Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
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Anas Modamani, 19, aproximou-se da chanceler alemã, Angela Merkel, esticou o braço e fez um "selfie". Na internet, a foto gerou desdobramentos que o jovem refugiado sírio não esperava.
A imagem passou a circular como se Modamani fosse suspeito de atentados terroristas. Sua proximidade em relação à chanceler seria prova da ingenuidade alemã, que teria acolhido o inimigo.
Ele agora processa o Facebook por difamação e exige que o site retire as fotografias, impedindo a sua reaparição. Uma corte ouvirá a denúncia nesta segunda (6).
A ação pode ser um marco no país, enquanto o governo busca maneiras de regulamentar a internet e responsabilizar redes sociais pelas notícias falsas veiculadas.
ACUSAÇÕES
O "selfie" com Merkel foi feito em um abrigo de Berlim em 10 de setembro de 2015. Ele havia chegado à Alemanha um mês antes, fugindo da guerra e viajando por Turquia, Grécia e Sérvia.
A foto serviu, em um primeiro momento, como emblema da política alemã de portas abertas. O país recebeu quase 900 mil pessoas em 2015, em um gesto que mais tarde se provou daninho à popularidade de Merkel, candidata a um quarto mandato nas eleições de setembro deste ano.
"Foi uma foto normal, apenas por curiosidade", diz Modamani à Folha. "A chanceler é uma ótima pessoa que ajudou muitas pessoas, dando a elas a oportunidade de viverem. Mas a imagem começou a ser utilizada por quem odeia refugiados, dizendo que fiz coisas erradas."
Modamani foi identificado falsamente como Najim Laachraoui, um dos responsáveis pelos ataques terroristas a Bruxelas, em março do ano passado. Ele também foi acusado por internautas enfurecidos por uma tentativa de atentado em Ansbach, na Alemanha, em julho.
No fim do ano, a fotografia reapareceu em notícias sobre um morador de rua queimado em uma estação de metrô em Berlim. E também foi relacionada ao atentado com um terrorista que usou um caminhão para atropelar e matar 12 pessoas em um mercado de Natal na capital alemã.
Modamani acredita que o Facebook não tenha tomado medidas suficientes para impedir sua difamação. "Espero que apaguem a imagem imediatamente e impeçam outras notícias falsas", afirma o jovem, que trabalha numa rede de fast food.
Chan-jo Jun, advogado de Modamani, diz que as imagens relacionando seu cliente a ataques foram vistas dezenas de milhares de vezes. Ele foi alvo de ameaças —um usuário pedia, por exemplo, que fosse queimado vivo.
O Facebook eliminou algumas, mas outras não, e falhou em impedir sua reaparição, segundo o advogado. A empresa afirma ter agido e, portanto, não acredita haver base para a acusação. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
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Escolhido para o STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Alexandre de Moraes (Justiça) perdeu concurso de professor titular da USP para o seu possível colega Ricardo Lewandowski, foi reprovado por uma examinadora na livre-docência e é acusado por alunos de ter relativizado a tortura em sala de aula.
Ele nega. À época, 2004, disse que introduziu questionamentos teóricos comuns e teve a fala distorcida. "O histórico acadêmico e profissional do ministro demonstram sua incansável luta contra a tortura, tanto em seus livros, quanto nos cargos que ocupou", disse sua assessoria, em nota.
O ministro da Justiça afirmou ainda que "a alegação de ter defendido tortura foi considerada absurda na época por todos os alunos efetivamente presentes a aula". Ao longo de sua trajetória, a faceta política e a acadêmica se encontraram.
Admiradores, inclusive da própria Faculdade de Direito, afirmam que Moraes é prodigioso e bem articulado. Derrotas em concursos são relativamente comuns, ponderam. Os três docentes e quatro ex-estudantes ouvidos pela reportagem não quiseram ser identificados.
A POLÊMICA DA TORTURA
A vida universitária de Alexandre de Moraes já começou agitada.
Ele perdeu o concurso de ingresso na USP para Virgílio Afonso da Silva, hoje professor titular da faculdade. Então professor de cursinho, tentou novamente e conseguiu.
Pouco depois, uma aula para o quinto ano, em 2004, reverberaria em Brasília. No curso, o professor introduziu uma discussão retórica sobre o uso da tortura para obtenção de informação sensível. "Sabendo-se que há uma bomba em plena praça São Pedro, por onde passará o papa, e é preso um terrorista que se recusa a falar onde ela está", introduziu Moraes. "No limite, é admissível a obtenção de informação mediante tortura a fim de evitar a morte das pessoas na praça?", continuou.
"Sendo um dos integrantes de um grupo de sequestradores detidos pela polícia e estando a vítima ainda em poder dos demais, no limite é admissível torturar o detido a fim de que se descubra o local em que a vítima e os demais sequestradores se encontram?", acrescentou.
À época, o teor da fala do professor causou alvoroço entre estudantes. Acionado, o Centro Acadêmica XI de Agosto publicou uma nota contra o professor.
O documento chegou ao Senado e, no ano seguinte, seu conteúdo foi debatido na Comissão de Constituição e Justiça durante a sabatina de Moraes para o Conselho Nacional de Justiça. O candidato se defendeu, dizendo que os alunos tiraram os pontos de interrogação ao final de seus questionamentos e distorceram sua fala. "Nada justifica a quebra de qualquer inviolabilidade de qualquer liberdade pública, porque isso poderia gerar inúmeros abusos", reagiu, na sabatina.
