Olhar Jornalístico

*O CORAÇÃO DA REGRA DO CARMO, QUAL É?

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Publicado em 30 agosto 2015

Frei Bruno Secondin, O. Carm.

A vocação do Carmelo à oração

Toda a Regra toda propõe logicamente um itinerário em direção à maturidade. Já o demonstramos no próprio esquema, mas há também expressões que mais diretamente se referem a esta perspectiva.

A tradição dos séculos delineou a fisionomia do Carmelita segundo o capítulo 7º: oração e solidão. Somos definidos assim como homens e mulheres da espiritualidade, da vida interior, da oração. Hoje se diz frequentemente que as nossas comunidades são fraternidades orantes.

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2015/08/o-coracao-da-regra-do-carmo-qual-e-1.html

TARDE TE AMEI: Santo Agostinho.

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Publicado em 28 agosto 2015

Cardeal Levada é detido no Havaí por dirigir bêbado

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Publicado em 28 agosto 2015

O cardeal William Joseph Levada, residente em Menlo Park, foi detido na semana passada quando dirigia em Ilha Grande, disse a porta-voz policial Chris Loos. Levada não estava com acompanhantes. Foi detido por suspeita de dirigir em estado de embriaguez. A reportagem é publicada por Religión Digital, 26-08-2015. A tradução é do Cepat.

Ficou em liberdade após pagar uma fiança de 500 dólares. No dia 24 de setembro, deve comparecer no tribunal do distrito de Kona. Em uma declaração emitida pela Arquidiocese de San Francisco, o prelado de 79 anos disse que lamentava o seu erro e que cooperará com as autoridades. Levada foi detido após um agente da patrulha de Kona o ver dirigir de maneira errada na estrada Queen Kaahumanu, disseram as autoridades.

Levada começou sua gestão como arcebispo de San Francisco em 1995. Entre maio de 2005 e junho de 2012, foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, durante o papado de Bento XVI. Foi um dos dignitários de maior peso na Igreja católica. Levada renunciou em 2012.

Mike Brown, porta-voz da Arquidiocese de San Francisco, confirmou que o cardeal estava de férias no Havaí com amigos religiosos. Levada é agora prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé e arcebispo emérito de San Francisco. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

 

Morre no Vaticano ex-arcebispo acusado de pedofilia

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Publicado em 28 agosto 2015

Cidade do Vaticano (RV) – Faleceu na madrugada desta sexta-feira (28/8) no Vaticano, o ex-Núncio Apostólico na República Dominicana, Józef Wesolowski, aos 67 anos.

Segundo as autoridades vaticanas, que realizaram as primeiras constatações, a morte de Dom Józef deu-se por causas naturais. O Promotor de Justiça vaticano pediu uma autópsia, que será feita ainda nesta sexta-feira, cujos resultados serão comunicados oportunamente. O Santo Padre foi devidamente informado sobre o acontecimento.

Józef Wesolowski estava em prisão domiciliar no Estado da Cidade do Vaticano acusado de abusos cometidos contra menores de idade na República Dominicana. O arcebispo emérito polonês era Representante da Santa Sé na República Dominicana, Porto Rico e Haiti, de 2008 a 2013.

A decisão da prisão domiciliar, sem precedentes, foi tomada pelo Tribunal do Vaticano, após investigações sobre o caso do ex-Núncio Wesolowski “acusado no processo penal por fatos graves de abuso de menores”.

O ex-Núncio já havia sido condenado, em primeira instância, pela Congregação para a Doutrina da Fé, “à redução à condição laical, após um processo penal administrativo, com base no Direito Canônico”.

“Devido às condições de saúde do acusado – comprovada por documentação médica – as autoridades judiciais vaticanas decidiram colocá-lo em prisão domiciliar, com as limitações ligadas a esta condição. Desta forma, Wesolowski, cidadão polonês, não tem mais imunidade diplomática do Vaticano.

