Olhar Jornalístico

Terça-feira, 3 de maio-2025. 7ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 03 junho 2025
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1) Oração

Ó Deus de poder e misericórdia, fazei que o Espírito Santo, vindo habitar em nossos corações, nos torne um templo da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Jo 17,1-11a)

1Jesus afirmou essas coisas e depois, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti; 2e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste. 3Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. 4Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer. 5Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o mundo fosse criado. 6Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua palavra. 7Agora eles reconheceram que todas as coisas que me deste procedem de ti. 8Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste e eles as receberam e reconheceram verdadeiramente que saí de ti, e creram que tu me enviaste. 9Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. 11Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti.

 

3) Reflexão  - Jo 17,1-11a

Nos evangelhos de hoje, de amanhã e de depois de amanhã, vamos meditar as palavras que Jesus dirigiu ao Pai no momento da despedida. João conservou estas palavras e as colocou como pronunciadas por Jesus durante o último encontro de Jesus com seus discípulos. É o Testamento de Jesus em forma de prece, também chamada Oração Sacerdotal (Jo 17,1-26).

O capítulo 17 do evangelho de João é o final de uma longa reflexão de Jesus, iniciada no capítulo 15, sobre a sua missão no mundo. As comunidades conservaram estas reflexões para poderem entender melhor o momento difícil que elas mesmas estavam atravessando: tribulação, abandono, dúvidas, perseguição. A longa reflexão termina com a oração de Jesus pelas comunidades. Nela transparecem os sentimentos e as preocupações que, conforme o evangelista, estavam em Jesus no momento de ele sair deste mundo para o Pai. É com estes sentimentos e com esta preocupação que Jesus está agora diante do Pai, intercedendo por nós. Por isso, a Oração Sacerdotal  é também o Testamento de Jesus. Muita gente, no momento de se despedir para sempre, deixa alguma mensagem. Todo mundo guarda palavras importantes do pai e da mãe, sobretudo quando são dos últimos momentos da vida. Preservar estas palavras é como preservar as pessoas. É uma forma de saudade.

O capítulo 17 é um texto diferente. É mais de amizade do que de raciocínio. Para captar bem todo o seu sentido, não basta a reflexão da cabeça, da razão. Este texto deve ser meditado e acolhido também no coração. É um texto não tanto para ser discutido mas sim para ser meditado e ruminado. Por isso, você não se preocupe se não entender logo tudo. O texto exige toda uma vida para meditá-lo e aprofundá-lo. Um texto assim, a gente deve ler, meditar, pensar, ler de novo, repetir, ruminar, como se faz com um doce gostoso na boca. Vai virando e virando, até se gastar todo. Por isso, feche os olhos, faça silêncio dentro de você e escute Jesus falando para você, transmitindo no Testamento  sua maior preocupação, sua última vontade. Procure descobrir qual o ponto em que Jesus insiste mais e que ele considera o mais importante.

João 17,1-3:  Chegou a hora!

“Pai, chegou a hora!" É a hora longamente esperada (Jo 2,4; 7,30; 8,20; 12,23.27; 13,1; 16,32). É o momento da glorificação que se fará através da paixão, morte e ressurreição. Chegando ao fim da sua missão, Jesus olha para trás e faz uma revisão. Nesta prece, ele vai expressar o sentimento mais íntimo do seu coração e a descoberta mais profunda da sua alma: a presença do Pai em sua vida. 

João 17,4-8: Pai, reconheceram que vim de Ti!

Revendo sua vida, Jesus se vê a si mesmo como a manifestação do Pai para os amigos e as amigas que o Pai lhe deu. Jesus não viveu para si. Viveu, para que todos pudessem ter um lampejo da bondade e do amor que estão encerrados no Nome de Deus que é Abba, Pai.

João 17,9-11a: Tudo que é meu é teu, tudo que é teu é meu!

No momento de deixar o mundo, Jesus expõe ao Pai a sua preocupação e reza pelos amigos e amigas que ele deixa para trás. Eles continuam no mundo, mas não são do mundo. São de Jesus, são de Deus, são sinais de Deus e de Jesus neste mundo. Jesus está preocupado com as pessoas que ficam, e reza por elas.

 

4) Para confronto pessoal

 1) Quais as palavras de pessoas queridas que você guarda com carinho e que orientam a sua vida? Caso você fosse embora, qual a mensagem que você deixaria para sua família e para a comunidade?

2) Qual a frase do Testamento de Jesus que mais me tocou? Por que?

 

5) Oração final

Bendito seja o Senhor todos os dias; Deus, nossa salvação, leva nossos fardos: nosso Deus é um Deus que salva, da morte nos livra o Senhor Deus (Sl 67, 20-21).

 

Tênis com fé: padre reúne católicos evangélicos e espíritas em quadra no Rio

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Publicado em 01 junho 2025
  • padre reúne católicos evangélicos e espíritas
  • Paróquia do Divino Salvador na Piedade,
  • Pratique Tênis em Pilares
  • padre Diogenes Araújo Soares,

 Projeto esportivo a preços populares em Pilares, na Zona Norte, atrai ainda pessoas de diferentes profissões. Fluminense doou mais de mil raquetes

 

Por Geraldo Ribeiro

Há cerca de dois meses, o padre Diogenes Araújo Soares, de 54 anos, da Paróquia do Divino Salvador, na Piedade, se divide entre a batina e a raquete de tênis. Ele pratica o esporte favorito do Papa Leão XIV em um projeto social no vizinho bairro de Pilares, também na Zona Norte, desde que chegou ao Rio, vindo de Fortaleza, no Ceará. Na quadra, o sacerdote católico costuma fazer uma dobradinha com o entregador Matheus Alberto do Nascimento, de 29, que é evangélico, ou bater bola com o músico Fábio Barreto, de 57, espírita. O religioso foi levado para o projeto pelo contador aposentado Evandro Carvalho do Lago, de 72, fiel de sua igreja.

 

Para todos

A iniciativa criada por Artur Ricardo, de 54 anos, morador local, funciona em espaço cedido pela prefeitura do Rio. O projeto “Pratique Tênis em Pilares” reúne homens e mulheres de diversas profissões — churrasqueiro, corretor de imóveis, policial federal e oficial do Corpo de Bombeiros, entre outros —, além de variados credos, idades e raças, em torno de um esporte considerado de elite.

Não há exigência de uniforme e os interessados nem precisam ter raquete. As mensalidades partem de R$ 100, mas quem não tem condição de pagar também não fica de fora.

— A ideia é ajudar a popularizar o esporte. Deixá-lo acessível a qualquer pessoa. Só o fato de colocar o tênis na Zona Norte já é um feito. Queremos fazer do bairro, que já foi muito associado a samba e carnaval por conta da Caprichosos de Pilares (escola da Série Bronze que hoje desfila na Intendente Magalhães, em Campinho, mas já teve seus dias de glória na Sapucaí, sobretudo nas décadas de 1980 e 1990), um lugar conhecido pela prática do tênis — afirma Artur, que já trabalhou na CBF e, desde a pandemia, toca o projeto sem patrocínio, apenas com o que arrecada de mensalidade e alguma parceria com a iniciativa privada — o Fluminense Football Club já doou mais de 1.500 raquetes e redes.

O projeto é uma das raras opções no subúrbio para os aspirantes a tenista, ou mesmo para quem só quer praticar o esporte. O churrasqueiro Manoel da Silva Pimenta, de 46 anos, é da Ilha do Governador. Ele conta que faz aulas uma vez por semana.

— Comecei no esporte pelo futebol, até que um dia passei por uma quadra pública de tênis e me interessei. Comprei uma raquete e comecei treinando. Mas fazia a coisa errada. Vim para o projeto para aprender para valer. O tênis é tudo, representa saúde, qualidade física e mental. Infelizmente, é um esporte elitizado, mas um projeto como esse facilita para todo mundo — elogia ele.

O padre Diogenes praticava beach tênis quando estava em Fortaleza e chegou a vencer campeonatos. No subúrbio carioca, longe da praia, migrou para o tênis de quadra. O religioso, que também é praticante de vôlei desde a infância, admira os talentos brasileiros da raquete João Fonseca, que aos 18 anos já é uma estrela mundial do esporte, e Bia Haddad.

— A gente evangeliza de todos os modos e meios que o amor inspira. Minha presença no projeto pode ser um sinal. As pessoas ficam surpresas, mas ao mesmo tempo alegres em ter um padre entre elas, praticando esporte — diverte-se o sacerdote baiano.

 

Projeto já foi enredo

O “Pratique Tênis em Pilares” atualmente tem mais de 80 alunos inscritos — todos adultos. No início, em 2010, o foco maior era em crianças e adolescentes. Com a pandemia da Covid-19, o projeto perdeu patrocínios, até hoje não recuperados, e mudou seu público. A iniciativa, que atrai atletas amadores de todos os credos, foi enredo da escola mirim Inocentes da Caprichosos, em 2020, e já recebeu mais de 2 mil pessoas.

Fonte: https://oglobo.globo.com

Freira que chamou a atenção pela beleza já foi miss e hoje leva vida discreta; conheça

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Publicado em 01 junho 2025
  • Congregação Sancta Dei Genitrix,
  • padre ortodoxo José Ribamar R. Dias
  • Freira,

Irmã Eva, de 21 anos, aparece vendendo artigos religiosos em vídeo viralizado

 

Freira Eva já foi modelo e hoje prega a palavra de Deus - Reprodução/redes sociais

 

Leonardo Volpato

São Paulo

Um vídeo que mostra uma freira vendendo artigos religiosos para arrecadar fundos para projetos sociais tem viralizado nas redes sociais. Nele, a irmã Eva mostra sua rotina de fé e devoção. Porém, o que tem chamado a atenção é a beleza da jovem de olhos claros.

Eva, como é conhecida no universo religioso, tem 21 anos e antes da conversão atendia pelo nome Kamila Cardoso. Ela já foi miss e participou de concursos de beleza. Ela é natural de Patos de Minas (MG).

Ao fazer 18 anos, resolveu largar a vida de modelo para se tornar uma promotora da palavra. Em entrevista ao G1, ela afirma que recebeu o título de Miss Continente Teen Sol Nascente, mas que um dia antes da final do concurso, quando iria concorrer à faixa para o nacional, desistiu de tudo pela Igreja.

Atualmente, faz parte da Congregação Sancta Dei Genitrix, instituição comandada pelo padre ortodoxo José Ribamar R. Dias. E faz projetos sociais com pessoas em vulnerabilidade social em Brasília e em Goiás.

Com vida discreta, Eva desativou seu perfil nas redes sociais, mas aparece no da congregação em trabalhos religiosos.

Ela é mais uma freira que ganha os holofotes. Recentemente, Marisa e Marizele chamaram a atenção após dançarem e fazerem beatbox num programa de TV. Fonte: https://f5.folha.uol.com.br

59° Dia Mundial das Comunicações Sociais

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Publicado em 30 maio 2025
  • Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais,
  • Dia Mundial das Comunicações Sociais
  • Arcebispo do Rio de Janeiro
  • 59° Dia Mundial das Comunicações Sociais
  • Sétimo Domingo da Páscoa,
  • solenidade da Ascenção,
  • discípulos e missionários de Jesus,

 

Cardeal Orani João Tempesta

Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ) 

 

“Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações” (cf. 1 Pd 3,15-16) 

Dentro da celebração do Sétimo Domingo da Páscoa, no Brasil, solenidade transferida da Ascenção, comemora-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais, e, para essa data, o Santo Padre sempre prepara uma mensagem. Essa mensagem ainda foi preparada pelo saudoso Papa Francisco, que nos encoraja a sairmos em missão e anunciarmos a Palavra de Deus. Do mesmo modo que Jesus enviou os discípulos para a missão e para dar continuidade a tudo aquilo que Ele fez, Jesus nos envia hoje para sermos comunicadores da Palavra de Deus. 

