Olhar Jornalístico

Pastores reavaliam condutas após experiências com doenças da mente

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Publicado em 19 abril 2024
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Cresce o número de líderes que buscam ajuda, segundo médico do Instituto Cristão de Psicanálise

 

Número de evangélicos que buscam ajuda para resolver questões mentais aumentou, segundo o médico Pedro Onari - Arquivo Pessoal

 

Melina Cardoso

SÃO PAULO

Aos 23 anos, o pastor José Almeida iniciou seu ministério em uma igreja batista, em São Paulo. Segundo ele, foram 25 anos pregando, servindo pessoas e ao ministério, sem nenhuma pausa.

A conta chegou em 2015, quando passou a ter picos de ansiedade, burnout e estafa, que o levaram para uma internação de 12 dias.

Como muitos evangélicos de sua época, Almeida associava doença mental a pecados ou demônios, por isso, resistiu em procurar ajuda psiquiátrica. "Minha saúde física e emocional foi se degradando e cheguei ao fundo do poço", lembra.

"Minha esposa foi orientada pelos médicos a esconder instrumentos de corte e colocar grade nas janelas", lembra o líder de 60 anos, que chegou a tomar 56 doses de remédios por dia, durante seu tratamento.

As medicações foram suspensas em 2022, mas as terapias continuam até hoje, e ele diz reconhecer mais fácil os gatilhos, sendo a falta de descanso, o maior deles.

O número de pastores com depressão, estafa e ansiedade que passaram a buscar ajuda no Instituto Onari de Psicanálise Cristã aumentou muito nos últimos anos, segundo o médico e psicanalista que coordena o local, Pedro Onari.

Ao contrário de psicólogos, cujo código de ética veda a utilização do título associado a vertentes religiosas, a psicanálise, por ser um curso livre, permite tal fusão.

Onari explica que a associação da psicanálise clássica, neurociência e ensinamentos de Jesus formam um combo para acessar o inconsciente e acolher o sofrimento humano. "Muitos casos de depressão não têm relação alguma com a espiritualidade. São inconscientes cheios de princípios adquiridos ao longo da vida, geralmente trocados por traumas e fantasias, desenvolvidos principalmente na infância", pontua.

"Libertar pessoas dos próprios pensamentos não é espiritual", reitera o psicanalista, que afirma atender muitos casos de depressão em sua clínica.

"Ao olhar para a depressão, é preciso imaginar uma laranja com muitos gomos", diz o pastor titular da Igreja Mevam (Missões Evangelísticas Vinde Amados Meus) em Campinas (SP), Jucélio de Souza, 55. Ele refere-se aos inúmeros fatores que podem levar uma pessoa à doença, como histórico familiar, perdas, traumas, falta de vitaminas, estresse ou doenças físicas.

Ele foi diagnosticado com depressão, tomou remédios psiquiátricos por um tempo e conta ter vivido uma experiência intensa de cura.

"Deus me levou para uma depressão para confrontar minhas crenças erradas. Eu saí dali um Jucélio com muito mais misericórdia, com muito mais amor, menos julgador, menos orgulhoso, menos soberbo, menos tudo que era ruim", testemunha.

O líder cita Oséias 6, no antigo testamento, para explicar por que passou por tudo isso. "Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele", dizem os dois primeiros versículos.

"Independentemente da causa, Deus usou o naufrágio emocional para me curar. Desilusão é um elemento da pedagogia de Deus e se a vida emocional foi abalada, significa que as emoções estavam se acomodando de forma desordenada dentro de nós. Ele [Deus] vai ferir as bases de crenças erradas, inclusive bases de crenças religiosas equivocadas para devolver saúde para nós", pontua.

Souza destaca o papel paralelo da igreja na vida de quem está buscando a mesma cura. "A igreja é uma UTI, e nela há pessoas que vão abraçá-lo e ajudá-lo. Ao viver essa experiência, a pessoa vai sair do outro lado mais feliz, agradecida pelo túnel escuro que passou, porque encontrou uma claridade, uma luz, que antes não tinha".

O pastor José Almeida também cita as mudanças na forma de tratar as ovelhas que chegaram até ele com questões de saúde mental após seu tratamento.

"Minha visão de mundo, meu atendimento pastoral e a forma de acolher as pessoas mudaram radicalmente. Antes julgava e até condenava. Hoje sou mais humano, mais misericordioso", diz o pregador, que estudou psicanálise e hoje oferece seminários e rodas de conversa sobre saúde mental em sua igreja. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Sexta-feira, 19 de abril-2024. 3ª SEMANA DA PÁSCOA. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 19 abril 2024
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 1) Oração

Ó Deus todo-poderoso, concedei que, conhecendo a ressurreição do Senhor e a graça que ela nos trouxe, ressuscitemos para uma vida nova pelo amor do vosso espírito. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho  (João 6, 52-59)

Naquele tempo, 52Os judeus discutiam entre si: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” 53Jesus disse: “Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem consome a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. 56Quem consome a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por meio do Pai, assim aquele que me consome viverá por meio de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram – e no entanto morreram. Quem consome este pão viverá para sempre”. 59Jesus falou estas coisas ensinando na sinagoga, em Cafarnaum.

 

3) Reflexão

Estamos chegando quase ao fim do Discurso do Pão da Vida. Aqui começa a parte mais polêmica. Os judeus se fecham e começam a questionar as afirmações de Jesus.

João 6,52-55: Carne e sangue: expressão da vida e da doação total.  Os judeus reagem: "Como esse homem pode dar-nos 0a sua carne para comer?" Era perto da festa da Páscoa. Dentro de poucos dias, todos iam comer a carne do cordeiro pascal na celebração da noite de páscoa. Eles não entenderam as palavras de Jesus, porque tomaram tudo ao pé da letra. Mas Jesus não diminui as exigências, não retira nada do que disse, e insiste: "Eu garanto a vocês: se vocês não comem a carne do Filho do Homem e não bebem o seu sangue, não terão a vida em vocês. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele”.   (1) Comer a carne de Jesus significa aceitar Jesus como o novo Cordeiro Pascal, cujo sangue nos liberta da escravidão. A lei do Antigo Testamento, por respeito à vida, proibia comer sangue (Dt 12,16.23; At 15.29). Sangue era o sinal da vida. (2) Beber o sangue de Jesus significa assimilar a mesma maneira de viver que marcou a vida de Jesus. O que traz vida não é celebrar o maná do passado, mas sim comer este novo pão que é Jesus, a sua carne e o seu sangue. Participando da Ceia Eucarística, assimilamos a sua vida, a sua doação e entrega.  “Se vocês não comem a carne do Filho do Homem e não bebem o seu sangue não terão vida em vocês”. Devem aceitar Jesus como messias crucificado, cujo sangue vai ser derramado.

João 6,56-58: Quem me receber como alimento viverá por mim.  As últimas frases do Discurso do Pão da Vida são de grande profundidade e tentam resumir tudo que foi dito. Elas evocam a dimensão mística que envolve a participação na eucaristia. Expressam o que Paulo diz na carta aos Gálatas: “Vivo, mas já não sou eu que vivo. É Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). E o que diz o Apocalipse de João: “Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, ele comigo” (Ap 3,20). E o próprio João no Evangelho: “Se alguém me ama guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele faremos nossa morada” (Jo 14,23). E termina com a promessa da vida que marca a diferença com o antigo êxodo: “Este é o pão que desceu do céu. Não é como o pão que os pais de vocês comeram e depois morreram. Quem come deste pão viverá para sempre."

João 6,59: Termina o discurso na sinagoga. Até aqui foi a conversa entre Jesus e o povo e os judeus na sinagoga de Cafarnaum. Como aludimos anteriormente, o Discurso do Pão da Vida nos oferece uma imagem de como era a catequese naquele fim do primeiro séculos nas comunidades cristãs da Ásia Menor. As perguntas do povo e dos judeus refletem as dificuldades dos membros das comunidades. E as resposta de Jesus representam os esclarecimentos para ajuda-los a superar as dificuldades, aprofundar sua fé e viver mais intensamente a eucaristia que era celebrada sobretudo nas noites de sábado para o domingo, o Dia do Senhor.

 

4) Para um confronto pessoal

1) A partir do Discurso do Pão da Vida, a celebração da Eucaristia recebe uma luz muito forte e um aprofundamento enorme. Qual a luz eu estou percebendo que me ajuda a dar um passo?

2) Comer a carne e o sangue de Jesus, é o mandamento que ele nos dá. Como vivo a eucaristia na minha vida? Mesmo não podendo ir à missa todos os dias ou todos os domingos, minha vida deve ser eucarística. Como tento realizar este objetivo?

 

5) Oração final

Povos todos, louvai o SENHOR, nações todas, dai-lhe glória; porque forte é seu amor para conosco e a fidelidade do SENHOR dura para sempre. (Sl 116, 1-2)

DOMINGO DO BOM PASTOR: Um Olhar...

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Publicado em 19 abril 2024
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BOM PASTOR 

 

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba (MG)

 

Biblicamente falando, o Bom Pastor é Jesus Cristo, é aquele que testemunha coerentemente tudo aquilo que faz em relação às pessoas, e é Ele mesmo quem se apresenta assim. Mas não deixa de ser e ter autêntico estilo de vida comprometido em seus objetivos, com dimensão extrema de cuidado e de atenção para com as ovelhas pastoreadas, fomentando um trabalho de defesa e proteção. 

Na figura do Bom Pastor, Jesus, projetamos as pessoas de autoridade, constituídas no mundo das relações humanas, seja a do pai, seja a da mãe, ou das diversas governanças na sociedade. Assim deve estar formada toda a organização natural do povo, para que aconteça a harmonia no bem viver das pessoas, mas entendemos a autoridade que se converte em verdadeiro serviço comunitário. 