Segundo desejo expresso pelo Papa Francisco, “um caso tão grave e delicado como este devia ser resolvido sem demora, com o rigor justo e necessário”. O processo Dom Wesolowski ainda se encontrava em andamento. (MT). Fonte:http://www.news.va/pt

CD- LEVANTA ELIAS! Canto do ofertório

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Publicado em 27 agosto 2015

Do Projeto, “Levanta Elias”, veja o ensaio em preparação da gravação de um CD para o Ano Eliano Missionário-2016, da Ordem Terceira do Carmo. No vídeo, CANTO DO OFERTÓRIO da Missa de Elias. Letra: Irmã Natalina Grande, O. Carm. Música: Frei Victor Kruger, O. Carm. Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Lapa, Rio de Janeiro. 26 de agosto-2015.

 

Canto do ofertório.

Letra: Irmã Natalina Grande, O. Carm.

Música: Frei Victor Kruger, O. Carm.

1-Pão e água no deserto, a Elias levantou, pra fazer a caminhada, como o anjo lhe mandou.

Ó Deus Pai, também pedimos, neste vinho, neste pão, como Elias no caminho, nos sustente a tua mão!

2- Santo Elias, no Carmelo, sacrifício ofereceu: Testemunha a seu povo, que Javé, só Ele é Deus!

3- Como Elias ser Profeta, ainda hoje é compromisso, da palavra que liberta, do amor que é serviço. 

Dei a Eucaristia ao Papa Francisco

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Publicado em 27 agosto 2015

Monsenhor Bonora, num “tête-à-tête” com Bergoglio, sentado entre os fiéis durante a missa dedicada a Pio X, na Basílica de São Pedro de Davi Nórdico.

Encontrar-se improvisamente num “tête-à-tête” com o Papa na missa: embora o Vaticano não nos surpreenda atualmente mais tanto pela liberdade com que o Papa Francisco se move entre os vários ambientes, sobretudo na Casa Santa Marta onde reside, encontrar-se diante dele sem prévio aviso faz sempre certo efeito. Aconteceu sexta-feira, às 7h, ao monsenhor Lucio Bonora, sacerdote da Diocese de Treviso, já assistente da ACR, por tantos anos na Casa Toniolo, depois pároco em Canizzano de Treviso e atualmente oficial na Secretaria de Estado Vaticana e diretor do arquivo diocesano de Treviso. O Papa decidiu assistir à missa e fazer a comunhão junto aos outros fiéis que chegaram entrementes, que seguramente também eles ficaram sem palavras. O texto foi publicado pelo jornal La Tribuna di Treviso, 23-08-2015. A tradução é de Benno Dischinger.

Para mons. Bonora esta “improvisação pontifícia” significou também descobrir a devoção do Papa Bergoglio por Pio X, o Papa do catecismo. “Como a cada ano”, conta dom Lucio, “por ocasião da festa de São Pio X o altar da Apresentação na Basílica de São Pedro, onde está exposto o corpo do Papa Sarto, é particularmente enfeitado. Eu tinha saído da sacristia para celebrar a missa, quando o pessoal da Gendarmaria me avisou que o Santo Padre estava ali em prece”. Os olhos de dom Lucio se encontraram com os do Papa. O que fazer? É o próprio Papa Francisco que faz sinal a dom Lucio para iniciar a celebração. “O Papa estava sentado no primeiro banco: atrás dele algumas pessoas recém entradas na basílica, que abre exatamente às sete. O Papa permaneceu para a missa, como eles. Depois, no momento da comunhão, depois que três ou quatro pessoas já se tinham posto em fila diante de mim, ele se levantou e se pôs atrás deles. Depois voltou a seu lugar, sem sentar-se, mas permanecendo em oração”. Acaba a missa, o Papa retornou à Casa Santa Marta e dom Lucio à sacristia: encontraram-se pouco depois num pátio exterior à basílica. “Eu tinha vindo para uma prece minha”, disse-me o Papa, “porque já havia celebrado a missa mais cedo, mas depois vi que vinhas ao altar para celebrar, e então permaneci. Eu te havia dito que sou devoto de São Pio X”.

