Hacker diz que fez parte da chantagem contra padre Robson na delegacia após ser preso e teve que dar R$ 165 mil a delegado
- Detalhes

Padre Robson reassume reitoria do Santuário Basílica de Trindade pelos próximos quatro anos em Goiás — Foto: Afipe/Divulgação
Condenado por extorsão, ele afirmou em depoimento que produziu montagens enviadas ao pároco quando estava detido com permissão do delegado Kleiton Dias, que não quis se manifestar. Processo originou ação do MP sobre desvios na Afipe.
Por Sílvio Túlio e Gabriel Garcia, G1 GO e TV Anhanguera
O hacker Welton Ferreira Nunes Júnior, uma das cinco pessoas condenadas pela Justiça por extorquir dinheiro do padre Robson de Oliveira, disse em depoimento à Justiça que e-mails e imagens usados na chantagem foram criados de "dentro da delegacia", quando estava preso. Ele contou ainda que o delegado Kleyton Manoel Dias, responsável pela investigação do caso, consentiu o procedimento e, após a montagem do material, cobrou dele R$ 165 mil.
À TV Anhanguera, o delegado disse que não ia comentar o assunto. A Polícia Civil informou que a Corregedoria apura o caso. Já a defesa do padre Robson afirmou que o fato "somente reafirma que todo o conteúdo das mensagens mencionadas é falso" (leia na íntegra o posicionamento ao final do texto).
O processo de extorsão ao padre originou a Operação Vendilhões, deflagrada pelo MP para apurar desvios de doações feitas por fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), responsável pelo Santuário Basílica de Trindade, cidade na Região Metropolitana de Goiânia. Fundador e presidente da entidade, padre Robson se afastou das funções temporariamente. Ele nega qualquer irregularidade.
O depoimento de Welton consta no processo de extorsão. Nele, o hacker conta que foi contratado e receberia R$ 1,5 milhão para "pegar informações do padre" por uma suspeita de que ele tinha um caso amoroso. No entanto, ele optou por chantagear o próprio religioso, pedindo um valor maior - R$ 2 milhões - para não divulgar as supostas provas contra ele.
No processo, consta que Welton também teria um caso amoroso com o padre Robson. O hacker, apontado como o mentor da extorsão, disse que em todo momento conversou com o religioso por um aplicativo de mensagens.
Welton afirma que somente após a prisão é que começou produzir o material contra o padre e criar o e-mail que foi enviado com ele. Tudo isso, segundo ele, na delegacia e com a permissão do delegado.
"Eu fiquei uma semana lá na Deic [Delegacia Estadual de Investigações Criminais] criando isso aí (...). Fiquei uma semana dentro da sala do delegado fazendo isso aí", disse Welton no depoimento.
Uma dessas criações é um e-mail enviado ao padre em 24 de março de 2017. Usando a alcunha "Detetive Miami" - também criada na delegacia, segundo ele - o hacker escreve que está com "cópia de todos os seus emails" e "dois anos de conversa no WhatsApp".
No texto, ele cita ainda um suposto "caso" do religioso com uma mulher e cobra R$ 2 milhões para não divulgar o material.
No tempo em que ficou detido, ele disse que ficou preso "na sala do delegado", que dormia e tomava banho lá. Welton afirmou ainda que, quando terminou de criar o material, o delegado e alguns agentes começaram a cobrar dinheiro dele e até a agredi-lo. Ele diz que pagou, mas que o dinheiro era próprio e não da extorsão ao padre.
"Quando nós terminamos, aí o delegado falou 'eu quero dinheiro, eu quero dinheiro', e batia em mim (...). O dinheiro ficou com eles, né. Em torno de R$ 165 mil", disse.
Entenda o caso
No dia 21 de agosto, o MP deflagrou a Operação Vendilhões, que apura desvios de verba e lavagem de dinheiro na Afipe
A ação apura o uso de dinheiro da Afipe - em sua grande maioria doada por fiéis - na compra de fazendas, casas de praia e outros imóveis de luxo. O MP afirma que eram usados "laranjas" e empresas de fachada para a prática dos crimes
Um processo de extorsão sofrido pelo padre Robson originou a ação do MP. A Justiça afirma que um hacker extorquiu o pároco tinha um romance com ele e ameaçava expor casos
A investigação aponta que a Afipe movimentou cerca de R$ 2 bilhões na última década. Ao menos R$ 120 milhões teriam sido desviados
Fundador e presidente da Afipe, padre Robson se afastou do cargo por conta da operação. Ele era o responsável por gerir um orçamento de R$ 20 milhões mensais
Nota da Polícia Civil:
Em relação ao questionamento formulado, a Polícia Civil de Goiás informa que a atual gestão instaurou procedimento na Corregedoria da instituição para apurar eventual transgressão disciplinar de policiais civis. O procedimento é sigiloso enquanto estiver em andamento, razão pela qual não serão prestadas maiores informações.
Nota do padre Robson:
Isto somente reafirma que todo o conteúdo das mensagens mencionadas é falso. Os responsáveis já foram condenados pelo Judiciário com severas penas. Este processo, no qual o padre Robson figura como vítima destes criminosos, está sob sigilo, conforme decisão do Tribunal de Justiça de Goiás.
PADRE ROBSON E AFIPE
Fonte: https://g1.globo.com
É de outra Igreja que precisamos
- Detalhes

O caso envolvendo irregularidades com o padre Robson do Santuário do Pai Eterno em Goiânia, está em investigação, tomara que não passe de um engano, mas a validade do artigo do Pe. Manoel Joaquim não depende da culpa ou inocência do Pe, Robson. Este artigo poderia já ter sido escrito há muito tempo e não mudaria o sentido de sua preocupação (Olimpio de Souza, no facebook).
Veja a seguir artigo de Pe. Manuel Joaquim R. dos Santos, de Londrina PR
O caso envolvendo irregularidades com o padre Robson do Santuário do Pai Eterno em Goiânia, nos leva a necessárias e sérias reflexões. Há anos atrás eu escrevi um artigo mordaz, discorrendo sobre o que chamava genericamente de “padres cantores”. Outros preferem o termo influencer, mas dá no mesmo.
Nos anos noventa, uma estratégia clara da Igreja católica, foi o enfrentamento das Igrejas pentecostais visando concretamente a evasão dos católicos com esse destino. Foi o momento da explosão das mídias católicas – Canção Nova, Século XXI, Rede Vida etc. Todas obedecendo à mesma linha influente da RCC, em tese, a que melhor proporcionaria uma comunicação perfeita a esse objetivo primeiro. Numa linguagem do chamado catolicismo explícito, ou comunicação explicitamente religiosa, esses Meios entravam na casa dos brasileiros, cumprindo um papel, que segundo se dizia, não era mais atingido pelas paróquias e antigas estruturas. Com isso, os lares católicos brasileiros passaram a ter um canal “católico” em suas casas, dando catequese, ditando a moral, formando opinião e em alguns casos, em rota de colisão com a Igreja ou com vários párocos. Mas o pior! Geralmente esses programas criaram locais específicos de grandes peregrinações, que se transformaram numa espécie de super paróquia. Católicos geralmente quase nada envolvidos em atividades eclesiais e descompromissados com a Comunidade de origem, faziam peregrinações sistemáticas e mobilizavam outros, até esses points da fé! Por sua vez, padres midiáticos cada vez mais aperfeiçoados no metier, recorrendo a modelos nada convencionais (cowboy – country, show man etc.), abusando de batinas e clergyman, iam se impondo no imaginário popular como super heróis do catolicismo moderno a atual. Paradoxalmente, mal sabiam os idosos e espectadores, que de moderno e atual essa gente não tem quase nada. O conteúdo desses shows da fé, abusando de devocionismos e sacramentários (no pior sentido do termo), arrasavam com a caminhada histórica da Igreja brasileira e resgatavam modos populares, em nada condizentes com uma boa e necessária evangelização. Que a devoção seja positiva e uma boa plataforma para voos mais altos em termos de compromisso com o Reino de Deus, é pacífico e defendido em inúmeros documentos do Magistério. Porém, o devocionismo provocado e alimentado por esses Meios de Comunicação Católicos empoderando padres recém ordenados, não é adequado ao objetivo que a Igreja Católica tem se proposto em seus Planos de Evangelização dos últimos anos.

