*"Os cardeais deixaram os carros de luxo na garagem, mas continuam morando em apartamentos de 500 metros quadrados".
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Não é a primeira vez que um livro de Gianluigi Nuzzi, jornalista e escritor italiano, enfurece o Vaticano, mas, desta vez, a publicação de Via Crucis (Ed. Chiarelettere) é até precedida por prisões. A reportagem é de Carlo Tecce, publicada no jornal Il Fatto Quotidiano, 03-11-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis a entrevista.
Por que o Vaticano teme o livro tanto assim?
Eu conto pela primeira vez a "Via Crucis" deFrancisco, que começou logo que ele se tornou papa, por levar adiante as reformas, mudar a Cúria, afastar os mercadores do templo. O livro revela a situação dramática que Jorge Mario Bergoglio herdou deJoseph Ratzinger, feita de negócios opacos, privilégios, perseguições. Temem-se os livros que contam os fatos, reconstruindo-os com documentos incontestáveis, que querem dar a conhecer essas realidades que nada têm a ver com o Evangelho, que testemunham os contínuos obstáculos que impedem que esse pontífice alcance os objetivos que ele anuncia. Bergoglio não faz marketing, é ele mesmo, mas se defronta com uma Cúria em que a mudança nos dicastérios, nos postos de comando ocorre lentamente para não criar fraturas.
O que essas relações secretas sobre os orçamentos e sobre as finanças vaticanas demonstram?
Que os cardeais deixaram os carros de luxo na garagem, mas continuam morando em apartamentos de 500 metros quadrados, enquanto o único que quer mudar realmente – Bergoglio, justamente – vive em apenas 50 metros quadrados. É um exemplo banal que explica bem as contradições ainda muito fortes do Vaticano...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
A luta dos 90.000 padres casados da Igreja católica
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Dos sacerdotes casados no último meio século (desde o Concílio Vaticano II, em 1965), se disse que eram desertores. De uma década para cá aparecem como profetas. Em todo o mundo existem cerca de 90.000, dos quais pouco mais de 6.500 são espanhóis. São muitíssimos, se considerarmos que a Igreja romana tinha 413.418 sacerdotes (19.058 na Espanha) no ano passado, além de um grave problema de vocações. Com o número de católicos que conta o Vaticano (1,214 bilhão), a relação entre pastores e ovelhas (segundo a terminologia usual) é preocupante, de acordo com estimativas do próprio papa Francisco: 2.939 paroquianos por sacerdote e 236.555 por bispo. Essa é a primeira análise do Congresso Internacional da Federação Europeia de Padres Católicos Casados, que acontece neste fim de semana no centro de congressos Fray Luis de León, Guadarrama (Madri). A reportagem é de Juan G. Bedoya, publicada por El País, 01-11-2015.
A Europa é o continente em que mais se vê a crise do catolicismo. “Uma vinha devastada pelos javalis do relativismo”, disse em 2010 o papa emérito Bento XVI. À diminuição das vocações sacerdotais, se junta um decréscimo de 9% dos padres ativos e o envelhecimento dos clérigos restantes (66 anos de média de idade). Os padres casados são a solução, ou melhor, a solução seria decretar o celibato opcional, não obrigatório, como fizeram outras religiões cristãs, e até mesmo abrir o sacerdócio para a mulher, como as igrejas protestantes? Francisco tem essas opções sobre a mesa. Ele mesmo reconheceu que a flexibilização das leis do celibato é uma porta aberta, descartando radicalmente, por outro lado, a ordenação de mulheres. Ele disse isso em abril de 2014, forçado por declarações prévias de seu secretário de Estado, o arcebispo Pietro Parolin, que haviam causado um curioso sobressalto midiático. “O celibato obrigatório não é um dogma da Igreja e pode ser discutido porque é uma tradição eclesiástica”, disse o primeiro-ministro do Papa...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/548573-a-luta-dos-90000-padres-casados-da-igreja-catolica
O mea culpa pelas calúnias contra Romero
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O "mea culpa" dramático pelas calúnias, até de bispos, contra Dom Romero pronunciado pelo papa no dia 30 de outubro reabre um problema candente também para hoje, porque são muitas as pessoas (e os grupos) que, nos três pontificados anteriores, sofreram marginalização e punição por parte da Cúria Romana. A reportagem é de Luigi Sandri, publicada no jornal Trentino, 02-11-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Com inusitada franqueza, Francisco admitiu que o arcebispo de San Salvador – assassinado no altar no dia 24 de março de 1980 – foi caluniado até mesmo por prelados. Com efeito, o olhar profético com que Óscar Romero denunciou as injustiças sociais que dominavam o seu país não irritou só o regime, mas também muitos bispos do seu continente e uma parte importante da Cúria Romana, na qual o Papa Wojtyla tinha chamado para trabalhar cardeais latino-americanos que consideravam totalmente intolerável a "pastoral" de Romero.
