ONU adverte que a desigualdade, assim como a discriminação sofrida por mulheres, minorias étnicas, o coletivo LGTBI e a população rural impedirá que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável sejam alcançados em 2030

 

ALEJANDRA AGUDO

Alguns poucos têm muito e muitos têm pouco. Acontece entre os países, também dentro deles e até em comunidades e lares. Existem aqueles que têm menos oportunidades do que outros para ter acesso à educação de qualidade ou aos serviços de saúde. Alguns sofrem discriminação e até perseguição por causa de quem amam, pela cor da pele, etnia, religião ou de onde residem. Todos eles são exemplos da desigualdade instalada, em maior ou menor grau, em todo o mundo. E ameaça impedir os progressos necessários para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em 2030. É a advertência lançada pela ONU durante a realização do Fórum Político de Alto Nível em Nova York, um evento anual em que são avaliados os avanços nessa agenda internacional.

“A desigualdade faz com que os pobres e marginalizados tenham menos oportunidades de sair da pobreza”, disse Máximo Torero Cullen, vice-diretor-geral do departamento de desenvolvimento econômico e social da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), durante o debate de avaliação. Em sua opinião, a fome e a pobreza não podem ser erradicadas se não forem tomadas medidas para abordar o ODS 10 –reduzir a desigualdade nos países e entre eles–, cuja primeira meta é “alcançar progressivamente e manter o crescimento da renda dos 40% mais pobres da população a uma taxa superior à média nacional”.

Os dados disponíveis a esse respeito são “limitados”, diz o relatório de acompanhamento dos ODS, pois só existem dados comparáveis para o período 2011-2016 de 92 países, dos quais apenas 13 são da África subsaariana. Com as informações disponíveis, a ONU estima que em 69 países os 40% mais pobres tiveram um aumento em sua renda, mas com grandes variações entre os territórios. Em 50 desses 69 países a renda desse segmento da população cresceu mais rápido que a média nacional. “No entanto, deve-se destacar que os 40% mais pobres receberam ainda menos de 25% da renda total”, escrevem os autores.

Desigualdades que não têm a ver (apenas) com dinheiro

Em busca de estatísticas mais detalhadas e úteis para o propósito de reduzir a pobreza “sem deixar ninguém para trás”, conforme proclama a agenda de desenvolvimento sustentável, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Iniciativa sobre Pobreza e Desenvolvimento Humano de Oxford (OPHI na sigla em inglês) elaboram anualmente o Índice Global de Pobreza Multidimensional. A edição de 2019, publicada recentemente, lembra que existe 1,3 bilhão de pessoas multidimensionalmente pobres nos 101 países de renda baixa e média que o estudo analisa, ou seja, que sofrem várias carências de uma lista de 10 relacionadas à saúde, educação e qualidade de vida. São quase o dobro dos 736 milhões daqueles considerados extremamente pobres, que vivem com menos de 1,90 dólar (cerca de 7,07 reais) por dia.

“Para combater a pobreza precisamos saber onde vivem as pessoas pobres. Elas não estão distribuídas uniformemente em cada país, nem mesmo dentro das casas. Dois irmãos podem viver sob o mesmo teto, um desnutrido e outro não”, explicou Achim Steiner, administrador do PNUD durante o lançamento do estudo. “O Índice Global de Pobreza Multidimensional de 2019 oferece as informações detalhadas que os responsáveis políticos necessitam para tomar medidas mais bem direcionadas e eficazes”, acrescentou. Os países que o fizeram “conseguiram progressos notáveis”, observou. O país que mais avançou foi a Índia: em uma década (2006-2016), 271 milhões de pessoas saíram da pobreza.

“Existem países que não crescem economicamente, mas reduzem a pobreza multidimensional porque usam melhor seus orçamentos, pois sabem melhor onde estão os pobres, em qual grau o são e onde estão”, detalhou Sabina Alkire, diretora da OPHI. Isto poderia ser feito por Uganda, onde agora se sabe que a pobreza afeta especialmente as áreas rurais. No país, 55% dos cidadãos sofrem de carências graves. No entanto, na capital, Kampala, esse percentual é de 6%, enquanto na região de Karamoja a proporção da população afetada dispara a 96%, o que faz dela uma das mais pobres da África subsaariana.

No mundo existe 1,3 bilhão de pessoas multidimensionalmente pobres

Entre os grupos de pessoas, além da população rural, as mulheres e as crianças são as mais vulneráveis à pobreza, segundo o Índice de Pobreza para Multidimensional. Metade das pessoas que sofrem de carências, como falta de acesso à água potável, educação, desnutrição ou moradia digna, é menor de 18 anos. Principalmente na África subsaariana, onde 63,5% das crianças são pobres. Em países como Burkina Faso, Chade, Etiópia, Níger e Sudão do Sul a situação é ainda pior: 90% das crianças menores de 10 anos são pobres.

Apesar da pior situação dos países menos desenvolvidos, a maioria na África, os países de renda média não estão isentos desse problema. De fato, dois terços dos pobres (886 milhões) vivem neles, de acordo com esse índice.

“Quase toda a discussão se concentra no crescimento econômico. Mas o crescimento econômico não resolverá o problema da desigualdade”, disse Justice Edwin Cameron, membro do Tribunal Constitucional da África do Sul, em seu discurso na assembleia da ONU em Nova York. “Há muitas discriminações e uma delas é a criminalização. Como homem gay orgulhoso em uma África do Sul homofóbica pré-democrática, vi e experimentei o medo de poder ser detido, preso e condenado que pode sentir uma pessoa gay”, afirmou. “Entre os países representados aqui na ONU, 69 ainda criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo, a maioria no meu continente: a África”, enfatizou, arrancando o aplauso dos presentes.

O juiz ressaltou que a perseguição à homossexualidade, à prostituição e ao consumo de drogas significa maior vulnerabilidade na prática. “Pensemos no HIV. A criminalização só faz com que essas pessoas não tenham acesso ao tratamento”.

Outro desses grupos estigmatizados é formado pelos trabalhadores informais, segundo Martha Chen, professora de políticas públicas da Harvard Kennedy School e assessora principal da rede global Mulheres no Emprego Informal: Globalizando e Organizando (WIEGO na sigla em inglês). Eles representam 61% dos trabalhadores no mundo. “Um total de 2 bilhões. E mais de 90% vivem em países pobres”, disse a especialista. De fato, de acordo com estatísticas publicadas pela Organização Internacional do Trabalho, “a maioria é pobre e a maioria é de minorias étnicas. E há mais mulheres do que homens”.

“Existem muitas discriminações e uma delas é a criminalização”

“Isso tem relação com a desigualdade. Os trabalhadores informais sofrem de carências em termos de trabalho digno, direitos, proteção e canais para se expressarem e, portanto, em relação à sua qualidade de vida decente, acesso à moradia, serviços sociais...”, continuou Chen. “Os trabalhadores informais são estigmatizados, penalizados e até criminalizados por tentar ganhar a vida honestamente e os economistas os culpam pela falta de produtividade. Se têm de trazer seu trabalho para casa todos os dias, é claro que produzirão menos”.

