Segunda-feira, 14 de novembro-2022. 33ª Semana do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita
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1) Oração
Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa, servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Lucas 18, 35-43)
35Ao aproximar-se Jesus de Jericó, estava um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. 36Ouvindo o ruído da multidão que passava, perguntou o que havia. 37Responderam-lhe: É Jesus de Nazaré, que passa. 38Ele então exclamou: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim! 39Os que vinham na frente repreendiam-no rudemente para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais forte: Filho de Davi, tem piedade de mim! 40Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Chegando ele perto, perguntou-lhe: 41Que queres que te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu veja. 42Jesus lhe disse: Vê! Tua fé te salvou. 43E imediatamente ficou vendo e seguia a Jesus, glorificando a Deus. Presenciando isto, todo o povo deu glória a Deus. - Palavra da salvação.
3) Reflexão
O evangelho de hoje descreve a chegada de Jesus em Jericó. É a última parada antes da subida para Jerusalém, onde será realizado o “êxodo” de Jesus conforme tinha sido anunciado na sua Transfiguração (Lc 9,31) e nos avisos ao longo da caminhada até Jerusalém (Lc 9,44; 18,31-33).
Lucas 18,35-37: O cego à beira da estrada
“Quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas. Ouvindo a multidão passar, ele perguntou o que estava acontecendo. Disseram-lhe que Jesus Nazareno passava por ali”. No evangelho de Marcos, o cego se chama Bartimeu (Mc 10,46). Por ser cego, ele não podia participar da procissão que acompanhava Jesus. Naquele tempo, havia muitos cegos na Palestina, pois o sol forte que bate na terra pedregosa embranquecida fazia mal aos olhos sem proteção.
Lucas 18,38-39: O grito do cego e a reação do povo
“Então o cego gritou: "Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!" Ele invoca Jesus sob o título de “Filho de Davi”. O catecismo daquela época ensinava que o messias seria da descendência de Davi, “filho de Davi”, messias glorioso. Jesus não gostava deste título. Citando o salmo messiânico, ele chegou a perguntar: “Como é que o messias pode ser filho de Davi se até o próprio Davi o chama de “meu Senhor” (Lc 20,41-44) ? O grito do cego incomodava o povo que acompanhava Jesus. Por isso, “as pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse quieto. Elas tentavam abafar o grito. Mas ele gritava mais ainda: "Filho de Davi, tem piedade de mim!" Até hoje, o grito dos pobres incomoda a sociedade estabelecida: migrantes, aidéticos, mendigos, refugiados, tantos!
Lucas 18,40-41: A reação de Jesus diante do grito do cego
E Jesus, o que faz? “Parou, e mandou que levassem o cego até ele. Os que queriam abafar o grito incômodo do pobre, agora, a pedido de Jesus, são obrigados a ajudar o pobre a chegar até Jesus. O evangelho de Marcos acrescenta que o cego largou tudo e foi até Jesus. Não tinha muito. Apenas um manto. Mas era o que tinha para cobrir o seu corpo (cf. Ex 22,25-26). Era a sua segurança, o seu chão! Também hoje Jesus escuta o grito calado dos pobres que nós, às vezes, não queremos escutar. Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou: "O que quer que eu faça por você?" Não basta gritar. Tem que saber por que grita! O cego respondeu: "Senhor, eu quero ver de novo."
Lucas 18,42-43: “Veja! Sua fé curou você!”
”Jesus disse: "Veja. A sua fé curou você." No mesmo instante, o cego começou a ver e seguia Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo louvou a Deus”. O cego tinha invocado Jesus com idéias não inteiramente corretas, pois o título “Filho de Davi” não era muito bom. Mas ele teve mais fé em Jesus, do que nas suas próprias idéias sobre Jesus. Assinou em branco. Não fez exigências como Pedro (Mc 8,32-33). Soube entregar sua vida aceitando Jesus sem impor condições. A cura é fruto da sua fé em Jesus. Curado, ele segue Jesus e sobe com ele para Jerusalém. Deste modo, tornou-se discípulo modelo para todos nós que queremos “seguir Jesus no caminho” em direção a Jerusalém: acreditar mais em Jesus do que nas nossas idéias sobre Jesus! Nesta decisão de caminhar com Jesus está a fonte da coragem e a semente da vitória sobre a cruz. Pois a cruz não é uma fatalidade, nem uma exigência de Deus. Ela é a conseqüência do compromisso de Jesus, em obediência ao Pai, de servir aos irmãos e de recusar o privilégio.
A fé é uma força que transforma as pessoas
A Boa Nova do Reino anunciada por Jesus era como um fertilizante. Fazia crescer a semente da vida que estava escondida no povo, escondida como fogo debaixo das cinzas das observâncias sem vida. Jesus soprou nas cinzas e o fogo acendeu, o Reino desabrochou e o povo se alegrou. A condição era sempre a mesma: crer em Jesus. A cura do cego esclarece um aspecto muito importante da nossa fé. Mesmo invocando Jesus com idéias não inteiramente corretas, o cego teve fé e foi curado! Converteu-se, largou tudo e seguiu Jesus no caminho para o Calvário! A compreensão plena do seguimento de Jesus não se obtém pela instrução teórica, mas sim pelo compromisso prático, caminhando com ele no caminho do serviço, desde a Galiléia até Jerusalém. Quem insiste em manter a idéia de Pedro, isto é, do Messias glorioso sem a cruz, nada vai entender de Jesus e nunca chegará a tomar a atitude do verdadeiro discípulo. Quem souber crer em Jesus e fazer a entrega de si (Lc 9,23-24), aceitar ser o último (Lc 22,26), beber o cálice e carregar sua cruz (Mt 20,22; Mc 10,38), este, como o cego, mesmo tendo idéias não inteiramente corretas, conseguirá enxergar e “seguirá Jesus no caminho” (Lc 18,43). Nesta certeza de caminhar com Jesus está a fonte da coragem e a semente da vitória sobre a cruz.
4) Para um confronto pessoal- Para um confronto pessoal
1) Como vejo e sinto o grito dos pobres: migrantes, negros, aidéticos, mendigos, refugiados, tantos?
2) Como é a minha fé: fixo-me mais nas minhas idéias sobre Jesus ou em Jesus?
5) Oração final
Feliz quem não segue o conselho dos maus, não anda pelo caminho dos pecadores nem toma parte nas reuniões dos zombadores, mas na lei do Senhor encontra sua alegria e nela medita dia e noite. (Sl 1, 1-2)
Quinta-feira, 10 de novembro-2022. 32º Domingo do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Lucas 17, 20-25)
Naquele tempo, 20Os fariseus perguntaram um dia a Jesus quando viria o Reino de Deus. Respondeu-lhes: O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo. 21Nem se dirá: Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós. 22Mais tarde ele explicou aos discípulos: Virão dias em que desejareis ver um só dia o Filho do Homem, e não o vereis. 23Então vos dirão: Ei-lo aqui; e: Ei-lo ali. Não deveis sair nem os seguir. 24Pois como o relâmpago, reluzindo numa extremidade do céu, brilha até a outra, assim será com o Filho do Homem no seu dia. 25É necessário, porém, que primeiro ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração. - Palavra da salvação.
3) Reflexão
O evangelho de hoje traz uma discussão entre Jesus e os fariseus sobre o momento da vinda do Reino. Os evangelhos de hoje e dos próximos dias tratam da chegada do fim dos tempos.
Lucas 17,20-21: O Reino no meio de nós
“Os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: "O Reino de Deus não vem ostensivamente. Nem se poderá dizer: Está aqui ou: está ali, porque o Reino de Deus está no meio de vocês". Os fariseus achavam que o Reino só poderia vir depois que povo tivesse chegado à perfeita observância da Lei de Deus. Para eles, a vinda do Reino seria a recompensa de Deus pelo bom comportamento do povo, e o messias viria de maneira bem solene como um rei, recebido pelo seu povo. Jesus diz o contrário. A chegada do Reino não pode ser observada como se observa a chegada dos reis da terra. Para Jesus, o Reino de Deus já chegou! Já está no meio de nós, independente do nosso esforço ou mérito. Jesus tem outro modo de ver as coisas. Tem outro olhar para ler a vida. Ele prefere o samaritano que vive na gratidão aos nove que acham que merecem o bem que recebem de Deus (Lc 17,17-19).
