Olhar Jornalístico

Por uma paz "desarmada e desarmante": Leão XIV para o Dia Mundial da Paz de 2026

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Publicado em 27 agosto 2025
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O tema da mensagem do Papa para 59º Dia Mundial da Paz do próximo ano foi divulgado nesta terça-feira (26/08) pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral: «A paz esteja com todos vós: rumo a uma paz “desarmada e desarmante”». A escolha recai sobre uma expressão utilizada logo no início de pontificado, quando Robert Prevost apareceu pela primeira vez no balcão central da Basílica de São Pedro, na eleição de 8 de maio, em apelo à reconciliação e ao diálogo.

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Andressa Collet - Vatican News

O Papa Leão XIV escolheu o tema da mensagem para 59º Dia Mundial da Paz de 2026: «A paz esteja com todos vós: rumo a uma paz “desarmada e desarmante”». A escolha recai sobre uma expressão utilizada logo no início do pontificado, quando apareceu pela primeira vez no balcão central da Basílica de São Pedro, no dia da sua eleição como Sucessor de Pedro. Eram 19h23 de 8 de maio quando fez um apelo à reconciliação e ao diálogo durante a primeira bênção Urbi et Orbi:

"A paz esteja com todos vós! Caríssimos irmãos e irmãs, esta é a primeira saudação de Cristo Ressuscitado, o Bom Pastor, que deu a vida pelo rebanho de Deus. Também eu gostaria que esta saudação de paz entrasse no vosso coração, chegasse às vossas famílias, a todas as pessoas, onde quer que se encontrem, a todos os povos, a toda a terra. A paz esteja convosco!"

 

“Esta é a paz de Cristo Ressuscitado, uma paz desarmada e uma paz desarmante, que é humilde e perseverante. Que vem de Deus, do Deus que nos ama a todos incondicionalmente.”

 

A invocação por uma "paz desarmada e desarmante" foi repetida já por várias vezes pelo Papa Leão XIV neste início de pontificado, reiterando a importância de uma reconciliação feita com diálogo, que constrói pontes dando voz a todos. Uma paz, segundo o Pontífice, que alcance o cessar-fogo não só das armas, mas também das palavras: "desarmemos as palavras para desarmar a Terra".

Em comunicado desta terça-feira (26/08) pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral através da Sala de Imprensa da Santa Sé para divulgar o tema da mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2026, o Papa Leão XIV convida novamente a humanidade a rejeitar a lógica da violência e da guerra, para abraçar uma paz autêntica, fundada no amor e na justiça. Essa paz deve ser desarmada, ou seja, não baseada no medo, na ameaça ou nas armas; e desarmante, porque capaz de dissolver conflitos, abrir corações e gerar confiança, empatia e esperança. Não basta invocar a paz, é preciso encarná-la em um estilo de vida que rejeite toda forma de violência, visível ou estrutural. A saudação do Cristo Ressuscitado, “A paz esteja convosco” (cf. Jo 20,19), é um convite dirigido a todos – crentes, não crentes, responsáveis políticos e cidadãos – para edificar o Reino de Deus e construir juntos um futuro humano e pacífico.

Assim, após o tema do Dia Mundial da Paz de 2025 em consonância com o Ano Jubilar, inspirado nas encíclicas Laudato si’ e Fratelli tutti, com o Papa Francisco escolhendo conceitos em torno da esperança e do perdão, "Perdoa-nos as nossas ofensas, concede-nos a tua paz"; Leão XIV faz um chamado a construir uma paz "desarmada e desarmante" a partir das famílias e entre os povos para promover a fraternidade com reconciliação. Fonte: https://www.vaticannews.va

O Papa: “a porta estreita”, a salvação passa pelas escolhas difíceis e impopulares

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Publicado em 24 agosto 2025
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O Papa Leão XIV no Angelus deste domingo (24/08): as palavras de Jesus “servem, antes de mais nada, para abalar a presunção daqueles que pensam que já estão salvos, daqueles que praticam a religião e, por isso, se sentem tranquilos”.

 

Silvonei José – Vatican News

“Ao mesmo tempo que nós, às vezes, julgamos quem está longe da fé, Jesus põe em crise “a segurança dos crentes”. Foi o que destacou o Papa Leão XIV ao introduzir o Angelus deste domingo (24/08) e comentar a imagem do Evangelho da “porta estreita”, usada por Jesus para responder a alguém que lhe perguntou se são poucos os que se salvam.

