Olhar Jornalístico

*A Cartilha Eleições 2014

Detalhes
Publicado em 16 setembro 2014

+ Aldo di Cillo Pagotto, sss, Arcebispo Metropolitano da Paraíba

Conheça a trajetória e as propostas do candidato e do partido. Se eleito, cobre resultados! Observe se o candidato trabalha com políticas estruturais ou se improvisa políticas de compensação.

- A Igreja orienta os fiéis a respeito dos princípios éticos e dos valores morais, incentiva-os para que contribuam na organização da ordem social, de modo que sejam bons cristãos e honestos cidadãos, testemunhem os valores do Evangelho de Jesus, enfim, esforcem-se para torná-los presentes na organização da sociedade. Pelo voto consciente, responsável, democrático, o povo pode decidir o seu presente e o seu futuro...

 *Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2014/09/a-cartilha-eleicoes-2014.html

*Encruzilhada eleitoral

Detalhes
Publicado em 11 setembro 2014

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG)

Na medida em que se entra na reta final para as eleições 2014, a propaganda avança e as pesquisas impactam. O cidadão se vê numa encruzilhada eleitoral. Um enorme desafio à cidadania. Não basta apenas escolher um nome. O alcance da responsabilidade e das consequências do voto não permitem atitude simplória, sob pena do alto custo de decisões inadequadas sobre o executivo e a representatividade...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2014/09/encruzilhada-eleitoral.html

A PALAVRA... Nº 685. O Fanatismo Político em Alagoas.

Detalhes
Publicado em 09 setembro 2014

ELEIÇÕES-2014: Fernando Collor apela para a Religiosidade dos Alagoanos.

Detalhes
Publicado em 28 agosto 2014

Jornalista da 'Forbes' investiga a história dos Anonymous

Detalhes
Publicado em 25 agosto 2014

Em "Nós Somos Anonymous", Parmy Olson, da revista "Forbes", procura contar a história do movimento global que combate imposições de governos e de grandes empresas e acredita que toda a informação deve ser livre.

A investigação de Olson resultou nesse livro que é o primeiro relato completo do grupo que criou um novo tipo de resistência. A autora também apresenta entrevistas exclusivas com membros do coletivo hacker LulzSec (Lulz Security).

"Hacker era uma palavra famosamente vaga", conta. "Podia se referir a um programador entusiasmado ou a um criminoso cibernético. Mas os membros do Anonymous, ou Anons, com frequência eram chamados de hacktivistas –hackers com mensagem ativista".

A assinatura –"Somos os Anonymous. Somos a Legião. Não perdoamos. Não esquecemos. Aguarde-nos."– e a máscara, uma referência ao rebelde britânico Guy Fawkes (1570-1606), marcaram as ações do grupo.

Fawkes, rebelde do levante conhecido como Conspiração da Pólvora, inspirou a criação do personagem V, da graphic novel "V de Vingança", de Alan Moore. A HQ serviu como inspiração para o filme homônimo.

"Seus panfletos e mensagens digitais mostravam o logotipo de um homem sem cabeça trajando terno e cercado por ramos da paz (ao estilo dos ramos de oliveira do símbolo da ONU), supostamente inspirado na pintura surrealista de René Magritte, aquela com um sujeito de chapéu-coco e a maça verde".

Os ataques do Anonymous em 2010 colocaram todo mundo que trabalhava com segurança cibernética em alerta, mas, graças ao anonimato, eles não faziam ideia do que estavam enfrentando. Em "Nós Somos Anonymous", Olson decifra um pouco dessa história.

Fonte: http://www.folha.uol.com.br/

Governo vai à Justiça pelos direitos de blog feito por admiradores de Dilma

Detalhes
Publicado em 28 setembro 2013

O governo decidiu entrar na Justiça para tomar para si os direitos do site Blog da Dilma, feito por um grupo de admiradores da presidente. Há dez dias, o blog publicou uma abjeta ilustração racista sobre Joaquim Barbosa.

Fonte: http://veja.abril.com.br

.

Conheça Pablo Capilé, o líder por trás da Mídia Ninja.

Detalhes
Publicado em 09 setembro 2013

Pablo Santiago Capilé Mendes, de 34 anos, vive em dois mundos. No circuito Fora do Eixo (FdE), nome da comunidade que fundou e da qual é líder com status de guru, ele diz ser politicamente apartidário e defende a independência financeira do grupo a ponto de, dentro dele, fazer circular um dinheiro de mentirinha, o card. A “moeda” serve para “remunerar” o trabalho de cerca de centenas de jovens que moram nas 25 casas do FdE, espécie de repúblicas de muros grafitados onde tudo é de todo mundo -- incluindo as roupas, guardadas em um armário único e à disposição do primeiro que chegar.

Já no outro mundo em que vive, Capilé é um “companheiro”, como se referiu a ele o presidente do PT, Rui Falcão, e o dinheiro com que lida não só é de verdade como vem, em boa parte, dos cofres públicos.

O mais recente empreendimento do Fora do Eixo, por exemplo- uma casa inaugurada em Brasília no mês de junho para hospedar convidados estrangeiros e a cúpula da organização --, foi montado com dinheiro da Fundação Banco do Brasil. A título de convênio, a fundação repassou à turma de Capilé 204.000 reais destinados, segundo sua assessoria, a “estruturação do local, salários de educadores e implementação de uma estação digital”. O Fora do Eixo tem outras duas dezenas de casas espalhadas pelo Brasil em lugares como Fortaleza, Porto Alegre e Belém do Pará. Não tão chiques nem tão bem aparelhadas quanto a de Brasília, elas abrigam, no mesmo esquema da casa de São Paulo, jovens que trabalham voluntariamente para a organização.

Parte deles atua no Mídia Ninja, grupo que ficou conhecido por fotografar, filmar e transmitir pela internet em tempo real os protestos de rua de junho. Outra parcela, bem maior, trabalha na organização e na divulgação de atividades culturais, como os festivais de música - o negócio mais forte do Fora do Eixo, e o caminho mais curto para o dinheiro público. Para chegar até ele, Capilé conhece bem os atalhos.

Fonte: http://veja.abril.com.br

.

No Dia da Pátria, só vândalos aparecem nas manifestações.

Detalhes
Publicado em 09 setembro 2013

Mais uma vez, a cena se repetiu nas principais capitais do país: o protesto como desculpa para um pequeno grupo de arruaceiros realizarem o quebra-quebra.

Os protestos já viraram rotina no calendário das principais cidades brasileiras. Como também passou a ser comum o quebra-quebra do patrimônio público. Neste sábado, 7 de setembro, Dia da Independência, as manifestações convocavam milhões de pessoas para sair às ruas. Mas apenas uma pequena parcela compareceu para, claro, provocar confusão. Foram os seguidores da tática black bloc, que pretendiam chamar mais atenção do que os desfiles cívicos.

As maiores manifestações ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. As três capitais registraram, mais uma vez, cenas de confronto entre pequenos grupos e policiais. Também ocorreram passeatas em Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e cinco capitais. Ao todo, 40 cidades registraram algum tipo de protesto.

Pelo balanço das polícias militares de todo o país, menos de 20.000 pessoas foram às ruas neste sábado e pouco mais de 500 pessoas foram detidas. Até às 22 horas, 50 manifestantes foram levados para a delegacia em Brasília. No Rio, 77 foram detidos. Em São Paulo, 39 pessoas foram presas. Em Curitiba, 27 e em Fortaleza, 30. Cerca de 20 manifestantes ficaram feridos.

Fonte: http://veja.abril.com.br

.

Segunda-feira dia 8 de dezembro- 2025. Solenidade da Imaculada Conceição

Detalhes
Publicado em 08 dezembro 2025
  • Festa da Imaculada Conceição,
  • Artigos do Frei Carlos Mesters,
  • Frei Carlos Mesters,
  • Imaculada Conceição,
  • Nossa Senhora da Imaculada Conceição,
  • Solenidade da Imaculada Conceição,
  • Mensagem do Frei Carlos Mesters,
  • Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora
  • Solenidade do Imaculada Conceição de Nossa Senhora
  • Homilia da Solenidade do Imaculada Conceição de Nossa Senhora
  • Homilia da Festa da Imaculada Conceição

Frei Carlos Mesters, O. Carm

 

1) Oração

Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para o vosso Filho pela Imaculada Conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós, purificados também de toda culpa. por sua materna intercessão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho  (Lucas 1,26-38)

Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,27a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria.28Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.29Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.30O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.31Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.32Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,33e o seu reino não terá fim.34Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem?35Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.36Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,37porque a Deus nenhuma coisa é impossível.38Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela.

 

3) Reflexão

Hoje é a Solenidade da Imaculada Conceição. O texto que meditamos no evangelho descreve a visita do anjo a Maria (Lc 1,26-38). A Palavra de Deus chega a Maria não através de um texto bíblico, mas através de uma experiência profunda de Deus, manifestada na visita do anjo. No AT, muitas vezes, o Anjo de Deus é o próprio Deus. Foi graças à ruminação da Palavra escrita de Deus na Bíblia, que Maria foi capaz de perceber a Palavra viva de Deus na visita do Anjo. Assim também acontece com a visita de Deus em nossas vidas. As visitas de Deus são frequentes. Mas por falta de ruminação da Palavra escrita de Deus na Bíblia, não percebemos a visita de Deus em nossas vidas. A visita de Deus é tão presente e tão contínua que, muitas vezes, já nem a percebemos e, por isso, perdemos uma grande oportunidade de viver na paz e na alegria.

 

Lucas 1,26-27: A Palavra faz a sua entrada na vida.

Lucas apresenta as pessoas e os lugares: uma virgem chamada Maria, prometida em casamento a um homem, chamado José, da casa de Davi. Nazaré, uma cidadezinha na Galiléia. Galiléia era periferia. O centro era Judéia e Jerusalém. O anjo Gabriel é o enviado de Deus para esta moça virgem que morava na periferia. O nome Gabriel significa Deus é forte. O nome Maria significa amada de Javé ou Javé é o meu Senhor. A história da visita de Deus a Maria começa com a expressão “No sexto mês”. Trata-se do "sexto mês" da gravidez de Isabel, parenta de Maria, uma senhora já de idade, precisando de ajuda. A necessidade concreta de Isabel é o pano de fundo de todo este episódio. Encontra-se no começo (Lc 1,26) e no fim (Lc 1,36.39).

 

Lucas 1,28-29: A reação de Maria.

Foi no Templo que o anjo apareceu a Zacarias. A Maria ele aparece na casa dela. A Palavra de Deus atinge Maria no ambiente da vida de cada dia. O anjo diz: “Alegra-te! Cheia de graça! O Senhor está contigo!” Palavras semelhantes já tinham sido ditas a Moisés (Ex 3,12), a Jeremias (Jr 1,8), a Gedeão (Jz 6,12), a Rute (Rt 2,4) e a muitos outros. Elas abrem o horizonte para a missão que estas pessoas do Antigo Testamento deviam realizar a serviço do povo de Deus. Intrigada com a saudação, Maria procura saber o significado. Ela é realista, usa a cabeça. Quer entender. Não aceita qualquer aparição ou inspiração.

 

Lucas 1,30-33: A explicação do anjo.

“Não tenha medo, Maria!” Esta é sempre a primeira saudação de Deus ao ser humano: não ter medo! Em seguida, o anjo recorda as grandes promessas do passado que vão ser realizadas através do filho que vai nascer de Maria. Este filho deve receber o nome de Jesus. Ele será chamado Filho do Altíssimo e nele se realizará, finalmente, o Reino de Deus prometido a Davi, que todos estavam esperando ansiosamente. Esta é a explicação que o anjo dá a Maria para ela não ficar assustada.

 

Lucas 1,34: Nova pergunta de Maria

Maria tem consciência da missão importante que está recebendo, mas ela permanece realista. Não se deixa embalar pela grandeza da oferta e olha a sua condição: “Como é que vai ser isto, se eu não conheço homem algum?” Ela analisa a oferta a partir dos critérios que nós, seres humanos, temos à nossa disposição. Pois, humanamente falando, não era possível que aquela oferta da Palavra de Deus se realizasse naquele momento.

 

Lucas 1,35-37: Nova explicação do anjo

"O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra. Por isso, o Santo que vai nascer de você será chamado Filho de Deus”. O Espírito Santo, presente na Palavra de Deus desde o dia da Criação (Gênesis 1,2), consegue realizar coisas que parecem impossíveis. Por isso, o Santo que vai nascer de Maria será chamado Filho de Deus. Quando hoje a Palavra de Deus é acolhida pelos pobres sem estudo, algo novo acontece pela força do Espírito Santo! Algo tão novo e tão surpreendente como um filho nascer de uma virgem ou como um filho nascer de Isabel, uma senhora já de idade, da qual todo mundo dizia que ela não podia ter nenêm! E o anjo acrescenta: “E olhe, Maria! Isabel, tua prima, já está no sexto mês!”

 

Lucas 1,38:  A entrega de Maria.

A resposta do anjo clareou tudo para Maria. Ela se entrega ao que Deus estava pedindo: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Maria usa para si o título de Serva, empregada do Senhor. O título vem de Isaías, que apresenta a missão do povo não como um privilégio, mas sim como um serviço aos outros povos (Is 42,1-9; 49,3-6). Mais tarde, Jesus, o filho que estava sendo gerado naquele momento, definirá sua missão:  “Não vim para ser servido, mas para servir!” (Mt 20,28). Aprendeu da Mãe!