Por isso é Dia Mundial das Comunicações Sociais, pois somos chamados a usar todas as formas de mídia para anunciar a Palavra de Deus. Na era digital em que vivemos, onde a internet está em alta, e a inteligência artificial, podemos usar desses meios para o bem e para falar de Deus. O Espírito Santo, que é nosso defensor, o Paráclito, nos dará palavras acertadas para evangelizar. Como nos dizia o Papa Francisco, temos que ser uma Igreja em saída, ou seja, ir ao encontro do outro e anunciar a Palavra. Dessa forma, faremos como os discípulos e levaremos essa Igreja adiante. 

O tema da mensagem deste ano vai ao encontro do Ano Jubilar da Esperança que estamos vivenciando — como não poderia deixar de ser. Para poder falar de Deus às outras pessoas, é preciso ter fé e esperança, para animar os desanimados e encorajar os que estão vacilantes na fé. A nossa esperança vem de Cristo Ressuscitado, e o Espírito Santo, que habita em nós desde o batismo, nos impulsiona a anunciar a Palavra de Deus às outras pessoas. 

Desde o nosso batismo nos tornamos discípulos e missionários de Jesus, e fomos imbuídos com os dons do Espírito Santo. Para sermos discípulos de Jesus, deve nos acompanhar o dom da mansidão, conforme nos fala o tema desta mensagem. A esperança do cristão é a vida eterna. Busquemos evangelizar enquanto estamos aqui, fazer o bem, praticar a caridade, para, ao final da nossa vida, sermos merecedores da vida eterna. 

O Papa Francisco alerta, nesta mensagem, que nem sempre a comunicação gera esperança, mas, algumas vezes, medo e desespero, preconceito e rancor, fanatismo e até ódio. Em certas ocasiões, distorcem a realidade dos fatos com o intuito de inflamar ainda mais os ânimos e gerar desconforto nos outros. O Papa nos diz que é preciso “desarmar” a comunicação e purificá-la de toda agressividade. Infelizmente, é o que vemos em alguns jornais que passam na televisão, cujo foco principal são crimes, tiroteios e violência. Não transmitem notícias, mas levam o telespectador a ter um sentimento de insegurança e medo. Alguns reality shows focam em provocações, discórdias e brigas, e não acrescentam em nada ao telespectador que os assiste. 

O Papa alerta ainda que devemos tomar cuidado com as redes sociais e não expor tanto a nossa vida e a de nossos familiares. Muitas vezes, por meio das redes sociais, fomenta-se o ódio, combinam-se ações erradas contra alguém. Enfim, para nós, cristãos, deve ser diferente: temos que usar as redes sociais para o bem e para falar de Deus. 

Outra preocupação do Santo Padre é a “dispersão programada da atenção”. Ou seja, algumas pessoas que estão nas redes sociais, por trás da tela do computador, apenas querem atenção e, algumas vezes, se aproveitar dos outros. É preciso tomar cuidado e conhecer bem quem está do outro lado da tela. Nas fotos pode parecer uma coisa; presencialmente, pode ser outra. Usemos menos as redes sociais e tomemos cuidado. Antes de tudo, porém, usemos esse tempo para evangelizar e falar de Deus. 

O Papa Francisco afirma que, de fato, é difícil ter esperança, principalmente no mundo de hoje, com tantas injustiças, violências e guerras. A esperança é uma virtude cristã, e todos devem nutri-la. Temos que ter esperança em dias melhores e acreditar que algo bom vai acontecer em nossa vida. Somos dirigidos por nossos pensamentos: se pensarmos coisas positivas, algo de bom acontecerá em nossa vida; agora, se só pensarmos negativamente e não nutrirmos em nós a esperança, as coisas boas não virão. 

O Papa afirma ainda que a comunicação deve ser feita com mansidão e respeito. A comunicação deve ser feita de maneira próxima. Até mesmo o sacerdote, ao proferir a homilia, deve se fazer próximo dos fiéis e fazer com que toda a comunidade compreenda aquilo que está dizendo. Uma comunicação próxima é uma comunicação clara e objetiva. Uma boa comunicação é aquela que não vende ilusões ou medo, mas que é capaz de transmitir a esperança e ajudar os outros a superar os medos e enfrentar as dificuldades. 

A esperança deve ser um projeto comunitário. A exemplo deste Ano Jubilar que estamos vivenciando, a Igreja inteira é chamada a nutrir a esperança no Senhor e em dias melhores para a humanidade. Por isso, ao longo deste ano, somos convidados a peregrinar até as Igrejas jubilares e vivenciar este Ano da Esperança. 

O Papa conclui essa mensagem dando algumas recomendações, como, por exemplo, cuidar do coração — ou seja, da vida interior. Ser mansos e nunca esquecer o rosto do outro. Por vezes, ficamos tanto tempo nas redes sociais que não nos encontramos com as pessoas e até esquecemos sua fisionomia. Semeemos sempre a esperança em nossa comunicação, construamos pontes e atravessemos os muros visíveis e invisíveis do nosso tempo. 

Estes são alguns tópicos da mensagem para este 59º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Não deixemos de nos comunicar e de nos encontrar com o outro. Deixemos um pouco de lado as redes sociais, usemos com sabedoria e para o bem a tecnologia, e anunciemos a esperança que vem de Cristo Ressuscitado. Fonte: https://www.cnbb.org.br

Papa: cesse guerra na Ucrânia. De Gaza, se eleva o pranto de quem perdeu um filho.

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Publicado em 28 maio 2025
  • Faixa de Gaza
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  • Crianças mortas na Guerra,
  • Guerras

Os dois cenários de conflito e dor estão no coração de Leão XIV que, ao final da audiência geral desta quarta-feira (28/05) na Praça São Pedro, eleva sua voz para que cesse o ribombar das armas, se ore pela paz, se favoreçam o diálogo e o cessar-fogo e seja respeitado integralmente o direito humanitário

 

Vatican News

Os corpos de crianças sem vida, as casas destruídas, o desespero daqueles que permanecem e lidam com uma dor inexplicável e sem fim. Estas são as imagens que a guerra na Ucrânia e a ofensiva na Faixa de Gaza evocam com força. O Papa Leão XIV não é indiferente ao que está acontecendo e, desde que foi eleito à Cátedra de Pedro, não se cansa de clamar pela paz e pela proteção dos civis.

Seu primeiro pensamento, ao final da audiência geral desta quarta-feira (28/05), vai para o povo ucraniano "atingido por novos e graves ataques contra civis e infraestrutura". Ações que continuam enquanto, no nível diplomático, o trabalho está em andamento após a proposta do presidente ucraniano Zelensky de uma cúpula tripartite com os presidentes estadunidense Trump e russo Putin, na tentativa de aprovar o cessar-fogo.

Asseguro minha proximidade e minhas orações por todas as vítimas, especialmente pelas crianças e famílias. Renovo com força o apelo para que cessem a guerra e apoiem todas as iniciativas de diálogo e de paz. Peço a todos que se unam à oração pela paz na Ucrânia e onde quer que se sofra com a guerra.

 

Um abrigo seguro

O cenário muda, mas o sofrimento permanece o mesmo na Faixa de Gaza, e o Papa Leão pensa nas crianças mortas.

Da Faixa de Gaza, o pranto de mães e pais que abraçam os corpos sem vida de crianças e que são continuamente forçados a se deslocar em busca de um pouco de comida e um abrigo mais seguro contra os bombardeios se eleva cada vez mais intensamente.

O Unicef, hoje mesmo, divulgou números impressionantes: mais de 50 mil crianças foram mortas ou feridas desde outubro de 2023. O pedido do Papa é claro:

Aos responsáveis, renovo meu apelo: cesse o fogo; todos os reféns sejam libertados; seja respeitado integralmente o direito humanitário. Fonte: https://www.vaticannews.va

6º Domingo do Tempo Comum: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”

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Publicado em 25 maio 2025
  • Evangelho Dominical,
  • Reflexão do Evangelho do Dia,
  • EVANGELHO DO DIA,
  • Homilia 6º Domingo do Tempo Comum,
  • Dom Anuar Battisti ,
  • Tempo Pascal
  • Arcebispo Emérito de Maringá
  • Não se perturbe nem se intimide o vosso coração

 

Dom Anuar Battisti

Arcebispo Emérito de Maringá (PR)

 

Amados irmãos e irmãs,

Nos aproximamos do final do Tempo Pascal. A Igreja nos prepara, domingo após domingo, para acolher a vinda do Espírito Santo. No Evangelho de hoje – Jo 14,23-29 –, Jesus continua seu discurso de despedida durante a Última Ceia. Ele sabe que está prestes a partir, mas quer que seus discípulos permaneçam firmes, confiantes, unidos e em paz. Por isso, Ele diz: “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.”

É nessa atmosfera de despedida e consolo que Jesus nos entrega duas promessas fundamentais: a vinda do Espírito Santo e a sua paz. Ele diz: “O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse.”

Esse Espírito é a presença viva de Deus em nós. Ele nos conduz na caminhada, ilumina nossa mente, aquece nosso coração e nos ajuda a compreender a Palavra do Senhor. Ele é nosso defensor, nosso conselheiro, nosso companheiro. Não estamos sozinhos. Mesmo que Jesus tenha subido ao Pai, Ele continua presente em sua Igreja por meio do Espírito que nos foi dado no batismo e confirmado em Pentecostes.

A segunda promessa de Jesus é a sua paz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo a dá.”

Irmãos, que diferença há entre a paz de Jesus e a paz do mundo? A paz do mundo muitas vezes é ausência de conflitos exteriores, mas pode esconder indiferença, medo, egoísmo. Já a paz de Cristo nasce da certeza de que Deus caminha conosco, mesmo em meio às tribulações. Não é uma paz frágil, mas uma paz enraizada no amor de Deus. Mesmo diante da cruz, Jesus é capaz de oferecer essa paz aos seus.

Hoje, mais do que nunca, somos chamados a ser testemunhas dessa paz no mundo. Vivemos tempos de violência, intolerância, divisão e medo. Onde há ódio, o cristão deve semear reconciliação. Onde há desespero, devemos levar esperança. Onde houver inquietação, devemos ser instrumentos da paz que vem do alto.

Mas Jesus nos dá uma condição para tudo isso: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o Pai o amará, e nós viremos e faremos nele nossa morada.”

A paz e o Espírito só habitam um coração que ama e acolhe a Palavra de Deus. Por isso, nossa missão é amar, escutar e viver o Evangelho. Quem ama, obedece. E quem obedece, torna-se morada de Deus.