E isto, sobretudo em referência ao catecismo. “De fato”, prossegue dom Lucio, “em cada 21 de agosto, quando estava em Buenos Aires, celebrava a jornada dos catequistas”. Mas, havia outro particular que havia evidenciado a devoção do Papa Bergoglio pelo Papa Sarto [Alfaiate]: a decisão de não preparar mais o presépio, no Natal, sobre o altar da Apresentação, visto que por algum tempo o corpo de Pio X não era visível aos olhos dos fiéis. Ao contar a Riese o encontro ocorrido entre o Papa e mons. Bonora foi o bispo Mons. Gardin, na missa solene. Um episódio acolhido com grande felicidade pelos moradores de Riese: “Nos haviam dito que o Papa Francisco e Pio X são muito próximos”, diz um fiel no final da procissão, “a simplicidade deste encontro o confirma”. Fonte:http://www.ihu.unisinos.br

A PALAVRA... Nº 974. De quem Jesus tinha raiva?

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Publicado em 27 agosto 2015

* OLHAR CARMELITANO: MASS MEDIA E ESPIRITUALIDADE

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Publicado em 26 agosto 2015

Frei Henk Husktra, O. Carm

Visão geral

A comunicação sempre acontece através de um meio, meio e comunicação estão sempre ligados. A revolução na comunicação significa também revolução na cultura: nos costumes, na fé, etc.

Cultura oral

Comunicação Oral = comunicação interpessoal, com os sujeitos presentes um ao outro, podem reagir um com o outro diretamente. É a comunicação das pequenas comunidades, garantia para a continuidade da vida, centro da comunidade. Nesta nasceu e se desenvolveu a cultura cristã (passando da cultura oral - judia - para a cultura escrita - grega). É a comunicação através da presença física de emissor e receptor...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2015/08/olhar-carmelitano-mass-media-e.html

*Eliseu pede uma dupla porção do espírito de Elias

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Publicado em 26 agosto 2015

Frei Carlos Mesters, O. Carm.

Elias estava para ser arrebatado ao céu. Os dois estão indo para o Jordão. Os irmãos profetas os observam de longe. Todos eles estão meio apreensivos. Depois que Elias e Eliseu passaram o rio Jordão, Elias diz a Eliseu: "Peça o que quiser antes que eu seja arrebatado da sua presença!" Eliseu pede: "Deixe-me como herança uma dupla porção do seu espírito".

Naquele tempo, o filho mais velho recebia dos pais uma dupla porção da herança (Dt 21,17). Era para não diminuir ou pulverizar a propriedade da família e permitir que a herança pudesse ser preservada integralmente para as gerações seguintes.

Pelo pedido que fez a Elias, Eliseu mostrou ter plena consciência da sua missão como filho mais velho que deve preservar a herança do profeta Elias.

Hoje, nós somos Eliseu, o filho mais velho. Nossa herança é o duplo espírito de Elias a ser preservada integralmente. Esta herança não pode ser diminuída nem pulverizada, mas deve continuar na íntegra e irradiar nos outros, através do nosso testemunho.

*DO LIVRO: VIVER NO CARMELO EM OBSÉQUIO DE JESUS CRISTO

Mística não mágica

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Publicado em 25 agosto 2015

*Dom Frei Vital Wilderink, O Carm, In Memoriam.

Você não pode aprender encontrar-se com Deus, você O encontra quando O encontra. Não existem técnicas nem rituais para trazer Deus. Deus, ele mesmo escolhe sua presença com total liberdade. “Eu sou aquele que sou ... ’Eu sou’ envia-me a vós” (Ex 3, 14). Este dado questiona determinadas práticas devocionais: você não pode obrigar Deus por meio de formas eu você mesmo escolheu. Deus não pode ser manipulado. A relação face-a-face com Deus é absolutamente livre.  O valor de muitas técnicas que hoje em dia são importadas do Oriente só pode ser avaliado de acordo com a medida do respeito e da liberdade com que se aproximam de Deus e dos homens.

Miguel de Santo Agostinho conta que fica às vezes impressionado pela facilidade com que carmelitas adotam toda sorte de devoções. ‘Será que estas são realmente necessárias para um relacionamento real com Deus?  Aprofunde a nossa própria tradição e avalie a partir dela o que tem e não tem valor.

*Dom Frei Vital Wilderink, O Carm- Eremita Carmelita- foi vítima de um acidente de automóvel quando retornava para o Eremitério, “Fonte de Elias”, no alto do Rio das Pedras, nas montanhas de Lídice, distrito do município de Rio Claro, no estado do Rio de Janeiro. O acidente ocorreu no dia 11 de junho de 2014. O sepultamento foi na cidade de Itaguaí/RJ, no dia 12, na Catedral de São Francisco Xavier, Diocese esta onde ele foi o primeiro Bispo.

