Há 12 anos, o engenheiro turco Orkut Büyükkökten ficou famoso no Brasil ao emprestar seu nome para o site que popularizou no país o conceito de mídia social. Agora, ele está de volta com uma nova - e ambiciosa - empreitada na área: a rede social Hello, que chega ao Brasil em julho.

A Hello foi apresentada oficialmente na semana passada como uma rede para fazer e manter "amizades profundas" com outras pessoas com base em interesses e paixões mútuos e onde o "medo e o ódio não têm vez"...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2016/06/as-midias-sociais-estao-deixando-as.html

 

Uma jovem de 23 anos foi estuprada na frente do pai durante a noite deste domingo (26), no Sítio Ingazeira, que fica na zona rural de Lagoa da Canoa. Eles voltavam da igreja quando o crime aconteceu.

Segundo divulgou o 3º Batalhão da Polícia Militar, a jovem voltava da igreja de motocicleta por volta das 20 horas com seu pai quando um homem armado os abordou e obrigou que ela descesse do veículo.

O estuprador ordenou que o pai da jovem ficasse no local, caso contrário seria baleado. Ela foi violentada e logo em seguida obrigada a seguir com o pai de motocicleta até que o agressor desse novas ordens. Ele fugiu em uma motocicleta que não teve modelo nem placa anotados e ainda roubou o celular da jovem.

A mulher foi encaminhada para a Unidade de Emergência do Agreste para ser medicada. A polícia ao tomar conhecimento do caso foi até o local, tomou seu depoimento e em seguida a encaminhou para a Central de Polícia de Arapiraca para que ela prestasse queixa e o caso fosse investigado. Ainda não há pistas do suposto estuprador. Fonte: http://www.cadaminuto.com.br

Wesley Safadão se apresentou no São João de Caruaru no dia 25 de junho. Pagamento foi marcado por polêmica

Wesley Safadão informou que doaria cachê de R$ 575 mil para entidades de caridade em Caruaru.

Após a polêmica envolvendo o pagamento do cachê de R% 575 mil ao cantor Wesley Safadão, que se apresentou no São João de Caruaru no último sábado (25), a Prefeitura de Caruaru emitiu uma nota à imprensa para explicar o caso. O empenho para pagamento ao artista foi anulado no dia 23. Segundo a Prefeitura da cidade do Agreste pernambucano, o pagamento foi candcelado porque será pago por patrocinadores, e não pela prefeitura.


Veja a nota na íntegra:

A Fundação de Cultura informa que o empenho do show de Wesley Safadão foi cancelado porque o pagamento será feito direto pelos patrocinadores ao artista.

A polêmica fica ainda maior porque, durante o show de sábado,Wesley Safadão informou que doaria o cachê integral para instituições de caridade de Caruaru. O show tinha chegado a ser suspenso, mas uma liminar garantiu o direito de apresentação do cantor no Pátio do Forró Luiz Lua Gonzaga.

Veja vídeo de Safadão prometendo doar o cachê do show:

O imbróglio começou após a revelação de que a prefeitura de Caruaru pagaria R$ 575 mil pelo show do artista. O valor gerou polêmica, levando o Ministério Público Federal a cobrar explicações do profeito José Queiroz.

O cachê gerou também uma ação popular impetrada por três advogados. A Justiça chegou a conceder liminar suspendendo a apresentação. Mas, no dia seguinte, um desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco derrubou a decisão provisória, liberando o show do cearense na Capital do Forró. A ação segue tramitando.

"O problema foi resolvido, o que tinha pra ser provado foi provado. Várias pessoas foram no meu instagram: 'Tu tá tirando dinheiro de Caruaru. Caruaru tá assim, tá assado'. Gente, o problema do País não é culpa minha, não. O problema do País é o governo que tem que resolver", afirmou. Fonte: http://jconline.ne10.uol.com.br

 

Ninguém quer ser manipulado, mas quem é, raramente tem consciência de que isso está acontecendo. O pior é que o manipulado acha que está tendo suas próprias ideias, mas tudo foi colocado na sua cabeça pelo manipulador, e para atingir seus próprios objetivos.

E o que fazer para não se tornar uma vítima? O especialista em comunicação, Preston Ni, deu algumas dicas bem simples para que você possa fugir dessa situação. Confira:

1-Conheça seus direitos fundamentais

Essa é a dica mais importante. Se você estiver ciente dos seus direitos e reconhecer quando forem violados, dificilmente alguém conseguirá te manipular. Lembre-se que você sempre poderá:

exigir um tratamento respeitoso;

expressar suas opiniões e vontades;

decidir suas prioridades;

dizer ‘não’ sem se sentir culpado;

receber pelo o que pagou;

se proteger de ameaças físicas, mentais e emocionais;

construir uma vida saudável e feliz.

Tudo isso representa um limite, que não poderá ser violado por outras pessoas. Assim, você tem o poder e a autoridade moral de declarar que você é o condutor da sua vida, e não o manipulador.

2-Preserve seu espaço

Um manipulador tende a ter várias caras diferentes; ele age de formas extremas e opostas em diferentes situações sociais, é a famosa Falsiane. E se você perceber esse traço em alguém, preserve seu espaço e mantenha distância. Evite uma relação íntima com essa pessoa, pois você pode acabar sendo prejudicado.

3-Evite culpar-se

Os manipuladores se aproveitarão de suas fraquezas, expondo-as para que você se sinta inadequado e ainda fique se culpando por não conseguir satisfazê-los. Lembre-se, porém, de que você não é o problema, e não deve se sentir mal consigo mesmo. Para definir a situação, pergunte-se:

Estou sendo tratado com respeito sincero?

As expectativas e demandas dessa pessoa são razoáveis para mim?

A relação é recíproca?

Ultimamente, me sinto bem comigo mesmo na relação?

Essas perguntas o farão ver qual o verdadeiro problema da relação, você ou a pessoa.

4-Coloque-o em foco

O manipulador mandará você fazer algumas coisas, mas se houver algum pedido desproporcional, coloque o foco nele, fazendo as perguntas certas para ver se a pessoa é capaz de constatar o absurdo dos pedidos. Por exemplo:

Isso parece certo pra você?

O que você deseja parece justo?

Eu tenho alguma escolha nisso?

Você está me pedindo ou me contando?

O que eu consigo com isso?

Você realmente espera que eu faça isso?

Ao fazer isso, você coloca um espelho na frente do seu manipulador, que deve enxergar sua verdadeira cara. E se mesmo assim, ele não se intimidar, podemos estar diante de um caso patológico.

5-Use o tempo a seu favor

O manipulador sempre vai exigir respostas imediatas, pois assim ele aumenta a pressão e controla a situação. Mas você deve dar um tempo a si mesmo antes de dar uma resposta.