Francisco não explicou, no entanto, esse aspecto do "gelo" com que, também em Roma, salvo exceções, Romero foi cercado. E aqui se põe um problema delicado. Para um papa, é sempre muito difícil criticar os seus antecessores imediatos. Eles podem fazer isso só de modo indireto, implícito, alusivo.
Assim, justamente por causa da oposição de uma parte importante do episcopado latino-americano e da Cúria, nem Wojtyla nem o Papa Ratzinger ousaram proclamar Romero como "bem-aventurado". Bergoglio teve a coragem de fazer isso e, em maio passado, elevou à glória dos altares o arcebispo assassinado.
Mesmo que tenha feito isso com uma motivação questionável para muitos: de fato, ele afirmou que o arcebispo foi morto "por ódio à fé", quando é evidente que ele foi "mártir da justiça".
Romero à parte, há muitas pessoas na Igreja Romana – bispos, mas também teólogos e teólogas – que, nos últimos 50 anos, foram punidos de várias formas pelas suas ideias e propostas (ideias e propostas que, agora, o próprio Francisco, muitas vezes, proclama) em vista de uma Igreja renovada no rastro do Evangelho.
Reabilitar formalmente tais pessoas significaria criticar os papas que quiseram ou permitiram que elas fossem punidas. Mas não reabilitar significaria cobrir com um véu piedoso injustiças evidentes.
Talvez a ocasião propícia será o Jubileu extraordinário da misericórdia, que o bispo de Roma reinante irá abrir no dia 8 de dezembro próximo. Naquele contexto, Bergoglio poderia fazer um gesto surpreendente e reabilitar aqueles e aquelas que disseram palavras de sentido e de responsabilidade eclesial a serviço do Evangelho e em defesa da liberdade de consciência: mas foram punidos.
Mas isso não vai ser fácil: muitos católicos – prelados e simples fiéis – consideram que a "razão da Igreja" é mais importante do que qualquer reparação – embora necessária, teoricamente! – das injustiças cometidas pela instituição.
Por outro lado, alguns e algumas dos afetados pelas flechas da Cúria propunham e ainda propõem reformas eclesiais que abalam na raiz o status quo doutrinal e pastoral da Igreja romana. Por isso, Bergoglio se vê navegando entre Cila e Caríbdis.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br
Por vazar documentos, Santa Sé prende duas pessoas.