Dois alunos que estavam na sala, ouvidos pela Folha na condição de terem a identidade preservada, disseram que Moraes não apresentou argumentos contrários à tortura como método de investigação. Por isso, causou o furor.
Uma semana depois da sabatina, o plenário do Senado vetou o seu nome para o CNJ. Mas, em movimento que foi visto como manobra do PSDB e PFL, partidos aos quais Moraes é ligado (hoje é filiado ao primeiro), a Casa voltou a examinar sua indicação e a aprovou.
NOTA ZERO
Moraes já foi comparado a outros ministros do tribunal.
Ele perdeu o concurso de professor titular para Ricardo Lewandowski, em 2003. Ficou em quarto e último lugar, com nota 8,66, enquanto o vencedor obteve 9,82. Na prova de livre-docência, em 2002, outra polêmica. A examinadora Odete Medauar deu nota zero ao postulante. Ela entendeu que a tese de Moraes não tinha consistência teórica, segundo lembram docentes da faculdade.
À Folha, a professora disse que a tese estava, "vamos dizer assim, deixando a desejar. Mas isso não significa que o professor Alexandre não tenha competência". "Ele tem competência para exercer tanto o seu cargo atual quanto para qualquer outro", afirmou Medauar.
A média geral de Moraes na livre-docência, contabilizadas as notas dos outros quatro examinadores, foi 7,08. A mesma banca deu notas 9,7 e 9,6 aos outros dois candidatos que prestaram o concurso junto com Moraes.
OUTRO LADO
A assessoria do ministro disse, sobre a polêmica da tortura, que "essa falsa notícia foi abordada durante sabatina que o aprovou no CNJ, em 2005, e totalmente descartada".
"Quando secretário de Justiça e presidente da Febem [hoje Fundação Casa], Alexandre de Moraes foi responsável pela prisão em flagrante de 30 monitores da instituição por agressão e tortura de menores, demonstrando na prática o que sempre defendeu na teoria."
Reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo" desta segunda-feira (6) afirma que, em sua tese de doutorado, Moraes defendeu que o presidente da República não possa indicar ao Supremo quem exerce cargos de confiança, como é o seu caso, para evitar "demonstração de gratidão política". Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
Artistas rompem silêncio para prestarem solidariedade a Lula
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Famosos que enviaram pêsames foram citados no site do ex-presidente
Houve um tempo, especialmente da ditadura até os primeiros anos do pós-redemocratização, no qual a classe artística tinha participação efetiva na política brasileira.
Mas o ativismo foi perdendo força e, hoje, poucas personalidades da TV ousam associar sua imagem a partidos, políticos e ideologias. Existe o temor da reação pública, já que vivemos um tempo de polarização e radicalismo, especialmente nas redes sociais.
Muitos atores, cantores e apresentadores, ainda que politizados, optam pelo silêncio para evitar a perda de oportunidades de trabalho, principalmente na publicidade.
Evitam fazer qualquer declaração sobre o assunto, jamais se deixam fotografar ao lado de lideranças políticas e ocultam gestos de apoio ou solidariedade. Uma autocensura que lembra – que ironia! – a perseguição às ideias do regime militar.
Os que ‘dão a cara a tapa’, como Regina Duarte, à direita, e José de Abreu, à esquerda, enfrentam críticas, deboche e até perdem fãs.
Na semana passada, vários famosos decidiram enfrentar o patrulhamento e enviaram manifestação de condolências ao ex-presidente Lula em razão da morte da ex-primeira dama, Dona Marisa Letícia.
No site do Instituto Lula foi feito um post de agradecimento às figuras públicas que se solidarizam com o petista. Entre elas, artistas que raramente se expõem a respeito de questões político-partidárias, como Fernanda Montenegro, Fábio Assunção, Monica Martelli e Lázaro Ramos.
Além de personalidades da mídia com posição ideológica declarada e/ou militância midiática, como Paulo Betti, Letícia Sabatella, Cristina Pereira, Chico Buarque, Patrícia Pillar, Sérgio Mamberti, Tássia Camargo e Barbara Gancia.
Como quase tudo ligado à política neste momento, a tal lista repercutiu em diferentes direções, com elogios e ataques aos artistas que enviaram pêsames a Lula.
Ninguém passa incólume às diferentes correntes que monitoram a vida política e a internet. Fonte: https://diversao.terra.com.br
Marisa Letícia Lula da Silva... Seu nome é utopia. (*1950- +2017)
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Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista.
Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro. 4 de feveriro-2017.
A sua história não é apenas de glória e poder
Mas também de morte do seu amado caminhoneiro.
Ela não cruzou os braços e sempre lutou para sobreviver
Fazendo da viuvez uma defesa da vida do seu primeiro filho.
O abraço fraterno nos pobres não era campanha política
Mas uma recordação da sua família de 11 irmãos.
Ela enxugava as lágrimas das crianças não para ficar bonita na foto
Mas para recordar as lágrimas do cansaço aos 9 anos no trabalho diário.
Ela defendia a dignidade das trabalhadoras não para ganhar votos
Mas para recordar que também ela foi operária nos seus 19 anos.
Ela era firme em suas convicções e ideais políticos
Sem jamais perder a ternura da utopia do novo dia.
Não a conheci pessoalmente
Mas ela conheceu a nós, brasileiros e brasileiras.
Não tive o privilégio em dar um aperto de mão
Mas ela acariciou as mãos calejadas do povo.
Não lutei contra a ditadura Militar e suas mazelas
Mas pelo Brasil ela gritou contra as noites escuras do medo.