 

Lucas 1,39:  A forma que Maria encontra para servir

A Palavra de Deus chegou e fez com que Maria saísse de si para servir aos outros.  Ela deixa o lugar onde estava e vai para a Judéia, a mais de quatro dias de viagem, para ajudar sua prima Isabel. Maria começa a servir e cumprir sua missão a favor do povo de Deus.

 

4) Para um confronto pessoal

  1. Como você percebe a visita de Deus em sua vida? Você já foi visitada ou visitado? Você já foi uma visita de Deus na vida dos outros, sobretudo dos pobres? Como este texto nos ajuda a descobrir as visitas de Deus em nossa vida?
  2. A Palavra de Deus se encarnou em Maria. Como a Palavra de Deus está tomando carne na minha vida pessoal e na vida da comunidade?

 

5) Oração final

Cantai ao Senhor um cântico novo, porque ele operou maravilhas. Sua mão e seu santo braço lhe deram a vitória. (Sl 97)

Quarta-feira, 26 de novembro-2023. 34ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

Detalhes
Publicado em 26 novembro 2025
  • Artigos do Frei Carlos Mesters,
  • Frei Carlos Mesters,
  • Biblista Frei Carlos Mesters,
  • Jacobus Gerardus Hubertus Mesters,
  • lectio divina,
  • LECTIO DIVINA DO EVANGELHO DO DIA,
  • Evangelho do Dia com Frei Carlos Mesters,
  • 34ª Semana do Tempo Comum,
  • EVANGELHO DO DIA-LECTIO DIVINA,
  • Lectio Divina com Frei Carlos Mesters,
  • Lectio Divina do Frei Carlos Mesters,

 

1) Oração

Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Lucas 21, 12-19)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12Mas, antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim. 13Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho. 14Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa, 15porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários. 16Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. 17Sereis odiados por todos por causa do meu nome. 18Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. 19É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação. - Palavra da salvação.

 

3) Reflexão  Lucas 21,12-19

*  No evangelho de hoje, que é a continuação do discurso iniciado ontem, Jesus enumera mais um sinal para ajudar as comunidades a se situar dentro dos fatos e não perder a fé em Deus nem a coragem de resistir contra as investidas do império romano. Repetimos os primeiros cinco sinais do evangelho de ontem:

1º sinal: os falsos messias (Lc 21,8);

2º sinal: guerra e revoluções (Lc 21,9);

3º sinal: nação lutará contra outra nação, um reino contra outro reino (Lc 21,10);

4º sinal: terremotos em vários lugares (Lc 21,11);

5º sinal: fome, peste e sinais no céu (Lc 21,11). 

Até aqui foi o evangelho de ontem. Agora, no evangelho de hoje, mais um sinal:

6º sinal: a perseguição dos cristãos (Lc 21,12-19)

 

Lucas 21,12. O sexto sinal da perseguição.

Várias vezes, durante os poucos anos que passou entre nós, Jesus tinha avisado aos discípulos que eles iam ser perseguidos. Aqui, no último discurso, ele repete o mesmo aviso e faz saber que a perseguição deve ser levado em conta no discernimento dos sinais dos tempos: "Antes que essas coisas aconteçam, vocês serão presos e perseguidos; entregarão vocês às sinagogas, e serão lançados na prisão; serão levados diante de reis e governadores, por causa do meu nome”. E destes acontecimentos, aparentemente tão negativos Jesus tinha dito: “Não fiquem apavorados. Primeiro essas coisas devem acontecer, mas não será logo o fim." (Lc 21,9). E o evangelho de Marcos acrescenta que todos estes sinais são "apenas o começo das dores de parto!" (Mc 13,8) Ora, dores de parto, mesmo sendo muito dolorosas para a mãe, não são sinal de morte, mas sim de vida! Não são motivo de medo, mas sim de esperança! Esta maneira de ler os fatos trazia tranqüilidade para as comunidades perseguidas. Assim, lendo ou ouvindo estes sinais, profetizados por Jesus no ano 33, os leitores de Lucas dos anos oitenta podiam concluir: "Todas estas coisas já estão acontecendo conforme o plano previsto e anunciado por Jesus! Por tanto, a história não escapou da mão de Deus! Deus está conosco!"

 

Lucas 21,13-15: A missão dos cristãos em época de perseguição

A perseguição não é uma fatalidade, nem pode ser motivo de desânimo ou de desespero, mas deve ser vista como uma oportunidade, oferecida por Deus, para as comunidades realizarem a missão de testemunhar com coragem a Boa Nova de Deus. Jesus diz: “Isso acontecerá para que vocês dêem testemunho. Portanto, tirem da cabeça a idéia de que vocês devem planejar com antecedência a própria defesa; porque eu lhes darei palavras de sabedoria, de tal modo que nenhum dos inimigos poderá resistir ou rebater vocês”. Por meio desta afirmação Jesus anima os cristãos perseguidos que viviam angustiados. Ele faz saber que, mesmo perseguidos, eles tinham uma missão a cumprir, a saber: testemunhar a Boa Nova de Deus e, assim, ser um sinal do Reino (At 1,8). O testemunho corajoso levaria o povo a repetir o que diziam os magos do Egito diante dos sinais e da coragem de Moisés e Aarão: “Aqui há o dedo de Deus!” (Ex 8,15). Conclusão: se as comunidades não devem preocupar-se, se tudo está nas mãos de Deus, se tudo já era previsto por Deus, se tudo não passa de dor de parto, então não há motivo para ficarmos preocupados.

 

Lucas 21,16-17: Perseguição até dentro da própria família

“E vocês serão entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vocês. Vocês serão odiados por todos, por causa do meu nome”. A perseguição não vinha só de fora, da parte do império, mas também de dentro, da parte da própria família. Numa mesma família, uns aceitavam a Boa Nova, outros não. O anúncio da Boa Nova provocava divisões no interior das famílias. Havia até pessoas que, baseando-se na Lei de Deus, chegavam a denunciar e matar seus próprios familiares que se declaravam seguidores de Jesus (Dt 13,7-12).

 

Lucas 21,18-19: A fonte da esperança e da resistência

“Mas não perderão um só fio de cabelo.  É permanecendo firmes que vocês irão ganhar a vida!"  Esta observação final de Jesus lembra a outra palavra que Jesus tinha dito: “nenhum cabelo vai cair da cabeça de vocês!” (Lc 21,18). Esta comparação era um apelo forte a não perder a fé e a continuar firme na comunidade. E confirma o que Jesus já tinha dito em outra ocasião: “Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim, esse a salvará” (Lc 9,24).

 

4) Para um confronto pessoal

 1) Como você costuma ler as etapas da história da sua vida e do seu país?

2) Olhando a história da humanidade dos últimos 50 anos, a esperança aumentou em você, ou diminuiu?

 

5) Oração final

O Senhor manifestou sua salvação, aos olhos dos povos revelou sua justiça. Lembrou-se do seu amor e da sua fidelidade à casa de Israel. (Sl 97, 2-3)

LA ORACIÓN DEL SILENCIO

Detalhes
Publicado em 23 novembro 2025
  • Espiritualidade,
  • ESPIRITUALIDADE CARMELITANA,
  • ESPIRITUALIDADE CARMELITA,
  • la contemplación
  • Tercera Orden del Carmelo
  • el Carmelo
  • la oración mental
  • espiritualidad
  • El corazón de la espiritualidad Carmelita

 

Frei Joseph Chalmers O. Carm.

En el Carmelo hay muchas estrella, pero las más grandes, las más brillantes son Santa Teresa de Jesús  y san Juan de la Cruz. Su experiencia y sus escritos son tan importantes para la historia de la espiritualidad. Pero son tan grandes que a veces,  no se puede ver otra cosa. La espiritualidad Carmelita no empieza con Teresa y Juan. Ellos recibieron la tradición y con genio reelaboraron esta tradición y pasó esta tradición a nosotros.

El corazón de la espiritualidad Carmelita es desde el inicio de nuestra historia, la contemplación. Santa Teresa y San Juan  vivían en el tiempo de la “Devoción Moderna” en que la oración mental era muy importante. Teresa encontró un método de oración mental que le ayudó mucho. Teresa y Juan escriben de la vida espiritual en términos de oración. Por supuesto, la puerta a la contemplación es la oración, pero la contemplación incluye toda la vida.

Claro que vivimos en un mundo de ruido. Hay siempre ruido, radio, Tv., palabras, palabras , palabras. No somos islas aisladas. Todo el ruido entra en nuestras almas. Llevamos con nosotros un gran ruido interior. Cuando vamos a la oración individual, es muy difícil para nosotros estar en silencio. Tal vez nuestra oración es simplemente más ruido. El silencio es difícil para nosotros y tal vez tenemos miedo; entonces llenamos todo el tiempo de la oración con palabras. Es bueno leer, es bueno meditar en el sentido de pensar sobre la Palabra; es bueno hablar a Dios con palabras santas como el Padre Nuestro y Ave María; es bueno hablar a Dios con nuestras propias palabras. Pero hay tiempo para hablar y tiempo para silencio. Ahora quisiera hablar un poquito sobre la oración del silencio y proponer un método de oración del silencio.

Hemos hablado el miércoles sobre el camino de una relación interpersonal. Es siempre importante hablar para continuar la comunicación entre dos personas, pero en una relación buena, el silencio puede ser lleno de significado. Es muy normal en una relación que está madurando que la comunicación se hace más simple con menos palabras. Al inicio, se tiene que hablar mucho, pero después un movimiento de los ojos puede ser suficiente para comunicar mucho.

Tenemos que crecer en la amistad con Dios y no debemos presumir una relación que no existe. Por supuesto que Dios nos ama igualmente, pero nosotros no estamos en el mismo lugar. Cuando hablo de la oración del silencio, no estoy diciendo que el silencio sea todo el contenido de nuestra oración, no necesitamos rezar de varias maneras. Cuando una persona siente la necesidad de más silencio en la oración, necesita un poquito de ayuda.

Hay varios métodos de rezar en silencio. Quisiera hablar solamente de una de esas; es un método que es moderno, pero tiene sus raíces en la riquísimo tradición contemplativa del cristianismo. El método no es complicado; es muy sencillo y al mismo tiempo bastante sutil. Hay cuatro puntos en este método.

 

 1.- posición del cuerpo.

Se puede rezar en cualquier ocasión o en cualquier posición. Pero en la larga tradición contemplativa podemos encontrar varias sugerencias. Es importante encontrar una manera para que el cuerpo no sea una distracción durante la oración. Yo tengo dificultad para arrodillarme.

Después de unos minutos no puedo pensar en algo más que el dolor en las rodillas. Entonces para mí, rezar de rodillas no es una buena idea. Para cualquier método de oración de silencio, veinte  minuto  es un mínimo porque necesitamos tiempo para entrar en esta oración.

Para la mayoría de personas es mejor estar sentadas; es más confortable y se puede continuar sentado por todo el tiempo. Los brazos y las piernas en una posición de relax. Rezando con los brazos o piernas cruzadas no ayuda el cuerpo entrar en la oración y así el cuerpo puede ser una gran distracción durante la oración. Todo esto es para iniciar bien

 

2.- introducir la palabra sacra.

 En este método de oración usamos una Palabra  Sacra. Esta Palabra no tiene que ser sacra en sí misma, pero tiene que ser muy significativa para la persona. La oración consiste en estar en la presencia de Dios y consentir  su acción en nosotros. Es una oración de intención y no de atención; es decir, no es necesario concentrarse en algo sino desear la presencia y la acción de Dios en nuestras vidas. En el silencio introducimos la palabra sacra muy suavemente en el propio corazón. Esta palabra viene de la relación que   tienes con Dios; es una palabra que tú entiendes y que Dios entiende, pero no se necesita que otras personas la entienden.

Según la tradición contemplativa, la palabra sacra debía ser breve. Algunos ejemplos de palabras posibles son: Dios, Señor, Amor, Jesús, Espíritu, Padre, María, Sí. Pero si una palabra es sacra para ti; es decir, significativa puedes usarla en esta oración.

Cuando digo introducir la palabra sacra en tu propio corazón, no estoy diciendo profundizar la palabra, sino aceptar esta palabra dentro de sí sin pensar sobre el significado. No es necesario forzar la palabra; tiene que ser muy suave. No se pronuncia la palabra con la boca ni con la cabeza. No es un mantra. La palabra sacra focaliza nuestro deseo. Se necesita usar la palabra siempre de la misma manera para ayudar al corazón a volver al Señor cuando somos conscientes de que estamos distraídos. Esta es una oración de intención y no de abstención. Nuestra intención es simplemente estar en la presencia de Dios y consentir  su acción en nuestras vidas. Nuestra palabra sacra exprime esta intención y cuando estamos consientes que estamos pensando en otras cosas podemos decidir continuar pensando en esta palabra  o volver a la intención de estar en la presencia de Dios y consentir su acción. Durante esta oración no es necesario hablar con Dios con palabras bellas o tener pensamientos santos; podemos hacer estas cosas en otro momento. Nuestro silencio y deseo valen mucho más que muchas palabras bonitas.

Por medio de esta palabra sacra que hemos escogido, exprimimos nuestro deseo profundo y nuestra intención de permanece en la presencia de Dios y consentir su acción en nuestra vida, una acción de purificación y transformación. Se usa la palabra sacra que es símbolo de nuestra intención y de nuestro deseo; sólo cuando somos conscientes de que estamos pensando en otra cosa. La oración misma consiste en estar en la presencia de Dios sin pensar en algo particular. Es una oración de relación con Dios, Padre, Hijo y Espíritu Santo.