 A autoridade vem de Deus, mas ela se consolida quando é realizada como verdadeiro serviço de doação ao próximo. Criticaram a autoridade dos apóstolos, ao dizer: “Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?” (At 4,7). Pedro, porque o Espírito de Deus estava nele, deu-lhes uma resposta sábia e segura, afirmando agir em nome de Jesus Cristo, a serviço da comunidade. 

A prática da arrogância, o espírito de dominação e dos atos injustos desabonam totalmente a força das autoridades e de qualquer liderança. O espelho, que deve ser contemplado, é a Pessoa do Bom Pastor, despido de qualquer formalidade arbitrária em relação ao outro, principalmente para com os mais pobres e vulneráveis. Toda autoridade deve ser de confiança e fazer o bem para ser confiável. 

O pastor tem o compromisso de ser sempre humano, de amar e ser amado para desempenhar bem sua tarefa. Jesus revela essa prática como pessoa humano/divina, para conduzir os humanos, levando-os ao divino. Era diferente dos mercenários, exploradores, sem compaixão e manipuladores das ovelhas. Lançavam mão dos próprios caprichos para conduzi-las à total submissão. 

 A ação de um pastor acontece numa comunidade concreta, onde está presente a diversidade de pensamento e de atitudes. É seu papel ser aglutinador das diferenças para acontecer a unidade, evitando as arestas destoantes e provocadoras de atritos. Mas o bem pode acontecer também em ambientes conflitantes, desde que sejam conduzidos com determinação por quem é bom pastor. Fonte: https://www.cnbb.org.br

4º Domingo da Páscoa - Domingo do Bom Pastor.

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Publicado em 19 abril 2024
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O Bom Pastor

 

Dom Rodolfo Luís Weber

Arcebispo de Passo Fundo (RS) 

“Eu sou o Bom Pastor”. É assim que Jesus se auto revela. Ele se define como bom Pastor, excluindo e contrapondo-se a todos os demais. É o Pastor verdadeiro, autêntico, modelo e único. (Atos 4,8-12, Salmo 117, 1 Jo 3,1-2 e Jo 10,11-18). O mundo antigo está repleto de pastores: pastores de profissão que cuidavam ovelhas, cabritos para o seu sustento e da família; pastores também eram denominados os chefes, reis, sacerdotes. Temos dificuldade de compreender hoje o modo de vida dos pastores de profissão e o comportamento das ovelhas, mas a relação que Jesus faz com os líderes e quem exerce funções de chefia é compreensível. 

Jesus diz que é diferente do mercenário. Compreende-se por mercenário o soldado profissional que serve qualquer governo ou entidade que lhe pague; alguém que trabalha e serve apenas por dinheiro; que é movido apenas pelo interesse pessoal e material. Jesus aponta duas razões que o diferenciam do mercenário. Em primeiro lugar “dá vida por suas ovelhas”, enquanto que o mercenário “abandona as ovelhas”. A sexta-feira da Paixão e Morte celebra a doação da vida do Bom Pastor pelas ovelhas. Este é o maior aval do pastoreio de Cristo. É também a máxima diferença e contraste: o Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas, o mercenário nem sequer se expõe, foge diante de qualquer perigo. 

A segunda diferença com o mercenário é que o Bom Pastor “conhece as ovelhas, e elas o conhecem”. Recordando que no contexto bíblico “conhecer” não se reduz ou fica somente no plano intelectual ou conceitual. É um conhecimento que cria comunhão de vida, relação pessoal, ativa, amorosa, compaixão. Os relatos do Evangelho testemunham o envolvimento de Jesus nas mais variadas situações vitais. Por exemplo, se comove com a viúva de Naim que está indo enterrar o filho único. A primeira carta de João revela que o conhecer cria um vínculo vital de “sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!” O conhecimento se completará na eternidade. “Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é”. 

Jesus sempre fala para todos os ouvintes, pois ele é o Pastor de todos. Mas quando ele se compara com os mercenários foca a atenção aos que exercem a função de liderança, em primeiro lugar aos líderes religiosos. O rebanho do Senhor vive no mundo por isso a palavra se dirige, e é válida, para todas as lideranças.  

O 4º Domingo da Páscoa é o “Dia Mundial de oração pelas vocações”. A mensagem do Papa Francisco tem por título: “Chamados a semear a esperança e a construir a paz”. A oração é para a todas as vocações existentes na Igreja. A mensagem diz que “este Dia é dedicado de modo particular à oração para implorar do Pai o dom de santas vocações para a edificação do seu Reino: “Rogai ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe” (Lc 10,2)”. Pede-se, portanto, uma oração particular pelos que receberam o Sacramento da Ordem e por vocacionados para este Sacramento. 

O ensinamento de Jesus desperta em nós uma alegria muito grande de pertencermos ao povo de Deus conduzido por Cristo, O Bom Pastor. Somos conhecidos e amados por Ele. Somos provocados a não traí-lo. Jesus oferece um sinal de reconhecimento para sabermos se estamos no seu rebanho: “Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem […] elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor”. Fonte: https://www.cnbb.org.br

Quinta-feira, 18 de abril-2024. 3ª SEMANA DA PÁSCOA. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 18 abril 2024
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  • 3ª Semana da Páscoa

 

1) Oração

Ó Deus eterno e onipotente, que nestes dias vos mostrais tão generoso, dai-nos sentir mais de perto o vosso amor paterno para que, libertados das trevas do erro, sigamos com firmeza a luz da verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (João 6, 44-51)

Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 44Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o ensinamento do Pai e o aprendeu vem a mim. 46Ninguém jamais viu o Pai, a não ser aquele que vem de junto de Deus: este viu o Pai. 47Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê, tem a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Aqui está o pão que desce do céu, para que não morra quem dele comer. 51“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo”.

 

3) Reflexão

Até agora, o diálogo era entre Jesus e o povo. Daqui para a frente, os líderes judeus começam a entrar na conversa, e a discussão se torna mais tensa.

João 6,44-46: Quem se abre para Deus, aceita Jesus e a sua proposta.  A conversa torna-se mais exigente. Agora são os judeus, os líderes do povo, que murmuram: "Esse não é Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como é que ele pode dizer que desceu do céu?" (Jo 6,42) Eles pensavam conhecer as coisas de Deus. Na realidade, não as conheciam. Se fossem realmente abertos e fiéis a Deus, sentiriam dentro de si o impulso de Deus atraindo-os para Jesus e reconheceriam que Jesus vem de Deus, pois está escrito nos Profetas: 'Todos serão instruídos por Deus'. Todo aquele que escuta o Pai e recebe sua instrução vem a mim.

João 6,47-50: Vossos pais comeram o maná e morreram. Na celebração da páscoa, os judeus lembravam o pão do deserto. Jesus os ajuda a dar um passo. Quem celebra a páscoa, lembrando só o pão que os pais comeram no passado, vai acabar morrendo como todos eles! O verdadeiro sentido da Páscoa não é lembrar o maná que caiu do céu, mas sim aceitar Jesus como o novo Pão da Vida e seguir pelo caminho que ele ensinou. Agora já não se trata de comer a carne do cordeiro pascal, mas sim de comer a carne de Jesus, para que não pereça quem dele comer, mas tenha a vida eterna!

João 6,51: Quem comer deste pão viverá eternamente. E Jesus termina dizendo: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida."  Em vez do maná e em vez do cordeiro pascal do primeiro êxodo, somos convidados e comer o novo maná e o novo cordeiro pascal que é o próprio Jesus que se entregou na Cruz pela vida de todos.

O novo Êxodo. A multiplicação dos pães aconteceu perto da Páscoa (Jo 6,4). A festa da páscoa era a memória perigosa do Êxodo, a libertação do povo das garras do faraó. Todo o episódio narrado neste capítulo 6 do evangelho de João tem um paralelo nos episódios relacionados com a festa da páscoa, tanto com a libertação do Egito quanto com a caminhada do povo no deserto em busca da terra prometida. O Discurso do Pão da Vida, feito na sinagoga de Cafarnaum, está relacionado com o capítulo 16 do livro do Êxodo que fala do Maná. Vale a pena ler todo este capítulo 16 de Êxodo. Percebendo as dificuldades do povo no deserto, podemos compreender melhor os ensinamentos de Jesus aqui no capítulo 6 do evangelho de João. Por exemplo, quando Jesus fala de “um alimento que perece” (Jo 6,27) ele está lembrando o maná que estragava e perecia (Ex 16,20). Da mesma forma, quando os judeus “murmuram” (Jo 6,41), eles fazem a mesma coisa que os israelitas faziam no deserto, quando duvidavam da presença de Deus no meio deles durante a travessia (Ex 16,2; 17,3; Nm 11,1). A falta de alimentos fazia com que o povo duvidasse de Deus e começasse a murmurar contra Moisés e contra Deus. Aqui também os judeus duvidam da presença de Deus em Jesus de Nazaré e começam a murmurar (Jo 6,41-42).

 

4) Para um confronto pessoal

1) A eucaristia me ajuda a viver em estado permanente de Êxodo? Estou conseguindo?

2) Quem é aberto para a verdade encontra em Jesus a resposta. Hoje, muita gente se afasta e já não encontra a resposta. Culpa de quem? Das pessoas que não quer escutar? Ou de nós cristãos que não sabemos apresentar o evangelho como uma mensagem de vida?

 

5) Oração final

Vinde e escutai, vós todos que temeis a Deus, porque quero narrar-vos o que ele fez para mim. A ele gritei com minha boca e a minha língua o exaltou. (Sl 65, 16-17)

No Brasil, abrir igreja é fazer um país

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Publicado em 17 abril 2024
  • Igreja Universal do Reino de Deus,
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  • Observatório da Religião

Processo que torna o mapa brasileiro pontilhado de núcleos religiosos nos possibilita visualizar a produção de espaços sociais ao longo do tempo

 

Por Renata Nagamine e Aramis Luis Silva

Quando os dados do Censo 2022 sobre usos do domicílio saiu, chamou a atenção o número de “estabelecimentos religiosos”: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 580 mil. Para dimensionar esse número, jornais o compararam com a quantidade de escolas e hospitais existentes no País, mostrando que os “estabelecimentos religiosos” os superavam numericamente.