Concomitantemente, este modelo envolve altos recursos financeiros. Uma família católica média pode receber em sua casa de dois a três boletos mensais, com solicitação de ajuda. Como aparentemente o objetivo é sacro, a generosidade do povo nunca falha. Além do dízimo, se é que em muitos casos não é substituído! São milhões. Bilhões, na verdade. Construção de Santuários faraônicos, redes de Tvs, Rádios etc. etc. Dinheiro exige administração e transparência. Um caso de escândalo envolvendo essas doações derrubam imediatamente todo o plano. O caso do padre Robson está sob investigação. Mas ao que parece, houve alto desvio para bens particulares. Em Goiânia um caso destes, já não é inédito!
Será o começo do fim de um modelo que até hoje não podemos avaliar em termos de vantagens para a evangelização? Sabemos que a tipicidade destes evangelizadores da Mídia, associados a Santuários, é tipicamente do continente americano. A peregrinação enquanto tal é inerente ao ser humano. Ele caminha como o grande paradigma da sua própria existência. Caminha por caminhar. É caminhando que se faz o caminho. Na idade média se caminhava também por penitência. No entanto, os Santuários de hoje envolvem mais do que isso. Para pior. São “centros de bênçãos” e locais de gastança de dinheiro. São erigidos a santos, anjos e arcanjos. Desenvolveu-se uma teologia medíocre e barata desses personagens do mundo da fé. Alguns são apenas programas de turismo religioso barato. Afinal, os pobres também têm o direito de ir em algum lugar, já que não o podem fazer a Roma ou Jerusalém! Isso é descer vários degraus no que a Igreja pós conciliar e o mundo atual preconizam e precisam. Multidões em algum lugar, escutando sermões, teológica e eclesialmente suspeitos, é tudo de que nós não precisamos no momento.
Eu estava na maternidade onde nasceu a Rede Vida. Em Brasília, com os cardeais da época, discutindo a possibilidade de a CNBB assumir para si “uma Tv Católica”. Pela história, sabemos da recusa dos bispos a esta possibilidade. Mas Monteiro a ofereceu. Posto isso, ela se transformou numa “TV Católica” sem a CNBB! Creio que foi uma atitude sensata dos bispos e cardeais. Ter uma televisão porta voz da Igreja fica muito caro e é perigoso. Outros países já discutiram esta opção e não a endossaram.
Está passando da hora de nos alinharmos com as ideias refrigeradas de Francisco ensopadas no Vaticano II e nas Conferências Latino Americanas. Não vejo sinceramente nenhuma contribuição deste “modelo de evangelização” usando padres-show e santuários, para uma Igreja que precisa se reinventar nos tempos de mudança de época em que nos encontramos. Muita tinta ainda correrá sobre este “fenômeno” dos anos 90 que chega até aos dias de hoje. A crise que enfrentamos hoje e que provoca na Igreja um ressurgimento da dimensão profética e de proximidade total com os sofredores, empobrecidos, descartados, discriminados e ateus, não encontra no padre Robson e tantos outros similares nenhuma empatia. Água e azeite não se misturam. Fonte: http://iserassessoria.org.br
EVANGELHO DO DIA-21º DOMINGO DO TEMPO COMUM. Quarta-feira, 26 de agosto-2020. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes

1) Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 23, 27-32)
27Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda podridão! 28Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. 29Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, 30e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. 31Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32Vós, pois, completai a medida de vossos pais!
3) Reflexão
Estes dois últimos Ais, que Jesus pronunciou contra os doutores da lei e os fariseus do seu tempo, retomam e reforçam o mesmo tema dos dois Ais do evangelho de ontem. Jesus critica a falta de coerência entre a palavra e a prática, entre o interior e o exterior.
Mateus 23,27-28: O sétimo Ai contra os que se parecem sepulcros caiados
“Vocês: por fora, parecem justos diante dos outros, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e injustiça”. A imagem de “sepulcros caiados” fala por si e não precisa de comentário. Jesus condena os que mantêm uma aparência fictícia de pessoa correta, mas cujo interior é a negação total daquilo que querem fazer aparecer para fora.
Mateus 23,29-32: O oitavo Ai contra os que enfeitam os sepulcros dos profetas, mas não os imitam
Os doutores e fariseus diziam: “Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices na morte dos profetas”. E Jesus conclui: pessoas que falam assim “confessam que são filhos daqueles que mataram os profetas”, pois eles dizem “nossos pais”. E Jesus termina dizendo: “Pois bem: acabem de encher a medida dos pais de vocês!” De fato, naquela altura dos acontecimentos, eles já tinham decidido matar Jesus. Assim acabavam de encher a medida dos pais.
4) Para um confronto pessoal
1) São mais dois Ais, mais dois motivos para receber uma crítica severa da parte de Jesus. Qual das dois cabe em mim?
2) Qual a imagem de mim mesmo que eu procuro apresentar aos outros? Ela corresponde ao que sou de fato diante de Deus?
5) Oração final
Felizes os que temem o Senhor, os que andam em seus caminhos. Poderás viver, então, do trabalho de tuas mãos, serás feliz e terás bem-estar. (Sl 127, 1-2)
Padre pede desculpas após desejar morte de fiéis em isolamento: 'Sou fraco'.
- Detalhes
O padre Antônio Firmino, da paróquia de São João Batista, em Visconde de Rio Branco (MG), pediu desculpas publicamente após o vídeo de uma missa realizada por ele viralizar. O religioso disse na cerimônia de domingo (23) que aqueles que não estavam frequentando a igreja durante a pandemia de coronavírus deveriam morrer. Ele classificou o comentário como "infeliz". "Tenho que pedir desculpas para aquelas pessoas que se sentiram ofendidas com as minhas palavras", disse ele no vídeo gravado para se retratar
"Quem me conhece sabe que sou aquela pessoa que luta pela vida plena. Desde a concepção até seu fim natural. Neste tempo de pandemia, eu tenho me empenhado para preservar a vida em todos os sentidos", completou. O padre pediu para que os fiéis o perdoassem pelo erro e que rezassem por ele, já que "sou fraco também". "Sou pecador e tenho as minhas misérias e preciso ter misericórdia de todos vocês", encerrou o religioso.
Morte para quem não rezar a missa.
No último domingo, o padre realizava uma missa transmitida pelo Facebook quando fez a afirmação que viralizou. "Aí a gente vai vendo quem realmente ama a eucaristia... Porque tem alguns católicos, engraçado, que têm saúde, têm tudo e dizem: 'Eu só vou na Igreja quando tiver a vacina'. Tomara que não apareça vacina para essas pessoas. Ou que morram antes de a vacina chegar, não é?", declarou ele. Ele ainda classificou os seguidores católicos que permanecem em casa como pessoas que "não têm fé nenhuma" Fonte: https://noticias.uol.com.br
EVANGELHO DO DIA-21º DOMINGO DO TEMPO COMUM. Terça-feira, 25 de agosto-2020. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes
1) Oração
Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 23,23-26)
23Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante. 24Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo. 25Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança. 26Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo.
3) Reflexão
O evangelho de hoje traz outros dois Ais ou pragas que Jesus falou contra os líderes religiosos da sua época. Os dois Ais de hoje denunciam a falta de coerência entre palavra e atitude, entre o exterior e o interior. Repetimos hoje o que afirmamos ontem. Ao meditar estas palavras tão duras de Jesus, devo pensar não só nos doutores e fariseus da época de Jesus, mas também e sobretudo no hipócrita que existe em mim, em nós, na nossa família, na comunidade, na nossa igreja, na sociedade de hoje. Vamos olhar no espelho do texto para descobrir o que está errado em nós mesmos.