"Com efeito, diz-nos que não basta professar a fé com palavras, comer e beber com Ele celebrando a Eucaristia ou conhecer bem os ensinamentos cristãos. A nossa fé é autêntica quando envolve toda a nossa vida, quando se torna um critério para as nossas escolhas, quando nos torna mulheres e homens que se comprometem com o bem e apostam no amor, tal como fez Jesus".

O Senhor não quer, certamente, desanimar-nos, disse o Papa. “As suas palavras servem, antes de mais nada, para abalar a presunção daqueles que pensam que já estão salvos, daqueles que praticam a religião e, por isso, se sentem tranquilos. Na realidade, eles não compreenderam que não basta realizar atos religiosos se estes não transformam o coração: o Senhor não quer um culto separado da vida e não lhe são agradáveis sacrifícios e orações que não nos levam a viver o amor aos irmãos e a praticar a justiça”.

“É bonita a provocação que nos chega do Evangelho de hoje”, acrescentou o Papa leão.

 

Recordando que Jesus “não escolheu o caminho fácil do sucesso ou do poder”, mas, para nos salvar, atravessou a “porta estreita” da Cruz, o Papa salientou que Jesus é “a medida da nossa fé”, “a porta que devemos atravessar para sermos salvos, vivendo o seu mesmo amor e tornando-nos, com a nossa vida, agentes de justiça e paz”.

 

“Às vezes, isso significa fazer escolhas difíceis e impopulares, lutar contra o próprio egoísmo e gastar-se pelos outros, perseverar no bem onde parece prevalecer a lógica do mal, e assim por diante”. Mas – continuou –, ao ultrapassar esse limiar, descobriremos que a vida se abre diante de nós de uma maneira nova e, desde já, entraremos no espaçoso coração de Deus e na alegria da festa eterna que Ele preparou para nós”.

E o Santo Padre concluiu: “Invoquemos a Virgem Maria, para que nos ajude a atravessar com coragem a “porta estreita” do Evangelho, de modo que possamos abrir-nos com alegria à largura do amor de Deus Pai”. Fonte: https://www.vaticannews.va

Leão XIV na Audiência Geral: perdoar não é negar o mal, mas vencer com o amor.

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Publicado em 20 agosto 2025
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Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (20/08), o Papa aprofundou "a arte do perdão" com o mestre, através do "momento em que Jesus, durante a Última Ceia, oferece um pedaço de pão àquele que está prestes a traí-lo". Através de um gesto simples, Cristo ensina que "amar significa deixar o outro livre - até para trair", não é negar o mal, mas vencê-lo com o amor: "mesmo que a outra pessoa não o aceite, mesmo que pareça em vão, o perdão liberta quem o dá".

 

Andressa Collet - Vatican News

Já de volta ao Vaticano, depois do segundo e último período de descanso em Castel Gandolfo de onde retornou na noite desta terça-feira (19/08), o Papa Leão XIV foi acolhido pelos fiéis na mesma configuração da semana passada: através de telões na Praça Petriano, na Basílica e na Praça São Pedro; e diretamente na Sala Paulo VI com mais de 6 mil peregrinos. A catequese, focada nesta quarta-feira (20/08) "num dos gestos mais impactantes e luminosos do Evangelho", foi a premissa para o Pontífice aprofundar "a arte do perdão" com o mestre, através do "momento em que Jesus, durante a Última Ceia, oferece um pedaço de pão àquele que está prestes a traí-lo". "Não é apenas um gesto de partilha", enalteceu o Papa, mas demonstra o modo de agir de Deus, com o Senhor amando até ao último momento:

"Amar até o fim: esta é a chave para compreender o coração de Cristo. Um amor que não se detém perante a rejeição, a desilusão ou mesmo a ingratidão."

 

O poder do perdão

Jesus, assim, continuou Leão XIV, "estende o seu amor ao máximo", mesmo diante da rejeição, da ingratidão e de ter de suportar a traição de Judas. E, em vez de se retrair e acusar, "continua a amar: lava os pés, molha o pão e lhe oferece". Com o seu perdão, o Senhor não fere a nossa liberdade, mas revela todo o seu poder, salvando das trevas do mal e entregando novamente à luz do bem:

“Compreendeu que a liberdade dos outros, mesmo quando perdidos no mal, pode ainda ser alcançada pela luz de um gesto bondoso. Porque sabe que o verdadeiro perdão não espera pelo arrependimento, mas oferece-se primeiro, como um dom gratuito, antes mesmo de ser aceito.”