A PALAVRA... Nº 973. Os fariseus de cada dia.

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Publicado em 25 agosto 2015

EU TE VI: Uma reflexão do Frei Petrônio de Miranda, sobre São Bartolomeu.

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Publicado em 24 agosto 2015

*A ESPIRITUALIDADE LITÚRGICA CARMELITANA (3ª Parte)

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Publicado em 24 agosto 2015

Frei James Boyce, O.Carm.

Espiritualidade Litúrgica Carmelitana Medieval

Uma discussão sobre a espiritualidade litúrgica carmelitana medieval responde a pergunta: “O que os carmelitas medievais consideraram importante em sua herança e como a celebraram liturgicamente?” O objetivo deste capítulo é discutir os aspectos principais da herança carmelitana, o modo com que os carmelitas medievais a viam e examinar como eles a celebravam liturgicamente. Estes elementos são:

1) A herança da Terra Santa

2) A devoção à Maria

3) Novos santos acrescentados à liturgia, refletindo sua inserção no Ocidente.

São significativos também os aspectos litúrgicos ausentes, pelo menos, dos manuscritos medievais até o século XV.   Eles incluem festas carmelitanas próprias, cuja existência antes do Concílio de Trento não se pode provar: as liturgias para Santo Elias e Santo Eliseu, que começaram a ser celebradas apenas no período Tridentino; e um ofício padronizado para a festa de Nossa Senhora do Monte Carmelo, que não aparece em nenhum manuscrito antes de 1500...

*Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2015/08/a-espiritualidade-liturgica-carmelitana_24.html

COISAS DE FRANCISCO: Papa surpreende e assiste à missa ao lado de fiéis

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Publicado em 24 agosto 2015

VATICANO- Papa Francisco provou que segue o que prega. O pontífice, que sempre pede que os religiosos fiquem mais próximos do povo, surpreendeu os fiéis ao ocupar um lugar na primeira fila de bancos da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para assistir a uma missa, nesta sexta-feira.

A presença do Papa foi “completamente improvisada”, segundo o porta-voz do Vaticano, Reverendo Ciro Benedettini. De acordo com ele, o pontífice chegou à Basílica logo pela manhã, sem avisar ninguém e sem nenhuma escolta, para rezar e, em seguida, decidiu ficar para missa.

Além de se sentar ao lado dos fiéis no banco da Basílica, na hora da comunhão o Papa também entrou na fila junto com os presentes. De acordo com um jornal local, no início da missa 70 pessoas acompanhavam a celebração, mas com a notícia de que havia um visitante ilustre no local, o número de fiéis aumentou. Fonte: http://oglobo.globo.com

A TUA PALAVRA É DURA...

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Publicado em 23 agosto 2015

Cardeal critica postura de padres cantores no Brasil

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Publicado em 21 agosto 2015

O cardeal João Braz de Aviz, membro da Cúria Romana no Vaticano, fez uma visita a São José dos Campos (SP), nesta terça-feira (18), para conhecer o Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. Em entrevista ao G1, ele criticou a postura de alguns padres cantores, mas preferiu não citar nomes.

“Nem tudo nos nossos padres cantores está claro, basta olhar. É preciso voltar ao essencial, questionar o porque se está ali cantando aquela música na televisão. Qual a razão que me faz estar aqui? É Jesus Cristo? Minha fama? O dinheiro?”, afirmou. A reportagem é de Nicole Melhado, publicada por G1, 19-08-2015.

O cardeal é considerado um dos homens de confiança do Papa Francisco e afirma que o Vaticano não interfere diretamente no cenário audiofônico católico. Para ele, a   seria o órgão mais indicado para tal.

“Não é bom deixar estragar tudo para depois mexer. Eu não cito nomes, mas tem coisas chatas aí. Por outro lado fizeram coisas boas. Daria para citar 3 ou 4 nomes, mas não vou fazer isso”, disse.

Dom Braz revelou que é um grande admirador do padre Zezinho, que aos 74 anos tem 118 discos em seu repertório. “Padre Zezinho não se apegou à imagem e ao dinheiro. O que sobressai nele é Jesus Cristo. Se o que conta é o dinheiro, a fama e o poder, mesmo que você tenha uma bela voz e fale bonito, está errado”, afirmou.