Não conheci o poder e seus encantos
Mas ela fez do poder uma nova vida para os pobres.
Não subi na rampa do Planalto
Mas ela ajudou os pobres a subir nas rampas da vida.
Não tenho um presidente na família
Mas ela fez da presidência um novo olhar para os excluídos.
Não fui denunciado ou injuriado
Mas ela viveu de perto as Bem-Aventuranças de Jesus.
Não fui discriminado ou renegado
Mas ela ouviu horrores contra um nordestino e operário.
Não conheci Herodes ou Pôncio Pilatos
Mas ela viu muitos traidores lavar as mãos.
Ela não foi perfeita, santa ou milagrosa
Mas fez das relações humanitárias um grande milagre.
Ela não foi uma luz ou exemplo de perfeição
Mas fez das limitações humanas um caminho de luz.
Ela não foi filha de políticos famosos ou famílias tradicionais
Mas de pequenos agricultores que sonharam com os pés no chão.
Marisa... Seu nome é Brasil, seu nome é utopia.
Juiz bloqueia polêmica ordem migratória de Trump em todo o país
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Presidente dos EUA havia ordenado a proibição da entrada de refugiados de sete países. A Casa Branca considerou a sentença 'escandalosa'.
O juiz federal James Robart ordenou, nesta sexta-feira (3), a suspensão da ordem executiva emitida pelo presidente Donald Trump, de proibir a entrada de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana, o golpe mais duro até agora contra o polêmico decreto.
Robart bloqueou o decreto momentaneamente, enquanto estuda em sua totalidade o recurso de amparo apresentado pelo procurador-geral do estado de Washington (oeste), Bob Ferguson.
"A Constituição prevaleceu hoje", manifestou Ferguson, após a sentença. "Ninguém está acima da lei, nem mesmo o presidente", acrescentou.
A Casa Branca considerou a sentença "escandalosa". Esse não foi o primeiro recurso a desafiar o decreto, mas foi o golpe mais forte infligido até agora, já que desarma seus principais argumentos.
Tecnicamente, a sentença significa que, por enquanto, qualquer um com visto válido tem acesso permitido ao país.
Recursos similares foram apresentados em outros estados. Entre eles, estão Califórnia, Nova York e Virgínia. Fonte: http://g1.globo.com
Marisa Letícia, 1950-2017, filha do Brasil
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Ex-primeira dama costurou a primeira bandeira do PT, começou a trabalhar aos nove anos e organizou resistência das mulheres durante as grandes greves do ABC.
“A primeira bandeira do PT fui eu que fiz. Tinha um tecido vermelho, italiano, um recorte, guardado há muito tempo. Costurei a estrela branca e ficou lindo. Minha casa era o centro. Foi assim que começou o PT.”
Marisa Letícia tinha 29 anos quando costurou uma estrela branca sobre um pano vermelho e concebeu aquela que viria a ser a primeira bandeira do Partido dos Trabalhadores, antes mesmo de sua fundação oficial, em fevereiro de 1980. Pouco depois, em abril, seu marido seria preso pela primeira vez e ficaria detido por 31 dias no DEOPS de São Paulo por exercer o direito à greve e à luta por direitos trabalhistas — quando a regra era o silêncio, a opressão, o arbítrio.
Marisa seguiu costurando e não parou mais: o sonho, a resistência, a família, o futuro. E carimbou sua estrela não apenas no tecido vermelho, mas também na história do Brasil.
Filha de pequenos agricultores de origem italiana estabelecidos num sítio modesto na zona rural de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, Marisa foi a décima filha entre as 11 crianças de Regina Rocco Casa e Antônio João Casa. Nasceu numa casa simples, na periferia de São Bernardo, e cresceu vendo o pai e os irmãos carregarem uma charrete com verduras e legumes para vender no mercado. Ainda criança, mudou-se com a família para o centro da cidade. Filha do Brasil, Marisa começou a trabalhar aos 9 anos, como babá. Dos 13 aos 19 foi operária numa fábrica de chocolates. Largou para casar.
Marisa se casou pela primeira vez aos 19 anos, em 1970, com o motorista de caminhão Marcos Cláudio dos Santos. Entre um frete e outro, carregando areia para construção civil, Marcos fazia bico dirigindo o táxi de seu pai nas ruas de São Bernardo. Seis meses após o casamento, foi assassinado num assalto. Marisa estava grávida de quatro meses. Seu primeiro filho recebeu o nome de Marcos Claudio, em homenagem ao pai que jamais conheceu.
Aos 23 anos, a jovem viúva Marisa trabalhava como inspetora em um colégio estadual quando conheceu o também jovem viúvo Luiz Inácio da Silva, o Lula, então diretor do departamento jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos e responsável pelo setor de previdência social. Lula, com 27, tinha perdido a mulher e o filho durante o trabalho de parto dois anos antes. Marisa procurou por ele no sindicato para solicitar um atestado de que precisava para receber a pensão a que tinha direito. Era o final de 1973.
Lula já tinha ouvido falar sobre aquela moça. Sem carro, e sem ônibus que servisse a cidade após as 22 horas, Lula recorria ao táxi de Seu Cândido quando precisava voltar para casa mais tarde. Papo vai, papo vem, Lula soube que o filho de Seu Cândido havia morrido num assalto, naquele mesmo táxi. O taxista falava coisas sobre o neto e sobre a nora, que era viúva como ele, que era muito bonita, coisa e tal. Quando Marisa apareceu em sua sala à procura de um atestado, Lula não imaginava que era a filha de Seu Cândido. Mas bastou que ela respondesse às perguntas do formulário para Lula juntar os pontos. Viúva, marido morto num assalto num táxi, filho com 2 anos... "Você é a nora do Seu Cândido?", ele perguntou. Cinco meses depois, Lula e Marisa estavam casados.
