Olhar Jornalístico

ANIVERSARIANTE DO DIA: Homenagem do Olhar neste sábado.

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Publicado em 21 setembro 2014

ANIVERSÁRIO DO FREI: Mensagens dos internautas-03.

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Publicado em 16 setembro 2014

ANIVERSÁRIO DO FREI: Mensagens dos internautas-01.

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Publicado em 16 setembro 2014

A PALAVRA... Nº 691. Obrigado por mais um ano de Vida.

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Publicado em 14 setembro 2014

OLHAR DO DIA: Retiro em Diamantina-MG, com Frei Petrônio de Miranda.

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Publicado em 07 setembro 2014

A PALAVRA... Nº 681. Um Olhar sobre Arapiraca-AL

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Publicado em 05 setembro 2014

LAGOA DA CANOA/AL: 52 Anos de História.

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Publicado em 03 setembro 2014

OLHAR DO DIA: No Convento do Carmo de São Cristóvão-SE.

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Publicado em 29 agosto 2014

Os 10 golpes mais comuns do Facebook que devem ser evitados

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Publicado em 25 agosto 2014

De acordo com a lista, os truques variam entre a promoção de recursos que não existem na rede social, como trocar a cor da página e também a divulgação de notícias falas

Recentemente, a desenvolvedora de antivírus BitDefender, publicou um estudo que revela os dez golpes virtuais mais comuns encontrados no Facebook nesse ano. De acordo com a lista, os truques variam entre a promoção de recursos que não existem na rede social, como trocar a cor da página e também a divulgação de notícias falas.

Ainda de acordo com a desenvolvedora, o golpe mais conhecido seria o aplicativo falso que promete mostrar o número de visualizações e visitantes do seu perfil. Ao clicar nele, o usuário é levado para um site que tenta instalar um vírus no computador. Em outros casos, esse mesmo vírus esconde um pedido de autorização para publicar em seu nome e fazer posts com links maliciosos.

Confira a lista com os 10 golpes mais populares no Facebook:

1) “Total profile views/visitors”, aplicativo que permite ver o número total de visitantes – 30.20%

2) “Change your Facebook Color/Colour”,  aplicativo para trocar a cor do Facebook – 7.38%

3) Rihanna Sex Tape - falso vídeo da cantora fazendo sexo com seu namorado – 4.76%

4) “Check my status update to get free Facebook T-shirt”, link para ganhar uma camiseta grátis do Facebook – 4.21%

5) ”Say goodbye to Blue Facebook”, outro aplicativo para trocar a cor da rede social – 2.76%

6) “Unsealed. We are giving them away for free”, promoções falsas que dão presentes em troca de curtidas - 2.41%

7) “Check if a friend has deleted you”, aplicativo para ver se um amigo o deletou do perfil – 2.27%

8) “See your top 10 profile peekers here!”, aplicativo para ver quem acessou seu perfil – 1.74%

9) “Find out how to see who viewed your profile”, outra promessa para ver quem acessou o perfil na rede social – 1.55%

10) “Just changed my Facebook theme. It’s amazing”, golpe que promete mudar as cores, ou tema, do site – 1.50%

Fonte: http://www.ibahia.com/

06 de janeiro-2014: 512 Anos de Angra dos Reis: Homenagem do Olhar...

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Publicado em 07 janeiro 2014

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Aniversariante do dia...

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Publicado em 10 novembro 2013

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Padre some antes de missa e é achado morto na casa paroquial

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Publicado em 06 dezembro 2025
  • Padre some antes de missa e é achado morto
  • Casa Paroquial de Carmo do Rio Claro,
  • Júlio César Agripino
  • padre Júlio César Agripino
  • Carmo do Rio Claro,
  • Morre o Padre de Carmo do Rio Claro,
  • Diocese de Guaxupé

 

O padre ainda chegou a ser levado ao Hospital São Vicente de Paulo, mas não resistiu

O padre Júlio César Agripino (foto em destaque), de 38 anos, foi encontrado desacordado na Casa Paroquial de Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas, na noite dessa sexta-feira (5/12). Ele celebraria uma missa às 19h, na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, mas não apareceu no horário, o que preocupou funcionários e fiéis.

Quando chegaram ao local, funcionários da igreja encontraram o sacerdote caído no quarto. O Serviço de Atendimento foi acionado imediatamente.

Júlio César ainda chegou a ser levado ao Hospital São Vicente de Paulo, mas não resistiu. A causa da morte foi confirmada como infarto.

A ausência do padre na celebração causou estranheza porque, segundo fiéis, ele era extremamente pontual. O atraso incomum levou a paróquia a buscá-lo na Casa Paroquial.

Na manhã deste sábado (6/12), missas de corpo presente foram celebradas em homenagem ao religioso. Fiéis lotaram a Igreja Matriz para se despedir. Um cortejo seguiu pela praça principal até a saída da cidade, de onde o corpo foi levado para Guaxupé, onde o padre nasceu.

Em nota, a paróquia lamentou profundamente a perda: “Sua vida foi um testemunho de fé e amor pela Igreja. Nossas orações estão com seus familiares e amigos, que ele pastoreou com carinho. Descansa, bom e fiel servo, na paz de Cristo.”