Mateus 23,23-24: O quinto Ai contra os que insistem na observância e esquecem a misericórdia
Vocês pagam o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixam de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade”. Este quinto Ai de Jesus contra os líderes religiosos daquela época pode ser repetido contra muitos líderes religiosos dos séculos seguintes, até hoje. Muitas vezes, em nome de Deus, insistimos em detalhes e esquecemos a misericórdia. Por exemplo, o jansenismo tornou árida a vivência da fé, insistindo em observâncias e penitências que desviaram o povo do caminho do amor. A irmã carmelita Teresa de Lisieux foi criada nesse ambiente jansenista que marcava a França no fim do século XIX. Foi a partir de uma dolorosa experiência pessoal, que ela soube recuperar a gratuidade do amor de Deus como a força que deve animar por dentro a observância das normas. Pois, sem a experiência do amor, as observâncias fazem de Deus um ídolo.
Mateus 23,25-26: O sexto Ai contra os que limpam as coisas por fora e sujam por dentro
“Vocês limpam o copo e o prato por fora, mas por dentro vocês estão cheios de desejos de roubo e cobiça”. No Sermão da Montanha, Jesus critica os que observam a letra da lei e transgridem o espírito da lei. Ele diz: "Vocês ouviram o que foi dito aos antigos: 'Não mate! Quem matar será condenado pelo tribunal'. Eu, porém, lhes digo: todo aquele que fica com raiva do seu irmão, se torna réu perante o tribunal. Quem diz ao seu irmão: 'imbecil', se torna réu perante o Sinédrio; quem chama o irmão de 'idiota', merece o fogo do inferno. Vocês ouviram o que foi dito: 'Não cometa adultério'. Eu, porém, lhes digo: todo aquele que olha para uma mulher e deseja possuí-la, já cometeu adultério com ela no coração” (Mt 5,21-22.27-28). Não basta observar a letra da lei. Não basta não matar, não roubar, não cometer adultério, não jurar, para ser fiel ao que Deus pede de nós. Só observa plenamente a lei de Deus aquele que, para além da letra, vai até raiz e arranca de dentro de si “os desejos de roubo e de cobiça” que possam levar ao assassinato, ao roubo, ao adultério. É na prática do amor que se realiza a plenitude da lei.
4) Para um confronto pessoal
1-São mais dois Ais ou duas pragas, mais dois motivos para receber uma crítica severa da parte de Jesus. Qual das dois cabe em mim?
2-Observância e gratuidade: qual das duas prevalece em mim?
5) Oração final
Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome, anunciai cada dia a salvação que ele nos trouxe. Proclamai às nações a sua glória, a todos os povos as suas maravilhas. (Sl 95, 2-3)
Padre investigado por lavagem de dinheiro fala ao Fantástico: 'Não existe atividade criminosa'.
- Detalhes
O padre Robson de Oliveira Pereira, de 46 anos, é investigado por suspeita de usar dinheiro de doações de fiéis para comprar uma casa na praia, fazendas e outros itens de luxo.
A construção da nova Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, Goiás, começou em 2012 e é uma das peças da investigação do Ministério Público goiano, que apura irregularidades em associações presididas por um dos padres mais populares do Brasil.
Contribuições de fiéis financiam a obra, mas a suspeita é de que as doações também estejam sendo usadas para comprar avião, fazendas, terrenos e imóveis de luxo, com a colaboração de laranjas, em um suposto esquema bilionário de lavagem de dinheiro.
Todos os anos, desde o século 19, Trindade recebe romeiros de todo o Brasil, na celebração da festa do Divino Pai Eterno - no ano passado, a festa recebeu 3 milhões de fiéis. Atualmente, o organizador desse grande evento é o padre Robson de Oliveira.
"Afipe" é a Associação dos Filhos do Pai Eterno, entidade civil que ele criou em 2004 e que vive de doações feitas pelo site, pelo telefone e, principalmente, pelo pagamento de boletos enviados pelo correio para todo o país.
Depois de criar esta primeira associação, o padre ainda criou mais duas. Entre 2008 e 2018, as três movimentaram 2 bilhões de reais. O Gaeco, Grupo de Combate à Corrupção do Ministério Público de Goiás, levantou todas as transações financeiras das associações nos últimos 10 anos: negociações difíceis de entender até para os investigadores.
Foram quase três anos de investigação para rastrear e entender mais de 1.200 transações de compra e venda de imóveis, além de transferências, depósitos e saques milionários.
Nesta sexta-feira (21), o MP foi para as ruas de Trindade, Goiânia e São Paulo em uma grande operação. Promotores foram até a casa do padre Robson e mais 15 endereços de pessoas físicas e empresas para cumprir mandados de busca e apreensão.
Segundo os investigadores, os valores movimentados, não só pela Afipe, mas por todos os envolvidos na investigação, podem ser maiores do que R$ 2 bilhões.
Imagens exclusives mostram os promotores fazendo busca na chamada Casa dos Padres em Trindade. O padre Robson acompanhou o trabalho dos investigadores. Os promotores também estiveram em uma casa que o padre usa muito, que tem banheira de hidromassagem, piscina aquecida na área interna e banheiro de mármore. A casa é da Afipe.
Em nota, a Arquidiocese de Goiânia e a Província dos Missionários Redentoristas de Goiás -- a congregação do padre -- dizem que recebem com surpresa e aceita com humildade os atos praticados pela autoridade judiciária do estado de Goiás. A nota diz que as duas instituições estão abertas para apurar, com transparência, quaisquer denúncias em desfavor de seus membros. Diz também que elas confiam no trabalho evangelizador de cada um de seus sacerdotes e que querem o esclarecimento de todos os fatos.
O secretário de Segurança Pública de Goiás afirma que investigadores se reuniram com emissários do Vaticano. Fonte: https://g1.globo.com
Afipe se transformou em ‘grande empresa’ e negociava com companhias que tinham mesmos sócios e endereço, diz MP
- Detalhes

Afipe se transformou em ‘grande empresa’ e negociava com companhias que tinham mesmos sócios e endereço, diz MP
Promotores investigam se entidade usou dinheiro de doações para comprar imóveis e fazendas milionárias. Advogados do Padre Robson, presidente da entidade, negam crimes.
Por Vitor Santana, G1 GO
A Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), que administra o Santuário Basílica de Trindade, se tornou “uma grande empresa”, segundo o Ministério Público, que realizou uma operação para apurar os gastos da entidade. Os promotores investigam se a associação desviou R$ 120 milhões de doações para comprar casa de praia e fazendas. O padre Robson de Oliveira, que comandava o órgão religioso, pediu afastamento das funções e disse que vai colaborar com o MP para provar que não houve crime.
As investigações apontaram que algumas empresas com as quais a Afipe negociava tinham os mesmos sócios e funcionavam no mesmo endereço. O MP aponta que, em dez anos, a Afipe movimentou R$ 2 bilhões. O dinheiro seria usado, entre outras finalidades, para a construção da nova Basílica, orçada, inicialmente, em R$ 100 milhões. A construção, que tinha previsão de entrega para 2022 e foi adiada para 2026, ainda está na fase de fundação.
Porém, segundo os promotores, o dinheiro não foi usado apenas em ações ligadas à igreja.
“As contas bancárias da Afipe foram usadas para comprar fazendas, residências em condomínio fechado, apartamentos em São Paulo, em Goiânia, fazendas em todo Brasil, mineração. A Afipe, hoje, é uma grande empresa. Ela tem o argumento religioso, mas elas se converteu em uma grande empresa do estado de Goiás, que explora inúmeras atividades, agropecuária, mineração. Ela compra inúmeros imóveis e vende inúmeros imóveis”, disse o promotor Sebastião Marcos Martins.
Entre os bens que foram comprados pela Afipe, apontados pelos MP, estão uma fazenda no valor de R$ 6 milhões, em Abadiânia, e uma casa de praia na Bahia, no valor de R$ 2 milhões.
Os advogados do padre Robson negam irregularidades no uso do dinheiro das doações, que chegava a R$ 20 milhões por mês. Segundo eles, os investimentos em outras áreas eram uma forma de tentar aumentar os lucros da igreja e, assim, poder expandir as obras sociais.
“Para que nós possamos chegar a essa evangelização do maior e do melhor modo possível, nós precisávamos de investimentos. Esses investimentos nunca foram exclusivamente em conta corrente. Muitos deles são em atividades, negócios que existem e todo seu rendimento é aplicado nas atividades fins da Afipe”, disse Klaus Marques, um dos advogados do padre Robson e da Afipe.