María, la Madre de Jesús estaba frente a la cruz en silencio, en silencio recibió la vocación de ser Madre de la iglesia. En el silencio pronuncio su “sí” al Padre, uniéndose de esta manera al sacrificio de su Hijo, por la salvación del mundo. María es el modelo para nuestras vidas. Como ella  escuchamos la Palabra de Dios y abrimos el corazón para que Dios nos transforme. Somos creados para Dios; tenemos cavernas infinitas dentro de nosotros. Intentamos llenar estas cavernas con muchas cosas, pero sólo Dios basta.

 

DIRECTRICES PARA LA ORACIÓN EN SILENCIO

1.- Escoger una palabra sacra, como símbolo de la propia intención de consentir la presencia y la acción de Dios dentro de sí.

2.- Encontrar una postura física, cerrar los ojos e introducir en silencio la palabra sacra como símbolo de la intención de consentir la presencia de la acción de Dios dentro de sí.

3.-Cuando se es consciente de pensar en algo; volvemos suavemente a la palabra sacra.

4.- Al fin del periodo de oración, permanecer en silencio por algunos minutos con los ojos cerrados.

LA NOCHE OSCURA Y EL FALSO EGO.

Detalhes
Publicado em 23 novembro 2025
  • SAN JUAN DE LA CRUZ,
  • LA NOCHE OSCURA
  • la purificación del corazón
  • la contemplación
  • Contemplación y oración
  • Espiritualidad Carmelita
  • Tercera Orden del Carmelo
  • Visión periodística

Frei Joseph Chalmers O .Carm.

San Juan de la Cruz dice que la contemplación inicia cuando Dios empieza a llevar a las personas a una noche oscura (Noche Oscura 1,1) Indudablemente es una realidad muy compleja. La noche oscura es exactamente preparada para la persona que está experimentando esta realidad porque es una manera de purificación para aquel individuo. La noche oscura no es un castigo; al contrario, es un momento de gracia. Es un efecto de la proximidad de Dios. Al inicio, la madera que se pone en el fuego, da humo negro antes de hacerse una unidad con el fuego (Llama de Amor Viva,1,15-21).

 Santa Teresa y San Juan están de acuerdo que el centro del alma es Dios y el viaje espiritual de cada cristiano es volver a ese centro. Dios es completamente libre y puede dar sus favores a quien y cuando Él piensa. Pero el proceso normal es entrar gradualmente en una relación personal con Dios y crecer en esa. Hemos hablado del ejemplo del desarrollo de relaciones humanas – inicialmente hay el primer conocimiento, la afabilidad, la amistad y finalmente la intimidad. Hay momentos altos y bajos en cualquier relación humana y muchas relaciones no llegan a desarrollarse por muchos motivos. Y así sucede en la relación con Dios.

Pero en la relación con Dios hay una diferencia crucial. Siempre Dios tendrá la iniciativa. Él no quiere simplemente ser nuestro amigo íntimo, sino que desea sanarnos de todo lo que nos impide llegar a ser lo que podemos ser. Por ese motivo, Dios nos sigue y toca lo que necesita ser sanado. Tenemos que estar listos para escuchar y aceptar lo que Dios nos revela sobre nosotros mismos. Este remedio que implica el proceso de purificación es la noche oscura. No hay dos relaciones personales que sean exactamente iguales y no hay una fórmula exacta que seguir en la relación con Dios.

El riesgo de la vida humana es un proceso de crecimiento en el amor, pero una parte indispensable de este proceso es la purificación del corazón. Sin aguardar la dolorosa purificación del corazón, no podemos amar en verdad. Muchas veces, lo que parece amor es simplemente egoísmo. La purificación es dolorosa porque en este proceso, todas nuestras pretensiones e ilusiones tienen que caer. Necesitamos entender en lo más profundo de nuestro ser que solamente la pura gracia de Dios es la que nos sostiene. Es muy fácil decir, pero otra cosa es entender esa realidad profundamente. Antes de entender necesitamos pasar por la noche oscura.

La contemplación es la última y más importante parte del proceso de purificación del corazón humano. Por medio de la contemplación llegamos al punto de ver todo como Dios ve y amar como Dios ama. Pero para llegar a la purificación total de nuestro ser tenemos que viajar bastante.

La noche oscura nos da el conocimiento de quiénes somos y de cómo estamos apegados a nuestras propias ideas para llegar a la felicidad. La noche oscura es una parte muy importante del proceso de transformación porque nos hace entender cómo nuestros planes e ideas en vez de dirigirnos hacia la felicidad; están dirigiéndonos hacia la miseria. Hay tinieblas porque no hemos dejado nuestras propias ideas para llegar a la felicidad y no hemos recibido aún la plenitud y la verdadera alegría del Señor. Este es un inicio para esperar en la oscuridad a Dios que es siempre fiel a su promesa. La tiniebla se hace más intensa cuando el amor de Dios llega a la parte más íntima de nuestra alma, pero cuanto más oscura es la noche más cerca está el alba. La noche oscura no es un castigo, sino una señal del amor de Dios y una garantía que el Señor nos está haciendo libres para vivir una vida llena. la noche oscura es un pasaje esencial en nuestro viaje hacia la libertad. Es importante colaborar con Dios por medio de la fe y un amor silencioso.

Podemos hacer algo para preparar el suelo del corazón para recibir a Dios cuando y como quiera venir. La primera cosa es la ascesis. Esta palabra tiene una larga historia y quizá esta palabra no suene bien en nuestros oídos por causa de algunas experiencias en el pasado. El tipo de ascesis que estoy sugiriendo es muy duro, pero no tiene que ver con vigilias de oración o penitencias insólitas. Santa Teresita decía que no responder a la palabra dura con palabras duras es mejor que penitencias largas.

Una verdadera ascesis  cristiana nos ayuda a crecer en el amor y a perder las ilusiones sobre nuestra propia bondad. La tentativa de amar en cada situación y de ser humildes que significa simplemente aceptar la verdad sobre nosotros mismos; producirá mucho fruto. El ayuno de la palabra dura es mucho más útil que el ayuno del alimento.

 

 

EL EGO FALSO

 En este proceso de la noche, el ego falso, empieza a desmantelarse si la persona consiente. De esta manera entramos en contacto con nuestro verdadero centro que es Dios . El ego falso es un concepto moderno para explicar lo que escribió San Pablo sobre el hombre viejo o el hombre carnal. El ego falso es la cáscara que construimos alrededor de nosotros para protegernos de peligros verdaderos o que solamente están en nuestra cabeza ya sean físicos o emocionales. Nacemos con necesidades instintivas de amar, de buscar seguridad y de dominar la propia vida. Estas son buenas y naturales, pero muy fácilmente perdemos el control y construimos un ego falso que nos asegura que solamente en la satisfacción de todas nuestras necesidades hay la felicidad.

Cuando una persona en su niñez no recibió un mínimo de amor y no sintió un mínimo de seguridad o dominio de su propia vida, el ego falso será muy fuerte y muy difícil de desmantelar. Somos creados con la capacidad para Dios y sólo Dios puede satisfacer la sed de nuestros necesidades infinitas; el ego falso busca una satisfacción ilusoria.

Entramos en la Familia Carmelitana con nuestra cáscara bien construida. Cuando Jesús habla de la necesidad de perder la vida para encontrarla; está hablando de esa vida falsa que necesitamos dejar para recibir la vida en abundancia de Dios. Hay muchos motivos para entrar en la Familia Carmelitana y el discernimiento es importante, pero nadie al inicio tiene motivos completamente puros; con los años y la madurez, las intenciones iniciales salen gradualmente purificadas. Lo que es verdaderamente importante no es la motivación inicial sino la motivación siempre renovada que nos da la fuerza de permanecer fieles a nuestro compromiso.

La Regla habla del desierto que es el lugar de batalla. O entramos en este proceso de purificación y luchamos contra el ego falso o buscamos refugio en un mundo ilusorio. El Ego falso puede acomodarse a cualquier estilo de vida y encuentra gusto en las cosas externas de la religión. Hay muchas maneras de escapar de este proceso de purificación. Kevin habló de la persona que puede aparecer muy humilde, muy santo, pero con motivaciones deformadas.

 

Una gran parte del proceso de purificación y transformación está en medio de los eventos normales de la vida. Se puede tener una oración que parece muy alta, pero si la persona no está creciendo en las virtudes normales de la vida cristiana, la oración no es tan alta. Sólo el amor es la prueba verdadera de la vida espiritual. Y el amor necesita purificación constante para que sea puro y no una máscara para el egoísmo.

Tenemos que responder al acercamiento de Dios, consintiendo  su presencia y su acción en nosotros; nuestra oración, cualquiera que sea el método, tiene que ser una apertura a Dios y un deseo ardiente que su voluntad sea cumplida en nosotros y por medio de nosotros. Las experiencias durante la oración no son las cosas más importantes y es posible que no tengamos memoria de ninguna de esas experiencias. Lo que hacemos y cómo reaccionamos en los hechos concretos de cada día, nos dirá mucho más sobre nuestra relación con Dios; que los sentimientos particulares que nos broten durante la oración.

 

LA LUCHA

 Si no comprendemos la necesidad de luchar contra el ego falso, pienso que no será posible el crecimiento porque no hemos aceptado la necesidad de una conversión de todo nuestro ser. El ego falso no tiene ningún problema para actuar llevando incluso un habito religioso o un escapulario, etc. Porque estas cosas no nos tocan en lo profundo necesariamente. Se puede vivir una vida egoísta a pesar de las apariencias o palabras bonitas que se usa.

¿Cómo se puede luchar contra el ego falso? El punto más importante es reconocer cuándo este ego falso está fuerte. Por ese motivo, Santa Teresa de Jesús dice que las primeras moradas son del autoconocimiento. Dice que el autoconocimiento tiene que acompañarnos durante todo el viaje espiritual. Sin el conocimiento propio no existe una humildad y sin la humildad, el Señor no construye muy alto. No tenemos que pensar demasiado pronto que ya nos conocemos; no es fácil conocer a sí mismo y nuestro ego falso lucha ferozmente contra el auto conocimiento, porque el ego falso prospera en un ambiente ilusorio.

Podemos hacer fácilmente un examen de conciencia y reconocer algunas pequeñas faltas, pero habitualmente no nos preguntamos por qué hacemos estas cosas, es decir no reconocemos nuestros motivos. Es fácil ocultar nuestros motivos en un atmósfera de  activismo.

Me parece que el primer paso para conocerse mejor es preguntarse “¿por qué?” ¿por qué estoy siempre duro con esa persona? ¿por qué no veo aquella persona con simpatía? Pienso que la computadora nos puede enseñar mucho. En una computadora hay diversos programas con los que se pueden escribir cartas y charlas; jugar a la baraja o contactar por medio del Internet con personas que están muy lejos. Cuando se quiere hacer estas cosas se pide a la computadora que inicie un programa; y, se hace esto apretando un icono  de la computadora. Apretar una letra inicia diversos mensajes dentro de la computadora y pronto el programa que queremos empieza. Dentro de nosotros hay diversos programas: El enojo, la ironía, la auto defensa, las lágrimas, etc. No necesito explicar cómo  se forman estos programas dentro de nosotros, pero algunos son más usados que otros y esto depende de la personalidad individual.

Normalmente algo o alguien aprieta el punto que empieza  un programa dentro de mi. Muchas veces decimos: “ella me hace enojar,”  etc. Nada y nadie puede hacerme enojar u obligarme a tener una reacción. Una persona puede hacer algo o una situación puede tener para mi un significado particular y como reacción empiezan en mí emociones fuertes, pero el problema está en mí y no en la otra persona o situación, yo no puedo cambiar a la otra persona; es bastante difícil cambiar mi propio corazón.

Si quiero crecer como persona humana y responder a la gracia de Dios que está siempre presente tengo que preguntarme ¿por qué me enojo en esta situación o con cualquier persona y por qué no puedo aceptar  a esta persona como es? El objetivo es hacernos conscientes de lo que está pasando en nuestra vidas. Cuando estoy consiente de lo que hago; hay menor posibilidad de pisar los derechos  o sentimientos de los demás. Es importante vivir en el presente y si estamos verdaderamente en el presente; estaremos conscientes de lo que estamos haciendo.

El próximo paso es buscar vivir siempre en la presencia de Dios. Si estamos conscientes de lo que estamos haciendo este paso es más fácil. Si no nos avergonzamos de hacer algo o decir algo en la presencia de Dios; o si somos encarcelados de un gran engaño o si nuestras acciones son según la voluntad de Dios. Tenemos que recordar que el ego falso llevará muchos motivos para asegurarnos que tenemos razón y no necesitamos mudar nada en nuestras vidas. Para el viaje espiritual, la honradez es indispensable.

Por supuesto la oración es otra arma en la lucha contra el ego falso para que el ego verdadero pueda nacer. El ego verdadero está creado a imagen de Cristo. Hay diversos métodos de oración y antes hemos hablado de alguno, pero cada verdadera oración es una apertura a Dios. Santa Teresa descubrió la oración mental como una conversación íntima con El que sabemos que nos ama. Pero a veces lo que hacemos es tener un método para defendernos de Dios, no escuchar su voz y para continuar sintiéndonos bien. Por ejemplo, la oración del fariseo en el templo, “Gracias, Señor, porque no soy como los demás.” Es posible decir lo que queremos a Dios y basta; no queremos verdaderamente escuchar.