A Prefeitura de Carmo do Rio Claro também manifestou pesar nas redes sociais, afirmando que a morte do padre “deixa um vazio na comunidade” e prestando solidariedade à família, amigos e aos fiéis que acompanhavam o trabalho de Júlio César. Fonte: https://www.metropoles.com

 

 

NOTA DE FALECIMENTO

PADRE JÚLIO AGRIPINO

Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso 
entre os esplendores da luz perpétua. 
Descansem em paz. Amém.

Com fiel confiança na misericórdia divina e na Ressurreição em Cristo Jesus, a Diocese de Guaxupé comunica com doloroso pesar a Páscoa Eterna de nosso irmão, Padre Júlio César Agripino, aos 38 anos.

O presbítero atualmente exercia seu ministério como pároco na comunidade paroquial de Nossa Senhora do Carmo, em Carmo do Rio Claro.

Padre Júlio era natural de Guaxupé e filho do casal Antônia Agripino e Marcos Agripino (este in memoriam).

Em breve, informaremos sobre o velório, a missa exequial e o sepultamento. Fonte: https://guaxupe.org.br

*2º- DOMINGO DO ADVENTO: Um Olhar de Conversão.

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Publicado em 06 dezembro 2025
  • Homilia do 2º Domingo do Advento,
  • tempo de advento
  • converter-se

Preparamo-nos para celebrar o nascimento de Jesus. Na segunda etapa do “”, a liturgia refere-se à razão da vinda de Jesus ao encontro dos homens: Ele vem concretizar as promessas de Deus e inaugurar um mundo novo, radicalmente diferente desse mundo velho que conhecemos, cheio de ódios, de conflitos, de mentiras, de violências, de guerras. A Palavra de Deus que escutamos neste domingo pede-nos que acolhamos esse Menino de braços abertos e que aceitemos o desafio que Ele nos faz para integrar a comunidade do Reino de Deus.

 

Na primeira leitura, o profeta Isaías propõe, com a linguagem de um poeta e a convicção de um profeta, o projeto que Deus se propõe realizar em favor do Seu povo: no tempo oportuno irá chegar um “ungido” de Javé, nascido da família do rei David, que inaugurará um reino de justiça e de paz sem fim. Nesse mundo belo e harmonioso que então nascerá, “o lobo viverá com o cordeiro e a pantera dormirá com o cabrito; o bezerro e o leãozinho andarão juntos e um menino os poderá conduzir. A vitela e a ursa pastarão juntamente; e o leão comerá feno como o boi. A criança de leite brincará junto ao ninho da cobra e o menino meterá a mão na toca da víbora”. Esta janela de sonho permite-nos entrever, ao longe, o Menino de Belém.

 

No Evangelho, João Baptista deixa um aviso a todos aqueles que vão procurá-lo no vale do rio Jordão: a concretização do Reino de justiça e de paz, outrora anunciado por Deus, está próxima. Para acolher o enviado de Deus, é necessário primeiro “converter-se”. Converter-se é abandonar os caminhos sem saída em que se anda e “voltar para trás”, ao encontro de Deus. Os que aceitarem fazer esse “caminho de conversão”, estarão preparados para acolher o Reino de Deus e para fazer parte da comunidade do Messias.

 

Na segunda leitura o apóstolo Paulo, dirigindo-se aos cristãos de Roma, lembra-lhes algumas das exigências que resultam do compromisso que assumiram com Cristo. Sendo, junto dos seus concidadãos, o rosto visível de Cristo, eles devem dar testemunho de união, de harmonia, de fraternidade, acolhendo e ajudando os irmãos mais débeis e sendo sinais desse mundo novo que Cristo veio inaugurar.

 

LEITURA I – Isaías 11, 1-10

 

INTERPELAÇÕES

É muito belo o “mundo” sonhado pelo profeta-poeta Isaías. No entanto, mais de 2.700 anos depois, essa bela utopia parece continuar infinitamente distante da realidade com que lidamos todos os dias. Guerras infindáveis, de uma violência inaudita, deixam por todo o lado um rasto de sofrimento e morte; os poderosos, os donos do mundo, multiplicam as injustiças e as arbitrariedades sobre os mais frágeis e moldam as leis de acordo com os seus interesses; o consumismo, a ambição desmedida, a exploração descontrolado dos recursos naturais, a procura do bem-estar a qualquer custo, têm-nos levado a excessos impensáveis na relação que mantemos com a natureza e colocam a humanidade sob a ameaça de catástrofes devastadoras; uma boa parte da humanidade vive muito abaixo do limiar da pobreza e não tem acesso ao pão de cada dia, a cuidados básicos de saúde, à instrução, a uma vida digna… Como lidamos com tudo isto? Que valor damos à promessa feita por Deus através de Isaías, uma promessa tantas e tantas vezes reiterada, ao longo da história dos homens, por outras vozes proféticas? Ainda alimentamos a esperança nesse mundo novo prometido por Deus?

Para nós, cristãos, Jesus Cristo é o “Messias”, o “rebento que brotou das raízes” de Jessé, o descendente de David que Deus ungiu com o Espírito e enviou ao mundo para propor aos homens o prometido “reino” de justiça, de paz, de fraternidade, de vida abundante. Jesus, com palavras e com gestos, falou-nos do “Reino de Deus” e lançou a semente desse “reino” no coração dos homens. Temos levado a sério a proposta que Jesus nos veio trazer? A semente que Jesus veio lançar à terra foi acolhida nos nossos corações e tem dado frutos abundantes? Sentimo-nos verdadeiramente comprometidos com a construção do Reino de Deus? Lutamos objetivamente contra tudo aquilo que, nestes dias que nos tocou viver, gera injustiça, violência, mentira, maldade, sofrimento e morte? Somos nós também – tal como Jesus foi – anunciadores desse mundo novo de justiça e de fraternidade que Deus quer continuar a propor aos homens?

