Willian Augusto da Silva, de 20 anos, pendurou frascos com combustível no teto do coletivo e amarrou braços dos reféns na Ponte Rio-Niterói, antes de ser baleado por snipers

 

Giselle Ouchana

RIO — A armadilha usada por Willian Augusto da Silva, que sequestrou o ônibus da empresa Galo Branco na manhã desta terça-feira, causou surpresa até no comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O homem de 20 anos, que acabou morto atingido por seis tiros disparados por snipers pendurou cinco frascos de gasolina no teto do veículo. Ele ainda tinha outras duas garrafas de dois litros cheias do mesmo combustível altamente inflamável.

— Pareciam lanternas amarradas com barbante. Eu nunca tinha visto isso aqui no Brasil, da maneira que ele fez. Se numa emergência ele quisesse machucar todo mundo, bastava ele derrubar um ou dois e ateava fogo no ônibus todo — disse, indignado, o tenente-coronel Maurílio Nunes.

Tiros partiram de mais de um sniper

No fim da noite desta terça, o porta-voz da Polícia Militar, Mauro Fliess, corrigiu a informação inicial de que apenas um sniper — posicionado acima de um caminhão do Corpo de Bombeiros — havia feito os seis disparos contra o sequestrador. No entanto, o comando da corporação diz que, por razões estratégicas, não divulga quantos atiradores estavam empenhados na ação, nem quantos fizeram os disparos.

O número preliminar de reféns feitos por Willian Augusto da Silva também foi corrigido pelo Governo do Rio. A princípio, 37 pessoas estariam dentro do ônibus sequestrado, mas o número foi corrigido para 39 em nova nota do estado. Fonte: https://oglobo.globo.com