falar e a agir. Compaixão significa literalmente “sofrer com”, assumir a dor da outra pessoa, identificar-se com ela, sentir com ela a dor. É a compaixão que aciona em Jesus o poder, o poder da vida sobre a morte, poder criador.

Lucas 7,14-15: "Jovem, eu lhe ordeno, levante-se!"

Jesus se aproxima, toca no caixão e diz: "Jovem, eu lhe ordeno, levante-se!" O morto sentou-se, e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe”. Às vezes, na hora de um grande sofrimento provocado pelo falecimento de uma pessoa querida, as pessoas dizem: “Naquele tempo, quando Jesus andava pela terra havia esperança de não perder uma pessoa querida, pois Jesus poderia ressuscitá-la”. Elas olham o episódio da ressurreição do filho da viúva de Naim como um evento do passado que apenas suscita saudade e uma certa inveja. A intenção do evangelho, porém, não é suscitar saudade nem inveja, mas sim ajudar-nos a experimentar melhor a presença viva de Jesus em nós. É o mesmo Jesus, capaz de vencer a morte e a dor da morte, que continua vivo no meio de nós. Ele está hoje conosco e, diante dos problemas e do sofrimento que nos abatem, ele nos diz: “Eu lhe ordeno: levante-se!”

Lucas 7,16-17: A repercussão

“Todos ficaram com muito medo, e glorificavam a Deus, dizendo: "Um grande profeta apareceu entre nós, e Deus veio visitar o seu povo." E a notícia do fato se espalhou pela Judéia inteira, e por toda a redondeza”  É o profeta que foi anunciado por Moisés (Dt 18,15). O Deus que nos veio visitar é o “Pai dos órfãos e o protetor das viúvas” (Sl 68,6; cf. Judite 9,11).

 

4) Para um confronto pessoal

1) Foi a compaixão que levou Jesus a ressuscitar o filho da viúva. Será que o sofrimento dos outros provoca em nós a mesma compaixão? O que faço para ajudar o outro a vencer a dor e criar vida nova?

2) Deus visitou o seu povo. Percebo as muitas visitas de Deus na minha vida e na vida do povo?

 

5) Oração final

Aclamai o Senhor, por toda a terra. Servi o Senhor com alegria. Vinde, entrai exultantes em sua presença. (Sl 99,1-2)

No festival Hallel em Franca, padre pede, e fiéis usuários jogam drogas no palco: 'Querem se libertar'

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Publicado em 11 setembro 2022
  • festival Hallel em Franca,
  • padre Adriano Zandoná,
  • 35ª edição do festival católico Hallel em Franca
  • drogas
  • Zandoná

No festival Hallel em Franca, padre pede, e fiéis usuários jogam drogas no palco: 'Querem se libertar'

Durante pregação, participantes entregaram maconha e cocaína ao padre Adriano Zandoná. Religioso falou da própria experiência que teve com entorpecentes ainda na adolescência.

 

Por g1 Ribeirão Preto e Franca

Uma cena inusitada chamou atenção no sábado (10) durante missa na 35ª edição do festival católico Hallel em Franca (SP). Durante a celebração do padre Adriano Zandoná, alguns participantes usuários de drogas entregaram, espontaneamente, substâncias ilícitas que tinham com eles após pedido do próprio religioso.

A ação aconteceu no momento em que o padre fazia a pregação, a chamada homilia. Zandoná falava sobre a própria experiência que teve com drogas ainda na adolescência. Ele se emocionou ao falar do drama vivido.

“Eu comecei a usar drogas com 11 anos de idade. Eu usei maconha, cocaína, pasta base de crack até os 17 anos. E num retiro como esse, eu fui e levei a cocaína, o cigarro, a porcaria que estava comigo e joguei em cima do palco, diante do senhor, e nunca mais essa porcaria tocou o meu nariz e a minha boca, para a glória de Deus.”

Durante a mensagem com contexto cristão, ele pediu ao público, principalmente aos jovens dependentes químicos, que repensassem suas vidas envolvidas com entorpecentes e os danos que eles podem causar à saúde e às relações sociais.

“Hoje é a sua vez, o senhor está te pedindo. Não vem com essa conversa de que isso [droga] não faz mal, porque essa porcaria está te matando. Eu perdi a maioria dos meus amigos assassinados em overdose por causa dessa porcaria, mas Jesus me libertou e me fez seu sacerdote”, continuou o religioso.