É o caso, disse, dos vendedores ambulantes e dos recicladores de lixo nas cidades. “São assediados pelos Estados, sofrem confiscos, prisões...”. Pelo contrário, a especialista pediu que os primeiros fossem apoiados com facilidades para trabalhar em “espaços públicos centrais e seguros” e com “espaços de armazenamento” para os segundos. “Temos de acolhê-los em vez de estigmatizá-los e penalizá-los. O entorno político e jurídico deve priorizar os empregados que estão na base da pirâmide. Fala-se muito em criar empregos, mas às vezes se tomam decisões em cidades que, literalmente, destroem dezenas de milhares deles, de vendedores ambulantes e coletores de resíduos”, concluiu.

Nas três horas de debate houve tempo para falar, além disso, de outros grupos que sofrem especialmente a discriminação. Entre eles, os idosos. “É preciso mudar a narrativa: não somos um fardo ou um problema. Contribuímos para o tecido social e econômico das nações”, argumentou Jane Barratt, secretária-geral da Federação Internacional do Envelhecimento. “Todas as pessoas, independentemente da idade, têm o direito de que seus temores, talentos ou conhecimentos não sejam excluídos”, acrescentou.

“Se as causas da desigualdade não forem enfrentadas, os ODS não poderão ser alcançados e as pessoas começarão a protestar. Nós o faremos com uma greve no Dia da Mulher”

Mas existe uma metade da humanidade que, independentemente de pertencer ou não aos grupos anteriores, sabe bem o que é a discriminação: as mulheres. Os relatórios dizem isso e Nalini Singh, diretora-executiva do Movimento dos Direitos Humanos das Mulheres de Fiji, o recordou. “Como mulher do sul global, sei o que é desigualdade. As mulheres ganham menos que os homens, serão necessários 202 anos para acabar com essa defasagem e 107 anos para alcançar a paridade no âmbito político. Se as verdadeiras causas da desigualdade não forem enfrentadas, os ODS não poderão ser alcançados e as pessoas começarão a protestar. Nós o faremos com uma greve no Dia da Mulher”. Os aplausos e os vivas foram sonoros.

Olhar para cima e outras receitas contra a desigualdade

A desigualdade não é apenas um problema dos pobres, mas também dos ricos. A concentração de renda e de patrimônio contribui para ampliar o fosso entre eles. Isso foi destacado por um grupo de organizações da sociedade civil em um debate paralelo ao oficial sobre a desigualdade durante o Fórum Político de Alto Nível para o acompanhamento dos ODS. “Eles esquecem que também devemos tomar medidas para a redistribuição da riqueza, que as rendas mais altas devem contribuir mais, que se deve lutar contra a evasão de impostos e os paraísos fiscais”, argumentou Marco Gordillo, representante da Futuro em Comum, uma plataforma espanhola de entidades aliadas para promover a agenda de desenvolvimento sustentável na Espanha.

Não só contra a desigualdade, mas nos esforços para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, “toda a atenção está em acelerar o que estamos fazendo, mas não há nada sobre o que precisa deixar de ser feito”, lamentou Barbara Adams, diretora-executiva do Global Policy Forum. Ela se referia às questões em que as nações ricas têm maior responsabilidade, como a mudança climática e a exportação de armas. O pensador uruguaio Roberto Bissio, secretário internacional do Social Watch, concordou com ela. “Nos exames nacionais de acompanhamento dos ODS, os países não falam oficialmente da desigualdade, nem dos impactos extraterritoriais de suas ações, não apenas o que tem a ver com o clima, mas também com os paraísos fiscais, a exportação de armas... Eu não acredito que alguém fale de suas exportações de armas em seus relatórios”, concluiu. Fonte: https://brasil.elpais.com

Governo informou que briga entre facções rivais deu origem ao massacre, e que boa parte das vítimas foi decapitada

Ao menos 52 presos morreram nesta segunda-feira durante rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira, a cerca de 800 quilômetros de distância de Belém. De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), ao menos 16 deles foram decapitados durante o conflito entre facções rivais. Os detentos chegaram a fazer agentes penitenciários como reféns, mas eles já foram liberados após negociações com as autoridades. Parte das vítimas podem ter sido asfixiadas depois que os presos atearam fogo a colchões dentro das celas, de acordo com as autoridades. A Susipe informou que a confusão começou por volta das 7h, durante o café da manhã. O Centro tem capacidade para 208 internos, mas contava com 372.

O secretário do Sistema Penitenciário, Jarbas Vasconcelos Carmo, afirmou após o ocorrido que a unidade abriga duas facções, o Comando Vermelho, originário no Rio, e o Comando Classe A, um grupo local. Segundo ele o ataque foi inesperado: "Nós não tínhamos relatório da nossa inteligência aportando um possível ataque, desta magnitude". "Encontramos corpos decapitados e os outros mortos por asfixia. Não tiramos todos porque o local ainda está quente. É uma unidade antiga, em formato de contêiner", informou. Relatos iniciais dão conta de que a maioria das vítimas seria integrante da facção fluminense.

Nos últimos anos a região Norte se tornou uma das principais linhas de frente de embate entre facções rivais, como o Primeiro Comando da Capital, criado em São Paulo, o Comando Vermelho, originário do Rio, e a Família do Norte, manauara. Como consequência estes confrontos pelo domínio de rotas de tráfico e pelo recrutamento de novos filiados dentro dos presídios acabam levando a confrontos atrás das grades, que acabam envolvendo grupos menores com presença local, como o Comando Classe A. Há pouco mais de dois meses outro massacre prisional deixou 55 mortos no Amazonas em quatro unidades diferentes no Estado.

Por outro lado, a acomodação entre estes grupos criminosos na maioria dos Estados levou à redução dos índices globais de homicídio no país, algo que já era verificado em São Paulo, onde o PCC tomou para si o papel de regular os assassinatos nas periferias do Estado. De acordo com dados do Monitor da Violência. a letalidade violenta caiu 10% já em 2018, ano em que foram registrados 57.117 homicídios. Fonte: https://brasil.elpais.com

Animais ganharam simpatia da comunidade e funcionários do local. Voluntários de ONG levam comida e água aos cachorros.

Por NSC TV

Após a dona deles ser internada no hospital, dois cães estão há uma semana em frente ao Hospital São Paulo em Xanxerê, no Oeste catarinense. Eles já ganharam a simpatia da comunidade e dos funcionários do local. Voluntários de uma Organização Não Governamental (ONG) levam água e comida diariamente para os cachorros.

Independente do horário, os cães estão em frente ao hospital. "Chamou a atenção porque eles estavam querendo adentrar na porta de emergência. É como nós humanos, né? A gente espera que nossos familiares saiam, voltem ao contexto familiar", disse a assistente social do hospital, Maquieli Casaril.