Sobre a vocação religiosa, o cardeal afirmou que uma de suas irmãs chegou a duvidar do seu celibato. “O celibato não é não ter instinto ou vontade de casar. O celibato é outra coisa. Precisamos pautar nossa vida em um testemunho simples e direto, convicto. Se uma pessoa consagrada vive infeliz e carrancuda, pode ir para outro lado, buscar outro caminho ou ela deve mudar”, disse. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br

ARTIGO DO DIA: ESPIRITUALIDADE LITÚRGICA CARMELITANA (2ª Parte)

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Publicado em 21 agosto 2015

Frei James Boyce, O.Carm.

A Espiritualidade litúrgica dos primeiros carmelitas

Oração individual e comunitária

Um aspecto singular da antiga liturgia carmelitana é que, enquanto a missa era celebrada em comum, a recitação do Ofício Divino era deixada ao eremita (indivíduo) como parte de sua contínua vida de oração diária...

A Regra e a observância litúrgica no Monte Carmelo

A Regra dada aos primeiros eremitas por Alberto, patriarca de Jerusalém, entre os anos 1206-14[i]  mostra uma abundância de referências bíblicas que revelam nela um entusiasmo pela vida espiritual.

A Regra e o modo de vida eremítico

A Regra destina-se claramente a pessoas que vivem uma vida de eremita. Não apenas na recitação pessoal dos salmos, mas também na aridez do lugar e na vida solitária dos primeiros carmelitas. Como a Regra nos fala alguma coisa sobre a observância litúrgica no Monte Carmelo, podemos presumir muito sobre a vida comunitária deles.

O Ritual do Santo Sepulcro

O rito local do Reino Latino deriva seu nome da igreja em Jerusalém onde se acreditava ser o local do túmulo do Senhor.[ii]  A descoberta do possível túmulo de Nosso Senhor iguala-se a outras descobertas tão antigas quanto a da Cruz Verdadeira por Santa Helena, no século quarto. O primeiro santuário cristão foi assim objeto de constantes batalhas para possuí-lo e gozava de um prestígio inigualável na Cristandade.

A mendicância da Ordem

O longo e árduo processo para obter a aprovação oficial para a Ordem foi bem documentado.[iii]  Já que o Quarto Concílio Lateranense de 1215 proibiu a proliferação de regras ou de modos de vida,[iv]  os carmelitas tiveram que provar que se estabeleceram antes do Concílio e, por isso, deveriam ser considerados isentos. Esta condição foi reconhecida por Honório III em 30 de janeiro de 1226 nos seguintes termos:

A versão de Inocêncio diz

Os que sabem dizer as horas canônicas com os clérigos devem recitá-las conforme estabeleceram os Santos Padres e segundo o costume aprovado da Igreja.[v] A recitação das horas canônicas é normalmente um costume do clero e a injunção aqui é que os carmelitas, que não são clérigos mas sabem como recitar as horas canônicas, deveriam unir-se ao clero para recitá-las como a Igreja pede.

A rápida expansão da Ordem

Junto com a mudança de identidade, passando de uma Ordem eremítica para uma mendicante, veio a mudança na localização, passando de uma pequena área do Reino Latino para um grupo mais amplo vivendo tanto no Reino Latino (pelo menos até 1291), como em muitas partes da Europa ocidental.

O desenvolvimento da liturgia carmelitana medieval

Virtualmente todos os manuscritos litúrgicos carmelitanos referem-se ao Rito do Santo Sepulcro. O que foi simplesmente assumido no próprio Monte Carmelo agora tinha que ser definido e explicado, já que este rito não era conhecido fora do Reino Latino.

As Rubricas de Sibert de Beka

Com a publicação em 1312, pelo Capítulo Geral de Londres, das Rubricas compiladas pelo frade carmelitano Sibert de Beka[vi] surgiu uma liturgia carmelitana padronizada que durou toda a Idade Média. As rubricas estabeleceram o texto inicial de cada oração, antífona, responsório, salmo e leitura a serem usados em cada hora do ofício e em cada Missa diária. Assim, ele estabeleceu uma uniformidade litúrgica absoluta para toda a Ordem.[vii]

Leia na íntegra. Clique aqui:

http://www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com.br/2015/08/a-espiritualidade-liturgica-carmelitana_21.html


[i]  Isto é, algum tempo durante o patriarcado de Alberto, que tornou-se patriarca em 1206 e foi morto em 1214; cf. Clarke e Edwards (1973), pp. 12-13.