Ao fim da fala, pessoas que estavam no evento e que tinham levado porções de maconha e cocaína se dirigiram à frente do palco onde está montado o altar e entregaram as substâncias. Segundo o religioso, o gesto representa libertação e esperança.

“Eles jogaram as drogas diante do altar como um sinal de que eles não querem mais viver isso, que eles aceitam o chamado de Deus, que eles querem se libertar, que eles querem viver em paz na presença do senhor. Foi muito bonito e eventos como esse são muito especiais, milhares de jovens rezando, sem drogas, sem bebidas, em um clima harmonioso”, disse.

Zandoná, que é membro da comunidade católica Canção Nova e conta com um 1,3 milhão de seguidores no Instagram, afirmou que aconselhou os jovens que o procuraram após a missa.

“Eles se sentiram tocados e sentiram que não querem mais usar droga e jogaram. Foi um momento muito lindo e eu tenho certeza que ele vai ser uma benção, um canal de graça para muita gente.”

Por meio da assessoria de imprensa, a organização do Hallel informou que os entorpecentes foram descartados após a celebração. Fonte: https://g1.globo.com

*24º Domingo do Tempo Comum - Ano C: Um Olhar

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Publicado em 10 setembro 2022
  • 24º Domingo do Tempo Comum,
  • Homilia do 24º Domingo do Tempo Comum
  • misericordiosa

 

A liturgia deste domingo centra a nossa reflexão na lógica do amor de Deus. Sugere que Deus ama o homem, infinita e incondicionalmente; e que nem o pecado nos afasta desse amor...
A primeira leitura apresenta-nos a atitude misericordiosa de Jahwéh face à infidelidade do Povo. Neste episódio - situado no Sinai, no espaço geográfico da aliança - Deus assume uma atitude que se vai repetir vezes sem conta ao longo da história da salvação: deixa que o amor se sobreponha à vontade de punir o pecador.

Na segunda leitura, Paulo recorda algo que nunca deixou de o espantar: o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo. Esse amor derrama-se incondicionalmente sobre os pecadores, transforma-os e torna-os pessoas novas. Paulo é um exemplo concreto dessa lógica de Deus; por isso, não deixará de testemunhar o amor de Deus e de Lhe agradecer.
O Evangelho apresenta-nos o Deus que ama todos os homens e que, de forma especial, Se preocupa com os pecadores, com os excluídos, com os marginalizados. A parábola do "filho pródigo", em especial, apresenta Deus como um pai que espera ansiosamente o regresso do filho rebelde, que o abraça quando o avista, que o faz reentrar em sua casa e que faz uma grande festa para celebrar o reencontro.

 

EVANGELHO (Lc 15,1-32): ATUALIZAÇÃO.

Essencialmente, as parábolas da misericórdia revelam-nos um Deus que ama todos os seus filhos, sem excepção, mas que tem um "fraco" pelos marginalizados, pelos excluídos, pelos pecadores... O seu amor não é condicional: Ele ama, apesar do pecado e do afastamento do filho. Esse amor manifesta-se em atitudes exageradas, desproporcionadas, de cuidado, de solicitude; revela-se também na "festa" que se sucede a cada reencontro... Não é que Deus pactue com o pecado; Deus abomina o pecado, mas não deixa de amar o pecador. É este Deus - "escandaloso" para os que se consideram justos, perfeitos, irrepreensíveis, mas fascinante e amoroso para todos aqueles que estão conscientes da sua fragilidade e do seu pecado - que somos convidados a descobrir.

Se essa é a lógica de Deus em relação aos pecadores, é essa mesma lógica que deve marcar a minha atitude face àqueles que me ofendem e, mesmo, face àqueles que têm vidas duvidosas ou moralmente reprováveis. Como é que eu acolho aqueles que me ofendem, ou que assumem comportamentos considerados reprováveis: com intolerância e fanatismo, ou com respeito pela sua dignidade de pessoas?

Face ao aumento da criminalidade e da violência cria-se, por vezes, um clima social de alguma histeria e radicalismo. Exigem-se castigos mais severos e os adeptos das soluções definitivas chegam a falar na pena de morte para certos crimes. Que sentido é que isto faz, à luz da lógica de Deus?