Es bueno hablar con Dios, es bueno tener pensamientos santos, pero estas palabras y estos pensamientos son nuestros. Es posible que sea ilusión; es decir, podemos convencernos que somos espirituales porque las palabras  o meditaciones son santas. Santa Teresa escribió, “Cuando veo a las almas todas concentradas en qué tipo de oración tienen y así concentradas cuando están en esta oración que no quieren hacer el más pequeño movimiento por miedo de perder aquel poquito de gusto y devoción  que sienten, me persuado que no conocen el camino de la unión ” (Las Moradas 5,3,11). ¿Qué significa? Hay una manera sola para juzgar la oración. Sólo si la oración está cambiando nuestra vida es una verdadera apertura a Dios. ¿Nuestra oración está ayudándonos o tratar mejor a nuestros vecinos?

SILÊNCIO NA REGRA DO CARMO

Detalhes
Publicado em 23 novembro 2025
  • Ordem do Carmo,
  • ESPIRITUALIDADE CARMELITANA,
  • História da Ordem do Carmo,
  • REGRA DO CARMO,
  • Silêncio,
  • O Silêncio,
  • Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo,
  • O SOM DO SILÊNCIO,
  • O Silêncio no Carmelo,
  • Frei Carlos Mesters, O. Carm
  • Permanência nas Celas e da Oração continua na regra do Carmo
  • Silenciar é rezar,

Frei Carlos Mesters, O. Carm

  1. Na solidão do Monte Carmelo, onde viviam os primeiros carmelitas, reinava um grande silêncio. Não havia barulho, a não ser os ruídos da própria natureza que convidam ao silêncio. Mesmo assim, a Regra recomenda com muita insistência o silêncio. Numa cidade barulhenta tem sentido insistir que se faça silêncio. Mas pedir que se faça silêncio naquela serra imensa do Carmelo, cheia de solidão, qual o sentido? Parece o mesmo que carregar água para o mar! Qual o silêncio que a Regra pede daqueles primeiros carmelitas do Monte Carmelo e, através deles, de todos nós da Família Carmelitana?
  2. Há muitos tipos de silêncio: o silêncio de uma sala de estudo ou de uma biblioteca; o silêncio que se pede num hospital; o silêncio da noite ou da madrugada; o silêncio da natureza, o silêncio da morte; o silêncio que precede à tempesta­de; o silêncio do medo; o silêncio do censurado e do povo silenciado e amordaçado; o silêncio do aluno que não sabe a resposta; o silêncio do fulano frustrado ou do jovem abafado; o silêncio do lutador derrubado; o silêncio de Deus que nunca aparece; o silêncio do místico; o silêncio da quebra interior: tudo que a pessoa tinha imaginado e planejado até àquele momento cai no vazio e se desintegra. Parece que não valeu nada. Tantos silêncios! .... Qual o silêncio que a Regra pede e recomenda? Vejamos:

 

  1. O texto da Regra sobre o Silêncio

      O apóstolo recomenda o silêncio, quando manda que se trabalhe em silêncio. Do mesmo modo, o profeta afirma: "A justi­ça é cultivada pelo silên­cio". E em outro lugar diz: “É no silêncio e na es­perança, que se encontrará a vossa força”.

      Por isso, determinamos que, após a recitação do com­pletório, guardem silêncio até depois da oração da manhã do dia seguinte. Quanto às demais horas, embora não tenha de ser observado um silêncio tão rigoroso, abstenham-se cuidadosa­mente do muito falar, porque conforme está escrito e não menos a experiência o ensina: “No muito falar não faltará o pecado; e quem fala sem refletir sentirá um mal-estar, e ainda quem fala muito prejudica sua alma. E o o Senhor no Evangelho: de toda palavra inutil que a gente disser, dela terá que dar conta no dia do juizo.

      Portanto, cada um ponha  moderação nas suas palavras e coloque um freio na sua boca, para não escorregar e tropeçar na língua, numa queda sem cura que con­duz à morte. Como diz o profeta, cada um vigie sua conduta para não pecar com a língua e procure diligentemente observar o silêncio, pelo qual se cultiva a justiça.

 

  1. Um pouco de história: Os motivos do silêncio invocados pela Regra
  2. Na Regra o silêncio é uma arma a mais a ser usada na luta espiritual. E é uma das armas mais importantes. Pois, dentro do conjunto da Regra, o capítulo sobre o silêncio (Rc 21) é como que o ponto de chega­da, após as longas recomendações sobre a luta (Rc 18-19) e o trabalho (Rc 20). É o topo do Monte Carmelo, onde se chega após longa e dolorosa subida. É através do silêncio que todos os valores da vida carmelitana, aos poucos, vão sendo assimilados e encarnados na vida.
  3. Todas as religiões, de uma ou de outra forma, recomendam a prática do silêncio como condição neces­sária para o encontro com Deus. O silêncio é importante, não só para o nosso relacionamento com Deus, mas também para o relacionamento com o próximo, conosco mesmos, com a natureza e com as coisas. É importante, inclusive, para a saúde mental e corporal das pessoas.
  4. Silêncio é muito mais do que ausência de barulho. É o espaço onde se refaz a síntese final, onde a pessoa se possui a si mesma, onde ela conversa com Deus, onde ela se prepara para poder falar e conversar. Sem silêncio não há conversa, nem com o irmão e a irmã, nem com Deus. Pois a condição para a conversa verdadeira é saber escutar o outro. Palavras verdadeiras nascem é do silêncio.
  5. Silêncio é saber escutar e fazer à outra pessoa sentir que, no momento da conversa, ela, e só ela, é o absoluto diante do qual todo o resto é relativo. Isto exige uma ascese muito grande. Sobretudo, saber escutar as pessoas que sempre foram silenciadas, os pobres, tanto na sociedade como na igreja.
  6. Resumindo:
  7. O silêncio favorece a comunicação: fazer silêncio para aprender a escutar. É ascese dura: fazer silenciar tudo para dar atenção ao outro, ao pobre, ao povo, a Deus.
  8. O silêncio é o caminho para a maturidade. Evita a superficialidade, pois exige o recolhimento e concentração das forças da gente.
  9. O domínio da língua é condição para o domínio da mente e para a consciência crítica que nos revela as situações de morte que ameaçam a vida.
  10. O silêncio deve ter uma expressão concreta e comunitária, para que lembre a todos que o objetivo da vida fraterna é a busca de Deus e do irmão.
  11. O silêncio é como a solidão e a cela: não vale em primeiro lugar pelo não falar, mas pelo silêncio interior que por ele deve ser gerado.

 

  1. O ponto de partida: o controle da língua que conduz ao silêncio profético

      O número 21 da Regra sobre o silêncio tem três partes: 1) Descreve o valor do silêncio; 2) Organiza o silêncio; 3) Recomenda a prática do silêncio.

 

(1) O Valor do silêncio:

      Na primeira parte, usando frases da Bíblia, a Regra recomenda o silêncio. Ela começa lembrando a recomen­dação do apóstolo Paulo a respeito do trabalho em silêncio (Rc 20). Em seguida, para des­crever o valor do silêncio, ela cita por inteiro duas frases do profeta Isaías: "A justiça é cultiva­da pelo silêncio", e “É no silêncio e na esperança, que se encontrará a vossa força. Isto significa que o silêncio recomendado pela Regra tem a ver com a Bíblia: a sua origem está nos profetas. É um silêncio profético! Trata-se de um silêncio que é muito mais do que só ausência de barulho ou de falatório. Conforme as duas fraes do profeta, o silêncio tem a ver com a prática da justiça, com a esperança e a resistência (for­ça). Para nós, carmelitas, o silêncio profético evoca imediatamente o profeta Elias.

      Este silêncio profético tem dois aspectos, expressos nas duas frases de Isaías. A primeira frase diz que o cultivo do silêncio gera justiça. Isaías compara a prática do silêncio com o trabalho do agricultor que cultiva sua roça para ter boa colheita. Esta primeira frase indica o esforço ativo nosso que visa atingir um determinado resultado. A segunda frase do profeta sugere o contrário. Em vez de esforço ativo em busca de um resultado, aqui a prática do silêncio é vista como a atitude de espera de algo que deve acontecer, mas que não depende do nosso esforço. Depende de Deus.

(2) A Institucionalização do silêncio

      A segunda parte do número 21 da Regra descreve a organização do silêncio. Se o silêncio é um valor tão importante, ele deve ter a sua expressão na vida do Carmelo. Na Regra, a organi­zação ou institucionalização do silêncio é adaptada ao ritmo diferente do dia e da noite. A noite, ela por si mesma, é silenciosa. O silêncio da noite nos envolve e nos faz silenciar. Produz uma certa passividade. Acalma as pessoas. Acontece, independente de nós. O dia já é mais barulhento. Em vez de silêncio, produz distração. Agita as pessoas. Exige um esforço interior maior para fazer silêncio. Por isso, a Regra pede um tipo de silêncio mais estrito para a noite e um silêncio menos estrito para durante o dia. Insistindo para que o silêncio seja institucionalizado conforme o ritmo diferente do dia e da noite, a Regra, por assim dizer, cria canais concretos através dos quais o silêncio possa atingir as pessoas para gerar nelas a justiça, a esperança e a resistência (força) de que fala o profeta Isaías. Através da observância do ritmo do silêncio de dia e de noite, a pessoa vai assimilando dentro de si os valores do silêncio profético.

 

(3) A recomendação do silêncio

      A terceira parte consta de dois momentos. Num primeiro momento, a Regra descreve como  a pessoa deve fazer para cultivar o silêncio que gera a justiça. Este cultivo consiste sobretudo no controle da língua. Citando frases da Bíblia, Alberto aponta os perigos do muito falatório. Ele diz: No muito falar não faltará o pecado; e quem fala sem refletir sentirá um mal-estar, e ainda quem fala muito prejudica sua alma. E o Senhor no Evangelho: de toda palavra inútil que as pessoas dis­serem, dela terão que prestar conta no dia do juízo.

      Em seguida, num segundo momento, citando novamente frases da Bíblia, a Regra passa a recomendar o cultivo do silêncio ou o contro­le da língua, como sendo o caminho para se chegar ao silêncio mais profundo que é o silêncio profético. A Regra diz: Portanto, cada um faça uma balança para as suas palavras e rédeas curtas para a sua boca, para que, de repente, não tropece e caia por causa da sua língua, numa queda sem cura que conduz à morte. Que, com o profeta, cada um vigie sua conduta para não pecar com a língua, e se empenhe, com diligência e prudência, em observar o silêncio pelo qual se cultiva a justiça. De um lado, o pecado, a morte. Do outro lado, a justiça, a vida. O muito falatório conduz ao pecado e à morte. O controle da língua conduz à justiça e à vida.

      No fim, a Regra retoma a frase inicial sobre a justiça que é fruto do silêncio e diz: Cada um procure diligentemente observar o silêncio, pelo qual se cultiva a justiça. No começo e no fim, a insistência na prática do silêncio como caminho para a justiça. É o silêncio profético!

 

  1. Ponto de chegada: o silêncio profético que enfrenta a morte e conduz à vida
  2. Hoje em dia, o fluxo de palavras, de imagens e de falatório que nos envolvem é tanto, que impede as pessoas de perceberem o que está acontecendo de fato. Envolve-nos de tal maneira, que acaba­mos achando normal aquilo que, na realidade, é uma situação de morte. Por exemplo, anos atrás, o povo se revoltava diante de assassinatos e diante da violência. Hoje em dia, a violência tornou-se uma coisa tão freqüente e tão presente, que já nos acostumamos. A miséria crescente do povo, a injustiça impune, o sofrimento dos que nunca cometeram algum mal, o abandono, o desemprego, a exclusão, a doença, a solidão, o desamor...! Vivemos numa situação de morte, e já não nos da­mos conta. Além disso, muitas vezes, o consumismo mata qualquer esforço de consciência crítica
  3. O primeiro passo do silêncio profético está expresso na primeira citação de Isaías que diz: A justiça é cultivada pelo silêncio. Este cultivo consiste num trabalho ativo nosso que faz silenciar tudo dentro de nós, para que a realidade possa aparecer do jeito que ela é em si mesma e não como aparece desfigurada através do muito falatório, do barulho da moda, do diz-que-diz, ou através dos meios de comunicação, da ideologia dominante. Este trabalho ativo da prática do silêncio produz, aos poucos, o desmantelo das falsas idéias, da ideologia dominante ou dos pre­conceitos que tínhamos na cabeça. Faz nascer a visão justa das coisas. Gera em nós a justiça.
  4. Na hora em que se desmantela dentro da cabeça da gente o arcabouço ideológico que nos dava uma visão falsa e artificial da realidade, nesse momento é como se levássemos uma pancada forte. Como que de repente, despertamos do sono e somos confrontados com a situação de morte sem saída em que estamos vivendo e que grita por mudança e conversão. Nesse momento, tudo silencia dentro da gente. O falatório acabou, emudecemos. Perdemos os argumentos que nos sustentavam. É o momento da crise. Este momento do confronto com a situação de morte que faz silenciar, é o primeiro passo do silêncio profético, de que fala a Regra. É fruto do esforço ativo nosso de fazer silenciar o muito falatório da propaganda, da ingenuidade sem consciência crítica.
  5. O silêncio profético coloca o dedo na ferida escondida. Ele denuncia os caminhos sem saída em que estávamos caminhando e dos quais achávamos que fossem caminhos de vida, quando, na realidade, nos conduziam para a morte. O profeta aponta a morte, não porque gosta da morte, mas sim para que a vida possa manifestar-se. Agindo assim, ele dá pancada, faz silenciar. Faz silêncio para que possamos escutar e experimentar a morte e, passando pela morte, reencontrar a vida. É a cami­nhada da Noite Escura, de que fala São João da Cruz. É uma exigência da vida que sejam apontados os falsos e ilusórios caminhos da morte, para que possam provocar mudança e conversão, tanto na vida pessoal como na convivência social, e, assim, gerar justiça.
  6. O segundo passo do silêncio profético está expresso na segunda citação do profeta Isaías: No silêncio e na esperança está a força de vocês. O silêncio produzido em nós pelo confronto com a situação de morte, apesar de doloroso, é fonte de esperança e produz a força da resistência. Dá força para a gente agüentar a situação de morte, porque acreditamos que da morte do trigo caído na terra vai brotar vida nova. Faz cantar. Como diz o poeta: Faz escuro mas eu canto. Canta a Noite Escura do povo, porque dentro dela já se articula a madrugada da ressurreição.
  7. Este segundo passo, fruto da ação de Deus, aparece em muitos lugares na Bíblia e de várias maneiras. Trata-se da experiência mística. Por exemplo:

*  Salmo 37,7 diz: Descansa em Javé e nele espera. Literalmente se diz: Esvazia-te diante de Ja­vé e agüenta firme. A palavra esperar (agüentar), sugere a atitude da mulher em dores de parto. Ela agüenta firme, porque sabe que vai nascer vida nova, apesar das muitas dores.