Internação

A dona deles, Roseli, está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde 20 de julho. Ela vive em situação de rua e há algum tempo encontrou nos cães a companhia que precisava. Não se sabe o nome dos animais, mas a história deles se espalhou pela cidade.

Enquanto os cães estão em frente ao hospital, recebem os cuidados da comunidade. "A gente reza muito que ela se recupere, até porque é uma saúde, é uma vida e esses cães aqui até ultimamente não têm comido. A gente vê vários pontos de ração aqui em volta do hospital, mas eles não comem, eles querem a dona deles", disse o voluntário Vagner Ribeiro.

Foi o próprio hospital que entrou em contato com a ONG da qual Ribeiro faz parte. A unidade de saúde pediu ajuda para cuidar dos cães.

"Viemos aqui para dar uma manutenção neles, trocar a coleirinha, botar antipulgas, dar vermífugo para eles, manter a saúde deles boa", disse o voluntário. Fonte: https://g1.globo.com

Retatório da OpenSignal mostra que as redes de quarta geração já estão presentes em até 90% nas capitais mais populosas do país. Isso tem tornado a experiência do cliente móvel muito melhor

Depois que a faixa de frequência de 700MHz foi liberada no Brasil, em 2014, para o uso de 4G, a disponibilidade do sinal de quarta geração vem melhorando progressivamente. O resultado é evidente: o levantamento mais recente da OpenSignal mostra que a TIM é a primeira operadora brasileira a passar os 80% de oferta da tecnologia a seus clientes, enquanto a Claro e a Vivo já atingiram os 70%.

TIM e Vivo vão compartilhar infraestrutura de rede 4GSmartphones 5G devem ultrapassar 4G em 2023Pesquisa mostra qual operadora tem o melhor 4G do Brasil; confira

A Oi, que não atua nesse espectro, não obteve resultados satisfatórios na pesquisa. A operadora pode ter, em breve, outra chance de adquirir espaço na banda de 700MHz: o governo pretende fazer um novo leilão desse espectro e as concorrentes não podem participar. Dessa vez, no entanto, a faixa de frequência deve ser usada para 5G. Veja, a seguir, os destaques do estudo.

Disponibilidade de 4G

Segundo a pesquisa, foi a primeira vez que os entrevistados conseguiram obter sinal 4G em mais de 80% das vezes que se conectaram: foram 82,4% na rede da TIM, o que representa 4% a mais em relação ao levantamento anterior, feito há seis meses. Vivo e Claro têm resultados muito próximos, com 72,1% e 71,9%, respectivamente — as companhias estão em um empate técnico e sua oferta também cresceu cerca de 4%. Já a Oi, que não atua nos 700MHz, pôde oferecer a tecnologia a seus clientes apenas em 61,4% dos casos.

O espectro de 700MHz se destaca por ter mais capacidade e, assim, apresentar menos congestionamento. Com isso, a experiência do cliente melhora significativamente. Nessa faixa, o sinal se propaga melhor e mais amplamente — o que a torna interessante para áreas rurais e até para superar barreiras, como paredes, em localidades urbanas.

Experiência de consumo de vídeos

Outro ponto que merece destaque é a melhor experiência no consumo de vídeos proporcionada pelo 4G. Tanto no levantamento anterior quanto no atual, a Claro aparece na liderança, seguida de TIM e Vivo e, bem atrás, da Oi. A Claro ainda é a única a ter uma pontuação considerada como boa pelos pesquisadores (de 55 a 65 pontos) e isso se deve a tempos menores de carregamento e interrupções menos frequentes.

Além disso, a qualidade dos vídeos está melhor: quem mais ganhou com isso foram os clientes da Vivo, já que a operadora subiu 4 pontos nesse quesito em seis meses. Claro e TIM, por sua vez, tiveram aumento de mais de 1 ponto cada. Tudo isso por que, com maior disponibilidade do 4G, a experiência como um todo é aperfeiçoada.

Velocidades de download e upload

Isso afeta, ainda, as velocidades de download e upload. Todas as operadoras nacionais mostram ganho nesse aspecto. A líder é a Claro, com downloads de 19,8 Mbps em média: isso são mais de 5 Mbps acima da Vivo, a segunda colocada, e o dobro do que oferece a Oi.

Em termos de upload, a Claro também está na frente — em média, são 6,4 Mbps. Em segundo lugar vem a Vivo, com 4,6Mbps. A TIM está em terceiro, com 4,4Mbps, e a Oi em último, com 2,9Mbps. Essa métrica ganha cada vez mais importância no mundo móvel, com a popularização da criação e do compartilhamento de conteúdo. Então, estar na frente é uma vantagem importante.

Latência

Na latência, a resposta da rede, quem está na frente é a TIM — depois de tirar o lugar da Claro. As conexões da TIM levam 60,9 milissegundos, mas a Claro se mantém por perto, com seus 62,7 milissegundos. Já a Vivo (69,6 milissegundos) e a Oi (72,5 milissegundos) estão mais distantes. Quanto menor a latência, mais rápido as páginas são carregadas.

Análise regional

Em termos regionais, os resultados são um pouco diferentes em dois aspectos. Primeiramente, na experiência de consumo de vídeos: nas 24 maiores cidades analisadas, a Claro é seguida mais de perto pela Vivo nessa métrica (em vez da TIM). Em segundo lugar, a latência da Oi é menor do que a da campeã nacional, a TIM, em várias localidades.

Os resultados relacionados a latência foram bem distribuídos entre as operadoras nas grandes cidades. Todas elas foram premiadas em pelo menos uma localidade — até a Nextel foi reconhecida em São Paulo. A Oi, mesmo estando em último no resultado nacional, venceu em oito cidades nessa métrica e ficou próxima da liderança em outras duas.

A análise dos grandes centros deixa claro que, em algumas capitais, as latências são muito menores que em outras localidades. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre, por exemplo, é comum que ela seja inferior a 60 milissegundos, enquanto Fortaleza, Manaus e Recife, entre outras, podem experimentar 90 ou 100 milissegundos. Um dos motivos é o fato de que a infraestrutura de fibra óptica no país está concentrada nas zonas mais populosas e mais poderosas economicamente.

Nas categorias de disponibilidade 4G e velocidades de download e upload, TIM e Claro, respectivamente, mantiveram a liderança mesmo em nível local. Ainda assim, as concorrentes apresentaram bons resultados.

Há até pouco tempo, o Brasil era um dos retardatários na América Latina — um dos países menos cobertos por 4G —, mas o estudo mostra que o ritmo de expansão aumentou. Segundo a OpenSignal, se seguir nessa velocidade, em breve o país será um dos líderes da região no oferecimento da tecnologia. Considerando que o 5G ainda deve demorar para estar efetivamente disponível por aqui, ter uma boa cobertura 4G é essencial. Fonte: https://olhardigital.com.br

O estudante universitário Vinícius Vieira foi agredido por seguranças na rodoviária de Salvador na madrugada desta quarta-feira, 17. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra os momentos em que o estudante recebe tapas, murros e é puxado à força pelos funcionários.

