Olhar Jornalístico

Aliança entre Bolsonaro e evangélicos sobrevive

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Publicado em 14 agosto 2023
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Masculinidade e WhatsApp sustentam o feitiço do ex-presidente

 

Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, desembarca de avião da PF em Brasília após ser preso em Florianópolis - Pedro Ladeira - 9.ago.23/Folhapress

 

A Polícia Federal costuma recorrer ao humor sarcástico para nomear suas operações. Seria esse o caso da "Lucas 12:2", que investiga suposto esquema de venda ilegal de joias e objetos de Jair Bolsonaro nos EUA?

Intencional ou não, o nome da operação traz em si potencial para viralizar nas redes sociais entre os milhões de evangélicos. A linguagem bíblica aproxima simbolicamente o caso investigado da liderança cristã que mobilizou fieis, transformou púlpito em palanque, profetizou a vitória do ex-presidente, repreendeu ou expulsou quem discordava e fez contorcionismo teológico para compatibilizar o gesto da arminha com a mensagem de Jesus.

Apesar do provocativo nome, o site Fuxico Gospel, conhecido por noticiar escândalos no mundo evangélico, não havia mencionado a operação até a manhã desta segunda (14). Mas o mesmo não pode ser dito da imprensa secular, que "evangelizou" seu público sobre a passagem bíblica em Lucas 12:2, que diz: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".

Cristãos desigrejados por causa de tensões políticas em 2022 também se manifestaram nas redes. "O pessoal não está refletindo, está apenas rindo", relata o sociólogo Leonardo Rossatto, membro de uma dessas comunidades. Em suas redes sociais, a notícia circula com comentários como: "Olha o nome da operação kkkkk" ou "Eita, como ele é honesto", referindo-se Bolsonaro.

Comentaristas do campo evangélico explicam de modo semelhante o envolvimento das principais igrejas nas campanhas do ex-presidente. Para eles, líderes influentes receberam, do Planalto e pela primeira vez, tratamento VIP. Viajaram no avião presidencial, postaram selfies com empresários e celebridades e ganharam milhões de seguidores nas redes. É, portanto, uma união mundana, sem inspiração religiosa.

Contudo, a exposição de possíveis crimes de Bolsonaro não garante que o eleitor cristão se arrependa e mude suas escolhas. Os EUA têm sido um espelho do Brasil no campo político, especialmente pela importância eleitoral de evangélicos. E, de olho nas eleições de 2024, o New York Times divulgou dados de junho indicando que a maioria dos evangélicos brancos (56%) segue apoiando Donald Trump. E 76% deles afirmam não acreditar que o ex-presidente tenha cometido algum crime federal.

"Há um encantamento, quase um feitiço, em torno dele," comentou um interlocutor sobre o vínculo de evangélicos com Trump. Entre os componentes dessa "magia" estão a masculinidade agressiva, presente em Trump e em Bolsonaro, e a comunicação. O governo mudou, mas o ex-presidente continua com sua bandeira hasteada nos territórios do WhatsApp e do Telegram. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Segunda-feira, 14 de agosto-2023. 19ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 14 agosto 2023
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1) Oração

Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mateus 17, 22-27)

22Quando estava reunido com os discípulos na Galiléia, Jesus lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens, 23e eles o matarão, mas no terceiro dia ressuscitará”. E os discípulos ficaram extremamente tristes.

24Quando chegaram a Cafarnaum, os que cobravam o imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do templo?” 25Pedro respondeu: “Paga, sim!” Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou: “Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou tributos de quem, do próprio povo ou dos estranhos?” 26Ele respondeu: “Dos estranhos!” – “Logo os filhos estão isentos”, retrucou Jesus, 27“mas, para não escandalizar essa gente, vai até o lago, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda valendo duas vezes o imposto; pega-a e entrega a eles por mim e por ti”.

 

3) Reflexão   Mateus 17,22-27

Os cinco versículos do evangelho de hoje falam de dois assuntos bem diferentes um do outro: 1) Trazem o segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus (Mt 17,22-23):  2) Informam sobre a conversa de Jesus com Pedro sobre o pagamento das taxas e impostos ao templo (Mt 17,24-27).

Mateus 17,22-23: O anúncio da morte e ressurreição de Jesus

O primeiro anúncio (Mt 16,21) havia provocado uma forte reação da parte de Pedro que não quis saber de sofrimento nem de cruz. Jesus tinha respondido com a mesma força: “Atrás der mim, satanás!” (Mt 16,23) Aqui, no segundo anúncio, a reação dos discípulos é mais branda, menos agressiva. O anúncio provoca tristeza. Parece que eles começam a compreender que a cruz faz parte do caminho. A proximidade da morte e do sofrimento pesa neles, gerando desânimo. Por mais que Jesus procurasse ajuda-los, a resistência de séculos contra a idéia de um messias crucificado era maior.

Mateus 17,24-25a: A pergunta dos fiscais do imposto a Pedro

Quando chegaram em Cafarnaum, os fiscais do imposto do Templo perguntaram a Pedro: "O mestre de vocês não paga o imposto do Templo?"  Pedro responde: “Paga sim!” Desde os tempos de Neemias, (Séc V aC), os judeus que tinham voltado do cativeiro da Babilônia, comprometeram-se solenemente em assembléia a pagar vários impostos e taxas para poder manter funcionando o culto no Templo e para cuidar da manutenção tanto do serviço sacerdotal como do prédio do Templo (Ne 10,33-40). Pelo que transparece na resposta de Pedro, Jesus pagava este imposto como, aliás, todos os judeus faziam.

Mateus 17,25b-26: A pergunta de Jesus a Pedro sobre o imposto

É curiosa a conversa entre Jesus e Pedro. Quando eles chegam em casa, Jesus pergunta: "O que é que você acha, Simão? De quem os reis da terra recebem taxas ou impostos: dos filhos ou dos estrangeiros?" Pedro respondeu: "Dos estrangeiros!" Então Jesus disse: "Isso quer dizer que os filhos não precisam pagar!” Provavelmente, aqui se reflete uma discussão entre os judeus cristãos anterior à destruição do Templo no ano 70. Eles se perguntavam se deviam ou não continuar a pagar o imposto do Templo, como faziam antes. Pela resposta de Jesus, eles descobrem que não há obrigação de pagar esse imposto: “Os filhos não precisam pagar”. Os filhos são os cristãos. Mas mesmo não havendo obrigação, a recomendação de Jesus é pagar para não provocar escândalo.

Mateus 17,27: A conclusão da conversa sobre o pagamento do imposto

Mais curiosa do que a conversa é a solução que Jesus dá à questão. Ele diz a Pedro: “Para não provocar escândalo, vá ao mar, e jogue o anzol. Na boca do primeiro peixe que você pegar, vai encontrar uma moeda de prata para pagar o imposto. Pegue-a, e pague por mim e por você". Milagre curioso! Tão curioso como aquele dos 2000 porcos que se precipitaram no mar (Mc 5,13). Qualquer que seja a interpretação deste fato miraculoso, esta maneira de solucionar o problema sugere que se trata de um assunto que não tem muita importância para Jesus.

 

4) Para um confronto pessoal

 1) O sofrimento e a cruz abateram e entristeceram os discípulos. Isto já aconteceu na sua vida?

2) Como você entende o episódio da moeda encontrada na boca do peixe?

 

5) Oração final

Nos céus, louvai o Senhor, louvai-o nas alturas do firmamento. Louvai-o, todos os seus anjos. Louvai-o, todos os seus exércitos. (Sl 148, 1-2)

5 dados curiosos sobre a vida de São Maximiliano Kolbe, mártir do século XX

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Publicado em 14 agosto 2023
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REDAÇÃO CENTRAL, 14 Ago. 20 / 06:00 am (ACI).

Neste dia 14 de agosto, é celebrado São Maximiliano Maria Kolbe, sacerdote membro da ordem dos frades menores conventuais, que morreu mártir nos campos de concentração nazistas, ao oferecer a sua vida em troca pela de um pai de família condenado à morte.

A seguir, alguns dados curiosos da vida deste santo do século XX.

 

1- A Virgem Maria apareceu a ele quando era criança

Ainda criança, realizou uma travessura que sua mãe reprovou. Tempos depois, a mãe viu que Kolbe tinha mudado de atitude e que, frequentemente, rezava chorando diante de um pequeno altar.

O menino lhe disse: “Quando a senhora me perguntou, mamãe, o que iria ser de mim, rezei muito a Nossa Senhora para Ela me dizer o que seria de mim. Em seguida, indo à igreja, rezei novamente. Então Ela me apareceu, tendo nas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha”.

“A branca significava que perseveraria na prática da pureza; a vermelha, que eu seria mártir. Respondi que as queria. Então a Virgem me olhou docemente e desapareceu”.

 

2- Foi condenado a morrer de fome em uma cela e sobreviveu

Durante a Segunda Guerra Mundial, foi preso e enviado aos campos de concentração. No tempo em que esteve ali, condenaram a morrer de fome em uma cela 10 prisioneiros que tentaram escapar.

São Maximiliano trocou sua vida pela do sargento polonês Franciszek Gajowniczek, que tinha explicado: “Meu Deus, eu tenho esposa e filhos”.

Nessa cela, o sacerdote seguiu incentivando seus companheiros na fé, com orações e cantos. Após duas semanas, somente São Maximiliano continuava vivo. Necessitando da cela para outros réus, os nazistas decidiram acabar com sua vida injetando-lhe ácido carbônico na veia.

 

3- Foi muito devoto à Imaculada Conceição

Maximiliano sempre foi muito devoto à Imaculada Conceição. Em 1917, fundou um movimento chamado “A Milícia da Imaculada”, o qual se consagrou à Virgem para lutar com todos os meios pela construção do Reino de Deus em todo o mundo.

Também iniciou a publicação de uma revista mensal chamada “Cavaleiros da Imaculada”, orientada a promover o conhecimento, o amor e o serviço à Virgem Maria.

 

4- Papa Francisco visitou seu túmulo

Durante sua visita ao campo de concentração nazista de Auschwitz, no marco de sua viagem apostólica à Polônia pela Jornada Mundial da Juventude Cracóvia 2016, o Papa Francisco conheceu a “cela da fome”, onde São Maximiliano foi preso até o dia de sua morte, em 14 de agosto de 1941.