Neste tempo de advento – o tempo em que nos preparamos para celebrar a vinda de Jesus à história dos homens – faz sentido questionarmo-nos sobre aquilo que ainda nos impede de acolher Jesus e a proposta que Ele, por mandato de Deus, nos veio trazer. O que é que temos de mudar na nossa mentalidade, na nossa forma de ver o mundo e os outros, na nossa forma de atuar, nos valores sobre os quais vamos edificando a nossa existência, para que se torne realidade o mundo sonhado por Deus? Há alguma coisa na nossa vida que esteja a ser obstáculo para que Jesus chegue até nós e para que possamos acolher a Sua proposta?

 

EVANGELHO – Mateus 3, 1-12

 

INTERPELAÇÕES

João, o “Batista”, o profeta que veio preparar os homens para a chegada de Jesus coloca-nos hoje diante de um desafio fundamental: “convertei-vos”. Esta é, segundo João, a forma adequada de preparar o caminho para que Jesus possa vir encontrar-se conosco. O que significa exatamente converter-se? Sentir arrependimento por ter procedido mal? Fazer penitência para “reparar” os próprios pecados? Cumprir com mais fidelidade as práticas religiosas tradicionais? Dedicar mais tempo à oração? “Converter-se”, no seu mais genuíno sentido bíblico, é abandonar os caminhos que nos levam para longe de Deus (os caminhos do egoísmo, da autossuficiência, do orgulho, da preocupação com os bens materiais) e voltar para trás, ao encontro de Deus; é aproximar-se novamente de Deus, voltar a escutar Deus, passar a viver de acordo com as indicações de Deus; é tomar a decisão de viver ao estilo de Jesus, no amor, na partilha, no serviço, no perdão, no dom de si próprio a Deus e aos irmãos; é acolher o Reino de Deus e procurar torná-lo uma realidade no mundo. Só quem está disposto a percorrer este “caminho” pode acolher o Senhor que vem. Todos nós precisamos, mais ou menos, de redirecionar a nossa vida: abandonar os caminhos que não nos levam a lado nenhum e a dirigir-nos novamente para Deus. Estamos disponíveis, neste tempo de advento, para percorrer este caminho de conversão?

A interpelação de João, o “Batista”, não resulta apenas das palavras que ele diz; mas resulta, também, da forma como ele se apresenta, do seu estilo de vida, dos valores que transparecem na sua pessoa. João traja uma veste tecida com pelos de camelo e um cinto de cabedal à volta dos rins; o seu vestuário não tem nada a ver com as roupas finas dos sacerdotes que frequentam o templo ou dos cortesãos que circulam pelo palácio de Herodes Antipas. João alimenta-se de gafanhotos e mel silvestre, desses pobres alimentos que encontra nos lugares desolados que frequenta, e que não têm nada a ver com as iguarias delicadas servidas nos banquetes da gente rica. João é um homem austero, desprendido das realidades materiais, que não dá demasiada importância às coisas fúteis e efémeras, que vive voltado para o essencial e para os valores perenes. A sua prioridade é o anúncio da chegada iminente do “Reino dos céus”. Ora, o “Reino” é despojamento, simplicidade, amor total, partilha, dom da vida… São esses valores que ele procura anunciar, com palavras e com atitudes. E nós, quais são os valores que nos fazem “correr”? Quais são as nossas prioridades? Os nossos valores são os valores do “Reino” ou são esses valores efémeros e fúteis a que a sociedade dá tanta importância, mas que não trazem nada de duradouro e de verdadeiro à vida dos homens?

Os fariseus e os saduceus consideravam que o desafio da conversão apresentado por João, o “Batista”, não lhes dizia respeito. Eles eram “filhos de Abraão”, membros do povo eleito, viviam de acordo com a Lei e, portanto, não precisavam de mudar nada nas suas vidas: tinham a salvação assegurada. João, no entanto, avisa-os de que essa falsa confiança não lhes servirá de nada se não estiverem permanentemente dispostos a acolher os desafios de Deus. A salvação não é um “direito” conquistado pelo nascimento ou por um qualquer ato institucional; não é algo que é garantido pelo facto de termos o nosso nome inscrito no livro de registos de batismo de uma qualquer paróquia… A salvação é um dom gratuito de Deus, mas implica da nossa parte uma adesão a Deus e à oferta que Ele nos faz. Implica, portanto, uma vida coerente com os valores de Deus e com a graça que nos foi dada no dia do nosso batismo. Estamos conscientes disso? Vivemos e caminhamos atentos aos desafios de Deus?

João anuncia a chegada próxima de Alguém mais forte do que ele, que vem batizar “no Espírito Santo e no fogo”. A catequese cristã sempre entendeu que esse “Alguém” é Jesus. Ser batizado em Cristo é aceitar o convite para integrar a família de Deus, revestir-se de Cristo e identificar-se com Ele, receber o Espírito e deixar-se conduzir por Ele, passar a integrar a comunidade da salvação e comprometer-se a dar testemunho da vida de Deus. Nós, os que fomos batizados em Cristo, levamos isto a sério? Vivemos de forma coerente com a nossa condição de batizados? Sentimo-nos família de Deus? Identificamo-nos com Jesus e seguimo-l’O no caminho que Ele nos aponta? Vivemos atentos às indicações do Espírito? Somos membros de uma Igreja viva e colocamos ao serviço da comunidade os dons que recebemos? Damos testemunho da vida de Deus no meio dos outros homens e mulheres com os quais nos cruzamos todos os dias?