Ser testemunha da misericórdia e do amor de Deus no mundo não significa, no entanto, pactuar com o pecado... O pecado - tudo o que gera ódio, egoísmo, injustiça, opressão, mentira, sofrimento - é mau e deve ser combatido e vencido. Distingamos claramente as coisas: Deus convida-me a amar o pecador e a acolhê-lo sempre como um irmão; mas convida-me também a lutar objetivamente contra o mal - todo o mal - pois ele é uma negação desse amor de Deus que eu devo testemunhar.

*Leia na íntegra. Clique no link ao lado- EVANGELHO DO DIA.

 

 

Sexta-feira, 9 de setembro-2019. 23ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 09 setembro 2022
  • Reflexão do Evangelho do Dia,
  • EVANGELHO DO DIA,
  • Artigos do Frei Carlos Mesters,
  • Frei Carlos Mesters,
  • LECTIO DIVINA DO EVANGELHO DO DIA,
  • Evangelho do Dia com Frei Carlos Mesters,
  • EVANGELHO DO DIA-LECTIO DIVINA,
  • REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA,
  • 23ª Semana do Tempo Comum

1) Oração

Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos, concedei aos que crêem no Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Lucas 6,39-42) (Mt 7,1-5)

Naquele tempo, 39 Jesus contou uma parábola aos discípulos: "Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco?  40 Nenhum discípulo é maior do que o mestre; e todo discípulo bem formado será como o seu mestre.  41 Por que você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção na trave que há no seu próprio olho?  42 Como é que você pode dizer ao seu irmão: 'Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando você não vê a trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então você enxergará bem, para tirar o cisco do olho do seu irmão."

 

3) Reflexão   Luca 6,39-42

O evangelho de hoje traz mais alguns trechos do discurso que Jesus pronunciou na planície depois de ter passado uma noite em oração (Lc 6,12) e de ter chamado o doze para serem seus apóstolos (Lc 6,13-14). Grande parte das frases reunidas neste discurso foram pronunciadas em outras ocasiões, mas Lucas, imitando Mateus, as reuniu aqui neste Sermão da Planície.

Lucas 6,39: A parábola do cego guiando outro cego

Jesus contou uma parábola aos discípulos: "Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco?” Parábola de uma linha só que tem muita semelhança com as advertências que, no evangelho de Mateus, são dirigidas aos fariseus: “Ai de vocês, guias cegos!” (Mt 23,16.17.19.24.26) Aqui no contexto do evangelho de Lucas, esta parábola é dirigida aos animadores das comunidades que se consideram donos da verdade, superiores aos outros. Por isso são guias cegos.

Lucas 6,40: Discípulo - Mestre 

“Nenhum discípulo é maior do que o mestre; e todo discípulo bem formado será como o seu mestre”. Jesus é Mestre. Não é professor. Professor dá aula em várias matérias, mas não convive. Mestre não dá aula, mas convive. A sua matéria é ele mesmo, o seu testemunho de vida, sua maneira de viver as coisas que ensina. A convivência com o mestre tem três aspectos:  (1) O mestre é o modelo ou o exemplo a ser imitado (cf.Jo 13,13-15).  (2) O discípulo não só contempla e imita, mas também se compromete com o destino do mestre, com a sua tentações (Lc 22,28), perseguição (Mt 10,24-25), e morte (Jo 11,16).  (3) Não só imita o modelo, não só assume o compromisso, mas chega a identificar-se: "Vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20). Este terceiro aspecto é a dimensão mística do seguimento de Jesus, fruto da ação do Espírito.

Lucas 6,41-42: O cisco no olho do irmão

“Por que você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção na trave que há no seu próprio olho?  Como é que você pode dizer ao seu irmão: 'Irmão, deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando você não vê a trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então você enxergará bem, para tirar o cisco do olho do seu irmão".   No Sermão da Montanha, Mateus trata do mesmo assunto e explica um pouco melhor a parábola do cisco no olho. Jesus pede uma atitude criativa que nos torne capazes de ir ao encontro do outro sem julgá-lo, sem preconceitos e racionalizações, acolhendo-o como irmão (Mt 7,1-5). Esta total abertura para o outro como irmão só nascerá em nós quando soubermos relacionar-nos com Deus em total confiança de filhos (Mt 7,7-11).