Lucas 17,22-24: Sinais para reconhecer a vinda do Filho do Homem
"Chegarão dias em que vocês desejarão ver um só dia do Filho do Homem, e não poderão ver. Dirão a vocês: 'Ele está ali' ou: 'Ele está aqui'. Não saiam para procurá-lo. Pois como o relâmpago brilha de um lado a outro do céu, assim também será o Filho do Homem”. Nesta afirmação de Jesus existem elementos que vem da visão apocalíptica da história, muito comum nos séculos antes e depois de Jesus. A visão apocalíptica da história tem a seguinte característica. Em épocas de grande perseguição e de opressão, os pobres têm a impressão de que Deus perdeu o controle da história. Eles se sentem perdidos, sem horizonte e sem esperança de libertação. Nestes momentos de aparente ausência de Deus, a profecia assume a forma de apocalipse. Os apocalípticos, procuram iluminar a situação desesperadora com a luz da fé para ajudar o povo a não perder a esperança e para continuar com coragem na caminhada. Para mostrar que Deus não perdeu o controle da história, eles descrevem as várias etapas da realização do projeto de Deus através da história. Iniciado num determinado momento significativo no passado, este projeto de Deus avança, etapa após etapa, através da situação presente vivida pelos pobres, até à vitória final no fim da história. Deste modo, os apocalípticos situam o momento presente como uma etapa já prevista dentro do conjunto mais amplo do projeto de Deus. Geralmente, a última etapa antes da chegada do fim costuma ser apresentada como um momento de sofrimento e de crise, do qual muitos tentam se aproveitar para iludir o povo dizendo: “Ele está ali' ou: 'Ele está aqui'. Não saiam para procurá-lo. Pois como o relâmpago brilha de um lado a outro do céu, assim também será o Filho do Homem” Tendo olhar de fé que Jesus comunica, os pobres vão poder perceber que o reino já está no meio deles (Lc 17,21), como relâmpago, sem sombra de dúvida. A vinda do Reino traz consigo sua própria evidência e não depende dos palpites e prognósticos dos outros.
Lucas 17,25: Pela Cruz até à Glória
“Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”. Sempre a mesma advertência: a Cruz, escândalo para judeus e loucura para os gregos, mas para nós expressão da sabedoria e do poder de Deus (1Cor 1,18.23). O caminho para a Glória passa pela cruz. A vida de Jesus é o nosso cânon, é a norma canônica para todos nós.
4) Para um confronto pessoal
1) Jesus diz: “O reino está no meio de vós!” Você já encontrou algum sinal da presença do Reino em sua vida, na vida do seu povo ou na vida da sua comunidade?
2) A cruz na vida. O sofrimento. Como você vê o sofrimento, o que faz com ele?
5) Oração final
O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos oprimidos, dá alimento a quem tem fome. O Senhor livra os prisioneiros. (Sl 145, 6b-7)
Terça-feira, 8 de novembro-2022. 32º Domingo do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Lucas 17, 7-10)
Naquele tempo, disse Jesus: 7Qual de vós, tendo um servo ocupado em lavrar ou em guardar o gado, quando voltar do campo lhe dirá: Vem depressa sentar-te à mesa? 8E não lhe dirá ao contrário: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto como e bebo, e depois disto comerás e beberás tu? 9E se o servo tiver feito tudo o que lhe ordenara, porventura fica-lhe o senhor devendo alguma obrigação? 10Assim também vós, depois de terdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: Somos servos como quaisquer outros; fizemos o que devíamos fazer. - Palavra da salvação.
3) Reflexão
O evangelho de hoje traz uma parábola que só se encontra no evangelho de Lucas, sem paralelo nos outros evangelhos. A parábola quer ensinar que nossa vida deve caracterizar-se pela atitude de serviço. Ela começa com três perguntas e, no fim, Jesus mesmo dá a resposta.
Lucas 17,7-9: As três perguntas de Jesus
Trata-se de três perguntas tiradas da vida de cada dia, para as quais os ouvintes já adivinhavam a resposta. As perguntas são formuladas de tal maneira que elas reenviam cada ouvinte a consultar sua própria experiência e, a partir dela, dar a sua resposta. A primeira pergunta: “Se alguém de vocês tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: Venha depressa para a mesa?” Todo mundo responderá: “Não!” Segunda pergunta: “Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: Prepare-me o jantar, cinja-se e sirva-me, enquanto eu como e bebo; depois disso você vai comer e beber?” Todo mundo responderá: “Sim! Claro!” Terceira pergunta: “Será que vai agradecer ao empregado, porque este fez o que lhe havia mandado?” Todo mundo responderá: “Não!” Pela maneira de Jesus fazer as perguntas, a gente já percebe em que direção ele quer orientar nosso pensamento. Ele quer que sejamos servidores uns dos outros.
Lucas 17,10: A resposta de Jesus
No fim, Jesus mesmo tira a conclusão que já estava implícita nas perguntas: “Assim também vocês: quando tiverem cumprido tudo o que lhes mandarem fazer, digam: Somos empregados inúteis; fizemos o que devíamos fazer". Jesus, ele mesmo, deu o exemplo quando disse: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10,45). O serviço é um tema do agrado de Lucas. O serviço representa a forma como os pobres do tempo de Jesus, os anawim, esperavam o Messias: não como Messias glorioso rei, sumo sacerdote ou juiz, mas como o Servo de Javé, anunciado por Isaías (Is 42,1-9). Maria, a mãe de Jesus, se apresentou ao anjo: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38). Em Nazaré, Jesus se apresenta como o Servo, descrito por Isaías (Lc 4,18-19 e Is 61,1-2). No batismo e no transfiguração, ele foi confirmado pelo Pai que cita as palavras dirigidas por Deus ao mesmo Servo (Lc 3,22; 9,35 e Is 42,1). Aos seus seguidores Jesus pede: “Quem quer ser o primeiro seja o servo de todos” (Mt 20,27). Servos inúteis! É a definição do cristão. Paulo fala disso aos membros da comunidade de Corinto quando escreve: “Eu plantei, Apolo regou, mas era Deus que fazia crescer. Assim, aquele que planta não é nada, e aquele que rega também não é nada: só Deus é que conta, pois é ele quem faz crescer” (1Cor 1,6-7). Paulo e Apolo nada são; são apenas instrumentos, “servidores”. O que vale é o próprio Deus, só Ele! (1Cor 3,7).
Servir e ser servido. Aqui, neste texto, o servo serve ao senhor, e não, o senhor ao servo. Mas em outro texto de Jesus se diz o contrário: “Felizes dos empregados que o senhor encontra acordados quando chega. Eu garanto a vocês: ele mesmo se cingirá, os fará sentar à mesa, e, passando, os servirá” (Lc 12,37). Neste texto, é o senhor que serve ao servo, e não o servo ao senhor. No primeiro texto, Jesus falava do presente. No segundo texto, Jesus estava falando do futuro. Este contraste é uma outra maneira para dizer: ganha a vida que está disposto a perdê-la por amor a Jesus e ao Evangelho (Mt 10,39; 16,25. Quem serve a Deus nesta vida presente, Deus servirá a ele na vida futura!
4) Para um confronto pessoal
1) Como defino minha vida?
2) Faça para você as mesmas três perguntas de Jesus? Será que vivo como um servo inútil?
5) Oração final
O Senhor conhece os dias dos inocentes, eterna será sua herança. O Senhor firma os passos do homem, sustenta aquele cujo caminho lhe agrada. (Sl 36, 18.23)
Padre tira a batina e abandona missa após discussão política em igreja de Nerópolis
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Segundo fiel, algumas pessoas fizeram o símbolo de 'L' com as mãos para o sacerdote e ele não gostou. Diocese disse que repudia qualquer ato de intolerância.
Por Jamyle Amoury, g1 Goiás
Um padre tirou a batina, jogou sobre o púlpito e abandonou a missa após uma discussão política em uma igreja de Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo um fiel, que não quis se identificar, algumas pessoas fizeram o símbolo do “L” com as mãos para o sacerdote e ele não gostou. As imagens mostram quando ele e uma mulher discutem e, em seguida, o sacerdote diz:
“É? Então beleza. Vocês não precisam de padre. Então, estou deixando a paróquia”, em seguida, ele tira a batina e sai do altar
Ao g1, a Diocese de Anápolis, que responde pela paróquia da cidade de Nerópolis, confirmou que o caso ocorreu após uma discussão por causa de política. A diocese lamentou o caso, disse que repudia qualquer ato de intolerância e que vai tomar as providências necessárias (leia nota completa abaixo).
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia conseguido localizar o padre para que se posicionasse.
A missa aconteceu no domingo (6), na Igreja Matriz Imaculado Coração de Maria. Segundo a testemunha, indignado, o padre Danilo Neto teria entrado para a missa e pedido para que, quem tivesse votado em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à presidência eleito, deixasse o local.
Neste momento, também de acordo com a testemunha, uma mulher teria se levantado e começado a discutir com ele. Em seguida, ele tirou a batina e deixou a igreja.
Nota da Diocese de Anápolis:
A Diocese de Anápolis lamenta profundamente o episódio ocorrido durante a celebração da Santa Missa no dia 6 de novembro, na Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Nerópolis. O Bispo diocesano, ao tomar conhecimento do fato, está acompanhando pessoalmente a situação e tomará as devidas providências.