Que nesta Eucaristia possamos renovar nosso amor ao Senhor, acolher com fé a presença do Espírito Santo e nos deixar transformar pela paz que Jesus nos dá. Que cada um de nós seja, no seu ambiente, um sinal da presença de Deus e da paz pascal que vence todo medo. Fonte: https://www.cnbb.org.br

Sábado, 24 de maio-2025. 5ª SEMANA DA PÁSCOA. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 23 maio 2025
  • Reflexão do Evangelho do Dia,
  • EVANGELHO DO DIA,
  • Artigos do Frei Carlos Mesters,
  • Frei Carlos Mesters,
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  • REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA,
  • 5ª Semana da Páscoa
  • Sábado 24 de maio-2025

1)Oração

Deus eterno e todo-poderoso, vós nos fizestes participar de vossa própria vida pelo novo nascimento do batismo; conduzi à plenitude da glória a quem concedestes, pela justificação, o dom da imortalidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 15,18-21)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 18“Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim. 19Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia. 20Lembrai-vos daquilo que eu vos disse: ‘O servo não é maior que seu senhor’. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. 21Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou”.

 

3) Reflexão - Jo 15,18-21

 

João 15,18-19: O ódio do mundo.

"Se o mundo odiar vocês, saibam que odiou primeiro a mim”. O cristão que segue Jesus é chamado a viver na contramão da sociedade. Num mundo organizado a partir dos interesses egoístas de pessoas e grupos, quem procura viver e irradiar o amor será crucificado. Este foi o destino de Jesus. Por isso, quando um cristão ou uma cristã é muito elogiado pelos poderes deste mundo e é exaltado como modelo para todos pelos meios de comunicação, convém desconfiar sempre um pouco. “Se vocês fossem do mundo, o mundo amaria o que é dele. Mas o mundo odiará vocês, porque vocês não são do mundo, pois eu escolhi vocês e os tirei do mundo”. Foi a escolha de Jesus que nos separou. É baseando-nos nesta escolha ou vocação gratuita de Jesus que teremos força para aguentar a perseguição e a calúnia, e que poderemos ter a alegria no meio das dificuldades.

 

João 15,20: O servo não é maior que o seu senhor.

“Nenhum empregado é maior do que seu patrão. Se perseguiram a mim, vão perseguir vocês também; se guardaram a minha palavra, vão guardar também a palavra de vocês”. Jesus já tinha insistido neste mesmo ponto no lava-pés (Jo 13,16) e no discurso da Missão (Mt 10,24-25). E é esta identificação com Jesus que, ao longo dos séculos, deu tanta força às pessoas para continuar na caminhada e foi fonte de experiência mística para muitos santos e santas mártires.

João 15,21: Perseguição por causa de Jesus.

“Farão isso a vocês por causa de meu nome, pois não reconhecem aquele que me enviou”.  A insistência repetida dos evangelhos em lembrar aquelas palavras de Jesus que possam ajudar as comunidades a entender o porquê das crises e das perseguições, é um sinal evidente de que nossos irmãos e irmãs das primeiras comunidades não tiveram uma vida fácil. Desde a perseguição de Nero em 64 depois de Cristo até o fim do primeiro século, eles viviam na eminência de poderem ser perseguidos, acusados, aprisionados e mortos a qualquer momento. A força que os sustentava era a certeza que Jesus comunicava de que Deus estava com eles.

 

4) Para confronto pessoal

1) Jesus se dirige a mim e me diz: Se você fosse do mundo, o mundo amaria o que é dele. Como aplico isto na minha vida?

2) Dentro de mim existem as duas tendências: o mundo e o evangelho. Qual dos dois está levando vantagem?

 

5) Oração final

Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor fiel eternamente! (Sl 99, 5)

Papa Leão XIV aceita renúncia de dom Edmar Peron ao governo da diocese de Paranaguá (PR)

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Publicado em 20 maio 2025
  • Nunciatura Apostólica no Brasil,
  • Nunciatura Apostólica,
  • dom Edmar Peron
  • diocese de Paranaguá
  • Papa Leão XIV aceita renúncia de dom Edmar Peron

 

A Nunciatura Apostólica informa que o Papa Leão XIV aceitou nesta terça-feira, 20 de maio, o pedido de renúncia apresentada por dom Edmar Peron ao governo pastoral da diocese de Paranaguá (PR). Fonte: https://www.cnbb.org.br

Terça-feira, 20 de maio-2025. 5ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 20 maio 2025
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  • REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA,
  • 5ª Semana da Páscoa

 

1) Oração

Ó Deus, que pela ressurreição do Cristo nos renovais para a vida eterna, dai ao vosso povo constância na fé e na esperança, para que jamais duvide das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 14,27-31a)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis. 30Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”.

 

3) Reflexão - Jo 14,27-31a

Aqui, em Jo 14,27, começa a despedida de Jesus e no fim do capítulo 14, ele encerra a conversa dizendo: "Levantem! Vamos embora daqui!" (Jo 14,31). Mas, em vez de sair da sala, Jesus continua falando por mais três capítulos: 15, 16 e 17. Se você pular estes três capítulos, você vai encontrar no começo do capítulo 18 a seguinte frase: "Tendo dito isto, Jesus foi com seus discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia ali um jardim onde entrou com seus discípulos" (Jo 18,1). Em Jo 18,1, está a continuação de Jo 14,31. O Evangelho de João é como um prédio bonito que foi sendo construído lentamente, pedaço por pedaço, tijolo por tijolo. Aqui e acolá, ficaram sinais destes remanejamentos. De qualquer maneira, todos os textos, todos os tijolos, fazem parte do edifício e são Palavra de Deus para nós.

 

João 14,27: O dom da Paz. 

Jesus comunica a sua paz aos discípulos. A mesma paz será dada depois da ressurreição (Jo 20,19). Esta paz é mais uma expressão da manifestação do Pai, de que Jesus tinha falado antes (Jo 14,21). A paz de Jesus é a fonte da alegria que ele nos comunica (Jo 15,11; 16,20.22.24; 17,13). É uma paz diferente da paz que o mundo dá, diferente da Pax Romana. Naquele fim do primeiro século a Pax Romana era mantida pela força das armas e pela repressão violenta contra os movimentos rebeldes. A Pax Romana garantia a desigualdade institucionalizada entre cidadãos romanos e escravos. Esta não é a paz do Reino de Deus. A Paz que Jesus comunica é o que no AT se chama Shalôm. É a organização completa de toda a vida em torno dos valores da justiça, fraternidade e igualdade.

 

João 14,28-29: O motivo por que Jesus volta ao Pai.   

Jesus volta ao Pai para poder retornar em seguida. Ele dirá a Madalena: “Não me segure, porque ainda não subi para o Pai “ (Jo 20,17). Subindo para o Pai, ele voltará através do Espírito que nos enviará (cf Jo 20,22). Sem o retorno ao Pai ele não poderá estar conosco através do seu Espírito.

 

João 14,30-31a: Para que o mundo saiba que amo o Pai.  

Jesus está encerrando a última conversa com os discípulos. O príncipe deste mundo vai tomar conta do destino de Jesus. Jesus vai ser morto. Na realidade, o Príncipe, o tentador, o diabo, nada pode contra Jesus. Jesus faz em tudo o que lhe ordena o Pai. O mundo vai saber que Jesus ama o Pai. Este é o grande e único testemunho de Jesus que pode levar o mundo a crer nele. No anúncio da Boa Nova não se trata de divulgar uma doutrina, nem de impor um direito canônico, nem de unir todos numa organização. Trata-se, antes de tudo, de viver e de irradiar aquilo que o ser humano mais deseja e tem de mais profundo dentro de si: o amor. Sem isto, a doutrina, o direito, a celebração não passa de peruca em cabeça calva.

 

João 14,31b: Levantem e vamos embora daqui.   

São as últimas palavras de Jesus, expressão da sua decisão de ser obediente ao Pai e de revelar o seu amor. Na eucaristia, na hora da consagração, em alguns países se diz: “Na véspera da sua paixão, voluntariamente aceita”. Jesus diz em outro lugar: “O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la de novo. Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente. Tenho poder de dar a vida e tenho poder de retomá-la. Esse é o mandamento que recebi do meu Pai” (Jo 10,17-18).

 

4) Para confronto pessoal

 1) Jesus disse: “Dou-vos a minha paz”. Como contribuo para a construção da paz na minha família e na minha comunidade?

2) Olhando no espelho da obediência de Jesus ao Pai, em que ponto eu poderia melhorar a minha obediência ao Pai?

 

5) Oração final

Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! (Sl 144, 10-11)

Segunda-feira, 19 de maio-2025. 5ª Semana da Páscoa. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 19 maio 2025
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1) Oração

Ó Pai, que unis os corações dos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho segundo João (Jo 14,21-26)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas — não o Iscariotes — disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo que ­o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.

 

3) Reflexão - Jo 14,21-26

Como dissemos anteriormente, o capítulo 14 do Evangelho de João é um exemplo bonito de como se praticava a catequese nas comunidades da Ásia Menor no fim do primeiro século. Através das perguntas dos discípulos e das respostas de Jesus, os cristãos formavam sua consciência e encontravam uma orientação para os seus problemas. Assim, neste capítulo 14, temos a pergunta de Tomé com a resposta de Jesus (Jo 14,5-7), a pergunta de Filipe com a resposta de Jesus (Jo 14,8-21), e a pergunta de Judas com a resposta de Jesus (Jo 14,22-26). A última frase da resposta de Jesus a Filipe (Jo 14,21) forma o primeiro versículo do evangelho de hoje.

 

João 14,21: Eu o amarei e me manifestarei a ele.

Este versículo traz o resumo da resposta de Jesus a Filipe. Filipe tinha dito: “Mostra-nos o Pai e isso nos basta!” (Jo 14,8). Moisés tinha perguntado a Deus: “Mostra-me a tua glória!” (Ex 33,18). Deus respondeu: “Não poderás ver minha face, porque ninguém pode ver-me e continuar vivendo” (Ex 33,20). O Pai não pode ser mostrado. Deus habita uma luz inacessível (1Tim 6,16). “Ninguém jamais viu a Deus” (1Jo 4,12). Mas a presença do Pai pode ser experimentada através da experiência do amor. Diz a primeira carta de São João: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. Jesus diz a Filipe: “Quem aceita os meus mandamentos e a eles obedece, esse é que me ama. E quem me ama, será amado por meu Pai. Eu também o amarei e me manifestarei a ele”. Observando o mandamento de Jesus, que é o mandamento do amor ao próximo (Jo 15,17), a pessoa mostra o seu amor por Jesus. E quem ama a Jesus, será amado pelo Pai e pode ter a certeza de que o Pai se manifestará a ele. Na resposta a Judas, Jesus dirá como acontece esta manifestação do Pai na nossa vida.

 

João 14,22: A pergunta de Judas, pergunta de todos.  

A pergunta de Judas: “Por que o senhor se manifesta só a nós e não ao mundo?” Esta pergunta de Judas reflete um problema que é real até hoje. Às vezes, sobe em nós cristãos o pensamento de que somos melhores que os outros e que Deus nos ama mais do que os outros. Será que Deus faz distinção de pessoas? 

 

João 14,23-24: Resposta de Jesus.  