4) Para um confronto pessoal

1) Cisco e trave no olho. Como eu me relaciono com os outros em casa na família, no trabalho com os colegas, na comunidade com os irmãos e as irmãs?

2) Mestre e discípulo. Como sou discípulo de Jesus?

 

5) Oração final

Felizes os que habitam em vossa casa, Senhor: aí eles vos louvam para sempre. Feliz o homem cujo socorro está em vós, e só pensa em vossa santa peregrinação (Sl 83, 3)

8 de Setembro: Natividade de Nossa Senhora, o nascimento da Mãe de Deus

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Publicado em 08 setembro 2022
  • festa da Natividade de Nossa Senhora,
  • festas marianas
  • A Natividade da Virgem Maria
  • Natividade

Natividade de Nossa Senhora, o nascimento da Mãe de Deus

 

Origens 

A Natividade da Virgem Maria é uma das festas marianas mais antigas. Imagina-se que a sua origem esteja ligada à festa da dedicação de uma igreja a Maria. Segundo a tradição, era a casa dos pais de Maria, Joaquim e Ana. É localizada em Jerusalém, construída no século IV: a basílica de Santa Ana, é onde nasceu a Virgem. Em Roma, esta festa começou a ser celebrada no século VIII, durante o pontificado do Papa Sérgio I (†8 de setembro de 701). 

 

A Natividade

A Igreja católica não costuma celebrar o dia de nascimento dos santos, mas de sua morte. Há, contudo, três celebrações de nascimento: de Jesus Cristo (Natal); de São João Batista (ainda no ventre de Isabel, manifestou-se diante da proximidade de Maria, que esperava Jesus e fora visitar sua parente); e o da própria Virgem Santíssima.           

 

A Tradição

Nos Evangelhos não encontramos citações sobre esta festa, tampouco os nomes dos pais de Maria. Só há referências a Virgem Maria quando se trata de ressaltar algum fato que diga respeito ao Salvador. A Palavra de Deus nos mostra, mesmo que de forma discreta, a presença de Maria Santíssima nos momentos centrais da História da Salvação, como na encarnação, a inauguração do ministério de Cristo, a crucifixão, o nascimento da Igreja com a vinda do Espírito Santo e outros eventos.

Contudo, os Evangelhos não nos dão informações a respeito da família de Maria, de sua infância, de sua formação, de seu temperamento, de seu aspecto físico entre outras características.  Mas a tradição faz menção no Protoevangelho de Tiago, apócrifo escrito no século II. Entretanto, o acontecimento fundamental da vida de Maria continua sendo a Anunciação.

 

Relevância da Festividade

A maravilha deste nascimento não está no que os apócrifos narram com grande detalhe e engenhosidade. Está no significativo passo em frente que Deus leva na realização do seu eterno desígnio de amor. Por isso, a festa de hoje foi celebrada com magníficos louvores por muitos Santos Padres, que se basearam em seu conhecimento da Bíblia e em sua sensibilidade poética e ardor

 

O Exemplo é Maria

Maria é uma mulher que deve ser imitada pela sua confiança, mormente nos momentos mais obscuros da vida do seu Filho Jesus. Isso e muitas outras coisas explicam o fato do Povo de Deus recorrer a Ela para encontrar refúgio, conforto, ajuda e proteção.

A Igreja considera Maria como a Mãe de Deus, mas também como a discípula. Maria foi exemplo e modelo de vida cristã: pela sua fé, obediência ao seu Filho, caridade com a prima Isabel e nas Bodas de Caná. 

 

A Celebração

A Natividade de Nossa Senhora é celebrada nove meses depois da celebração da solenidade da Imaculada Conceição (8 de dezembro). É toda a Igreja que faz o convite:

 “Vinde, todas as nações, vinde, homens de todas as raças, línguas e idades, de todas as condições: com alegria celebremos a natividade da alegria! (…) Que a criação inteira se alegre, festeje e cante a natividade de uma santa mulher, porque ela gerou para o mundo um tesouro imperecível de bondade, e porque por ela o Criador mudou toda a natureza humana em um estado melhor!”  (S. João Damasceno – século VIII)

 

Protetora e Padroeira 

Nossa Senhora da Natividade é padroeira e protetora das costureiras. Além dos cozinheiros, dos destiladores, dos fabricantes de alfinetes e panos e da hospedaria.