Apenas diga: “Vou pensar nisso”. Desta forma, você poderá ver se realmente deseja fazer o que foi solicitado.

6-Saiba dizer um ‘não’ firme, mas diplomático

A arte da comunicação está em dizer um não convicto e diplomático. Isso faz com que você trabalhe muito bem as suas relações.

7-Verifique as consequências

Quando um manipulador insiste em violar seus limites, isso gera consequências. E identificar essas consequências desarticularão os planos dessa pessoa.

8-Enfrente os valentões – de forma segura

Tenha em mente que o valentão (que por dentro é um grande covarde) só vai provocar aquele que ele considera mais fraco. Logo, se você for sempre passivo e complacente, você será um alvo.

Se o alvo começar a se mostrar forte e seguro, o valentão vai perder o interesse. Isso se mostra verdade no ambiente escolar, e também no doméstico e laborativo.

*Antigamente, nas Igrejas, em cima da caixa de esmolas dos pobres havia um presépio. Quando uma pessoa punha uma moedinha, a vaquinha do presépio agradecia, abaixando a cabeça, num gesto semelhante a um "sim".
Vaca de presépio é gente que só fala "sim"

Fontes:  Bright Side; http://www.tudointeressante.com.br

É impressionante, nos dias de hoje, quando visitamos o Palácio de Versalhes em Paris e observamos que o suntuoso palácio não tem banheiros.

Na Idade Média, não existiam os dentifrícios, isto é, pastas de dentes, muito menos escovas de dentes ou perfumes, desodorantes muito menos, papel higiênico, nem pensar... As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas do palácio...

No palácio as cozinhas conseguiam fazer alimentação para festas de 1.500 pessoas, sem a mínima higiene que hoje consideramos imprencidíveis.

As pessoas sendo abanadas que vemos em filmes tem como explicação o mau cheiro que exalavam por debaixo das saias (que eram propositalmente feitas para conter o odor das partes íntimas que não tinham como ser higienizadas devidamente e associadas ao costume de não tomar banho devido ao frio o cheiro era camuflado pelo abanador.

Os nobres, eram os únicos que podiam ter súditos que os abanavam, para espalhar o mau cheiro que o corpo e suas bocas exalavam com o mau hálito, além de ser uma forma de espantar os insetos.

Quem já esteve em Versalhes admirou muito os jardins enormes e belos que na época não eram só contemplados, mas "usados" com vaso sanitários nas famosas baladas promovidas pela monarquia. (Não existia banheiro). 

Amigos e amigas, partilho convosco minha indignação. 

Circulou hoje na mídia em geral que o cantor Wesley Safadão (sempre achei uma atitude pouco louvável a escolha desse nome - o que comprova-se pelas atitudes) receberá (torço para o MP não permita) R$ 575 mil da Prefeitura de Caruarú - PE, por um show na festa junina.

Envergonha a festa que tem raízes na vida de um Santo (São João) e revela a imoralidade que envolve a Prefeitura e esse "sujeito". De fato, um SAFADÃO.

Fonte: Face.

OLHAR DO DIA: Após almoçar com os confrades; Frei Carlos Mesters, Frei Reinaldo, Frei Marcelo de Jesus e Frei Marcelo Aquino em Angra dos Reis/RJ nesta quarta, 22, fiz este registro da cidade e compartilho com vocês.

Impossível deixar de lado a profissão de jornalista, ainda mais nesta beleza de natureza! Claro que Angra tem o “OUTRO LADO”, refiro-me ao alto índice de assassinatos, tráfico de drogas, roubo, desemprego, etc. Nas próximas horas, veja um vídeo de mais um dia de viagem. 

Ah! Elias Peregrino fica na cidade até sábado, 25, em seguida vai para Passa Quatro-MG.

Pelo menos 185 ativistas morreram em 2015 e 66% das vítimas são latino-americanas. 

O ambientalista colombiano Fabio Moreno, de 51 anos, passou 10 meses se escondendo dos algozes de um de seus companheiros mais próximos. Ambos receberam a mesma ameaça uma semana antes do assassinato, em abril de 2015: “Se já sabem o que precisam, vão embora”. Perpetrado o crime, Moreno abandonou a reserva indígena que defendia da entrada de mineradoras multinacionais e grupos armados em busca de ouro na região, a oito horas de carro de Bogotá. “A grande mineração não respeita nossos territórios sagrados e polui as fontes de água”, queixa-se por telefone. “Quando voltei para defender meu lar, eles também retornaram” e alertaram: “Temos um bom dinheiro para terminar o trabalho”, conta ele. A reportagem é de Felipe Sánchez e publicado por El País, 20-06-2016.

2015 foi o ano com mais ecologistas assassinados neste século, com 185 mortes, 69 a mais que em 2014, segundo um relatório publicado na segunda-feira pela ONG Global Witness. A América Latina voltou a ser, como nas contagens imediatamente anteriores, a região com mais vítimas (66%) e o Brasil, com 50 mortes, o país mais perigoso para os ativistas, com quase um de cada três assassinatos no mundo (27%). Filipinas (33), Colômbia (26), Peru (12) e Nicarágua (12) continuam na lista, que inclui 16 países. Cerca de 40% dos assassinados são indígenas.

A brasileira Maria da Conceição Chaves Lima é uma sobrevivente desse tipo de crime. Em agosto de 2015, ela e seu marido, Raimundo dos Santos Rodrigues, voltavam para casa na região Nordeste quando caíram em uma emboscada. Ele morreu com 12 tiros e ela ainda se recupera dos ferimentos. O casal combatia o desmatamento na Amazônia e ela era assessora do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade, que leva o nome do célebre ambientalista assassinado no final dos anos 1980. “Poucos dias depois, Maria foi incluída no programa de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas”, conta por e-mail Danilo Chammas, advogado da família. “Desde então, está longe de sua comunidade e sem poder contatar amigos e familiares”.

Um estudo independente de 2014 calculou que a madeira ilegal do Brasil representa 25% dos mercados mundiais. Os conflitos pelo desmatamento levaram ao assassinato de 15 ecologistas no mundo inteiro no ano passado, segundo o relatório da ONG. A mineração (42), a agroindústria (20), as hidrelétricas (15) e a caça ilegal (13) foram os outros setores cujas disputas ocasionaram mais mortes.

O presidente interino do Brasil, Michel Temer, nomeou Blairo Maggi como ministro da Agricultura. Maggi é um dos maiores produtores de soja do país, um cultivo associado ao desmatamento de grandes áreas, e recebeu em 2005 o prêmio Motoserra de Ouro do Greenpeace por destruir o meio ambiente. O advogado Chammas não se atreve a especular sobre as mudanças na situação dos ativistas neste Governo, mas é pessimista: “Há alguns indícios de que casos como o de Raimundo e sua esposa tenderão a repetir-se com mais frequência”.