No recinto escuro, em cujas paredes há uma placa de recordação e estão gravadas as vítimas com três velas ao centro, o Santo Padre se sentou e rezou sozinho e em silêncio por cerca de seis minutos.

 

5- Na Polônia existem os frades bombeiros de São Maximiliano

Em 1927, o santo fundou a “Cidade da Imaculada” no convento franciscano de Niepokalanów, há 40 quilômetros de Varsóvia.

Há mais de 80 anos, aquele lugar conta com um Corpo de Bombeiros Frades de São Maximiliano Maria Kolbe.

Em 1928, Kolbe reuniu e disse aos frades: “Recebemos isso das pessoas, não é nosso, por isso, temos que nos assegurarmos de que não se destrua”. Logo colocaram mãos à obra e organizaram uma guarda contra incêndios. Fonte: https://www.acidigital.com

O testemunho de Pe. Kolbe que transformou o evangelho em vida

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Publicado em 14 agosto 2023
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A Igreja recorda nesta segunda-feira, 14 de agosto, São Maximiliano Maria Kolbe, "um dos maiores testemunhos de liberdade, dentro do campo de concentração de Auschwitz", afirma Pe. Maicon André Malacarne em artigo. O "testemunho de liberdade, de dom, de entrega" do padre polonês "é o ressoar de quem assumiu radicalmente a Páscoa e o amor de Jesus Cristo e transformou o evangelho em vida".

 

Pe. Maicon André Malacarne*

O anúncio da paixão de Jesus Cristo é atravessado pela pergunta dos cobradores de impostos a Pedro: «o vosso mestre não paga o imposto do Templo?» (Mt 17,22-27). Trata-se da permanente tensão entre o ‘dom’ e a ‘obrigação’. De fato, Jesus viveu toda a vida como entrega, como ‘pagamento’, e a prova maior foi a cruz. A taxa do Templo era infinitamente menor do significado da Páscoa de Jesus, mas, para não escandalizar ninguém, Jesus disse a Pedro: «pega, então, a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti». A liberdade com que Jesus realizava cada gesto era firmada no compromisso de não gastar tantas forças com questões secundárias.

Uma das grandes conquistas da vida é a liberdade! Pessoas livres são muito fáceis para conversar, para conviver e são sempre generosas em acolher! Pessoas livres não se preocupam tanto com ‘o que os outros vão achar’, mas também descobrem que a liberdade é sempre um caminho de libertação, um ‘sapato’ para calçar todos os dias. A liberdade não é um ponto de chegada, sempre um ponto de partida na dinâmica de ‘livremente ser’.

Um dos maiores testemunhos de liberdade, dentro do campo de concentração de Auschwitz, foi de São Maximiliano Maria Kolbe, cuja memória a Igreja celebra hoje! O padre polonês foi preso em 1941 e partilhou o destino de sofrimento de muitos prisioneiros. O episódio mais conhecido da sua história data julho de 1941, quando um dos prisioneiros fugiu e, como castigo, a ‘lei do campo’ escolhia dez presos para morrer sem comer. Um dos escolhidos era Franciszek Gajowniczek, pai de família que, quando ouviu seu nome, começou chorar por causa dos filhos.

O Pe. Kolbe, então, se ofereceu para ir no lugar daquele pai. Por ser um padre, logo a guarda acolheu o pedido. Os dez presos sobreviveram 14 dias e, em 14 de agosto, para apressar a morte daqueles que os guardas encontravam sempre rezando, decidiram matá-los com uma injeção de fenol. Também partiu assim Maximiliano! O seu testemunho de liberdade, de dom, de entrega é o ressoar de quem assumiu radicalmente a Páscoa e o amor de Jesus Cristo e transformou o evangelho em vida.

* Diocese de Erexim/RS. Fonte: https://www.vaticannews.va

Corpo do padre encontrado morto depois de ficar desaparecido é sepultado

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Publicado em 14 agosto 2023
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População de Itaguara lotou o cemitério para se despedir do Padre Carvalho (foto: Divulgação Itapax)

 

Fiéis lotaram o velório do Padre Carvalho no Cemitério de Itaguara

 

Sepultado no início da tarde deste domingo (13/8), no Cemitério Jardim Parque Nossa Senhora das Dores, em Itaguara, o corpo do padre José de Souza Carvalho, de 61 anos, chamado carinhosamente de “Padre Carvalho”. Ele estava desaparecido desde o último dia 4 de agosto. O corpo foi encontrado, neste sábado (12/8), próximo à rodovia MG-431, em Itaúna, na região central do estado.

O velório foi realizado no mesmo local do sepultamento e reuniu praticamente toda a população de Itagura. Ele era muito querido e o que se viu foi muita choradeira por parte dos fiéis. Padre Carvalho comandou a Paróquia de Nossa Senhora das Dores, de Itaguara, por seis anos.

Segundo a Polícia Militar, o corpo foi encontrado à beira de um córrego às margens da estrada em trecho que liga Itatiaiuçu a Itaúna. O cadáver estava parcialmente nu e a perícia não conseguiu fazer a identificação, mas há a suspeita de que a morte pode ter ocorrido há mais de dois dias.

A identificação do corpo foi feita por familiares que foram ao Instituto Médico Legal (IML). Mesmo com o reconhecimento, devido ao estado de decomposição, foi solicitado um exame de DNA para a confirmação da identidade.

A Polícia Civil aguarda a conclusão do exame de corpo de delito para dar continuidade às investigações sobre o que levou o padre à morte. Fonte: https://www.em.com.br

 

 

Notícia das mídias... 

 

Padre desaparecido há uma semana é encontrado morto em Itaúna (MG)

Corpo de José de Souza Carvalho estava seminu, dentro de um córrego na MGC-431; Polícia Civil investiga causa da morte

 

Pollyana Sales, da Record TV Minas

O padre desaparecido há uma semana em Minas Gerais foi encontrado morto, neste sábado (12), a 76 km de Belo Horizonte. O corpo do homem estava seminu, dentro de um córrego próximo à MGC-431. A Polícia Civil investiga a causa da morte.

O pároco estava afastado das atividades há três anos. O motivo do afastamento não foi informado pela Diocese.

José de Souza Carvalho desapareceu no último dia 4 de agosto. O padre afastado morava com o pai em Itaguara, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a família, ele saiu de casa sem os documentos, deixando o idoso sozinho, o que não era comum.

A sobrinha de Carvalho relatou à polícia que o tio teria ido encontrar um homem chamado Danilo que, segundo a PM, já cometeu crimes e foi preso. Desde o dia do desaparecimento, policiais tentaram contato com Danilo, mas ele não foi localizado.

O carro de Carvalho foi visto pela última vez na Avenida Amazonas, no Centro de Belo Horizonte, na madrugada do dia 5 de agosto.

Em nota, Diocese de Itaguara lamentou o ocorrido e declarou que aguarda esclarecimentos das circunstâncias da morte por autoridades policiais. Já a Polícia Civil informou que uma equipe foi ao córrego para realizar os levantamentos necessários para a identificação. O corpo do homem estavam em estado avançado de decomposição e será sepultado neste domingo (13), em Itaguara. Fonte: https://noticias.r7.com

 

Notícia das mídias... 

Às margens de um rio em Minas é encontrado morto padre desaparecido

Detalhes do desaparecimento e da descoberta do corpo do Padre José de Souza Carvalho

 

Por Plox

Na última sexta-feira (11), uma descoberta chocante aconteceu em Itaúna, Região Central de Minas Gerais. O corpo de José de Souza Carvalho, um padre que estava desaparecido há uma semana, foi encontrado às margens de um rio. A identificação do corpo foi confirmada pelos familiares e pela Polícia Civil.

 José de Souza Carvalho, um respeitado membro da comunidade eclesiástica, estava desaparecido desde o dia 4 de agosto. Naquele dia, ele mencionou que sairia para dar uma volta de carro no final da tarde, e depois disso, não foi mais visto.

A Diocese de Oliveira, local onde o padre já atuou, foi uma das primeiras a comunicar a morte do religioso. Sua carreira também incluiu atuação em cidades como Itaguara, Santana do Jacaré e Ribeirão Vermelho. Segundo informações da Diocese, ele estava afastado da função desde dezembro de 2020 para cuidar do pai, que se encontrava em idade avançada.

 

Investigação em Curso:

A investigação sobre o caso ainda está em andamento e os detalhes permanecem escassos. A Polícia Civil declarou que o corpo foi encontrado em um estado avançado de decomposição, tornando a determinação das causas da morte um desafio no momento. "O corpo encontrado e identificado pelos familiares trata-se do padre José de Souza Carvalho, desaparecido desde o dia 06 deste mês", informou a Polícia Civil.

A comunidade religiosa e os residentes locais aguardam com angústia por respostas, enquanto as autoridades continuam suas investigações para elucidar as circunstâncias que cercam o trágico destino do Padre Carvalho.

O caso tocou corações em todo o estado e reforça a necessidade constante de vigilância e cuidado dentro e fora das comunidades eclesiásticas. As atualizações sobre a investigação são esperadas nas próximas semanas, enquanto as autoridades trabalham para esclarecer este mistério. Fonte: https://plox.com.br

19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

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Publicado em 12 agosto 2023
  • Homilia do 19º Domingo do Tempo Comum,
  • liturgia do 19º Domingo do Tempo Comum
  • Dom Carmo João Rhoden
  • Bispo Emérito de Taubaté
  • Não tenhais medo

 

Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP) 

Mensagem central do Evangelho – Jesus lhes disse: “não vos inquieteis, sou Eu mesmo. Não tenhais medo” (Mt 14, 22-33). 

Jesus veio para evangelizar, edificar o Reino de Deus: salvar-nos da condenação eterna. Devia, por isso, continuar a educação do povo medroso, fraco e desanimado, como aquele do Êxodo. Razão pela qual, Ele é tido como o verdadeiro Moisés, do qual o anterior foi apenas pálido representante. Por isso, formou Seu povo pela Palavra, pelo agir e orar. 