Um painel com o georreferenciamento de organizações e associações religiosas no Brasil lançado na sequência pelo Observatório da Religião e Interseccionalidades do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) mostra que, destes 580 mil “estabelecimentos religiosos”, cerca de 123 mil estão inscritos no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), e estão ativos perante a Receita Federal. O mapa torna visível um achado do projeto temático Religião, direitos e secularismo, concluído em 2022: abrir igreja é um dos modos de “fazer religião” no Brasil.

A proposição pode parecer estranha. No Brasil, é comum acreditar que religião é algo que se tem. Também é comum acreditar que esse algo é uma crença, um conjunto de preceitos adquiridos sobre a ordem do mundo ou de conhecimentos transmitidos pela tradição. Da matriz católica que produziu o que convencionalmente se percebe como religião no País vem outro senso comum: a centralidade do dogma.

A Antropologia nos leva a pensar que temos uma crença na crença. Nossas pesquisas de campo em dois sucessivos projetos temáticos no Cebrap nos levam a pensar, por sua vez, que parte dos autodeclarados religiosos é alheia àquela crença. Para eles, religião seria um modo de fazer e viver o mundo.

Entre estes, muitos regularizam seus “estabelecimentos religiosos”, por meio da adoção de uma forma jurídica que os torna reconhecíveis pelo Estado brasileiro. As duas formas à disposição deles são organização e associação religiosa. Para adotar qualquer uma delas, o “estabelecimento” precisa tomar uma série de medidas práticas: obter alvará de funcionamento na prefeitura, constituir diretoria, adotar estatuto social, dar-se um nome (razão social), entre outras.

Não por acaso, encontramos com facilidade na internet escritórios de contabilidade especializados na assessoria de organizações e associações religiosas. “Fazer igreja” é uma atividade que requer toda uma tecnologia, um saber prático, que vai muito além da pregação e do aconselhamento. Como a organização ou associação religiosa precisa atualizar sua situação cadastral periodicamente, passa a atualizar balanço contábil e prestar contas perante os órgãos do Estado.

A pesquisa do observatório ainda fornece elementos para compreender uma dimensão pouco comentada do “fazer religião” no Brasil. Se, por um lado, está claro que abrir igreja é um modo de fazer religião, como argumenta Paula Montero, por outro, é preciso examinar como a produção destes espaços sociais impacta a constituição do território nacional.

O processo que torna o mapa brasileiro pontilhado de núcleos religiosos nos possibilita visualizar a produção de espaços sociais ao longo do tempo. O pontilhado aumenta a partir dos anos 1980 e se intensifica a partir dos anos 2000, com um aumento vertiginoso entre 2008 e 2011.

O Observatório da Religião e Interseccionalidades ainda não divulgou sua classificação das organizações e associações por vertentes religiosas. Mas uma busca por termos possibilita visualizar que esse aumento é concentrado em denominações como a Assembleia de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja Batista.

Se confirmado no decorrer da pesquisa, o acentuado aumento da abertura formal de organizações e associações nos últimos anos do segundo mandato de Lula desafiará adeptos da narrativa de perseguição religiosa a mostrar como ela ocorreu. Será difícil sustentar que foi pela oposição de qualquer tipo de obstáculo à abertura e manutenção de espaços de culto.

Também é importante refletir sobre uma dimensão menos discutida do crescente pontilhado do mapa do Brasil: a relação entre religião e ocupação territorial a partir dos anos 1980. Ela indica a importância da Constituição de 1988 na abertura formal e informal de igrejas, logo, na produção de espaços sociais.

Uma dimensão da produção destes espaços é que, por meio dela, a terra física formalmente demarcada como território do Brasil ganha sentido para a sociedade. Nesse sentido, “fazer igreja” é tanto um modo de “fazer religião” quanto um modo de “fazer um país”.

Não é preciso acreditar. É possível ver no Painel com Georreferenciamento de Organizações e Associações Religiosas, que torna visível a ocupação do território a oeste e em alguns corredores fluviais amazônicos.

Se, por um lado, as apresentações gráficas que o observatório traz evidenciam a proposição de que a religião se faz “fazendo igreja”, por outro, essa proposição não nos ajuda a compreender as oscilações grandes, súbitas e contrárias dos números no Brasil no intervalo que vai de 2008 a 2015. Para compreendê-las, pode ser útil lembrar que “fazer igreja” é um modo, não o único modo, de “fazer religião” no Brasil.

*SÃO, RESPECTIVAMENTE, PESQUISADORA DE PÓS-DOUTORADO NO NÚCLEO DE RELIGIÕES NO MUNDO CONTEMPORÂNEO DO CEBRAP (FAPESP, PROCESSO N.º 2022/16449-6); E PESQUISADOR DO CENTRO DE IMAGINAÇÃO CRÍTICA. Fonte: https://www.estadao.com.br 

Quarta-feira, 17 de abril-2024. 3ª SEMANA DA PÁSCOA. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 17 abril 2024
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1) Oração

Permanecei, ó Pai, com vossa família e, na vossa bondade, fazei que participem eternamente da ressurreição do vosso Filho aqueles a quem destes a graça da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (João 6, 35-40)

Naquele tempo, 35disse Jesus às multidões: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Contudo, eu vos disse que me vistes, mas não credes. 37Todo aquele que o Pai me dá, virá a mim, e quem vem a mim eu não lançarei fora, 38porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

 

3) Reflexão

João 6,35-36: Eu sou o pão da vida. Entusiasmado com a perspectiva de ter o pão do céu de que falava Jesus e que dá vida para sempre (Jo 6,33), o povo pede: "Senhor, dá nos sempre desse pão!" (Jo 6,34). Pensavam que Jesus estivesse falando de um pão especial. Por isso, interesseiramente pede: “Dá-nos sempre desse pão!” Este pedido do povo faz lembrar a conversa de Jesus com a Samaritana. Jesus tinha dito que ela poderia ter dentro de si a fonte de água que brota para a vida eterna, e ela interesseiramente pedia: "Senhor, dá-me dessa água!" (Jo 4,15). A Samaritana não percebeu que Jesus não estava falando da água material. Da mesma maneira, o povo não se deu conta de que Jesus não estava falando do pão material. Por isso, Jesus responde bem claramente: "Eu sou o pão da vida! Quem vem a mim não terá mais fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede”. Comer o pão do céu é o mesmo que crer em Jesus. É crer que ele veio do céu como revelação do Pai. É aceitar o caminho que ele ensinou. Mas o povo, apesar de estar vendo Jesus, não acredita nele. Jesus percebe a falta de fé e diz: “Vocês me vêem, mas não acreditam”.

João 6,37-40: Fazer a vontade daquele que me enviou.  Depois da conversa com a Samaritana, Jesus tinha dito aos discípulos: "O meu alimento é fazer a vontade do Pai que está no céu!" (Jo 4,34). Aqui, na conversa com o povo a respeito do pão do céu, Jesus toca no mesmo assunto: “Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, e sim para fazer a vontade daquele que me enviou. E a vontade daquele que me enviou é esta: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas que eu os ressuscite no último dia. Sim, esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele acredita, tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”  Este é o alimento que o povo deve buscar: fazer a vontade do Pai do céu. É este o pão que sustenta a pessoa na vida e lhe dá rumo. Aí começa a vida eterna, vida que é mais forte que a morte! Se estivessem realmente dispostos a fazer a vontade do Pai, não teriam dificuldade em reconhecer o Pai presente em Jesus.

João 6,41-43: Os judeus murmuram. O evangelho de amanhã começa com o versículo 44 (Jo 6,44-51) e salta os versículos 41 a 43. No versículo 41, começa a conversa com os judeus, que criticam Jesus. Damos aqui uma breve explicação do significado da palavra judeus no evangelho de João para evitar que uma leitura superficial alimente em nós cristãos o sentimento do anti-semitismo. Antes de tudo, é bom lembrar que Jesus era Judeu e continua sendo judeu (Jo 4,9). Judeus eram seus discípulos e discípulas. As primeiras comunidades cristãs eram todas de judeus que aceitavam Jesus como o Messias. Só depois, pouco a pouco, nas comunidades do Discípulo Amado, gregos e pagãos começam a ser aceitos em pé de igualdade com os judeus. Eram comunidades mais abertas. Mas tal abertura não era aceita por todos. Alguns cristãos vindos do grupo dos fariseus queriam manter a “separação” entre judeus e pagãos (At 15,5). A situação ficou mais crítica depois da destruição de Jerusalém no ano 70. Os fariseus se tornam a corrente religiosa dominante dentro do judaísmo e começam a definir as diretrizes religiosas para todo o povo de Deus: suprimir o culto em língua grega; adotar unicamente o texto bíblico em hebraico; definir a lista dos livros sagrados eliminando os livros que estavam só na tradução grega da Bíblia: Tobias, Judite, Ester; Baruc, Sabedoria, Eclesiástico e os dois livros dos Macabeus; segregar os estrangeiros; não comer nenhuma comida, suspeita de impureza ou de ter sido oferecida aos ídolos. Todas estas medidas assumidas pelos fariseus repercutiam nas comunidades dos judeus que aceitavam Jesus como Messias. Estas comunidades já tinham caminhado muito. A abertura para os pagãos era irreversível. A Bíblia em grego já era usada há muito tempo. Não podiam voltar atrás. Assim, lentamente, cresce um distanciamento mútuo entre cristianismo e judaísmo. As autoridades judaicas nos anos 85-90 começam a discriminar os que continuavam aceitando Jesus de Nazaré como Messias (Mt 5, 11-12; 24,9-13). Quem teimava em permanecer na fé em Jesus era expulso da sinagoga (Jo 9,34) . Muitos das comunidades cristãs sentiam medo desta expulsão (Jo 9,22), já que significava perder o apoio de uma instituição forte e tradicional como a sinagoga. Os que eram expulsos perdiam os privilégios legais que os judeus tinham conquistado ao longo dos séculos dentro do império. As pessoas expulsas perdiam até a possibilidade de ter um enterro decente. Era um risco muito grande. Esta situação conflituosa do fim do primeiro século repercute na descrição do conflito de Jesus com os fariseus. Quando o evangelho de João fala em judeus não está falando do povo judeu como tal, mas está pensando muito mais naquelas poucas autoridades farisaicas que estavam expulsando os cristãos das sinagogas nos anos 85-90, época em que o evangelho foi escrito. Não podemos permitir que esta afirmações sobre os façam crescer o anti-semitismo entre os cristãos.