"Eu assumi o Marcos como se fosse meu filho quando casei com a Marisa", disse Lula em entrevista reproduzida no livro "O Filho do Brasil", de Denise Paraná. "Ele tinha três anos, a mesma idade que teria meu primeiro filho, se ele estivesse vivo". Quando nasceu o primeiro filho biológico de Lula e Marisa, Fábio Luís, em 1975, o casal convidou Seu Cândido e a mulher, Dona Marília, para serem padrinhos do menino.
Com Lula, Marisa, que o marido costumava chamar de "Galega", teve mais dois filhos: Sandro Luís, em 1978, e Luís Cláudio, em 1985. A família se completa com a enteada Lurian, de 1974, fruto do namoro de Lula com Mirian Cordeiro, anterior ao casamento com Marisa.
Dona de casa desde o nascimento de Fábio, Marisa foi sempre muito presente na militância do PT e desempenhou papel central na trajetória política do marido. Um ano depois do casamento, Lula assumiu a presidência do sindicato, mergulhando de cabeça na vida política. Durante as grandes greves dos metalúrgicos entre 1978 e 1980, e também nos primeiros anos do PT, transformou sua casa em local de reuniões intensas e frequentes, por vezes diárias, onde foram gestadas algumas das mais importantes estratégias de luta e também os sonhos de um país mais justo e democrático.
Quando Lula foi preso, em abril de 1980, e ficou 31 dias no Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo, o DEOPS, Marisa se engajou na organização do fundo de greve e liderou uma marcha de mulheres que tomou as ruas de São Bernardo em 8 de maio, caminhando na linha de frente de mãos dadas com os filhos. Visitava o marido todos os dias na prisão, e, quando o filho Marcos, aos 10 anos, cismou de não querer mais ir à escola para não ouvir seus colegas o acusarem de ser "filho de bandido", foi obrigada a administrar, sem perder a dureza nem a ternura, os primeiros sintomas da perseguição política que ela e os filhos seriam obrigados a administrar, até hoje.
"Hoje parece loucura. Fizemos uma passeata das mulheres em 1980, quando os dirigentes sindicais estavam presos. Encheu de polícia. Os homens queriam dar apoio, mas dissemos não. Fizemos só com as mulheres, eu de mãos dadas com meus filhos à frente."
Após três campanhas eleitorais frustradas, Lula foi eleito presidente da República em 2002. Marisa virou primeira dama em 1º de janeiro de 2003. Ao longo de oito anos, reformou o Palácio da Alvorada, introduziu as famosas festas juninas da Granja do Torto no calendário oficial de Brasília, e teve atuação discreta, mantendo sob sua responsabilidade a logística da casa, a administração financeira da família, o guarda roupa do marido, o zelo pela privacidade e pela intimidade dos filhos. Esteio e alicerce são duas palavras constantemente utilizadas pela imprensa para se referir a ela.
Lula ainda era presidente da República quando exames revelaram a presença de um aneurisma no cérebro da então primeira dama. Aneurisma é uma deformação que ocorre numa veia ou artéria, causando a dilatação do canal e o afinamento da parede para formar uma espécie de bolha. Na ocasião, foi feita a opção por monitorar o aneurisma, ao mesmo tempo em que se reforçou a necessidade de controlar a pressão sanguínea de Marisa, que foi diagnosticada como hipertensa. No dia 24 de janeiro, Marisa teve uma crise hipertensiva que provocou o rompimento desse aneurisma, um acidente vascular cerebral. Foi atendida na emergência do Hospital Assunção, em São Bernardo do Campo, e transferida para o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde foi submetida a um procedimento cirúrgico para estancar uma hemorragia.
Marisa Letícia Lula da Silva faleceu aos 66 anos no início da noite do dia 3 de fevereiro de 2017. Marisa virou estrela, uma estrela igual àquela que alinhavou sobre tecido vermelho para criar a primeira bandeira do Partido dos Trabalhadores. Uma estrela que, como a outra, jamais deixará de brilhar. Fonte: http://www.lula.com.br
Michel Temer e ministros prestam solidariedade a Lula
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Visita foi motivada pela perda da ex-primeira-dama Marisa Letícia
O presidente Michel Temer, o ex-presidente José Sarney, senadores e ministros foram, na noite da última quinta-feira (2), de Brasília a São Paulo prestar seus sentimentos de solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em memória da ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia.
A visita, que ocorreu no hospital Sírio Libanês, durou cerca de 20 minutos. Lula agradeceu e disse que não esquecerá o gesto, e que, na sua vida, não confunde divergências políticas com relações pessoais. O ex-presidente afirmou também que o Brasil precisa superar o momento difícil que está vivendo.
Vieram de Brasília, além de Temer e Sarney, os ministros José Serra, Henrique Meirelles, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Hélder Barbalho e Dyogo Oliveira, junto com os senadores Eduardo Braga, Cássio Cunha Lima, Romero Jucá e Edison Lobão.