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Os detidos eram membros de comissão sobre atividades econômicas
As autoridades vaticanas anunciaram a detenção do monsenhor espanhol Angel Vallejo Balda e de Francesca Immacolata Chaouqui pelo vazamento de documentos confidenciais da Santa Sé nesta segunda-feira (02). O monsenhor Balda já atuou como secretário da Prefeitura de Assuntos Econômicos e na Comissão de Estudos sobre as Atividades Econômicas da Santa Sé (Cosea) - criada pelo papa Francisco em 2013 para monitorar as contas vaticanas. Já Chaouqui também já foi membro da Cosea e, após a confirmação da detenção, ela foi posta em liberdade. Atualmente, nenhum dos dois estavam nessas funções. A ANSA apurou que o Pontífice foi informado dos procedimentos e que deu sua aprovação às detenções. Em comunicado, o Vaticano afirmou que as prisões são resultado das "investigações da polícia judicial da Germandería vaticana" que ocorrem "há alguns meses" por causa da "subtração e divulgação de notícias e documentos reservados". Ainda de acordo com a entidade, ambos foram interrogados "com base nos elementos recolhidos e das evidências obtidas" durante o período de averiguações.
A Igreja Católica ainda lembrou, na mesma nota, que "a divulgação de notícias e documentos reservados é um crime previsto na Lei nº IX do Estado da Cidade do Vaticano (13 de julho de 2013), artigo 10". O novo escândalo de divulgação de documentos sigilosos estourou no último dia 31 de outubro, quando o jornalista italiano Luigi Bisignani revelou em seu programa televisivo que o computador do revisor geral da Santa Sé, Libero Milone, fora violado. Milone, 67 anos, é o profissional escolhido por Jorge Mario Bergoglio para supervisionar todas as contas, balanços e orçamentos dos organismos e escritórios da Igreja Católica.
O episódio fez com que a instituição revivesse o clima do "Vatileaks", de 2012, quando documentos sigilosos vazaram e abalaram o Pontificado de Bento XVI. Na época, o mordomo Paolo Gabrieli foi preso e o Joseph Ratzinger renunciou no início de 2013.
Segundo fontes, foi o próprio Milone quem fez a denúncia de violação à Gendermaría há cerca de duas semanas. O supervisor tem ampla carreira no setor, já tendo trabalhado para as empresas Deloitte Touche, Fiat e Indesit. Atualmente, há um clima conflituoso no Vaticano pelo controle das finanças entre a Secretaria para a Economia, chefiada pelo cardeal australiano George Pell, e a secretaria de Estado, liderada pelo cardeal italiano Pietro Parolin.
Esses documentos devem ser divulgados por dois livros que serão lançados nos próximos dias na Itália: o "Via Crucis", de Gianluigi Nuzzi, e o "Avarizia", de Emiliano Fittipaldi. As publicações são consideradas um ataque direto contra o papa Francisco e todas as reformas que ele propõe para a Igreja Católica.
A Santa Sé também comentou sobre essas publicações e afirmou que elas são frutos de "traição" ao Pontífice. "Quanto aos livros anunciados para os próximos dias, dizemos claramente que eles são frutos de uma grave traição da confiança acordada com o Papa e, naquilo que reguarda os autores, de uma operação para tirar vantagem de um ato gravemente ilícito de obtenção de documentação reservada", afirmou em nota. Segundo a entidade, está em estudo quais medidas jurídicas que serão tomadas.
"Publicações desse tipo não dão, de modo algum, a clareza e a verdade, mas sim geram confusão e interpretações parciais e tendenciosas. É preciso evitar o equívoco de pensar que elas são uma maneira de ajudar na missão do Papa", conclui a nota.
Fonte: www.jb.com.br
DOM HÉLDER CÂMARA: Palavras de Profeta-01.
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Passarei pela vida sem deixar nenhum sinal mais forte, marca
nenhuma duradoura e inesquecível. Não escreverei a Suma Teológica,
nem a Divina Comédia. Não serei S. Vicente de Paula, nem S. João
Bosco. Olharei de longe S. Francisco Xavier sem poder imitá-lo.
Mais de longe ainda S. Francisco de Assis. Escreverei uns artiguinhos
quaisquer em duas ou três revistas. Talvez deixe uns dois livros,
que umas duzentas pessoas cheguem a ler. Pregarei alguns sermões
mais ou menos louvados. E morrerei. No meu enterro alguém
comentará que eu não produzi o que podia produzir.