O defensor explicou ainda que não teve acesso a todos os documentos da investigação, mas que todos os imóveis estão declarados.
Empresas
Ainda de acordo com as investigações, a Afipe negociava com empresas que tinham os mesmos sócios e funcionavam no mesmo endereço. Entre elas, estavam a WKS Empreendimentos Imbiliários, Via Maia Administradora de Bens, KD Administradora de Bens e Terra Nobre Administradora de Bens. Todas elas tinham em seus quadros de sócios Ademar Euclides Monteiro e Marcos Antônio Alberti.
Todas essas empresas funcionavam no mesmo endereço, em um prédio na Avenida Jamel Cecílio, em Goiânia. Além disso, com exceção da WKS, todas elas tinham o mesmo contador, que é “o mesmo das pessoas jurídicas ligadas à Afipe: José Pereira César, a empresa Auditec”.
O G1 não conseguiu localizar os representantes das empresas até a última atualização dessa reportagem.
“Forte nesses elementos, os Promotores de Justiça sustentaram a existência de indícios da prática de crimes de apropriação indébita, organização criminosa e lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores pelos investigados”, diz o documento judicial.
Na decisão que autorizou as buscas e apreensões e também o sequestro de bens dentro da operação, consta que a KD Administradoras de Bens recebeu como pagamento dezenas de imóveis de propriedades da Afipe, “e que em todas as transações foram evidentes os prejuízos suportados pelas associações”.
Ainda de acordo com as investigações, em uma das movimentações, a Afipe deu como forma de pagamento à KD, um imóvel pelo valor de R$ 1,35 milhão. No entanto, o mesmo imóvel foi avaliado em R$ 2 milhões para fins fiscais e, menos de dois meses depois, hipotecado pelo valor de R$ 7,35 milhões.
Em outra negociação, a entidade religiosa comprou uma fazenda no valor de R$ 6,8 milhões em março de 2016 e, três anos depois, vendeu pelo mesmo valor para a empresa Terra Nobre.
Entre as outras empresas que são investigadas por manter movimentação suspeita com a Afipe estão o Auto Posto Kurujão, Kurujão Administradora de Bens e a Sul Brasil Rádio e Televisão.
Caso de extorsão originou ação
De acordo com o MP, a operação se originou por conta de outra investigação vinculada ao padre Robson. Conforme o apurado, na ocasião, o religioso, após ser vítima de extorsão, "utilizou indevidamente recursos provenientes de contas das associações que preside".
Um hacker chegou a ser condenado em março do ano passado por extorquir R$ 2 milhões do padre, ameaçando revelar um suposto caso amoroso. Porém, a polícia apontou que as mensagens usadas na tentativa de extorsão eram falsas.
A investigação apontou que o padre foi extorquido durante dois meses, entre março e abril de 2017, e que teria repassado parte do valor solicitado usando dinheiro da Afipe. No entanto, na ocasião, a entidade disse que “não teve nenhum prejuízo financeiro e todo o valor já voltou para a instituição”.
De acordo com as investigações, o dinheiro foi repassado por meio de transferências bancárias e entregas em espécie. Os pagamentos eram feitos em quantias de R$ 50 mil a R$ 700 mil. Em alguns casos, o valor era deixado dentro de um carro na porta de um condomínio ou no estacionamento de um shopping da capital. Uma das entregas foi supervisionada pela Polícia Civil a fim de identificar e localizar todos os criminosos.
Padre Robson
Natural de Trindade, padre Robson, de 46 anos, é uma figura presente na cena católica. Ele também tem um programa em que promove momentos de reflexão com base em trechos da Bíblia e experiências pessoais, além de conselhos àqueles que pedem orientação religiosa.
O caminho dele para o sacerdócio começou aos 14 anos, quando entrou para o seminário e, uma década depois, se formou padre. Estudou por alguns anos na Irlanda e em Roma, na Itália, onde se formou mestre em Teologia Moral pela Universidade do Vaticano.
O religioso voltou para Trindade em 2003, como reitor do Santuário do Divino Pai Eterno, cargo que ocupou por 11 anos. Em 2004, ele fundou a Afipe.
Entre 2015 e 2019, foi Superior Provincial dos Redentoristas de Goiás. No entanto, depois disso, voltou à reitoria da Basílica, cargo que ocupava até então. Fonte: https://g1.globo.com
Semana da Vocação do Leigo
- Detalhes
No 4° Domingo do Mês Vocacional-agosto, voltamos o nosso olhar para a vocação dos fiéis leigos. Segundo o Documento de Puebla, “São homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja” (DP, 786). No vídeo, testemunhos dos leigos e leigas em sua Ação Evangelizadora nas diversas Comunidades, Movimentos e Pastorais da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição- Diocese de Itaguaí/RJ. Edição: Olhar Jornalístico. Convento do Carmo de Angra. 23 de agosto-2020.
SUSPEITO DE ROUBAR R$ 60 MILHÕES DOADOS POR FIÉIS, PADRE CELEBRIDADE COMPROU CASA DE LUXO NA BAHIA
- Detalhes

Robson de Oliveira Pereira, pároco da Basílica do Divino Pai Eterno, em Goiás, é apontado pelo MP como líder de uma organização criminosa
Alfredo Mergulhão
Acostumado a rodar o Brasil e levar multidões para suas missas, o padre Robson de Oliveira Pereira, de 46 anos, é apontado como líder de uma organização criminosa que desviou R$ 60 milhões doados pelos fiéis. Os recursos provenientes de doações foram utilizados inclusive para a compra de uma casa na Praia de Guarajuba, na Bahia, conforme aponta o Ministério Público de Goiás (MP).
O imóvel foi adquirido em 2014 por R$ 2 milhões e o valor foi pago à vista. A aquisição foi feita pela Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), criada e presidida pelo padre Robson. A compra foi efetuada de uma empresa chamada Sistema Alpha de Comunicação, que também é investigada.
"As contas bancárias da Afipe foram usadas para comprar fazendas, residências em condomínio fechado, apartamentos em São Paulo e Goiânia, fazendas em todo o Brasil, mineração. Quer dizer, a Afipe é hoje uma grande empresa. Ela tem o argumento religioso mas se converteu em uma grande empresa no Estado de Goiás que explora inúmeras atividades, agropecuaria e mineração, compra inúmeros imoveis e vende inúmeros imóveis", disse o promotor Sebastião Marcos Martins, coordenador da investigação.
Além da casa de praia, uma chácara com casa de paredes de vidro com vistas para o jardim, uma piscina aquecida e um ofurô também teria sido comprada com dinheiro doado por fiéis para a Afipe. A propriedade foi alvo de busca e apreensão realizada na manhã desta sexta-feira (21). O MP chegou a pedir a prisão preventiva do padre, mas o pedido foi negado pela juíza Placidina Pires, da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais.
Nos últimos três anos, a Afipe movimentou R$ 120 milhões. Desse montante, o Judiciário sustenta que até o momento pode-se afirmar que R$ 60 milhões foram desviados dos cofres da Afipe. A entidade foi criada para manter as atividades da Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, município localizado a 23 km de Goiânia. As informações constam na decisão que autorizou a realização de busca e apreensão em endereços ligados ao padre nesta sexta-feira (21).
As investigações começaram depois que o padre Robson foi vítima de extorção, em 2017, quando ele teve computador e celular hackeados e passou sofrer chantagem “para que não divulgassem imagens e mensagens eletrônicas com informações pessoais, amorosas e profissionais que levassem a prejudicar sua imagem”, segundo o MP.
Na ocasião, o padre transferiu mais de R$ 2 milhões das contas bancárias da Afipe para os criminosos. A quadrilha foi condenada em 2019, mas o uso do dinheiro da fundação para fins pessoais ligou o sinal de alerta das autoridades. O MP afirma que Robson apropriou-se de valores arrecadados dos fiéis e utilizou para finalidades diversas daquelas desenvolvidas pela entidade.
“Os elementos informativos coletados indicam que as doações feitas por fiéis de todo o país para o custeio das atividades da Afipe e para o pagamento das obras e projetos de cunho social da mencionada associação, na verdade, estariam sendo utilizadas para finalidades espúrias”, escreve a juíza Placidina Pires na decisão.