[ii]  Para um estudo da história da Igreja do Santo Sepulcro, cf. Couasnon (1974).

[iii]  Cf. Cicconnetti (1973) e Clarke e Edwards (1973).

[iv]  Este decreto Ne nimia religionum está publicado no Conciliorum Oecumenicorum Decreta (1962), p. 218.

[v]  Clarke e Edwards (1973), p. 83.

[vi]  Sibert de Beka nasceu entre 1260 e 1270. Entrou para o Carmelo de Colônia em 1280. Ele foi prior desta casa e, mais tarde, provincial da Baixa Alemanha e mestre dos alunos de Paris. Morreu provavelmente em 29 de dezembro de 1332 em Colônia e está sepultado na igreja carmelitana desta cidade. Cf. Xiberta (1931), pp. 142ss.

[vii]  A edição crítica do Ordinário de Sibert é encontrada em Zimmerman (1910).

A ESPIRITUALIDADE LITÚRGICA CARMELITANA (1ª Parte)

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Publicado em 20 agosto 2015

Frei James Boyce, O. Carm.

Introdução

A riqueza da tradição litúrgica carmelitana está estritamente ligada à interessante história da própria Ordem. O objetivo deste livreto é discutir a singularidade da liturgia carmelitana, examinar suas festas significativas ao longo da história da Ordem e sugerir como a liturgia carmelitana contemporânea poderia ser mais fiel à sua tradição histórica.

 

Esquema do livreto

A tradição litúrgica carmelitana divide-se convenientemente em quatro seções principais:

 

1-A atividade litúrgica dos primeiros eremitas no Monte Carmelo;

2-A liturgia medieval dos carmelitas como mendicantes, do começo do século XIV ao Concílio de Trento;

3-A liturgia Tridentina do século XVI até o século XX;

4-A liturgia carmelitana moderna como uma resposta ao Vaticano II.

Ainda que algumas pessoas afirmem que um ou outro período aponta para um seguimento mais verdadeiro do carisma carmelitano, este livreto espera mostrar que os quatro períodos demonstram um esforço genuíno para expressar a identidade carmelitana num estilo litúrgico apropriado.

 

A relação entre liturgia e espiritualidade

Muito já se discutiu sobre a interação entre liturgia e espiritualidade[i] bem como as distinções entre as diversas abordagens que ordens religiosas deram à sua própria definição de liturgia. Liturgia diz respeito à oração pública da comunidade orante e não à oração particular de seus membros.[ii] Mas, ao mesmo tempo, as festas celebradas por uma determinada comunidade orante revelam os valores partilhados e os modelos que abraçaram, de modo que a liturgia também revela a vida espiritual dos participantes. No caso dos carmelitas, o desenvolvimento de sua tradição litúrgica permitiu que eles venerassem seus exemplos de vida e honrassem os membros que alcançaram a santidade.

 

O caráter evolutivo da espiritualidade litúrgica carmelitana

A espiritualidade litúrgica carmelitana evoluiu mais do que a liturgia da maioria das Ordens por duas razões: Eles não tinham um fundador específico cujas virtudes pudessem ser facilmente imitadas ou que tenha dado opiniões específicas sobre a liturgia; sua auto-compreensão mudou radicalmente quando abandonaram o estilo de vida eremítico num único local, o Monte Carmelo, tornando-se uma Ordem mendicante internacional.

A velocidade com que esta mudança radical se realizou, uns cinquenta anos desde o recebimento de uma Regra, complicou a compreensão de sua identidade e a maneira de expressá-la liturgicamente.