Ao Portal A TARDE, Adevaldo Santos, gerente de operações da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), responsável pela segurança na rodoviária, informou que a empresa tomou conhecimento dos fatos na manhã desta quinta. "O RH já foi sinalizado e afastamos os colaboradores envolvidos na agressão. Estamos apurando mais detalhes, mas o vídeo por si só já mostra o ato. Nós repudiamos qualquer tipo de agressão e lamentamos o ocorrido", ressaltou.

Adevaldo também sinalizou que a empresa está tomando todas as providências cabíveis para resolver a situação.

Aluno da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Vinícius foi agredido quando aguardava o ônibus para São Francisco do Conde, onde ele estuda. Nas imagens, o jovem mostra que é agredido por um segurança conhecido como Santos.

"Ele tentou pegar meu celular e está chamando outros seguranças, não sei o que eles querem fazer. Mas se me agredirem, irei fazer o procedimento normal, que é dar queixa", comenta o estudante. Logo em seguida, o segurança o empurra e tenta puxá-lo pelo braço. No primeiro momento, o jovem está em uma praça de alimentação, onde há outras pessoas presenciando o ocorrido.

O segurança bate nas costas de Vinícius e outro funcionário puxa os materiais que estão com ele. "O senhor está me agredindo, estou esperando o horário do meu ônibus", diz o estudante. Santos, então, o empurra e diz que não está agredindo ele.

Ao chegar próximo aos caixas eletrônicos do terminal, um terceiro homem aparece dizendo que "já tinha mandado ele sair". Esse homem dá murros no rosto de Vinícius. Fonte: http://atarde.uol.com.br

Usuários do mundo todo relatam instabilidades dos serviços que pertencem à empresa de Mark Zuckerberg

Facebook, Instagram e WhatsApp registram neste domingo, 14, falhas de acesso em vários países. 

Usuários do mundo todo relataram  no Twitter a instabilidades dos serviços que pertencem à empresa de Mark Zuckerberg. No Brasil, por volta das 09h40, o WhatsApp estava completamente fora do ar e os usuários não conseguiam trocar mensagens. 

Já a atualização de mensagens e das notificações do Facebook, Messenger e Instagram estavam lentas.  O Downdetector, um serviço que monitora o funcionamento de sites, também relatou interrupções em todas as redes sociais de Mark Zuckerberg, principalmente na Europa.

O Facebook  ainda não se pronunciou em seus canais oficiais. 

Essa é a segunda falha de serviço do Facebook em um mês. No dia 14 de março, a rede social esteve fora de serviço durante 14 horas devido a uma “mudança na configuração dos servidores”, explicou a empresa. Fonte: https://link.estadao.com.br

Jornalista foi vítima de um infarto.

O jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta-feira, 10, vítima de um infarto. 

Paulo Henrique Amorim estava na Record TV desde 2003, mas foi afastado no último mês do Domingo Espetacular. Ao longo da carreira, ele passou pela extinta TV Manchete e pela TV Globo, como correspondente internacional. Em 1996, foi para a TV Bandeirantes, onde apresentou o Jornal da Band. Depois, foi para a TV Cultura. 

Fontes: https://veja.abril.com.br; www.correiobraziliense.com.br

O Frei Carlos Mesters, O. Carm, e Francisco Orofino, convidam para a grande celebração dos 40 Anos do Cebi. O evento festivo vai ser no dia 20 de julho-2019, no Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ.

Faça parte da nossa celebração de 40 anos! Nosso local de encontro será onde tudo começou, Angra dos Reis. Foi lá que a história do CEBI com Leitura Popular da Bíblia nasceu. Hoje, 40 anos depois, estaremos todas e todos reunidos no Rio de Janeiro, renovando nossa fé na esperança combativa, na luta pela vida e pelo bem comum.

Quem quiser participar da celebração, pode entrar em contato com o CEBI da sua região. E quem atualmente não participa de um dos grupos do CEBI, mas gostaria de estar presente na celebração, veja como se organizar:

Confirmar a presença pelo email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
No dia 20 de julho, sábado, estaremos oferecendo almoço por R$15,00.
Providenciar hospedagem na cidade.

Mais informações, entre em contato com Fatinha (Diretora Adjunta) +55 27 99969 5399.
Contatos do CEBI nas regiões:https://cebi.org.br/regionais-cebi/

Matheus Pasquotti (à esquerda) homenageou com postagem no Facebook o amigo Benedito Fernando Ricci (à direita), que morreu durante o voo, neste sábado — Foto: Reprodução/Facebook

O voo, segundo a Infraero, seguia de Barreiras, na Bahia, para Americana, em São Paulo; no meio do trajeto, piloto passou mal e desmaiou; quando pousou em Campo Grande ele já estava morto.

 

Por Anderson Viegas e Juliene Katayama, G1 MS e TV Morena

O piloto de um avião bimotor King Air C90A morreu na manhã deste sábado (6) durante um voo entre a Bahia e São Paulo. O copiloto teve de assumir o comando da aeronave e fazer um pouso de emergência em Campo Grande. A causa da morte ainda não foi informada.

A aeronave, um King Air C90A, é de uma empresa agropecuária que possui propriedades em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O piloto, Benedito Fernando Ricci, de 59 anos, e o copiloto, Matheus Pasquotti, transportavam um passageiro.

Segundo a Infraero, o voo seguia de Barreiras, na Bahia, para Americana, em São Paulo. No meio do trajeto, Benedito passou mal e desmaiou. Pasquotti assumiu o comando da aeronave e, após pedir autorização à Infraero e comunicar o ocorrido, fez um pouso de emergência em Campo Grande, por volta das 10h03.

Foi montado um aparato de emergência para socorrer o piloto, inclusive com ambulâncias já na pista do aeroporto. Mas, conforme a Infraero, quando a aeronave pousou, Benedito já estava morto.

Depois do ocorrido, Pasquotti publicou uma homenagem ao amigo no Facebook. No texto relembra que foram cinco anos voando juntos, um período de muita amizade e alegria e que, em um "piscar de olhos", no meio do viagem, o amigo "se foi".

O traslado do corpo ocorreu ainda na noite deste sábado. Saiu de Campo Grande por volta das 22h com destino a Rio Claro, São Paulo, onde Benedito morava. Fonte: https://g1.globo.com

 Igreja do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. Presidente da celebração, Frei Donizetti Barbosa, O. Carm. (Amanhã, a Novena será - AO VIVO- às 18h 30min, com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm).

Chegando em Juiz de Fora/MG. Aqui ficarei até o próximo domingo, 7. Missas na Catedral. Sábado, 7h e domingo, 7h (Abertura da Novena de Nossa Senhora do Carmo).