*  Lamentação 3,26 diz: É bom esperar em silêncio a salvação de Javé. É a mesma experiência da certeza que vem de Deus. Não sai de frente de Deus, porque sabe que vai ser atendido.

*  Este mesmo silêncio foi acontecendo na vida do profeta Elias na caminhada para o Monte Horeb (1Rs 19). Disto falaremos no subsídio do Círculo 18.

*  O mesmo silêncio aconteceu na vida de Maria e na vida dos Santos e Santas Carmelitas. Sobre isto meditaremos no subsídio do Círculo 19.

  1. Resumindo. O silêncio profético recomendado pela Regra tem dois aspectos, expressos pelas duas frases de Isaías. O primeiro aspecto é fruto do esforço nosso, do cultivo, do trabalho. Exige disciplina e controle, estudo e reflexão, para que a gente possa perceber os mecanismos da opres­são e da ideologia, dos preconceitos e das propagandas. É fruto da partilha, da troca de expe­riências, do trabalho comunitário. O segundo aspecto do silêncio profético é fruto da ação do Espírito de Deus em nós. Desobstruído o acesso à fonte pelo esforço ativo nosso, a água brota de dentro de nós e inunda o nosso ser.

 

  1. O silêncio profético na vida do profeta Elias
  2. Elias parecia forte e invencível no confronto com os profetas de Baal (1Rs 18,20-40). Mas diante da ameaça de Jezabel, ele aparece como é na realidade: fraco e vulnerável, "igual a nós" (Tg 5,17). Com medo de ser morto, foge do país, vai para o deserto (1Rs 19,1-3). Cego, sem enxergar, não percebe o anjo de Deus que lhe traz comida. Ele só quer comer, beber, dormir e ficar longe de tudo (1Rs 19,5). Está desanimado. Quer morrer: Não sou melhor que meus pais! Mas Deus não desiste. O anjo volta uma segunda vez (1Rs 19,7). Finalmente, Elias desperta e, alimentado por Deus, recupera sua força e, no silêncio do deserto, caminha quarenta dias e quarenta noites até o Horeb (Sinai), a Montanha de Deus (1Rs 19,8). Ele busca reen­contrar Deus no mesmo deserto onde, séculos antes, na época do êxodo, havia nascido o povo.
  3. Mas a busca parece não estar bem orientada. Alguma coisa não está dando certo. Ele diz ter muito zelo, mas, na realidade, está fugindo com medo de morrer (1Rs 19,10.14). Diz que ficou sozinho, mas havia sete mil que não tinham dobrado o joelho diante de Baal (1Rs 19,18). Elias tem a visão limitada. Ele acha que é o único a defender a causa de Deus! (1Rs 19,14) Deus o manda sair da gruta e ficar na entrada, pois "Deus vai passar" (1Rs 19,11). Elias sai da gruta, mas a gruta não sai dele. Ele continua com a mesma visão limitada, achando que é ele quem defende a Deus! (1Rs 19,14)
  4. Deus vai passar! A nova experiência de Deus desintegra o mundo de Elias. Primeiro, um furacão! Depois, um terremoto! Depois, um fogo! No passado, ao concluir a Aliança com o povo naquela mesma Montanha Horeb ou Sinai, Deus tinha se manifestado no furacão, no tremor da montanha e nos raios de fogo (Ex 19,16). Eram os sinais tradicionais da presença atuante de Deus no meio do povo. Eram estes os critérios que orientavam a Elias na sua busca de Deus. Ele mesmo tinha experimen­tado a presença de Deus no fogo quando, no Monte Carmelo, enfrentou os profetas de Baal (1Rs 18,36-38).
  5. Elias estava fazendo uma coisa certa. Ele buscava Deus voltando às origens do povo. Ele voltou à experiência de Deus no êxodo. Mas os critérios da sua busca estavam desatualizados. Ele vivia no passado. Encerrou Deus dentro dos critérios! Queria obrigar Deus a ser como ele, Elias, o imaginava e desejava. Por isso acontece o inesperado, a surpresa total: Deus não estava mais no furacão, nem no terremoto, nem mesmo no fogo que tinha sido sinal da presença de Deus, pouco antes, no Monte Carmelo! Parece até um refrão que volta três vezes: Javé não estava no furacão! Javé não estava no terremoto! Javé não estava no fogo!
  6. É a desintegração do mundo de Elias. A crise mais violenta e mais dolorosa que se possa imaginar! Cai tudo! Pois se Deus não está aqui nestes sinais de sempre, então Ele não está em canto nenhum! É o silêncio de todas as vozes! É a escuridão da noite! E é neste momento, que se abre para Elias um novo horizonte. É no silêncio de todas as vozes que a voz de Deus se manifesta a Elias.
  7. Este silêncio total, a língua hebraica expressa-o dizendo: “voz de calmaria suave”, (qôl demamáh daqqáh). As traduções costumam dizer: “Murmúrio de uma brisa suave” A palavra hebraica, demamáh, usada para indicar a calmaria, vem da raiz DMH que significa parar, ficar imóvel, emudecer. A brisa suave indica algo, uma experiência, que, de repente, faz emudecer, faz a pessoa ficar calada, cria nela um vazio e, assim, a dispõe para escutar. Esvazia a pessoa, para que Deus possa entrar e ocupar o lugar. Ou melhor, Deus entrando provoca o vazio e o silêncio. Silêncio sonoro, solidão povoada! Vacare Deo diziam os antigos carmelitas, isto é, esvaziar-se para Deus!
  8. Elias cobriu o rosto com o manto (1Rs 19,13). Sinal de que tinha experimentado a presença de Deus exatamente naquilo que parecia ser a ausência total de Deus! A escuridão se iluminou por dentro e a noite ficou mais clara que o dia. É a libertação de Elias. Reencon­trando-se com Deus, ele se reencontra consigo mesmo. Não é ele, Elias, que defende a Deus, mas é Deus quem defende a Elias. Libertado por Deus, ele é livre para libertar os outros!
  9. A experiência de Deus reconstroi a pessoa e lhe revela a sua missão (1Rs 19,15-18). Refeito pelo encontro com Deus, Elias redescobre sua missão (1Rs 19,15-18) e se preocupa em dar-lhe continuidade, indicando Eliseu como sucessor (Rs 19,19-21). Antes, ele queria morrer. Já não via mais sentido no que fazia. Agora, a nova experiência de Deus mudou tudo. Ele volta para o lugar onde queriam matá-lo. Já não tem mais medo. Em vez de querer morrer, quer que sobreviva a sua missão. Sinal de que novamente crê no que faz e deve fazer.

 

  1. Maria, a Virgem do silêncio
  2. De Maria se fala pouco na Bíblia, e ela mesma fala menos ainda. Os textos da Bíblia sobre Maria são todos dos evangelhos, menos três (Gl 4,4; At 1,13; Ap 12,1-17). Segue aqui uma chave de leitura para os textos dos três evangelhos que falam sobre Maria: Mateus, Lucas e João.
  3. Chave de leitura para os textos do evangelho de Mateus sobre Maria:
  4. Nos textos do evangelho de Mateus em que Maria é mencionada, tudo é centrado em torno da pessoa de José. Maria aparece como a esposa de José. Ela mesma não fala.
  5. Na genealogia de Jesus, Maria aparece silenciosa em companhia de quatro outras mulheres. Esta Companhia de Maria merece uma atenção especial. São Tamar, Raab, Betsabea e Rute.
  6. Tamar, uma cananéia, viúva, se vestiu de prostituta para obrigar Judá a ser fiel à lei e dar-lhe um filho (Gn 38,1-30).
  7. Raab, uma cananéia, prostituta de Jericó, fez aliança com os israelitas. Ajudou-os a entrar na Terra Prometida e professou a fé no Deus libertador do Exodo (Js 2,1-21).
  8. Betsabea, uma hitita, mulher de Urias, foi seduzida, violentada e engravidada pelo rei Davi, que, além disso, mandou matar o marido dela (2 Sm 11,1-27).
  9. Rute, uma moabita, viuva pobre, optou para ficar do lado de Noemi e aderiu ao Povo de Deus (Rt 1,16-18).
  10. As quatro mulheres são estrangeiras e irregulares. Não agem nem vivem dentro dos padrões da lei. Mesmo assim, suas iniciativas pouco convencionais deram continuidade à linhagem de Je­sus e trouxeram a salvação de Deus para todo o povo. Foi através delas que Deus realizou seu plano e enviou o Messias prometido.
  11. Uma irregularidade semelhante existe em Maria. A sua gravidez acontece antes de ela conviver com José. Se José tivesse agido conforme as exigências das leis da época, deveria ter denunciado Maria, e ela poderia ser apedrejada. Mas José, por ser justo, não obedeceu às exigências das leis de pureza. A justiça de José era maior e o levou a defender a vida tanto de Maria como de Jesus. Mais tarde, Jesus irá dizer: "Se a justiça de vocês não for maior que a dos escribas e fariseus, não poderão entrar no Reino do céu" (Mt 5,20).

 

  1. Chave de leitura para os textos do evangelho de Lucas sobre Maria:

É no evangelho de Lucas que Maria aparece mais. Mesmo assim, ela fala pouco: com o anjo Gabriel, com Isabel e com Jesus no Templo de Jerusalém. Ela canta, usando os salmos. Lucas, quando fala de Maria, pensa nas Comunidades. Ele apresenta Maria como modelo para a vida das comunidades. É na maneira de Maria relacionar-se com a Palavra de Deus que Lucas vê a maneira mais correta para a comunidade relacionar-se com a Palavra de Deus: acolhê-la, encarná-la, vivê-la, aprofundá-la, ruminá-la, fazê-la nascer e crescer, deixar-se moldar por ela, mesmo quando não a entendemos ou quando ela nos faz sofrer. Maria nos orienta na escuta e no uso da palavra.

 

  1. Chave de leitura para os textos do evangelho de João sobre Maria:

A Mãe de Jesus aparece duas vezes no evangelho de João: no começo, nas bodas de Caná (Jo 2,1-5), e no fim, ao pé da Cruz (Jo 19,25-27), e pronuncia apenas duas frases: "Eles não têm mais vinho!" (Jo 2,3) e: "Fazei tudo o que ele vos disser!" (Jo 2,5). Nos dois casos, em Caná e ao pé da Cruz, Maria representa o Antigo Testamento que aguarda a chegada do Novo e, nos dois casos, ela contribui para que o Novo chegue. Maria é o elo entre o que havia antes e o que virá depois. Em Caná, é ela, a mãe de Jesus, símbolo do Antigo Testamento, que percebe os limites do Antigo: "Eles não têm mais vinho!" E é ela que dá os passos para que o Novo possa chegar, dando o grande conselho: "Fazei tudo que ele vos disser!" Na hora da morte, é novamente Maria, a Mãe de Jesus, que acolhe o "Discípulo Amado". O Discípulo Amado é a Comunidade do Novo Testamento que cresceu ao redor de Jesus. Ele é o filho que nasceu do Antigo Testamento. A pedido de Jesus, o Novo Testamento, recebe o Antigo Testamento, em sua casa. Os dois devem caminhar juntos. Pois o Novo não se entende sem o Antigo. Mãe não se entende sem filho, e filho não se entende sem mãe. Seria um prédio sem fundamento. E o Antigo sem o Novo ficaria incompleto. Seria uma árvore sem fruto.

NOTA DE FALECIMENTO. (Segunda-feira, 3 de novembro-2025)

Detalhes
Publicado em 04 novembro 2025
  • Ordem Terceira do Carmo,
  • NOTA DE FALECIMENTO,
  • cidade de Limeira,

 

NOTA DE FALECIMENTO. Faleceu nesta segunda-feira 3 de novembro-2025 na cidade de Limeira, São Paulo, o Sr. Moreira (fotos), um dos fundadores da Ordem Terceira do Carmo naquela cidade. Em nome da Província Carmelitana Fluminense e da Comissão Provincial para a Ordem Terceira do Carmo, o nosso muito obrigado pelo carinho e amor ao Carmelo. Descanse nos braços da Senhora do Carmo. Com saudades, Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Delegado Provincial.