 

4) Para um confronto pessoal

1) Anti-semitismo: olhe bem dentro de você e arranque qualquer resto de anti-semitismo.

2) Comer o pão do céu é crer em Jesus. Como isto me ajuda a viver melhor a eucaristia?

 

5) Oração final

Aclamai a Deus, terra inteira, cantai hinos à glória do seu nome; dai glória em seu louvor. Dizei a Deus: “Como são estupendas as tuas obras! pela grandeza da tua força teus adversários se curvam diante de ti”. (Sl 65, 1-3)

Terça-feira, 16 de abril-2024. 3ª SEMANA DA PÁSCOA. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 16 abril 2024
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1) Oração

Ó Deus, que abris as portas do reino dos céus aos que renasceram pela água e pelo Espírito Santo, aumentai em vosso filhos a graça que lhes destes para que, purificados de todo o pecado, obtenham os bens que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (João 6, 30-35)

Naquele tempo, 30os judeus perguntaram: “Que sinais realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Que obras fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: ‘Deu-lhes a comer o pão do céu’”. 32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu. É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. 34Eles então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão!” 35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede.

 

3) Reflexão

O Discurso do Pão da Vida não é um texto para ser discutido e dissecado, mas sim para ser meditado e ruminado. Por isso, caso você não entender logo tudo, não se preocupe. Este texto do Pão da Vida exige toda uma vida para meditá-lo e aprofundá-lo. Um texto assim, a gente deve ler, meditar, rezar, pensar, ler de novo, repetir, ruminar, como se faz com um doce gostoso na boca. Vai virando e virando, até se gastar. Quem lê o Quarto Evangelho superficialmente pode ficar com a impressão de que João repete sempre a mesma coisa. Lendo com mais atenção, você perceberá que não se trata de repetição. O autor do Quarto Evangelho tem um jeito próprio de repetir o mesmo assunto, mas num nível cada vez mais alto ou mais profundo. Parece uma escada em caracol. Girando você volta ao mesmo lugar, mas num nível mais alto ou mais profundo.

João 6,30-33: Que sinal realizas para que possamos crer?  O povo tinha perguntado: O que devemos fazer para realizar a obra de Deus? Jesus respondeu: “A obra de Deus é acreditar naquele que ele enviou”, isto é, crer em Jesus. Por isso o povo formula nova pergunta: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Qual é a tua obra?” Isto significa que eles não entenderam a multiplicação dos pães como um sinal da parte de Deus para legitimar Jesus junto ao povo como o enviado de Deus! E eles continuam argumentando: No passado, nossos pais comeram o maná que foi dado por Moisés! Eles o chamavam de “pão do céu” (Sb 16,20), ou seja, “pão de Deus”. Moisés continua sendo o grande líder, no qual acreditam. Se Jesus quer que o povo acredite nele, deve fazer um sinal maior que o de Moisés. “Qual a tua obra?”

Jesus responde que o pão dado por Moisés não era o pão verdadeiro do céu. Veio do alto, sim, mas não era o pão de Deus, pois não garantiu a vida para ninguém. Todos eles morreram no deserto (Jo 6,49). O pão do céu verdadeiro, o pão de Deus, é aquele que vence a morte e traz vida! É aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. É o próprio Jesus! Jesus tenta ajudar o povo a se libertar dos esquemas do passado. Para ele, fidelidade ao passado não significa fechar-se nas coisas de antigamente e recusar a renovação. Fidelidade ao passado é aceitar o novo que chega como fruto da semente plantada no passado.

João 6,34-35: Senhor, dá-nos sempre desse pão! Jesus responde claramente: "Eu sou o pão da vida!" Comer o pão do céu é o mesmo que crer em Jesus e aceitar o caminho que ele ensinou, a saber: "O meu alimento é fazer a vontade do Pai que está no céu!" (Jo 4,34). Este é o alimento verdadeiro que sustenta a pessoa, dá rumo e traz vida nova. Este último versículo do evangelho de hoje (Jo 6,35) será retomado como primeiro versículo do evangelho de amanhã (Jo 6,35-40).

 

4) Para um confronto pessoal

1) Fome de pão, fome de Deus. Qual dos dois predomina em mim?

2) Jesus disse: “Eu sou o pão da vida”. Ele mata a fome e a sede. Qual a experiência que tenho neste ponto?

 

5) Oração final

Inclina para mim teu ouvido, vem depressa livrar-me. Sê para mim o rochedo que me acolhe, refúgio seguro, para a minha salvação. Pois tu és minha rocha e meu baluarte, pelo teu nome me diriges e me guias. (Sl 30, 3-4)

Existe salvação fora do extremismo religioso? Talvez não

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Publicado em 16 abril 2024
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Principal nome entre pastores antibolsonaristas, Ed Rene Kivitz sobe o tom e parte para o ataque

 

O pastor batista Ed René Kivitz, crítico dos apoiadores de Bolsonaro e do fundamentalismo cristão - Danilo Verpa/Folhapress

Juliano Spyer

Antropólogo, autor de "Povo de Deus" (Geração 2020), criador do Observatório Evangélico e sócio da consultoria Nosotros

O pastor batista Ed Rene Kivitz é uma pedra no sapato do bolsonarismo evangélico. Ele é ao mesmo tempo um erudito, capaz de debater qualquer tema à luz da Bíblia e em alto nível, e um polemista. "Quem não incomoda, não faz a diferença", ele argumenta. Qual papel, então, está reservado a ele neste momento em que o campo evangélico flerta com o extremismo de direita?

Ed é o nome mais conhecido entre pastores que rejeitaram publicamente o bolsonarismo. Ele é um comunicador carismático e mantém um decoro ético que pastores progressistas e de esquerda muitas vezes não têm.

Ideologicamente, ele é ligado à Teologia da Missão Integral que, assim como a Teologia da Libertação, associa o cristianismo à militância social. E sem ter se pentecostalizado, ele conduz cultos exuberantes do ponto de vista estético, principalmente pelo uso da música acompanhando cultos. Esses componentes o tornaram uma liderança com influencia nacional: ele tem hoje 400 mil seguidores no Instagram e mais 263 mil no YouTube.

Ed influencia o campo evangélico mesmo somando apenas uma fração da audiência de pastores bolsonaristas como Claudio Duarte. Sua comunidade de fé, a Igreja Batista da Água Branca (Ibab), atua na formação de pastores e, mais recentemente, ela se tornou a principal alternativa a oferecer cultos online para desigrejados descontentes com a politização excessiva de suas igrejas.

Além disso, Ed decidiu se expor mais falando sobre política. Ele manteve uma posição conciliadora no debate público mesmo depois de ser violentamente cancelado em um ataque de pastores fundamentalistas e de ser excluído da Ordem dos Pastores Batistas.

Mas nas últimas duas semanas ele mudou de estratégia e abandonou a neutralidade: declarou que não tinha a obrigação de ser imparcial com racistas, fascistas e golpistas, que não convidaria lideranças como o deputado Nikolas Ferreira para pregar na Ibab, e dissecou criticamente a Teologia do Domínio que inspira o discurso de pastores bolsonaristas.

Somando prós e contras, Ed Rene continuará a influenciar o debate político entre religiosos, mas de forma modesta. Novos ataques devem levar um intelectual como ele a se posicionar cada vez mais próximo do campo progressista. Ao fazer isso, ele será celebrado por artistas e influenciadores de esquerda, como acontece com o pastor Henrique Vieira. Mas suas falas, que já não chegam à massa pentecostal, continuarão afastando os evangélicos moderados, que rejeitam a instrumentalização de suas igrejas, mas não querem relativizar a pauta de costumes.

E assim o pensamento fundamentalista continuará atuando para descreditar e isolar quem, no campo evangélico, se contrapuser a ele. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

EM RITUAL INÉDITO NO PAÍS, DOM LEOMAR BRUSTOLIN CONFERE O MINISTÉRIO DE CATEQUISTA A GRUPO DE 19 CATEQUISTAS

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Publicado em 14 abril 2024
  • Dom Leomar Brustolin,
  • Motu próprio Antiquum Ministerium
  • catequistas
  • Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB,
  • foram instituídos no ministério 19 catequistas representando todos os regionais da CNBB
  • 61ª Assembleia da CNBB

 

Neste sábado, 13 de abril de 2024, o arcebispo de Santa Maria, presidente da Comissão Episcopal Bíblico-Catequética da CNBB, dom Leomar Brustolin, presidiu a Celebração de Instituição do Ministério do Catequista, durante a 61ª Assembleia Geral da CNBB. A celebração foi a primeira missa no Brasil na qual foram instituídos no ministério 19 catequistas representando todos os regionais da CNBB.

Dom Leomar em sua homilia apresentou a importância do ministério do Catequista na atualidade e seu papel fundamental para a propagação da Palavra de Deus. Durante a reflexão, ele destacou a necessidade de fortalecer o anúncio do Evangelho e o acompanhamento das pessoas na comunidade cristã, citando a exortação apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco. Ele ressaltou a importância de reconhecer a presença de Jesus em meio às adversidades da vida, fazendo referência ao relato bíblico da travessia do Mar da Galileia.

Ainda na homilia, também, enfatizou o papel fundamental dos catequistas na evangelização, mencionando a instituição desse ministério pelo Papa Francisco através do Motu próprio Antiquum Ministerium. Dom Leomar expressou sua gratidão aos 19 catequistas presentes na celebração, representantes dos 19 regionais da CNBB e reconheceu a diversidade de contextos em que atuam, desde comunidades indígenas até o trabalho com pessoas com deficiência.