*Leia na íntegra. Clique no link ao lado- EVANGELHO DO DIA.

Comissão Petrocchi: não ao diaconato feminino, embora o julgamento não seja definitivo.

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Publicado em 05 dezembro 2025
  • Leão XIV
  • Papa Leão XIV,
  • Comissão Petrocchi
  • diaconato feminino,

Publicado o relatório elaborado pelo cardeal com o resultado dos trabalhos: exclui-se a possibilidade de prosseguir na direção da admissão das mulheres ao diaconato entendido como grau do sacramento da ordem, embora no momento não seja possível “formular um julgamento definitivo, como no caso da ordenação sacerdotal”. Sim à instituição de novos ministérios para favorecer a sinergia entre homens e mulheres.

 

Vatican News

“O status quaestionis em torno da pesquisa histórica e da investigação teológica, consideradas em suas implicações mútuas, exclui a possibilidade de prosseguir na direção da admissão de mulheres ao diaconato entendido como grau do sacramento da ordem. À luz da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério eclesiástico, esta avaliação é forte, embora não permita, até o momento, formular um julgamento definitivo, como no caso da ordenação sacerdotal”.

Ouça e compartilhe

Este é o resultado alcançado pela segunda comissão presidida pelo arcebispo emérito de Áquila, cardeal Giuseppe Petrocchi, que, a pedido do Papa Francisco, examinou a possibilidade de proceder com a ordenação de mulheres diaconisas e concluiu seus trabalhos em fevereiro passado. É o que consta no relatório de sete páginas que o cardeal enviou a Leão XIV em 18 de setembro, e que agora torna-se público a pedido do Papa.

Na primeira sessão de trabalhos (2021), a comissão estabeleceu que "a Igreja reconheceu em diferentes épocas, em diferentes lugares e de várias formas o título de diácono/diaconisa referido às mulheres, atribuindo-lhe, porém, um significado não unívoco”. Em 2021, por unanimidade, o debate teológico levou à afirmação de que “o aprofundamento sistemático sobre o diaconato, no âmbito da teologia do sacramento da ordem, levanta questões sobre a compatibilidade da ordenação diaconal das mulheres com a doutrina católica do ministério ordenado”. Também por unanimidade, a comissão se manifestou a favor da instituição de novos ministérios que “possam contribuir para a sinergia entre homens e mulheres”.

Na segunda sessão de trabalhos (julho de 2022), a comissão aprovou (com 7 votos a favor e um contra) a formulação relatada integralmente no início deste artigo, que exclui a possibilidade de prosseguir na direção da admissão de mulheres ao diaconato como grau do sacramento da ordem, mas sem formular hoje “um julgamento definitivo”.

Por fim, na última sessão de trabalhos (fevereiro de 2025), após o Sínodo ter permitido a quem quisesse enviar sua contribuição, a comissão examinou todo o material recebido. “Embora as contribuições recebidas fossem numerosas, as pessoas ou grupos que enviaram seus trabalhos eram apenas 22 e representavam poucos países. Consequentemente, embora o material seja abundante e, em alguns casos, habilmente argumentado, não pode ser considerado como a voz do Sínodo e muito menos do povo de Deus como um todo”.

O relatório resume os prós e os contras. Os favoráveis argumentam que a tradição católica e ortodoxa de reservar a ordenação diaconal (mas também a presbiteral e episcopal) apenas aos homens parece contradizer "a condição de igualdade entre homem e mulher como imagem de Deus ", "a igual dignidade de ambos os gêneros, baseada neste dado bíblico", a declaração de fé de que: "Já não há judeu nem grego, nem escravo e livre, homem e mulher, porque todos vós sois ‘um’ em Cristo Jesus" (Gálatas 3, 28), e o desenvolvimento social "que prevê igualdade de acesso, para ambos os gêneros, a todas as funções institucionais e operacionais".

Por outro lado, foi apresentada esta tese: "A masculinidade de Cristo, e portanto a masculinidade daqueles que recebem a ordem, não é acidental, mas parte integrante da identidade sacramental, preservando a ordem divina da salvação em Cristo. Alterar essa realidade não seria um simples ajuste do ministério, mas uma ruptura do significado nupcial da salvação." Este parágrafo foi submetido à votação e recebeu cinco votos a favor de sua confirmação com essa formulação, enquanto os outros cinco membros votaram pela sua anulação.

Com 9 votos a favor e um contra, foi formulado o desejo de que seja ampliado “o acesso das mulheres aos ministérios instituídos para o serviço da comunidade (...), garantindo assim também um reconhecimento eclesial adequado à diaconia dos batizados, em particular das mulheres. Esse reconhecimento se revelará um sinal profético, especialmente onde as mulheres ainda sofrem situações de discriminação de gênero”.