Seu Tião, 86 anos. Durante 3 meses ficou de cadeira de rodas. Recuperado, está na ativa trabalhando na roça do nascer ao por do sol! Reside no Alto do Rio das Pedras em Lídice, distrito de Rio Claro/RJ- na entrada do Eremitério Fonte do Profeta Elias- Grande Tião! Aqui vai as nossas orações e os nossos parabéns www.olharjornalistico.com.br

De acordo com os relatos, não é possível o compartilhamento de mídias - enviar ou baixar imagens, mandar ou receber áudios, ou o carregamento de figurinhas

 

O portal Down Detector, que recebe reclamações de internautas, registrou um pico de notificações negativas contra as três plataformas ainda nesta manhã. 

A maior parte das reclamações sobre o WhatsApp, segundo a plataforma, estão na América do Sul e México. Já do Facebook, a maioria das notificações são dos Estados Unidos. No Instagram, as reclamações vêm do Reino Unido e França.

Em nota, o Facebook confirmou o problema. "Sabemos que algumas pessoas e negócios estão com problemas para carregar ou enviar imagens, vídeos e outros arquivos em nossos aplicativos. Estamos trabalhando para normalizar a situação o mais rápido possível", diz em nota o porta-voz da rede social.

Pelo Twitter, muitos usuários comentaram também estar enfrentando dificuldades nessas redes sociais. Fonte: www.correiobraziliense.com.br

LUIZA BRUNET

Os filhos da violência doméstica também são vítimas do agressor. O Brasil ignora as crianças que testemunham suas mães em situação de perigo dentro de casa. Elas carregam consequências por toda a vida e precisam de atendimento e proteção

 

Eu me lembro como se fosse ontem. Um flash me vem nítido na memória. Tinha 7 ou 8 anos e ainda vivia com minha família em Itaporã, no Mato Grosso do Sul, onde nasci. Tentei algumas vezes proteger minha mãe das agressões do meu pai. Ele sofria de alcoolismo e, quando bebia, brigava, ameaçava e agredia a minha mãe. A agressão física aconteceu de fato uma vez. Um tapa. Era comum ele tentar feri-la com arma ou faca, o que configurava uma agressão psicológica e moral terrível. Eu era a única filha entre meus cinco irmãos que entrava na frente dela na tentativa de protegê-la do meu pai, que eu também amava. Essa história tem 50 anos e ainda me dói.

São lembranças que marcaram minha infância tanto quanto a violência doméstica que sofri na maturidade dos meus 54 anos. As crianças também são vítimas indiretas de um agressor. E carregam consequências por toda a vida.

Eu era pequena quando, ao lado de minhas quatro irmãs e do meu irmão, vi meu pai pegar um revólver que guardava em casa e mirá-lo na direção de minha mãe, ameaçando matá-la. Pouco me lembro das razões exatas da briga, mas ainda hoje reconstituiria a cena em detalhes. Ele era um homem ciumento. Naquela hora, lembro do meu pavor de criança. Achei que ele realmente fosse matá-la.

Foi um momento tenso para todos nós. Meu pai imediatamente desviou o revólver apontado para minha mãe e atirou na parede da sala. Nossa casa não era de alvenaria, mas de madeira. A bala atravessou a parede. Ele foi dormir. Minha mãe, triste, fez o jantar e ficou em um canto da casa. Fomos deitar. No dia seguinte, nenhuma palavra sobre o assunto. Assim era o jeito como ela conseguia lidar com aquela situação dramática e conosco. Creio que tentava nos proteger dessa forma, com o silêncio. Fingíamos que nada havia acontecido. Mas era uma rotina tensa.

Em outra ocasião, a cena com o revólver se repetiu. Morávamos na zona rural e criávamos animais no quintal. Tínhamos um porco, que criávamos para assar no Natal. Isso era comum no interior. Meu pai pegou o revólver e, furioso com a minha mãe por algo que não lembro mais, novamente apontou a arma para ela e depois disparou um tiro contra o animal. Lembro até hoje do grunhido agudo antes do bicho morrer. No dia seguinte, como um ato banal e sem maiores consequências, minha mãe cozinhou o porco como se nada tivesse acontecido. Mas nenhum de nós, filhos, quis comer.

A gente tentava superar os problemas, mas a vida seguiu assim por muitos anos. Até hoje não gosto de Natal. Meu pai bebia e eu lembro de brigas terríveis nessa data. Uma vez um espeto de churrasco foi usado por ele como arma. Ela correu e se trancou no quarto. Estava tão transtornado que, com raiva, cravou o utensílio com toda a força no próprio punho esquerdo. Embora fosse violento com a minha mãe, ele não agredia as filhas.

Tudo isso me despertava sentimentos contraditórios na infância. Ao mesmo tempo que temia que minha mãe um dia fosse morta, eu tinha pavor que meus pais se separassem. Para uma criança que, possivelmente, não compreendia a dimensão e a gravidade da violência cometida, a ideia da separação parecia ainda mais desesperadora. Tinha medo que meu pai fosse embora e eu nunca mais o visse.

Ao longo dos anos, a criança que eu fui não sabia bem quando o pânico era maior: se quando meu pai ameaçava matar minha mãe ou quando ela dizia que ia se “desquitar” dele. Quando não estava alcoolizado, meu pai era uma pessoa extraordinária. Gosto de lembrar quando me dava responsabilidades, ainda pequena, como ir pagar uma nota promissória na cidade. Eu me sentia importante. São sentimentos infantis que precisam ser compreendidos nesse contexto.

Um dos grandes conflitos que tive na vida foi o dia em que minha mãe resolveu partir sozinha com os filhos para o Rio de Janeiro. Ela não aguentava mais tanta violência. E queria uma nova vida. Me lembro que ela tomou o ônibus em Campo Grande (MS) conosco, os filhos. Duas paradas depois, uma surpresa: meu pai subiu no ônibus e disse que iria junto para o Rio. Eu me compadecia e me solidarizava com a minha mãe. Mas confesso que senti um certo alívio de saber que ele embarcaria conosco naquela aventura para um lugar desconhecido.

Meus pais viveram sob o mesmo teto por 24 anos. As dificuldades eram imensas no Rio e as brigas prosseguiram. Eles se separaram quando, em mais uma ameaça de morte, minha mãe teve finalmente a coragem de denunciar. Ela fez um boletim de ocorrência numa delegacia em Pilares. A patrulhinha foi até a minha casa e meu pai, alcoolizado, passou uma noite preso. Ele voltou para casa no dia seguinte. Acredito que foi a gota d’água para minha mãe. Creio que aconteceu com ela o que acontece com todas as mulheres que passam por esse tipo de violência. Chega o dia em que você decide tomar uma atitude. O dia de dar um basta.  É uma coragem genuína e repentina. Chegou o dia em que a minha mãe, depois de tantos anos, não viu mais sentido em manter o casamento com meu pai e pediu, de fato, a separação. Eu já tinha 18 ou 19 anos. Estava no meu início de carreira como modelo.