A resposta de Jesus é simples e profunda. Ele repete o que acabou de dizer a Filipe. O problema não é se nós cristãos somos mais amados por Deus do que os outros, ou que os outros são desprezados por Deus. Este não é o critério da preferência do Pai. O critério da preferência do Pai é sempre o mesmo: o amor. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras”. Independentemente do fato de a pessoa ser ou não ser cristã, o Pai se manifesta a todos aqueles que observam o mandamento de Jesus que é o amor ao próximo (Jo 15,17). Em que consiste a manifestação do Pai? A resposta a esta pergunta está estampada no coração da humanidade, na experiência humana universal. Observe a vida das pessoas que praticam o amor e que fazem da sua vida uma doação aos outros. Examine a sua própria experiência. Independentemente de religião, classe, raça ou cor, a prática do amor traz uma paz profunda e uma alegria que conseguem conviver com dor e sofrimento. Esta experiência é o reflexo da manifestação do Pai na vida das pessoas. É a realização da promessa: Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada

 

João 14,25-26: A promessa do Espírito Santo. 

Jesus termina sua resposta a Judas dizendo: Essas são as coisas que eu tinha para dizer estando com vocês. Jesus comunicou tudo que ouviu do Pai (Jo 15,15). As palavras dele são fonte de vida e devem ser meditadas, aprofundadas e atualizadas constantemente à luz da realidade sempre nova que nos envolve. Para esta meditação constante das suas palavras Jesus nos promete a ajuda do Espírito Santo: “O Advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse.

 

4) Para confronto pessoal

1) Jesus disse: Eu  e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada.  Como eu experimento esta promessa?

2) Temos a promessa do dom do Espírito para nos ajudar a entender as palavra de Jesus. Eu invoco a luz do Espírito quando vou ler e meditar a Escritura?

 

5) Oração final

Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu nome santo, desde agora, para sempre e pelos séculos. (Sl 144, 21)

Leão XIV e a liberdade que sustenta a paz

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Publicado em 18 maio 2025
  • Leão XIV
  • Leão XIV e a liberdade
  • A doutrina social da Igreja
  • a verdade vos libertará

O jornalismo profissional, defendeu o papa, deve ser luz no mundo. E a liberdade de expressão, um antídoto contra o medo, a manipulação da realidade factual e o autoritarismo

 

Em tempos de desinformação massiva, polarização e ataques crescentes à liberdade de expressão, a eleição de Leão XIV, o primeiro papa norte-americano, marcou não apenas uma transição de liderança na Igreja Católica, mas uma reafirmação eloquente dos valores fundacionais da civilização ocidental: verdade, liberdade e responsabilidade.

Em sua primeira audiência com jornalistas, apenas quatro dias após o conclave, Leão XIV escolheu um tema que é, simultaneamente, espiritual e político: a comunicação como ferramenta de paz. E não apenas paz no sentido diplomático, mas paz enraizada na justiça, na dignidade e na verdade. “Somente os povos informados podem fazer escolhas livres”, declarou o pontífice. Essa não é apenas uma afirmação jornalística – é uma defesa inequívoca da liberdade como valor moral.

Com sua ênfase na verdade como precondição da liberdade, Leão XIV retomou a lição de Jesus Cristo: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Essa afirmação, feita diante de milhares de profissionais da imprensa reunidos no Vaticano, ecoa com força num tempo em que regimes autoritários criminalizam a apuração jornalística e plataformas digitais amplificam vieses com algoritmos opacos.

Não por acaso, o novo papa pediu a libertação de jornalistas presos mundo afora apenas por “terem desejado contar a verdade”. A frase pode parecer simples, mas carrega o peso da tradição cristã e o compromisso histórico da Igreja com os perseguidos. Evocando o espírito dos apóstolos diante do Sinédrio, Leão XIV parece afirmar com eles: “Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (Atos 4:20).

Num mundo saturado de ruído e manipulação, o jornalismo responsável se torna um bem escasso – e, por isso mesmo, precioso. A imprensa livre é como a lâmpada que “não se acende para colocá-la debaixo do cesto” (Mateus 5:15), mas para iluminar o caminho comum. Quando o poder tenta sufocar a verdade, o jornalismo precisa acender sua luz. E quando o medo cala a sociedade, cabe à palavra livre romper o silêncio.

A tradição cristã oferece duas imagens que ajudam a compreender os dilemas atuais da comunicação. A Torre de Babel simboliza o uso arrogante e instrumental da linguagem, que gera confusão e divisão. O Pentecostes, em contraste, representa o dom da palavra que une na diversidade, tornando inteligível o essencial. Leão XIV, ao reafirmar a tradição do Pentecostes, propõe um modelo de comunicação orientado não pela imposição ideológica, mas pela escuta, pela clareza e pela busca do bem comum.

É reconfortante que este novo pontificado comece com uma mensagem tão clara. Em vez de alimentar ressentimentos ou promover narrativas de confronto, Leão XIV está sinalizando um papado de firmeza sem fanatismo, de autoridade moral sem autoritarismo.

A doutrina social da Igreja sempre defendeu que o bem comum depende da circulação livre da verdade. Informação confiável não é um luxo: é o alicerce das escolhas democráticas, da justiça social e da dignidade humana. Não por acaso, os regimes que mais temem a liberdade de imprensa são também os que mais atentam contra a vida, a fé e os direitos de seus cidadãos.

O papa não citou países, mas os números falam por si: centenas de jornalistas estão presos, muitos em países que se dizem democráticos. A mensagem do Vaticano é clara: não há como falar em liberdade, paz ou verdade sem proteger aqueles que se dedicam a revelá-las.

Mas o alerta de Leão XIV também se dirige, de forma sutil, à própria imprensa. “O modo como comunicamos é de importância fundamental”, afirmou. “Devemos dizer ‘não’ à guerra das palavras e das imagens; devemos rejeitar o paradigma da guerra.” Ao defender o jornalismo como ponte, e não como trincheira, o papa propõe uma ética da comunicação fundada na verdade, na escuta e na responsabilidade.

O jornalismo, como este jornal sempre defendeu, deve ter a liberdade de incomodar, denunciar e esclarecer. Não há pacto social legítimo fundado sobre a mentira. Mas, se é legítimo exigir compromisso com a verdade da classe política, é igualmente essencial que a imprensa cultive integridade, rigor e autocrítica. Fonte: https://www.estadao.com.br

Irmandades da Igreja Católica ajudam a contar história do Brasil

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Publicado em 17 maio 2025
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  • início do século XVIII havia 31 irmandades aprovadas na Bahia

Herança dos colonizadores portugueses, grupos atuaram em momentos importantes da vida religiosa e civil do país. Para historiador, até hoje associações ajudam a promover obras de caridade, integração social e identidades religiosas e culturais.

 

Victor Hugo Barros – Vatican News

Realiza-se neste fim de semana, em Roma, o Jubileu das Irmandades. O encontro, iniciado na sexta-feira (16), segue até este domingo (18), e conta com mais de 100 mil inscritos de mais de 100 países. Entre eles, brasileiros, um dos maiores grupos registrados neste grande evento do Jubileu, que será encerrado com a Missa de início do ministério petrino do Papa Leão XIV.

O grande número de brasileiros presentes em Roma para as celebrações pode ser explicado historicamente. As irmandades possuem papel preponderante no desenvolvimento do país.

“As irmandades religiosas chegaram ao Brasil com os colonizadores portugueses no século XVI, trazendo consigo a tradição europeia de associações para a prática de atos de devoção, caridade e assistência social”, atesta o professor de História com especialização em história e cultura no Brasil, Helânio de Sousa da Cruz.

“Sua história reflete as transformações sociais no Brasil. É impossível você estudar história do Brasil e não esbarrar com a atuação das irmandades e também a persistência de laços comunitários baseados na fé e na solidariedade”, completa.

 

A devoção popular e o fortalecimento da fé

Caracterizadas pela presença dos leigos, as associações de fiéis logo começaram a se popularizar no país, sobretudo no período Colonial. Relatos do Frei Agostinho de Santa Maria, detalham que, no início do século XVIII havia 31 irmandades aprovadas na Bahia.

Os números da época ajudam a entender a importância destes grupos para o catolicismo nacional. Mais do que isso, explicam como, até hoje, elas influenciam a vida de fé de boa parte do país.

“As irmandades desempenharam um papel central na manutenção e fortalecimento da fé católica, especialmente em contextos onde a Igreja tinha certa dificuldade de alcançar todos os fiéis. Aí que surgem aquelas questões das devoções populares. Elas organizavam procissões, festas religiosas, celebrações de santos padroeiros e atividades de catequese, contribuindo, desta maneira, para a religiosidade popular. Nos interiores, onde a Igreja tinha menor presença institucional, as irmandades frequentemente elas eram responsáveis por eventos religiosos e também por ações sociais e de ajuda aos mais necessitados, fortalecendo o vínculo entre a população e a fé”, explica o historiador.

 

A contribuição social das irmandades

Momentos importantes da história nacional também contaram com a presença das irmandades. Um dos pontos altos foi o movimento realizado por parte dos grupos em favor da abolição da escravatura.

“Algumas irmandades, especialmente aquelas formadas por negros ou mestiços, como a Nossa Senhora da Boa Morte, Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, Santo Elesbão e Santa Fulgência, participaram de manifestações e promoveram ações de apoio aos libertos, inclusive apoiado e financiado pela Princesa Isabel”, detalha Helânio.

 

As irmandades hoje

Até hoje, as irmandades continuam a existir em diversas localidades. Sua atuação continua a ser marcante em diversas regiões do Brasil, assim como em todo o mundo.

“As irmandades hoje em dia continuam atuando principalmente nas organizações de festas. Sobretudo essas irmandades mais antigas. Festa de celebrações religiosas e atividades sociais, é importante frisar isso. Muitas delas também desempenham um papel importante na preservação da cultura e da memória local, apoiando obras de caridade, educação e assistência social, especialmente em comunidades mais vulneráveis. Além disso, funciona como espaço de convivência comunitária, promovendo a integração social e o fortalecimento de identidades religiosas e culturais”, esclarece Cruz.

 

Jubileu das Irmandades

O legado e a força das irmandades podem ser vistos, de forma universal, até o próximo domingo (18), nas atividades do Jubileu das Irmandades, em Roma. A programação conta com peregrinações às Portas Santas das Basílicas Papais, a Grande Procissão pelo Centro de Roma e a Missa de início do ministério petrino do Papa Leão XIV, onde os membros das Irmandades participarão com seus trajes tradicionais, marcando este momento histórico para a Igreja e o mundo. Fonte: https://www.vaticannews.va

Quinta-feira, 15 de maio-2025. 4ª SEMANA DA PÁSCOA. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 15 maio 2025
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  • Retiro com Frei Carlos Mesters,

 

1) Oração

Ó Deus, que restaurais a natureza humana dando-lhe uma dignidade ainda maior, considerai o mistério do vosso amor, conservando para sempre os dons da vossa graça naqueles que renovastes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (João 13, 16-20)

Naquele tempo, depois de haver lavado os pés dos discípulos, Jesus disse-lhes: 16Em verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do que seu senhor, e o enviado não é maior do que aquele que o enviou. 17Já que sabeis disso, sereis felizes se o puserdes em prática. 18Eu não falo de todos vós. Eu conheço aqueles que escolhi. Mas é preciso que se cumpra o que está na Escritura: ‘Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar’. 19Desde já, antes que aconteça, eu vo-lo digo, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou. 20Em verdade, em verdade, vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.