Fonte: http://www.lula.com.br
Temer é hostilizado ao visitar Lula em hospital onde está Dona Marisa
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Grupo, que incluía senadores e ministros, foi xingado de “golpistas” por apoiadores do PT
SÃO PAULO — A chegada do presidente Michel Temer e sua comitiva ao Hospital Sírio-Libanês, por volta das 22h30 desta quinta-feira, foi marcada pro tumulto. Um grupo de manifestantes xingava ministros e senadores, enquanto eles deixavam a van e seguiam para dentro do prédio. Além de Temer, também estavam o ex-senador José Sarney, o recém-eleito presidente do Senado, Eunício Oliveira, o senador Romero Jucá, os ministros José Serra, Henrique Meirelles e Eliseu Padilha, e Moreira Franco, que assumirá a Secretaria Geral da Presidência.
Os manifestantes, muitos ligados a sindicatos apoiados pelo PT, xingavam o grupo de “golpistas, vagabundos e assassinos”. O cardiologista Roberto Kalil Filho, que cuida da ex-primeira-dama Marisa Letícia, foi quem recebeu a comitiva do lado de fora do hospital.
Todos deverão ser recebidos pelo ex-presidente Lula, que permanece no hospital acompanhando sua mulher. Ela permanece numa UTI, respirando com ajuda de aparelhos. Na tarde desta quinta-feira, Lula recebeu o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Fonte: http://oglobo.globo.com
Lula dá conselhos e abre diálogo com Temer em visita de solidariedade
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Presidente, junto com motiva de pelos menos 15 aliados, esteve em hospital após a morte de dona Marisa.
Michel Temer visitou o ex-presidente Lula, na noite dessa quinta-feira (2), no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, para prestar solidariedade pela morte de dona Marisa.
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Após ouvir gritos de "golpista" e "assassino" de simpatizantes do petista, no momento em que chegava ao local, junto com pelo menos 15 aliados, o presidente foi recebido de forma cordial por Lula, que disse estar feliz por ele ter deixado "questões políticas" de lado.
Segundo Lula, o encontro com FHC, ocorrido mais cedo, sinalizava para a juventude a necessidade de superar o ódio e a intolerância que intoxicaram a política brasileira. “Todos nós aqui temos a responsabilidade de fazer esse país se reencontrar e voltar a sorrir”, declarou aos visitantes.
Visivelmente abatido, segundo o blog do Josias, do portal Uol, Lula ainda aconselhou o presidente: “Não se faz reforma da Previdência com o país em recessão”.
O petista também se queixou do Supremo Tribunal Federal: “Está acovardado” e abriu uma fresta para o diálogo: “Michel, quando quiser conversar comigo, me chame. Não posso é ficar me oferecendo.” Temer recebeu a mensagem de forma positiva: “Ah, com essa abertura, vou chamar muitas vezes.”
O presidente estava acompanhado por José Sarney (PMDB) e pelos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento), José Serra (Relações Exteriores), Helder Barbalho (Integração Nacional) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Também integraram o grupo os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Eduardo Braga (PMDB-AM), Romero Jucá (PMDB-RR), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), e o presidente da Casa, Eunicio Oliveira (PMDB-CE). Fonte: www.noticiasaominuto.com.br
DONALD TRUMP: Íntegra do discurso de posse.
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Trump tomou posse nesta sexta-feira como 45º presidente dos EUA. (em tradução não-oficial):
"Chefe de Justiça Roberts, presidente Carter, presidente Clinton, presidente Bush, presidente Obama, colegas americanos e pessoas do mundo: obrigado.
Nós, os cidadãos da América, estamos agora unidos em um grande esforço nacional para construir nosso país e restaurar sua promessa para todo o nosso povo.
Juntos, iremos determinar o curso da América e do mundo por muitos, muitos anos. Enfrentaremos desafios, confrontaremos dificuldades. Mas faremos o serviço.
A cada quatro anos nos reunimos nesta escadaria para conduzir a ordeira e pacífica transferência de poder. E somos gratos ao presidente Obama e à primeira-dama Michelle Obama por sua graciosa ajuda durante essa transição. Eles foram magníficos. Obrigado. A cerimônia de hoje, no entanto, tem um significado muito especial porque hoje não estamos apenas transmitindo o poder de uma administração a outra ou de um partido ao outro, mas estamos transferindo o poder de Washington, D.C., e o devolvendo a vocês, o povo.
Por muito tempo, um pequeno grupo na capital de nossa nação colheu as recompensas do governo enquanto o povo assumiu o custo. Washington floresceu, mas o povo não compartilhou sua riqueza. Políticos prosperaram mas os empregos foram embora e as fábricas fecharam. O sistema se protegeu, mas não aos cidadãos de nosso país.
As vitórias dele não foram as suas vitórias. O triunfo dele não foi o de vocês. E enquanto eles celebravam em nossa capital, havia pouco para celebrar para famílias em dificuldade ao redor de todo o país.
Tudo isso muda, começando aqui e agora, porque este momento é seu momento: ele pertence a vocês. Ele pertence a todos reunidos aqui hoje e todos assistindo em todos os Estados Unidos. Este é seu dia. Esta é sua celebração. E este, os Estados Unidos da América, é seu país.
O que realmente importa não é qual partido controla nosso governo, mas se nosso governo é controlado pelo povo. 20 de janeiro de 2017 será lembrado como dia em que o povo se tornou o comandante desta nação novamente. Os homens e mulheres esquecidos de nosso país não serão mais esquecidos.
Todos estão ouvindo vocês agora. Vocês vieram aos milhões para se tornar parte de um movimento histórico, do tipo que o mundo nunca viu antes. Ao centro deste movimento está uma convicção crucial de que uma nação existe para servir aos seus cidadãos.