Reiteramos a posição não partidária da Igreja e repudiamos qualquer ato de intolerância. Rogando ao Senhor Deus pela unidade e a paz, a Diocese de Anápolis convida os fiéis a rezar pelo sacerdote e pela comunidade. Fonte: https://g1.globo.com
Domingo 6 de novembro: Solenidade de todos os santos e santas de Deus.
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TODOS OS SANTOS
Dom Rodolfo Luís Weber
Arcebispo de Passo Fundo (RS)
A solenidade de “Todos os Santos” celebra, “junto com os santos canonizados, todos os justos de toda raça e nação, cujos os nomes estão inscritos no livro da vida (cf. Apocalipse 20,12)”. O prefácio da missa reza: “Festejamos hoje, a cidade do céu, a Jerusalém do alto, nossa mãe, onde nossos irmãos, os santos, vos cercam e cantam eternamente o vosso louvor. Para esta cidade caminhamos, pressurosos, peregrinando na penumbra da fé. Comtemplamos, alegres, na vossa luz tantos membros da Igreja, que nos dais como exemplo e intercessão”.
Os santos não são um grupo restrito de eleitos e privilegiados, mas uma multidão inumerável, para a qual a liturgia exorta a levantar o olhar. Nesta multidão estão os santos canonizados, isto é, os que foram oficialmente reconhecidos. A Igreja ensina que “são dignos de especial consideração e honra aqueles cristãos que, seguindo mais de perto as pegadas e os ensinamentos do Senhor Jesus, ofereceram de forma voluntária e, livremente, a vida pelos outros, perseverando até a morte neste propósito”. A primeira via clássica da beatificação é o martírio. É aceitação voluntária da morte violenta por ser cristão, seguidor de Cristo, além de viver o martírio, como Cristo viveu, isto é, com mansidão e o perdão dos agressores. A segunda via é das virtudes heroicas, isto é, tornar as virtudes como modo habitual de ser e de agir em conformidade com Evangelho. Trata-se das virtudes teologais (fé, esperança e caridade), cardeais (prudência, justiça, fortaleza, temperança) e outras como pobreza, obediência, castidade e humildade.
Porém são poucos os batizados, de todas as épocas e nações, que tem a sua vida examinada num processo de canonização para serem declarados santos. A Igreja tem consciência desta limitação e reconhece que a maior parte dos santos não reconhecemos os rostos e nem sequer se sabe os nomes, mas com os olhos da fé resplandecem, como astros de glória, no firmamento de Deus. Lembrar desta multidão de santos anônimos é afirmar que a santidade é feita de pequenas ações, palavras bem dirigidas e a vivência das virtudes no dia a dia.
A santidade é um dom e uma graça. A 1ª carta de São João afirma: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! (…) Sabemos que, quando Ele se manifestar seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 Jo 3,1-3). A resposta ao dom e a graça recebidos corresponde a resposta humana sem a qual a santidade seria desumana e mágica. O traçado da resposta humana está nas bem-aventuranças, síntese e anúncio fundamental de todo cristianismo.
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mateus 5,1-12). Fonte: https://www.cnbb.org.br
A LEMBRANÇA DOS QUE PARTIRAM
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Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! No ciclo da vida, que para alguns pode durar uma centena de anos ou mais, e para outros pode ter a brevidade de uma flor rara, que não dura mais do que algumas horas, alguns dias, alguns meses ou alguns anos, não importa a brevidade do tempo, ninguém parte deste mundo sem deixar marcas no coração de alguém que ama.
No dia 02 de novembro celebraremos o dia dos finados e todos nós temos alguém para recordar. Neste dia de silêncio e oração, onde reavivamos na memória as lembranças de pessoas que fizeram parte da nossa vida. São familiares, amigos e conhecidos que marcaram a nossa vida e viveram a experiência da morte, mas os recordamos na mente e com afeto no coração.
Quando uma pessoa vive o seu caminho existencial, com todas as provações que fazem parte da vida do ser humano, e nós estamos profundamente ligados a ela, por laços afetivos de parentesco ou por amizade, choramos e lamentamos a sua partida. Porém, nos consolamos ou aceitamos quando entendemos que ela completou o seu peregrinar neste mundo, para viver a vida eterna e receber o abraço da ternura e da misericórdia do Pai, no dia da ressurreição.
A vida e a morte nos provam. Nos provam, e, às vezes, temos o coração ferido porque a vida nos aproxima e a morte nos separa. Perder uma pessoa que amamos, que faz parte da nossa vida, dos nossos sonhos, dos projetos que construímos juntos é uma dor que atinge milhões de pessoas. Num dia de finados, estando num grande cemitério, enquanto aguardava a hora da celebração eucarística, comecei a percorrer o local e fui observando os túmulos e os nomes escritos nas lápides. Alguns construídos de forma sóbria, outros artisticamente trabalhados, outros em estado de abandono, simbolizando como que uma ruptura entre passado e presente, na ligação afetiva familiar. No silêncio e naquele estado de abandono, eles nos falam: já não sou recordado, saí do mundo e do coração dos meus familiares.
Mas também pude perceber no semblante das pessoas que estavam junto à cruz, ascendendo velas, um olhar distante perdido no silêncio, mas naquele silêncio traziam presente o passado, a alegria da vida e a dor da separação pela morte de seus entes queridos. Ao redor de alguns túmulos, estavam agrupadas várias pessoas, em outros não tinha ninguém, mas tinha também aqueles que estavam recebendo a visita de uma única pessoa. Esta, às vezes estava sentada junto ao túmulo. Ali não se via risos, abraços e reencontros, mas percebia-se um reencontro marcado pelo silêncio, cujo olhar ia além do presente, fazia ponte de comunhão com alguém do passado, mas que no amor permanecia presente no coração. Fonte: https://www.cnbb.org.br
SOBRE O MORRER
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Dom Leomar Antônio Brustolin
Arcebispo de Santa Maria (RS)
Geralmente pensamos na morte fora da vida, contudo, gastar tempo, consumir energia e renunciar a algo são sinais de que, diariamente, a vida é como uma vela que se consome para produzir luz. Não duramos eternamente na Terra. Na vida, há também cansaço em busca de repouso. Depois de uma jornada de trabalho, é preciso descansar. Passado o dia ensolarado, segue o pôr do sol. Os livros tendem ao epílogo, e uma novela se desenrola para o último capítulo. Há muita beleza no fim. Os latinos costumavam dizer: finis coronat opus (o fim coroa a obra).
Preparar-se para o entardecer da vida não é olhar para a noite da morte, mas perceber que o sol se põe desse lado da existência, mas continua a iluminar a outra, onde é sempre dia. De certa forma, isso nos ajuda a compreender a vida: quando morremos, apagamos para este mundo, mas vivemos e somos iluminados na vida eterna que Deus nos preparou.
Após a morte, ensina a Igreja, nos encontraremos diante de Jesus Cristo e seremos examinados pelo amor aqui vivido. O julgamento é atual, porque é agora que decidimos a favor da verdade ou da mentira, da justiça ou da injustiça, do bem ou do mal, de Deus ou das trevas. A nossa vida é bela, com muitas oportunidades e responsabilidades. A beleza da vida e a liberdade que ganhamos não permitem que sejamos livres para fazer o mal.
Algumas pessoas chegam a sustentar que Deus é tão bom que, no final, perdoará tudo até mesmo todo o mal praticado. Supor que no final tudo será zerado, sem respeitar a opção daqueles que negam o projeto de Deus, é esvaziar a justiça divina. Permanece a possibilidade de condenação eterna como opção livre e consciente de quem construiu uma existência sem amor.
O critério de julgamento não é imprevisto, pois seremos julgados pelo Evangelho de Jesus. E isso vale para todo ser humano, até mesmo àqueles que não conheceram o “Redentor”. Sempre é tempo de recordar que seremos perguntados conforme o que consta no Capítulo 25 do Evangelho escrito por São Mateus, quando o Senhor sentenciar: “Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era forasteiro e me acolhestes, estive nu e me vestistes, estava doente e preso e me visitastes. Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes.” (Mt 25,35-41)
O juízo usa critérios da misericórdia divina que considera as condições internas e externas de cada pessoa, na liberdade e responsabilidade de cada uma. Deus não condena ninguém, é a própria pessoa, pelos seus atos e palavras que trilha, ou não, o caminho de Deus. Daí a responsabilidade da vida humana na Terra. Fonte: https://www.cnbb.org.br
Mensagem do Cardeal ao presidente eleito
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Mensagem do Cardeal ao presidente eleito
Brasília, 31 de outubro de 2022
Ex.mo Sr. presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente eleito do Brasil
Parabenizo-o pela eleição como Presidente da República Federativa do Brasil. Desejo ao senhor que, ao assumir este ofício, esteja atento aos ensinamentos cristãos do bem comum, da verdade e da justiça.