Com um pé na Bíblia e outro no chão

Detalhes
Publicado em 20 outubro 2025
  • Ordem do Carmo,
  • Frei Carlos Mesters,

Os 41 Sodalícios da Província Carmelitana Fluminense- E a Família Carmelitana do Brasil e do mundo- agradece ao Frei Carlos Mesters, O. Carm., pelo carinho e apoio. Parabéns pelos 94 Anos!

Primeira entrevista dada pelo novo Prior Geral, Fr. Desidério Garcia

Detalhes
Publicado em 11 outubro 2025
  • Ordem do Carmo,
  • Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo,
  • Prior Geral da Ordem do Carmo,
  • Ordem do Carmo, Order of the Brothers of the Blessed Virgin Mary of Mount Carmel,
  • Eleito novo Prior Geral da Ordem do Carmo,
  • Frei Desiderio Garcia,

Primeira entrevista dada pelo novo Prior Geral, Fr. Desidério Garcia

 

Transcrevemos integralmente, com a devida vénia, a primeira entrevista dada pelo novo Prior Geral da Ordem do Carmo, Fr. Desidério Garcia, a Francisco Otamendi, publicada pelo sítio Omnes, no passado dia 8 de outubro de 2025, e por nós traduzida para o público de língua portuguesa.

 

Desidério Garcia, novo Prior Geral dos Carmelitas: “A nossa origem é asiática”

 

A Ordem do Carmo tem um novo Prior Geral, eleito na Indonésia. É o P. Desidério Garcia (França, 1970), até agora prior e pároco dos Carmelitas de Ayala (Madrid). “Nascemos na Terra Santa. A nossa origem é asiática”, assevera a Omnes. “A contemplação, com mãos compassivas, é o melhor presente que podemos oferecer ao mundo e à Igreja”, acrescenta.

A Província Carmelita de Aragão, Castela e Valência foi a mais rápida a dar a notícia. A 19 de setembro. “P. Desidério García, novo Prior Geral. Capítulo Geral, Malang 2025”, dizia a notícia. De fato, no Capítulo Geral de Malang (Indonésia), o P. Desidério foi eleito Prior Geral da Ordem dos Irmãos da Virgem Maria do Monte Carmelo para os próximos seis anos (2025-2031).

Nascido em Orange (França), na Provença francesa, em 1970, filho de pais espanhóis, “sou filho de emigrantes”, conta ele a Omnes. O P. Desidério, O. Carm., tem três licenciaturas: em Estudos Eclesiásticos, Teologia Bíblica e Filologia Hebraica. E foi membro de diferentes Comissões Internacionais da Ordem do Carmo.

Durante seis anos foi Prior Provincial das Carmelitas da Província de Aragão, Castela e Valência, de São João da Cruz, vinte e um anos Conselheiro de Formação na sua Província e dezoito anos Mestre de Noviços. Fez parte de projetos de formação em Salamanca (Espanha), Aylesford (Reino Unido), Roma (Itália) e Santo Domingo (República Dominicana).

Atualmente, o P. Desi, como é coloquialmente conhecido, era Conselheiro para a Vida Religiosa e, desde há dois anos, prior e pároco da comunidade carmelita da Rua Ayala (Madrid). Recém-chegado da ilha de Java e depois de ter pregado um retiro Effetá naquela paróquia a numerosos jovens, conversámos com ele.

 

Em primeiro lugar, parabéns. Estava à esperava disto? Quais foram os seus primeiros pensamentos?

– Nunca se espera uma coisa destas. Eu estava feliz, servindo, juntamente com os meus irmãos carmelitas, na nossa paróquia de Santa Maria do Monte Carmelo, conhecida em Madrid como os “Carmelitas de Ayala”. Soube da minha eleição ali mesmo, na sala capitular, uma vez lido o escrutínio da primeira votação deliberativa, onde me disseram que tinha conseguido a maioria absoluta. No meu caso, senti gratidão pela confiança dos meus irmãos e, ao mesmo tempo, tremor e temor perante a responsabilidade que tinha assumido.

Estes dons que Deus dá têm a forma de cruz. A nossa autoridade não é a do poder, do brilho ou de uma medalha de mérito, mas sim a da caridade, da humildade, do serviço generoso a todos, como Jesus fez no lava-pés. Foi o que expressei aos Irmãos capitulares e a toda a Ordem, comunicando-lhes, depois o ter rezado, que aceitava esta responsabilidade como um serviço de amor a Deus, à Igreja e à Ordem do Carmo, em cada um dos Irmãos, para que, juntos, possamos levar à plenitude a vocação à qual fomos chamados.

 

O novo Prior Geral dos Carmelitas, P. Desidério Garcia, com o novo Núncio da Santa Sé em Espanha, Dom Piero Pioppo, até agora Núncio na Indonésia. A reunião teve lugar em Jacarta há alguns dias.

 

Nasceu em França, mas desde então vive em Espanha.

– Nasci em Orange (França) em 1970. Os meus pais são espanhóis, sou filho de imigrantes. Orange situa-se na Provença francesa, é uma cidade romana que possui um património impressionante: o antigo teatro e o arco do triunfo, ambos declarados Património da Humanidade. Também é conhecida por ser um importante centro de vinificação da França. Os vinhos das Côtes du Rhône, bem como os vinhedos de Châteauneuf du Pape, onde o meu pai trabalhava, são reconhecidos desde o século XIV.

Orange é uma espécie de Mérida francesa. Ainda lá tenho amigos e familiares. A família, quando os avós envelheceram e foi necessário dar prioridade a quem se tinha que atender primeiro, voltou para Espanha. Instalaram-se em Onda (Castellón), onde tive o meu primeiro contacto com os carmelitas.

 

O Capítulo Geral celebrou-se na Indonésia. Ontem comentou que o crescimento da Ordem na Ásia é grande, mais do que noutras latitudes.

– Com grande alegria, a Ordem do Carmo está a difundir-se na Ásia, a par do anúncio do Evangelho. Não é demais lembrar que se trata apenas de uma viagem de ida e volta, já que a nossa origem é asiática. De fato, nascemos na Terra Santa, no Monte Carmelo, no Médio Oriente. Viemos de lá e agora o Espírito Santo está a levar-nos de novo para lá.

O Carmelo chegou à Indonésia em 1923, há 102 anos, graças à generosidade e ao zelo missionário da Província Carmelita da Holanda. Hoje, no maior país muçulmano do mundo, onde a população católica perfaz apenas 3%, existem mais de 400 frades e cerca de 200 jovens em diversas estapas de formação. O importante, obviamente, não são os números, nem as estratégias, nem os cálculos. Mas comprovar como o dom do carisma carmelita, os seus valores, a sua espiritualidade, continuam a dar fruto, sob ação do Espírito Santo.

 

Já teve a oportunidade de informar o Papa Leão XIV da sua eleição? Pode destacar alguma mensagem do Papa nestes primeiros meses?

– O Procurador-Geral, que é o representante a nível institucional da nossa Ordem junto à Santa Sé, é quem comunica oficialmente isso ao Secretário de Estado do Vaticano. Esse é o canal institucional. A nomeação é então notificada a todos os Dicastérios da Santa Sé, com os quais a Ordem, por uma razão ou outra, tem de estar em contacto.

Não tive a oportunidade de cumprimentar pessoalmente o Santo Padre porque ainda não estou a residir em Roma. Da ilha de Java, onde se realizou o Capítulo Geral em Malang, regressei diretamente a Madrid. Temos um tempo de transição para tratar dos vistos, permissões de residência e de questões administrativas a nível civil e canónico dos membros do Conselho Geral. Uma vez lá, é o Procurador-Geral que se encarrega de pedir uma audiência com o Santo Padre para apresentar oficialmente o Prior Geral e o seu Conselho.

Gostaria de destacar a mensagem inicial do Papa Leão XIV, a sua bela mensagem de paz. Ele pediu, no primeiro dia, logo após a sua eleição, que a “paz de Cristo ressuscitado” tocasse “todos os povos”, “toda a terra” e que fosse “uma paz desarmada e uma paz desarmante”.

 

Desidério  García,  ao  centro,  com  os  dois  ex-Priores  Gerais (P. Fernando Millán, 2007-2019, à esquerda, e P. Míċeál O'Neill, 2019-2025, ndT)

Para os que ainda não conhecem bem a Ordem Carmelita, aponte-nos algum traço central do carisma carmelita. 

– A contemplação não é apenas o coração do carisma carmelita, mas é, em si mesma, o melhor dom que podemos oferecer ao mundo e à Igreja. Como mendicantes, estamos abertos a todo o tipo de ministérios e apostolados. Pois bem, uma vez que nós, carmelitas, levamos a cabo a nossa missão no meio do povo, antes de mais com a riqueza da nossa vida contemplativa, façamos nós o que fizermos, prestamos especial atenção ao caminho espiritual das pessoas.

Creio que um dos grandes desafios proféticos do Carmelo é ajudar o mundo de hoje a cultivar a vida interior. Uma vida interior que não nos afasta da vida ordinária dos homens, mas que, pelo contrário, nos mergulha mais profundamente nos sofrimentos da humanidade. Uma pessoa com um olhar contemplativo é uma pessoa com mãos compassivas.

O contemplativo “alarga a sua tenda”, como diz o profeta Isaías, para que nela caiba Deus e todos os que vêm com Ele: a humanidade. Se um dia, à nossa volta, já não houvesse mais doentes e famintos, abandonados e desprezados – os minores de que fala a nossa tradição mendicante – não é porque os não haja, mas, simplesmente, porque não os vemos. A contemplação autêntica leva-nos à ternura e à compaixão, a tocar as chagas do Corpo de Cristo e a curar as feridas. Insisto, a qualidade da nossa compaixão brota das raízes da contemplação.

Embora possa ser prematuro, poderia comentar alguma prioridade do seu mandato? Os outros membros do governo também foram eleitos.

– O Prior Geral é encarregado pelos irmão de zelar com docilidade pelo bem comum de toda a Ordem. Para isso, deve dedicar o máximo esforço para que esta cresça na fidelidade à sua identidade (o que chamamos, na nossa linguagem, o carisma), bem como discernir, de modo criativo, olhando para o nosso mundo, os novos caminhos por onde Deus nos conduz.

Isso implica acompanhar toda a Família Carmelita para que cultive a nossa atitude contemplativa na vida de oração, fraternidade e serviço no anúncio do Evangelho. Esta animação, como pode imaginar, não se faz por controle remoto. Implica, acima de tudo, viajar, olhar cara a cara para os irmãos, conhecer a realidade, dialogar com cada cultura. E, sobretudo, exercitar o “apostolado da escuta”. Viver com fidelidade o dom recebido da nossa espiritualidade carmelita, voltando às nossas origens de forma criativa, implica diversas coisas: por um lado, a renovação da vida comunitária, como lugar de acompanhamento e acolhimento incondicional; e, por outro, o cultivo da nossa missão, abrindo janelas de esperança para a humanidade vulnerável, pobre e esquecida.

Sim, de fato, o Prior Geral não está sozinho. Seria impossível. Um bom grupo de irmãos carmelitas, chamados Conselho Geral, de diferentes nacionalidades, também eles eleitos no Capítulo Geral, ajudam e apoiam esta missão de governo e animação espiritual: o Vice-Geral (Fr. Hariawan Adji, Indonésia), o Ecónomo Geral (Fr. Christian Körner, Alemanha), o Conselheiro para a Europa (Fr. Richard Byrne, Irlanda), o Conselheiro para as Américas (Fr. Nepomuk Willemsen, Estados Unidos), o Conselheiro para a Ásia, Austrália e Oceânia  (Fr. Robert Thomas Puthussery, Índia), o Conselheiro para a África (Burkina Faso, Fr. Erik Chrisostome) e o Procurador-Geral (Fr. Michael Farrugia, Malta).

 

Se quiser acrescentar mais alguma coisa...

– Gostaria de dar graças a Deus pelo seu trabalho e pôr a vida dos leitores debaixo do manto de Nossa Senhora do Monte Carmelo, nossa Mãe e Irmã. Para isso, despeço-me com umas palavras do Frei Paulo Maria da Cruz, O. Carm., um jovem carmelita, doente de cancro, que fez sua profissão carmelita in articulo mortis (em perigo de morte).

Antes de morrer, aos 21 anos, ele escreveu uma carta póstuma ao Papa Francisco durante a JMJ de Lisboa 2023, dizendo-lhe: “No Carmelo, o Jardim de Deus, antecâmara do Céu, cresce Maria, o Girassol de Deus, a quem gosto de chamar e imaginar como a Virgem da Primavera. Peço-lhe a ela que transforme os desertos da dor em jardins de consolação, e nas suas mãos confio a evangelização dos jovens”.