Os carmelitas são designados pelo seu lugar de origem, em vez de serem identificados pelo fundador. O local do Monte Carmelo, além da tradição de santidade, associados a tantos grupos diferentes que lá viveram, modelou a auto- compreensão carmelitana.[iii]  Os nomes dos membros fundadores nunca foram registrados, exceto B e seus seguidores, a quem a Regra foi endereçada.[iv]  Isto teve o efeito de libertar os carmelitas para formularem e determinarem seu próprio impulso espiritual, em vez de se ajustarem à direção de um fundador. Na ausência de um fundador, cuja memória e desejos precisariam ser honrados depois de sua morte, os carmelitas tiveram a liberdade de se adaptar continuamente às exigências da Igreja oficial, enquanto aprofundavam a consciência de sua identidade litúrgica e espiritual.

Isto justifica a ausência de qualquer festa específica para um fundador canonizado, equivalente a São Domingos ou São Francisco, em sua liturgia medieval. Sua auto-definição foi um processo lento e evolutivo, de modo que as festas especificamente carmelitanas como a dos santos Elias e Eliseu, ou mesmo a de Nossa Senhora do Monte Carmelo demoraram para ser formuladas e, geralmente, não aparecem nos ofícios litúrgicos carmelitanos medievais.

As rápidas mudanças que ocorreram desde o começo da Ordem, quando eles mudaram de um estilo de vida eremítico para o mendicante, estimulou-os a refletir constantemente sobre suas origens, adaptando sua vida litúrgica e espiritual às necessidades de uma Igreja em transformação. Em vez de retornarem a costumes mais antigos, tais como os do Monte Carmelo, os carmelitas tiveram que se adaptar a uma nova situação, preservando neste processo a essência de sua auto- compreensão.



[i]  Madigan (1988) discute esta questão.

[ii]  Livros padronizados sobre liturgia incluem Adam (1985 e 1981), Talley (1986), Vogel (1986), Wegman (1985), Harper (1991) e Jungmann (1959).

[iii]  Friedman (1979) discute os vários grupos que se estabeleceram no Monte Carmelo em diferentes épocas.

[iv]  Clarke e Edwards (1973), p. 12.

*OLHAR CARMELITANO: A Ordem Terceira do Carmo. (3ª Parte).

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Publicado em 19 agosto 2015

A Igreja

Além disto, o batismo nos habilita a fazermos parte da imensa assembléia fraterna da Igreja, quer dizer, a nos unirmos ao Corpo Místico de Cristo, de quem nos tornamos membros autênticos[1]. Todas as pessoas são chamadas a formar uma comunidade única de irmãos[2]; isto torna-se possível, se cada um, fraco por nature-za e limitado por causa das suas misérias, se deixar guiar pela ação divina e não repelir pelo pecado Deus e os irmãos.

Tal vocação universal torna-se realidade nos batizados reunidos pela fé e pela Eucaristia[3]. Pois, na verdade, a Igreja, no seu mistério fundamental, é por essência comunidade de irmãos, que num relacionamento de mútuo amor descobrem constituir uma única família[4]. Esta unidade criada e animada por Cristo e pelo seu Espírito[5], exige o esforço ativo dos cristãos, a cada momento, no amor, lei fundamental que Jesus, que é a Cabeça, deu aos membros do seu Corpo Místico.

A fraqueza humana impede a prática do amor fraterno, mas a renúncia e o desprendimento interior, exigidos por Jesus no Sermão da Montanha, permitem aos cristãos viver na mais absoluta disponibilidade[6] e superar os três maiores obstáculos, que São João identifica como concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida[7].

*Texto da antiga Regra da Ordem Terceira da Bem- Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.

SEJA VOCÊ TAMBÉM DA ORDEM TERCEIRA DO CARMO. CONTATO:

Secretariado da Ordem Terceira do Carmo

Frei Petrônio de Miranda, Delegado Provincial.

Rua Morais e Vale, 111. 4º Andar

Cep: 20021-260. Rio de Janeiro-RJ.

(Tel.: (021) 3094-8307.

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    [1]. Cf. LG 11;    [2]. Cf. Ef 1,9-10; GS 24;    [3]. Cf. DV 10; LG 26;    [4]. Cf. LG 6; GS 40;    [5]. Cf. Gl 3,27-28;    [6]. cf. Mt 5,7;    [7]. cf.Jo 2,16

FREI PETRÔNIO: Reflexão sobre o Pensamento do dia. (Quarta, 19):

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Publicado em 19 agosto 2015

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