Papa Francisco, na Encíclica Fratelli Tutti, afirma que a ação do ser humano, tanto na vida íntima, como também, no seu aspecto social “exige reconhecer que «o amor, cheio de pequenos gestos de cuidado mútuo, é também civil e político, manifestando-se em todas as ações que procuram construir um mundo melhor». Por este motivo, o amor expressa-se não só nas relações íntimas e próximas, mas também nas «macrorrelações como relacionamentos sociais, econômicos e políticos»” (n. 181).
Com meus cumprimentos e orações, desejo que este mandato seja frutuoso e que seu governo promova a unidade e a paz do povo brasileiro, com um cuidado especial para com os mais pobres e necessitados. Sob a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil e de Brasília, com minha benção,
Dom Paulo Cezar Costa
Cardeal Arcebispo de Brasília
Fonte: https://arqbrasilia.com.br
De Silas Malafaia a Estevam Hernandes, veja a posição dos líderes evangélicos após vitória de Lula
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Muitos lamentaram derrota de Bolsonaro, mas conclamaram fiéis a orar pelo presidente eleito
Por Bernardo Mello
Pastores que lideram grandes denominações evangélicas, e que haviam se engajado na campanha do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), fizeram acenos ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o resultado do segundo turno neste domingo. Mesmo lamentando a derrota de Bolsonaro, nomes como o apóstolo Estevam Hernandes, líder da Igreja Renascer e criador da Marcha para Jesus, e o bispo Renato Cardoso, atual número dois na hierarquia da Igreja Universal, conclamaram fiéis a orar pelo novo presidente e disseram não ter resistência "pessoal", tampouco "desejar o mal" ao petista.
Entre os líderes das maiores igrejas do país, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi quem expressou contrariedade com a vitória de Lula de forma mais explícita. Aliado próximo a Bolsonaro, Malafaia escreveu em suas redes sociais ter "consciência limpa" por não ter sido "omisso, nem covarde", e publicou em seguida uma citação atribuída a João Calvino, um dos principais líderes da reforma protestante no século XVI. "Quando Deus quer punir uma nação, Ele lhes dá governantes ímpios", diz a frase.
Cardoso, tido como sucessor do bispo Edir Macedo na Universal, adotou um tom distinto após semanas de campanha aberta contra Lula em cultos e no jornal "Folha Universal", distribuído a fiéis gratuitamente. Em transmissão ao vivo nas redes sociais na noite de domingo, Cardoso reafirmou acusações de que "a esquerda quer sexualizar as crianças, liberar as drogas e desarmar a população", que foram a tônica de ataques a Lula durante a campanha, mas frisou a seus seguidores que "a vontade de Deus sempre vai ser a melhor" ao comentar o resultado.
— Se você quer seu bem, então você ora às autoridades. Todos os cristãos têm que orar às autoridades que estão no poder. Nosso desejo não é pelo mal de ninguém, não é pelo mal do presidente Lula nem de outros governantes, é pelo bem das pessoas. Se eles fizerem um bom trabalho, então vamos ter uma vida melhor e mais fácil. Não temos em nosso coração nenhum medo ou preocupação — afirmou.
Hernandes, que afirmou ter feito "tudo que era possível" pela reeleição de Bolsonaro, afirmou que a "luta pelos valores cristãos" deverá continuar "de forma ordeira, porque o Brasil continua sendo um país abençoado". O líder da Igreja Renascer também elogiou a "atitude corretíssima" do ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), eleito governador de São Paulo, por ter se posicionado reconhecendo o resultado da eleição presidencial e conversado com o adversário derrotado no estado, o petista Fernando Haddad.
— Lamento quando as pessoas invadem a área que não é a deles. Nunca me levantei para falar pessoalmente contra A ou B. Temos que ter nossa postura de cristãos, e como cristãos precisamos realmente dar os exemplos. Seria absurdo falar coisas como "tem que tirar nossos filhos das escolas", não estamos vivendo esse clima. Jesus nos deu o desafio de orar até pelos nossos inimigos. Em caso de política, não temos inimigos, mas sim divergentes — disse Hernandes.
Outras lideranças de igrejas neopentecostais, como o bispo Robson Rodovalho, da Igreja Sara Nossa Terra, e o apóstolo Rina, da Bola de Neve, fizeram publicações em suas redes sociais afirmando que a "palavra de Deus jamais será abalada", independentemente do resultado das eleições. Rodovalho escreveu que para os evangélicos "não existe derrota, existem lições".
Na Assembleia de Deus, lideranças dos ministérios do Belém e de Madureira, os dois principais ramos da igreja, evitaram se manifestar diretamente sobre o resultado. Já o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), líder da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento e com atuação historicamente próxima ao Ministério do Belém, citou as sucessivas referências religiosas de Lula em seu primeiro discurso após se eleger:
"Vi o discurso de Lula. Começou agradecendo a Deus. Falou de Deus em vários momentos. Reafirmou compromisso pela liberdade religiosa, evitou temas que causam divergências com o segmento evangélico e terminou agradecendo a Deus", escreveu Feliciano, deixando em aberto o futuro da relação do petista com o segmento: "(Lula) Aprendeu a nos respeitar? Tenho dúvidas. Só o tempo dirá". Fonte: https://oglobo.globo.com
PRESIDÊNCIA DA CNBB: “O EXERCÍCIO DA CIDADANIA NÃO SE ESGOTA COM O FIM DO PROCESSO ELEITORAL”
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A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta segunda-feira, 31 de outubro, uma mensagem sobre a conclusão das Eleições 2022. O momento, segundo a mensagem, “convoca-nos, ainda mais, para a reconciliação, essencial ao novo ciclo que se abre”.
A presidência da CNBB aponta o caminho que todos os brasileiros, indistintamente, precisam trilhar: acompanhar, exigir e fiscalizar aqueles que alcançaram êxito nas urnas. “O exercício da cidadania não se esgota com o fim do processo eleitoral”, diz o documento.
Em um trecho da mensagem, a CNBB cumprimenta candidatos eleitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República e “parabeniza ainda o Tribunal Superior Eleitoral por sua atuação no zelo de todo o processo democrático”.
“Todos possam caminhar unidos para a construção da política melhor, aquela que está a serviço do bem comum, conforme define o nosso amado Papa Francisco. São os votos da CNBB. É o que suplicamos em preces para o nosso país”.
Conheça a íntegra da mensagem abaixo:
Mensagem da Presidência da CNBB
sobre a conclusão do processo eleitoral 2022
Saúde e paz!
A conclusão das Eleições 2022 convoca-nos, ainda mais, para a reconciliação, essencial ao novo ciclo que se abre. Agora, todos, indistintamente, precisam acompanhar, exigir e fiscalizar aqueles que alcançaram êxito nas urnas. O exercício da cidadania não se esgota com o fim do processo eleitoral.
A CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – cumprimenta candidatos eleitos, deputados, senadores, governadores e presidente da República. Parabeniza ainda o Tribunal Superior Eleitoral por sua atuação no zelo de todo o processo democrático.
Todos possam caminhar unidos para a construção da política melhor, aquela que está a serviço do bem comum, conforme define o nosso amado Papa Francisco. São os votos da CNBB. É o que suplicamos em preces para o nosso país.
Com a materna intercessão de Nossa Senhora Aparecida – Rainha e Padroeira do Brasil, Deus muito abençoe a sua vida e a sua família.
Fraterno abraço, com apreço.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB
Fonte: https://www.cnbb.org.br
Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo: Mensagem para o Presidente Eleito
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Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo
São Paulo, 31.10.2022

Ao ilustríssimo senhor Luiz Inácio Lula da Silva Presidente eleito do Brasil Congratulo-me com o senhor pela sua eleição como Presidente da República Federativa do Brasil, no segundo turno do pleito eleitoral transcorrido no domingo, 30 de outubro de 2022.
Democraticamente, a maioria dos eleitores depositou no senhor sua confiança para governar nossa nação, assumindo a desafiadora missão de unir o País, em harmonia com os demais poderes da República e instituições da sociedade.
Faço votos que seu governo seja comprometido com a promoção da vida e da dignidade humana, da justiça e da paz social, empenhado, sobretudo, na busca de caminhos para o desenvolvimento econômico e social que beneficie a todos, especialmente aqueles que mais sofrem com os impactos da crescente desigualdade social, do desemprego e da fome.
Com meus parabéns pela vitória eleitoral, apresento-lhe também as minhas preces a Deus para que o ilumine e lhe dê sabedoria para a realização de um mandato profícuo para o povo brasileiro, na edificação do bem comum.
Respeitosas saudações,
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo Metropolitano de São Paulo
Fonte: https://arquisp.org.br
Padre relata ser ameaçado de morte após alugar salão de paróquia para festejar aniversário de Lula.