Entre essas finalidades, prossegue o texto, estão o pagamento de despesas pessoais dos investigados e a aquisição de imóveis, incluindo várias fazendas e casa de praia, que, a princípio, não se destinam ao atendimento dos seus propósitos religiosos.
Batizada de “Vendilhões”, a operação investiga crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa. Ao todo, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em locais como chácaras, casas e a sede da Afipe. A juíza Placidina Pires também determinou o bloqueio de valores da Afipe até o limite de R$ 60 milhões, por meio do sequestro de bens imóveis ou o bloqueio de valores em conta.
DOAÇÕES DE FIÉIS
Nascido e criado em Trindade, padre Robson morou na Irlanda e fez mestrado em Teologia Moral na Universidade do Vaticano, em Roma. Ele retornou ao Brasil no ano de 2003, quando assumiu a reitoria do Santuário do Divino Pai Eterno. Uma de suas primeiras ações como reitor foi pedir ao Vaticano o título de Basílica.
O reconhecimento veio em 2006, pelo Papa Bento XVI, que concedeu o título de Basílica Menor, tornando-a a única no mundo dedicada ao Divino Pai Eterno. A atual Basílica conta com cerca de 2,5 mil lugares. Mas uma outra está em construção e terá capacidade para 6 mil pessoas. A obra é desenvolvida com dinheiro de doações feitas pelos fiéis.
Com missas realizadas no local transmitidas ao vivo pela Rede Vida, o trabalho do padre Robson passou a repercutir no Brasil e no exterior. O pároco chegou a celebrar missa em eventos como a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos e realizou a Novena dos Filhos do Pai Eterno em países como Israel, Portugal, Espanha, Itália, México e França.
A Afipe também é responsável pela TV Pai Eterno. Lançado no dia 15 de maio de 2019, o canal tem programação 24 horas por dia em sinal aberto e também pode ser sintonizada no Brasil e no exterior via antena parabólica.
Em 2010, o pároco lançou um cd chamado “Nos Braços do Pai: Padre Robson de Oliveira”. Na época, ele distribuía autógrafos e tirava fotos com os fãs onde passava para celebrar missas e cantar suas músicas. Fonte: https://epoca.globo.com
Ministério Público pede prisão de Padre Robson de Oliveira, mas juíza nega
- Detalhes
Por Redação Em: 21/08/2020 14:58:22
Agentes apreenderam documentos, computadores, anotações e dinheiro que foi encontrado em uma gaveta da sala do Padre Robson, na sede da Afipe / Foto: divulgação
Mesmo sob a acusação da prática de crimes como apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa, magistrada alegou que o suspeito é líder religioso, primário e apresenta bons antecedentes criminais
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) solicitou à Justiça a prisão do Padre Robson de Oliveira, fundador da Associação Filhos do Pai Eterno, de Trindade, porém a juíza Placidina Pires, da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, que julgou o pedido, negou. A magistrada afirmou em despacho que o padre é líder religioso, primário e apresenta bons antecedentes criminais.
Além da prisão, os promotores que atuam no caso pediram também o afastamento do religioso da presidência da Afipe. A alegação é que, à frente da associação, Robson de Oliveira pode dar fim a provas importantes no curso das investigações. Porém, assim como no caso do pedido de prisão, a juíza também não autorizou.
O pedido de prisão ocorreu em meio a Operação Vendilhões que, com o apoio das polícias Civil e Militar, visa apurar crimes, em tese, praticados pelos diretores da Afipe. O religioso é acusado de ter praticado crimes como apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa.
Além da diretoria da Afipe, o MP-GO investiga a participação de laranjas e empresas de fachada no esquema. Durante as investigações foi constatado que grande parte das doações não tinha vínculo direto com questões religiosas. Somente nos últimos três anos recursos que chegam em torno de R$ 120 milhões foram gastos na compra de imóveis, fazendas, gado e emissoras de rádio.
Vítima de extorsão
A investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) teve início há cerca de três anos. Surgiu do encaminhamento, pelo Poder Judiciário, de cópia de inquérito policial, em que Padre Robson, após ser vítima de extorsão, teria utilizado indevidamente recursos provenientes de contas das associações que preside.
Entre os meses de março e abril do ano de 2017 um hacker fez ameaças ao padre, dizendo que revelaria um suposto caso amoroso do religioso, inclusive sob a alegação de que exporia fotos íntimas dele. Durante o inquérito, que resultou na condenação do criminoso, a polícia apontou, porém, que as mensagens usadas no crime de extorsão eram falsas.
No início da manhã desta sexta-feira (21/08) foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão na sede das Associações (Afipe), empresas presididas pelo religioso e residências em Goiânia e Trindade. Participam da operação 20 promotores de Justiça, 52 servidores do MP-GO, quatro delegados, oito agentes da Polícia Civil e 61 policiais militares.
Prejuízos
Durante as investigações foi constatado que na última década a Afipe, associação que administra o Santuário Basílica de Trindade, teria movimentado valores da ordem de R$ 2 bilhões. Como a maioria dos recursos é proveniente de doações de fiéis de todo o Brasil, há a suspeita de que os atrasos na construção da nova basílica podem ter ocorrido por causa dos supostos desvios.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão os agentes levaram grande quantidade de documentos, agendas, computadores, anotações e uma quantia em dinheiro que foi encontrada em uma gaveta de um móvel que fica na sala do Padre Robson, na sede da Afipe. O valor encontrado ainda não foi divulgado. Fonte: http://noticiasgoias.com.br
Padre militar é preso por desviar R$ 1,3 milhão em doações de fiéis em São Paulo
- Detalhes

Padre militar é preso por desviar R$ 1,3 milhão em doações de fiéis em São Paulo
Por iG Último Segundo
Osvaldo Palópito, de 66 anos, era responsável pela capela de Santo Expedito, localizada na região da Luz
Os bens do padre militar da reserva, Osvaldo Palópito, de 66 anos, ex-capelão da Polícia Militar de São Paulo, foram bloqueados pela Justiça após ser condenado por desviar R$ 1,3 milhões em doações de fiéis. Palópito foi condenado a 26 anos e dois meses de reclusão pela Justiça Militar.
Além de ex-coronel da PM, o sacerdote gravou discos com músicas religiosas. Ele era o responsável pela capela de Santo Expedito, localizada na região da Luz, no centro da capital paulista. A capela fica próxima a prédios da PM, como o quartel do BPChoque.
O pedido de prisão de Osvaldo Palópito foi realizado pela Corregedoria da Polícia Militar. O jornal Estado de São Paulo havia revelado que o PM que está no quadro de reserva, tem uma aposentadoria de R$ 16.377,51 e era investigado por improbidade administrativa.
O governo de São Paulo pediu para que a Igreja Católica expulse o religioso e quer oficializá-lo fora do quadro dos servidores do estado.
Em sua defesa, o padre alegou duarnte o proceso militar que foi enganado pelo contador contratado pela igreja, que seria autor dos desvios. Ele disse ainda que não sabia do crime, e que o patrimônio que possui não é fruto dos recursos da igreja. Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br
MP-GO deflagra operação que apura suspeita de irregularidades na Afipe, responsável pela Basílica de Trindade
- Detalhes
Ação foi batizada como 'Vendilhões' e apura vários crimes. Ainda não foram repassadas informações sobre os mandados ou alvos da ação.

Imóvel onde foi cumprido mandado de busca e apreensão tinha piscina aquecida — Foto: Reprodução
Por Sílvio Túlio, G1 GO
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) deflagrou na manhã desta sexta-feira (21) uma operação para apurar irregularidades na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). A entidade é responsável pelo Santuário Basílica de Trindade, cidade na região Metropolitana da capital conhecida como a "capital da fé" no estado.
O G1 entrou em contato com a assessoria da Afipe por email, às 7h41, e aguarda retorno.
A operação foi batizada como "Vendilhões" e apura crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, sonegação fiscal e associação criminosa.
O G1 apurou que não há mandados de prisão, apenas de busca e apreensão. Alguns deles são cumpridos em imóveis luxuosos ligados ao pároco Robson de Oliveira Pereira, conhecido como Padre Robson, fundador da Afipe e reitor da Basílica. Um deles, um chácara com piscina aquecida.