Por fim, o bispo convidou os novos catequistas a rezar pelos que os convidaram para esse ministério, suas famílias e suas comunidades de origem. Ele os encorajou a seguir firmes em sua vocação, confiando na presença constante do Senhor em suas vidas. Durante a Celebração os catequistas escolhidos receberam símbolos que expressam a caminhada para a vida de Ministros da Catequese.

 

Símbolos entregues durante o ritual

A Cruz

Para o catequista, a cruz representa não apenas um símbolo de fé, mas também um profundo compromisso com a missão de transmitir os ensinamentos de Cristo. A cruz é um lembrete constante do sacrifício supremo de Jesus e do amor redentor que ele demonstrou por toda a humanidade.

Para o catequista, carregar a cruz significa seguir o exemplo de Cristo, dedicando-se ao serviço aos outros, à educação na fé e ao testemunho do Evangelho. Assim, a cruz na vida do catequista é um símbolo de renúncia pessoal, de entrega total a Deus e de uma jornada de fé e serviço ao próximo.

 

A Bíblia

A Bíblia é mais do que um livro sagrado; é uma fonte inesgotável de sabedoria, inspiração e orientação. Ela não apenas instrui sobre a fé e os ensinamentos cristãos, mas também nutre e fortalece a sua própria jornada espiritual. A Bíblia é o mapa que guia o catequista em sua missão de transmitir os ensinamentos de Cristo aos outros, servindo como um manual vivo de amor, compaixão e justiça. Ao mergulhar nas palavras sagradas, o catequista encontra respostas para as perguntas mais profundas da vida e descobre uma fonte de esperança e consolo em tempos de desafio. Assim, a Bíblia se torna não apenas um livro, mas um companheiro essencial em sua caminhada de fé e serviço.

A celebração foi um momento fecundo para os novos ministros da catequese. Todos sentiram-se abençoados sabendo do significado que é receber este Ministério como um serviço e de grande responsabilidade, que se traduz em amor a igreja e missão.

 

Testemunhos:

Para Maria Lúcia Pagliari Maciel, da diocese de Umuarama (PR), representando a CNBB Sul 2: “a catequese é permanente e tudo que o que eu rezo, falo e prego é aquilo que eu vivo. Vivo a catequese com a vida. Cristo vive e permanece em nós! As pessoas precisam sentir Jesus no seu olhar, na sua fala e no seu viver de cada dia.”

Flávio Souza dos Santos, da diocese de Eunápolis (BA) representante da CNBB Nordeste 3 diz que “a instituição recebida representa o coroamento dessa caminhada de evangelização que realizamos através do serviço à Catequese, levando as pessoas ao mergulho no grande mistério do encontro e do conhecimento de Jesus Cristo.”

A representante do Leste 2, da arquidiocese de Mariana (MG), Sueli de Fátima da Silva expressa que esse momento “foi o reavivamento e fortalecimento da vocação. Catequese é vocação, é dom Deus! O compromisso com o Reino de Deus e fazer com que Jesus Cristo se torne cada dia mais conhecido.”

“Como Ministra da Catequese estou sentindo a graça de viver este dom. E receber a Cruz, me parece muito pesada, mas seu propósito foi por amor, amor por mim, amor a Deus… Receber a Palavra de Deus, também tem um grande peso, pois traz consigo experiências de uma verdadeira Fé e um verdadeiro Testemunho. Mas o Senhor me chamou e eu respondi: Eis me aqui… Toma-me Senhor segundo Teu propósito”, são as palavras de Anamar Ferreira Arrais Silva, da diocese de Goiás, representante da CNBB Centro-Oeste.

Com colaboração de Jaison Alves (Sul 4) | Comunicação 61ª AG CNBB. Fonte: www.cnbb.org.br

Que fazem os bispos na assembleia da CNBB?

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Publicado em 13 abril 2024
  • Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ,
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  • A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
  • 279 circunscrições eclesiásticas,
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  • prelazias
  • Dom Odilo P. Scherer

Que fazem os bispos na assembleia da CNBB?

A Igreja é servida e conduzida, em cada diocese, pelo seu bispo próprio, unido ao papa, e no Brasil inteiro, pelo conjunto dos bispos, unidos na Conferência Episcopal

 

Por Dom Odilo P. Scherer

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), seguindo uma praxe consolidada, realiza sua assembleia anual no período pascal. Desta vez, ela ocorre em Aparecida, junto do Santuário da Padroeira do Brasil, de 10 a 19 de abril. Na pauta constam abundantes momentos de oração, relatórios, prestações de contas, reflexões sobre a realidade da Igreja e do povo brasileiro, partilha fraterna entre os bispos e muito diálogo entre eles. Também sempre se faz um dia de retiro espiritual, que, desta vez, foi pregado pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé.

A Igreja Católica Apostólica Romana possui atualmente, no Brasil, 279 circunscrições eclesiásticas, entre dioceses, prelazias e eparquias de ritos católicos orientais, com 484 bispos, dos quais 317 estão em função e 167 são eméritos (aposentados). Também participam da assembleia cinco bispos de recente nomeação, ainda não ordenados, além de alguns administradores diocesanos sacerdotes, que cuidam de dioceses vacantes, enquanto estas esperam a nomeação de seus bispos próprios.

O assunto principal da assembleia são as atuais diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja, no contexto da realidade eclesial, cultural e social brasileira e à luz do sínodo universal, que ocorre em Roma, convocado pelo papa Francisco. As diretrizes gerais da CNBB são rediscutidas a cada quatro anos, para receber novos enfoques sobre a vida e a ação da Igreja em nosso país. No essencial, contudo, as diretrizes orientam-se pela perene e sempre atual missão que Jesus conferiu aos apóstolos e seus sucessores: “Proclamar e testemunhar o Evangelho a toda criatura” (cf. Mc 16.15).

Outro tema saliente na pauta desta assembleia-geral da CNBB é o sínodo sobre “a Igreja sinodal, em comunhão, participação e missão”. Embora ainda deva ocorrer a segunda parte da assembleia sinodal, em outubro deste ano, o episcopado já reflete sobre o significado e as implicações deste sínodo universal, que deverá contribuir muito para uma profunda renovação da Igreja a partir de dentro dela mesma. Como não poderia deixar de ser, também o Jubileu de 2025 será tema de reflexão e orientação durante a assembleia. A cada 25 anos, a Igreja é convocada pelo papa a celebrar um ano Santo, ou Jubileu, para dar graças a Deus e se renovar em sua vida e missão.

Como se trata da assembleia formal de um organismo, é compreensível que também haja a apresentação de relatórios e prestações de contas. Dedica-se um bom espaço à reflexão sobre a situação social, política e religiosa do Brasil. De fato, os bispos exercem sua missão pastoral em contextos humanos concretos, que os desafiam, estimulam e também angustiam no cumprimento de sua missão de pastores do povo de Deus. Em particular, a situação religiosa, à luz do mais recente Censo, está sendo atentamente analisada e refletida pelos bispos, ajudados por peritos e estudiosos dos fenômenos sociais, culturais e religiosos.

Cada bispo é o responsável imediato pela vida cristã e a missão eclesial em sua diocese. Ajudado pelo seu clero, religiosos e leigos, ele procura dar conta do anúncio do Evangelho, da condução do povo na fé, da celebração dos sacramentos e da animação da caridade de todos para com todos, especialmente para com os pobres e mais necessitados. Porém eles não atuam de maneira isolada, sem estarem em comunhão com os demais bispos e com o papa. O bispo é nomeado pelo papa, que confere legitimidade à sua condição de membro do “colégio episcopal” e lhe dá uma missão específica na Igreja. Além de cuidarem da própria diocese, os bispos também devem preocupar-se com o bem da Igreja inteira. As Conferências Episcopais, que são organismos colegiados do episcopado, estão a serviço da solicitude de cada bispo por sua igreja particular e por toda a Igreja. Por isso, a situação da vida do povo e a preocupação missionária estão sempre presentes nas assembleias da CNBB.

Um dos temas tratados nesta assembleia é o Pontifício Colégio Pio Brasileiro, de Roma. Essa instituição, fundada pelo papa Pio XI há 90 anos, está a serviço da Igreja no Brasil e oferece às dioceses a possibilidade de enviar padres para realizarem estudos eclesiásticos aprofundados nas Universidades Pontifícias de Roma. O benefício é da Igreja do Brasil inteiro. Há pouco mais de uma década, a direção e a manutenção deste colégio passaram à responsabilidade da CNBB. Trata-se de um esforço conjunto para beneficiar dioceses de todo o Brasil.

As Conferências Episcopais, sempre aprovadas e constituídas pelo papa, são uma forma concreta de exercício da colegialidade episcopal, quer em assuntos pastorais, quer em assuntos doutrinais. Elas são regradas pelo Direito Canônico e pelo estatuto próprio de cada uma, aprovado pela Santa Sé. Em palavras breves, a Igreja Católica no Brasil é servida e conduzida, em cada diocese, pelo seu bispo próprio, unido ao papa, e no Brasil inteiro, pelo conjunto dos bispos, unidos na Conferência Episcopal.

*É CARDEAL-ARCEBISPO DE SÃO PAULO Fonte: https://www.estadao.com.br

Padre é preso com armas dentro de carro da diocese de Caruaru, em Campina Grande

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Publicado em 12 abril 2024
  • Diocese de Caruaru,
  • Padre Diozene Francisco,
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  • Padre é preso com armas e munições
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  • Paróquia São José Chã Grande,
  • Central de Polícia de Campina Grande

Padre foi preso com uma pistola de uso restrito, um revólver calibre 38, 49 munições, dois rádios comunicadores e uma câmera portátil.