Entre 2010 e 2015, a Global Witness registrou 753 assassinatos. Três de cada quatro ocorreram na América Latina (77%), com Brasil (207), Honduras (109) e Colômbia (105) no topo do número de mortos. Esses três países somam mais da metade dos crimes nesse período (56%). Honduras, com uma população de pouco mais de seis milhões, voltou a ser em 2015 – pela sexta vez consecutiva – o lugar com mais mortes de ativistas para cada 100.000.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Ativistas prometem entrar em jaula se governo alemão não reunir famílias refugiadas

BERLIM — Em um polêmico ato de protesto, sete refugiados se ofereceram para serem devorados por tigres na Alemanha. A iniciativa vem de um coletivo de artistas e ativistas, que instalou uma jaula no centro de Berlim. O objetivo da ação é apelar ao governo alemão que reúna uma centena de solicitantes de asilo atualmente na Turquia às suas famílias na Alemanha.

Caso o governo não atenda ao seu pedido, os refugiados prometem permitir que os tigres — que vivem na jaula há uma semana — os comam vivos dentro de oito dias. Dentre estes refugiados, está a atriz May Skaf. Ela já foi detida em diversas ocasiões na Síria e já ficou conhecida pelas suas ações ativistas em crítica ao regime de Bashar al-Assad.

— Estou pronta para ser devorada — disse May à agência EFE.

Refugiada na Alemanha, May faz parte do Centro para a Beleza Política, que protesta contra a política migratória europeia e denncia a morte de milhares de pessoas enquanto tentam chegar ao continente europeu em perigosas travessias no Mediterrâneo.

A iniciativa “Comer refugiados” foi classificada por autoridades alemãs como “cínica e inapropriada”. Para que estas famílias fossem reunidas, como pede o grupo ativista, seria necessário passar por cima de normas da União Europeia sobre o acolhimento de refugiados. Estipula-se que seja praticamente impossível que os ativistas tenham sucesso no seu pedido.

— Se trata de uma encenação de mau gosto sobre as costas dos mais vulneráveis — disse um porta-voz do Ministério do Interior da Alemanha.

Fonte: http://oglobo.globo.com

A possibilidade de que a homofobia seja uma das causas do ataque que matou 49 pessoas na boate Pulse, em Orlando, jogou luz sobre a vulnerabilidade experimentada por lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) nos Estados Unidos. Ainda assim, o país é visto como um dos mais avançados em políticas igualitárias nas Américas.

Segundo a ONG Human Rights Campain, cerca de 4, 8 mil integrantes da comunidade LGBT buscam asilo nos EUA todos os anos para fugir da discriminação em suas terras natais - a legislação americana ampara pedidos de pessoas perseguidas por sua sexualidade.

A BBC Brasil entrevistou um jovem do Zimbábue que aguarda, em Washington, a análise de seu caso - por razões de segurança, ele pediu para não ter o nome publicado. Leia o depoimento: "Quando cheguei aos Estados Unidos, era muito difícil me expressar de maneira mais livre. Era como se no meu país tivessem acionado um botão na minha cabeça e esse botão continuasse acionado mesmo depois que eu saí de lá.

Se você é gay, é natural que tenha alguns comportamentos difíceis de esconder. Mas eu aprendi a reprimi-los por uma questão de sobrevivência. Não podia andar, falar ou sentar de certas maneiras para não ser reconhecido como gay.

Também não podia usar brincos. Eu tinha os furos, mas, quando os usava, as pessoas me olhavam de tal forma que resolvi guardá-los. Quando cheguei aos Estados Unidos, vi caras indo trabalhar com ternos caros e brincos e pensei: 'É sério? Eles vão trabalhar assim?'

A coisa mais engraçada foi quando fui fazer uma foto 3x4. Pedi um minuto para tirar os brincos, mas o fotógrafo americano me disse: 'Por que você tem de tirá-los? Fique com eles, a foto vai ficar legal'. São coisas que nunca pensei que aconteceriam desde que me aceitei como gay.

Ser gay ou lésbica no Zimbábue é a coisa mais difícil que pode acontecer com uma pessoa. Se fosse uma questão de escolha, a maioria deixaria de ser. Lá a Constituição proíbe qualquer pessoa de cometer atos homossexuais. E culturalmente é um tabu: se você é um homem, espera-se que se case com uma mulher e forme uma família.

Muitos dizem que homossexualidade é algo importado dos países ocidentais, que é algo não africano. Mas, se você analisar a história, verá que ela sempre esteve lá.

Minha mãe sabia sobre minha sexualidade. Ela era cristã e muito religiosa, mas acabou aceitando. Eu olhava para ela como um escudo para toda a família; era minha proteção. Quando ela morreu, percebi que todos os parentes que pareciam me apoiar estavam na verdade fingindo, por respeito à minha mãe.

No funeral dela, alguns dos meus tios disseram que não queriam me ver mais. Eu estava de luto, minha mãe tinha acabado de morrer, mas me avisaram ali mesmo.

Depois disso, não fui mais convidado a reuniões familiares. Falavam que tinham nojo porque era homossexual. Não sabia o que ocorreria se autoridades lhes perguntassem o que sabiam de mim. Não ficaria surpreso se me traíssem e dessem alguma prova das coisas que andava fazendo.

Havia muitos momentos em que minha vida corria perigo. Eu e meu parceiro não conseguíamos dormir, porque não sabíamos se a polícia viria nos pegar. Nossa casa foi invadida muitas vezes. No fim, você se torna uma pessoa muito solitária. Se não estiver com amigos gays, não está com ninguém.

Não há boates nem bares gays no Zimbábue, e se houvesse ninguém os frequentaria para não ser visado. Eu me comunicava com meus amigos em pequenos grupos. Nos encontrávamos em bares e tínhamos de ser muito discretos, porque mesmo outros clientes poderiam nos agredir se achassem que estávamos tentando seduzi-los.

Quando estava lá, tentamos organizar duas ou três festas gays que não acabaram bem. Pessoas foram agredidas e assediadas por policiais. Alguns foram parar na prisão. Eu mesmo fui preso quatro ou cinco vezes.

Eles te levam para a delegacia e tentam procurar algo que possa te incriminar, já que não te prenderam em flagrante. Na maioria das vezes, te seguram por várias horas. Se você tenta dizer algo que não entendem, batem em você. Apanhei três vezes com chicotes. Eu me cobria com os braços para me proteger e levava chicotadas no corpo todo.