Americanos querem ótimas escolas para seus filhos, vizinhanças seguras para suas famílias e bons empregos para si. Essas são demandas justas e razoáveis de pessoas direitas e de um público direito.
Mas, para muitos de nossos cidadãos, uma realidade diferente existe. Mães e crianças presas na pobreza das zonas carentes de nossas cidades, fábricas enferrujadas espalhadas como lápides pela paisagem de nosso país. Um sistema educacional cheio de dinheiro, mas que deixa nossos jovens e belos estudantes desprovidos de conhecimento. E o crime as gangues e as drogas que roubaram tantas vidas e roubaram tanto potencial não realizado de nosso país.
Essa carnificina americana acaba aqui e acaba agora.
Somos uma única nação - e a dor deles é nossa dor. Os sonhos deles são nossos sonhos, e o sucesso deles será nosso sucesso. Dividimos um único coração, um lar e um glorioso destino. O juramento do cargo que faço hoje é um juramento de lealdade a todos os americanos. Por muitas décadas enriquecemos a indústria estrangeira às custas da indústria americana;
Subsidiamos os exércitos de outros países enquanto permitíamos ao muito triste esgotamento de nosso poder militar; Nós defendemos as fronteiras de outros países enquanto nos recusamos a defender as nossas próprias; E gastamos trilhões e trilhões de dólares além mar, enquanto a infraestrutura dos Estados Unidos caiu em degradação e deterioração. Nós tornamos outros países ricos enquanto a riqueza, a força e a confiança do nosso país se dissipou no horizonte.
Uma por uma, as fábricas fecharam e deixaram nosso solo sem nem pensar nos milhões e milhões de trabalhadores americanos que foram deixados para trás. A riqueza da nossa classe média foi arrancada de suas casas e depois redistribuída ao redor do mundo. Mas isso é o passado, e agora nós estamos olhando só para o futuro.
Nós reunidos aqui hoje estamos emitindo um novo decreto a ser ouvido em todas as cidades, em todas as capitais estrangeiras e em todos os corredores do poder.
Deste dia em diante, uma nova visão vai governar nossa terra. Deste dia em diante, vai ser só a América primeiro, a América primeiro. Todas as decisões sobre comércio, sobre taxas, sobre imigração, sobre relações exteriores serão feitas para beneficiar os trabalhadores americanos e as famílias americanas.
Devemos proteger nossas fronteiras das devastações dos outros países fazendo nossos produtos, roubando nossas empresas e destruindo nossos empregos. A proteção vai levar a grande prosperidade e força.
Vou lutar por vocês com todo o fôlego do meu corpo, e nunca vou decepcionar vocês. A América vai começar a vencer de novo, vencer como nunca antes. Vamos trazer de volta nossos empregos. Vamos trazer de volta nossas fronteiras. Vamos trazer de volta nossa riqueza, e vamos trazer de volta nossos sonhos.
Vamos construir novas estradas e rodovias e pontes e aeroportos e túneis e ferrovias ao redor da nossa nação maravilhosa. Vamos tirar nosso povo do seguro-desemprego e colocá-los de volta ao trabalho, reconstruindo nosso país com mãos americanas e trabalho americano.
Vamos seguir duas regras simples: Comprar [produtos] americanos e contratar americanos. Vamos procurar amizade e boa vontade com as nações do mundo - mas vamos fazer isso com o entendimento de que é o direito de todas as nações colocar seus próprios interesses em primeiro lugar.
Nós não buscamos impor nossa maneira de viver sobre ninguém, mas, em vez disso, deixar que ela brilhe como um exemplo a ser seguido. Nós vamos reforçar alianças antigas e formar novas - e unir o mundo civilizado contra o terrorismo radical islâmico, que vamos erradicar completamente da face da Terra.
No alicerce das nossas políticas haverá uma lealdade total aos Estados Unidos da América, e através de nossa lealdade ao nosso país nós vamos redescobrir nossa lealdade um ao outro. Quando você abre seu coração ao patriotismo, não há lugar ao preconceito.
A Bíblia nos diz "quão bom e agradável é quando o povo de Deus vive junto em unidade". Devemos falar abertamente, debater nossos desentendimentos honestamente, mas sempre buscar a solidariedade.
Quando a América está unida, a América é totalmente invencível. Não deve haver medo - estamos protegidos e sempre estaremos protegidos. Seremos protegidos pelos grandes homens e mulheres de nossas forças armadas e da aplicação da lei. E mais importante, sempre seremos protegidos por Deus.
Finalmente, devemos pensar grande e sonhar ainda maior.
Na América, entendemos que uma nação só vive enquanto estiver se esforçando. Não iremos mais aceitar políticos que são apenas discurso e nenhuma ação - constantemente reclamando, mas nunca fazendo nada a respeito.
O tempo para conversas vazias acabou.
Agora chega a hora da ação.
Não permitam que ninguém diga a vocês que isso não pode ser feita. Nenhum desafio pode equivaler ao coração, e à luta e ao espírito da América.
Não iremos falhar. Nosso país irá crescer e prosperar novamente. Estamos perante o nascimento de um novo milênio, prontos para desbloquear os mistérios do espaço, para libertar a terra das misérias da doença, e controlar as energias, indústrias e tecnologias de amanhã.
Um novo orgulho nacional irá nos agitar, elevar nossas vistas e curar nossas divisões.