É preciso, portanto, conhecer bem Jesus Cristo: Sua obra, pessoa e missão. O relato, do Evangelho de hoje, não é mera crônica. É catequese, pela qual Mateus ensina que, mesmo havendo perseguições e dificuldades é preciso manter-se firme, pois Ele (Cristo) está sempre presente. Num mundo, como o de hoje, haverá forçosamente desânimos, defecções e abandonos da verdadeira vida cristã. Somos fracos. Mas acentuo: Cristo permanece eternamente conosco. Contudo, não podemos ser ingênuos, nem também, precisamos ver sempre fantasmas…. Onde existe o pecado, há também pecadores, assim como também, santos e até mártires. O discipulado cristão nunca foi fácil. Há, por isso, também hoje, Pedros se afogando, Thomés querendo ver os sinais do crucificado, como Judas traindo, mas, graças a Deus, há também, Joãos que dirão: “Cristo não falha, Ele está, sempre conosco, crede-O e crescereis, sempre, no amor e não vereis novos fantasmas. ”  

Jesus é fiel à missão, porque está em união com o Pai, A quem ouve, ama, e por isso, ora. Educa, assim, o povo a Ele confiado pelo exemplo. Pedro impelido, pelo temperamento e não pela fé, ia naufragando, mesmo sendo tido, como bom pescador…. Pede, então, socorro e é atendido. Mostra fraqueza, mas aprende com seus erros. Iluminado pelo Espírito Santo, torna-se fiel e o demonstra, por seu martírio de cruz, como o mestre. Cumpriu, o que prometera a Jesus, quando este lhe perguntou: “Tu me amas mais, do que estes? Apascenta, então, meu rebanho.” (Jo 21,15). Fez uma bela caminhada. Portanto, se o imitamos no erro, aprendamos com ele. Imitemo-lo, na busca da fidelidade, mesmo quando enfrentarmos tempestades. Fonte: https://www.cnbb.org.br

Sexta-feira, 11 de agosto-2023. 18ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 11 agosto 2023
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1) Oração

Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os vosso filhos que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mateus 16, 24-28)

Naquele tempo, 24Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. 25Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver sacrificado a sua vida por minha causa, recobrá-la-á. 26Que servirá a um homem ganhar o mundo inteiro, se vem a prejudicar a sua vida? Ou que dará um homem em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo suas obras. 28Em verdade vos declaro: muitos destes que aqui estão não verão a morte.

 

3) Reflexão   Mateus 16,24-28

Os cinco versículos do evangelho de hoje são a continuidade das palavras de Jesus a Pedro que meditamos ontem. Jesus não esconde nem abranda as exigências do discipulado. Não permitiu que Pedro tomasse a dianteira e o colocou no seu devido lugar: “Atrás de mim!” O evangelho de hoje explicita estas exigências para todos nós;

Mateus 16,24: Tome a sua cruz e siga-me

Jesus tira as conclusões que valem até hoje: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga”. Naquele tempo, a cruz era a pena de morte que o império romano impunha aos marginais e bandidos. Tomar a cruz e carregá-la atrás de Jesus era o mesmo que aceitar ser marginalizado pelo sistema injusto que legitimava a injustiça. A Cruz não é fatalismo, nem é exigência do Pai. A Cruz é a conseqüência do compromisso livremente assumido por Jesus de revelar a Boa Nova de que Deus é Pai e que, portanto, todos e todas devem ser aceitos e tratados como irmãos e irmãs. Por causa deste anúncio revolucionário, Jesus foi perseguido e não teve medo de dar a sua vida. Prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão (Jo 15,13). O testemunho de Paulo na carta aos Gálatas mostra o alcance concreto de tudo isto: “Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio do qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo”.  (Gal 6,14)  E ele termina aludindo às cicatrizes das torturas que sofreu: “De agora em diante ninguém mais me moleste, pois trago em meu corpo as marcas de Jesus” (Gal 6,17).

Mateus 16,25-26: Quem perde a vida por causa de mim vai encontrá-la

Estes dois versículos explicitam valores humanos universais que confirmam a experiência de muitos, cristãos e não cristãos. Salvar a vida, perder a vida, encontrar a vida. A experiência de muitos ensina o seguinte: Quem vive atrás de bens e de riqueza, nunca fica saciado. Quem se doa aos outros esquecendo-se a si mesmo, sente uma grande felicidade. É a experiência das mães que se doam, e de tanta gente que não pensa em si, mas nos outros. Muitos fazem e vivem assim quase por instinto, como algo que vem do fundo da alma. Outros fazem assim, porque tiveram uma experiência dolorosa de frustração que os levou a mudar de atitude. Jesus tem razão em dizer: Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la”. Importante é o motivo: “por causa de mim”, ou como diz em outro lugar: “por causa do Evangelho” (Mc 8,35). E ele termina: “Com efeito, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que um homem pode dar em troca da sua vida?” Esta última frase evoca o salmo onde se diz que ninguém é capaz de pagar o preço do resgate da vida: “O homem não pode comprar seu próprio resgate, nem pagar a Deus o preço de si mesmo. É tão caro o resgate da vida, que nunca bastará para ele viver perpetuamente, sem nunca ver a cova”.  (Sl 49,8-10).  

Mateus 16,27-28: O Filho do Homem retribuirá a cada uma conforme a sua conduta

Estes dois versículos se referem à esperança do povo com relação à vinda do Filho do Homem no fim dos tempos como juiz da humanidade, como é apresentado na visão do profeta Daniel (Dn 7,13-14). O primeiro versículo diz: “O Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a própria conduta” (Mt 16,27). Nesta frase se fala da justiça do Juiz. Cada um vai receber conforme a sua própria conduta. O segundo versículos diz: “Alguns daqueles que estão aqui, não morrerão sem terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino”. (Mt 16,28). Esta frase é um aviso para ajudar a perceber a vinda de Jesus como Juiz nos fatos da vida. Alguns achavam que Jesus viria logo (1Ts 4,15-18). Jesus, de fato, veio e já estava presente nas pessoas, sobretudo nos pobres. Mas eles não o percebiam. Jesus mesmo tinha dito: “Aquela vez que você ajudou o pobre, o doente, o sem casa, o preso, o peregrino, era eu!” (Mt 25,34-45)

 

4) Para um confronto pessoal

  1. Quem perde a vida vai ganha-la. Qual a experiência que tenho neste ponto?
  2. As palavras de Paulo: “Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio do qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo”. Tenho coragem de repeti-las na minha vida?

5) Oração final

Celebrai comigo o Senhor, exaltemos juntos o seu nome. Busquei o Senhor e ele respondeu-me e de todo temor me livrou. (Sl 33), 4-5

Quinta-feira, 10- São Lourenço: O maior tesouro da Igreja são os pobres

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Publicado em 10 agosto 2023
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  • história de São Lourenço

SÃO LOURENÇO 

 

Dom Eurico dos Santos Veloso

Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG) 

 

Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo, neste dia 10 de agosto nos reunimos para celebrar a vida e o testemunho do inspirador São Lourenço, um diácono e mártir da Igreja, cuja história ecoa através dos séculos. 

São Lourenço nasceu em Huesca, na Espanha, durante o século III, em tempos turbulentos de perseguição aos cristãos. Desde jovem, demonstrou uma profunda fé e um desejo ardente de servir a Deus. Assim, ele se mudou para Roma, onde foi ordenado diácono e ingressou no serviço da Igreja. 

Seu carisma e dedicação logo o destacaram aos olhos do Papa Sisto II, que o nomeou o primeiro diácono de Roma, confiando-lhe a importante responsabilidade de cuidar das finanças e administrar os bens da Igreja. Entretanto, a história de São Lourenço ficou ainda mais marcada por seu coração compassivo e generoso para com os mais necessitados. 

Em uma época de perseguição, o imperador Valeriano ordenou que todos os líderes cristãos fossem presos e suas propriedades confiscadas. Ao ser confrontado pelas autoridades romanas e exigirem que entregasse os tesouros da Igreja, São Lourenço fez uma ousada resposta: ele reuniu os pobres, os doentes e os necessitados e apresentou-os como o verdadeiro tesouro da Igreja. Ele declarou que a verdadeira riqueza da Igreja era o amor, a caridade e a devoção a Deus. 

Essa atitude desafiadora e corajosa custou-lhe a vida. São Lourenço foi condenado à morte pelo imperador e enfrentou seu martírio com uma fé inabalável. Conta-se que, enquanto estava sendo queimado na grelha, ele permaneceu calmo e até mesmo brincou com o carrasco, dizendo: “Vire-me, estou bem assado deste lado”. Sua atitude destemida e alegre na face da morte inspirou muitos a se converterem ao cristianismo. 

A vida de São Lourenço é uma lição para todos nós. Ele nos ensina que a verdadeira grandeza está em servir a Deus e ao próximo, especialmente aos mais vulneráveis. Sua caridade e dedicação aos necessitados nos mostram que a fé deve ser vivida em ação, em amor concreto e solidariedade. 

Quando revisitamos a história, somos convidados a refletir sobre como podemos seguir o exemplo de São Lourenço em nossas vidas diárias. Que possamos ser pessoas generosas, dispostas a compartilhar nossos dons com os outros, e a enxergar o verdadeiro tesouro naqueles que precisam de nosso cuidado e apoio. 

Que a memória de São Lourenço nos inspire a sermos autênticos cristãos, dispostos a enfrentar desafios com coragem e alegria, a viver nossa fé com generosidade e a buscar sempre o bem do próximo. 

Que a intercessão de São Lourenço nos ajude a trilhar o caminho da santidade e do amor, para que, como ele, possamos testemunhar a mensagem do Evangelho em nossas vidas e fazer a diferença no mundo através do serviço ao próximo. 

Que Deus nos abençoe e nos conceda a graça de seguir os passos de São Lourenço, com humildade e alegria no coração. 

Saudações em Cristo! Fonte: www.cnbb.org.br

Dom Jaime Spengler: evasão de fiéis católicos preocupa a CNBB

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Publicado em 10 agosto 2023
  • dom Jaime Spengler,
  • presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre,
  • diminuição no número de católicos

 

Possibilidade de o Brasil perder o título de país mais católico do mundo e o número de fiéis ser inferior a 50%, leva a um convite de dom Jaime: “ser sal da terra e luz do mundo”.

 

Filipe Brogliatto – Porto Alegre

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enfrenta um cenário desafiador para combater a evasão de fiéis e a migração de católicos para outras religiões cristãs. Ao mesmo tempo, busca promover o diálogo e propor uma mensagem que seja relevante para diferentes faixas etárias, especialmente em um contexto de desigualdades sociais no país. A metáfora de "ser sal da terra" e "luz do mundo", baseada no Evangelho de Mateus, capítulo 5, versículos 13-14, emerge como uma proposta para enfrentar esses desafios.