Eventualmente me liberavam, mas era uma forma de intimidar, de dizer "pare de fazer isso, ou voltaremos para pegá-lo".

Pensei que, se continuasse no Zimbábue, algo iria acontecer comigo. Tinha de sair por minha segurança e pela do meu parceiro, porque ele estava no armário. Se a família dele descobrisse que era gay, ele seria deserdado. Também podíamos ser abduzidos. O governo faz muito disso: houve muitas abduções, e nunca mais vimos aquelas pessoas.

Peguei um avião e vim para os EUA. Ainda estou esperando pela minha entrevista no processo de asilo - não tenho permissão para trabalhar e tenho que aguardar para pedir uma autorização. Um amigo tem sido muito generoso comigo e me ajudado desde o início do processo. Estou morando na casa dele com meu parceiro.

O ataque em Orlando foi perturbador, porque me lembrou do que eu fugi. Mesmo assim, acho que estou mais seguro aqui que no Zimbábue. Posso dizer o que quero sem sentir que virão me atacar a qualquer momento.

Lá, é perigoso que as pessoas façam as coisas às escondidas. Não há a menor chance de alguém sair apresentando o namorado aos outros. As relações são mais curtas, porque assim é mais fácil escondê-las. Então há mais promiscuidade, o que faz as doenças se espalharem.

Nunca experimentei racismo nos EUA, mas sinto que há certa xenofobia e um conflito entre africanos e afroamericanos. Talvez eles (afroamericanos) nos olhem como os pobres, sintam que são melhores que nós. E africanos aqui evitam ir aos lugares frequentados só por afroamericanos: eles preferem ir a lugares com um público mais misturado, onde sintam que não serão olhados com desprezo. Eu acho que somos o mesmo povo e não deveria haver razões para que nos olhássemos de forma diferente.

Se puder ficar aqui, pretendo fazer com que outros saibam o que está acontecendo no meu país na esperança de que todos os gays no Zimbábue possam viver uma vida melhor.

Sinto falta de casa - porque é minha casa, é de onde venho. Sinto falta de estar no meu proprio país e de usufruir meus direitos enquanto cidadão. Sei que voltarei um dia." Fonte: https://noticias.terra.com.br

Mundo tem mais de 65 milhões de pessoas em fuga, diz ONU

 

Relatório do Acnur aponta que um em cada 113 habitantes do planeta é refugiado, requerente de asilo ou deslocado interno.

Uma em cada 113 pessoas no mundo é refugiada, requerente de asilo ou deslocada interna, revela um estudo divulgado nesta segunda-feira (20) pela agência da ONU para refugiados (Acnur). O número de pessoas forçadas a deixar suas casas chega a 65,3 milhões - equivalente à população do Reino Unido ou da França.

"Essa é a primeira vez que o patamar de 60 milhões foi ultrapassado", diz a Acnur, em relatório divulgado em decorrência do Dia Mundial do Refugiado. De acordo com a agência, em 2014, o número de deslocados era de 59,5 milhões, e o crescimento nos últimos cinco anos foi de 50%.

O relatório aponta os conflitos em Síria, Afeganistão, Burundi e Sudão do Sul como os fatores para que o número de refugiados tenha chegado a 21,3 milhões no ano passado, sendo metade deles crianças.

A agência diferencia refugiados de deslocados internos, que são pessoas forçadas a fugir de suas casas, mas que não cruzaram uma fronteira para encontrar refúgio, permanecendo em seu país de origem. "Os refugiados e migrantes que cruzam o mar Mediterrâneo e chegam à Europa carregam a mensagem: se vocês não resolveram os problemas, eles virão até vocês", diz o alto comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi.

Segundo o estudo, em média 24 pessoas foram deslocadas a cada minuto do ano passado - cerca de 34 mil por dia.

Alerta sobre xenofobia

As Nações Unidas lembraram ainda que a recente crise migratória na União Europeia, a pior desde a Segunda Guerra Mundial, é apenas uma parte do aumento da miséria humana liderada por palestinos, sírios e afegãos.

"Precisamos de uma ação política para acabar com conflitos, o que seria a mais importante maneira de prevenir o fluxo de refugiados", afirma Grandi.

Os palestinos continuam sendo o maior grupo de refugiados no mundo, com mais de 5 milhões de pessoas, seguidos de sírios (4,9 milhões), afegãos (2,7 milhões) e somalis (1,1 milhão).

Em 2015, os novos requerimentos de asilo em países industrializados bateram recorde e chegaram a 2 milhões. Deles, quase 100 mil eram crianças não acompanhadas ou separadas da família. A Alemanha registrou o maior número de pedidos, com 441,9 mil, seguida dos Estados Unidos, com 172,7 mil, onde muitos requerentes fogem da violência da América Central. Países em desenvolvimento receberam 86% dos refugiados, sendo a Turquia, com 2,5 milhões de sírios, a que mais acolheu requerentes de asilo.

Grandi fez um alerta ainda para o aumento da xenofobia: "Barreiras estão sendo construídas em todos os lugares. Estou falando de barreiras legislativas que estão vindo, incluindo em países industrializados que durante muito tempo foram bastiões da defesa dos direitos fundamentais de refugiados."

Fonte: http://noticias.terra.com.br

'Quando há pobres envolvidos, a polícia não busca a verdade, busca culpados'

Já nos primeiros minutos de Paulina é possível sentir que as convicções políticas e sociais são os verdadeiros protagonistas do novo filme de Santiago Mitre, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros. O longa-metragem argentino conta a história de Paulina (Dolores Fonzi) que, depois de estudar direito em Buenos Aires, decide voltar para Posadas, no interior do país, para se dedicar à formação política em uma comunidade carente na sua cidade, na fronteira entre aArgentina e o Paraguai. Um dia, quando volta da casa de uma amiga, ela é estuprada por um grupo de rapazes. O comentário é de Xandra Stefanel, publicado por Rede Brasil Atual – RBA, 16-06-2016.

A história é uma releitura de La Patota, dirigido porDaniel Tinayre em 1961. Sem o tom religioso do original, o novo filme se debruça prioritariamente sobre questões sociais e a origem da violência, assim como o respeito integral à vítima.

Uma das frases mais marcantes do longa é quandoPaulina argumenta com seu pai (Oscar Martínez), o juizFernando, que não quer que seu caso seja investigado:

“Quando há pobres envolvidos, a polícia não busca a verdade, busca culpados”.