É hora de lembrar daquele ditado que nossos soldados nunca esquecerão, de que não importa se somos, negros, de outra cor ou brancos, todo sangramos o mesmo sangue vermelho dos patriotas. Todos desfrutamos das mesmas gloriosas liberdades e saudamos a mesma grande bandeira americana. E se uma criança nasce num subúrbio de Detroit ou nas planícies varridas pelo vento de Nebraska, elas olham para o mesmo céu à noite, elas enchem seus corações com os mesmos sonhos e são insufladas com a brisa da vida pelo mesmo poderoso Criador.
Então a todos os americanos, em todas as cidades próximas e distantes, de montanha a montanha, de oceano a oceano, ouçam estas palavras:
Vocês nunca serão ignorados novamente.
Sua voz, suas esperanças e sonhos irão definir nosso destino americano. E sua coragem, bondade e amor irão para sempre nos guiar pelo caminho.
Juntos iremos tornar a América forte novamente.
Tornaremos a América rica novamente.
Faremos a América orgulhosa novamente.
Faremos a América segura novamente.
E, sim, juntos iremos tornar a América grande novamente. Obrigado. Deus abençoe vocês. E Deus abençoe a América."
Fonte: http://g1.globo.com
Crivella nomeia padre como assessor de gabinete
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Baiano, Marco Lázaro é ligado ao movimento carismático da Igreja Católica.
RIO - O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, nomeou nesta quarta-feira o padre Marco Lázaro Mendes Dias como assessor de seu gabinete. Baiano de Feira de Santana, Marco Lázaro é ligado ao movimento carismático da Igreja Católica. O padre também apresenta o programa “Uma Palavra de Cura”, na rádio Catedral FM nas madrugadas de segunda a quarta-feira.
Padre Lázaro é natural de Feira de Santana, na Bahia. O sacerdote também segue carreira artística. Cantor, virou motivo de polêmica na Bahia, em 1999, quando chegou a ser suspenso por ter criado um bloco de axé gospel. Ele é o autor o CD Canto e Cura. Há alguns anos, se transferiu para o Rio de Janeiro, onde desenvolve projetos sociais e presta assistência religiosa em comunidades carentes da Zona Oeste. Fonte: http://oglobo.globo.com/
TAINÁ VEIGA: Mensagem
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NÃO É MENTIRA... Prefeito de Porto Velho abre mão do salário de R$ 21 mil por quatro anos
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Dinheiro será destinado a entidades carentes que ainda vão ser escolhidas. Hildon é o 5° prefeito mais rico do Brasil, com patrimônio de R$ 11 milhões.
O novo prefeito de Porto Velho, Dr. Hildon Chaves (PSDB), declarou nesta segunda-feira (2) que vai abrir mão do salário enquanto for prefeito do município, até 2020. Conforme o prefeito, o salário líquido dele, de R$ 21 mil , será destinado à entidades sociais. O anúncio foi feito no fim da tarde, após uma reunião com os novos vereadores e secretários para cortar gastos e acelerar os processos municipais. O executivo foi empossado ao cargo no domingo (1°).
Hildon é o 5º prefeito mais rico eleito entre as capitais do Brasil no ano de 2016. Ao Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO), o prefeito declarou ter um patrimônio de R$ 11.261.219,90.
Ao G1, Dr Hildon disse a abstenção do salário de R$ 21 mil da prefeitura vai valer até o fim do mandato, em dezembro de 2020. Neste período, ele pretende se manter apenas com salário que recebe como empresário.
"Uma iniciativa nossa. Primeiro porque eu não me candidatei à prefeitura por conta de salário, segundo lugar tenho a felicidade de ser um sócio proprietário de uma empresa com minha esposa e nos mantém a todos com tranquilidade, não vai fazer diferença para mim esse salário", diz .
Até o final do mandato, em dezembro de 2020, Hildon vai ter doado mais de R$ 1 milhão para entidades sociais, que ainda serão escolhidas. "É uma oportunidade de com esse salário que é uma verba que pode ser destinada para onde eu quiser e quem vai cuidar desta questão será a minha esposa, ela vai escolher entidades assistenciais da cidade, uma ou mais de uma a cada mês para contemplada", conta.
Dr Hildon
Hildon de Lima Chaves nasceu em Recife (PE) no dia 25 de maio de 1968. Vindo de família de classe média, atualmente ele é casado com Yeda Pacheco Chaves e é pai de dois filhos, ambos estudantes.
O político chegou a Rondônia em 1992 para assumir ao cargo de Promotor de Justiça, após ser aprovado em quarto lugar em um concurso com mais de 600 candidatos. Foi promotor público em Vilhena (RO), Pimenta Bueno (RO), Cacoal (RO), Ariquemes (RO) e Porto Velho.
Hildon pediu exoneração do MP-RO em 2013 para se dedicar exclusivamente ao Grupo Athenas - que compõe várias Faculdades em Rondônia, Acre e Mato Grosso. O novo prefeito é graduado em direito, com especialização em direito público e é empresário e advogado. Está filiado ao PSDB desde 2013.
O novo prefeito de Porto Velho foi empossado no domingo (1°), durante uma cerimônia em uma faculdade particular da capital. Fonte: http://g1.globo.com
TAINÁ VEIGA: Posse-01
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A TAINÁ VAI PASSAR? Uma Prece.