Autor: Francisco Otamendi

Sítio: Omnes
Data do artigo original, em castelhano: 8 de outubro de 2025

URL: https://www.omnesmag.com/foco/p-desiderio-garcia-nuevo-prior-general-de-los-carmelitas/

Fonte: https://www.ordem-do-carmo.pt 

Mensagem Final do Capítulo Geral da Ordem Carmelita de 2025

Detalhes
Publicado em 26 setembro 2025
  • Capítulo Geral carmelita 2025
  • Mensagem Final do Capítulo Geral da Ordem Carmelita de 2025
  • Capítulo Geral Carmelita
  • Vocês devem ter algum tipo de trabalho a fazer
  • Capítulo Geral da Ordem Carmelita de 2025

 

Caros Irmãos e Irmãs do Carmelo

 

1- Com gratidão a Deus e a Nossa Senhora do Monte Carmelo, nós, delegados do Capítulo Geral Carmelita, reunidos em Malang, Indonésia, de 9 a 26 de setembro de 2025, refletimos sobre o tema: “Vocês devem ter algum tipo de trabalho a fazer” (Regra 20)

- Nossa Fraternidade Contemplativa Discerne Sua Missão. Dirigimos esta mensagem final a toda a Família Carmelita.

 

Ação de Graças e Contexto

2- Somos profundamente gratos à Província da Indonésia e ao Secretariado do Capítulo Geral por sua extraordinária hospitalidade, organização e vitalidade, criando as melhores condições e ambiente possíveis para a celebração deste Capítulo Geral. Expressamos também nossa gratidão ao Papa Leão XIV, que, em carta endereçada ao Capítulo, nos lembrou que nossas raízes na oração silenciosa e no cuidado mútuo cultivam uma quietude que nos permite discernir os sinais dos tempos, especialmente da perspectiva dos pobres (Const. 118). Ele enfatizou que nossa vida compartilhada de oração é o fundamento de todo o nosso serviço e confiou este Capítulo a Nossa Senhora do Monte Carmelo.

 

3- Nossos dias juntos foram marcados por fraternidade, honestidade e discernimento orante. Com gratidão e reverência, também nos lembramos das quatro irmãs de nossa Ordem que faleceram tragicamente em um acidente de carro na Tanzânia. À luz

do Ano Jubilar, nos tornamos mais conscientes de pertencer a uma Igreja mais ampla e peregrina. Nossas reflexões foram enriquecidas por relatórios do Prior Geral, do Conselho Geral, das comissões e das quatro áreas geográficas da Ordem, bem como por contribuições de especialistas que nos ajudaram a ler os sinais dos tempos.

 

4- Uma dessas vozes foi a da Irmã Patricia Murray, IBVM. Baseando-se no Caminho Sinodal de Comunhão, Participação e Missão da Igreja, ela nos lembrou que nossa resposta deve passar das palavras à ação. Devemos resistir à indiferença e encarnar a misericórdia e a transformação. Ela nos desafiou a ouvir a voz do Espírito Santo e a “alargar a tenda dos nossos corações”, levando nosso carisma às periferias com coragem, empatia e esperança. A qualidade da nossa presença está acima de tudo, para que as pessoas vejam a presença de Deus em nós.

 

5- Aprendemos que a missão surge da comunhão da própria vida de Deus, estendendo-se à criação e à história, e está firmemente enraizada na vontade salvífica universal de Deus (1 Tm 2,4). A Igreja não tem tanto uma missão, mas a missão tem uma Igreja. O Espírito Santo nos chama hoje a restabelecer nosso “ser contemplativo diante do Senhor”. Essa identidade eliana, fundamentada no serviço, na oração e na fraternidade, é a fonte da ação profética em resposta aos clamores de nossa época: a difícil situação dos migrantes e refugiados, a devastação da guerra, as feridas da pobreza e da exclusão em uma economia movida pela ganância, o fundamentalismo religioso e o racismo, as ameaças das mudanças climáticas e da degradação ambiental.

 

6- Sob essa luz, a Regra 20, “Vocês devem ter algum tipo de trabalho a fazer”, nos falou novamente. Nosso “trabalho” não é apenas trabalho, mas a união diária de oração, fraternidade e serviço, para que cada ação se torne uma missão contemplativa.

 

Nossa Experiência Juntos

 

7-Estes dias em Malang não foram meramente discussões, mas momentos de discernimento fraterno, enriquecidos pela beleza da vida cultural e espiritual da Indonésia. Nosso “trabalho” não é simplesmente estar ocupado, mas permitir que a missão flua da misericórdia de Cristo para as realidades do nosso mundo. Repetidamente, fomos lembrados de que a verdadeira liderança no Carmelo é definida pela autoridade que surge do testemunho de uma fraternidade enraizada na oração, na humildade e no serviço. A missão não é uma estratégia, mas uma resposta à misericórdia de Deus, que nos transforma em uma comunidade de amor. Também buscamos a clareza que somente o Espírito Santo pode fornecer para reconhecer os raios que obscurecem nossa visão.

 

8- Neste Capítulo, vivenciamos a própria fraternidade como um trabalho contemplativo: ouvir profundamente uns aos outros, dialogar honestamente e compartilhar a responsabilidade pela nossa missão comum. A diversidade de culturas reunidas aqui não foi um desafio, mas um dom, um sinal do caráter internacional do Carmelo hoje.

9-Este Capítulo nos lembrou que o discernimento não é um evento isolado, mas um modo de vida: permanecer atentos ao Espírito para que nossa missão seja sempre renovada e

responsiva às necessidades da Igreja e do mundo.

 

Enfrentando a Realidade com Esperança

 

10- Nosso confrade, Dom Wilmar Santin, O.Carm., da Prelazia Territorial de Itaituba, Brasil, nos lembrou que a missão pertence ao próprio coração da nossa identidade carmelita: enraizada na contemplação, expressa na fraternidade e enviada às periferias. Ele lembrou a coragem e a criatividade dos carmelitas na Amazônia e além, exortando-nos a passar de uma mentalidade de manutenção para um espírito de discipulado missionário, formando comunidades voltadas para o exterior e dispostas

a adentrar novos espaços de pobreza, migração e crise ecológica.

 

11- Nosso irmão, Bispo Henricus Pidyarto Gunawan, O.Carm., da Diocese de Malang, Indonésia, refletiu conosco sobre o carisma carmelita como um dom para a Igreja e o mundo. Ele nos lembrou que nossas obras devem ter qualidade real, responder a necessidades concretas e ser credíveis em nós que as oferecemos; autenticamente carmelitas, benéficas para o povo de Deus e testemunhadas em nossa vida cotidiana. Ele nos chamou a equilibrar trabalho e oração, evitando a preguiça e o excesso de trabalho, para que nossa vocação não se torne superficial ou exausta. O silêncio, ele nos lembrou, é essencial para a comunhão com Deus, enquanto a fraternidade exige trabalho em equipe e responsabilidade compartilhada, em vez de isolamento ou individualismo. Inspirados por Elias e Jesus, somos chamados a defender os pobres e marginalizados, garantindo que nossas obras apostólicas sejam sempre uma expressão autêntica do nosso carisma.

 

12- Estando na Indonésia, fomos cercados pela presença de membros da religião islâmica. Fomos lembrados de que em nossas constituições afirmamos que o profeta Elias é para nós uma ponte para as outras religiões monoteístas. A Sra. Alissa Wahid, acadêmica e ativista muçulmana, filha do ex-presidente da Indonésia, juntamente com nosso irmão Hariawan Adji, O. Carm., nos deram algumas percepções extraordinárias sobre o que é possível por meio do diálogo e da mobilização inter-religiosos, que unem as pessoas. 13. Iluminados pelo testemunho de jovens carmelitas, fomos encorajados a ver que eles são atraídos por comunidades onde a autenticidade, a fraternidade, a devoção mariana e um ritmo de oração conduzem naturalmente ao serviço generoso. Sua esperança e paixão nos inspiram a permanecer fiéis ao cerne de nossa vocação.

 

14- Ao mesmo tempo, não podemos ignorar as realidades do nosso tempo. Na Europa, somos chamados a enfrentar o declínio das vocações e o peso das estruturas com honestidade e

coragem, abrindo mão onde for necessário, enquanto abraçamos a nova energia dos encontros de jovens, da colaboração leiga e das redes internacionais. Nas Américas, somos chamados a nutrir vocações florescentes na América Latina. Na América do Norte, enfrentamos

os desafios da redução de vocações e do envelhecimento com criatividade e solidariedade. Ao mesmo tempo, reconhecemos muitos sinais de vitalidade nos noviciados comuns, na formação compartilhada e no compromisso renovado. Na África, somos chamados a fortalecer comunidades jovens vibrantes, investindo em formação e liderança sólidas e buscando maior sustentabilidade financeira, para que possam crescer em autonomia e responsabilidade. Na Ásia-Austrália-Oceania, somos chamados a enraizar vocações abundantes, especialmente na Indonésia, Vietnã e Timor-Leste, em uma profunda fraternidade contemplativa, para que essa vitalidade permaneça um verdadeiro dom e não se desvie para o mero ativismo.

 

15- Em todas as áreas, a salvaguarda, a vivência intercultural e o testemunho confiável continuam sendo desafios urgentes. Para fortalecer nossa resposta comum, o Capítulo Geral se comprometeu a aprofundar a fraternidade intercultural e a garantir um testemunho autêntico em todos os contextos. Também decidimos implementar a salvaguarda com estruturas obrigatórias em toda a Ordem, garantindo proteção e responsabilização consistentes em todos os níveis.

 

Prioridades Emergentes

 

16- Guiados pela exortação da Regra de “ter algum tipo de trabalho a fazer”, o Capítulo identificou várias prioridades para a nossa Ordem e para a Família Carmelita em geral.

A formação, tanto inicial quanto contínua, deve nutrir a maturidade humana e espiritual e garantir que o nosso carisma seja vivido plenamente no mundo de hoje. Reconhecemos os jovens como “o agora de Deus” e nos comprometemos a caminhar com eles, criando espaços autênticos onde as vocações possam crescer. Nosso discernimento e missão pertencem a toda a Família Carmelita. Juntos, frades, freiras, irmãs, membros da Terceira Ordem e leigos carmelitas, somos chamados a compartilhar a responsabilidade pelo carisma que nos foi confiado. O testemunho e a vitalidade dos leigos, especialmente da Terceira Ordem, são indispensáveis ​​para levar o espírito carmelita às famílias, paróquias e sociedade. Cada um contribui de acordo com sua vocação, compartilhando recursos e apoiando se mutuamente, para que nenhuma comunidade caminhe sozinha. Essa solidariedade deve se estender a todas as províncias e continentes em termos de formação, pessoal e finanças.

 

17- Ao discernirmos como comunidade nossos compromissos apostólicos, manteremos aquelas obras que expressam autenticamente nosso carisma, adaptando-as aos contextos locais e aos sinais dos tempos e, quando necessário, abandonaremos aquelas que não servem mais ao Evangelho de maneira carmelitana. Ao mesmo tempo, reconhecemos a importância de comunicar nosso carisma com clareza e responsabilidade, usando com sabedoria as mídias digitais e tradicionais. Nossa resposta contemplativa ao clamor dos pobres e ao clamor da Terra permanece central em nossa missão, incitando-nos a defender a justiça, a paz e o cuidado com a criação. Por fim, estamos comprometidos em renovar nossas comunidades como testemunhas vivas da fraternidade, promovendo uma liderança visionária e voltada para o serviço e fortalecendo nossa vida litúrgica como o coração do nosso testemunho da presença de Deus no mundo.

 

Seguindo em Frente

18-Em Malang, vivenciamos fraternidade, diversidade e esperança. Reconhecemos nossas limitações, mas também encontramos a abundância da graça de Deus. O que buscamos não é otimismo piedoso, mas esperança real: uma esperança enraizada em Cristo, sustentada pela oração e vivida na fidelidade diária à fraternidade e à missão.

 

19- Como Carmelitas, sabemos que a oração no deserto não é fuga, mas fonte de vida, transformando-nos em água viva para o mundo. Nossa vocação é permanecer no amor de Deus para que nossas comunidades irradiem alegria, gratidão e misericórdia. Olhando para o futuro, levamos adiante as perceções aqui adquiridas: que a missão flui da oração, que a própria fraternidade é missão e que nosso carisma não é nossa posse, mas um dom de Deus à Igreja e ao mundo.

 

20- Para acompanhar os membros da ordem ao longo dos próximos seis anos, elegemos uma nova liderança: Prior Geral, Desiderio García Martínez, O.Carm. (ACV); Vice Prior Geral, Franciscus Xavarius Hariawan Adji, O.Carm. (INDO); Procurador Geral, Michael Faruggia, O.Carm. (MEL); Ecônomo Geral, Christian Körner, O.Carm. (GER); Conselheiro Geral para a África, Erick Chrisostome N'Do, O.Carm. (BET); Conselheiro Geral para as Américas, Rolf Nepomuk (Nepi) Willemsen, O.Carm. (PCM); Conselheiro Geral para a Ásia-Austrália-Oceania, Robert Thomas Puthussery, O.Carm. (ISTA); e Conselheiro Geral para a Europa, Richard Byrne, O.Carm. (HIB).

 

21- Confiamos nosso compromisso renovado a Nossa Senhora do Carmo, nossa Mãe e Irmã, sob cujo manto encontramos proteção e paz, e confiamos na dupla porção do espírito do Profeta Elias que nos foi dada. Que elas nos guiem a discernir nosso “trabalho” como Carmelitas hoje: testemunhar a misericórdia de Deus, servir em fraternidade e caminhar humildemente com o povo de Deus.

 

22- Ao olharmos para o futuro, o fazemos com a confiança de que o Espírito de Deus que nos guiou em Malang continuará a nos guiar. A jornada dos próximos seis anos não é isenta de desafios, mas é repleta de oportunidades: sermos comunidades contemplativas em missão, um sinal vivo de esperança para a Igreja e para o mundo.