De acordo com o presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, a diminuição no número de católicos é uma questão que preocupa a Igreja. Em uma entrevista ao Vatican News, ele alerta sobre a possibilidade de o país perder o título de "mais católico do mundo" com a divulgação dos dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Existe ainda apreensão de que o percentual de católicos possa se tornar inferior a 50%.

"Nós precisamos levar esses números em conta", afirma Dom Jaime. "Há quem diga que, ao serem publicados os resultados do Censo, provavelmente seremos [nós católicos] menos de 50% da população. É um dado que preocupa sim", completa o presidente da CNBB.

Diante desse contexto desafiador, Dom Jaime convoca os fiéis leigos, sacerdotes e religiosos e religiosas para uma reflexão sobre como ser "sal da terra", "luz do mundo" e "fermento na massa", conforme descrito no Evangelho de Mateus. A proposta, completa o arcebispo, “é encontrar uma linguagem que seja capaz de propor a mensagem ao adolescente, ao jovem, ao adulto de hoje num contexto social marcado por desigualdades imensas, mas também por avanços tecnológicos extraordinários”. Fonte: https://www.vaticannews.va

Terça-feira, 8 de agosto-2023. 18ª SEMANA DO TEMPO COMUM-A. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 08 agosto 2023
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1) Oração

Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os vosso filhos que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mateus 14, 22-36)

22Logo depois, Jesus obrigou seus discípulos a entrar na barca e a passar antes dele para a outra margem, enquanto ele despedia a multidão.23Feito isso, subiu à montanha para orar na solidão. E, chegando a noite,estava lá sozinho.24Entretanto, já a boa distância da margem, a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.25Pela quarta vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar.26Quando os discípulos o perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: É um fantasma! disseram eles, soltando gritos de terror.27Mas Jesus logo lhes disse: Tranqüilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo!28Pedro tomou a palavra e falou: Senhor, se és tu, manda-me ir sobre as águas até junto de ti!29Ele disse-lhe: Vem! Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus.30Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me!31No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: Homem de pouca fé, por que duvidaste?32Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou.33Então aqueles que estavam na barca prostraram-se diante dele e disseram: Tu és verdadeiramente o Filho de Deus.34E, tendo atravessado, chegaram a Genesaré.35As pessoas do lugar o reconheceram e mandaram anunciar por todos os arredores. Apresentaram-lhe, então, todos os doentes,36rogando-lhe que ao menos deixasse tocar na orla de sua veste. E, todos aqueles que nele tocaram, foram curados.

 

3) Reflexão   Mateus 14,22-36

O Evangelho de hoje descreve a difícil e cansativa travessia do mar da Galiléia num barco frágil, balançado pelo vento contrário. Entre o Sermão das Parábolas (Mt 13) e o da Comunidade (Mt 18), está, novamente, a parte narrativa (Mt 14 até 17). O Sermão das Parábolas chamava nossa atenção para a presença do Reino. Agora, a parte narrativa mostra como esta presença acontece provocando reações a favor e contra Jesus. Em Nazaré ele não foi aceito (Mt 13,53-58) e o rei Herodes pensava que Jesus fosse uma espécie de reencarnarão de João Batista, por ele assassinado (Mt 14,1-12). O povo pobre, porém, reconhecia em Jesus o enviado de Deus e o seguia no deserto, onde aconteceu a multiplicação dos pães (Mt 14,13-21). Depois da multiplicação dos pães, Jesus despede a multidão e manda os discípulos fazer a travessia, descrita no evangelho de hoje (Mt 14,22-36). 

Mateus 14,22-24: Iniciar a travessia a pedido de Jesus.

Jesus forçou os discípulos a entrar no barco e ir para o outro lado do mar, onde ficava a terra dos pagãos. Ele mesmo sobe a montanha para rezar. O barco simboliza a comunidade. Ela tem a missão de dirigir-se aos pagãos e de anunciar também entre eles a Boa Nova do Reino que gera um novo jeito de conviver em comunidade. Mas a travessia é cansativa e demorada. A barca é agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. Apesar de terem remado a noite toda, falta muito para chegar à terra. Faltava muito para as comunidades fazerem a travessia para os pagãos. Jesus não foi com os discípulos. Eles devem aprender a enfrentar juntos as dificuldades, unidos e fortalecidos pela fé em Jesus que os enviou. O contraste é grande: Jesus em paz junto de Deus rezando no alto da montanha, e os discípulos meio perdidos lá em baixo, no mar revolto.

A travessia para o outro lado do lago simboliza também a difícil travessia das comunidades do fim do primeiro século. Elas deviam sair do mundo fechado da antiga observância da lei para o novo jeito de observar a Lei do amor, ensinado por Jesus; sair da consciência de pertencer ao povo eleito, privilegiado por Deus entre todos os povos, para a certeza de que em Cristo todos os povos estavam sendo fundidos num único Povo diante de Deus; sair do isolamento da intolerância para o mundo aberto do acolhimento e da gratuidade. Também nós hoje estamos numa travessia difícil para um novo tempo e uma nova maneira de ser igreja. Travessia difícil, mas necessária. Há momentos na vida em que o medo nos assalta. Boa vontade não falta, mas não basta. Somos como um barco que enfrenta o vento contrário.

Mateus 14,25-27: Jesus se aproxima e eles não o reconhecem.

Na quarta vigília, isto é, entre as horas três e seis da madrugada, Jesus foi ao encontro dos discípulos. Andando sobre as águas, chegou perto deles, mas eles não o reconheceram. Gritavam de medo, pensando que fosse um fantasma. Jesus os acalma dizendo: “Coragem! Sou eu! Não tenham medo!” A expressão "Sou Eu!" é a mesma com que Deus tentou superar o medo de Moisés quando o enviou para libertar o povo do Egito (Ex 3,14). Para as comunidades, tanto as de ontem como as de hoje, era e é muito importante ouvir sempre de novo: "Coragem! Sou eu! Não tenham medo!"

Mateus 14,28-31: Entusiasmo e fraqueza de Pedro .

Sabendo que é Jesus, Pedro pede para poder andar sobre as águas. Quer experimentar o poder que domina a fúria do mar. Um poder que, na Bíblia, é exclusivo de Deus (Gn 1,6; Sl 104,6-9). Jesus permite que ele participe desse poder. Mas Pedro tem medo. Pensa que vai afundar e grita: "Senhor! Salva-me!" Jesus o segura e repreende: "Homem fraco na fé! Por que duvidou?" Pedro tem mais força do que ele imagina, mas tem medo diante das ondas contrárias e não acredita no poder de Deus que existe nele. As comunidades não acreditam na força do Espírito que existe dentro delas e que atua através da fé. É a força da ressurreição (Ef 1,19-20).

Mateus 14,32-33: Jesus é o Filho de Deus

Diante da onda que avança sobre ele, Pedro afunda no mar por falta de fé. Depois que foi salvo, ele e Jesus, os dois, entram na barca e a ventania para. Os outros discípulos, que estavam na barca, ficam maravilhados e se ajoelham diante de Jesus, reconhecendo nele o Filho de Deus: "De fato, tu és o Filho de Deus". Mais tarde, Pedro também vai professar a mesma fé em Jesus: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Assim, Mateus sugere que não é só Pedro que sustenta a fé dos discípulos, mas também é a fé dos discípulos, que sustenta a fé de Pedro.

Mateus 14,34-36: Levaram a Jesus todos os doentes

O episódio da travessia termina com este final bonito: “Acabando de atravessar, desembarcaram em Genesaré. Os homens desse lugar, reconhecendo-os, espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a Jesus todos os doentes, e pediram que pudessem ao menos tocar a barra da roupa dele. E todos os que tocaram, ficaram curados”.

 

4) Para um confronto pessoal

  1. Um vento contrário assim já aconteceu na sua vida? Como fez para vencer? Já aconteceu alguma vez na comunidade? Como superaram?
  2. Qual a travessia que hoje as comunidades estão fazendo? De onde para onde? Como tudo isto nos ajuda a reconhecer hoje a presença de Jesus nas ondas contrárias da vida?

 

5) Oração final

Afastai-me do caminho da mentira, e fazei-me fiel à vossa lei. Não me tireis jamais da boca a palavra da verdade, porque tenho confiança em vossos decretos. (Sl 118, 29.43)

Papa encerra jornada em Portugal com 1,5 milhão de fiéis e anuncia Seul como próxima sede.

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Publicado em 07 agosto 2023
  • Jornada Mundial da Juventude em Portugal
  • Jornada Mundial da Juventude em Lisboa,
  • JMJ
  • Coreia do Sul,

Diante de multidão católica em Lisboa, Francisco exorta jovens a terem coragem e volta a pedir fim da Guerra da Ucrânia

 

LISBOA

Último grande evento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, a missa celebrada pelo papa Francisco reuniu 1,5 milhão de pessoas na manhã deste domingo (6), de acordo com a Santa Sé.

Boa parte do público já havia participado da vigília na noite anterior, também comandada pelo pontífice, e pernoitou no local: um parque à beira do rio Tejo, com área equivalente à de 100 campos de futebol.

A celebração de despedida teve ainda o anúncio da próxima cidade a sediar a JMJ. Seul, na Coreia do Sul, receberá o evento, considerado o maior encontro internacional da Igreja Católica, em 2027.

"Desde a fronteira ocidental da Europa, [a JMJ] vai deslocar-se para o extremo Oriente, em 2027, bonito sinal da universalidade da Igreja", disse Francisco.

Segundo especialistas, a escolha da capital coreana mostra um desejo do Vaticano de se expandir de maneira mais consistente na Ásia. Será a segunda vez que o continente recebe a JMJ, que em 1995 foi realizada em Manila, nas Filipinas.

A missa final em Lisboa foi celebrada pelo papa Francisco em português, mas o discurso da homilia foi feito em espanhol. Em sua fala, o pontífice defendeu a necessidade de amar o próximo.

"Amar o próximo como é, não apenas quando está em sintonia conosco, mas também quando nos é antipático e apresenta aspectos de que não gostamos", afirmou.