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Por Jéssica Marques — Rio de Janeiro
O padre Volnei Luiz Weber, da Paróquia São José Operário, da Diocese de Rondonópolis, no Mato Grosso, relata ter sofrido ameaças de morte e ataques nas redes sociais depois de alugar o salão de eventos da igreja para uma equipe local do Partido dos Trabalhadores (PT). O grupo afiliado locou o espaço para comemorar o aniversário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira, embora o petista não fosse para lá.
O pároco, que administra a igreja há quatro anos, registrou um boletim de ocorrência na quarta-feira. Ao GLOBO, ele contou que foi procurado por membros do partido na segunda-feira e que na ocasião negociou o aluguel do espaço por R$1.200. Na mesma noite, postagens em redes sociais começaram a aparecer, mostrando revolta.
"Triste realidade, disponibilizar o salão paroquial para esse tipo de evento", comentou uma internauta ao compartilhar o post.
Segundo o padre, a festa de comemoração fazia parte de uma celebração nacional a Lula e era organizado por partidos e movimentos sociais. Por conta dos ataques e ameaças, o evento foi cancelado e a locação retirada. Mesmo assim, Weber continuou sendo atacado.
— Começaram a ligar para a igreja e a me ameaçar. A maior parte da população aqui da cidade vota no (Jair) Bolsonaro (candidato à reeleição pelo PL). Acredito que se fosse uma festa para ele, não teria tido nenhuma reação. Eu fiquei com medo dos ataques. Alegaram que a igreja tomou partido. Eu nunca declarei meu voto abertamente. É claro que eu tenho minha preferência, mas faltou tolerância por parte das pessoas — afirma o padre que se mantem afastado dos eventos paroquiais.
O espaço de 40 metros quadrados é constantemente utilizado para eventos políticos, aniversários, casamentos e cerimônias. Segundo o padre, durante a campanha do primeiro turno, o prefeito de Rondonópolis, José Carlos Junqueira (Solidariedade), reservou o salão para uma festa de campanha da esposa, conhecida como Dona Neuma, que na época era candidata da deputada federal pelo PSB, mas que não foi eleita.
Devido às ameaças, a paróquia decidiu cancelar o contrato de locação. O padre explicou que algumas pessoas ligaram e disseram que, se o evento fosse realizado na igreja, iriam até o local e fariam um ato de protesto.
— Disseram que eu tinha que ser metralhado. Um senhor que frequenta a paróquia me ligou e disse que não concordava com a locação desse espaço para evento do Lula porque ele era a favor do aborto e da ideologia de gênero. Disseram que eu tinha que ir embora, que não poderia ficar mais aqui — completou.
Uma carta de repúdio aos ataques foi publicada no perfil do Facebook da igreja pelo bispo Dom Mauricio da Silva Jardim, que administra as Dioceses da região. Um trecho do documento agradecia as mensagens de apoio e comunicava o rompimento do evento.
"Diante da repercussão nas redes sociais sobre o contrato de aluguel firmado pela Paróquia São José Operário, da cidade de Rondonópolis, comunico que, após um diálogo fraterno e respeitoso com o Pe. Volnei Weber, decidimos romper o contrato para garantir a comunhão que nos identifica como cristãos católicos. Expresso minha gratidão pela alegria com que me acolheram", dizia o documento.
A Polícia Civil do Mato Grosso abriu um inquérito para apurar as ameaças, mas não deu detalhes do andamento. Em nota, disse que "como previsto na legislação, é necessário que a vítima se manifeste pela representação para que a investigação tenha sequência, uma vez que se trata de crime de âmbito privado".
A missa que será realizada no domingo, dia da eleição, não foi cancelada. No entanto, padre Weber informou que por medo de sofrer retaliações e ataques, dependendo do resultado, pediu que as celebrações sejam conduzidas pelo padre adjunto Marco Antônio. Fonte: https://oglobo.globo.com
Quinta-feira, 27 de outubro-2022. 30º Domingo do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Lucas 13, 31-35)
31No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar. 32Disse-lhes ele: Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida. 33É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém. 34Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste! 35Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor!
3) Reflexão Lucas 13, 31-35
O evangelho de hoje nos faz sentir o contexto ameaçador e perigoso no qual Jesus vivia e trabalhava. Herodes, o mesmo que tinha matado João Batista, quer matar Jesus.
Lucas 13,31: O aviso dos fariseus a Jesus
“Nesse momento, alguns fariseus se aproximaram, e disseram a Jesus: "Deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar". É importante notar que Jesus recebeu o aviso da parte dos fariseus. Algumas vezes, os fariseus estão juntos com o grupo de Herodes querendo matar Jesus (Mc 3,6; 12,13). Mas aqui, eles são solidários com Jesus e querem evitar a morte dele. Naquele tempo, o poder do rei era absoluto. Ele não prestava conta a ninguém da sua maneira de governar. Herodes já tinha matado a João Batista e agora está querendo acabar também com Jesus.
Lucas 13,32-33: A resposta de Jesus
“Jesus disse: "Vão dizer a essa raposa: eu expulso demônios, e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho”. A resposta de Jesus é muito clara e corajosa. Ele chama Herodes de raposa. Para anunciar o Reino Jesus não depende da licença das autoridades políticas. Ele até manda um recado informando que vai continuar seu trabalho hoje e amanhã e que só vai embora depois de amanhã, isto é, no terceiro dia. Nesta resposta transparece a liberdade de Jesus frente ao poder que queria impedi-lo da realizar a missão recebida do Pai. Pois quem determina os prazos e a hora é Deus e não Herodes! Ao mesmo tempo, na resposta transparece um certo simbolismo relacionado com a morte e a ressurreição ao terceiro dia em Jerusalém. E para dizer que não vai ser morto na Galiléia, mas sim em Jerusalém, capital do seu povo, e que vai ressuscitar no terceiro dia.
Lucas 13,34-35: Lamento de Jesus sobre Jerusalém
"Jerusalém, Jerusalém, você que mata os profetas e apedreja os que lhe foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir seus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas você não quis!” Este lamento de Jesus sobre a capital do seu povo evoca a longa e triste história da resistência das autoridades aos apelos de Deus que chegavam a elas através de tantos profetas e sábios. Em outro lugar Jesus fala dos profetas perseguidos e mortos desde Abel até Zacarias (Lc 11,51). Chegando em Jerusalém pouco antes da sua morte, olhando a cidade do alto do Monte das Oliveiras, Jesus chora sobre ela, porque ela não reconheceu o tempo em que Deus veio para visitá-la." (Lc 19,44).
4) Para um confronto pessoal
1) Jesus qualifica o poder político como raposa. O poder político do seu país merece esta qualificação?
2) Jesus tentou muitas vezes converter o povo de Jerusalém, mas as autoridades religiosas resistiram. E eu, quanto vezes resisti?
5) Oração final
Procurai o SENHOR e o seu poder, não cesseis de buscar sua face. Lembrai-vos dos milagres que fez, dos seus prodígios e dos julgamentos que proferiu. (Sl 104, 4-5)
Quarta-feira, 26 de outubro-2022. 30º Domingo do Tempo Comum. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
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1) Oração
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Lucas 13, 22-30)
22Sempre em caminho para Jerusalém, Jesus ia atravessando cidades e aldeias e nelas ensinava.23Alguém lhe perguntou: Senhor, são poucos os homens que se salvam? Ele respondeu:24Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos procurarão entrar e não o conseguirão.25Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos, ele responderá: Digo-vos que não sei de onde sois.26Direis então: Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste em nossas praças.27Ele, porém, vos dirá: Não sei de onde sois; apartai-vos de mim todos vós que sois malfeitores.28Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacó e todos os profetas no Reino de Deus, e vós serdes lançados para fora.29Virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e sentar-se-ão à mesa no Reino de Deus.30Há últimos que serão os primeiros, e há primeiros que serão os últimos.
3) Reflexão Lucas 13, 22-30
O evangelho de hoje traz mais um episódio acontecido durante a longa caminhada de Jesus desde a Galiléia até Jerusalém, cuja descrição ocupa mais de uma terça parte do evangelho de Lucas (Lc 9,51 a 19,28).
Lucas 13,22: A caminho de Jerusalém
“Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo caminho para Jerusalém”. Mais uma vez Lucas menciona que Jesus está a caminho de Jerusalém. Durante os dez capítulos que descrevem a viagem até Jerusalém (Lc 9,51 a 19,28), Lucas, constantemente, lembra que Jesus está a caminho de Jerusalém (Lc 9,51.53.57; 10,1.38; 11,1; 13,22.33; 14,25; 17,11; 18,31; 18,37; 19,1.11.28). O que é claro e definido, desde o começo, é o destino da viagem: Jerusalém, a capital, onde Jesus será preso e morto (Lc 9,31.51). Raramente, informa o percurso e os lugares por onde Jesus passava. Só no começo da viagem (Lc 9,51), no meio (Lc 17,11) e no fim (Lc 18,35; 19,1), ficamos sabendo algo a respeito do lugar por onde Jesus estava passando. Deste modo, Lucas sugere o seguinte ensinamento: temos que ter claro o objetivo da nossa vida, e assumi-lo decididamente como Jesus fez. Devemos caminhar. Não podemos parar. Nem sempre, porém, é claro e definido por onde passamos. O que é certo é o objetivo: Jerusalém, onde nos aguarda o “êxodo” (Lc 9,31), a paixão, morte e ressurreição.