 

Malang, Indonésia

26 de setembro de 2025

CAPÍTULO GERAL DA ORDEM DO CARMO. O Capítulo Geral de 2025 elege os Conselheiros Gerais

Detalhes
Publicado em 20 setembro 2025
  • CAPÍTULO GERAL DA ORDEM DO CARMO- 2025
  • Rolf Nepomuk
  • Frei Rolf Nepomuk
  • Conselheiros Gerais da Ordem do Carmo-2025

Do Capítulo Geral. 9 a 26 de setembro de 2025


Eleições para Conselheiros Gerais para África, América, Ásia/Austrália/Oceania e Europa realizadas no Capítulo Geral  

Após as eleições do prior geral e  do vice-prior geral, procurador geral e ecônomo geral na sexta-feira, o Capítulo Geral voltou sua atenção para a eleição dos Conselheiros Gerais que trabalham nas quatro áreas geográficas da Ordem.

O dia começou com a Oração da Manhã e a Missa. Os membros do Capítulo então se reuniram na Aula Capitular.

As eleições foram as seguintes: 

 

Conselheiro Geral para a África:

Nascido em Koudougou, Burkina Faso, Erick ingressou no Carmelo de Bobo Dioulasso. Em 16 de julho de 2008, fez sua profissão simples e, em 4 de julho de 2011, foi ordenado sacerdote. Após sua ordenação, foi designado para a Casa do Postulado em Ouagadougou. Em setembro de 2013, foi enviado à comunidade de Madri para realizar estudos especializados em filosofia com o tema Humanismo e Transcendência na Pontifícia Universidade de Comillas.

Depois de concluir uma tese sobre Edith Stein em junho de 2017, ele retornou à comunidade em Ouagadougou, onde leciona filosofia na Universidade Católica de São Tomás de Aquino e no Instituto Privado de Filosofia, onde postulantes carmelitas assistem às aulas.

 

Conselheiro Geral para a América:

Rolf Nepomuk (Nepi) Willemsen, O. Carm., originário da Alemanha, é membro da Província do Puríssimo Coração de Maria (PCM) e atua como Primeiro Conselheiro da Província.

Ele também é prior e Diretor de Formação no Whitefriars Hall em Washington, DC. Nepi tem experiência profissional em serviço social, organização comunitária e saúde internacional.  Na Ordem, lecionou teologia por seis anos e agora supervisiona a Coleção Carmelitana, promovendo pesquisas sobre a espiritualidade carmelitana. Seu ministério concentra-se em formação, educação teológica e acompanhamento vocacional.

 

Conselheiro Geral para a Ásia, Austrália e Oceania:

Robert Thomas Puthussery nasceu em Kerala, Índia. Estudou em sua cidade natal, Mookkannoor, em Kerala. Após concluir seus estudos de filosofia e teologia, foi ordenado sacerdote em 1994.

Ele obteve o bacharelado (BA 1990-93) e o mestrado (MA 1994-96) em Literatura Inglesa e lecionou como professor assistente (1996-97) no Christ College Bangalore, Índia. De 1997 a 2000, atuou como prior e reitor do seminário menor carmelita em Carmel Nivas, Kothamangalam. De 2000 a 2002, fez o mestrado em Teologia Aplicada na Universidade de Middlesex, Londres. Posteriormente, atuou como capelão das comunidades católicas siro-malabares de imigrantes em Londres, Liverpool e Manchester, Reino Unido. De 2006 a 2007, atuou como diretor estudantil da Província Britânica dos Carmelitas. Enquanto servia como subprior da comunidade carmelita internacional em East Finchley, Londres, concluiu seu doutorado (PhD 2006-2010) na Universidade de Liverpool em psicologia pastoral.

Após seu retorno do Reino Unido em 2011, ele atuou como prior e diretor espiritual do seminário principal carmelita na Carmeljyoti Study House, enquanto lecionava na Christ University (2011-2014) Bangalore, como professor assistente no Departamento de Estudos de Língua e Mídia e na Faculdade de Direito. 

 

Conselheiro Geral para a Europa:

Richard nasceu em Dublin e foi educado pelos Carmelitas no Terenure College. Após seus estudos filosóficos e teológicos no Instituto Milltown, foi ordenado sacerdote em 1996. Foi membro da Comunidade Carmelita do Terenure College por mais de vinte anos, exercendo diversas funções: professor de contabilidade e educação religiosa, capelão escolar, treinador de rúgbi e diretor escolar. Durante esses anos, no University College Dublin, o Padre Richard também concluiu seu Bacharelado em Comércio (BComm) e seu Doutorado (PhD) sobre as peculiaridades da educação católica.

Em 2015, foi eleito prior provincial da Província Irlandesa e reeleito provincial em 2018. Na Irlanda, Richard foi nomeado presidente da Catholic Schools Partnership, que prestava um serviço nacional de apoio ao ensino católico no país. Em seu tempo livre em Dublin, ele era árbitro de rúgbi e apitava partidas escolares e de adultos em toda a sua província natal, Leinster.

No Capítulo Geral de 2019, foi eleito Conselheiro Geral da Europa para um mandato de seis anos, de 2019 a 2025. Suas áreas de responsabilidade são a Comissão de Liturgia e Oração e a Comissão Internacional de Comunicações. Fonte: https://ocarm.org

CAPÍTULO GERAL DA ORDEM DO CARMO: O Capítulo Geral de 2025 elege nova liderança

Detalhes
Publicado em 19 setembro 2025
  • padre Desiderio García Martínez,
  • Capítulo Geral dos Carmelitas
  • O Capítulo Geral dos Carmelitas
  • O Capítulo Geral de 2025 elege nova liderança
  • Capítulo Geral dos Carmelitas -2025

Do Capítulo Geral | 9 a 26 de setembro de 2025

 

Prior Geral, Vice-Prior Geral, Procurador Geral e Ecônomo Geral eleitos pelo Capítulo Geral

Após o dia de retiro e reflexão do Bispo Henricus Pidyardo, os membros do Capítulo dedicaram algum tempo à reflexão sobre os possíveis candidatos ao governo da Ordem. Esta manhã, após a Oração da Manhã e a Eucaristia, os membros do Capítulo Geral reuniram-se no Salão Capitular para iniciar o processo de votação. 

O Capítulo Geral de 2025 elegeu quatro membros do governo central da Ordem no primeiro dia das eleições. Os cargos preenchidos foram prior geral, vice-prior geral, procurador geral e ecônomo geral.

 

Capítulo Geral dos Carmelitas -2025, 

 

Prior Geral

O Pe. Desiderio García Martínez, da Província Arago, Castellae et Valentiae- Espanha, foi eleito Prior Geral para o próximo sexênio, é Bacharel em Estudos Eclesiásticos (1989-1994), Bacharel em Teologia Bíblica (1994-1996) e Bacharel em Filologia Hebraica (1996-2000). Foi prior provincial da Província ACV (2017-2023), Mestre de Noviços (1997-2009, 2011-2017), Conselheiro de Formação (2002-2017), Conselheiro para a Vida Religiosa (2023-25) e pároco (2009-11, 2023-25).

 

Vice-Prior Geral

Mais tarde, pela manhã, o Padre Franciscus Xavarius Hariawan Adji, atual prior provincial da Indonésia, foi escolhido para servir como Vice-Prior Geral. O Padre Hariawan possui bacharelado em Linguística Inglesa (1992), bacharelado em Administração Industrial (1993), bacharelado em Filosofia e Teologia Cristãs (2006), mestrado em Bioestatística (2000), mestrado em Filosofia e Teologia Cristãs (2009) e doutorado em Estudos Inter-religiosos (2017).

É professor na Universidade Airlangga, Surabaya (1992 - presente) e diretor de Estudos no Access English Centre Surabaya (1993-2000). Foi Secretário Provincial (2009-2012), Chefe de ONG Carmelita Indonésia (2010 - presente), Representante Asiático da ONG Carmelita (2006-2024), Membro da Comissão Geral da JPIC (2013-2025), Vice-Prior Provincial da Província da Indonésia (2015-2018 e 2018-2022) e Prior Provincial da Província da Indonésia (2023-presente).

 

Procurador-Geral

O Pe. Michael Farrugia foi postulado para o cargo de Procurador Geral, que ocupou por 12 anos (2 mandatos).      

Michael estudou Teologia Sagrada na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Em 1986, foi ordenado sacerdote pelo Santo Papa João Paulo II. O Padre Michael continuou seus estudos em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense, onde obteve seu doutorado.

Na Província, o Pe. Michael atuou como Ecônomo Provincial, Conselheiro Provincial, Prior, Pároco e membro da equipe de formação. Em 2009, foi eleito Prior Provincial e reeleito em 2012. Foi presidente da Região Itália-Malta.

Na Arquidiocese de Malta, o Pe. Michael foi Defensor do Vínculo e Promotor de Justiça no Tribunal Eclesiástico e Juiz do Tribunal Regional de Segunda Instância. Em 2006, foi eleito membro do Conselho Presbiteriano e integrou diversas comissões diocesanas. Foi conselheiro e presidente da Conferência dos Superiores Maiores Religiosos.

 

Tesoureiro Geral:

Christian nasceu em Würzburg (Baviera), Alemanha. Ingressou na Ordem do Carmo em 1981, após seus estudos na escola do Carmelita Theresianum em Bamberg. Completou seus estudos em Filosofia e Teologia em Bamberg e Roma. Após ser ordenado sacerdote em 1988, Christian trabalhou em uma paróquia como vice-pároco. Foi mestre de noviços de 1992 a 1997 e, pelos três anos seguintes, de 1997 a 2000, mestre dos alunos. Antes de sua primeira eleição como prior provincial da Província Alemã em 2000 (a 2007), foi prior da comunidade de Bamberg e conselheiro provincial. De 1994 a 2007, foi membro da Comissão Internacional para a Formação da Ordem.

No Capítulo Geral de 2007, o Pe. Christian foi eleito Vice-Prior Geral da Ordem para um mandato de seis anos (2007-2013) e, no Capítulo Geral de 2013, foi reeleito para um segundo mandato (2013-2019). No Capítulo Geral de 2019, foi eleito Ecônomo Geral da Ordem para um mandato de seis anos (2019-2025). Fonte: https://ocarm.org

 

Os Carmelitas elegem um pároco de Madri como o novo Prior Geral da ordem.

Detalhes
Publicado em 19 setembro 2025
  • padre Desiderio García Martínez,
  • Desiderio García Martínez,
  • comunidade de Santa María del Monte Carmelo,
  • fREI Desiderio García Martínez,
  • Eleito novo Prior Geral da Ordem do Carmo,
  • Novo Prior Carmelita
  • Frei Desiderio Garcia,

Os Carmelitas elegem um pároco de Madri como o novo Prior Geral da ordem.

O Padre Desiderio García Martínez possui três títulos de bacharel e é o atual superior da comunidade de Santa María del Monte Carmelo, na Rua Ayala.

 

Irmão Desiderio durante sua visita à República Dominicana em 2023 Carmelitas

 

Alex Navajas

O Irmão Desiderio García Martínez, pároco da famosa igreja carmelita de Ayala, em Madri, acaba de ser nomeado Prior Geral da Ordem do Carmelo. A votação ocorreu durante o Capítulo Geral da Ordem, atualmente realizado em Malang, Indonésia.

Apesar do nome, o Irmão Desiderio é francês, filho de espanhóis que logo retornaram à Espanha para se estabelecer em Onda (Castellón). Lá, entrou em contato com os carmelitas e decidiu ingressar no seminário menor de Vila-Real, onde continuou sua formação até iniciar o postulado em Salamanca. Concluiu o noviciado em Caudete (Albacete) e ali emitiu sua profissão simples em 1989. Fez os votos solenes em 1995 e foi ordenado sacerdote um ano depois.

É formado em Estudos Eclesiásticos (1989-1994), em Teologia Bíblica (1994-1996) e em Filologia Hebraica (1996-2000). Foi Prior Provincial (2017-2023), Mestre de Noviços (1997-2009, 2011-2017), Conselheiro de Formação (2002-2017), Conselheiro de Vida Religiosa (2023-2025) e Pároco (2009-2011, 2023-2025).

Dedicou grande parte de sua vida carmelita à formação em Salamanca. Atualmente, atua como prior da comunidade de Ayala, em Madri, e como pároco de Santa María del Monte Carmelo . Agora, servirá como Prior Geral dos Carmelitas pelos próximos seis anos (2025-2031).

O Irmão Desiderio também é Padre Provincial há vários anos, o que o levou a visitar inúmeras obras carmelitas ao redor do mundo. Em janeiro de 2023, por exemplo, ele visitou Sabaneta, em La Vega (República Dominicana), para comemorar o 60º aniversário da presença carmelita no país caribenho. Fonte: https://www.eldebate.com

Pág. 542 de 688

  • 537
  • 538
  • 539
  • ...
  • 541
  • 542
  • 543
  • 544
  • ...
  • 546
  • Está em...  
  • Home
  • Home
  • Vídeo Cast
  • Social
  • Religião
  • Política
  • Artigos Carmelitas
  • Pensamentos do Frei Petrônio
  • Homilia do Papa Francisco




CNBB
brasil el pais
GREENPEACE
Direitos humanos
vatican
dehonianos
La santa ede
Estadao
Twitter frei
CBN
Band News fm
folha
DOM
global times
Blog do Frei Petronio
fotos que falam
CRB nacional

Voltar ao topo

© 2025 Olhar Jornalístico