A Afipe foi criada em 2004 pelo Padre Robson. A associação mantém um canal de TV e também transmite missas em uma rádio.
Além de toda a programação religiosa, a Afipe também é responsável pela Romaria do Divino Pai Eterno, principal festa religiosa de Goiás que reúne milhões de pessoas todos os anos. Fonte: https://g1.globo.com
AO- VIVO NESTA QUINTA 20: Dia da Adoração, Confissão e caridade
- Detalhes
Nesta quinta-feira 20, começamos a nossa adoração, confissão e caridade aqui na Igreja Conventual do Carmo-Angra das 9h às 17. 16h 30min. Bênção do Santíssimo. Às 17h a Igreja fecha e volta a abrir as suas portas para a Santa Missa das 19h.
No mês vocacional continuamos com a nossa campanha #tempodecuidar. Todos os dias, entre 20 e 30 famílias batem à porta do Convento do Carmo com a esperança de ganhar um pouco de alimento. Infelizmente nem sempre podemos ajudar diante da grande demanda neste tempo de pandemia.
Até o momento já doamos mais de 2.000 cestas básicas graças ao apoio da comunidade paroquial e amigos e amigas até mesmo de outros estados e países.
Nós Frades Carmelitas; Petrônio e Marcelo, agradecemos a caridade de todos e todas.
#Tempo de cuidar: Ajude os pobres de Angra dos Reis em tempos de pandemia (Contatos para doação: Convento do Carmo; 3367-3412 (Frei Petrônio). Meu Whatsapp- (21) 982917139. Whatsapp da Conceição Fonseca: 97404-1826)
AO VIVO- ANGRA DOS REIS/RJ. Dia da Adoração, Confissão e caridade.
- Detalhes
Nesta quinta-feira 20, começamos a nossa adoração, confissão e caridade aqui na Igreja Conventual do Carmo-Angra das 9h às 17. 16h 30min. Bênção do Santíssimo. Às 17h a Igreja fecha e volta a abrir as suas portas para a Santa Missa das 19h.
No mês vocacional continuamos com a nossa campanha #tempodecuidar. Todos os dias, entre 20 e 30 famílias batem à porta do Convento do Carmo com a esperança de ganhar um pouco de alimento. Infelizmente nem sempre podemos ajudar diante da grande demanda neste tempo de pandemia.
Até o momento já doamos mais de 2.000 cestas básicas graças ao apoio da comunidade paroquial e amigos e amigas até mesmo de outros estados e países.
Nós Frades Carmelitas; Petrônio e Marcelo, agradecemos a caridade de todos e todas.
#Tempo de cuidar: Ajude os pobres de Angra dos Reis em tempos de pandemia (Contatos para doação: Convento do Carmo; 3367-3412 (Frei Petrônio). Meu Whatsapp- (21) 982917139. Whatsapp da Conceição Fonseca: 97404-1826)
EVANGELHO DO DIA-20º DOMINGO DO TEMPO COMUM. Quinta-feira, 20 de agosto-2020. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes

1) Oração
Ó Deus, que preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 22,1-14)
1Jesus tornou a falar-lhes por meio de parábolas: 2O Reino dos céus é comparado a um rei que celebrava as bodas do seu filho. 3Enviou seus servos para chamar os convidados, mas eles não quiseram vir. 4Enviou outros ainda, dizendo-lhes: Dizei aos convidados que já está preparado o meu banquete; meus bois e meus animais cevados estão mortos, tudo está preparado. Vinde às bodas! 5Mas, sem se importarem com aquele convite, foram-se, um a seu campo e outro para seu negócio. 6Outros lançaram mãos de seus servos, insultaram-nos e os mataram. 7O rei soube e indignou-se em extremo. Enviou suas tropas, matou aqueles assassinos e incendiou-lhes a cidade. 8Disse depois a seus servos: O festim está pronto, mas os convidados não foram dignos. 9Ide às encruzilhadas e convidai para as bodas todos quantos achardes. 10Espalharam-se eles pelos caminhos e reuniram todos quantos acharam, maus e bons, de modo que a sala do banquete ficou repleta de convidados. 11O rei entrou para vê-los e viu ali um homem que não trazia a veste nupcial. 12Perguntou-lhe: Meu amigo, como entraste aqui, sem a veste nupcial? O homem não proferiu palavra alguma. 13Disse então o rei aos servos: Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes. 14Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos.
3) Reflexão Mateus 22,1-14
O evangelho de hoje traz a parábola do banquete que se encontra em Mateus e em Lucas, mas com diferenças significativas, provenientes da perspectiva de cada evangelista. O pano de fundo, porém, que levou os dois evangelistas a conservar esta parábola é o mesmo. Na comunidades dos primeiros cristãos, tanto de Mateus como de Lucas, continuava bem vivo o problema da convivência entre judeus convertidos e pagãos convertidos. Os judeus tinham normas antigas que os impediam de comer com os pagãos. Mesmo depois de terem entrado na comunidade cristã, muitos judeus mantinham o costume antigo de não sentar à mesma mesa com um pagão. Assim, Pedro teve conflitos na comunidade de Jerusalém, por ter entrado na casa de Cornélio, um pagão, e ter comido com ele (At 11,3). Este mesmo problema, porém, era vivido de maneira diferente nas comunidades de Lucas e nas de Mateus. Nas comunidades de Lucas, apesar das diferenças de raça, classe e gênero, eles tinham um grande ideal de partilha e de comunhão (At 2,42; 4,32; 5,12). Por isso, no evangelho de Lucas (Lc 14,15-24), a parábola insiste no convite feito a todos. O dono da festa, indignado com a desistência dos primeiros convidados, mandou chamar os pobres, os aleijados, os cegos, os mancos para virem participar do banquete. Mesmo assim sobrava lugar. Então, o dono da festa mandou convidar todo mundo, até que a casa ficasse cheia. No evangelho de Mateus, a primeira parte da parábola (Mt 22,1-10) tem o mesmo objetivo de Lucas. Ele chega a dizer que o dono da festa mandou entrar “bons e maus” (Mt 22,10). Mas no fim ele acrescenta uma outra parábola (Mt 22,11-14) sobre o traje de festa, que insiste no que é específico dos judeus, a saber, a necessidade da pureza para poder comparecer diante de Deus.
Mateus 22,1-2: O convite para todos
Alguns manuscritos dizem que a parábola foi contada para os chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo. Esta afirmação pode até servir como chave de leitura, pois ajuda a compreender alguns pontos estranhos que aparecem na história que Jesus conta. A parábola começa assim: "O Reino do Céu é como um rei que preparou a festa de casamento do seu filho”. Esta afirmação inicial evoca a esperança mais profunda: o desejo do povo de estar com Deus para sempre. Várias vezes nos evangelhos se alude a esta esperança, sugerindo que Jesus, o filho do Rei, é o noivo que veio preparar o casamento (Mc 2,19; Apc 21,2; 19,9).
Mateus 22,3-6: Os convidados não quiseram vir
O rei fez dois convites muita insistentes, mas os convidados não quiseram vir. “Um foi para o seu campo, outro foi fazer os seus negócios, e outros agarraram os empregados, bateram neles, e os mataram”. Em Lucas são os deveres da vida cotidiana que impedem os convidados de aceitar o convite. O primeiro diz: “Comprei um terreno. Preciso vê-lo!” O segundo: “Comprei cinco juntas de bois! Vou experimentá-las!” O terceiro: “Casei. Não posso ir!” (cf. Lc 14,18-20). Dentro das normas e costumes da época, aquelas pessoas tinham o direito e até o dever de recusar o convite que lhes foi feito (cf Dt 20,5-7).