Padre Helder Camara, aos 34 anos.
Do manuscrito inédito A escolha de Deus, de 1943.
ALACAR-2015: Rádio Titus.
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O jovem, Jefry Mubarak, da Comunidade dos Carmelitas da Ordem do Carmo de San Salvador-El Salvador, fala sobre o trabalho de Evangelização através da Radio Titus. Para ouvir, clique aqui: http://www.radiotitus.com/ Convento do Carmo, Lapa, Rio de Janeiro. 02 de novembro-2015. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com
A Mística educa ao discernimento.
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*Dom Frei Vital Wilderink, O Carm, In Memoriam.
A nossa existência humana não é uma realidade óbvia, algo que nos é devido.Vivemos no espaço e no tempo.; temos um passado, um presente e um futuro. Não nos possuímos plenamente: freqüentemente temos a impressão de estarmos juntando fragmentos.
Tito Brandsma: homem de seu tempo
Ainda recentemente um historiador holandês anunciou um projeto seu de escrever uma nova biografia de Tito Brandsma.[1] O que motivou o escritor foram não só seu estudo de inúmeras fontes que oferecem novos dados, mas também a importância- de uma visão mais crítica da vida e do trabalho desse carmelita que corresponda mais à realidade dele mesmo e da época turbulenta em que ele viveu.
Tito Brandsma aos olhos do povo
É evidente que uma figura como a de Tito Brandsma não poderia revelar seu significado tirando-a do seu próprio contexto histórico. De outro lado, a sua memória, ao passar para a posteridade, será marcada por enfoques preferenciais de outros contextos históricos. Principalmente quando se trata de um santo, é o próprio povo devoto que vai revesti-lo de acordo com as suas preferências.
O homem místico
Tito Brandsma é mais que herói da resistência, é mais do que professor universitário. Outros já o disserem. Principalmente em torno da sua beatificação, em 1985, o acento começa a cair na dimensão mística da vida de Tito. O impulso nesta direção se deve em grande parte ao Instituto de Espiritualidade Tito Brandsma, ligado à Universidade de Nijmegen. Meio ano antes da beatificação o Instituto organiza um simpósio: Tito Brandsma e a Mística.
Discernimento é busca da verdade. Os textos escritos que dão acesso ao pensamento de Tito Brandsma, como também a sua atuação em diversos campos de pastoral evidenciam que para ele a verdade conotava sempre uma relação...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
[1] O historiador Ton Crijnen falou do seu projeto numa palestra feita em 3 de novembro de 2007. Uma síntese dessa palestra foi publicada no Informativo da Província holandesa dos carmelitas Achter de Karmel, 2007/5 pp.11-12
ALACAR-2015: Noite Cultural-01.
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A REALIDADE DA AMÉRICA LATINA À LUZ DA TRADIÇÃO DO CARMELO
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Dom Frei Vital Wilderink, o. carm (In Memoriam)
Pergunto o que os primeiros carmelitas podiam fazer mais, além do que Alberto escreveu na forma vitae? A própria Regra já aponta em praticamente todos os seus parágrafos para um mais na conduta dos carmelitas. Ela não predefine limites para a caminhada. Apesar de ter um valor jurídico, a Regra não é, no sentido estrito, um documento jurídico. Na conclusão a carta de Alberto faz uma alusão à parábola do Bom Samaritano, modificando-a em alguns pontos. O evangelho de Lucas o Bom Samaritano dá dois denários ao dono da hospedaria, e diz: "Cuida do homem ferido, e o que gastares a mais, eu, quando voltar, te pagarei" (Lc 1 0,35). O texto da Regra: "Se alguém fizer mais, o Senhor mesmo lhe retribuirá quando voltar".