Ele voltou para o Mato Grosso do Sul. Vivia de vender terras. Eu passei a ajudar financeiramente minha mãe e meus irmãos, que continuaram no Rio. Ele, de longe, se orgulhava da filha famosa. Mas nos víamos pouco. Meu pai morreu aos 58 anos, seis anos depois da separação. Morreu do coração, com complicações de saúde decorrentes do alcoolismo.

Revisitar a história é isso. Imagine o quanto nós, filhos, suportávamos aquela rotina, presenciando a violência e o abuso psicológico, achando que a vida era aquilo. Assistíamos às cenas terríveis, rezávamos para tudo acabar e, no dia seguinte, seguíamos a vida normal. Acho que minha mãe só  superou, de fato, tudo o que viveu quando eu me manifestei publicamente sobre a violência doméstica que sofri. Antes, era como se existisse um consenso mútuo e mudo de toda a nossa história familiar - porque nós nunca falávamos. Quando fiz a denúncia, no entanto, abriu-se um espaço para haver uma reparação que também incluía a história dela. Isso, logicamente, impactou toda a família. 

O que conto sobre a minha história é muito comum em várias regiões do Brasil. É importante que se desenvolvam políticas públicas para os filhos da violência. É a forma de resgatá-los de traumas e evitar que esses padrões se repitam. Ser testemunha ocular da violência que acontece dentro de casa configura o abuso psicológico em si. A Lei Maria da Penha, criada há 12 anos, tem sido importante nesse capítulo. Um avanço recente é a escuta protegida de menores. A lei garante o depoimento, uma única vez, em um lugar acolhedor. E prevê ainda que os filhos tenham direito a medidas protetivas contra o agressor.

Mas, no geral, pouco se avançou em políticas voltadas para as consequências sofridas pelos filhos de mulheres agredidas. Muitos deles são órfãos do feminicídio. Neste momento, milhares de crianças estão sendo expostas em seus lares a essa triste cena: ver o pai agredir a mãe. Precisamos falar sobre isso. Com rigor, responsabilidade e urgência. Fonte: https://oglobo.globo.com

Em ‘Divino amor’, filme de Gabriel Mascaro que estreia nesta quinta, atriz interpreta uma mulher devota num Brasil dominado pelo fanatismo religioso

 

Maria Fortuna

RIO - Com a mesma credibilidade em que recorre aos ensinamentos do pastor num drive-thru da oração ou dança animada numa rave de Cristo, Dira Paes embarca, nua, em orgias santas. A presença de cena da atriz é ponto alto no filme“Divino amor”, de Gabriel Mascaro, que chega hoje aos cinemas brasileiros elogiado pela crítica internacional — estreou em Sundance, passou por Berlim e foi selecionado para outros 40 festivais pelo mundo —, imaginando um futuro em que o Brasil é dominado por evangélicos.

Dira é Joana, uma burocrata que cuida de divórcios num cartório, mas usa sua posição no aparato público para convencer os casais a desistirem da separação.

— Ela toma partido em nome de um ser supremo. Será que esse supremo concordaria? Para onde a fé anda levando as pessoas? — questiona a atriz, que apostou numa interpretação contida para expressar a prisão interna em que vive a personagem.

Mas Dira, a atriz, é solta, disponível.

— Ela deixa sua emoção pessoal tomar conta da cena — elogia Mascaro. — Tem capacidade única de acreditar no personagem e ir fundo na sua crença. Isso era fundamental para Joana, que tem a fé como pilar de sua vida.

 

'Divino amor': O que o Brasil espera do futuro?

 

Embora distópico, o filme projeta no futuro o impacto de um movimento religioso atual no país. Como vê essa realidade?

O filme foi pensado há quatro anos e filmado, há dois. Eu não imaginava que, em 2019, a gente informaria que, de certa forma, estamos deixando de ser um estado laico, nem que haveria um olhar de democracia ameaçada. O viés do filme é diferenciado, Joana, mulher de fé, reafirma esse desejo de, através de seu trabalho burocrata, institucionalizar a questão da fé para tudo em torno da vida. Isso me assusta. Ao ler o roteiro, achei necessário falar disso.

 

Sobre como a religião entra no lugar do Estado na vida das pessoas?

Sim, sobre como vai pautando o comportamento, se apropriando do que é vanguarda como, por exemplo, a rave de Jesus, ou a coisa do corpo a serviço da fé. É uma apropriação em prol de uma pauta conservadora, radical, excludente. A gente vê o afã da personagem pelo pertencimento a um clã, mesmo que ele a enrijeça, a cerque de regras por todos os lados.

 

Você mostra isso através de uma interpretação contida...

É um personagem que não tem extremos, nem mesmo uma gargalhada. O choro é para dentro, as emoções, contidas. Tudo é quase uma robotização da autenticidade humana, de não poder expressar os seus reais sentimentos. É uma prisão em vida. Tem um olhar inteligente do Gabriel em falar do herói, que geralmente é contra o sistema. A nossa heroína reafirma o sistema. É uma mulher de fé, cujo lema é “somos todos iguais perante a Deus”. No cartório onde trabalha, todos são iguais perante as leis. Mas ela se vale da sua posição, onde deveria ter imparcialidade, para tomar partido em nome de um ser supremo. O ser supremo concordaria? Para onde a fé anda levando as pessoas?

 

O filme teve boas críticas internacionais. Qual a importância disso?

Fiquei orgulhosa de ver como entenderam o filme, enxergaram que é uma pauta brasileira urgente e não querem essa realidade no país deles. Esse fundamentalismo religioso está ocupando a racionalidade das pessoas.

 

Numa realidade em que até o prazer é controlado...

Não é prazer, mas um sacrifício em nome da fé. Tem respeito, você não vê lasciva. O corpo sempre esteve em função das religiões e crenças. O católico se ajoelha; o umbandista tem o corpo como veículo para incorporar; na ioga, as pessoas ficam horas na mesma posição, é uma forma entregar corpo e alma ao seu Deus.

 

No meio disso, religiosos e gurus acusados de assédio...

Sim, historicamente também tem a coisa do sacrifício de virgens. Várias igrejas se manifestam minuto a minuto no país. Elas, normalmente, são ministradas por homens, os escândalos aparecem, como o do líder religioso que dizia que as mulheres tinham que servir a ele para se purificar. A sexualidade e a religião, de certa maneira, sempre caminharam juntas. Pelas redes sociais, há um aconselhamento de como trazer pimenta ao casamento. O filme se passa num 2027 inventado, pautado no ideário distópico de um futuro, mas parece que a distopia já existe.

 

Você é muito inteira nos filmes, rouba a cena, dá integridade aos personagens. A câmera ama a Dira? Como faz isso?