 

3) Reflexão

Nos próximos dias, com exceção das festas, o evangelho diário é tirado da longa conversa de Jesus com os discípulos durante a Última Ceia (Jo 13 a 17). Nestes cinco capítulos que descrevem a despedida de Jesus, percebe-se a presença daqueles três fios de que falamos anteriormente e que tecem e compõem o evangelho de João: a palavra de Jesus, a palavra das comunidades e a palavra do evangelista que fez a última redação do Quarto Evangelho. Nestes cinco capítulos, os três fios estão de tal maneira entrelaçados que o todo se apresenta como uma peça única de rara beleza e inspiração, onde é difícil distinguir o que é de um e o que é do outro, mas onde tudo é Palavra de Deus para nós.  

Estes cinco capítulos trazem a conversa que Jesus teve com os seus amigos, na véspera de ser preso e morto. Era uma conversa amiga, que ficou na memória do Discípulo Amado. Jesus, assim parece, queria prolongar ao máximo esse último encontro, momento de muita intimidade. O mesmo acontece hoje. Há conversa e conversa. Há conversa superficial que gasta palavras à toa e revela o vazio das pessoas. E há conversa que vai fundo no coração e fica na memória. Todos nós, de vez em quando, temos esses momentos de convivência amiga, que dilatam o coração e vão ser força na hora das dificuldades. Ajudam a ter confiança e a vencer o medo.

Os cinco versículos do Evangelho de hoje tiram duas conclusões do lava-pés (Jo 13,1-15). Falam (1) do serviço como característica principal dos seguidores e seguidoras de Jesus, e (2) da identidade de Jesus como revelação do Pai.

João 13,16-17: O servo não é maior que o seu senhor.  Jesus acabou de lavar os pés dos discípulos. Pedro levou susto e não quis que Jesus lhe lavasse os pés. “Se eu não te lavar os pés, não terás parte comigo” (Jo 13,8). E basta lavar os pés; o resto não precisa (Jo 13,10). O valor simbólico do gesto do lava-pés consistia em aceitar Jesus como o Messias Servidor que se entrega a si mesmo pelos outros, e recusar um messias rei glorioso. Esta entrega de si mesmo como servo de todos é a chave para entender o gesto do lava-pés. Entender isto é a raiz da felicidade de uma pessoa: “Se vocês compreenderam isso, serão felizes se o puserem em prática". Mas havia pessoas, mesmo entre os discípulos, que não aceitavam Jesus como Messias Servo. Não queriam ser servidores dos outros. Provavelmente, queriam um messias glorioso como Rei e Juiz, de acordo com a ideologia oficial. Jesus diz: "Eu não falo de todos vocês. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se cumpra o que está na Escritura: Aquele que come pão comigo, é o primeiro a me trair!” João se refere a Judas, cuja traição vai ser anunciada logo em seguida (Jo 13,21-30).

João 13,18-20: Digo isto agora, para que creiais que EU SOU.  Foi por ocasião da libertação do Egito ao pé do Monte Sinai, que Deus revelou o seu nome a Moisés: “Estou com você!” (Ex 3,12), “Estou que Estou” (Ex 3,14), “Estou” ou “Eu sou” me mandou até vocês!” (Ex 3,14), O nome Javé (Ex 3,15) expressa a certeza absoluta da presença libertadora de Deus junto do seu povo. De muitas maneiras e em muitas ocasiões esta mesma expressão Eu Sou  ou Sou Eu é usada por Jesus (Jo 8,24; 8,28; 8,58; Jo 6,20; 18,5.8; Mc 14,62; Lc 22,70). Jesus é a presença do rosto libertador de Deus no meio de nós.

 

4) Para um confronto pessoal

 1) O servo não é maior que o seu senhor. Como faço da minha vida um serviço permanente aos outros?

2) Jesus soube conviver com pessoas que não o aceitavam. E eu consigo?

 

5) Oração final

Vou cantar para sempre a bondade do SENHOR; anunciarei com minha boca sua

fidelidade de geração em geração. Pois disseste: “Minha bondade está de pé para sempre”. Estabeleceste tua fidelidade nos céus. (Sl 88, 2-3)

Caos nas finanças: Papa Leão XIV herda uma bomba-relógio nas contas do Vaticano

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Publicado em 15 maio 2025
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Rombo nas contas é mais grave do que se imaginava. Novos detalhes das finanças do Vaticano mostram instituição à beira do abismo

 

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Se alguma instituição é muito reverenciada para falhar, é o Vaticano. Mas, em termos de dinheiro, está à beira do abismo. E, para o novo papa, nenhum papel será mais importante do que o de arrecadador sagrado.

O falecido Papa Francisco passou grande parte de seus últimos meses, incluindo uma boa parte dos 38 dias em seu leito de morte no Hospital Gemelli em Roma, emitindo alertas sobre o estado rapidamente declinante das finanças do Vaticano e nomeando uma nova comissão para arrecadar dinheiro dos fiéis. De fato, é bem conhecido que o Vaticano vem apresentando grandes déficits orçamentários por décadas, e os déficits – assim como os escândalos que têm drenado o tesouro sustentando o sagrado assento de poder para os 1,3 bilhão de católicos do mundo – persistiram apesar da valente campanha de reforma de Francisco.

Mas números tornados públicos nas últimas cinco semanas revelam que um problema bem conhecido, mas pouco compreendido e sombrio, o buraco no fundo de pensão do Vaticano, é muito pior do que se acreditava anteriormente. De fato, em seus últimos dias, Francisco alertou sobre um grande “desequilíbrio” para as contas, mas não forneceu números específicos. O falecido papa insistiu que o problema precisava de atenção imediata. Agora estamos tendo uma visão mais detalhada de quão grave, urgente e não providencial realmente é.

 

Fundos de pensão: status tem novos detalhes impressionantes

Em 7 de abril, The Pillar, um site de notícias e jornalismo investigativo católico, publicou uma análise profunda sobre o status do fundo de pensão que forneceu novos detalhes impressionantes. A reportagem, baseada em “relatórios financeiros internos do Vaticano” obtidos pelo The Pillar, cita um documento de 2015 emitido pela Secretaria de Economia formada pelo Papa Francisco um ano antes como a primeira organização a supervisionar todas as finanças do Vaticano. A Secretaria divulgou que o plano de pensão abrigava um “déficit de financiamento” de “pelo menos” US$ 800 milhões a US$ 900 milhões (nas taxas de câmbio dólar-euro de hoje). A Secretaria também afirmou que os custos de saúde estavam escalando a um ritmo “insustentável” e excediam as despesas de “fundos de saúde italianos comparáveis” em 50%.

O briefing continuou a dizer que o Papa Francisco e o Vaticano, nos dois anos seguintes, praticamente não fizeram nada. Em um eufemismo, a Secretaria relatou que o Vaticano “não incluiu as contribuições necessárias para equilibrar o déficit do fundo de pensão“. Em vez disso, o documento observou, o déficit até 2016 havia aumentado para mais de US$ 1,6 bilhão. Atingindo o Vaticano está a força demográfica inflando as obrigações de pensão em todos os países em desenvolvimento. Na Itália, a expectativa de vida média expandiu de 69, em 1960, para 84 hoje.

Em uma carta aberta, a Associação de Trabalhadores Leigos do Vaticano, o sindicato que representa cerca de 1.000 funcionários, acusou que, embora seus membros estejam contribuindo para o fundo, as autoridades se recusam a fornecer qualquer informação sobre seu orçamento. “As contas deveriam estar abertas para todos verem”, afirmou a associação.

De acordo com a história do The Pillar, o Vaticano possui uma potencial mina de ouro que poderia ter coberto uma grande parte, senão todo, do déficit de pensão. Ele possui um valioso terreno vago de 1.000 acres nos arredores de Roma, e em 2015, as autoridades financeiras elaboraram planos para desenvolver uma comunidade residencial e um combo de parque de escritórios de alta tecnologia chamado Santa Maria Galeria, previsto para abrir para negócios por volta de 2018.

Mas, após anos de inação, o Papa Francisco – um forte defensor da energia verde – descartou a visão de um megaprojeto lucrativo, designando a propriedade como uma “fazenda” para painéis solares, uma escolha de renda muito mais baixa. Um “alto” funcionário do Vaticano caracterizou os esforços vacilantes pela reforma financeira nos últimos anos como “uma ópera que é tanto uma comédia quanto uma tragédia”.

Evitar uma crise financeira no Vaticano “estará entre as questões mais prementes para o novo pontífice”, diz Charles Gillespie, PhD, professor na Sacred Heart University em Connecticut. Para alcançar a terra prometida, o Papa Leão precisará de um imenso apoio dos fiéis, e especialmente dos tradicionalmente maiores doadores da igreja, e cada vez mais relutantes e desiludidos: católicos ricos dos EUA.

 

Os problemas financeiros do Vaticano

O Vaticano realmente funciona como duas grandes unidades. A primeira é o Estado da Cidade, a menor nação soberana do mundo (120 acres) que emprega os guardas suíços protetores, administra os tribunais, fornece lojas para os funcionários e opera o Museu do Vaticano, o segundo lar mais visitado de tesouros artísticos depois do Louvre. Devido a fortes receitas de turistas que se reúnem para visitar as obras de Raphael e da Capela Sistina, e venda de souvenirs como moedas e selos especiais, o Estado da Cidade produz um superávit. É a segunda parte, a Santa Sé, que gasta muito mais em despesas operacionais do que coleta em receita recorrente.

A Santa Sé, ou Cúria, é a administração religiosa do papa que opera tudo, desde postos diplomáticos estrangeiros até 16 “dicastérios” ou departamentos semelhantes a gabinetes que abrangem a Secretaria de Estado e a comissão que conduz investigações para nomear santos. Ela coleta receita de hospitais e universidades, bem como pequenas contribuições do superávit do Estado da Cidade e do modesto portfólio de investimentos do Vaticano que inclui mais de 4.000 apartamentos principalmente perto de Roma que geram pouco lucro líquido devido a regulamentações de controle de aluguéis.

O Vaticano não publicou um orçamento completo desde 2022, mas as informações fragmentadas divulgadas do ano passado mostram um déficit da Santa Sé de US$ 83 milhões – as estimativas colocam o gasto total em cerca de US$ 3,5 bilhões.

Esse déficit vem depois que o Vaticano recebeu US$ 100 milhões do fundo Peter’s Pence, que coleta e investe contribuições dos fiéis de todo o mundo originalmente destinadas à caridade. O Vaticano aparentemente cobriu o déficit de mais de US$ 80 milhões vendendo imóveis.

Um problema que desencorajou potenciais doadores: na década de 2010, um grupo de financistas, corretores, banqueiros e analistas autoproclamados saqueou o Vaticano em um negócio imobiliário fraudulento em Londres, um golpe parcialmente orquestrado pela segunda pessoa em comando na Secretaria de Estado, o Cardeal Angelo Becciu.

O desastre altamente divulgado custou à Santa Sé cerca de US$ 150 milhões. Em um ponto, Becciu, que foi condenado e sentenciado à prisão pelo tribunal do Vaticano junto com vários outros réus, revelou que a Secretaria retirou os fundos das reservas do Peter’s Pence, em outras palavras, dinheiro fornecido por todos, desde católicos ricos até paroquianos comuns.