 

Padre é preso com armas e munições em Campina Grande — Foto: Reprodução/TV Paraíba

 

Por g1 PB

Um padre foi preso, nesta quinta-feira (11), suspeito de porte ilegal de armas. De acordo com apuração da TV Paraíba, o suspeito estava em um carro da diocese, quando foi parado em uma blitz da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran), que identificou que o padre estava com munições e duas armas, sendo uma delas de uso restrito.

Ainda segundo informações da TV Paraíba, o padre foi preso com um revólver calibre 38, uma pistola .40 de uso restrito, 49 munições, dois rádios comunicadores e uma câmera portátil. A pistola está registrada no nome de um policial militar de Pernambuco, e a polícia ainda não identificou se o revólver está registrado.

De acordo com a defesa do padre, ele é um homem íntegro, sem passagens pela polícia. As armas pertenciam a um conhecido dele, que tem porte, e que acabou deixando o material no carro do padre. A defesa também informou que tudo será esclarecido no processo.

O padre é vinculado à Diocese de Caruaru. O g1 entrou em contato com a Secretaria de Cúria do município pernambucano, que informou que já está ciente do ocorrido, mas não afirmou se vai tomar medidas internas contra o religioso. Fonte: https://g1.globo.com

Padre de Chã Grande é preso com armas e munições

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Publicado em 12 abril 2024
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  • zona da mata de Pernambuco.
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Foi preso em Campina Grande, estado da Paraíba, o Padre Diozene Francisco, responsável pela paróquia de Chã Grande, zona da mata de Pernambuco. No veículo do religioso, a polícia encontrou armas e munições.

O padre teve o veículo parado em blitz e o código QR da placa do veículo estava coberto, talvez para dificultar a identificação. O padre ficou nervoso durante a abordagem, o que levantou suspeita.

Para a DEPOL a polícia conduziu o padre e o armamento. A polícia informou que foram encontradas 19 munições do calibre .40; 35 balas de calibre 38; além de 16 cápsulas já deflagradas. A polícia também apreendeu um revólver e uma pistola com dois carregadores. O padre responderá por crime de porte e posse ilegal de arma de fogo e munições. Fonte: https://pernambuconoticias.com.br

Quinta-feira, 11 de abril-2024. 2ª SEMANA DA PÁSCOA. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 11 abril 2024
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1) Oração

Concedei, ó Deus, que vejamos frutificar em toda a nossa vida as graças do mistério pascal, que instituístes na vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (João 3, 31-36)

Naquele tempo, João Batista disse aos seus discípulos: 31Aquele que vem do alto está acima de todos. Quem é da terra, pertence à terra e fala coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. 32Ele dá testemunho do que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. 33Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro. 34De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, pois ele dá o espírito sem medida. 35O Pai ama o Filho e entregou tudo em suas mãos. 36Aquele que crê no Filho tem a vida eterna. Aquele, porém, que se recusa a crer no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.

 

3) Reflexão

No dia 12 de janeiro deste ano meditamos João 3,22-30, que traz o último testemunho de João Batista a respeito de Jesus. Era a resposta dada por ele aos seus discípulos, e na qual reafirmou que ele, João, não é o Messias mas apenas o precursor (Jo 3,28). Naquela ocasião, João disse aquela frase tão bonita que resume o seu testemunho: "É necessário que ele cresça e eu diminua!" Esta frase é o programa de todos e de todas que querem seguir Jesus.

Os versículos do evangelho de hoje são, novamente, um comentário do evangelista para ajudar as comunidades a entender melhor todo o alcance das coisas que Jesus fez e ensinou. Temos aqui uma outra amostra daqueles três fios de que falamos ontem.

João 3,31-33: Um refrão que sempre volta. Ao longo do evangelho de João, muitas vezes aparece o conflito entre Jesus e os judeus que contestam as palavras de Jesus. Jesus fala a partir do que ele ouve do Pai. Ele é total transparência. Os seus adversários, por não se abrirem para Deus e por se agarrarem nas suas próprias idéias aqui da terra, não são capazes de entender o significado profundo das coisas que Jesus vive, diz e faz. No fim, é este mal-entendido que vai levar os judeus a prender e condenar Jesus.

João 3,34: Jesus nos dá o Espírito sem medida. O evangelho de João usa muitas imagens e símbolos para significar a ação do Espírito. Como na criação (Gn 1,1), assim o Espírito desceu sobre Jesus "como uma pomba, vinda do céu" (Jo 1,32). É o começo da nova criação! Jesus fala as palavras de Deus e nos comunica o Espírito sem medida (Jo 3,34). Suas palavras são Espírito e vida (Jo 6,63). Quando Jesus se despediu, ele disse que ia enviar um outro consolador, um outro defensor, para ficar conosco. É o Espírito Santo (Jo 14,16-17). Através da sua paixão, morte e ressurreição, Jesus conquistou o dom do Espírito para nós. Através do batismo todos nós recebemos este mesmo Espírito de Jesus (Jo 1,33). Quando apareceu aos apóstolos, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo!" (Jo 20,22). O Espírito é como água que jorra de dentro das pessoas que crêem em Jesus (Jo 7,37-39; 4,14). O primeiro efeito da ação do Espírito em nós é a reconciliação: "Aqueles a quem vocês perdoarem os pecados serão perdoados; aqueles aos quais retiverem, serão retidos" (Jo 20,23). O Espírito nos é dado para que possamos lembrar e entender o significado pleno das palavras de Jesus (Jo 14,26; 16,12-13). Animados pelo Espírito de Jesus podemos adorar a Deus em qualquer lugar (Jo 4,23-24). Aqui se realiza a liberdade do Espírito de que fala São Paulo: "Onde há o Espírito do Senhor, aí está a liberdade" (2Cor 3,17).

João 3,35-36: O Pai ama o filho. Reafirma a identidade entre o Pai e Jesus. O Pai ama o filho e entregou tudo em sua mão. São Paulo dirá que em Jesus habita a plenitude da divindade (Col 1,19; 2,9). Por isso, quem aceita Jesus e crê em Jesus ele já tem a vida eterna, pois Deus é vida. Quem recusa crer em Jesus se coloca a si mesmo do lado de fora.

 

4) Para um confronto pessoal

1) Jesus nos comunica o Espírito sem medida. Você teve ou tem alguma experiência desta ação do Espírito em sua vida?

2) Quem crê em Jesus tem a vida eterna. Como isto acontece hoje na vida das famílias e das comunidades?

 

5) Oração final

O SENHOR está perto de quem tem o coração ferido, salva os ânimos abatidos. Muitas são as desventuras do justo, mas de todas o SENHOR o livra.  (Sl 33, 19-20)

Padre que organizou orgia na Polônia é condenado a 18 meses de prisão

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Publicado em 10 abril 2024
  • crimes sexuais
  • padre Tomasz Z,
  • Sosnowiec
  • Dabrowa Gornicza,
  • mídia polonesa,
  • bispo polonês Grzegorz Kaszak,

Sacerdote respondeu por crimes sexuais e por não ter socorrido garoto de programa que desmaiou por excesso de 'Viagra'

 

SÃO PAULO

Um padre polonês foi condenado a 18 meses de prisão por crimes sexuais e de drogas, informou a agência de notícias estatal PAP nesta terça-feira (9). O padre, identificado apenas como Tomasz Z devido às leis de privacidade do país, foi acusado pelos crimes após um incidente em que um garoto de programa teria desmaiado durante uma orgia na casa do clérigo.

Segundo os veículos de mídia da Polônia, o profissional do sexo teria desmaiado depois de tomar muitas pílulas para disfunção erétil. Um dos padres presentes na reunião então chamou uma ambulância, mas quando os paramédicos chegaram, os frequentadores do encontro proibiram a entrada. Só foi prestado atendimento após a polícia ser acionada, apontaram os relatos.

Organizada pelo padre Tomasz Z, a orgia aconteceu entre os dias 30 e 31 de agosto de 2023 e, de acordo com o jornal polonês Gazeta Wyborcza, envolvia padres e garotos de programa e foi realizada em um prédio pertencente à paróquia da Santíssima Virgem Maria dos Anjos, na cidade de Dabrowa Gornicza. Quando confrontado sobre a festa sexual pela mídia polonesa, o clérigo contestou o número de padres presentes na reunião e disse que "vale a pena ler qual é a definição de orgia".

Devido à natureza do caso, o julgamento foi realizado a portas fechadas, conforme reportou a PAP. Além da condenação por crimes sexuais e fornecimento de drogas, por não ter prestado ajuda a uma pessoa que corria risco de morte, Tomasz Z foi obrigado a pagar à vítima o equivalente a mais de R$ 19 mil, bem como terá de pagar uma indenização a um fundo criado para ajudar as vítimas de crimes sexuais.

O grande escândalo, que envolve as dioceses vizinhas de Sosnowiec e Dabrowa Gornicza, veio à tona em setembro de 2023. No mês seguinte, o Vaticano, sem comunicar um motivo oficial, aceitou a renúncia de um bispo polonês Grzegorz Kaszak, que administrava a unidade de Sosnowiec.

Apesar de Kaszak não estar entre os acusados de terem se envolvido na suposta orgia, os relatos dizem que ele está sendo responsabilizado pela conduta dos padres sob seu comando. "Peço a todos que perdoem minhas limitações humanas", escreveu o bispo em sua declaração. "Se ofendi alguém ou negligenciei algo, sinto muito."

Antes de renunciar, entretanto, Kaszak abriu uma investigação, a qual concluiu que Tomasz Z cometeu "uma violação muito grave das normas morais" e de suas obrigações como clérigo. O padre, então, foi demitido de todas as funções em 21 de setembro.

Com Reuters. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Evangélicos não são bloco único e caricatura do 'crente careta' é erro, diz jornalista.