Em suas conclusões, o cardeal Petrocchi destaca que existe “uma intensa dialética” entre duas orientações teológicas. A primeira afirma que a ordenação do diácono é para o ministério e não para o sacerdócio: “Esse fator abriria caminho para a ordenação de diaconisas”. A segunda, por outro lado, insiste “na unidade do sacramento da ordem sagrada, junto com o significado esponsal dos três graus que o constituem, e rejeita a hipótese do diaconato feminino: observa, além disso, que se fosse aprovada a admissão de mulheres ao primeiro grau da ordem, seria inexplicável a exclusão dos demais”. Por isso, segundo o cardeal, é indispensável, para prosseguir com o estudo, “uma análise crítica rigorosa e ampliada conduzida sobre o diaconato em si mesmo, ou seja, sobre sua identidade sacramental e sua missão eclesial, esclarecendo alguns aspectos estruturais e pastorais que atualmente não estão totalmente definidos”. De fato, há continentes inteiros nos quais o ministério diaconal é “quase inexistente” e outros onde ele atua com atividades que muitas vezes “coincidem com os papéis próprios dos ministérios laicais ou dos ministrantes na liturgia”. Fonte: https://www.vaticannews.va

Sexta-feira, 5 de dezembro-2025. 1ª Semana do Advento. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 05 dezembro 2025
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1) Oração

Despertai, Senhor, vosso poder e vinde, para que vossa proteção afaste os perigos a que nossos pecados nos expõem e a vossa salvação nos liberte. Vos que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

 

2) Leitura do Evangelho (Mateus 9, 27-31)

Naquele tempo, 27Partindo Jesus dali, dois cegos o seguiram, gritando: Filho de Davi, tem piedade de nós! 28Jesus entrou numa casa e os cegos aproximaram-se dele. Disse-lhes: Credes que eu posso fazer isso? Sim, Senhor, responderam eles. 29Então ele tocou-lhes nos olhos, dizendo: Seja-vos feito segundo vossa fé. 30No mesmo instante, os seus olhos se abriram. Recomendou-lhes Jesus em tom severo: Vede que ninguém o saiba. 31Mas apenas haviam saído, espalharam a sua fama por toda a região. - Palavra da salvação.

 

3) Reflexão

Novamente, o evangelho de hoje coloca diante de nós o encontro de Jesus com a miséria humana. Jesus não se retrai nem se esquiva. Ele acolhe as pessoas e na sua acolhida cheia de ternura revela o amor de Deus.

Dois cegos seguem Jesus e gritam: “Filho de Davi, tem piedade de nós!”. Jesus não gostava muito deste título Filho de Davi. Ele chegou a criticar o ensinamento dos escribas que diziam que o Messias devia ser filho de Davi: “Se o próprio Davi o chama Senhor, como pode ser seu filho? (Mc 12,37).

Chegando em casa, Jesus pergunta aos cegos: “Vocês acreditam que eu possa fazer isso?” Eles respondem: “Sim, Senhor!” Uma coisa é ter a doutrina correta na cabeça, outra é ter a fé correta no coração e nos pés. A doutrina dos dois cegos não era muito correta, pois eles chamam Jesus de Filho de Davi. Mas Jesus não se importa se o chamam assim. Ele quer saber se eles tem a fé correta.

Ele toca nos olhos e diz: “Aconteça conforme a fé de vocês!” Imediatamente, os olhos se abriram. Apesar de não terem a doutrina correta, os dois cegos tinham uma fé correta. Hoje muita gente está mais preocupada com a doutrina correta do que com a fé correta.

Vale a pena anotar um pequeno detalhe de hospitalidade. Jesus chega em casa e os dois cegos também entram com ele na casa dele, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Eles se sentem em casa na casa de Jesus! E hoje? Uma religiosa dizia: “Hoje, a situação do mundo é tal que fico desconfiada até dos pobres!” Mudou muito, de lá para cá!

Jesus pede para não divulgar o milagre. Mas a proibição não adiantou muito. Os dois saíram e espalharam a Boa Notícia. Anunciar o Evangelho, isto é, a Boa Notícia, é partilhar com os outros o bem que Deus nos faz na vida.

 

4) Para um confronto pessoal

Dia 2 de dezembro-Evangelho do  Dia- com Frei Carlos Mesters, O. Carm: Para um confronto pessoal- Para um confronto pessoal

 

  1. Será que tenho alguma Boa Notícia de Deus na minha vida a partilhar com os outros?
  2. Em que ponto eu insisto mais: em ter doutrina correta ou em ter a fé correta?

 

 5) Oração final

Vou cantar para sempre a bondade do SENHOR; anunciarei com minha boca sua fidelidade de geração em geração. (Sl 88, 1)

Quinta-feira, 4 de dezembro-2025. 1ª Semana do Advento. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 04 dezembro 2025
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1) Oração

Despertai, ó Deus, o vosso poder e socorrei-nos com a vossa força, para que vossa misericórdia apresse a salvação que nossos pecados retardam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

 

2) Leitura do Evangelho  (Mateus 7, 21.24-27)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 24Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína. - Palavra da salvação.

 

3) Reflexão

O evangelho de hoje traz a parte final do Sermão da Montanha. O Sermão da Montanha é uma nova leitura da Lei de Deus. Começa com as bem-aventuranças (Mt 5,1-12) e termina aqui com a casa na rocha.

Trata-se de adquirir a verdadeira sabedoria. A fonte da sabedoria é a Palavra de Deus expressa na Lei de Deus. A verdadeira sabedoria consiste em ouvir e praticar a Palavra de Deus (Lc 11,28). Não basta dizer “Senhor, Senhor!” O importante não é falar bonito sobre Deus, mas sim fazer a vontade do Pai e, desse modo, ser uma revelação do seu amor e da sua presença no mundo.