Lucas 13,23: A pergunta sobre os número dos que se salvam
Nesta caminhada para Jerusalém acontece de tudo: informações sobre massacres e desastres (Lc 13,1-5), parábolas (Lc 13,6-9.18-21), discussões (Lc 13,10-13) e, no evangelho de hoje, perguntas do povo: "Senhor, é verdade que são poucos aqueles que se salvam?" Sempre a mesma pergunta em torno da salvação!
Lucas 13,24-25: A porta estreita
Jesus diz que a porta é estreita: "Façam todo o esforço possível para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo: muitos tentarão entrar, e não conseguirão”. Será que Jesus diz isto só para encher-nos de medo e obrigar-nos a observar a lei como ensinavam os fariseus? O que significa esta porta estreita? De que porta se trata? No Sermão da Montanha Jesus sugere que a entrada para o Reino tem oito portas. São as oito categorias de pessoas das bem-aventuranças: (1) pobres em espírito, (2) mansos, (3) aflitos, (4) famintos e sedentos de justiça, (5) misericordiosos, (6) puros de coração, (7) construtores da paz e (8) perseguidos por causa da justiça (Mt 5,3-10). Lucas as reduziu para quatro: (1) pobres, (2) famintos, (3) tristes e (4) perseguidos (Lc 6,20-22). Só entra no Reino quem pertence a uma destas categorias enumeradas nas bem-aventuranças. Esta é a porta estreita. É o novo olhar sobre a salvação que Jesus nos comunica. Não há outra porta! Trata-se da conversão que Jesus pede de nós. Ele insiste: "Façam todo o esforço possível para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo: muitos tentarão entrar, e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vocês vão ficar do lado de fora. E começarão a bater na porta, dizendo: Senhor, abre a porta para nós! E ele responderá: Não sei de onde são vocês”. Enquanto a hora do julgamento não chegar, é tempo favorável para a conversão, para mudar nossa visão sobre a salvação e entrar em uma das oito categorias.
Lucas 13,26-28: O trágico mal-entendido
Deus responde aos que batem na porta: “Não sei de onde são vocês”. Mas eles insistem e argumentam: Nós comíamos e bebíamos diante de ti, e tu ensinavas em nossas praças! Não basta ter convivido com Jesus, de ter participado da multiplicação dos pães e de ter escutado seus ensinamentos nas praças das cidades e povoados. Não basta ter ido à igreja e de ter participado das instruções do catecismo. Deus responderá: Não sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, todos vocês que praticam injustiça!”. Mal-entendido trágico e falta total de conversão, de compreensão. Jesus declara injustiça aquilo que os outros consideram ser coisa justa e agradável a Deus. É uma visão totalmente nova sobre a salvação. A porta é realmente estreita.
Lucas 13,29-30: A chave que explica o mal-entendido
“Muita gente virá do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. Vejam: há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos". Trata-se da grande mudança que se operou com a vinda de Deus até nós em Jesus. A salvação é universal e não só do povo judeu. Todos os povos terão acesso e poderão passar pela porta estreita.
4) Para um confronto pessoal
1) Ter o objetivo claro e caminhar para Jerusalém: Será que tenho objetivos claros na minha vida ou deixo-me levar pelo vento do momento da opinião pública?
2) A porta é estreita. Qual a visão que tenho da Deus, da vida, da salvação?
5) Oração final
Glorifiquem-vos, Senhor, todas as vossas obras, e vos bendigam os vossos fiéis. Que eles apregoem a glória de vosso reino, e anunciem o vosso poder. (Sl 144, 10-11)
CNBB MANIFESTA SOLIDARIEDADE À MINISTRA CÁRMEN LÚCIA E ÀS PESSOAS VÍTIMAS DE AGRESSÕES VERBAIS E FÍSICAS
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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) diante de fatos que, nas últimas horas, chocaram cidadãos e cidadãs comprometidos com o bem comum de nosso país, vem manifestar sua solidariedade às pessoas diretamente atingidas por ofensas verbais e outras formas de agressão, como as sofridas pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia Antunes Rocha.
Lamenta e recorda que um país efetivamente democrático não se constrói desse modo. A história tem exemplos a indicar o resultado dessas atitudes, exemplos que não devem ser desejados nem para o Brasil nem para qualquer outro lugar.
A vitória, no Brasil, há de ser sempre da paz, do bem comum, da convivência social serena, do respeito às instituições e da Democracia.
Em Cristo,
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB
Fonte: https://www.cnbb.org.br
Padre da Polícia Militar no DF é preso em flagrante por importunação sexual de jovem de 16 anos.
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Sacerdote teria convidado adolescente que vendia bombons na rua para ir até a sua casa onde teria proposto 'brindes' por favores sexuais
Uma armadilha preparada pela polícia culminou com a prisão em flagrante, na sexta-feira (21/10), do padre Jerfson dos Santos e Santos, tenente e sacerdote da Polícia Militar do Distrito Federal. Ele é acusado de importunação sexual de um jovem de 16 anos que vendia bombom nas ruas em Águas Claras, no Distrito Federal DF. A informação, divulgada pelo Metrópoles, foi confirmada pelo GLOBO. Após passar de carro por onde o adolescente vendia doce, o sacerdote o convenceu a ir até a casa dele porque estava sem dinheiro e tentou molestá-lo. Com a recusa do garoto, Jeferson concordou levá-lo de volta desde que dirigisse o carro e, numa nova tentativa de abuso, a vítima fugiu com o veículo. O jovem foi até a polícia e combinou com os policiais de devolver o veículo no estacionamento de um supermercado onde o religioso foi preso em flagrante.
O oficial é alvo, desde o final de 2021, de apurações conduzidas pelo Departamento de Controle e Correição (DCC) da Polícia Militar. Ele é investigado por denúncias de assédio a colegas que frequentavam suas missas. Em um dos casos, o padre é suspeito de ter convidado o filho de um policial a viajar com ele até Caldas Novas. Após as denúncias, o então bispo militar afastou Jerfson até que as investigações fossem concluídas. Procurada, a assessoria de comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal informou ao GLOBO que o sacerdote foi indiciado por importunação sexual e entrega de direção a inabilitado. Segundo a instituição, a prisão do padre se deu por volta de 21h de sexta-feira e os detalhes da investigação são mantidos em sigilo porque menores têm proteção legal por força do Estatuto da Criança e do Adolescente. Jeferson está detido no Batalhão da Polícia Militar no Distrito Federal.
Mas a punição chegou antes devido à investida contra o ambulante. O adolescente contou que vendia bombons quando o militar se aproximou de carro e falou que levaria os chocolates, mas estava sem dinheiro e precisava que o acompanhasse até sua casa que era perto. No carro, o jovem já começou a observar atitudes suspeitas. Primeiramente, segundo contou aos policiais, o sacerdote ofereceu que ele dirigisse o carro apesar de ser menor de idade. Além disso, no apartamento tentou tocar o corpo do rapaz e sugeriu dar o dinheiro pelos bombons e um "brinde" se referindo, de acordo com a vítima, a um ato sexual.
O adolescente contou que convenceu o militar a deixá-lo ir embora e ele o levou de carro até a estação do metrô. Durante a viagem, ele mais uma vez teria dado a direção do veículo ao jovem que disse, durante o trajeto, que um pneu tinha furado. Quando o padre saiu para verificar o que tinha ocorrido, ele escapou e pediu socorro. Orientado sobre ir até uma delegacia, ele chegou na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) e relatou os abusos sofridos. Como o padre tinha a chave de pix do menino com o número de celular, passou a enviar mensagens ao garoto com ameaças, dizendo que ele teria problemas caso não devolvesse o carro ou contasse a situação para a polícia.
Foi combinado que a vítima do abuso deixaria o veículo no estacionamento de um supermercado de Águas Claras. No local, policiais civis esperaram o tenente da PM. Abordado, ele acabou preso em flagrante com base no depoimento e nos prints da conversa.
Padre e militar da PMDF, o acusado negou o crime e contou uma versão diferente na delegacia, segundo o Metrópoles. Ele disse que estava em Taguatinga Norte para ir ao mercado, mas não soube detalhar o nome do estabelecimento. Por perto, viu o garoto vendendo os bombons, parou e se ofereceu para comprar uma caixa inteira, mas sugeriu que o adolescente passasse a trabalhar em Águas Claras, onde o fluxo de pessoas era maior.
Segundo ele, o garoto disse que morava em Águas Lindas e não sabia como chegar lá. O padre, então, teria oferecido carona. O militar ainda argumenta que foi o menino que pediu para dirigir e só deixou porque achou que ele teria 18 anos.