“Não tinha assistido à versão original até que eles me disseram para trabalhar em sua adaptação. Vi o filme uma vez e decidi nunca mais assisti-lo: uma vez fora o suficiente. Havia algo no personagem de Paulina que me deu um estalo, me colocou em apuros. No início, tentei compreendê-la, e logo percebi que era impossível, que não tinha que entender Paulina, e que justamente aí estava o que me interessava nessa história. Paulina é movida por uma força de sobrevivência que beira o irracional e essa força é o que move o filme, que nos arrasta junto com ele”, afirma Santiago Mitre.

Segundo o diretor, o remake é uma espécie de fábula política: “A versão original trabalhava com uma ideia do perdão através de parâmetros morais e religiosos.

Para mim, a religião não interessa, mas percebi que poderia trabalhar com os temas do filme em outra perspectiva, e tentar construir uma fábula política, onde a convicção estivesse no centro. De alguma forma, o que a religião representava na versão original, foi suplantada por outro tipo de crença: a ideologia. Quão longe você pode levar uma convicção social?Qual é o limite da ideologia? Com estas perguntas, Paulina embarca em uma busca pessoal, e sozinha sofre pela dor que viveu. O que a faz se identificar com outras mulheres que sofreram violência semelhante, é a mesma e dolorosa pergunta: como você sobrevive a isso?”

Com uma gravidez decorrente do estupro, as decisões da protagonista são questionadas e criticadas o tempo todo pela família e pelos amigos. Ninguém se abre para tentar compreender que cada pessoa reage de forma diferente à dor e ao trauma. E, como se não bastassem a humilhação da violência física, o filme explora algo que também é bem conhecido no Brasil: a incompetência policial para tratar de casos como este. Na delegacia, Paulina é submetida a outro tipo de violência: sem rodeios, o policial lhe pergunta sobre o tipo de roupa que estava vestindo, se estava bêbada e por que não reagiu.

Como não poderia deixar de ser, a obra é densa e tensa, causa mal-estar em qualquer pessoa que tenha o mínimo de empatia. É por isso que, mais do que um ótimo filme, Paulina também é útil porque propõe um exercício de reflexão profunda sobre o respeito às vítimas de estupro. “Um dos desafios que Paulina coloca é como respeitar as decisões com as quais não concordamos. É fácil respeitar as decisões que você mesmo tomaria, mas torna-se quase impossível quando temos que compreender as coisas que consideramos erradas. Por que Paulina decide o que decide? O que procura? O que quer provar? É algo que nos perguntamos muito durante o filme, e continuamos a nos perguntar agora, e espero que o espectador se pergunte também", afirma Santiago, que conversou com diversas mulheres que trabalham dando assistência psicológica a vítimas de violência.

O filme foi o vencedor do Grande Prêmio da Semana da Crítica, no Festival de Cannes, e da Mostra Horizontes Latinos, no Festival de San Sebastián, em 2015, além de ser exibido na 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Paulina
Título original: La Patota 
Direção: Santiago Mitre
Roteiro: Mariano Llinás e Santiago Mitre
Elenco: Dolores Fonzi, Oscar Martínez, Esteban Lamothe e Cristian Salguero
Produtores: Axel Kuschevatzky, Fernando Brom, Santiago Mitre e Walter Salles 
Música original: Nicolás Varchausky
Distribuição: Vitrine Filmes
Classificação: 16 anos
Ano: 2015
País: Argentina/Brasil Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

caso da adolescente de 16 anos estuprada pelo menos duas vezes e por vários homens em uma favela carioca chocou o país, mas está longe de ser um caso raro no Rio de Janeiro: a violência sexual é, de longe, a maior ameaça para as mulheres fluminenses. O Estado foi cenário em 2015 de 4.128 estupros, cerca de 9% dos estupros denunciados em todo o Brasil se considerarmos os últimos dados de 2014 do Anuário de Segurança Pública. O número revela uma violência assustadora: a cada duas horas, uma mulher é estuprada no Rio de Janeiro. A reportagem é de María Martín, publicada por El País, 17-06-2016.

As principais vítimas de estupro são menores de 14 anos e em mais de 30% dos casos a violência sexual vem de um agressor conhecido.

Os dados são do Instituto de Segurança Pública, órgão da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, que há 11 anos dedica um capítulo especial à violência sofrida por mulheres no Estado. “Os dados são preocupantes, apesar de haver uma redução do número de denúncias com relação a 2014, porque essa redução significa que a subnotificação aumentou. Percebemos também que houve uma desarticulação dos serviços públicos de atendimento à mulher, como casas de atendimento e núcleos de defesa dos direitos da mulher, que tinham um peso importante”, avalia Andreia Soares Pinto, uma das coordenadoras do estudo.

O estudo traz, pela primeira vez, dados sobre o assedio sexual e importunação ofensiva ao pudor, crimes ainda silenciados e até naturalizados. O detalhamento acontece em sintonia com a onda de manifestações feministas, campanhas como a do #meuprimeiroassedio, que revelou como os abusos sexuais são mais rotineiros do que imaginamos, e a indignação coletiva diante o caso de estupro da adolescente carioca.

Em 2015, 134 mulheres denunciaram assédio sexual, restrito por lei, geralmente, a ambientes de trabalho porque implica uma relação hierárquica do abusador. Apesar de o crime ser castigado com até dois anos de detenção, verificou-se que em 72,4% dos casos foram enquadrados como crimes de menor potencial ofensivo.

O mesmo acontece com a importunação ofensiva ao pudor, denunciado por 610 mulheres no ano passado e que abrange de encoxadas no transporte público à gravação das partes íntimas da vítima, mas que apenas é castigado com uma multa. A denúncia, no ultimo final de semana no Rio, de uma mulher que foi gravada no banheiro de um bar por um garçom, apesar dos comentários inquisidores do resto de clientes contra a vítima, escancarou como são minimizados abusos que levam, pelo menos, duas mulheres por dia a procurar uma delegacia. “Para mim era mais fácil deletar os vídeos e ir embora. Mas passo por tudo isso porque as pessoas não podem achar que isso é normal. Que não é normal que, depois disso, eu me preocupe em fazer xixi duas vezes no trabalho para evitar ter que fazer na rua, que não é normal que não haja mulher na delegacia, que não é normal a reação das pessoas”, disse a vítima aoEL PAÍS, após passar quatro horas na delegacia, onde não encontrou uma mulher que a pudesse atender.

Nesses casos, a coordenadora do estudo Soares avalia que endurecer as penas não é, necessariamente, o melhor caminho: “Eu acredito que conscientizar é uma via mais rápida. Muitas dessas mulheres não entendem que tenham sofrido violência, por conta de uma educação que se acostuma a esse tipo de hábito. É preciso colocar em debate se essas violações devem ser julgadas de uma forma mais dura. Deve partir da sociedade”.