Em um espetáculo paralelo à eleição do Papa Leão XIV, Becciu, embora não tenha exatamente invadido o conclave, teve a audácia de declarar que gostaria de votar no próximo pontífice. Becciu, que manteve seu chapéu de cardeal enquanto está livre sob apelação, sucumbiu à ordem de Francisco de que ele não participasse e concordou em ficar de fora.

Em termos de dinheiro, o Papa Francisco marcou pontos ao trazer as finanças fragmentadas do Vaticano sob controle central e dar os principais cargos, incluindo a liderança de seu banco outrora notório, a gerentes profissionais. Mas ele falhou no orçamento e no plano de pensão do Vaticano. Ao desmantelar os feudos, Francisco deu ao seu sucessor as ferramentas para terminar o trabalho.

Um grande ponto positivo para o Papa Leão XIV: ele é um administrador extremamente experiente que gerenciou grandes organizações como Prior Geral da ordem agostiniana; como bispo de Chiclayo, uma cidade peruana de 700.000; e em seu papel mais recente como chefe do dicastério que supervisiona a seleção dos 5.500 bispos do mundo.

 

Papa Leão XIV é formado em Matemática

Leão também é um falante nativo de inglês, proporcionando uma vantagem em mobilizar americanos para abrir suas carteiras, e ele é fluente em espanhol e italiano também. Ele é formado em matemática pela Universidade Villanova fora da Filadélfia, e suas habilidades numéricas podem ser uma grande vantagem no enfrentamento da implosão. Em doutrina, a posição de Leão parece razoavelmente próxima à de Francisco. Leão é moderadamente conservador, um posicionamento que deve agradar aos membros mais tradicionais e convencionais da igreja. Ele se opõe fortemente ao aborto e ainda não expressou se endossa ou rejeita a decisão de Francisco de permitir que padres abençoem uniões do mesmo sexo.

O que é potencialmente problemático em termos de arrecadação de dinheiro nos EUA: as frequentes críticas do novo papa às políticas defendidas pelo Presidente Trump e pelo Vice-Presidente JD Vance. Em fevereiro, Prevost republicou em sua conta X um artigo de uma publicação católica intitulado “JD Vance estava errado: Jesus não nos pede para classificar nosso amor pelos outros” que criticava Vance. Como Prevost, o Papa Leão também marcou um artigo de um bispo de Washington, D.C., repreendendo Trump por seu tratamento de Kilmar Abrego Garcia, o residente de Maryland deportado para uma prisão notória em El Salvador. O irmão do pontífice, John, de Chicago, reforçou a percepção de que Leão XIV se opõe fortemente às políticas de imigração do presidente, afirmando em uma entrevista recente que “Eu sei com certeza que ele não está feliz com o que está acontecendo com a imigração. Ele não vai apenas sentar e ser o silencioso.”

Se o Papa Leão criticar as restrições de Trump à imigração, não está claro se ele perderá entusiastas ricos do MAGA (Make America Great Again) ou outros grandes potenciais contribuidores. Mas é altamente possível que o papa seja um fã muito maior do capitalismo do que seu antecessor e, se for, essa inclinação deve fornecer um plus para a arrecadação de fundos.

Em seus papéis anteriores, o futuro papa não tomou posição sobre os benefícios e deficiências do capitalismo, pelo menos em público. Ele serviu com sucesso sob presidentes marxistas e de direita no Peru como bispo, mas até agora não disse nada sobre quais sistemas econômicos ajudam ou prejudicam os pobres do mundo, cujo bem-estar, ele promete, é central para seu pontificado. As melhores pistas sobre suas visões podem ser encontradas nos ensinamentos de seu modelo, homônimo e o primeiro pontífice agostiniano, o Papa Leão XIII, que reinou de 1878 a 1903.

 

As visões do herói do novo Papa sobre o duelo entre capitalismo e socialismo

Em 1891, o Papa Leão XIII publicou uma famosa encíclica, ou guia, para os fiéis chamada Rerum Novaru (“Das Novas Coisas”) expressando suas visões sobre o duelo entre capitalismo e socialismo, e o que cada um significava para as classes trabalhadoras, à medida que a Revolução Industrial ganhava velocidade. O papa apoiou fortemente leis que protegem os direitos dos trabalhadores e defendeu o estabelecimento de sindicatos para substituir as “guildas de trabalhadores abolidas no século passado”. Mas ele se opôs a greves, acreditando que elas “colocam o público em perigo e incitam desordem”. Sobre mercados livres, ele soa notavelmente moderno e perspicaz. Ele denuncia o socialismo por “tirar a propriedade das mãos privadas”, acrescentando que ir para o coletivismo “distorceria as funções do estado e criaria confusão total na comunidade”.

Em seus escritos, Leão XIII afirma que “a propriedade privada está de acordo com as leis da natureza” e é “o direito natural do homem”, e que é “totalmente irracional pensar que ricos e pobres estão naturalmente em conflito”. Ele diz que trabalho e gestão devem “concordar livremente quanto aos salários”, acrescentando que o governo deve intervir apenas quando o pagamento ou as condições são flagrantemente injustos. A oportunidade de construir riqueza, ele acrescenta, é um grande motivador: “Os homens sempre trabalham mais e mais prontamente quando o que trabalham pertence a eles… [incentivando] a riqueza da comunidade que tira os pobres da pobreza.” Leão até rejeita impostos altos que roubam dos trabalhadores os frutos de seu trabalho.

Em muitos aspectos, os escritos do herói do novo papa equivalem a um manifesto capitalista modificado, temperado por um profundo humanismo. Se o Papa Leão XIV adotar a mesma mentalidade pública, ele tem uma chance muito maior de restaurar a estabilidade financeira e a reputação de uma das grandes instituições do mundo. Se ele desdenhar o sistema que criou a riqueza que o Vaticano deve aproveitar para evitar um cataclismo e restaurar sua missão de caridade para os pobres, ele pode seguir seus predecessores até o fracasso. Fonte: https://einvestidor.estadao.com.br

*Esta história foi originalmente publicada na Fortune.com (c.2024 Fortune Media IP Limited) e distribuída por The New York Times Licensing Group. O conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA. 

 

Voltando para casa uma semana depois: do Cardeal Prevost a Leão XIV

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Publicado em 14 maio 2025
  • Leão XIV

Na terça-feira, 13 de maio de 2025, o Santo Padre Leão XIV visitou a comunidade dos agostinianos da Cúria Geral.

Esta é a primeira vez desde sua eleição como Romano Pontífice, na última quinta-feira, 8 de maio, que ele retorna aos seus irmãos para celebrar a Santa Missa, compartilhar o almoço no refeitório e passar um tempo com o que até então era sua comunidade religiosa.

Sete dias atrás, na terça-feira, 6 de maio, o então cardeal Robert Francis Prevost passou algum tempo com a comunidade pela última vez antes de entrar no conclave.

Depois de rezar com eles, por eles e por todos os cardeais que tomariam a difícil decisão de eleger o sucessor de Pedro, ele deixou esta casa "com o hábito agostiniano"  e a vermelha cardinalícia, retornando exatamente uma semana depois vestido inteiramente de branco.

 

Celebração da Eucaristia em honra da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Ajuda

Na liturgia do dia da Ordem, o Papa Leão XIV presidiu a celebração eucarística juntamente com os irmãos agostinianos. Esta memória representa uma antiga devoção que nasceu nos primeiros anos do século XIV na igreja de Santo Agostinho em Palermo e se espalhou por toda a Ordem.

"A paz esteja com você"

Em sua homilia, o Santo Padre começou com as mesmas palavras usadas para a bênção Urbi et Orbi  no dia de sua eleição: "A paz esteja convosco". Em seguida, ele destacou o papel missionário da Igreja e a necessidade de caminharmos juntos de maneira sinodal. Ele também enfatizou a importância da espiritualidade de comunhão, uma característica distintiva da herança de Santo Agostinho, que nos impele a avançar em unidade para transmitir a mensagem do Evangelho ao mundo.



Um retorno caloroso para casa

No refeitório, o Prior Geral , Padre Alejandro Moral Antón, dirigiu algumas palavras de boas-vindas ao Santo Padre. Durante seu discurso, ele destacou a plenitude de alegria  que somente Cristo ressuscitado pode oferecer; ao que agora se acrescenta a felicidade da sua eleição como Sumo Pontífice.

Lembrando-o das palavras de Cristo: "Tu es Petrus", ele lhe assegurou a oração, o apoio e a fraternidade incondicional da Ordem de Santo Agostinho em seu novo ministério. 

Por fim, o Padre Alejandro observou que, embora a Igreja universal tenha previsto a sede vacante, "agora somos nós que temos uma 'sede vacante' em nossa casa, em nossa capela e no refeitório, onde compartilhamos tantos momentos fraternos".

Vale destacar que, desde que o Papa Francisco o chamou a Roma para presidir o Dicastério dos Bispos, nomeando-o Prefeito, o Cardeal Prevost costumava celebrar diariamente a Eucaristia e participar da oração da manhã na Capela da Cúria Geral, compartilhando também o almoço com os irmãos desta casa.

"Foi um dia muito emocionante, pois nosso irmão retornou à comunidade para estar conosco novamente, compartilhando e aumentando nossa alegria."

 

“Dar a conhecer a magnífica herança espiritual de Santo Agostinho”

O Santo Padre, depois de felicitar dois irmãos que comemoram seus aniversários e dias de santo, respectivamente, encorajou os presentes a perseverarem na difusão da maravilhosa herança doutrinal e espiritual de Santo Agostinho.

Ele contou que ainda se lembra de algumas palavras que o Papa Bento XVI lhe dirigiu nos Jardins do Vaticano, quando ainda era Prior Geral, por ocasião da bênção de um mosaico dedicado à Virgem Maria, Mãe do Bom Conselho. Nessa circunstância, Bento XVI encorajou apaixonadamente os agostinianos a estudar, aprofundar e difundir o pensamento de Santo Agostinho.

Ecoando a exortação do Papa Bento XVI, o Papa Leão XIV destacou a importância do trabalho do Pontifício Instituto Patrístico Augustinianum, uma instituição acadêmica fundamental para promover esta missão. Fonte: https://www.augustinianorder.org

Família se revolta com padre flagrado embriagado após acidente em SJC

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Publicado em 14 maio 2025
  • Família se revolta com padre flagrado embriagado
  • Diocese de São José dos Campos
  • padre Fábio Ferreira Costa
  • Rodovia dos Tamoios,
  • Acidente na Rodovia dos Tamoios
  • bairro Alto da Ponte,

Família se revolta com padre flagrado embriagado após acidente em SJC

 

 

Foto: Reprodução / TV Câmara de Jacareí / Polícia Civil

A família de um homem de 55 anos, que continua internado em estado delicado, expressou indignação com a forma como a Diocese de São José dos Campos divulgou o acidente de trânsito envolvendo um padre, na noite da última segunda-feira (5). O episódio envolveu o padre Fábio Ferreira Costa. Ele tem 47 anos e atua como pároco da Paróquia São Benedito, localizada no bairro Alto da Ponte, na região norte da cidade. 

O acidente aconteceu na Rodovia dos Tamoios, em São José dos Campos.  Segundo os familiares da vítima, o boletim publicado pela instituição religiosa minimiza a gravidade da situação e distorce os fatos.