Sobre a importunação sexual, o padre alegou que apenas pegou na perna do garoto dentro do carro, dizendo que ele dirigia muito bem, porque estaria surpreso com a habilidade. Outra parte da história contada na delegacia que chamou atenção foi a descrição de como eles foram parar no apartamento.
O homem diz que o adolescente perguntou onde ele morava e indicou o caminho. Quando o carro se aproximou do portão da garagem do prédio, ele teria aberto sozinho, por causa de uma TAG de identificação veicular. O acusado também se defende contando que foi o garoto que pediu para subir e, dentro da casa, teria prometido “algo a mais” caso ele comprasse todos os bombons, que seriam favores sexuais.
O padre ainda conta, na versão, que teria recebido uma proposta sexual do garoto por R$ 500. Sobre o furto do carro, ele diz que chegou a ligar para a PM, mas desistiu de formalizar a denúncia quando recebeu mensagem do garoto negociando a entrega.
Os prints das mensagens trocadas entre os dois foram anexadas ao processo e um primo da vítima foi contatado. A prisão do padre foi informada à corregedoria da Polícia Militar e um PM foi até a delegacia. Ele conduziu o autuado ao 19° Batalhão de PMDF. A reportagem entrou em contato com a corporação e solicitou nota sobre os fatos, mas não recebeu retorno até a última atualização desta matéria. O espaço segue aberto. O padre foi nomeado como capelão militar da PMDF em janeiro de 2020.
Em nota, a PMDF disse que o capelão encontrava-se afastado de suas funções no âmbito da Polícia Militar e da igreja, aguardando decisão de processo que tramitava no âmbito da Igreja Católica. “Ao ser acionada, a Polícia Militar prontamente deslocou à delegacia para as providências cabíveis. Cabe salientar que nossa Bicentenária Corporação está nas ruas 24 horas por dia, 07 dias por semana, em todas as Regiões Administrativas, para bem servir e proteger a Sociedade da Capital e não coaduna com fatos que sejam contrários a legislação e regulamentos em vigor”, destacou a corporação. Fonte: https://oglobo.globo.com
NOTA DE REPÚDIO EM SOLIDARIEDADE AO BISPO DIOCESANO DOM ALDEMIRO SENA DOS SANTOS
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DIOCESE DE GUARABIRA
NOTA DE REPÚDIO
A Diocese de Guarabira – clero diocesano, religiosos e religiosas, leigos e leigas que a constituem – demonstra, por meio desta nota, solidariedade ao seu Bispo Diocesano, Dom Aldemiro Sena dos Santos, que foi vítima de agressões verbais, na sacristia da Igreja Catedral de Nossa Senhora da Luz, em Guarabira – PB, após a celebração da Santa Missa – na manhã deste domingo (23). Essas ações de repressão e opressão à fé cristã, claramente motivadas por tendências ideológicas fascistas e autoritaristas, são e serão veementemente repudiadas pela Comunidade Diocesana que se posiciona, sobretudo, ao lado de Jesus Cristo – Príncipe da Paz (Is 9,6).
Atitudes de violência, como a que foi sofrida pelo Bispo de Guarabira, sinalizam a existência de perseguição ao cristianismo autêntico que tem sua opção pelos mais pobres (Lc 6,20), vulneráveis (Jo 8,11), estigmatizados e marginalizados (Mc 1,40-41). Não obstante, também desvelam aqueles que, de fato, desrespeitam a fé, maculam a religiosidade e profanam o templo ao modelo dos vendilhões expulsos por Nosso Senhor (Jo 2,13-16). Nesse sentido, concebemos que quaisquer tentativas de silenciar a pregação do Evangelho configura-se como uma violação à liberdade religiosa, direito assegurado constitucionalmente.
Para o catolicismo (CIC 1549), a presença de Jesus Cristo torna-se visível no seio da comunidade através do Bispo que, por excelência, corresponde ao sucessor dos apóstolos. A missão que lhe coube é, portanto, proteger, cuidar, guiar e amparar o rebanho, apascentando as ovelhas de Deus (Jo 21,15-17). Desse modo, é válido retomar a constituição dogmática Lumen Gentium, segundo a qual, “os Bispos sucedem aos Apóstolos, como pastores da Igreja; quem os ouve, ouve a Cristo; quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que enviou Cristo”. Nesses termos, desrespeitar a mensagem de Dom Aldemiro Sena é igualmente desrespeitar Aquele que lhe conferiu autoridade no âmbito da Igreja e que lhe confiou o papel de arauto e protetor zeloso do ensinamento de Jesus.
Por fim, é imprescindível reiterar que, através desta, repudia-se não apenas o ataque fascista à pregação do Evangelho ocorrido na casa de Nossa Senhora da Luz, mas a toda e a qualquer forma de violência, de violação à liberdade religiosa, de perseguição e intolerância. Rogos sejam feitos à Virgem Maria para que a comunidade cristã não se desvencilhe de Jesus Cristo, todavia, esteja cada vez mais a Ele ligada através da vivência do amor e da paz. Fonte: https://www.diocesedeguarabira.org.br
Os evangélicos contra-atacam com ‘Messias’
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Encontro de Michelle Bolsonaro e Damares Alves com fiéis no Rio Brenno Carvalho
Na época da ditadura militar, um censor, furibundo com alguns diálogos de uma peça teatral, convocou o autor a dar explicações. Por razões conhecidas, Shakespeare não pôde comparecer.
Nestes tempos michelenescos, o afável arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, se viu obrigado a explicar por que usa vestes vermelhas. O inquisidor ouviu algo mais ou menos assim:
—É a cor dos cardeais, meu filho.
No Twitter, dom Odilo cravou:
— Conheço bastante a História. Às vezes, parece-me reviver os tempos da ascensão ao poder dos regimes totalitários, especialmente o fascismo. É preciso ter muita calma e discernimento nesta hora!
Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, buscou inspiração em trecho de “Irmãos Karamazov”, de Dostoiévski, para cravar sua incredulidade diante da terra arrasada pelo Bolsolão:
— Quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras chega ao ponto de já não poder distinguir a verdade dentro de si mesmo.
É possível que algum eleitor de Damares ou um pastor que prega nos cultos contra os homossexuais venha a chamar os Karamazov de comunistas, mas, vá lá, é da vida: o chefe deles já disse que -5% + 4% são 9% positivos. Perdoai-o, mas com Oscar Wilde na cabeça:
—Os loucos às vezes se curam; os imbecis, nunca.
Desde a redemocratização, pela primeira vez a Igreja Católica, trazida à vida terrena, se vê às voltas com laivos autoritários. Na ditadura militar não ocorreu; mas no regime nazista aconteceu algo semelhante às cenas de 12 de outubro. No dia de Nossa Senhora Aparecida, a milícia bolsonarista perseguiu padres em Aparecida , vaiou a homilia da missa principal, gritou palavrões e ainda fez brindes com latas de cerveja dentro da igreja.
A turba ensandecida saiu das redes sociais, incensada pelos pastores bolsonaristas, e, inspirada pelo desamor exalado por seu capitão, agora se comporta como milícia armada —e mira o contingente de fiéis católicos.
Ali pelo século IV e V, os protocristãos, perseguidos pela ignorância e pelo ódio, eram jogados aos leões, em espécie de sádico prazer. O sadismo se manifesta diante do infortúnio alheio — por exemplo, imitar alguém sufocado pela Covid-19. Ou na descrição libidinosa, detalhada e colorida, com brilho nos olhos, de crianças com dentes arrancados para fazer sexo oral. O prazer doentio se revela nas interjeições.
A milícia atual vigia, e ameaça e caça, conceitos vagos ditados por uma sombra escura de inclemência e ressentimento. Reagem, à semelhança dos ratos de Pavlov, quando explodem em seus ouvidos palavras como miséria, fraternidade ou empatia. Por desconhecerem o Evangelho, atacam os padres durante os sermões. E destroem imagens de santos. E correm atrás de quem veste batina.
As palavras de Cristo, em ensinamentos gravados na Bíblia, são ouvidas agora como acintes da esquerda. A turba esquece que Jesus Cristo acabou crucificado por seu tom solidário e generoso, verdadeiro incômodo ao poder da época: “Não roubarás; não matarás”; e, sentiram as meninas venezuelanas, “não desejarás a mulher do próximo”.
O problema de quem vaiou a catequese no Santuário de Aparecida é ter lido apenas a orelha dos Evangelhos e/ou acreditar na má-fé dos pastores bolsonaristas, religiosamente incultos e ideologicamente comprometidos. O cristianismo (como filosofia) nasceu em meio ao descalabro da escravidão, da pobreza brutal e da miséria civilizacional —pedofilia, satanismo, matanças entre os clãs, abuso de poder.