Vítimas de crime comum

Os abusos sexuais não são os únicos onde elas lideram o número de vítimas. Cerca de 64% das denunciantes do crime mais comum no Estado, a lesão corporal dolosa [intencionada], são mulheres, a maioria delas agredidas nas suas próprias casas. Os homicídios por outro lado, que acabam com a vida principalmente de homens jovens e negros, têm um capítulo obscuro no Rio quando se trata de mulheres. No Estado, a média de assassinatos de mulheres em 2015 foi de quase uma mulher morta ao dia: 360 mulheres assassinadas. A taxa de homicídio de mulheres no Rio em 2014, 4,9 em cada 100.000 mulheres, chegou a superar a taxa nacional de 4,8 registrada em 2012 e 2013, os últimos anos disponíveis no Datasus. “O perfil das vítimas não muda e continua reproduzindo patrões culturais machistas. A maioria das mulheres vítimas de violência tem trabalho e renda e grau de instrução, o que derruba a ideia de que só a mulher da favela ou pobre é vitima de violência doméstica”, complementa Soares. “Ela atua em todos os níveis sociais”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Três pessoas ficam feridas durante um resgate a um traficante no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro.

Por volta das 3h, 15 homens fortemente armados invadiram a unidade médica para resgatar Nicolas Labre Pereira de Jesus, conhecido como Fat Family, de 28 anos.

Ele é chefe do tráfico de drogas do Morro Santo Amaro, no Catete, na zona sul do Rio, e estava internado sob custódia desde segunda-feira, quando foi preso em uma operação da Polícia Civil, com um ferimento no rosto.

Fat Family é irmão do traficante Marco Antonio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, que está em presídio federal.

Na chegada dos criminosos, houve intensa troca de tiros e os ouvintes da Rádio BandNews Fluminense FM - 94,9 relatam que ouviram explosões de granada.

O hospital fica a poucos metros da Central do Brasil, área de grande movimentação no centro da capital fluminense.

Três pessoas foram baleadas sendo que uma morreu. As primeiras informações apontam que a vítima se trata de um paciente.

Um policial militar de folga e um enfermeiro também foram feridos e ainda não há informações sobre o estado de saúde deles.

Fonte: https://www.facebook.com/radiobandnewsfm/posts/952429801534930

 

A visita feita pelo papa ao Pam, o Programa Alimentar Mundial (World Food Program, WFD), reacendeu os holofotes sobre alguns grandes temas ligados entre si: a desnutrição que afeta milhões de pessoas nos países pobres, a distribuição dos recursos, os problemas relacionados com a agricultura, o desperdício de alimentos, a especulação sobre os gêneros alimentícios. A reportagem é de Francesco Peloso, publicada no sítio Vatican Insider, 15-06-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A diretora executiva do Pam, Ertharin Cousin, acolheu o papa como um "defensor da dignidade humana". "A verdade", disse, "é que o mundo tem o conhecimento, a capacidade e as habilidades" para acabar com a fome e a desnutrição. O que precisamos, sublinhou, é "a vontade pública e política mundial".

Olhando para os dados divulgados pelas várias agências da ONU sobre o assunto, a FAO e o Pam, dentre outras, emerge um quadro em que 795 milhões de pessoas ainda passam fome. No entanto, deve-se dizer que a desnutrição absoluta no mundo está reduzindo, pois mais que o problema continue gigantesco e incida mais em certas áreas do planeta do que em outras. Em relação a 1990, o número de pessoas que não têm o suficiente para comer caiu cerca de 216 milhões, o que equivale a dizer, em todo o caso, que mais ou menos uma pessoa a cada nove passa fome.

Por outro lado, se a fome está regredindo, também é preciso notar que isso não ocorre de modo uniforme. Os números dizem que a Ásia continua sendo o continente com o maior percentual de pessoas que sofrem de fome no mundo, enquanto a África subsaariana é a região com a maior incidência (em porcentagem da população) de fome, uma em cada quatro pessoas sofre de desnutrição.

A fome, além disso, não afeta a todos igualmente. A infância paga um preço alto: nos países em desenvolvimento, uma em cada seis crianças (cerca de 100 milhões) está abaixo do peso, uma em cada quatro crianças no mundo sofre de déficit de desenvolvimento.

Nos países em desenvolvimento, esse percentual pode crescer, chegando a uma em cada três crianças, enquanto 66 milhões de crianças em idade escolar – 23 milhões só na África – frequentam as aulas com o estômago vazio.

A boa notícia é que, no arco de 25 anos, de 1990 a 2015, nos países em desenvolvimento, a prevalência da desnutrição – que mede a percentagem de pessoas que não são capazes de consumir alimentos suficientes para uma vida ativa e saudável – caiu para 12,9% da população, uma queda de 23,3%.

É isso que diz o último relatório das Nações Unidas sobre a insegurança alimentar no mundo. Também deve-se notar que a maioria dos países monitorados pela FAO – 72 de 129 – atingiu o "Objetivo do Milênio" de reduzir para metade a prevalência da desnutrição até 2015, ao mesmo tempo em que os países em desenvolvimento, como um todo, falharam no objetivo por uma pequena margem.

Além disso, 29 países alcançaram o objetivo mais ambicioso fixado pela Cúpula Mundial sobre a Alimentação de 1996 de reduzir pela metade o número total de pessoas subnutridas até 2015. O objetivo a ser alcançado, evocado também pelo papa, é o da "fome zero".

Por outro lado, nesse contexto caracterizado por luzes e sombras, também deve ser destacado o peso crescente que tiveram sobre a disponibilidade de recursos alimentares as alterações climáticas, os problemas ambientais, as próprias catástrofes naturais e os conflitos. Trata-se de conjunto de questões levantadas pelo Papa Francisco na sua encíclicaLaudato si', dedicada ao cuidado da casa comum.

As Nações Unidas apontam como eventos meteorológicos extremos, calamidades naturais, instabilidade política e conflitos civis também contribuíram para impedir o progresso econômico e social. São 24 os países africanos que estão enfrentando crises alimentares, o dobro em relação a 1990. Cerca de uma em cada cinco pessoas que sofrem de fome vive em ambientes de crise caracterizados por um governo fraco e por uma extrema vulnerabilidade às doenças e à morte.

Segundo a ONU, ao longo dos últimos 30 anos, as crises passaram de eventos catastróficos, de breve duração, intensos e muito visíveis, para situações prolongadas no tempo, causadas por uma combinação de fatores, em particular a sucessão de catástrofes naturais e conflitos – com as mudanças climáticas e as crises financeiras e dos preços frequentemente entre os fatores de agravamento.