De acordo com a filha do motorista ferido, o homem dirigia normalmente quando o “carro foi atingido na traseira com tanta força que capotou diversas vezes”. Durante o acidente, ele foi arremessado para fora do veículo pelo para-brisa. Uma testemunha ocular, que vinha logo atrás, teria afirmado que o carro conduzido pelo padre quase causou outra colisão segundos antes do impacto principal.

 

Vítima segue internada

O estado de saúde da vítima ainda inspira cuidados. Ele passou por cirurgia no tornozelo, está com pino na perna e apresenta escoriações por todo o corpo. Além disso, sofre com cortes profundos na testa e na nuca, fala com dificuldade devido aos medicamentos e sente tonturas com frequência. Conforme relatado pela filha, ele segue sob observação constante, com a realização de novos exames.

O boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil confirma que o padre estava ao volante do outro veículo envolvido e foi submetido ao teste do bafômetro. O resultado apontou 0,56 miligramas de álcool por litro de ar alveolar, quantidade considerada crime de trânsito. Ainda segundo o documento oficial, ele também não possuía habilitação.

Diante das evidências, o padre recebeu voz de prisão em flagrante por embriaguez ao volante, lesão corporal culposa e direção sem habilitação. Apesar da gravidade dos fatos, ele foi liberado após pagamento de fiança no valor de R$ 1 mil.

 

O que diz a Diocese – Flagrado embriagado

A Diocese de São José dos Campos afirmou, em nota oficial, que o religioso não estava embriagado e que ele apenas se envolveu em um acidente que já teria ocorrido momentos antes. Segundo o comunicado, o padre trafegava pela rodovia quando se deparou com um carro capotado e, por conta da baixa iluminação e da falta de sinalização no local, acabou colidindo com o veículo. A Diocese também destacou que o padre permaneceu no local e cooperou com as autoridades.

A reportagem da CBN Vale procurou a Diocese para saber se o padre continuará atuando normalmente ou se será afastado durante as investigações, mas até o fechamento desta matéria não houve resposta.

 

Nota da Diocese de São José dos Campos – Flagrado

“A Diocese de São José dos Campos, vem por meio desta, esclarecer, um acidente que um padre da Diocese de São José dos Campos se envolveu na última segunda-feira (5).

Informamos que o padre estava trafegando normalmente quando se deparou com um carro capotado na pista. Pela baixa luminosidade e falta de sinalização do carro e do local, acabou se envolvendo neste acidente que já tinha acontecido alguns momentos antes. Tanto é que a vítima do carro capotado não estava dentro do veículo, mas no gramado fora da pista. Todavia o padre se colocou à disposição para as necessidades e aguardou no local as autoridades competentes e chegada do socorro médico.

Sobre o que está sendo veiculado da embriaguez ao volante, o padre não se recusou a assoprar o bafômetro pela consciência tranquila em não estar

embriagado, porém a avaliação coube as autoridades competentes.

A Diocese e o jurídico está acompanhando o caso que agora segue em tramitação na justiça.” Fonte: https://www.cbnvale.com.br

Caruaru: padre é encontrado morto dentro de cisterna.

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Publicado em 14 maio 2025
  • Caruaru,
  • Agreste de Pernambuco,
  • padre é encontrado morto dentro de cisterna
  • cônego Eronildo Manoel da Cruz,
  • Instituto de Teologia São João Crisóstomo,
  • vigário Episcopal para a Vida Consagrada
  • Padre é encontrado morto em Caruaru,

Religioso foi hospitalizado na semana passada após picos de pressão alta

 

Cônego Eronildo Manoel da Cruz foi encontrado morto dentro de cisterna - Foto: Arquivo pessoal

 

Por Portal Folha de Pernambuco

A cidade no Agreste de Pernambuco, amanheceu de luto. Nesta segunda-feira (12), o cônego Eronildo Manoel da Cruz, de 60 anos, que era vigário Episcopal para a Vida Consagrada e diretor do Instituto de Teologia São João Crisóstomo, foi encontrado sem vida dentro da cisterna de sua residência, no bairro de Indianópolis. 

Por meio de nota, a Diocese de Caruaru revelou que o religioso havia sido hospitalizado na semana passada e que é provável que a causa da morte tenha sido um mal súbito. 

 

"Informamos que, na semana passada, o padre havia procurado atendimento hospitalar após picos de pressão alta. Na ocasião, foi acompanhado pelo Padre José Valter, recebeu medicação e foi orientado a procurar um cardiologista para avaliação mais aprofundada", iniciou a diocese. 

"Desde então, encontrava-se em acompanhamento. Lamentavelmente, foi encontrado sem vida na data de hoje. Tudo indica que ele teve um mal súbito, a ser ainda confirmado pela necrópsia", finalizou a instituição. O velório acontecerá na Paróquia Nossa Senhora do Rosário. 

 

 A Polícia Civil de Pernambuco registrou o caso por meio da 14ª Delegacia e informou que investigações do caso já foram iniciadas. 

A Polícia Civil de Pernambuco informa que registrou no dia 12 de maio, por meio da 14ª Delegacia Seccional - Caruaru, a ocorrência de morte a esclarecer. De acordo com relatos, um homem de 60 anos foi encontrado sem vida dentro da cisterna de sua residência, no bairro de Indianópolis, em Caruaru. As investigações foram iniciadas e seguem em andamento até a completa elucidação do caso. Fonte: https://www.folhape.com.br

O livro que Leão 14 indicaria ao padre Júlio Lancellotti

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Publicado em 13 maio 2025
  • padre Júlio Lancellotti,
  • Los Angeles Times,
  • Seeking Shelter
  • Em busca de abrigo
  • Los Angeles
  • descaso do Estado pelos pobres nos EUA

Obra acompanha família sem teto em Los Angeles e seu resgate por organização religiosa

 

Juliano Spyer

Antropólogo e historiador, autor de 'Crentes' (Record) e 'Povo de Deus' (Geração), pesquisa cristianismo, mundo popular, mídias digitais e esportes de combate

Uma mãe jovem, com cinco filhos, mora em uma cidade empobrecida da Califórnia. À medida que seu filho mais velho avança na educação formal, ela percebe que a escola não o levará para a universidade, mas para o crime e/ou a drogadição. Então, decide mudar o rumo da família.

O novo papa, americano e sensível ao tema das desigualdades, se interessará pelo livro "Seeking Shelter: A Working Mother, Her Children, and a Story of Homelessness in America" (Em busca de abrigo: uma mãe trabalhadora, seus filhos e uma história de pessoas sem teto nos Estados Unidos), do escritor Jeff Hobbs, publicado no início deste ano.

A protagonista decide mudar a família para um bairro de Los Angeles onde a escola pública tem melhor qualidade. Mas comete um erro de cálculo e, pelos cinco anos seguintes, ela e as cinco crianças, de dois a 11 anos, viverão nas ruas ou em abrigos provisórios. A partir dessa experiência, o leitor é apresentado ao tema da desigualdade nos EUA e convidado a refletir sobre como lidar com o problema dos moradores de rua nas grandes cidades.

Embora se passe em Los Angeles, cidade do cinema, o livro não conta uma história espetacular, mas algo comum e banal, sem promessa de final feliz. E o autor não molda seus personagens em uma narrativa de superação —tão típica do rótulo hollywoodiano. É a história de uma mãe que se divide entre os empregos possíveis e o esforço para proteger os filhos.

O autor mostra como um texto seco, sem sentimentalismos, quase exclusivamente descritivo e factual, pode produzir uma história de suspense. Fui fisgado desde o início pela maneira crua e direta com que ele conta os desafios cotidianos dessa família.

Nem jornalismo nem literatura nem sociologia: o livro escapa desses gêneros e, ao mesmo tempo, carrega o melhor de cada um.

Da sociologia, herda o interesse em examinar um caso com sobriedade e método. Do jornalismo, o desejo de abordar temas atuais da sociedade. E da literatura, a disposição para contar uma história. A leitura flui sem a interrupção de citações; as frases são simples, diretas e livres de jargão.

O autor entrega duas reflexões. A primeira é mostrar que não são apenas pessoas com transtornos psiquiátricos ou drogaditos que vivem essa experiência. É a mesma temática, por exemplo, do filme britânico "Eu, Daniel Blake", sobre um aposentado que, por um problema burocrático, quase é despejado.

A outra mensagem é sobre a solução que funciona melhor para reintegrar quem passou pela experiência de viver nas ruas.

Organizações bem-sucedidas têm, entre outras características, vínculo religioso. Pense na atuação do padre Júlio Lancellotti em São Paulo. Além disso, essas instituições atendem poucas famílias, garantindo que o acompanhamento —com treinamentos e assistência— continue mesmo depois de a família se reestabelecer.

O cristianismo aparece de modo discreto, sem proselitismo nem autopromoção. Por isso, não me surpreenderia se Leão 14 o recomendasse também ao vice-presidente J.D. Vance, católico como ele e que escreveu um ótimo livro sobre o descaso do Estado pelos pobres nos EUA. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Brasileira 'bonita demais' para ser freira perde o cargo e quer justiça do Vaticano.

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Publicado em 12 maio 2025
  • Brasileira 'bonita demais' para ser freira
  • madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia,
  • Mosteiro San Giacomo di Veglia,
  • San Giacomo di Veglia,
  • frei Mauro Giuseppe Lepori
  • Aline Pereira Ghammachi

Aline Ghammachi liderava mosteiro na Itália até ser acusada de maus-tratos e manipulação; agora ela quer recorrer a Leão 14

 

Chico Felitti

Cartagena (Colômbia)

Nos 18 dias entre a morte do papa Francisco e a eleição do papa Leão 14, uma religiosa brasileira passou a viver na Itália uma história que parece ter saído de um romance de Dan Brown, autor de "O Código da Vinci". Foi deposta do seu alto cargo na Igreja após ser denunciada ao papa em uma carta anônima. E sua saída causou a debandada de mais onze freiras, deixando o monastério pela metade. Agora, essa freira brasileira afirma que vai lutar por justiça.

Até o dia da morte de Francisco, Aline Pereira Ghammachi era madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, uma construção de pedra centenária que fica perto de Veneza. Nascida no Amapá e formada em administração de empresas, irmã Aline dedicou sua vida à religião. Foi tradutora de documentos sigilosos e intérprete de eventos da Igreja. Até que, em fevereiro de 2018, foi indicada para chefiar o mosteiro. Tinha 33 anos e era a madre-abadessa mais jovem da Itália.

A comunidade que encabeçava tinha pouco mais de 20 religiosas. Desde que Aline assumiu o lugar, as freiras abriram as portas para a comunidade: passaram a oferecer auxílio para mulheres vítimas de violência e criaram uma horta comunitária para pessoas com autismo, além de plantarem uvas para a produção de prosecco.

Até que, dois anos atrás, irmã Aline foi denunciada em uma carta anônima que foi enviada ao papa Francisco. "Disseram que eu destratava e manipulava as irmãs." A denúncia anônima também afirmava que Aline ocultava o orçamento do mosteiro. Após a carta chegar a Francisco, começou uma auditoria do mosteiro. A primeira inspeção foi em 2023. Durou semanas e, após ela, sugeriu-se que o caso fosse arquivado, em um documento a que

Mas o caso foi reaberto meses depois. "Acredito que tenha sido a pedido de frei Mauro Giuseppe Lepori", diz a freira. Lepori é abade-chefe da ordem que dirige o mosteiro, e Aline havia trabalhado com ele por anos. "Ele dizia que eu era bonita demais para ser abadessa, ou mesmo para ser freira. Falava em tom de piada, rindo, mas me expôs ao ridículo."