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Publicado em 08 abril 2024
  • evangélicos
  • Anna Virginia Balloussier
  • igrejas evangélicas brasileiras
  • O Púlpito

Anna Virginia Balloussier analisa no livro 'O Púlpito' as transformações e divergências entre igrejas nas últimas décadas

 

A escritora e jornalista Anna Virginia Balloussier, autora de 'O Púlpito' - Marcus Leoni/Divulgação

 

 

Reinaldo José Lopes

SÃO CARLOS (SP)

Não há nada de monolítico na ascensão das igrejas evangélicas brasileiras durante as últimas décadas. Apesar da popularidade e da influência de alguns pastores mais conhecidos, trata-se de um fenômeno complexo, altamente pulverizado e em constante transformação, mostra "O Púlpito", novo livro da jornalista Anna Virginia Balloussier.

Embora a repórter da Folha tenha se especializado na cobertura das relações entre o movimento evangélico e os bastidores da política há mais de dez anos, a obra dá igual peso aos aspectos sociais, comportamentais e até econômicos do crescimento dessa comunidade diversa.

Com isso, caem por terra alguns estereótipos, a começar pela "caricatura do crente careta e severo, avesso a qualquer coisa que não seja a graça divina", diz ela. Balloussier descreve as transformações no meio evangélico com bom humor e alguma dose de ironia, algo que, para a autora, é bastante comum entre os "crentes" de hoje.

"O que não pode é dar a entender que se está a rir deles, e não com eles", explica ela. "Como circulo há bastante tempo nas igrejas, posso me dar essa liberdade com pessoas mais próximas, que sei que não se incomodam, pelo contrário, são as primeiras a usar o humor para falar de si."

Essa combinação estranha, ao menos para quem está de fora, de intensa devoção ao texto bíblico, de um lado, e irreverência e flexibilidade, de outro, aparecem nos mais diversos aspectos da expansão evangélica.

Nesse cenário cabem desde a criação de produtos eróticos especialmente dedicados a apimentar o casamento (fielmente monogâmico, é claro) das "irmãs" até a disputa pelo filão das feiras de produtos religiosos, um mercado no qual há pessoas sedentas para consumir livros, moda e música pensados para a visão de mundo delas.

E acontece ainda a convergência, em diversos casos, da pregação cristã com a linguagem dos "coaches", eivada de ideias de autoajuda e busca de ascensão pessoal.

Tudo isso começa a fazer um pouco mais de sentido quando se consideram as transformações demográficas pelas quais a tradição evangélica passou conforme foi deixando de ser minoritária no Brasil, diz Balloussier.

"O perfil evangélico começou mais branco, porque era a religião dos imigrantes protestantes vindos da Europa e dos Estados Unidos. Mas a presença na população ainda era residual. Sobretudo depois do pentecostalismo, os evangélicos foram se tornando cada vez mais a cara da base brasileira", resume.

"Hoje a maioria nas igrejas é negra, feminina e vinda de classes baixas. A questão é entender por que essa religião se popularizou tanto nas periferias. Diria que tem muito a ver com os laços comunitários que fornece, e também com perspectivas de mobilidade social: com a ajuda dos irmãos, o fiel quer prosperar."

O crescimento numérico foi acompanhado de um avanço concomitante na relação com a política e a mídia, vistas com reserva ou mesmo com repulsa quando os "crentes" eram poucos em meio a um mar de católicos. A atual associação dos líderes desse avanço com o bolsonarismo foi sendo construída em etapas, segundo ela.

"Essa liderança evangélica de projeção nacional, os ‘grandes nomes’ que a gente tanto vê na mídia e nas redes sociais, tinha um pendor mais fisiológico no passado, se podemos colocar assim", explica Balloussier. "Apoiavam o governante da vez argumentando que seria um dever bíblico orar e torcer por eles. Basta lembrar que, nos anos 2010, você tinha no retrato com o PT Silas Malafaia, Edir Macedo, Magno Malta, [Marco] Feliciano, para citar nomes que depois repudiaram Lula e companhia."

Mesmo dentro de um único grande "guarda-chuva" eclesial, o da Assembleia de Deus, a eleição de 2010 trouxe apoios pulverizados.

Naquele pleito, dos grandes subgrupos assembleianos, o Ministério Belém apoiou a candidatura presidencial de José Serra (PSDB), o Ministério Madureira se declarou favorável a Dilma Rousseff (PT) e o Santo Amaro endossou Marina Silva. É algo nada surpreendente no caso das igrejas evangélicas, que frequentemente não possuem nenhum tipo de autoridade central, mesmo tendo uma origem comum.

A convergência em favor do bolsonarismo, para a autora, foi um fenômeno multifatorial, favorecido pela ascensão das redes sociais e seu pendor pela polarização, a reação contra o fortalecimento dos movimentos identitários e a dificuldade da esquerda de dialogar com esse segmento do eleitorado. "Ou vem com tutela ou com ofensa. Aí fica fácil para o outro lado."

"Como bônus, destacaria não só a maior afinidade ideológica entre esses pastores e [Jair] Bolsonaro, mas um espaço inédito para eles em Brasília. Eram convidados para o Planalto, ocuparam cargos altos. Sentiram-se prestigiados para além da conveniência eleitoreira." Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Motorista que não usava cinto de segurança é arremessado para fora de carro em acidente na Via Dutra

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Publicado em 06 abril 2024
  • Polícia Rodoviária Federal,
  • Via Dutra,
  • acidente na Via Dutra

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, condutor capotou com o carro por estar com sinais de embriaguez. Ele foi socorrido com ferimentos graves. Acidente foi no trecho que passa por Barra Mansa.

 

Motorista embriagado fica ferido após capotamento na Via Dutra, em Barra Mansa — Foto: Reprodução/Polícia Rodoviária Federal 

 

Por g1 Sul do Rio e Costa Verde

Um motorista foi arremessado para fora do carro em um acidente na Via Dutra, em Barra Mansa (RJ), na manhã deste sábado (6). O veículo bateu contra um barranco e capotou na altura do km 280, na pista sentido Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o acidente aconteceu após o condutor perder o controle da direção do automóvel por estar com sinais de embriaguez. A vítima, de 58 anos, foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para a Santa Casa em estado grave.

Procurada pelo g1, a unidade médica não havia informado o estado de saúde do motorista até a publicação desta reportagem.

O carro ficou com as rodas para cima no meio da rodovia. O trânsito chegou a fluir pelo acostamento, com 2 km de congestionamento, mas foi normalizado no início desta tarde.

Ainda de acordo com a PRF, o motorista foi multado em por não usar o cinto de segurança e pelo carro estar com os quatro pneus carecas e com o licenciamento vencido. O automóvel foi rebocado para o pátio, e o condutor teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. Fonte: https://g1.globo.com

REMÉDIO DA MISERICÓRDIA

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Publicado em 06 abril 2024
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  • Domingo da Divina Misericórdia
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  • A misericórdia de Deus,

 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte (MG)

A Festa da Divina Misericórdia, no segundo domingo do tempo da Páscoa, retrata a propriedade da misericórdia do Pai dedicada à humanidade, a partir da amorosa oferta de Deus: seu Filho Jesus, o Redentor, morre na cruz e ressuscita, pela ação vivificante do Espírito Santo. A Festa, instituída na Igreja Católica por São João Paulo II, contribui para acolher os ensinamentos do tempo pascal que, se vividos e acolhidos, podem mudar vidas e o próprio rumo da sociedade. Não compreender o alcance luminoso da Divina Misericórdia é arriscar a se perder nas incredulidades que levam à soberba, aos radicalismos, à perda da ternura que é essencial para superar inimizades, comprometendo gestos de amizade social e, consequentemente, a fraternidade universal.  

Convence sobre os riscos da incredulidade o episódio narrado pelo evangelista João, quando conta sobre a arriscada ausência do apóstolo Tomé da comunidade dos primeiros discípulos de Jesus. A comunidade, embora emoldurada pelo medo e, por isso mesmo, vivendo “a portas fechadas”, é o lugar singular para experimentar a presença misericordiosa de Deus, manifestada na presença amorosa de Cristo Ressuscitado. Ao ouvir o testemunho alegre dos outros apóstolos, anunciando a vitória da vida sobre a morte, por terem visto o Senhor, Tomé reage com soberba. Impõe condições para acreditar no relato dos outros discípulos, encharcado pela comum pretensão humana de se julgar proprietário das melhores razões, das justificativas mais plausíveis, desconsiderando outras perspectivas. Insolente e orgulhoso, Tomé diz que se não conferir as mãos e os pés de Jesus, se não colocar o seu dedo no lado chagado do Crucificado-Ressuscitado, não se abrirá à experiência de crer.  

Tomé rege-se, assim, por um orgulho capaz de fecundar o autoritarismo e de invalidar o testemunho dos outros apóstolos, agraciados pela presença visível de Jesus Ressuscitado. O incrédulo e soberbo é salvo pelo gesto misericordioso de Jesus, que não desistiu de Tomé, mas desmontou seus argumentos, oferecendo-lhe a oportunidade para a cura da incredulidade. O Mestre fez brotar do mais profundo do coração de seu discípulo a confissão: “Meu Senhor e meu Deus”. O risco da incredulidade é grande e perigoso. Pode ser sutil, sendo capaz de camuflar a força dominadora do egoísmo com aparentes boas ações. Mas, no fim, prevalece o mal provocado pelo egoísmo, que leva a personalismos capazes de dogmatizar conceitos sobre o semelhante, de eleger compreensões que inviabilizam a convivência com quem pensa diferente. Quem se deixa dominar pelo egoísmo torna-se incapaz de dedicar amor fraterno aos que não integram o seu “clube de amigos”, seu grupo político-partidário, a torcida de seu time, alimentando abominações e preconceitos.  