As taxas de desnutrição e de fome nos países que sofrem de crises prolongadas são três vezes mais altas do que em outros lugares. Em 2012, cerca de 366 milhões de pessoas viviam em situações desse tipo – destas, 129 milhões estavam desnutridas –, 19% de todas as pessoas que sofrem de insegurança alimentar no mundo.

De destaque particular, por fim, é a relação entre fome e agricultura: nesse contexto, a FAO calcula que cerca da metade dos famintos nos países em desenvolvimento – formada por 50% de famílias de agricultores – sobrevive em territórios desolados e particularmente vulneráveis a desastres naturais, como a seca ou as inundações.

Uma em cada cinco pessoas pertence a famílias de agricultores sem terra própria, mas inteiramente dependentes do trabalho nos campos. Cerca de 10% vivem em comunidades ligadas ao pastoreio, à pesca e aos recursos florestais. Os 20% restantes vivem nas favelas das periferias das grandes cidades nos países em desenvolvimento. O número das pessoas com fome que residem em cidades está aumentando rapidamente, em paralelo com o aumento da população urbana do mundo. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

No mesmo final de semana em que um ataque a uma casa noturna gay nos EUA chocou o mundo, uma pequena cidade do sertão da Bahia se mobilizava em repúdio ao assassinato de dois professores homossexuais.

Edivaldo Silva de Oliveira e Jeovan Bandeira deixaram a escola estadual em que trabalhavam em Santaluz, a cerca de 260 km de Salvador, por volta das 22h da última sexta-feira (10). Menos de uma hora depois, dois corpos foram localizados no porta-malas no carro de Edivaldo, às margens da rodovia BA-120. O veículo e os corpos estavam carbonizados. A reportagem é de Thiago Guimarães, publicada por BBC Brasil, 14-06-2016.

O corpo de Edivaldo, que era conhecido como Nino, foi identificado pela arcada dentária. O enterro era previsto para esta terça-feira (14). O outro corpo ainda passará por exames de DNA para identificação, mas familiares acreditam ser de Jeovan.

O delegado João Farias, que apura o caso, disse à "BBC Brasil" que a homofobia é uma das possíveis motivações do crime. A casa de Edivaldo foi encontrada revirada após o crime, mas objetos de valor, como computador, não foram levados. "Eles eram muito amigos e muito queridos na cidade. Também não teriam inimigos. Já ouvimos várias pessoas e por enquanto não descartamos nenhuma hipótese", disse o delegado.

Para o Grupo Gay da Bahia, que faz levantamento nacional de assassinatos de homossexuais, trata-se de mais um caso motivado por homofobia. "A cidade inteira acredita nessa motivação", disse à "BBC Brasil" Marcelo Cerqueira, presidente do GGB.

De janeiro a junho deste ano, segundo a ONG, foram 16 casos de assassinatos de pessoas LGBT na Bahia e 123 no Brasil. No ano passado, o GGB registrou 319 mortes por homofobia - ou um crime de ódio a cada 27 horas. Desse total, 33 (10,3%) foram na Bahia, que ficou atras apenas de São Paulo, com 55 (17%). Em termos relativos, segundo o GGB, Mato Grosso do Sul registrou o maior índice de casos, com 6,49 homicídios por 1 milhão de pessoas, seguido pelo Amazonas, com 6,45.

Passeata

Na segunda-feira, centenas de moradores da cidade baiana de 32 mil habitantes saíram as ruas em protesto por justiça no caso dos professores. Com faixas contra a violência, o grupo promoveu paradas em frente ao fórum, à delegacia e à Camara Municipal.

Segundo o jornalista Uoston Pereira, do site local Notícias de Santaluz, foi uma das maiores manifestações que a cidade já viu. "A cidade tinha um grande carinho por eles."

Em todo o ano de 2015, Santaluz registrou seis homicídios, segundo a Secretaria de Segurança da Bahia. "São casos esporádicos, mas quase sempre relacionados ao tráfico de drogas", disse Uoston Pereira.

"Longe dos parques temáticos, do turismo cosmopolita e sem gozar do mesmo prestígio internacional de Orlando, Santaluz encurtou a distância geográfica da metrópole americana", escreveu o jornalista baiano André Uzêda, do portal Aratu Online, em artigo de opinião sobre o episódio.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

“O Meu quarto é só uma bagunça organizada” 

Sempre ouve-se por aí que a organização é uma virtude de pessoas bem sucedidas, enquanto as que não conseguem manter as coisas no lugar são constantemente criticadas. Saiba que a mesa bagunçada ou a mania de não colocar as coisas em seu devido lugar não é tão ruim assim. A boa notícia é que pessoas desorganizadas costumam ser as mais criativas.

Um estudo realizado em 2013 pela Universidade de Minnesota constatou que as pessoas com quartos, escritórios e mesas bagunçadas tendem a ser mais inventivas do que as que optam por manter tudo na mais perfeita ordem. Claro que não se trata de deixar a higiene de lado ou transformar os locais em um total caos, tornando-os inabitáveis, mas uma “bagunça organizada” é totalmente bem-vinda.

A cientista em psicologia responsável pelo estudo, Kathleen Vohs, ao observar e comparar os ambientes de pessoas bagunceiras com o das organizadas, somados a alguns estudos acadêmicos, conseguiu concluir que as primeiras tendem a ter pensamentos mais criativos e originais.

1– Sua mesa é uma bagunça, mas ainda assim você tem total controle sob ela.

2– Você usa a criatividade para descobrir maneiras de fazer tudo – não se sabe exatamente como – caber confortavelmente

3– Embora pareça absurdo para os outros, as pessoas desorganizadas são metódicas ao seu modo.

4– Assim, ambientes bagunçados podem estimular o pensamento criativo.

5– Esse tipo de pensamento, na sua forma pura, é pensar fora das linhas de raciocínio convencional

6– Como já questionado por Albert Einstein: “Se uma mesa bagunçada é sinal de uma mente desordenada, uma mesa vazia é sinal de quê?”

7– E não é só Einstein que está nesta lista – Pessoas como Steve Jobs também não são muito organizadas

8– Mark Zuckerberg também não

9– Nem o Steve Ballmer, da Microsoft

10– Então se você é “bagunceiro por natureza”, encontrar um equilíbrio entre a desorganização e a urgência de limpeza é extremamente saudável

11– Afinal, se está bagunçado é sinal de que, ao invés de perder tempo arrumando, a pessoa está produzindo

Fonte: EliteDaily; http://www.tudointeressante.com.br

Francisca Teixeira, Arapiraca-AL.