 

Minha oração

“No dia do teu aniversário, quero louvar a Deus e celebrar a grande graça que é ter te recebido como Mãe. Obrigado, por tanto carinho e proteção, obrigado por todas as graças que recebo de ti diariamente. Seja hoje e sempre nossa Senhora!”

Nossa Senhora da Natividade, rogai por nós! Fonte: https://santo.cancaonova.com

PRESIDENTE DA CNBB ESPERA MANIFESTAÇÕES PACÍFICAS NAS COMEMORAÇÕES DO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

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Publicado em 08 setembro 2022
  • Presidente da CNBB,
  • Grito de Independência

 

O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), PRESIDENTE DA CNBB divulgou um vídeo com uma reflexão sobre o 7 de setembro e a comemoração do bicentenário da independência do Brasil. Para ele, a data convoca a cultivar a coragem cristã que é alicerce para o exercício da cidadania. “Coragem essencial para darmos passos novos na consolidação de uma independência sonhada há duzentos anos, mas que para se efetivar exige e a dedicação de cada pessoa”, disse.

Dom Walmor disse que a conquista da independência do Brasil é um processo com avanços e retrocessos. Segundo ele, não há plena independência quando as riquezas estão escoando do Brasil. “Uma nação verdadeiramente independente e democraticamente soberana não se curva ao interesses econômicos  de um mercado que é indiferente às desigualdades sociais”, aponta.

Para o presidente da CNBB, reafirmar a independência do Brasil significa não tolerar ataques à democracia e às suas instituições que possibilitam a participação dos brasileiros na definição dos rumos do país. “O Brasil precisa urgentemente trilhar novos caminhos para superar problemas que estão na contramão da independência. Indicadores mostram que a fome avançou mais rapidamente no Brasil nos últimos dois anos. Fica a pergunta: existe independência num país com mais de 32 milhões de pessoas aprisionadas na fome? Há de ser considerada também a grave degradação ambiental que consome as nossas florestas, polui oceanos e rios e leva embora nossas serras, impondo sacrifícios à grande parte  da população”, disse.

No vídeo, dom Walmor questiona: “O que ouviríamos de um indígena que teve a terra onde vive e onde estão sepultados os seus antepassados devastada por um extrativismo predatório no Brasil? Como falar em independência quando muitas comunidades brasileiras que em nome do emprego e da renda se sujeitam à uma atividade minerária provocadora de mortes e destruição?”, questiona.

O arcebispo exorta que o Grito de Independência que ecoou às margens do rio Ipiranga há 200 anos possa inspirar gestos cotidianos, capazes de fazer do Brasil uma nação cada vez mais soberana com menos desigualdades sociais mais justiça e paz. “Que a celebração da Independência seja mais que um feriado nacional mas oportunidade de renovação do compromisso de cada brasileiro e brasileira na construção do país que todos queremos”, disse.

 

A política melhor e o bem comum

O presidente da CNBB dedicou parte do vídeo a reconhecer o trabalho, neste ano eleitoral, de todos que se dedicam à “política melhor”, conceito apontado pelo Papa Francisco em sua encíclica Fratelli Tutti, documento no qual o Sumo Pontífice reconhece que a vida política é essencial para a construção de uma sociedade justa, solidária e fraterna. “O Santo Padre pede que todos contribuam para a efetivação da política melhor voltada para a promoção do bem comum”, reforçou.

“Neste 7 de setembro rezemos por todos os que se dedicam à promoção da política melhor. Especialmente por cidadãos e cidadãs sensíveis aos clamores dos pobres. Lembremos daqueles que se unem para se fazer escutar a voz dos pequeninos construindo um clamor a partir das manifestações pacíficas neste dia da Independência. Somos todos irmãos e irmãs corresponsáveis uns pelos outros. Que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, interceda por todos os brasileiros para que o país avance, cada vez mais, rumo à sua independência”, disse. Fonte: https://www.cnbb.org.br

5 DE SETEMBRO: Santa Teresa de Calcutá e seu coração de “mãe”

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Publicado em 05 setembro 2022
  • Santa Teresa de Calcutá
  • Prêmio Nobel da Paz

Vinte e cinco anos atrás falecia a santa fundadora das Missionárias da Caridade, um dos símbolos mais fortes do século XX, Prêmio Nobel da Paz em 1979 e canonizada por Francisco em 2016. Hoje como então, o aspecto materno de sua figura permanece no coração e na experiência de vida daqueles que a conheceram e a seguiram. O testemunho do postulador da causa de canonização