Quem ouve e pratica a palavra constrói a casa sobre a rocha. A firmeza da casa não vem da casa em si, mas vem do terreno, da rocha. O que significa a rocha? É a experiência do amor de Deus que se revelou em Jesus (Rom 8,31-39). Tem gente que pratica a palavra para poder merecer o amor de Deus. Mas amor não se compra nem se merece (Cnt 8,7). O amor de Deus se recebe de graça. Praticamos a Palavra não para merecer, mas para agradecer o amor recebido. Este é o terreno bom, a rocha, que dá segurança à casa. A segurança verdadeira vem da certeza do amor de Deus! É a rocha que nos sustenta na hora das dificuldades e das tempestades.

O evangelista encerra o Sermão da Montanha (Mt 7,27-28) dizendo que a multidão ficou admirada com o ensinamento de Jesus, pois "ele ensinava com autoridade, e não como os escribas". O resultado do ensino de Jesus é a consciência crítica do povo com relação às autoridades religiosas da época. Admirado e agradecido, o povo aprovava os ensinamentos tão bonitos e tão diferentes de Jesus.

 

4) Para um confronto pessoal

  

  1. Sou dos que dizem “Senhor, Senhor”, ou dos que praticam a palavra?
  2. Observo a lei para merecer o amor e a salvação ou para agradecer o amor e a salvação de Deus?

 

5) Oração final

Dá, Senhor, tua salvação! Dá, Senhor, tua vitória Bendito o que vem em nome do Senhor! (Sl 117, 25-26a)

Quarta-feira, 03 de dezembro-2025. 1ª Semana do Advento. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 03 dezembro 2025
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1) Oração

Senhor Deus, preparai os nossos corações com a força da vossa graça, para que, ao chegar o Cristo, vosso Filho, nos encontre dignos do banquete da vida eterna e ele mesmo nos sirva o alimento celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

 

2) Leitura do Evangelho (Mateus 15, 29-37)

Naquele tempo, 29Jesus saiu daquela região e voltou para perto do mar da Galiléia. Subiu a uma colina e sentou-se ali. 30Então numerosa multidão aproximou-se dele, trazendo consigo mudos, cegos, coxos, aleijados e muitos outros enfermos. Puseram-nos aos seus pés e ele os curou, 31de sorte que o povo estava admirado ante o espetáculo dos mudos que falavam, daqueles aleijados curados, de coxos que andavam, dos cegos que viam; e glorificavam ao Deus de Israel. 32Jesus, porém, reuniu os seus discípulos e disse-lhes: Tenho piedade esta multidão: eis que há três dias está perto de mim e não tem nada para comer. Não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho. 33Disseram-lhe os discípulos: De que maneira procuraremos neste lugar deserto pão bastante para saciar tal multidão? 34Pergunta-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Sete, e alguns peixinhos, responderam eles. 35Mandou, então, a multidão assentar-se no chão, 36tomou os sete pães e os peixes e abençoou-os. Depois os partiu e os deu aos discípulos, que os distribuíram à multidão. 37Todos comeram e ficaram saciados, e, dos pedaços que restaram, encheram sete cestos. - Palavra da salvação.

 

3) Reflexão

O evangelho de cada dia é como o sol que se levanta. Sempre o mesmo sol, todos os dias, a alegrar a vida e a fertilizar as plantas. O maior perigo é a rotina. A rotina mata o evangelho, e apaga o sol da vida.

São sempre os mesmos elementos que compõem o quadro do evangelho: Jesus, a montanha, o mar, a multidão, os doentes, os necessitados, os problemas da vida. Apesar de já bem conhecidos, como o sol de cada dia, estes mesmos elementos sempre trazem uma nova mensagem.

Como Moisés, Jesus sobe a montanha e o povo reúne ao redor. Eles trazem consigo seus problemas: os doentes, os coxos, aleijados, cegos, mudos, tantos... Não são os grandes, mas os pequenos. Eles são o começo do novo povo de Deus que se reúne ao redor do novo Moisés. Jesus cura a todos.

Jesus chama os discípulos. Ele sente compaixão do povo que não têm o que comer. Para os discípulos, a solução deve vir de fora: “Onde conseguir pão para tanta gente?” Para Jesus, a solução deve vir de dentro do povo: “Quantos pães vocês têm?” –“Sete e uns peixinhos”. Com este pouco Jesus matou a fome de todos, e ainda sobrou. Se houvesse partilha hoje, não haveria fome no mundo. Sobrava, e muito! Realmente, um outro mundo é possível!

A narração da multiplicação dos pães evoca a eucaristia e dela revela o valor, ao dizer: “Jesus tomou o pão em suas mãos, deu graças, o partiu e deu aos seus discípulos”.

 

4) Para um confronto pessoal

  

  1. Jesus teve compaixão. Existe compaixão em mim pelos problemas da humanidade? Faço algo?
  2. Os discípulos esperam a solução de fora. Jesus desperta para a solução de dentro. E eu?

 

5) Oração final

 

O Senhor nosso Deus chegará com poder e encherá de luz os seus fiéis. (Is 40,10; cf. 34,5) 

Por que o catolicismo importa aos incrédulos?