Mateus 22,7: Uma guerra incompreensível
A reação do rei diante da recusa surpreende. “Indignado, o rei mandou suas tropas, que mataram aqueles assassinos, e puseram fogo na cidade deles. Como entender esta reação tão violenta? A parábola foi contada para os chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo (Mt 22,1), os responsáveis pelos da nação. Muitas vezes, Jesus tinha falado a eles sobre a necessidade da conversão. Ele chegou a chorar sobre a cidade de Jerusalém e dizer: "Se também você compreendesse hoje o caminho da paz! Agora, porém, isso está escondido aos seus olhos! Vão chegar dias em que os inimigos farão trincheiras contra você, a cercarão e apertarão de todos os lados. Eles esmagarão você e seus filhos, e não deixarão em você pedra sobre pedra. Porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio para visitá-la." (Lc 14,41-44). A reação violoenta do rei na parábola refere-se provavelmente ao que aconteceu de fato de acordo com a previsão de Jesus. Quarenta anos depois, Jerusalém foi destruída (Lc 19,41-44; 21,6;).
Mateus 22,8-10: O convite permanece de pé
Pela terceira vez, o rei convida o povo. Ele disse aos empregados: “A festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereceram. Portanto, vão até as encruzilhadas dos caminhos, e convidem para a festa todos os que vocês encontrarem. Então os empregados saíram pelos caminhos, e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados“. Os maus que eram excluídos como impuros da participação no culto dos judeus, agora são convidados, especificamente, pelo rei para participar da festa. No contexto da época, os maus eram os pagãos. Eles também são convidados para participar da festa de casamento.
Mateus 22,11-14: O traje de festa
Estes versos contam como o rei entrou na sala da festa e viu alguém sem o traje da festa. O rei perguntou: 'Amigo, como foi que você entrou aqui sem o traje de festa?' Mas o homem nada respondeu. A história conta que o homem foi amarrado e jogado fora na escuridão. E conclui: “Muitos são chamados, e poucos são escolhidos”. Alguns estudiosos acham que aqui se trata de uma segunda parábola que foi acrescentada para abrandar a impressão que ficou da primeira parábola onde se disse que “maus e bons” entraram para a festa (Mt 22,10). Mesmo admitindo que já não é a observância da lei que nos traz a salvação, mas sim a fé no amor gratuito de Deus, isto em nada diminui a necessidade da pureza do coração como condição para poder comparecer diante de Deus.
4) Para um confronto pessoal
- Quais as pessoas que normalmente são convidadas para as nossas festas? Por que? Quais as pessoas que não são convidadas para as nossas festas? Por que?
- Quais os motivos que hoje limitam a participação de muitas pessoas na sociedade e na igreja? Quais os motivos que certas pessoas alegam para se excluir do dever de participar na comunidade? Será que são motivos justos?
5) Oração final
Ó meu Deus, criai em mim um coração puro, e renovai-me o espírito de firmeza. De vossa face não me rejeiteis, e nem me priveis de vosso santo Espírito. (Sl 50, 12-13)
Vocação e Pobreza: Frei Petrônio
- Detalhes
O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista- Direto da Praia da Ribeira em Angra dos Reis/RJ- fala sobre Vocação e Pobreza. Convento do Carmo de Angra dos Reis, Rio de Janeiro. 19 de agosto-2020.
EVANGELHO DO DIA-20º DOMINGO DO TEMPO COMUM. Quarta, 19 de agosto-2020. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes

1) Oração
Ó Deus, que preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 20,1-16a)
1Com efeito, o Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para sua vinha. 2Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha. 3Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada. 4Disse-lhes ele: - Ide também vós para minha vinha e vos darei o justo salário. 5Eles foram. À sexta hora saiu de novo e igualmente pela nona hora, e fez o mesmo. 6Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: - Por que estais todo o dia sem fazer nada?7Eles responderam: - É porque ninguém nos contratou. Disse-lhes ele, então: - Ide vós também para minha vinha. 8Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: - Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros. 9Vieram aqueles da undécima hora e receberam cada qual um denário. 10Chegando por sua vez os primeiros, julgavam que haviam de receber mais. Mas só receberam cada qual um denário. 11Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo: 12Os últimos só trabalharam uma hora... e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor. 13O senhor, porém, observou a um deles: - Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário? 14Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti. 15Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom? 16Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.
3) Reflexão Mateus 20,1-16
O evangelho de hoje traz uma parábola que só é relatada por Mateus. Ela não existe nos outros três evangelhos. Como em todas as parábolas, Jesus conta uma história feita de elementos do dia-a-dia da vida do povo. Ele retrata a situação social do seu tempo, na qual os ouvintes se reconhecem. Mas ao mesmo tempo, na história desta parábola, acontecem coisas que nunca acontecem na realidade da vida do povo. É que, ao falar do patrão, Jesus pensa em Deus, seu Pai. Por isso, na história da parábola, o patrão faz coisas surpreendentes que não acontecem no dia-a-dia da vida dos ouvintes. É nesta atitude estranha do patrão, que deve ser procurada a chave para a compreensão do mensagem da parábola.
Mateus 20,1-7: As cinco vezes que o patrão sai em busca de operários
"O Reino do Céu é como um patrão, que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha” Assim começa a história que fala por si e nem precisaria de muito comentário. No que segue, o patrão sai mais quatro vezes chamando operários para trabalhar na sua vinha. Jesus alude ao terrível desemprego daquela época. Alguns detalhes da história: (1) O próprio patrão sai pessoalmente cinco vezes para contratar operários. (2) Na hora de contratar os operários, é só com o primeiro grupo que ele acerta o salário: um denário por dia. Com os da nona hora ele diz: Eu lhes pagarei o que for justo. Com os outros ele não acertou nada. Apenas os contratou para trabalhar na vinha. (3) No fim do dia, na hora de acertar as contas com os operários, o patrão manda que o administrador faça o serviço.
Mateus 20,8-10: A estranha maneira de acertar as contas no fim do dia
Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: Chame os trabalhadores, e pague uma diária a todos. Comece pelos últimos, e termine pelos primeiros. Aqui, na hora de acertar as contas, acontece algo estranho que não acontece na vida comum. Parece a inversão das coisas. O pagamento começa com os que foram contratados por último e que trabalharam apenas uma única hora. O pagamento é o mesmo para todos: um denário, como tinha sido combinado com os que foram contratados no começo do dia. No fim, chegaram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. No entanto, cada um deles recebeu também uma moeda de prata. Por que o patrão faz isso? Você faria assim? É aqui neste gesto surpreendente do patrão que está escondida a chave da mensagem desta parábola.
Mateus 20,11-12: A reação normal dos operários diante da estranha atitude do patrão
Os últimos a receber o salário eram os que foram contratados por primeiro. Estes, assim diz a história, ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão e disseram: “Esses últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor do dia inteiro!” É a reação normal do bom senso. Creio que todos nós teríamos a mesma reação e diríamos a mesma coisa ao patrão. Ou não?
Mateus 20,13-16: A explicação surpreendente do Patrão que fornece a chave da parábola
A resposta do patrão é esta: “Amigo, eu não fui injusto com você. Não combinamos uma moeda de prata? Tome o que é seu, e volte para casa. Eu quero dar também a esse, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que eu quero com aquilo que me pertence? Ou você está com ciúme porque estou sendo generoso?” Estas palavras trazem a chave que explica a atitude do patrão e aponta a mensagem que Jesus quer comunicar: (1) O patrão não foi injusto, pois ele agiu de acordo com o que tinha sido combinado com o primeiro grupo de operários: um denário por dia. (2) É decisão soberano do patrão de dar aos últimos o mesmo que tinha sido combinado com os da primeira hora. Estes não têm direito de reclamar. (3) Atuando dentro da justiça, o patrão tem o direito de fazer o bem que ele quer com as coisas que lhe pertencem. O operário da parte dele tem este mesmo direito. (4) A pergunta final toca no ponto central: Ou você está com ciúme porque estou sendo generoso?' Deus é diferente mesmo! Ele não cabe nos nossos pensamentos (Is 55,8-9).
O pano de fundo da parábola é a conjuntura daquela época, tanto de Jesus como de Mateus. Os operários da primeira hora são o povo judeu, chamado por Deus para trabalhar em sua vinha. Eles sustentaram o peso do dia, desde Abraão e Moisés, bem mais de mil anos. Agora, na undécima hora, Jesus chama os pagãos para ir trabalhar na sua vinha e eles chegam a ter a preferência do coração de Deus. “Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”.