A parábola com que Kees Waaijman comenta o parágrafo final da Regra, merece ser transcrita:
Nos confins do deserto existia um pequeno albergo. Uma sala de jantar, algumas camas e um estábulo para os animais. Era tudo. O hospedeiro vivia em função de seu albergo. Mantinha tudo em ordem. Os quartos eram limpos e havia o suficiente para comer e beber. Quando chegava um viajante, ele se colocava à disposição dele. Procurava adivinhar seus desejos. "Meu hóspede é meu patrão", como ele dizia. Muitas vezes, seu olhar se perdia no deserto. Em certo sentido ele esperava hóspedes imprevistos. Ele era conhecido por sua hospitalidade, sempre dava um jeito.
Numa tarde já avançada, enquanto os hóspedes conversavam do lado de fora, alguém se aproximou vindo do deserto. No seu animal ele trazia um homem gravemente ferido. Ele foi mal tratado por assaltantes. O viajante estava visivelmente emocionado. Dirigiu-se ao dono do albergo: "Tenha a bondade, cuide bem dele. Aqui você tem um adiantamento, o resto eu pagarei quando voltar”. Depois comeu um pedaço de pão, tomou um copo de vinho, beijou o ferido e desapareceu na noite.
"Bela generosidade!" murmuravam os hóspedes. "O sujeito nos deixa os gemidos e ele mesmo escapa". O dono do albergo ficou calado, cuidou das feridas do homem assaltado, deu-lhe de comer e beber e o deitou na cama. A quantia já recebida não seria suficiente para as despesas, mas não pensou numa indenização. Será que o homem do cavalo voltaria? Mas também não se preocupou com isso. Fez tudo o que lhe foi pedido.
Depois que o homem ferido pegou finalmente no sono, o hospedeiro saiu um pouco. Silencioso, perscrutava o deserto. E ficou ali até que o sol se levantou...
*Leia na íntegra. Clique aqui:
ALACAR-2015: Tenho que Gritar...
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A ORAÇÃO: BRILHO DA LINGUAGEM.
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*Do Livro: A Fonte.
De Frei Cláudio Van Van Belen, O. Carm.
Pela Linguagem, o ser humano recebe o dom maravilhoso de encontrar o outro e o Outro que é Deus, e assim com eles e com a si mesmo celebrar a sua humanidade. Ele possui um nome que não pode dar a si mesmo. Pelo nome – recebido - ele se insere numa comunidade.
Reconhecer que a vida é um dom, nutrir o sentimento de gratidão, admirar-se, relacionar-se, respeitar o outro e preocupar-se com o bem-estar dele, cumprir seus deveres com responsabilidade e dedicação, celebrar um silêncio interior; tudo isso é vivenciar um espaço e tempo em que “o Outro” se encontra. A oração é um toque final, o acabamento da “obra” que constrói o ser humano pela Linguagem.
Rezar é abrir-se para ouvir um Convite, um Apelo!
Rezar é uma linguagem que surge do silêncio e para lá volta! É um desejar “fazer parte de um grande Conjunto”. Rezar é uma surpresa eterna, uma festa interior, uma música interior do coração.
Assumindo a atitude de oração, abre-se uma “solidão sonora”, onde surge uma música, o sentimento de “ter encontrado o seu lugar” na Terra e no Universo: Diz João da Cruz (Cântico espiritual, anotação às Estrofes 14 e 15): “Porque esta música, embora seja silenciosa para os sentidos e potências naturais, é solidão muito sonora para as potências espirituais. Estas, na verdade, estando já solitárias e vazias de todas as formas e apreensões naturais, podem perceber no espírito, mui sonoramente, o som espiritual da excelência de Deus em si e nas suas criaturas. Realiza-se então o que dissemos ter visto S. João, em espírito, no Apocalipse, a saber: voz de muitos citaristas, que citarizavam em seus instrumentos. Isto sucedeu no espírito, e não em cítaras materiais, pois consistia em certo conhecimento dos louvores que cada um dos bem-aventurados, em sua glória particular, eleva a Deus continuamente, qual música harmoniosa. Com efeito, na medida em que cada qual possui de modo diverso os dons divinos, assim cada um canta seu louvor diferentemente, e todos unidos cantam numa só harmonia de amor, como num concerto musical”.