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Publicado em 03 dezembro 2025
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O que interessa a uma parte da opinião pública não é a espiritualidade católica, mas a disputa por seu capital simbólico

 

Por Marcos Lopes

Passado o luto pela morte do papa Francisco e a eleição de Leão XIV, cabe um balanço da discussão sobre a religião no momento atual, tendo ao fundo o ruído dos eventos e à frente um silêncio sobre o futuro do catolicismo.

As dúvidas acerca dos resultados do Conclave surgiram com a escolha do nome pontifício. Para um comentarista com gosto esportivo, a tática leonina sinalizaria uma derrota do plantel progressista. Isso porque o último papa com esse nome, Leão XIII (1810-1903), teria sido um anticomunista, posicionando-se contra os movimentos do proletariado e a favor da burguesia industrial. A escolha do colégio cardinalício indicaria a inclinação conservadora do novo papa. Enquanto isso, suas primeiras manifestações públicas eram consideradas anódinas por um teólogo da libertação.

Por outro lado, parte dos conservadores via, na eleição do cardeal Prevost, a continuidade do legado de Francisco, não hesitando em rotulá-lo de marxista. Uma outra ala, surpresa com a escolha dos cardeais, manifestava um “voto de confiança” no resultado do conclave. Para esse grupo, a Igreja seria um parlamento e Leão XIV seu primeiro-ministro.

Os rótulos atribuídos ao escolhido são suficientes para explicar a tradição católica? E por que uma parte da opinião pública que não se identifica com ela, e mesmo a rejeita, se preocupa com uma religião que dá sinais de exaustão, enquanto assiste à ascensão dos evangélicos? Por que importaria, senão para os católicos, saber o que pensa o novo papa sobre ecologia, gênero, racismo, etc.? Tais discussões revelam mais sobre as crenças da modernidade do que sobre a relevância do catolicismo e suas possíveis contradições.

Alguns dirão que a Igreja não é um condomínio fechado, cabendo-lhe responder não só por seus quase 2 bilhões de seguidores, como também pelos efeitos de suas manifestações entre os incrédulos e os adeptos de outras religiões. Num mundo que oscila entre a crença ruidosa na transcendência, isto é, que confunde louvor com gritos, como se Deus fosse uma entidade com dificuldades auditivas, e a militância semiculta, incapaz de compreender uma tradição milenar, o que a Igreja Católica ainda tem a oferecer? Há um clamor pela atualização de seus dogmas e costumes para que ela se pareça mais com o mundo secular. Para cumprir um determinado ideal de justiça social, muitos insatisfeitos, que não são membros da Igreja e tampouco acreditam nela, exigem-lhe reformas estruturais.

No fundo, projetam-se em Leão XIV nossos ressentimentos e esperanças. O que interessa a uma parte da opinião pública não é a espiritualidade católica, mas a disputa por seu capital simbólico, com o objetivo de alinhá-lo a agendas seculares. A religião tornou-se uma arena tanto para os que desejam preservar o status quo quanto para as pessoas ávidas por mudanças radicais.

Estamos longe dos esforços intelectuais presentes no debate entre Jürgen Habermas e o cardeal Joseph Ratzinger (depois papa Bento XVI), ocorrido em 2004, quando se discutiram os fundamentos morais do Estado democrático. A discordância não os impediu de consentirem que é possível, na modernidade, um diálogo entre fé e razão. Já na conferência “Fé e Saber” (2001), Habermas admitia que a religião detinha uma “reserva semântica” para um diagnóstico crítico do tempo presente. Com essa expressão, ele argumentava que os conteúdos da fé cristã, por exemplo, ainda contribuiriam para se pensar o mundo contemporâneo.

Na conferência, Habermas abordava o acontecimento decisivo que foi o 11 de setembro de 2001 (o ataque às Torres Gêmeas, em Nova York) recusando-se a vê-lo apenas como expressão do atraso tecnológico e do comportamento fanático de um grupo de terroristas. Ao contrário das manifestações atuais, que operam com a dicotomia “conservador e progressista”, o filósofo alemão pensava fé, política e razão da perspectiva de uma tensão dialética: termos que não constituiriam uma antítese irreconciliável, mas que estabeleceriam uma relação complexa.

As cartas trocadas entre o filósofo Umberto Eco e o cardeal Carlo Maria Martini, publicadas ao longo de 1995 na revista italiana Liberal, também confrontaram os valores seculares e cristãos. Nesse diálogo epistolar, foram apresentados aos leitores os principais desafios éticos do Ocidente. A frase provocativa do cardeal Martini (“A Igreja não satisfaz expectativas, celebra mistérios”), a propósito do papel da mulher no catolicismo, era uma confissão e, sobretudo, o reconhecimento da finalidade da instituição religiosa.

Ao simplificarmos o debate acerca da religião, considerando a eleição de Leão XIV o resultado de uma disputa entre conservadores e progressistas, corre-se o risco de não entender o verdadeiro papel da fé nas sociedades laicas. Mas o perigo maior é reduzir as representações do sagrado à medida das nossas paixões morais, bloqueando com isso tanto a discussão democrática como, sobretudo, a compreensão das possibilidades e limites da tolerância religiosa.