4) Para um confronto pessoal
1) Os da undécima hora chegam, levam vantagem e recebem prioridade na fila diante da entrada do Reino de Deus. Quando você espera duas horas numa fila e chega alguém que, sem mais, se coloca na frente de você, você aceitaria? Dá para comparar as duas situações?
2) A ação de Deus ultrapassa nossos cálculos e nosso jeito humano de atuar. Ele surpreende e às vezes incomoda. Isto já aconteceu alguma vez na sua vida? Qual a lição que tirou?
5) Oração final
A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias. (Sl 22, 6)
EVANGELHO DO DIA-20º DOMINGO DO TEMPO COMUM. Terça-feira, 18 de agosto-2020. Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.
- Detalhes

1) Oração
Ó Deus, que preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
2) Leitura do Evangelho (Mateus 19,23-30)
Naquele tempo, 23Jesus disse então aos seus discípulos: Em verdade vos declaro: é difícil para um rico entrar no Reino dos céus!24Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.25A estas palavras seus discípulos, pasmados, perguntaram: Quem poderá então salvar-se?26Jesus olhou para eles e disse: Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é possível.27Pedro então, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que deixamos tudo para te seguir. Que haverá então para nós?28Respondeu Jesus: Em verdade vos declaro: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.29E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna.30Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros.
3) Reflexão Mateus 19,23-30
O evangelho de hoje é a continuação imediata do evangelho de ontem. Traz o comentário de Jesus a respeito da reação negativa do jovem rico.
Mateus 19,23-24: O camelo e o fundo da agulha.
Depois que o jovem foi embora, Jesus comentou a decisão dele e disse: "Eu garanto a vocês: um rico dificilmente entrará no Reino do Céu. E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus". Duas observações a respeito desta afirmação de Jesus: 1) O provérbio do camelo e do buraco da agulha se usava para dizer que uma coisa era impossível e inviável, humanamente falando. 2) A expressão “um rico entrar no Reino” trata, não em primeiro lugar da entrada no céu depois da morte, mas sim da entrada na comunidade ao redor de Jesus. E até hoje é assim. Os ricos dificilmente entram e se sentem em casa nas comunidades que tentam viver o evangelho de acordo com as exigências de Jesus e que procuram abrir-se para os pobres, os migrantes e os excluídos da sociedade.
Mateus 19,25-26: O espanto dos discípulos
O jovem tinha observado os mandamentos, mas sem entender o porquê da observância. Algo semelhante estava acontecendo com os discípulos. Quando Jesus os chamou, fizeram exatamente o que Jesus tinha pedido ao jovem: largaram tudo e foram atrás de Jesus (Mt 4,20.22). Mesmo assim, ficaram espantados com a afirmação de Jesus sobre a quase impossibilidade de um rico entrar no Reino de Deus. Sinal de que não tinham entendido bem a resposta de Jesus ao moço rico: “Vai vende tudo, dá para os pobres e vem e segue-me!” Pois, se o tivessem entendido, não teriam ficado tão chocados com a exigência de Jesus. Quando a riqueza ou o desejo da riqueza ocupa o coração e o olhar, a pessoa já não consegue perceber o sentido da vida e do evangelho. Só Deus mesmo para ajudar! "Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível."
Mateus 19,27: A pergunta de Pedro.
O pano de fundo da incompreensão dos discípulos transparece na pergunta de Pedro: “Olhe, nós deixamos tudo e te seguimos. O que é que vamos receber?” Apesar da generosidade tão bonita do abandono de tudo, eles mantinham a mentalidade anterior. Abandonaram tudo para receber algo em troca. Ainda não entendiam bem o sentido do serviço e da gratuidade.
Mateus 19,28-30: A resposta de Jesus
"Eu garanto a vocês: no mundo novo, quando o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, vocês, que me seguiram, também se sentarão em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais, e terá como herança a vida eterna. Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos; e muitos que agora são os últimos, serão os primeiros". Nesta resposta, Jesus descreve o mundo novo, cujos fundamentos estavam sendo lançados pelo trabalho dele e dos discípulos. Jesus acentua três pontos importantes: (1) Os discípulos vão sentar nos doze tronos junto com Jesus para julgar as doze tribos de Israel (cf. Apc 4,4). (2) Vão receber em troca muitas vezes aquilo que tinham abandonado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, e terão a herança da vida eterna garantida. (3) O mundo futuro será a inversão do mundo atual. Nele os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. A comunidade ao redor de Jesus é semente e amostra deste mundo novo. Até hoje as pequenas comunidades dos pobres continuam sendo semente e amostra do Reino.
Cada vez que, na história do povo da Bíblia, surge um movimento para renovar a Aliança, ele começa restabelecendo os direitos dos pobres, dos excluídos. Sem isto, a Aliança não se refaz! Assim faziam os profetas, assim faz Jesus. Ele denuncia o sistema antigo que, em nome de Deus, excluía os pobres. Jesus anuncia um novo começo que, em nome de Deus, acolhe os excluídos. Este é o sentido e o motivo da inserção e da missão da comunidade de Jesus no meio dos pobres. Ela atinge a raiz e inaugura a Nova Aliança.
4) Para um confronto pessoal
1) Abandonar casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do nome de Jesus. Como isto acontece na sua vida? O que já recebeu de volta?
2) Hoje, a maioria dos países pobres não é da religião cristã, enquanto a maioria dos países ricos é da religião cristã. Como se aplica hoje o provérbio do camelo que não passa pelo fundo de uma agulha?
5) Oração final
Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso cajado são o meu amparo. (Sl 22, 4)
A doação do Papa ao Brasil ferido pela pandemia
- Detalhes

Uma vez no Brasil os dispositivos serão entregues e doados aos hospitais que a Nunciatura Apostólica indicou no território nacional para que este gesto de solidariedade e caridade cristã possa realmente ajudar as pessoas mais pobres e necessitadas.
Vatican News
Mais uma doação do Papa em tempo de pandemia. Desta vez, o coração de Francisco bate pelo Brasil, o segundo país mais afetado do mundo pelo novo coronavírus. "Nesses dias – lê-se num comunicado divulgado nesta segunda-feira pela Esmolaria Apostólica, assinado pelo cardeal Konrad Krajewski –, serão enviados ao Brasil 18 ventiladores Draeger para terapia intensiva e 6 ecógrafos portáteis Fuji". Uma ajuda concreta, tornada possível "graças ao generoso compromisso – destaca o comunicado - da Associação Hope Onlus que, altamente especializada em projetos humanitários sobre saúde e educação, tem trabalhado para encontrar os equipamentos médicos de alta tecnologia que salvam vidas através de vários doadores; tem trabalho também no procedimento de transporte e instalação nos diversos hospitais".
Atenção aos mais necessitados
A Esmolaria Apostólica, portanto, continua com um compromisso incessante e universal de apoiar aqueles que, em todos os cantos do mundo, são os mais atingidos pela Covid-19. Ele o faz realizando a vontade do Papa: chegar àquelas realidades onde a emergência ligada ao novo coronavírus colocou em crise os sistemas de saúde já fortemente provados por outras emergências e dificuldades anteriores à pandemia. Na primavera passada, os ventiladores doados por Francisco chegaram ao continente americano - da Venezuela ao Haiti, mas também ao próprio Brasil e a outros países - e ao continente asiático, com aqueles enviados a Bangladesh, por exemplo. Também a Europa - pensemos na Itália, Espanha e Ucrânia - e depois no continente africano, onde entre os países que receberam os ventiladores estão Camarões e Zimbábue. As doações continuaram também durante o período do verão, a última das quais para o Brasil.
O papel da Nunciatura Apostólica
A ajuda da Esmolaria Apostólica é concreta e eficaz. Por isso, é máxima a atenção aos detalhes, de modo a não comprometer o sucesso real das doações. "Uma vez no Brasil, estes dispositivos - se especifica no comunicado de hoje - serão entregues e doados aos hospitais que a Nunciatura Apostólica indicou no território nacional para que este gesto de solidariedade e caridade cristã possa realmente ajudar as pessoas mais pobres e necessitadas". No Brasil, recordamos, há mais de 3 milhões e 300 mil casos da Covid-19 e pelo menos 107 mil vítimas. Fonte: https://www.vaticannews.va
Pág. 213 de 688