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ, com imagens da cidade de Lagoa da Canoa-AL, faz uma Prece e uma Reflexão sobre os 12 Anos do Grupo Político que hoje deixa a cidade. Comunidade Capim, Lagoa da Canoa-AL. 31 de dezembro-2016. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com
Padre enfrenta igreja para ser prefeito e diz que separar fé e política cria alienados
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Eraldo Joaquim Cordeiro (PSD) é padre e foi eleito prefeito de Delmiro Gouveia (AL)
A história do prefeito eleito de Delmiro Gouveia, no alto sertão alagoano, foge à regra da maioria dos políticos. Filho de agricultores pobres, Eraldo Joaquim Cordeiro (PSD) é padre da cidade desde 1989 e tem um histórico ligado a movimentos sociais do campo.
Aos 56 anos, padre Eraldo também tem um discurso diferente da maioria dos párocos, que --até por orientação da Igreja Católica-- mantêm distância da política.
"A fé não pode estar desgarrada da vida concreta. Se você dissociar a fé da política, você acaba criando um povo alienado. Sempre trabalhei para ajudar as pastorais sociais, e daí surgiu essa luta. É uma necessidade! Não adianta estar só falando de Deus e, ao mesmo tempo, alimentar os coronéis e poderosos que perpetuam nesse sertão sem dar oportunidade do povo participar do projeto político", afirma.
Para chegar à vitória nas urnas em 2 de outubro, o pároco derrotou o deputado federal Givaldo Carimbão (PHS). Ressalte-se que o parlamentar contou ainda com o apoio do prefeito Lula Cabeleira (PMDB) --que termina neste mês seu quarto mandato (1997-2004/2008-2016) e é uma figura política importante do sertão alagoano. "Mas foi uma campanha civilizada, de debate, talvez o momento mais importante da vida de Delmiro", conta o padre.
Histórico de militância
Natural de Água Branca, também no sertão alagoano, Eraldo Joaquim Cordeiro deixou o semiárido para estudar teologia no Recife durante o período da ditadura militar.
Quando chegou do Recife para assumir a paróquia de Delmiro Gouveia, enfrentou uma das épocas mais complicadas da história alagoana, nos anos 1990, quando o Estado entrou em grave crise econômica e prosperava uma quadrilha formada por policiais --alguns de alta patente-- conhecida como "gangue fardada". Nesse período, liderou a criação da CPT (Comissão Pastoral do Sertão), em 1992, e fortaleceu a luta por reforma agrária. "Ajudei a criar também os bancos comunitários, sindicatos, MST, todos aqui no sertão. Essa sempre foi minha luta como pároco e agente pastoral", diz.
Como político, já foi filiado ao PT, ao PSB e estava no PCdoB até 2015, sigla pela qual seria candidato. Mas, em cima do prazo, percebeu que o partido tinha outro nome a lançar e se filiou ao PSD.
Não adianta estar só falando de Deus e, ao mesmo tempo, alimentar os coronéis e poderosos
Padre Eraldo
Segundo a prestação de contas oficial, o padre tem como bem apenas uma pequena propriedade na zona rural, onde vive, num valor estimado de R$ 90 mil.
Suspensão da batina
Para se eleger, fez coligações com PRB, PTN, PSDC, PT e PRP. Mais que isso, precisou também desafiar as ordens da Igreja. O bispo de Palmeira dos Índios, Dulcênio Fontes de Matos, baixou um decreto proibindo padres filiados a partidos de celebrarem atos. Resultado, como se filiou, acabou suspenso de ordem em 2012, quando concorreu à prefeitura. "Com o bispo anterior [Fernando Iorio], fui candidato a deputado [estadual] e cheguei a exercer sem problema. Mas cada bispo tem sua política... Ele baixou um decreto que suspende padre filiado a partido político. É um decreto, tem que obedecer", diz, deixando transparecer uma certa discordância do ato.
Mesmo sem críticas diretas aos colegas religiosos, o padre deixa um recado. "Não adianta só falar, falar. Chega um momento que o caminho é disputar os espaços e ajudar que o povo seja o ator."
Sem medo
Mesmo vivendo no Estado com maior índice de assassinatos do país, o pároco afirma que nunca temeu sofrer violência por entrar na política.
"Se a gente tivesse medo de estar nessa região, era melhor não ter nascido", brinca. "Mas todo mundo aqui se conhece. Agora, quando se trata de política, tem que ter posição, clareza e trazer todo mundo para a reflexão. Nunca tive medo, porque ele enfraquece principalmente os que mais precisam ter coragem, que são os pobres", afirma.
O padre nega o rótulo --muitas vezes dado a ele-- de socialista. "Sou apaixonado pelo Evangelho. A gente precisa criar a fraternidade, que é muito mais revolucionária que um regime político. O meu comandante é Jesus, que ajudava os pobres a multiplicar o pão. E é essa nossa missão: fazer com que educação, saúde, geração de emprego e os canais de água sejam colocado a favor dos mais pobres", assegura.
Às vésperas de assumir o mandato, o prefeito eleito diz que os pobres serão prioridade. "Vou fazer um governo voltado para todos, que consiga trazer a periferia para o centro. Aqui é uma cidade bonita, mas que tem uma exclusão social, uma dívida social muito grande. Vai ser um governo para todos, mas voltado para os que têm mais necessidade", finaliza. Fonte: http://noticias.uol.com.br
LAGOA DA CANOA: Quem é o culpado?
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O Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ, direto da Vila Santa Izabel- Lagoa da Canoa- faz uma reflexão sobre as últimas Eleições. Comunidade Capim, Lagoa da Canoa-AL. 23 de dezembro-2016. DIVULGAÇÃO: www.mensagensdofreipetroniodemiranda.blogspot.com
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