ONDE COMPRAR? Paróquia Nossa Senhora do Carmo, no Carmo Sion, em Belo Horizonte- MG ou com Frei Petrônio de Miranda/RJ, através do e-mail: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. PREÇO: R$ 25,00.
TODOS OS SANTOS: A Palavra do Frei Tinus Van Balen, Carmelita
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O Frei Tinus van Balen ou Catharinus van Balen- irmão do Frei Cláudio Van Belen- Frade Carmelita da Ordem do Carmo, nasceu na Holanda, em 1937. Formou-se em Filosofia em Louvânia (Bélgica) e em Teologia Dogmática em Münster (Westfália), Alemanha. Lecionou filosofia e teologia na Faculdade Paulo VI, em Mogi das Cruzes (SP).
Atualmente reside no Carmo Sion, em Belo Horizonte-MG. No vídeo, ele fala sobre a Festa de todos os Santos e Santas de Deus. Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 01 de novembro-2015. Convento do Carmo, Lapa, Rio de Janeiro. 2015. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com
Papa recebeu delegação de El Salvador e recordou o Beato Romero.
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Na manhã desta sexta-feira dia 30 de outubro o Papa Francisco recebeu, no Vaticano, uma delegação de El Salvador chefiada por D. José Luis Escobar, presidente da Conferência Episcopal daquele país.
Nas palavras que lhes dirigiu o Santo Padre recordou a razão da viagem dos salvadorenhos a Roma: “a alegria pelo reconhecimento como beato do Monsenhor Oscar Arnulfo Romero, pastor bom, pleno do amor de Deus e próximo dos seus irmãos que, vivendo o dinamismo das bem-aventuranças, chegou até à entrega da sua vida de maneira violenta, enquanto celebrava a Eucaristia, Sacrifício do amor supremo, selando com o seu próprio sangue o Evangelho que anunciava.”
Afirmando que “não se nasce mártir”, o Papa Francisco recordou as palavras do arcebispo Romero:
“Devemos estar dispostos a morrer pela nossa fé, incluindo se o Senhor nos concede esta honra… Dar a vida não significa só ser assassinados; dar a vida, ter espírito de martírio, é entregá-la no dever, no silêncio, na oração, no cumprimento honesto do dever; nesse silêncio da vida quotidiana; dar a vida pouco a pouco.”
O Santo Padre citou também no seu discurso o exemplo de outros mártires salvadorenhos como é o caso do padre Rutilio Grande e declarou que neste Jubileu da Misericórdia que está para se iniciar o exemplo do arcebispo Oscar Romero constitui para El Salvador “um estímulo para uma renovada proclamação do Evangelho de Jesus Cristo”.
O Papa Francisco na conclusão do seu discurso e citando o Beato Oscar Romero, fez votos para que a pátria que tem o nome do ‘Divino Salvador’ ‘se converta num país onde todos se sintam redimidos e irmãos, sem diferenças, porque todos somos uma só coisa em Cristo Nosso Senhor’. Fonte: http://pt.radiovaticana.va/index.asp
01 DE NOVEMBRO: Rostos Comuns.
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Os membros de uma mesma família têm traços do rosto comuns…
As pessoas que partilham toda uma vida juntos acabam por se parecerem…
Esta festa anual de Todos os Santos reúne inúmeros rostos que trazem em si a imagem e a semelhança de Deus.