Francisco também pediu várias vezes que os jovens tenham coragem diante dos desafios da vida. "A vós, jovens, que cultivais sonhos grandes mas frequentemente ofuscados pelo medo de não os ver realizados; a vós, jovens, que às vezes pensais que não ides conseguir; a vós, jovens, tentados neste tempo a desanimar, a julgar-vos inadequados ou a esconder a vossa dor disfarçando-a com um sorriso (…) Jesus diz: ‘Não tenhais medo’", afirmou.

Antes de terminar a celebração, o pontífice, que em seu primeiro dia em Portugal já havia criticado a falta de esforços da Europa para encerrar a Guerra da Ucrânia, repetiu o apelo pela paz.

"Amigos, permiti a mim, idoso, partilhar convosco, jovens, um sonho que trago cá dentro. O sonho da paz, o sonho de jovens que rezam pela paz, vivem em paz e constroem um futuro de paz." O argentino manifestou "dor e tristeza pela querida Ucrânia, que continua a sofrer".

Com dificuldades para caminhar, o papa de 86 anos usou uma cadeira de rodas nos momentos em que precisou se locomover pelo palco.

Além dos peregrinos vindos de todo o mundo –esta edição da JMJ bateu o recorde de nacionalidades, com representantes de todos os países, com exceção das Maldivas–, a missa contou ainda com um grande contingente de membros do clero: cerca de 10 mil sacerdotes, 700 bispos e 30 cardeais.

Em uma espécie de setor VIP da missa, diversos políticos de Portugal –onde 80,2% da população se declarou católica no último censo, em 2021– assistiram à celebração.

Entre os presentes estava o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, que acompanhou praticamente toda a agenda do papa no país. Católico praticante, o chefe de Estado recebeu um agradecimento de Francisco durante os momentos finais da missa.

O ato litúrgico aconteceu em um dos focos de maior polêmica da Jornada Mundial da Juventude: um altar-palco construído com recursos públicos. Em fevereiro, após a divulgação dos custos, o orçamento para a plataforma acabou reduzido de € 4,2 milhões (R$ 22,5 milhões) para € 2,9 milhões (R$ 15,5 milhões), pagos pela Câmara Municipal de Lisboa (equivalente à Prefeitura).

Há dez dias, o artista plástico português Bordalo II realizou um protesto no local, instalando uma espécie de "tapete de dinheiro", formado por reproduções de notas de € 500. Batizada de "Walk of Shame" (caminhada da vergonha, em tradução literal), a obra criticava o dinheiro público no encontro católico.

O gasto público total na JMJ ainda não foi contabilizado. O governo federal previu um investimento de € 36 milhões (R$ 187,9 milhões), enquanto a Câmara de Lisboa afirmou que gastaria no máximo outros € 35 milhões (R$ 182,7 milhões).

Quando Francisco foi ao Brasil em 2013, também para uma edição da JMJ, logo após ter sido eleito pontífice, o custo total estimado pelos organizadores à época foi entre R$ 320 milhões e R$ 350 milhões, com ao menos R$ 109 milhões em recursos públicos.

A principal justificativa para o investimento do Estado é o legado das estruturas para a cidade, além da movimentação econômica proporcionada pela enxurrada de peregrinos.

Esta edição da jornada foi também bastante marcada pela questão dos abusos sexuais. Em fevereiro, uma comissão independente que investigou os casos publicou um relatório revelando que pelo menos 4.815 menores foram vítimas de membros da Igreja Católica em Portugal desde 1950. Mais de 70% dos abusadores eram padres.

Na última terça-feira (2), Francisco se reuniu de forma reservada com 13 vítimas de abusos praticados por integrantes da igreja no país. O grupo foi acompanhado por representantes de órgãos da igreja responsáveis pela proteção dos menores.

Antes de regressar ao Vaticano no fim da tarde deste domingo, Francisco terá um encontro com os voluntários da JMJ. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Pesquisa diz que metade dos brasileiros é católico, mas é o evangélico que mais vai à igreja

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Publicado em 05 agosto 2023
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  • igrejas

A conta é de Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva

Pesquisa diz que metade dos brasileiros é católico, mas é o evangélico que mais vai à igreja — Foto: Guito Moreto/ foto de arquivo

 

Por Ancelmo Gois

Pesquisa diz que metade dos brasileiros é católico, mas é o evangélico que mais vai à igreja — Foto: Guito Moreto/ foto de arquivo

Metade da população brasileira se declara católica. Mas são apenas 34% dos que frequentam templos no país. Já os evangélicos são 31% da população, mas 59% dos que vão às igrejas. A conta é de Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva. Fonte: https://oglobo.globo.com

A violência virou algo corriqueiro?

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Publicado em 04 agosto 2023
  • Superação da violência,
  • A violência
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Preocupa-me a violência desencadeada no cotidiano e que nos ameaça ao se multiplicar a cada dia

 

Flávio Tavares

Jornalista, escritor (Prêmio Jabuti 2000 e 2005; Prêmio APCA 2004) e professor aposentado da

A violência apoderou-se do nosso dia a dia. Já evitamos sair de casa e caminhar pelas calçadas. Passamos a sair em automóvel, mas até isso se transformou em perigo, já que podem roubar o carro a mão armada.

Chegamos até ao disparate de, no íntimo, agradecer ao ladrão por não disparar e, assim, deixar-nos com vida.

A violência em si tem origens remotas. Inicia-se na Bíblia, ao contar que Caim matou o irmão, Abel. Ao longo dos séculos, a violência se multiplicou nas guerras. Hoje, a invasão da Ucrânia pela Rússia é uma extensão, no século 21, do horror das duas guerras mundiais do século passado.

Preocupa-me, porém, a violência desencadeada no cotidiano e que nos ameaça ao se multiplicar a cada dia. Dias atrás, este jornal descreveu o aberrante quadro da violência no Brasil. Começava em São Paulo, percorria o País e concluía na Bahia, onde a pequena cidade de Jequié tem a maior taxa de violência do Brasil.

Em São Paulo, pode-se dizer que a polícia mata a esmo. No primeiro semestre de 2023 houve 221 mortos. A maioria dos policiais militares tem câmera nos uniformes, mas a violência continua.

Não há pena de morte no Brasil. Nenhum juiz pode condenar à morte sequer o maior facínora com provas materiais da ferocidade dos assassinatos. A polícia, porém, segue matando, como se fosse um direito assegurado em lei ou ditado pela Constituição e cumprido com rigor. Em São Paulo, o comando da Polícia Militar chegou a sugerir que a tropa “não hesite” em defender-se, algo que libera todas as formas de disparar.

Após isso, como se o horror, a ferocidade e a sanha se unissem, houve a chacina de Guarujá, onde a Rota matou 14 pessoas em represália à morte de um soldado. Mais estranho ainda foi a declaração do governador paulista ao justificar a matança.

As chamadas “balas perdidas” (quase sempre originadas na polícia) completam o quadro do terror vindo de todos os lados, especialmente no Rio de Janeiro. Não descreverei, aqui, o quadro das matanças nas favelas cariocas, pois basta lembrá-las para situar o horror.

Os estupros se multiplicam a cada dia e chegaram, em 2022, a oito por hora no País, cerca de 75 mil casos, cifra que atormenta por si só. A maioria das vítimas é de meninas com menos de 14 anos, ainda na infância, muitas delas transformadas em mães precoces. Dir-se-á que tudo se deve ao machismo ainda imperante, o que é só uma forma de simplificar o problema.

Lembro-me de quando, anos atrás, o ex-prefeito e ex-governador de São Paulo Paulo Maluf, ao referir-se ao aumento dos crimes passionais seguidos de morte, fez um apelo aos criminosos: “Estupra, mas não mata”.

Tudo parece inverossímil, mesmo sendo realidade, e me pergunto até que ponto os videogames (que dizemos assim, em inglês, numa violência contra nosso idioma) influenciam esta matança generalizada dos tempos atuais. Até que ponto o mata-mata dos vídeo-jogos acostuma, desde tenra idade, a interpretar o matar como normalidade? Ou naquele brinquedo o vencedor não é o que mata mais?

O narcotráfico surge como perigo maior. Pelo alto preço, a cocaína continua restrita às classes altas. O crack surgiu nos últimos 30 anos, como droga perversa. A mostra paulistana é a cracolândia, uma espécie de território livre em que convivem a miséria, o marginalismo e o crime, cada qual mantendo e multiplicando o outro.

A violência da fraude tornou-se habitual até no comércio, crescendo assustadoramente com os golpes virtuais. A telefonia celular é a grande marca da modernidade, mas hoje é usada também como instrumento do crime. Agora nos chamam de um suposto banco para nos oferecer um empréstimo inexistente. Os cartões que facilitaram as transações bancárias são clonados para servir às mais diversas fraudes.

A maioria dos golpes se origina de celulares roubados quase sempre na rua, como o roubo da bolsa das mulheres. O estelionato torna a violência uma forma sofisticada (e mais criminosa) de roubar. Ali, a violência inteligente se serve da boa-fé da vítima.

As redes sociais propagam a mentira com invencionices absurdas, corrompendo os jovens desde quando alfabetizados.

Não comento sequer a corrupção no setor público, que a Operação Lava Jato escancarou ao mostrar o conluio milionário entre políticos e empresários. Tudo se fez público, mas já nos esquecemos. A corrupção fez a Petrobras, maior empresa da América Latina, ter prejuízos bilionários, mas também nos esquecemos.

Os homicídios diminuíram nos últimos anos, segundo as estatísticas. Mas ainda seguem altos: 130 por dia no Brasil.

A violência das violências, porém, continua a ser nosso descaso com o meio ambiente e a crise climática. Mas seguimos insensíveis poluindo a vida com combustíveis fósseis e carros a gasolina ou diesel, sem maiores iniciativas de veículos elétricos.

Em suma, concluo que a violência tende a tornar-se algo corriqueiro.

*JORNALISTA E ESCRITOR, PRÊMIO JABUTI DE LITERATURA 2000 E 2005, PRÊMIO APCA 2004, É PROFESSOR APOSENTADO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Fonte: https://www.estadao.com.br 

Padre Lício: O suicídio de padres no Brasil

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Publicado em 04 agosto 2023
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O suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial. No caso dos padres, vários estudos apontam que os principais fatores de risco são o estresse, a solidão e a cobrança excessiva.