Boa noite… Não tenho a certeza do meu amanhã… Mas eu tenho a certeza de que o meu amanhã está sendo escrito por Deus… E todos os planos de Deus são perfeitos, e nos levam a realização de sonhos… O meu amanhã eu posso dizer: Deus proverá… e o que tiver de ser meu, virá até mim, e será abençoado por Deus… Fonte: Face

A guerra declarada entre os bandos de La Quinta e de Portillo, duas pequenas localidades do bairro de Catuche, no centro de Caracas, capital da Venezuela, já deixou centenas de "mães órfãs". A reportagem é de Daniel Pardoda, publicada por BBC Brasil, 11-06-2016.

Algumas delas, nos casos mais trágicos, perderam até cinco filhos. "Naquele tempo (nos anos 1980 e 1990), todo mundo estava envolvido (com o crime)", diz à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, uma dessas mulheres, Yanara Tovar.

Algumas das mães, que denunciavam os rivais de seus filhos, inclusive vigiavam a região e até mesmo escondiam armas em seus fornos.

Mas isso mudou em 2006, quando elas firmaram, em suas próprias palavras, um "acordo de paz". Desde então, não houve um único homicídio em Catuche causado pelo enfrentamento histórico entre os bandos de La Quinta e Portillo. "Não é que tenham ficado amigos, mas já não estão se matando", explica Tovar.

A solução

Durante as últimas décadas, crimes desse tipo transformaram a Venezuela em um dos países mais inseguros do mundo. Os quase 18 mil homicídios contabilizados pela Procuradoria-Geral da República no ano passado, metade do número divulgado por ONG especializadas, revelam uma nação assolada pela violência.

A maioria desses assassinatos se deu em bairros populares, em meio à luta por prestígio e pelo controle de territórios e onde as festas das sextas-feiras, um instrumento para demonstrar supremacia, podem terminar em massacres. Alguns analistas atribuem a violência na Venezuela a uma ruptura do vínculo afetivo entre as mães e seus filhos, que se dá por diferentes motivos e tem como consequência a entrada desses jovens no mundo do crime. "A família popular venezuelana é matriarcal, porque, diante da ausência ou intermitência da figura paterna, é a mãe quem impõe regras à vida familiar", explica o sacerdote jesuíta Alejandro Moreno, talvez o pesquisador do país que mais conheça os problemas dos bairros mais pobres. Assim, o distanciamento entre a mãe e o filho faz com que os jovens se tornem criminosos. Ao mesmo tempo, Moreno argumenta em seu trabalho acadêmico que a solução para o problema pode estar nas próprias mães venezuelas. Essas mulheres seriam uma forma de fazer com que os adolescentes deixassem de copiar o "modelo do malandro", como são chamados os criminosos que integram estes bandos. "Se você dá o controle do bairro para essa mãe, isso gera uma reação nos seus filhos, e foi isso que aconteceu em Catuche."

Mediadora de paz

De fato: no bairro, as mães deixaram de serem cúmplices da violência e passaram a atuar como gestoras da paz. Doris Barreto chegou a Catuche nos anos 1990, enviada por outro conhecido sacerdote jesuíta e atual reitor da Universidade Católica Andrés Bello, Francisco José Virtuoso. A assistente social administra desde então no bairro a sede da organização católica Fé e Alegria. "Tinha pânico quando cheguei. Os malandros paravam na porta da fundação para ver quem eu era. Passar por eles me dava calafrios", diz ela. "Mas, uma semana depois, consegui que passassem a me dar bom dia, e, com o tempo, fui me dando conta de que, na verdade, eles queriam trabalhar pela comunidade, que consideravam sua família, mas era preciso canalizar essa vontade."

Sentada em uma sala de jantar que serve como sala de aulas, Barreto repete uma frase dita pelos rapazes que a marcou: "Para acabar com a violência, não é com a gente que você deve falar, mas com as velhas fofoqueiras". Ou seja, suas mães.

Barreto lembrou dessa frase quando uma dessas mães, que havia acabado de ter um filho morto em um desses confrontos, propôs realizar uma assembleia entre os habitantes de La Quinta e Portillo na fundação. Aconselhada pelo padre Virtuoso, a assistente social aceitou, mas pediu que só as mães comparecessem. "Fizemos a reunião com umas dez mães de cada lado. Nesse dia, choramos, rezamos e nos abraçamos", recorda. Em conjunto, decidiram que os integrantes dos bandos firmariam um acordo de paz com quatro pontos principais:

  1. Quem descumprir o acordo será convocado para uma reunião;
  2. Quem descumpri-lo três vezes será denunciado para a polícia;
  3. Não se pode trazer estranhos para o bairro;
  4. Não se pode acender isqueiros nas ruas (um sinal para abrir fogo contra o inimigo).

Barreto guardou o documento em que o acordo foi firmado. Desde então, ninguém foi denunciado.

O valor da fofoca

Mas foram convocadas reuniões. Uma delas foi por causa de Adrián, filho de Yanara Tovar, que abre esta reportagem. Foi ela quem sugeriu a realização da assembleia a Barreto. "Um dia chegou até mim uma fofoca de que meu filho estava vendendo drogas. Então, pedi às minhas comadres para investigarem, e elas confirmaram", conta ela. "Logo, foi realizada uma reunião com ele sem minha participação. Deram uma semana para se desfazer da droga, e ele não voltou a vender."

Um jovem risonho e magro, com o rosto marcado por cicatrizes, Adrián trabalha hoje como motoboy. A pedido de sua mãe, não solicitei uma entrevista a ele. "Adrián nunca tinha demonstrado intenção de ser um malandro", garante Tovar. "Mas o ambiente em que vivem esses rapazes exige isso deles. É a lei das ruas."

Ela admite: ainda que a violência tenha sido erradicada de Catuche, o bairro não é imune aos problemas que vêm do resto de Caracas, considerada a cidade mais violenta do mundo. "Às vezes, os rapazes entram em confronto com pessoas de outros bairros, mas já dissemos a eles que isso é um problema deles e da polícia", diz ela. "Não podemos controlar toda a cidade, mas, ao menos aqui, não vamos permitir que deixem mais mães órfãs."

E, assim, essas mães conseguiram algo que nenhuma autoridade venezuelana havia conseguido: a obediência dos malandros. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

Cícero Pedro Santos, Lagoa da Canoa-AL

Deus não nos criou para sermos tristes e carrancudos. É por isso que o sorriso puro vindo do nosso interior é o enfeite maravilhoso do nosso ser.

Estudos sobre o comportamento humano relatam que o maior segredo para sermos saudáveis e vivermos bem, tem origem numa visão otimista da vida, aliada ao bom humor e ao sorriso constante.

Uma pessoa bem humorada sofre menos, com os problemas da vida por ter uma maneira diferente de encará-los, o cérebro de uma pessoa alegre produz mais endorfina e serotonina. Fonte: Facebook