Quando terminou “Velho Chico”, experiência suprema, desejei bons trabalhos. No momento em que invoquei, veio com contundência. Quando a gente se propõem a sair da zona de conforto, parece que nascem células novas, vem frescor, como se eu tivesse ali pela primeira vez. Nunca pauto um trabalho só pelo meu personagem. Às vezes, é o diretor com quem quero trabalhar, um colega com quem nunca contracenei. As pessoas têm o direito de gostar ou não, mas percebem que não estou passiva e tranquila, mas inquieta, buscando o novo. Cinema é meu berço, me ajudou a me formar como ser independente. É o meu sagrado. Meu corpo também está em função do cinema, e é um corpo maduro, não mais o da jovem atriz de “A floresta das esmeraldas” ( seu filme de estreia ), que está ali desnuda, fazendo uma índia.

 

O que você busca na atuação?

São mais de 40 longas. É difícil acertar. Às vezes, minha melhor cena não está no meu melhor filme, nem naquele em que sou a personagem principal. É um olhar para si mesma, de curiosidade, consigo me distanciar dos personagens. Olho para a Joana e quero acreditar nela, mas não levo essa confusão para dentro de mim. Nosso corpo já sofre com o “agora chora” e o momento do “corta”, em que tem que parar porque aquilo não é mais seu. Mas tem o encontro entre a menina que viu o anúncio para um teste e foi adentrando as portas que se abriram com essa alegria de ser chamada por um diretor pela segunda vez, de ouvir o “escrevi pensando em você”.

Ao mesmo tempo em que vai além do estereótipo do corpão, você tem relação natural com a nudez no cinema. É tranquilo? Tem diferença entre ficar nua hoje e do início da carreira?

Tenho 50 anos e o corpo de uma mulher de 50. Não é um desnudar-se para oferecer o belo, mas para mostrar que viemos assim ao mundo. Por que nos chocamos com o que há de mais natural? Tranquilo não é, é respeitoso, honesto, verdadeiro. Acho que isso traz um convencimento. Fiz “Dois filhos de Francisco”, mas fiz “Baixio das bestas”, “Amarelo manga”. Esse é o colorido que quero. Às vezes, as pessoas se surpreendem mais com o nu do que com uma cena de tiros e sangue. Para mim, é mais violento do que o encontro de dois corpos.

 

Já recusou cena de nu por achar forçada ou desnecessária?

Como comecei muito cedo, entendi rapidamente o discernimento entre desrespeito e ousadia. O desrespeito tem cheiro, olhar. A ousadia é transcendente, vai além do que esperam. Consegui ter em torno de mim pessoas valorosas, com quem troco opiniões. Não quer dizer que não tenha sofrido assédio.

Lembra de alguma situação específica?

Tenho lembranças de andar na rua e ser tocada no bumbum, alcançar quem fez isso, e a pessoa fugir rindo. Fora assédios verbais constrangedores, de uma hierarquia acima. Assédios que pareciam pueris, mas que hoje sei que são graves. Aliás, a gente está reaprendendo muito e espero que nós mulheres estejamos bem juntas nesse realinhamento do que pode e do que não pode.

 

Você tem dois filhos, Inácio, de 11 anos, e Martim, de 3. Como os cria? Costuma falar de questões como igualdade de gênero com eles?

Sim, assim como conversamos sobre palavras e expressões da língua portuguesa que devemos abolir, como denegrir, a coisa está preta, mercado negro. Eles também me trazem correções. Uma das coisas que mais me marcou quando comecei a estudar filosofia foi perceber o que dá potência. Falo com eles para reconhecer o que os faz felizes e fortes e onde se reconhecem. Acho que precisamos de identidades, individualidades, de nos expressarmos como somos. O bonito é o colorido, o cinza dá um lugar monocromático, com o cerceamento de ideias. Fonte: https://oglobo.globo.com

Duas pessoas foram baleadas e dois seguranças intoxicados com fumaça. Segundo a PM, foram feitos reféns durante a fuga dos autores pela BR-262.

Por Bom Dia Minas, G1 Triângulo e Alto Paranaíba — Belo Horizonte

 

Criminosos tentaram arrombar uma agência do Banco do Brasil, por volta das 3h30, desta quinta-feira (27) em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Na fuga, o grupo de aproximadamente 25 integrantes trocou tiros com policiais militares por mais de uma hora, causando pânico entre os moradores.

Os assaltantes estavam em caminhonetes, carros e caminhões, cercaram as principais ruas do Centro e a praça Rui Barbosa e, segundo a Polícia Militar, usaram armas de grosso calibre.

Duas pessoas foram baleadas na ação, entre elas uma mulher que foi atingida com um tiro na cabeça e o estado de saúde é gravíssimo. Dois vigilantes da agência precisaram ser socorridos por terem inalado fumaça. A polícia cercou toda a cidade e região.

Por volta das 8h30, a PM confirmou que criminosos abordaram um caminhão, na BR-262, em Uberaba sentido Araxá, e fizeram reféns. Os policiais negociam a soltura das vítimas.

Até a última atualização desta reportagem, não havia informação sobre a quantidade de dinheiro levado. O G1 tenta contato com o banco. As fachadas de uma agência do Itaú e da Câmara Municipal também foram atingidas por tiros.

 

O ataque

De acordo com o major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar, os criminosos atiraram contra os policiais após a ação na agência.

"Os nossos policiais militares revidaram essa ação lá em Uberaba. A informação que nós temos é de 25 homens nessa ação, com veículos, caminhonetes, caminhões. E a Polícia Militar fez a progressão. Houve intensa troca de tiros", disse ele.

Câmeras do sistema de monitoramento da região foram danificadas pelos criminosos. Duas viaturas do Corpo de Bombeiros, que estavam estacionadas no quartel da Avenida 13 de Maio, também foram atingidas.

Durante a ação, um homem e uma mulher, que não tiveram idades informadas, foram baleados. Ambos encaminhadas ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM).

Segundo a assessoria do HC-UFTM, ela foi atingida com um tiro na cabeça e o estado de saúde é gravíssimo. Um homem foi baleado na perna. Ele foi medicado e o estado de saúde é estável.

Em vídeos feitos por moradores, publicados em redes sociais, é possível ouvir o barulho dos tiros. Imagens também mostram um homem amarrado no capô de um carro que foi feito como escudo. A PM ainda não confirmou como a vítima foi liberada.

Às 6h40, um cerco era realizado em Uberaba e na região do Alto Paranaíba na tentativa de encontrar os suspeitos.

 

Sem energia elétrica

De acordo com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), 1,3 mil consumidores ficaram sem eletricidade porque o ataque causou danos na rede de energia elétrica. Ainda não é possível saber se o dano foi causado pelos tiros ou se os próprios bandidos danificaram a rede como parte do plano para assalto.

Até por volta de 7h, ainda não havia havia previsão de retorno da energia porque a polícia tem que autorizar a entrada dos técnicos na área que está interditada.