 

Padre Lício de Araújo Vale – Diocese de São Miguel Paulista 

Mesmo a fé sendo uma aliada essencial para dar sentido à vida, e os padres, importantes alicerces para a vivência da fé, algo tem acontecido que extrapola a força da crença e da vocação. Tenho feito o registro do suicídio notificado de padres no Brasil. A minha pesquisa começa com a morte do Pe. Bonifácio Buzzi, aos 57 anos, em Três Corações-MG, em 07 de agosto de 2016 e termina com a morte do Pe. Mário Castro, aos 55 anos, na Diocese de Roraima, em 19/06/2023. De agosto de 2016 a junho de 2023, 40 padres se mataram no Brasil.

O suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial. No caso dos padres, vários estudos apontam que os principais fatores de risco são o estresse, a solidão e a cobrança excessiva. O Papa Francisco acrescenta a questão do clericalismo: “O clericalismo é uma peste na Igreja", afirmou ele em entrevista no voo de volta de Fátima, em 14/05/2017.

Nos dias de hoje, tanto a Igreja quanto os próprios sacerdotes enfrentam o desafio de atuar numa sociedade cada vez mais individualista, secularizada e espetacularizada, que apresenta grandes exigências causadas pelas mudanças sociais e pela pluralidade de valores. A evolução experimentada pela sociedade pós-moderna deixou sua marca na vida da Igreja, provocando uma mudança na imagem que as pessoas têm dela e, por conseguinte, de seus sacerdotes.

Diversas contingências incidem na realidade do sacerdote hoje. Neste artigo, convido vocês para de refletirem apenas sobre uma delas: o dilema entre a imagem teológica e a sociológica do presbítero.

Em muitos casos, a imagem teológica do sacerdote se contrapõe à imagem sociológica que lhe é atribuída na sociedade dita pós-moderna. A imagem teológica é aquela que o sacerdote projeta quando celebra os sacramentos, os sacramentais e quando se relaciona com seus colaboradores mais próximos. Por outro lado, a imagem sociológica é aquela que o presbítero recebe da sociedade, muitas vezes diferente daquela que ele tem de si próprio, o que pode causar estresse, solidão e abatimento. A contradição entre essas duas imagens pode levar o sacerdote a subvalorizar a imagem teológica, ou então enclausurar-se nela. Dessa forma, pode mover-se numa ambivalência que lhe facilite passar de uma imagem a outra. Mais ainda, a supervalorização da imagem teológica pode levá-lo a subestimar a imagem sociológica e cultivar o desejo de ocupar um posto na sociedade, ao passo que a infravalorização dessa imagem teológica pode levar a questioná-la e vê-la como um produto de uma teologia exagerada.

Portanto, o desafio dos sacerdotes neste aspecto resume-se a não fugir da realidade, refugiando-se na imagem teológica do presbítero, mas tampouco ignorar a imagem sociológica que se tem deles na sociedade atual. Mais ainda, devem viver coerentemente a dimensão teológica do sacerdócio, tão questionada a partir da realidade social em todos os seus aspectos. É o caso de um sacerdote recém-ordenado que fica deslumbrado com sua imagem teológica, motivo pelo qual nela se refugia e se identifica somente como sacerdote, porém começa a se distanciar de sua humanidade, de seu "ser pessoa" com qualidades e defeitos. Gostaria de lembrar aqui que no caso da vocação sacerdotal o Senhor chama "pessoas". Para "ser padre", é preciso "ser" primeiro.

Assim, evadir-se de sua verdadeira realidade pode resultar em uma personalidade fragmentada, inclusive com o aparecimento de transtornos psíquicos. O século XXI vem se caracterizando pela marcação de um ritmo diferente, no qual reinam o individualismo, a urbanização, a inteligência artificial, o metaverso, ou seja, uma outra realidade. Ser sacerdote no século XXI implica uma descoberta nova para a Igreja, porque os paradigmas anteriores e a experiência dos sacerdotes predecessores não respondem a todas as interrogações que os ministros ordenados atualmente enfrentam. Adaptar-se ao tempo presente mediante serviço fiel e efetivo ao chamado do Evangelho requer olhos e ouvidos atentos aos sinais dos tempos, habilidade para atender aos corações sedentos nesta mudança de época e cuidar de si.

Por fim, é relevante reconhecer a importância e urgência de uma melhor formação inicial nos seminários e noviciados (trabalhando mais efetivamente a dimensão humano-afetiva), a criação de estratégias pastorais mais apropriadas não só para a formação permanente, mas também para o cuidado dos próprios sacerdotes, como também enfrentar o medo e o preconceito em relação à saúde mental dos presbíteros. Fonte: https://www.vaticannews.va

Sexta-feira, 4 de agosto-2023. 17ª SEMANA DO TEMPO COMUM-C. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 04 agosto 2023
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1) Oração

Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo: redobrai de amor para convosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mateus 13,54-58)

54Foi para a sua cidade e ensinava na sinagoga, de modo que todos diziam admirados: Donde lhe vem esta sabedoria e esta força miraculosa? 55Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso? 57E não sabiam o que dizer dele. Disse-lhes, porém, Jesus: É só em sua pátria e em sua família que um profeta é menosprezado. 58E, por causa da falta de confiança deles, operou ali poucos milagres.

 

3) Reflexão

O evangelho de hoje conta como foi a visita de Jesus à Nazaré, sua comunidade de origem. A passagem por Nazaré foi dolorosa para Jesus. O que antes era a sua comunidade, agora já não é mais. Alguma coisa mudou. Onde não há fé, Jesus não pode fazer milagre.

Mateus 13, 53-57ª:  Reação do povo de Nazaré frente a Jesus.

É sempre bom voltar para a terra da gente. Após longa ausência, Jesus também voltou e, como de costume, no dia de sábado, foi para a reunião da comunidade. Jesus não era coordenador, mesmo assim ele tomou a palavra. Sinal de que as pessoas podiam participar e expressar sua opinião. O povo ficou admirado, não entendeu a atitude de Jesus: "De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres?” Jesus, filho do lugar, que eles conheciam desde criança, como é que ele agora ficou tão diferente? O povo de Nazaré ficou escandalizado e não o aceitou: “Não é ele o filho do carpinteiro?” O povo não aceitou o mistério de Deus presente num homem comum como eles conheciam Jesus. Para poder falar de Deus ele teria de ser diferente. Como se vê, nem tudo foi bem sucedido. As pessoas que deveriam ser as primeiras a aceitar a Boa Nova, estas eram as que se recusavam a aceitá-la. O conflito não é só com os de fora de casa, mas também com os parentes e com o povo de Nazaré. Eles recusam, porque não conseguem entender o mistério que envolve a pessoa de Jesus: “Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs, não moram aqui conosco? Então, de onde vem tudo isso?"  Não deram conta de crer.

Mateus 13, 57b-58: Reação de Jesus diante da atitude do povo de Nazaré.

Jesus sabe muito bem que “santo de casa não faz milagre”. Ele diz: "Um profeta só não é honrado em sua própria pátria e em sua família". De fato, onde não existe aceitação nem fé, a gente não pode fazer nada. O preconceito o impede. Jesus, mesmo querendo, não pôde fazer nada. Ele ficou admirado da falta de fé deles.

Os irmãos e as irmãs de Jesus.

A expressão “irmãos de Jesus” é causa de muita polêmica entre católicos e protestantes. Baseando-se neste e em outros textos, os protestantes dizem que Jesus teve mais irmãos e irmãs e que Maria teve mais filhos! Os católicos dizem que Maria não teve outros filhos. O que pensar disso?  Em primeiro lugar, as duas posições, tanto dos católicos como dos protestantes, ambas têm argumentos tirados da Bíblia e da Tradição das suas respectivas Igrejas. Por isso, não convém brigar nem discutir esta questão com argumentos só de cabeça. Pois trata-se de convicções profundas, que têm a ver com a fé e com o sentimento de ambos. Argumento só de cabeça não consegue desfazer uma convicção do coração! Apenas irrita e afasta! Mesmo quando não concordo com a opinião do outro, devo sempre respeitá-la. Em segundo lugar, em vez de brigar em torno de textos, nós todos, católicos e protestantes, deveríamos unir-nos bem mais para lutar em defesa da vida, criada por Deus, vida tão desfigurada pela pobreza, pela injustiça, pela falta de fé. Deveríamos lembrar algumas outras frases de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”(Jo 10,10). “Que todos sejam um, para que o mundo creia que Tu, Pai, me enviaste”(Jo 17,21). “Não o impeçam! Quem não é contra nós é a favor”(Mc 10,39.40).

 

4)  Para um confronto pessoal

  1. Em Jesus algo mudou no seu relacionamento com a Comunidade de Nazaré. Desde que você começou a participar na comunidade, alguma coisa mudou no seu relacionamento com a família? Por que?
  2. A participação na comunidade tem ajudado você a acolher e a confiar mais nas pessoas, sobretudo nos mais simples e pobres?

 

5) Oração final

Eu, porém, miserável e sofredor, seja protegido, ó Deus, pelo vosso auxílio. Cantarei um cântico de louvor ao nome do Senhor, e o glorificarei com um hino de gratidão. (Sl 68, 30-31)

Cardeal Tolentino a influenciadores: anunciem Cristo aos "próximos digitais"

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Publicado em 04 agosto 2023
  • Jornada Mundial da Juventude em Portugal
  • Cardeal Tolentino
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  • jovens influenciadores digitais
  • cardeal Tolentino de Mendonça
  • Dicastério para a Evangelização,

Depois do encontro do Papa com os universitários, a Universidade Católica Portuguesa acolheu o primeiro evento para os jovens que levam a mensagem de Cristo nas redes sociais e on-line, promovido pelo Dicastério para a Comunicação. O cardeal prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, que presidiu à Missa: “Agora cabe a vocês: vivam como cristãos o novo Areópago”

 

Alessandro Di Bussolo e Francesca Merlo - Lisboa

Hoje a Igreja “precisa de vocês, queridos influenciadores digitais, para ser o fermento da esperança nestes novos espaços de construção social que são as redes sociais e as redes digitais”. Porque a questão “já não é se vamos ou não interagir com a cultura digital”, este é já um fato irreversível, mas a reflexão que nos é colocada “é saber como fazê-lo”.

Com estas palavras o cardeal José Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, envolveu centenas de jovens influenciadores digitais na missão “de traduzir culturalmente a mensagem de Jesus” no mundo digital de hoje. Fê-lo na Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, na homilia da Missa celebrada após o encontro do Papa Francisco com jovens universitários, promovido pelo Dicastério para a Comunicação.