A doença da incredulidade, temperada pelo egoísmo e pelo orgulho no coração humano, impede a solução de graves problemas sociais, consolidando a expressão de perversidades e de exclusões. É mal tão perigoso que pode levar ao risco de se invalidar perspectivas diferentes das próprias convicções. Para enfrentar esse mal, deve-se viver a misericórdia – único selo autêntico para validar processos e escolhas que busquem o bem do semelhante. Há um caminho a percorrer para se aprender o exercício da misericórdia, tendo como horizonte diário o exemplo de Jesus Cristo, o rosto da misericórdia do Pai – que é rico em misericórdia. Não há outra possibilidade de conhecer e experimentar a misericórdia de Deus senão pela revelação de Jesus Cristo. Deve-se cultivar o amor ao Mestre. Isto significa cuidar para que sejam evitadas atitudes, aparentemente cristãs, mas que, na verdade, estão distanciadas, ou até constituem negação da misericórdia de Deus revelada em Jesus.  

Contemplar, permanentemente, o mistério da misericórdia, é sempre se aproximar da inesgotável fonte de serenidade, alegria e paz. Misericórdia é o caminho que proporciona a cada pessoa a experiência de frutuosa e reconciliadora união com Deus, fecundando a esperança fidedigna que salva a humanidade dos pessimismos e das posturas radicais, do rancor e da busca por vingança. Somente a misericórdia de Deus capacita seus filhos e filhas para o exercício da misericórdia, preferindo-a, ao invés de se apegar ao excesso de severidade, sem comprometer jamais a verdade e o bem. Uma capacitação essencial para alimentar o altruísmo, qualificar a cidadania e fortalecer a fraternidade. Abrir mão da misericórdia, pelo equívoco de confundi-la com fraqueza, é perder a oportunidade de dar novo rumo à própria vida, semeando o bem na vida do semelhante. É sempre importante se lembrar que Deus revela a sua onipotência por meio da sua misericórdia. A misericórdia de Deus perdoa e se compadece. É prova de seu poder. Não constitui uma ideia abstrata, mas um gesto de amor, repleto de ternura e de compaixão, de indulgência e de perdão.  

A misericórdia de Deus, revelada em Cristo, inscreve lições existencialmente desafiadoras. Cabe ao ser humano aprender a agir seguindo Jesus, seu modo único e irrepetível de tratar os pobres, doentes, marginalizados – Cristo é todo amor e gratuidade. A misericórdia não constitui somente o modo de agir do Pai, revelado em Jesus. É critério para identificar quem são os verdadeiros discípulos de Cristo. Todos são chamados a viver misericordiosamente. E o perdão é a expressão mais evidente do amor misericordioso. Perdoar, gesto de misericórdia, traz serenidade, constituindo uma sabedoria para se investir na solidariedade. A misericórdia convence o coração a abandonar o ressentimento, a violência, a busca por vinganças. Ecoe, na vivência da Festa da Divina Misericórdia, a palavra do apóstolo Paulo, escrevendo aos Efésios: “Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento”. A iluminadora palavra do Apóstolo seja capaz de consolidar, sempre mais, esta lição de Jesus: “Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”.  Fonte: www.cnbb.org.br

Sexta-feira, 5 de abril-2024. OITAVA DA PÁSCOA. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 05 abril 2024
  • Artigos do Frei Carlos Mesters,
  • Frei Carlos Mesters,
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  • Oitava da Páscoa
  • Lectio Divina do Frei Carlos Mesters,

 

1) Oração

Deus eterno e todo-poderoso, que no Sacramento pascal restaurastes vossa aliança, reconciliando convosco a humanidade, concedei-nos realizar em nossa vida o mistério que celebramos na fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (João 21, 1-14)

Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Gêmeo, Natanael, de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos dele. 3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Nós vamos contigo”. Saíram, entraram no barco, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já de manhã, Jesus estava aí na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Ele perguntou: “Filhinhos, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. 6Ele lhes disse: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Eles lançaram a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo que Jesus mais amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu e arregaçou a túnica (pois estava nu) e lançou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com o barco, arrastando as redes com os peixes. Na realidade, não estavam longe da terra, mas somente uns cem metros. 9Quando chegaram à terra, viram umas brasas preparadas, com peixe em cima e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. 11Então, Simão Pedro subiu e arrastou a rede para terra. Estava cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rasgou. 12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.

 

3) Reflexão

O Capítulo 21 do evangelho de São João parece um apêndice que foi acrescentado mais tarde depois que o evangelho já estava terminado. A conclusão do capítulo anterior (Jo 20,30-31) ainda deixa perceber que se trata de um acréscimo. De qualquer maneira, acréscimo ou não, é Palavra de Deus que traz uma bonita mensagem de ressurreição para esta sexta-feira da semana de Páscoa.

João 21,1-3: O pescador de homens volta a ser pescador de peixes.  Jesus morreu e ressuscitou. No fim daqueles três anos de convivência com Jesus, os discípulos voltaram para a Galiléia. Um grupo deles está de novo diante do lago. Pedro retoma o passado e diz: “Eu vou pescar!” Os outros disseram: “Nós vamos com você!” Assim, Tomé, Natanael, João e Tiago junto com Pedro saíram de barco e foram pescar. Retomaram a vida do passado como se nada tivesse acontecido. Mas algo aconteceu. Algo estava acontecendo! O passado não voltou! “Não pagaram nada!” Voltaram à praia cansados. Foi uma noite frustrante.

João 21,4-5: O contexto da nova aparição de Jesus.  Jesus estava na praia, mas eles não o reconheceram. Jesus pergunta: “Moços, por acaso vocês alguma coisa para comer?” Responderam: “Não!” Na resposta negativa reconheceram que a noite tinha sido frustrante e que não pescaram nada. Eles tinham sido chamados para serem pescadores de homens (Mc 1,17; Lc 5,10), e voltaram a ser pescadores de peixes. Mas algo mudou em suas vidas! A experiência de três anos com Jesus provocou neles uma mudança irreversível. Já não era possível voltar para atrás como se nada tivesse acontecido, como se nada tivesse mudado. 

João 21,6-8: Lancem a rede do lado direito do barco e vocês vão encontrar. Eles fizeram algo que, provavelmente, nunca tinham feito na vida. Cinco pescadores experimentados obedecem a um estranho que mandou fazer algo que contrastava com a experiência deles.  Jesus, aquela pessoa desconhecida que estava na praia, mandou que jogassem a rede do lado direito do barco. Eles obedeceram, jogaram a rede, e foi um resultado inesperado. A rede ficou cheia de peixes! Como era possível! Como explicar esta surpresa fora de qualquer previsão? O amor faz descobrir. O discípulo amado diz: “É o Senhor!” Esta intuição clareou tudo. Pedro se jogou na água para chegar mais depressa perto de Jesus. Os outros discípulos vieram mais devagar com o barco arrastando a rede cheia de peixes.

João 21,9-14: A delicadeza de Jesus.  Chegando em terra, viram que Jesus tinha aceso umas brasas e que estava assando peixe e pão. Ele pediu que trouxessem mais uns peixes. Imediatamente, Pedro subiu no barco, arrastou a rede com cento e cinquenta e três peixes. Muito peixe, e a rede não se rompeu. Jesus chamou a turma: “Venham comer!” Ele teve a delicadeza de preparar algo para comer depois de uma noite frustrada sem pescar nada. Gesto bem simples que revela algo do amor com que o Pai nos ama. “Quem vê a mim vê o Pai” (Jo 14,9). Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. E evocando a eucaristia, o evangelista João completou: “Jesus se aproximou, tomou o pão e distribuiu para eles”. Sugere assim que a eucaristia é o lugar privilegiado para o encontro com Jesus ressuscitado.

 

 4) Para um confronto pessoal

1) Já aconteceu com você ter que te pediram jogar a rede do lado direito do barco da sua vida, contrariando toda a sua experiência? Você obedeceu? Jogou a rede?

2) A delicadeza de Jesus. Como é a sua delicadeza nas coisas pequenas da vida?

 

5) Oração final

Celebrai o SENHOR, porque ele é bom; pois eterno é seu amor. Que Israel diga: eterno é seu amor. Que a casa de Aarão diga: eterno é seu amor. Digam os que temem o SENHOR: eterno é seu amor. (Sl 117, 1-4)

Ex-reitor da igreja da PUC-RJ é preso no Ceará por importunação sexual e estupro de vulnerável

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Publicado em 04 abril 2024
  • Padre Alexandre Paciolli
  • Ex-reitor da igreja da PUC-RJ é preso no Ceará por importunação sexual
  • Padre Alexandre Paciolli foi preso
  • importunação sexual e estupro de vulnerável

Padre Alexandre Paciolli foi preso preventivamente nesta quarta-feira (3); abusos aconteceram em agosto de 2022 e janeiro de 2023 em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, diz MPRJ

 

Ex-reitor da igreja da PUC-RJ é preso no Ceará por importunação sexual e estupro de vulnerávelReprodução/Redes Sociais

 

Victor Locatelida CNN*

O padre Alexandre Paciolli, acusado pelos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável, cometidos em agosto de 2022 e janeiro de 2023 contra uma mesma mulher, foi preso preventivamente na casa de seu pai, em Fortaleza, no Ceará, nesta quarta-feira (3). Os abusos aconteceram no município de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, informou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Ainda segundo o MP, no caso que ocorreu em Nova Friburgo, Paciolli utilizou da ingenuidade e da fé da vítima, abusando sexualmente dela sob a alegação de estar sentindo fortes dores. Por sua vez, a mulher não reagiu, uma vez que considerava o padre como seu sagrado protetor.

A denúncia foi oferecida pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Nova Friburgo, que também realizou as investigações, no último dia 26. O Ministério Público aponta que Paciolli é um líder religioso da Igreja Católica, muito carismático, além de ser influente e conhecido.

A pedido do MPRJ, a 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo expediu mandado de prisão preventiva.

A Arquidiocese do Rio de Janeiro já recebeu notícias de outros abusos sexuais cometidos pelo religioso, existindo outras investigações policiais em curso. A CNN procurou a instituição para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta nota.

Durante sua vida religiosa, o padre já foi reitor da Igreja da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), responsável pela Igreja de São José, no bairro da Lagoa, e apresentador de programas de televisão com temática religiosa.

A CNN tenta localizar a defesa de Alexandre Paciolli para um posicionamento. Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

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