 

Opinião por Marcos Lopes

Professor de Literatura Geral e Comparada na Unicamp, é coordenador do Centro de Estudos de Literatura, Teorias do Fenômeno Religioso e Artes  Fonte: https://www.estadao.com.br

Terça-feira, 02 de dezembro-2025. 1ª Semana do Advento. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 02 dezembro 2025
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1) Oração

Sede propício, ó Deus, às nossas súplicas, e auxiliai-nos em nossa tribulação. Consolados pela vinda do vosso Filho, sejamos purificados da antiga culpa.Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

 

2) Leitura do Evangelho (Lucas 10, 21-24)

Naquele tempo, 21Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado. 22Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 23E voltou-se para os seus discípulos, e disse: Ditosos os olhos que vêem o que vós vedes, 24pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram. - Palavra da salvação.

 

3) Reflexão

 

O texto de hoje revela o fundo do coração de Jesus, o motivo da sua alegria. Os discípulos tinham ido em missão e, na volta, partilham com Jesus a alegria da sua experiência missionária (Lc 10,17-21).

O motivo da alegria de Jesus é a alegria dos amigos. Ao ouvir a experiência deles e ao perceber a sua alegria, Jesus também sente uma profunda alegria. A causa da alegria de Jesus é o bem-estar dos outros.

Não é uma alegria superficial. Ela vem do Espírito Santo. O motivo da alegria é que os discípulos e as discípulas experimentaram algo de Deus durante a sua experiência missionária.

Jesus os chama “pequenos”. Quem são os “pequenos”? São os setenta e dois discípulos (Lc 10,1) que voltaram da missão: pais e mães de família, rapazes e moças, casados e solteiros, velhos e jovens. Eles não são doutores. São pessoas simples, sem muito estudo, mas que entendem as coisas de Deus melhor do que os doutores .

“Sim, Pai, assim é do teu agrado!”  Frase muito séria. É do agrado do Pai que os doutores e os sábios não entendam as coisas do Reino e que os pequenos as entendam. Portanto, se os grandes quiserem entender as coisas do Reino, devem fazer-se discípulos dos pequenos!

Jesus olha para eles e diz: “Felizes vocês!” E por que são felizes? Porque estão vendo coisas que os profetas quiseram ver, mas não conseguiram. O que ele viram? Eles perceberam a ação do Reino nas coisas comuns da vida: curar doentes, alegrar os aflitos, expulsar os males da vida.

 

4) Para um confronto pessoal

  

  1. Coloco-me na posição do povo: eu me considero dos pequenos ou dos doutores? Por que?
  2. Coloco-me na posição de Jesus: qual a raiz da minha alegria? Superficial ou profunda?

 

5) Oração final

“Eu vos louvo, ó Pai, porque escondestes os mistérios do reino aos sábios e os revelou aos pequeninos”. (cf. Lc 10, 21)

Segunda-feira, 1º de dezembro-2025. 1ª Semana do Advento. Evangelho do dia- Lectio Divina- com Frei Carlos Mesters, Carmelita.

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Publicado em 01 dezembro 2025
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1) Oração

Senhor nosso Deus, dai-nos esperar solícitos a vinda do Cristo, vosso Filho. Que ele, ao chegar, nos encontre vigilantes na oração e proclamando o seu louvor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

 

2) Leitura do Evangelho (Mateus 8, 5-11)

 Naquele tempo, 5Entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica: 6Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito. 7Disse-lhe Jesus: Eu irei e o curarei. 8Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado. 9Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: Vai, e ele vai; a outro: Vem, e ele vem; e a meu servo: Faze isto, e ele o faz... 10Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel. 11Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó, - Palavra da salvação.

 

3) Reflexão

O Evangelho de hoje é um espelho. Ele evoca em nós as palavras que dizemos durante a Missa na hora da comunhão: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo”. Olhando no espelho deste texto, ele sugere o seguinte:

A pessoa que procura Jesus é um pagão soldado do exército romano que dominava e explorava o povo. Não é a religião nem o desejo de Deus, mas sim a necessidade e o sofrimento que o levam a procurar Jesus. Jesus não tem preconceito. Não faz exigência prévia, mas acolhe e atende ao pedido do oficial romano.

A resposta de Jesus surpreende o centurião, pois ela ultrapassa a expectativa. O centurião não esperava que Jesus fosse até à casa dele. Ele se sente indigno: “Não sou digno!”  Sinal de que considerava Jesus como uma pessoa muito superior.

O centurião expressa sua fé em Jesus dizendo: “Diga só uma palavra e o meu empregado estará curado”. Ele crê que a palavra de Jesus possa fazer a cura. De onde ele tirou esta fé tão grande? Da sua experiência profissional como centurião! Pois quando um centurião dá suas ordens, o soldado obedece. Deve obedecer! Assim ele imagina Jesus: basta Jesus dizer uma palavra, e as coisas acontecem conforme a palavra. Ele crê que a palavra de Jesus tem força criadora.

Jesus ficou admirado e elogiou a fé do centurião. A fé não consiste em aceitar, repetir e decorar uma doutrina, mas sim em crer e confiar na pessoa de Jesus.

 

4) Para um confronto pessoal

  1. Colocando-me na posição de Jesus: como atendo e acolho as pessoas de outra religião?
  2. Colocando-me na posição do centurião: qual a experiência pessoal que me leva a crer em Jesus?

 

5) Oração final

Lembra-te de mim, Senhor, pelo amor do teu povo, visita-me com teu auxílio salvador; para eu sentir a felicidade dos teus eleitos, e me alegrar com a alegria do teu povo e me gloriar com tua herança. (Sl 105, 4-5)

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