 

JMJ, oportunidade para conhecer o “próximo digital”

Momentos da Jornada Mundial da Juventude número 37, a decorrer na capital portuguesa até 6 de agosto, um grande evento, para o cardeal Tolentino, para poder aprender a reconhecer o nosso “próximo digital”, porque coloca em contato centenas de milhares de jovens face a face, "para mostrar ao mundo que a guerra, a ditadura da indiferença e da desigualdade entre os seres humanos não são uma eventualidade inevitável". Os jovens podem assim realizar o sonho do Papa Francisco quando fala da necessidade de construir uma “cultura do encontro” e “nos desafia a ser protagonistas juntos do sonho missionário de chegar a todos”.

 

Fantasia para anunciar a fé fora das portas

Caros influenciadores digitais, continuou o prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, “agora é com vocês. Cabe a vocês enamorar-se de Cristo, fazer dele o centro de sua história pessoal”.

“O cristianismo tem necessidade de testemunhas que digam  precisamente isso – explicou – que o expressem com credibilidade antes de tudo com a própria vida”. Segundo o cardeal português, o cristianismo contemporâneo precisa da “credibilidade existencial por parte dos cristãos. Mas também precisa de uma credibilidade cultural”. Porque o pior que nos pode acontecer "é falarmos a nós mesmos, reduzir a experiência da fé a uma conversa clandestina ou ao círculo dos já convencidos, agarrando-nos a uma linguagem que os homens e as mulheres de hoje não compreendem. Jesus é uma boa notícia. A missão de hoje pede a vocês habitar o novo Areópago. Pede fantasia e coragem para anunciar a fé fora das portas, em contextos heterogêneos, onde a presença tradicional dos religiosos não chega, ou chega de forma transformada e rarefeita”.

 

“Façam ouvir que vocês são a Igreja”

E por fim, o cardeal Tolentino de Mendonça recordou aos jovens influenciadores que “a Igreja é um trabalho de equipe”: por vezes vemos “que as redes sociais funcionam como uma bolha, onde a polarização e a rejeição facilmente se normalizam”. Assim triunfa “a lógica do espelho e uma certa tribalização do discurso, muito diferente da missão sinodal que Jesus nos confia. Ele nos exorta a caminhar em direção aos outros”. Façam ouvir, foi o seu apelo final ,“vossa capacidade de sonhar, vosso desejo no coração da Igreja. Façam ouvir que vocês são a Igreja. Encham-se de sua juventude, da sua alegria. Ajam como corresponsáveis por ela e sua missão".

 

Ruiz: "Influenciadores da ternura e da misericórdia de Deus"

No final da homilia, os jovens aproximaram-se de um grande crucifixo, pintado com as cores da JMJ, para afixarem nele,  cada um, um post-it que lhes foi previamente entregue. Assim, cada jovem ofereceu ao Senhor seu nome de usuário nas redes sociais, escrito cuidadosamente no post-it ao chegar.

Posteriormente, monsenhor Lucio Ruiz, secretário do Dicastério para a Comunicação, pedindo a bênção do cardeal celebrante sobre os jovens influenciadores, os definiu como “influenciadores da ternura e da misericórdia de Deus” como Maria.

Há um ano - explicou Ruiz - o projeto "A Igreja te escuta", que  acompanha o Sínodo da Igreja, definido como "Sínodo Digital", descobriu este rio de graça, amor e missão, colocando-os juntos, fazendo sentir neles o carinho da Igreja, que vê e valoriza a missão e os estimula a ser uma “Igreja em saída” e a ir “até os confins existenciais”.

 

Ruffini: somos todos missionários digitais

Antes da celebração, neste primeiro encontro (sexta-feira à noite, 4 de agosto, o segundo, depois da Via Sacra da JMJ), as palavras de boas-vindas do prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, e do secretário Ruiz, que deram a todos os participantes uma pequena cruz de madeira e um ícone abençoado pelo Papa Francisco.

Ruffini agradeceu a todos os jovens influenciadores “por terem acompanhado com suas reflexões pastorais a nossa reflexão pastoral sobre a presença cristã nas redes sociais". Se o digital é o nosso tempo, explicou, “somos todos missionários digitais. Devemos estar todos plenamente presentes." Os jovens como nativos digitais, e "quem, como eu, vem de outra época", como migrantes digitais.

 

Uma rede que liberta e não captura

Juntos para "fazer rede entre nós". O Dicastérioprocurou propor isso com o documento “Rumo à presença plena”. Agora é a hora de passar das palavras à ação. “Construir  nas redes sociais uma comunicação verdadeiramente diferenciada. Capaz de criar comunhão”.

Segundo o prefeito do Dicastério para a Comunicação, deve ser criada “uma rede de testemunhas conscientes da diferença entre o Espírito que nos une e os algoritmos que são incapazes de perceber o amor em que tudo existe”. Testemunhas capazes de “se doar aos outros, sem fingir ser alguém. Só assim nossa rede será diferente. Uma rede de liberdade que te liberta, não te prende. Uma rede animada - como nos disse ontem o Papa - por uma "boa inquietação".

 

Tagle: "Só Jesus nos tornará verdadeiros influenciadores"

Entre os concelebrantes também o cardeal Luis Antonio Tagle, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, que fez votos que os influenciadores digitais encontrem "uma maneira de entender e praticar a influência com base no Evangelho ou, melhor ainda, aprender com Jesus como influenciar os outros”. E os convidou a guiar seus bispos, sacerdotes, religiosos e coetâneos “neste território como terreno fértil para o ministério e a missão”: lembrando que “todo influenciador que quer ser evangelizador deve ser influenciado por Jesus e seu Evangelho. Só Jesus fará de nós verdadeiros influenciadores. O mundo já tem muitos falsos influenciadores para falsos propósitos.” Fonte: https://www.vaticannews.va

Angola contraria questão de angolanos desaparecidos em Portugal

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Publicado em 04 agosto 2023
  • Angola contraria questão de angolanos desaparecidos em Portugal
  • Conferência Episcopal de Angola e São Tomé
  • Jornada Mundial da Juventude em Lisboa 2023,
  • delegação angolana à Jornada Mundial da Juventude,

O Porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) contraria números avançados em Portugal sobre desaparecimento de jovens da delegação angolana à Jornada Mundial da Juventude, Lisboa 2023.

 

Anastácio Sasembele - Luanda

O Porta-voz da CEAST e Chefe da delegação angolana à Jornada Mundial da Juventude, Lisboa 2023, contraria a versão apresentada por alguns órgãos de comunicação em Portugal, que falam em 106 peregrinos angolanos e cabo-verdianos dados como desaparecidos pela organização do evento.

  1. Belmiro Tchissengueti fala em apenas seis jovens que abandonaram a delegação angolana, além de outras duas pessoas que segundo ele, não integravam a comitiva saída de Angola para as jornadas.

Recordamos que a  coordenação da delegação angolana tinha admitido o “risco de fuga” de alguns dos 1.500 jovens residentes em Angola e na diáspora inscritos para participar no evento religioso, em Lisboa.

Numa conferência de imprensa realizada pela coordenação da delegação antes da partida para Portugal D. Belmiro apelou os jovens a evitarem tal comportamento.

E o repórter da Emissora Católica de Angola Guilherme da Paixão que esta em Portugal, numa gentileza a Vatican News, ouviu as expectativas de alguns peregrinos que integram a delegação angolana composta por mais de mil e quinhentas pessoas ávidas para o encontro com o Papa Francisco. Fonte: https://www.vaticannews.va

Papa, recebido em Lisboa como pop star, alerta sobre 'ilusões do mundo virtual'

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Publicado em 04 agosto 2023
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Francisco critica uso de redes sociais em seu primeiro grande evento na Jornada Mundial da Juventude

 

LISBOA

Em seu primeiro grande evento na Jornada Mundial da Juventude, nesta quinta (3), o papa Francisco criticou as redes sociais e alertou para os perigos de quem valoriza excessivamente o mundo digital.

O pontífice pediu aos fiéis que acompanhavam a missa atenção para não se deixarem enganar por "ilusões do mundo virtual". "Muitas realidades que nos atraem e nos prometem felicidade mostram-se depois pelo que são: coisas vãs, supérfluas, substitutos que deixam um vazio interior", disse o argentino, que destacou ainda a existência de "lobos que se escondem por trás de sorrisos de falsa bondade".

O que o pontífice não citou é que a Jornada Mundial da Juventude promove, na sexta (4), a primeira edição do Festival de Influenciadores Católicos, para promover criadores de conteúdo cristãos de vários países.

Em espanhol e com uma linguagem mais informal direcionada aos jovens, o papa disse ainda que "há espaço para todos na igreja". A fala sobre a importância do acolhimento acontece em um momento em que as tensões entre as alas conservadores e progressistas da Igreja Católica seguem em ebulição.

Nesta quinta, em Lisboa, uma missa organizada por um grupo de católicos LGBTQIA+ no âmbito da JMJ foi alvo de protestos. Cerca de dez pessoas interromperam o culto, e a polícia foi chamada para intervir.

Já a cerimônia com Francisco aconteceu sem sobressaltos. Cerca de 500 mil pessoas, segundo a Santa Sé, lotaram o palco do evento, instalado numa colina no coração da capital portuguesa. Espalhada pelo gramado, a multidão recebeu o pontífice com aplausos e coro de "papa Francisco", bem no estilo pop star.

Muitos peregrinos não escondiam a emoção de estar na presença do papa, e vários fiéis acompanharam os deslocamentos do pontífice pela cidade. Pela manhã, Francisco visitou a Universidade Católica e realizou reuniões com estudantes, refugiados e religiosos. O dia anterior, o primeiro do papa em Portugal, foi preenchido por agendas com políticos e membros do clero, além de um aguardado encontro com vítimas de casos de abuso sexual perpetrados por membros da Igreja Católica em Portugal desde 1950. Em um encontro que ficou de fora do programa oficial da visita ao país, ele se reuniu reservadamente com 13 vítimas, além de representantes do clero e membros da sociedade civil que lidam com o tema.

Antes, Francisco havia feito um reconhecimento indireto da situação. Ao comandar uma celebração dirigida a membros do clero no mosteiro dos Jerônimos, falou que a igreja precisava de "uma purificação".