Demorou para a Igreja Católica ser enredada e reagir, de maneira ainda capenga, à instrumentalização da fé religiosa como base partidária. Os cães bolsonaristas há tempos vociferam a postura intolerante de jogar os adversários aos leões. É a mesma toada da turba romana. Os ataques às homilias e aos padres em diversas igrejas Brasil afora ocorrem quando ecoam os ensinamentos contra a violência, a intolerância e a mentira. De novo, Dom Leonardo Steiner:
— Usar a religião como ameaça a fim de angariar voto tem cheiro de imoralidade.
O manejo descarado e argentário da religião, se no momento atiçou parte da cúpula católica brasileira, obrigada a reagir ao retrocesso civilizacional (“quero todo mundo armado”), agora gera mobilização entre as denominações não embolsadas. Desde dias atrás, o projeto de poder messiânico de Michelle e Damares é desafiado dentro de seu quintal, encarnado pelo hit gospel “Messias”, cantado por Leonardo Gonçalves, entre os maiores sucessos no YouTube. Vale muito ouvir. A letra deve azedar as manhãs delas:
E tudo isso por causa de política/Por causa de um falso pânico moral/Promovido pelos donos de igreja/Que tiveram o perdão de uma dívida /De 1,4 bilhões de reais/Decretado pelo presidente da República (…)/A gente tem fome e sede de justiça.
Para os religiosos independentes, tem nome e endereço o satanás. Fonte: https://oglobo.globo.com
De Roma, Bispos do Espírito Santo lançam carta aberta ao povo de Deus
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Paz e Bem!
Reunidos em Roma, onde participam da Visita Ad Limina Apostolorum, os bispos do Espírito Santo (Regional Leste 3) lançaram, nesta quinta-feira (20/10), uma carta aberta ao Povo de Deus sobre os valores e as atitudes que devem nortear a escolha dos candidatos, às vésperas do segundo turno eleitoral.
A carta, que exorta a todos para a promoção da paz, da justiça e da fraternidade, foi escrita pelos bispos após encontro com o Papa Francisco, ocorrido na manhã desta quinta.
“Neste segundo turno eleitoral, o futuro do nosso Estado, aquilo que desejamos para nossas crianças, jovens, adultos e idosos, está sendo moldado. Por isto, todos nós devemos agir sempre comprometidos com a verdade, a justiça e a paz, na defesa da vida e da dignidade de todas as pessoas, especialmente os mais pobres e vulneráveis”, menciona um determinado trecho.
Roma, 20 de outubro 2022.
“Deixo-vos a Paz, a minha paz vos dou!” (Jo 14,27)
Caros irmãos e irmãs
A todos, graça e bênção da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Príncipe da Paz!
Neste tempo de grandes desafios e esperanças, encontramo-nos em Roma, participando da Visita Ad Limina Apostolorum, junto aos túmulos dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, colunas da Igreja, e, em unidade com o Papa Francisco, com quem hoje nos encontramos, dirigimo-nos ao Povo de Deus do Estado do Espírito Santo, que se prepara para escolher os seus candidatos, às vésperas do segundo turno eleitoral.
Nosso Estado nasceu no dia de Pentecostes, celebração litúrgica que evoca o envio da Igreja pelo mundo inteiro para anunciar, com a alegria evangélica, as maravilhas do Reino de Deus, fazendo discípulos missionários de Jesus Cristo, formados com os valores do Reino para a promoção da paz, justiça e fraternidade.
Nossa história também foi marcada pela presença da Virgem Maria, reconhecida sempre como aquela que intercede e caminha conosco, a quem nós, capixabas, saudamos e reverenciamos como Nossa Senhora da Penha, Senhora das Alegrias.
Estas nossas origens cristãs não podem ser jamais esquecidas, a fim de que não percamos o rumo e a direção que devemos seguir na construção de um Estado marcado pelos frutos do Espírito Santo, que são: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, felicidade, mansidão e autodomínio” (Gl 5,22).
Neste segundo turno eleitoral, o futuro do nosso Estado, aquilo que desejamos para nossas crianças, jovens, adultos e idosos, está sendo moldado. Por isto, todos nós devemos agir sempre comprometidos com a verdade, a justiça e a paz, na defesa da vida e da dignidade de todas as pessoas, especialmente os mais pobres e vulneráveis, que sofrem ao longo dos anos, com a ausência de políticas públicas voltadas para o seu bem-estar integral, conforme ensina a Doutrina Social da Igreja. A verdadeira cidadania cristã exige diálogo, respeito, solidariedade e repúdio a toda e qualquer forma de violência, que fere a vida e a dignidade das pessoas.
As mentiras sobre fechamento de Igrejas, o medo, o ódio e a violência política que são disseminadas pelas ruas e pelas mídias sociais não podem calar a verdade do empobrecimento e da fome que a realidade nos mostra, orientando, assim, o agir e o voto dos cristãos. Não podemos admitir que o nosso Estado retroceda na garantia de direitos, na confiança e seriedade das instituições, no combate a toda forma de violência que provoca tanto prejuízo, dor e sofrimento ao povo, principalmente aos pequenos e empobrecidos.
Quando o voto é iluminado pela fé e a razão e não pela mentira e pelo medo, realiza-se um pacto com os governantes, pelo nosso futuro e pelo futuro de quem amamos, como uma manifestação de nossa vontade de viver num Estado que gera e faz a vida crescer.
A Carta Pastoral que escrevemos sobre a “Melhor Política” lança luzes sobre a realidade do nosso Estado e do nosso País, com princípios e orientações importantes para ajudar aos cristãos e a todos os que procuram o bem comum a escolherem os seus governantes.
Clamamos pela Paz e confiamos a vida do povo do nosso Estado do Espírito Santo à intercessão maternal de Maria, Nossa Senhora das Alegrias, a Virgem da Penha, pedindo sobre todos e todas a luz e o discernimento do divino Espírito, a fim de que nos comprometamos a construir o Estado que tanto desejamos, a partir da “Melhor Política”, isto é, a do Bem Comum.
Dom Dario Campos, OFM
Arcebispo Metropolitano de Vitória
Presidente do Regional Leste 3
Dom Paulo Bosi Dal’Bó
Bispo da Diocese de São Mateus
Vice-presidente
Dom Luiz Fernando Lisboa
Bispo da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim
Secretário
Dom Lauro Sérgio Versiani Barbosa
Bispo da Diocese de Colatina
Dom Andherson Franklin Lustoza de Souza
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória
Fonte: Diocese de Cachoeiro de Itapemirim-ES
30º Domingo do Tempo Comum- Dia Mundial das Missões
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QUEM ESTÁ JUSTIFICADO?
Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos (GO)
É sobre a justificação que discorre o Evangelho de Lucas 18,9-14. Um tipo de justificação um tanto diversa daquela que se combateu na ruptura de primeira hora do protestantismo.
Em questão, dois homens diante de Deus; o primeiro oferece muito e agradece porque não é pecador e igual aos outros; o segundo oferece pouco e envergonhado.
A justificação, portanto, vem das obras conscientes de quem sabe que tudo que se oferece a Deus vale somente em proveito de quem o oferece. Elas nada acrescentam a Deus, mas mostram a nossa fidelidade.
O orgulho no oferecer e o engrandecimento pessoal, ao contrário, conduzem para longe de Deus e da justificação. Até na sublime forma de vida, a oração, pode se esconder o orgulho e o interesse próprio. Quanto a isso Jesus já expôs exaustivamente: “Se alguém reza para ser visto já recebeu a sua recompensa”. Do mesmo modo, poderíamos continuar falando das oferendas e até da vida ascética.
O Senhor, por outro lado, é um juiz que não faz discriminação de pessoas. A humildade é o combustível requerido para ser acolhido por Deus. A prece do humilde atravessa as nuvens (Eclo 13,21) e chega às alturas insondáveis, onde o julgamento é pronunciado.
A contradição é instalada na parábola de Jesus: “Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos” (Lc 18,10). Dada a comparação, esperava-se que o fariseu saísse justificado. Ele mesmo está confiante em suas obras e em sua fé. Não pede, ele agradece por aquilo que é! Agradece pela diferença e não pela unidade, colocando-se acima dos demais.
Ao ficar de longe, cabeça baixa e envergonhado, o cobrador de impostos uniu sua fé, pois estava no Templo, e sua obra. Genuflexo diante de Deus exclamava “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador”!
A coragem de ser e de crer deste homem levou Jesus a concluir: este último voltou para casa justificado, o outro não” (Lc 18,14).
A justificação, portanto, é uma junção entre fé e obra, e é ainda mais! Ela um sentimento de compaixão que se cultiva por si mesmo e pelo outro. Um movimento naquele espaço
onde a obra é Graça e a Graça é obra. Onde tudo se mistura e, sem que saibamos como, comove a Deus! Deus comovido é o princípio de nossa justificação. Fonte: https://www.cnbb.org.br
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