 

Ataque na região

Ainda durante a madrugada, três explosões perto de agências bancárias e uma empresa de valores foram registradas em Uberlândia. A Polícia Militar acredita que o fato pode ter sido uma estratégia da quadrilha para chamar atenção em outro município. Fonte: https://g1.globo.com

Sob suspeita de tráfico de drogas, suboficial da Aeronáutica foi colocado em detenção provisória; ele integrava equipe de apoio à comitiva presidencial

 

Gustavo Maia

BRASÍLIA - O presidente em exercício Hamilton Mourão afirmou no início da tarde desta quarta-feira que o segundo sargento da Aeronáutica preso na manhã de terça no aeroporto de Sevilha, na Espanha, sob suspeita de tráfico de drogas, estaria no avião do presidente Jair Bolsonaro no retorno dele ao Brasil, embarcando na cidade espanhola.

— Quando tem essas viagens, vai uma tripulação que fica no meio do caminho, então quando o presidente voltasse agora do Japão, essa tripulação iria embarcar no avião dele. Então seria Sevilha — Brasil — informou Mourão a jornalistas, na saída de seu gabinete no anexo do Palácio do Planalto.

O segundo sargento foi preso com 39 quilos de cocaína divididos em 37 pacotes em sua bagagem. Questionado se considera uma falha muito grave que um militar tenha entrado com drogas em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), ele frisou que "não é o avião presidencial" e comentou os procedimentos segurança envolvendo um voo com o presidente.

— Inclusive, para vocês saberem, tem o tal do voo da bomba. O avião que o presidente decolou ontem decola um pouco antes, para ver se está tudo ok, ele desce e ele é lacrado. Ele só é aberto novamente quando o presidente e a equipe dele estão para embarcar. Então esse é o avião presidencial — declarou Mourão. — O outro, o VC2, leva o pessoal de apoio, o tal do escalão avançado, e é onde estava esse camarada.

Ele confirmou que o militar, cuja identidade não foi revelada pela Aeronáutica até o momento, era "sargento taifeiro", função equivalente à de um comissário de voo, que presta serviços de bordo em aeronave.

Assim como havia feito em entrevista mais cedo à Rádio Gaúcha, o presidente em exercício afirmou que a questão do tráfico de drogas atinge a sociedade como um todo e que as Forças Armadas "não são um grupamento que vieram de Marte".

— Eles pertencem aqui à nossa população e estão sujeitos seja para o consumo seja para o tráfico — declarou.

Mourão também disse que "é óbvio que, pela quantidade de droga que o cara tava levando, ele não comprou na esquina e levou, né?".

— Ele estava trabalhando como mula. Uma mula qualificada, vamos colocar assim — afirmou o presidente em exercício. Fonte: https://oglobo.globo.com

Salvadorenho e a filha de quase dois anos morrem ao tentar atravessar o rio Bravo para chegar aos Estados Unidos

 

O drama da crise migratória centro-americana foi capturado em uma foto. A descoberta nesta segunda-feira dos corpos sem vida de Óscar e Valeria Martínez, um salvadorenho e sua filha de um ano e 11 meses, afogados nas margens do rio Bravo abalou o país latino-americano. A tragédia na fronteira entre o México e os Estados Unidos ocorre em meio a um recrudescimento da política migratória mexicana, depois de chegar a um acordo com a Administração de Donald Trump. O pai, a menina e a mãe, que deu o aviso do que havia acontecido, tinham deixado El Salvador e empreendido viagem para os EUA por falta de recursos, segundo a família.

O acontecimento se deu no domingo à tarde. Ao chegar a Matamoros (Tamaulipas) no final da semana passada, a família salvadorenha encontrou uma cidade colapsada pela migração. A vontade de alcançar o território norte-americano e uma longa lista de espera para serem atendidos pela Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA motivaram a travessia do rio, como afirmou um irmão de Martínez à agência Efe. “Muitos têm a teoria de que se chegam nadando lhes darão asilo, e por desespero se lançam ao rio em vez de esperar em um centro migratório”, relata Abraham Pineda-Jácome, correspondente da agência na localidade.

 “A mãe nos contou que o marido tinha ido com a filha atravessar o rio até Brownsville (no Texas) e quando voltou para atravessar a mulher, a menina se jogou na água. Não sei se pensou que estava brincando, mas quando a corrente a levou lhes disse adeus”, conta a este jornal Julia Le Duc, uma das fotógrafas que presenciaram a operação. Os gritos e o desespero da mulher atraíram os que passavam pelo local, que acabaram chamando as forças de segurança de Matamoros. Durante a tarde de domingo uma operação foi montada, mas quando a noite chegou foi suspensa até segunda-feira de manhã, quando os agentes encontraram os dois corpos sem vida a cerca de 500 metros de onde se perderam.

Na imagem se pode ver a menina dentro da camiseta do pai e com um braço sobre o pescoço do homem. “Parece que, em desespero, ele colocou a menina na camiseta para não perdê-la na corrente e o que aconteceu é que a corrente os levou e ambos se afogaram”, disse Le Duc. Depois de partir de El Salvador em abril, a família tinha entrado México através do posto de fronteira de Tapachula (Chiapas), onde lhes deram um visto humanitário que lhes permitia residir legalmente no país enquanto tramitavam asilo nos Estados Unidos.

Depois do que aconteceu, uma parte da família que permanece em El Salvador pediu ajuda ao presidente Nayib Bukele para repatriar os corpos. “Senhor presidente, quero pedir, por favor, que nos ajude a repatriar o corpo de meu primo Óscar Alberto e de nossa pequena Angie Valeria que, por motivo de escassos recursos decidiram empreender caminho para os EUA”, publicou na segunda-feira no Twitter Enrique Gómez, primo de Martínez. O Executivo salvadorenho não demorou a responder ao pedido. “Nos unimos à dor por essa perda irreparável. Nenhum salvadorenho deveria se ver na necessidade de deixar seu país devido à falta de oportunidades. Pedimos que nos envie uma mensagem privada para iniciar a repatriação”. Por enquanto, a mãe e a esposa dos falecidos permanece em Matamoros esperando que lhe entreguem os corpos para voltar ao seu país.

A foto é uma amostra do drama que se vive nas fronteiras do México. “Era um barril de pólvora, uma tragédia que se pressentia pelo que se está vivendo nos acampamentos de migrantes em Matamoros”, aponta Le Duc sobre o colapso do sistema migratório mexicano. Nessa região do rio Bravo, pelo menos uma pessoa por mês morre afogada tentando chegar aos Estados Unidos, conta Pineda-Jácome. Apenas no ano passado 283 pessoas morreram tentando atravessar a fronteira. Além de Óscar e Valeria, nesta segunda-feira quatro guatemaltecos, três crianças e uma mulher, foram encontrados sem vida no deserto do Texas por causa da desidratação. Uma crise migratória que continua contando vítimas. Fonte: https://brasil.elpais.com

VIDA DE CONVENTO NO SUDESTE: Seguir Jesus, blá, blá, blá... Mas nesse período de festas juninas daria tudo para está no querido nordeste. Eita tempo bom! ((Alguém tem um milho assado, uma pomonha ou uma canjica Pelo amor de Deus?... ). Rsss