A fala se deu enquanto o papa comentava "a desilusão e a aversão" que muitas pessoas nutrem pela Igreja Católica em razão de "escândalos que desfiguraram o seu rosto", uma referência às denúncias de escândalos encobertos pelo Vaticano que vieram à tona nos últimos tempos.

A questão dos abusos contra menores de idade tem sido um dos grandes temas em Portugal, após uma investigação conduzida por uma comissão independente identificar que pelo menos 4.815 crianças e adolescentes foram vítimas de membros da instituição no país desde 1950. Mais de 70% dos abusadores eram padres.

Como forma de chamar a atenção para as vítimas, um grupo de portugueses arrecadou fundos por meio de uma vaquinha online para instalar três outdoors com referências aos escândalos. Uma das placas, no entanto, acabou removida pela Câmara Municipal de Oeiras, equivalente à prefeitura local, poucas horas após ser revelada. As autoridades municipais alegam que se trata de uma publicidade ilegal.

O papa Francisco segue com agenda intensa em Portugal nos próximos dias. Na sexta (4), participará da confissão de alguns peregrinos e comandará uma espécie de Via Sacra com os participantes da jornada.

No sábado, o pontífice faz uma breve viagem ao santuário de Fátima pela manhã, mas regressa a Lisboa durante a tarde, a tempo de rezar o terço com jovens doentes e comandar o início da vigília. Ele volta ao Vaticano no domingo, depois de celebrar uma missa e participar da cerimônia de encerramento, na qual será anunciada a próxima cidade a sediar a jornada da juventude. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Descanse em paz, Otávio Lunardi- Seminarista da Diocese de Uruguaiana/RS

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Publicado em 03 agosto 2023
  • Diocese de Uruguaiana
  • Otávio Lunardi
  • Capela Santo Antônio da Perseverança,
  • Cemitério do Toroquá
  • Seminarista da Diocese de Uruguaiana

 

Cerimônia de despedida será realizada na Capela Santo Antônio da Perseverança, a partir das 00h30min desta quinta-feira.

Sepultamento ocorrerá amanhã quinta-feira (03), às 15h no Cemitério do Toroquá.

Nos solidarizamos com toda família, juntamente com a comunidade de São Francisco de Assis, enlutada com sua perda tão repentina e trágica. Fonte: BlogNossaGenteAssisense

(Morte por suicídio).

 

Mensagens dos internautas...

 

A partir do ano de 2018, as dioceses de Santa Maria, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, Cruz Alta, Santo Ângelo e Uruguaiana, pertencentes à província eclesiástica de Santa Maria no Rio Grande do Sul decidiram agrupar o período de seminário propedêutico num só lugar, e desde então a formação ocorre no seminário São João Batista em Santa Cruz do Sul, a partir deste ano de 2023, também a etapa da filosofia e da teologia assumiu um projeto comum, em duas casas em Santa Maria. Todo o projeto formativo é pensado pelas seis dioceses juntas e os reitores nomeados pelos bispos.

No dia 02 de agosto de 2023 tivemos a triste notícia que mais um jovem se suicidou no interior do Rio Grande do Sul, desta vez um ex-seminarista...

 

... Uma pessoa não decide tirar sua vida de uma hora para outra, alguém que toma uma atitude dessas é porque já estava mal a algum tempo, já sofria de problemas, já era fragilizado. E vendo alguém fraco assim, o que o reitor e os formadores fazem? Auxiliam? Ajudam? Orientam? Falo por experiência própria que não, o que os padres responsáveis pela formação fazem é julgar que os problemas dos seminaristas são por excesso de radicalismo e conservadorismo.

 

Quinta-feira, 3 de agosto-2023. 17ª SEMANA DO TEMPO COMUM-C. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 03 agosto 2023
  • Reflexão do Evangelho do Dia,
  • EVANGELHO DO DIA,
  • Artigos do Frei Carlos Mesters,
  • Frei Carlos Mesters,
  • Evangelho do Dia com Frei Carlos Mesters,
  • EVANGELHO DO DIA-LECTIO DIVINA,
  • Lectio Divina com Frei Carlos Mesters,
  • 17ª Semana do Tempo Comum

 

1) Oração

Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo: redobrai de amor para convosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho   (Mateus 13,47-53)

Naquele tempo, disse Jesus a multidão: 47O Reino dos céus é semelhante ainda a uma rede que, jogada ao mar, recolhe peixes de toda espécie.48Quando está repleta, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e separam nos cestos o que é bom e jogam fora o que não presta.49Assim será no fim do mundo: os anjos virão separar os maus do meio dos justos50e os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes.51Compreendestes tudo isto? Sim, Senhor, responderam eles.52Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas.53Após ter exposto as parábolas, Jesus partiu.

 

3) Reflexão

O evangelho de hoje traz a última parábola do Sermão das Parábolas: a história da rede lançada ao mar. Esta parábola encontra-se só no evangelho de Mateus, sem nenhum paralelo nos outros três evangelhos.

Mateus 13,47-48: A parábola da rede lançada ao mar

"O Reino do Céu é ainda como uma rede lançada ao mar. Ela apanha peixes de todo o tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e escolhem: os peixes bons vão para os cestos, os que não prestam são jogados fora”.   A história contada é bem conhecida do povo da Galiléia que vive ao redor do lago. É o trabalho deles. A história reflete o fim de um dia de trabalho. Os pescadores saem para o mar com esta única finalidade: jogar a rede, apanhar muito peixe, puxar a rede cheia para a praia, escolher os peixes bons para levar para casa e jogar fora os que não servem. Descreve a satisfação do pescador no fim de um dia de trabalho pesado e cansativo. Esta história deve ter provocado um sorriso de satisfação no rosto dos pescadores que escutavam Jesus. O pior é chegar na praia no fim do dia sem ter pescado nada (Jo 21,3).

Mateus 13,49-50: A aplicação da parábola

Jesus aplica a parábola, ou melhor dá uma sugestão para as pessoas poderem discutir a parábola e aplicá-la em suas vidas. “Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são bons. E lançarão os maus na fornalha de fogo. Aí eles vão chorar e ranger os dentes."  Como entender esta fornalha de fogo? São imagens fortes para descrever o destino daqueles que se separam de Deus ou não querem saber de Deus. Toda cidade tem um lixão, um lugar onde joga os detritos e o lixo. Lá existe um fogo de monturo permanente que é alimentado diariamente pelo lixo novo que nele vai sendo despejado. O lixão de Jerusalém ficava num vale perto da cidade que se chamava geena, onde, na época dos reis havia até uma fornalha para sacrificar os filhos ao falso deus Molok. Por isso, a fornalha da geena tornou-se símbolo de exclusão e de condenação. Não é Deus que exclui. Deus não quer a exclusão nem a condenação, mas que todos tenham vida e vida em abundância. Cada um de nós se exclui a si mesmo

Mateus 13,51-53: O encerramento do Sermão das Parábola

No final do Sermão das parábolas Jesus encerra com a seguinte pergunta: "Vocês compreenderam tudo isso?" Ele responderam “Sim!” E Jesus termina a explicação com uma outra comparação que descreve o resultado que ele quer obter com as parábolas: "E assim, todo doutor da Lei que se torna discípulo do Reino do Céu é como pai de família que tira do seu baú coisas novas e velhas". Dois pontos para esclarecer:

(1) Jesus compara o doutor da lei com o pai de família. O que faz o pai de família? Ele “tira do seu baú coisas novas e velhas".  A educação em casa se faz transmitindo aos filhos e às filhas o que eles, os pais, receberam e aprenderam ao longo dos anos. É o tesouro da sabedoria familiar onde estão encerradas a riqueza da fé, os costumes da vida e tanta outra coisa que os filhos vão aprendendo. Ora, Jesus quer que, na comunidade, as pessoas responsáveis pela transmissão da fé sejam como o pai de família. Assim como os pais entendem da vida em família, assim, estas pessoas responsáveis pelo ensino devem entender as coisas do Reino e transmiti-la aos irmãos e irmãs da comunidade.

(2) Trata-se de um doutor da Lei que se torna discípulo do Reino. Havia portanto doutores da lei que aceitavam Jesus como revelador do Reino. O que acontece com um doutor na hora em que descobre em Jesus o Messias, o filho de Deus? Tudo aquilo que ele estudou para poder ser doutor da lei continua válido, mas recebe uma dimensão mais profunda e uma finalidade mais ampla. Uma comparação para esclarecer o que acabamos de dizer. Numa roda de amigos alguém mostrou uma fotografia, onde se via um homem de rosto severo, com o dedo levantado, quase agredindo o público. Todos ficaram com a idéia de se tratar de uma pessoa inflexível, exigente, que não permitia intimidade. Nesse momento, chegou um jovem, viu a fotografia e exclamou: "É meu pai!" Os outros olharam para ele e, apontando a fotografia, comentaram: "Pai severo, hein!" Ele respondeu: "Não é não! Ele é muito carinhoso. Meu pai é advogado. Aquela fotografia foi tirada no tribunal, na hora em que ele denunciava o crime de um latifundiário que queria despejar uma família pobre que estava morando num terreno baldio da prefeitura há vários anos! Meu pai ganhou a causa. Os pobres não foram despejados!” Todos olharam de novo e disseram: "Que pessoa simpática!” Como por um milagre, a fotografia se iluminou por dentro e tomou um outro aspecto. Aquele rosto, tão severo adquiriu os traços de uma grande ternura! As palavras do filho, mudaram tudo, sem mudar nada! As palavras e gestos de Jesus, nascidas da sua experiência de filho, sem mudar uma letra ou vírgula sequer, iluminaram o sentido do Antigo Testamento pelo lado de dentro (Mt 5,17-18) e iluminaram por dentro toda a sabedoria acumulada do doutor da Lei. . O mesmo Deus, que parecia tão distante e severo, adquiriu os traços de um Pai bondoso de grande ternura!

 

4)  Para um confronto pessoal

1) A experiência do Filho já entrou em você para mudar os olhos e descobrir as coisas de Deus de outro modo?

2) O que te revelou o Sermão das Parábolas sobre o Reino?

 

5) Oração final

Louva, ó minha alma, o Senhor! Louvarei o Senhor por toda a vida. Salmodiarei ao meu Deus enquanto existir. (Sl 145, 1-2)

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