Em 2024, o Vaticano mandou outra visitadora apostólica até o mosteiro. "Ela não fez nenhum teste conosco, não fez absolutamente nada, apenas teve uma conversa. E chegou à conclusão de que eu era uma pessoa desequilibrada e que as irmãs tinham medo de mim."

Quase um ano depois da visita, enquanto o papa Francisco convalescia, irmã Aline ficou sabendo da decisão: ela havia perdido seu cargo, e uma nova madre-abadessa assumiria a comunidade.

A nova abadessa, de 81 anos, chegou no dia da morte do papa argentino. Afirmou que estava lá em nome dele, inclusive. "Isso aconteceu num dia de luto para a Igreja, e num dia em que nós não poderíamos recorrer a ninguém. Chega essa comissária e se diz representante de uma pessoa que não existe mais."

Aline afirma ter ouvido que precisaria sair do mosteiro e ficar isolada em outra comunidade católica. "Disseram que eu teria de fazer um caminho de amadurecimento psicológico."

Ela não aceitou a mudança. "Primeiro, porque eu não sabia a razão de ter sido mandada embora do mosteiro. E segundo porque não existiu uma denúncia formal ou um julgamento."

Aline partiu do Mosteiro San Giacomo di Veglia no dia 28 de abril, uma semana após a morte do papa. No dia seguinte, cinco irmãs fugiram do mosteiro e foram até uma delegacia de polícia da cidade. Afirmavam que foram embora só com o hábito do corpo, sem levar os próprios documentos, por não aguentar a pressão que se criou no lugar com a intervenção. Outras freiras e noviças também deixaram a comunidade desde então. Onze das 22 mulheres que viviam no mosteiro saíram desde que irmã Aline se foi. "As que ficaram são as irmãs anciãs, de 85 anos, 88 anos", diz a brasileira.

Uma das freiras que fugiu se manifestou publicamente para defender a ex-abadessa brasileira. "Foi inaugurado um tratamento medieval, um clima de calúnias e acusações infundadas contra a irmã Aline que, por sua vez, é uma pessoa muito séria e escrupulosa e que nos últimos anos se tornou o ponto de referência para a comunidade", disse a freira Maria Paola Dal Zotto ao jornal Gazzettino.

A Igreja não se pronuncia sobre o caso. Mas frei Mauro Giuseppe Lepori comentou os acontecimentos com o jornal. Lepori escreveu em uma mensagem: "A ex-abadessa está se libertando, acreditando que pode recuperar o poder e a vaidade por meio de mentiras e manipulação da mídia".

Desde que saiu do mosteiro, Aline passou alguns dias na casa da sua irmã (de sangue) em Milão e, na semana do conclave, foi até o Vaticano, para tentar recorrer do que considera uma injustiça. "Eu não tive direito de defesa. Fui colocada para fora do mosteiro, sem motivação. Estamos até recorrendo no Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica. Por que aconteceu? Porque eu sou mulher, porque eu sou jovem e porque, principalmente nesse contexto, sou brasileira."

O caso ganhou as manchetes da imprensa italiana. A RAI, um dos principais canais de televisão da Europa, fez uma reportagem especial sobre o tema. Um repórter foi até a região e entrevistou moradores. A chamada da matéria era: "Freira em fuga: bela demais para ser abadessa?". O jornal Corriere del Veneto noticiou na última quarta-feira (7) que uma produtora audiovisual da Alemanha já planeja transformar essa história em um filme.

Irmã Aline diz que sua aparência não deveria ser um fator levado em conta numa questão profissional. Mas concorda que sua origem, sua idade e mesmo sua feição podem ter tido peso nessa história. "Aí mostra a questão sexista, machista. Porque uma pessoa jovem e bonita deve ser burra. Não pode ser inteligente, tem que ficar calada."

Ela afirma que não vai se calar. Nem parar de trabalhar. Um benfeitor do mosteiro colocou à disposição das irmãs uma villa, uma mansão onde as freiras que fugiram vão poder continuar seu serviço social. No dia em que o novo papa foi eleito, irmã Aline falou à Folha. Estava a caminho do novo abrigo, que precisa ser mobiliado antes de ser aberto para a comunidade. Ela ainda não se reencontrou com as outras irmãs que saíram do mosteiro.

Mesmo que as 11 freiras em fuga sigam sua obra, elas vão ter de se afastar do cargo. "Infelizmente, vai haver uma ruptura. Nós vamos ter que pedir a dispensa de votos, que é uma obrigação canônica, mas queremos continuar nossa vida de trabalho e de oração. Nós amamos a Igreja. Vamos começar do zero. Mas com uma visão de futuro, de talvez começar de novo, em outra congregação".

A freira brasileira vê com bons olhos a eleição de Leão 14 como papa. "Eu acredito que seja positivo, porque ele luta pelos direitos humanos. E ele é um papa canonista, ou seja, é formado em direito canônico. Então, ele vai entender a lei. Isso para mim já fala muito. Eu não estou pedindo nada mais do que a lei." Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Terça-feira, 13 de maio-2025. 4ª SEMANA DA PÁSCOA. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita

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Publicado em 12 maio 2025
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  • Frei Carlos Mesters,
  • Biblista Frei Carlos Mesters,
  • Carmelita Frei Carlos Mesters,
  • Evangelho do Dia com Frei Carlos Mesters,
  • 4ª Semana da Páscoa
  • Frei Carlos Mesters, O. Carm
  • Lectio Divina do Frei Carlos Mesters,

 

1) Oração

Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, celebrando o mistério da ressurreição do Senhor, possamos acolher com alegria a nossa redenção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (João 10, 22-30)

Naquele tempo, 22Em Jerusalém celebrava-se a festa da Dedicação. Era inverno. 23Jesus andava pelo templo, no pórtico de Salomão. 24Os judeus, então, o rodearam e disseram-lhe: “Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!” 25Jesus respondeu: “Eu já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim. 26Vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. 27As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém vai arrancá-las da minha mão. 29Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior do que todos, e ninguém pode arrancá-las da mão do Pai. 30Eu e o Pai somos um”.

 

3) Reflexão

Os capítulos 1 a 12 do evangelho de João são chamados “O Livro dos Sinais”. Neles acontece a revelação progressiva do Mistério de Deus em Jesus. Na mesma medida em que Jesus vai fazendo a revelação, crescem a adesão e a oposição a ele de acordo com a visão com que cada um espera a chegada do Messias. Esta maneira de descrever a atividade de Jesus não é só para informar como a adesão a Jesus acontecia naquele tempo, mas também e sobretudo como ela deve acontecer hoje em nós, seus leitores e suas leitoras. Naquele tempo, todos esperavam a chegada do Messias e tinham os seus critérios para poder reconhecê-lo. Queriam que ele fosse do jeito que eles o imaginavam. Mas Jesus não se submete a esta exigência. Ele revela o Pai do jeito que o Pai é e não do jeito que o auditório o gostaria. Ele pede conversão no modo de pensar e de agir.  Hoje também, cada um de nós tem os seus gostos e preferências. Às vezes, lemos o evangelho para ver se encontramos nele a confirmação dos nossos desejos. O evangelho de hoje traz uma luz a este respeito.

João 10,22-24: Os Judeus interpelam Jesus.  Era frio. Mês de outubro. Festa da dedicação que celebrava a purificação do templo feita por Judas Macabeu (2Mc 4,36.59). Era uma festa bem popular de muitas luzes. Jesus anda na esplanada do Templo, no Pórtico de Salomão. Os judeus o questionam: "Até quando nos irás deixar em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente". Eles querem que Jesus se defina e que eles possam verificar, a partir dos critérios deles, se Jesus é ou não é o Messias. Querem provas. É a atitude de quem se sente dono da situação. Os novatos devem apresentar suas credenciais. Do contrário não terão direito de falar e de atuar.

João 10,25-26: Resposta de Jesus: as obras que faço dão testemunho de mim.  A resposta de Jesus é sempre a mesma: "Eu já disse, mas vocês não acreditam em mim. As obras que eu faço em nome do meu Pai, dão testemunho de mim; vocês, porém, não querem acreditar, porque vocês não são minhas ovelhas”. Não se trata de dar provas. Nem adiantaria. Quando uma pessoa não quer aceitar o testemunho de alguém, não há prova que o leve a pensar diferente. O problema de fundo é a abertura desinteressada da pessoa para Deus e para a verdade. Onde houver esta abertura, Jesus é reconhecido pelas suas ovelhas. “Quem é pela verdade escuta minha voz” dirá Jesus mais adiante a Pilatos (Jo 18,37). Esta abertura estava faltando nos fariseus.

João 10,27-28: As minhas ovelhas conhecem minha voz.  Jesus retoma a parábola do Bom Pastor que conhece suas ovelhas e é conhecido por elas. Este mútuo entendimento  -  entre Jesus que vem em nome do Pai e as pessoas que se abrem para a verdade  -  é fonte de vida eterna. Esta união entre o criador e a criatura através de Jesus supera a ameaça da morte: “Elas jamais perecerão e ninguém as arrebatará de minha mão!” Estão seguras e salvas e, por isso mesmo, em paz e com plena liberdade.

João 10,29-30: Eu e o Pai somos um.  Estes dois versículos abordam o mistério da unidade entre Jesus e o Pai: “Meu Pai, que tudo entregou a mim, é maior do que todos. Ninguém pode arrancar coisa alguma da mão do Pai. O Pai e eu somos um”. Esta e várias outras frases nos deixam entrever algo deste mistério maior: “Quem vê a mim vê o Pai” (Jo 14,9). “Eu estou no Pai e o Pai está em mim” (Jo 10,38). Esta unidade entre Jesus e o Pai não é automática, mas é fruto da obediência: “Eu sempre  faço o que o Pai me mostra que é para fazer” (Jo 8,29; 6,38; 17,4). “Meu alimento é fazer a vontade do Pai (Jo 4,34; 5,30). A carta aos hebreus diz que Jesus teve que aprender, através do sofrimento, o que é ser obediente (Hb 5,8). “Ele foi obediente até à morte, e morte de Cruz” (Fl 2,8). A obediência de Jesus não é disciplinar, mas é profética. Ele obedece para ser total transparência e, assim, ser revelação do Pai. Por isso, ele podia dizer: “Eu e o pai somos um!” Foi um longo processo de obediência e de encarnação que durou 33 anos. Começou com o Sim de Maria (Lc 1,38) e terminou com “Tudo está consumado!” (Jo 19,30).

 

4) Para um confronto pessoal

 1) Minha obediência a Deus é disciplinar ou profética? Revelo algo de Deus ou só me preocupa com a minha própria salvação?

2) Jesus não se submeteu às exigências dos que queriam verificar se ele era mesmo o messias. Existe em mim algo desta atitude dominadora e inquisidora dos adversários de Jesus?

 

5) Oração final

Deus tenha pena de nós e nos abençoe, faça brilhar sobre nós a sua face. para que se conheça na terra o teu caminho, entre todos os povos a tua salvação. (66, 2-3)

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