Um rosto de humanidade transfigurada. Enquanto vivos, os santos não se consideravam como tais, longe disso! Eles não esculpiam a sua efígie num fundo de autossatisfação… Contrariamente àquilo que geralmente aparece nas imagens ditas piedosas e nas biografias embelezadas, eles não foram perfeitos, nem à primeira, nem totalmente, nem sobretudo sem esforço. Eles tinham fraquezas e defeitos contra os quais se bateram toda a vida. Alguns, como S. Agostinho, vieram de longe, transfigurados pelo amor de Deus que acolheram na sua existência. Quanto mais se aproximaram da luz de Deus, tanto mais viram e reconheceram as sombras da sua existência.
Peregrinos do quotidiano, a maior parte deles não realizaram feitos heroicos nem cumpriram prodígios. É certo que alguns têm à sua conta realizações espetaculares, no plano humanitário, no plano espiritual, ou ainda na história da Igreja. Mas muitos outros, a maioria, são os santos da simplicidade e do quotidiano! Canoniza-se muito pouco estas pessoas do quotidiano!
Um rosto com traços de Cristo.
Encontramos em cada um dos santos e das santas um mesmo perfil. Poderíamos mesmo desenhar o seu retrato-robô comum. Por muito frequentar Cristo, deixaram-se modelar pelos seus traços.
Como Jesus, os santos tiveram que viver muitas vezes em sentido contrário às ideias recebidas e aos comportamentos do seu tempo. Viver as Bem-aventuranças não é evidente: ser pobre de coração num mundo que glorifica o poder e o ter; ser doce num mundo duro e violento; ter o coração puro face à corrupção; fazer a paz quando outros declaram a guerra…
Os santos foram pessoas “em marcha” (segundo uma tradução hebraizante de “bem-aventurado”), isto é, pessoas ativas, apaixonadas pelo Evangelho… Os santos foram homens e mulheres corajosos, capazes de reagir e de afirmar a todo o custo aquilo que os fazia viver. Eles mostram-nos o caminho da verdade e da liberdade.
Aqueles que frequentaram os santos – aqueles que os frequentam hoje – afirmam que, junto deles, sentimos que nos tornamos melhores. O seu exemplo ilumina. A sua alegria é o seu testemunho mais belo. A sua felicidade é contagiosa.
Fonte: http://www.dehonianos.org
Dossiê - Mártires de El Salvador: Seis Padres Jesuítas e Duas Mulheres foram Assassinados
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Seis padres jesuítas e duas mulheres foram assassinados a sangue frio no campus da Universidade Centro-Americana José Simeón Cañas (UCA), em El Salvador. Entre eles, estavam o reitor da universidade, Ignacio Ellacuría, e o vice-reitor, Ignacio Martín-Baró. Paramilitares do Exército Salvadorenho invadiram a residência dos jesuítas com o objetivo único de matar aqueles que incomodavam a ditadura...
Leia na íntegra. Clique aqui:
ALACAR: No Campus da UCA.
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ALACAR: Evangenlii Gaudium: Paralelismo e Aplicações.
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Dom Silvio José Barez, OCD.
- Antes de morrer Teresa de Jesus disse: “Já é tempo de caminhar”. A maior mensagem dos 500 Anos e da sua doutrina é caminhar. Ou seja, sair para caminha com Jesus, andar por onde Jesus andou com toda a sua mensagem evangélica.
- Sair para caminhar é ter uma intimidade itinerante com Jesus. Ou seja, sentir Jesus, viver Jesus, anunciar Jesus com a nossa vida. “Ser uma Igreja em saída”.
- O Evangenlii Gaudium não nos ensina MAIS COISAS, mais aprender, se programar com as diversas realidades.
- O Evangenlii Gaudium diz que devemos nos converter de novo a Jesus Cristo. Se apaixonar por Ele.
- Converter a Jesus não é um sentimentalismo, mas relação.
- Sempre que recordemos de Cristo recordemos do amor. Não é um amor doutrinal ou religioso no sentido de rezas, livros... Mas relação, intimidade apaixonante pelo Cristo que perdoa e nos acolhe.
- O que nos leva a missão não é um intelectualismo, mas amor-relação.
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