 

Francesca Sabatinelli - Vatican News

A mais pobre entre os pobres, Santa Teresa de Calcutá, nascida com o nome de Anjëzë Gonxhe Bojaxhiu, faleceu na Índia alguns dias após completar 87 anos. Era o dia 5 de setembro de 1997 e deixou o mundo inteiro em grande comoção, além de 5 mil irmãs da Congregação das Missionárias da Caridade, 400 conventos ativos a serviço dos últimos entre os últimos, em todos os continentes. Hoje, no dia da sua memória litúrgica, em Calcutá, onde as missionárias têm 19 casas, a celebração é grande e é acompanhada pela inauguração de uma nova estrutura para meninos de rua na Park Street, no centro da cidade. As portas também estão abertas para a Missa e homenagem no túmulo da Santa, enquanto em todo o país haverá cerimônias para recordá-la. Em Pristina em Kosovo, as cerimônias também recordarão o quinto aniversário da consagração do novo Santuário dedicado à Santa em uma terra que a ama, já que seus pais eram kosovares, e foi lá que o jovem Aniezë se sentiu chamada ao serviço dos pobres.

 

O legado de Madre Teresa

Madre Teresa, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979, proclamada Beata por João Paulo II em 2003 e canonizada por Francisco em 4 de setembro de 2016, ainda hoje é chamada de "madre". "Continuamos a levar adiante o legado da Madre, oferecendo gratuitamente todo o bem que podemos", diz Irmã Mary Joseph, Superiora Geral da ordem desde o início deste ano. Foi assim que ela foi conhecida na Índia e é assim que é lembrada por quem esteve próximo a ela por mais de 20 anos: Padre Brian Kolodiejchuk, dos Irmãos Missionários da Caridade, Postulador da Causa de Canonização de Madre Teresa de Calcutá.

 

Entrevista

Como explicar a figura e a obra fundada por Santa Madre Teresa?

 

Quando se olha para sua vida inteira, Madre Teresa parece uma figura extraordinária, e em alguns aspectos ela é. Quem teria iniciado uma congregação com milhares de irmãs? Ela foi uma grande "Diretora executiva", por organizar tudo isso e fazer tudo funcionar. Foi algo verdadeiramente extraordinário. Ela costumava dizer: "Não estou tentando ser bem sucedida, estou tentando ser uma fiel". De qualquer forma ela tinha muito sucesso. Uma vez estivemos aqui, em Roma, em uma sacristia. Lembro-me de ela dizer: "As pessoas gostam de ver este compromisso", falando de si mesma e de toda a atenção que recebia. Portanto sabia que era um exemplo. Mas não lhe subiu à cabeça. Acho que uma de suas grandes virtudes foi a humildade. Também certamente a caridade e a fé.

 

O senhor compartilhou vinte anos da sua vida com Madre Teresa, o que pode nos dizer sobre ela?

Comigo ela era verdadeiramente materna. Uma mãe. Lembro-me na época da sua canonização em uma entrevista a uma estação de rádio e televisão nos Estados Unidos me fizeram esta mesma pergunta: "Como foi sua experiência com ela"? E dei alguns exemplos, como quando em Nova York fomos buscá-la no aeroporto. Ela vinha de Roma e nós fomos ao convento. Após alguns minutos, sentávamos na sala de estar e imediatamente Madre Teresa vinha com uma bandeja com biscoitos, café e chá. Então ela colocava a bandeja no chão e dava a cada um de nós um copo. Éramos três. Assim como uma mãe. Ela queria ser uma mãe. Em uma de suas primeiras cartas nos anos 60 a um arcebispo, ela escreveu: "O título de superiora geral não significa nada para mim. Eu quero ser mãe". Ela tinha um grande coração, o coração de uma mãe. Qualquer pessoa que a conhecia, mesmo uma só vez, logo a chamava de “madre”. Ela era verdadeiramente materna. Uma verdadeira mãe.

“Nunca pensei que poderia mudar o mundo. Eu só tentei ser uma gota de água limpa em que pudesse brilhar o amor de Deus. (Santa Madre Teresa)”. Fonte: https://www.vaticannews.va

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