"É aqui que o perdão se revela em todo o seu poder", afirmou o Pontífice, através do mistério que "Jesus realiza por nós": "não é fraqueza. É a capacidade de deixar o outro livre, amando-o até ao fim". Perdoar não significa negar o mal, mas vencê-lo com o amor:

"O Evangelho nos mostra que há sempre uma forma de continuar a amar, mesmo quando tudo parece irreparavelmente comprometido. Perdoar não significa negar o mal, mas impedir que este gere mais mal. Não se trata de dizer que nada aconteceu, mas de fazer tudo o que é possível para garantir que o ressentimento não dite o futuro."

 

A graça de saber perdoar

Quando Judas sai do quarto, “era noite”, recordou o Papa, "mas uma luz já começou a brilhar. E ela resplandece porque Cristo permanece fiel até o fim, e assim o seu amor é mais forte do que o ódio":

"Queridos irmãos e irmãs, também nós vivemos noites dolorosas e cansativas. Noites da alma, noites de desilusão, noites em que alguém nos magoou ou nos traiu. Nestes momentos, a tentação é fechar-nos, proteger-nos, ripostar. Mas o Senhor nos mostra a esperança de que há sempre outro caminho. Ele nos ensina que podemos oferecer um bocado mesmo a quem nos vira as costas. Que podemos responder com o silêncio da confiança. E que podemos seguir em frente com dignidade, sem renunciar ao amor. Peçamos hoje a graça de saber perdoar, mesmo quando nos sentimos incompreendidos, mesmo quando nos sentimos abandonados. Pois é precisamente nestas alturas que o amor pode atingir o seu auge."

 

A paz de quem perdoa

O mestre Jesus, finalizou então Leão XIV, ensina com o simples e luminoso gesto de oferecer o pão durante a Última Ceia, que "amar significa deixar o outro livre até para trair". A "luz do perdão", mesmo diante de uma traição, torna-se "uma oportunidade de salvação", renovando a capacidade de amar inclusive a quem perdoa:

“Mesmo que a outra pessoa não o aceite, mesmo que pareça em vão, o perdão liberta quem o dá: dissolve o ressentimento, restabelece a paz e devolve-nos a nós próprios.” Fonte: https://www.vaticannews.va

Papa: como Maria, não tenhamos medo de escolher a vida

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Publicado em 15 agosto 2025
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No dia da Solenidade da Assunção de Maria, Leão XIV celebrou a Missa na comunidade paroquial de Castel Gandolfo. Em sua homilia, recordou que o “sim” de Maria permanece vivo nos que praticam a fé, a justiça e a paz: “As palavras e as escolhas de morte parecem prevalecer, mas a vida de Deus interrompe o desespero através de experiências concretas de fraternidade e solidariedade”.

 Homilia da Assunção de Maria,

 

Thulio Fonseca - Vatican News

Nesta sexta-feira, 15 de agosto, a Igreja celebra a Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, festa litúrgica que no Brasil será comemorada no próximo domingo, 17/08. Por esta ocasião, o Papa Leão XIV presidiu a Santa Missa na Paróquia São Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo, onde cumpre a segunda etapa do seu período de descanso. Esta foi a segunda vez que o Santo Padre celebrou na comunidade paroquial local.

Na homilia, o Pontífice recordou que “em Maria de Nazaré está a nossa história, está a história da Igreja imersa na humanidade comum. Tendo encarnado nela, o Deus da vida e da liberdade venceu a morte. Sim, hoje contemplamos como Deus vence a morte, sem nunca prescindir de nós”.

 

A fecundidade de Maria

Leão XIV sublinhou que o “sim” de Maria, unido ao de Cristo na cruz, continua vivo “nos mártires do nosso tempo, nas testemunhas da fé e da justiça, da mansidão e da paz”, e convidou cada fiel a escolher “como e para quem viver”.

Refletindo sobre o Evangelho da Visitação, proposto pela liturgia para esta Solenidade, o Papa destacou que, no encontro de Maria com Isabel, “a surpreendente fecundidade da estéril Isabel confirmou Maria na sua confiança: antecipou a fecundidade do seu ‘sim’, que se prolonga na fecundidade da Igreja e de toda a humanidade, quando a Palavra renovadora de Deus é acolhida”.

Para o Santo Padre, o cântico do Magnificat da Mãe de Deus fortalece a esperança dos humildes e famintos, lembrando que “parecem impossíveis as promessas de Deus, mas quando nascem os vínculos com os quais opomos o bem ao mal, a vida à morte, então vemos que ‘nada é impossível a Deus’ (Lc 1, 37)”.

O Papa alertou também contra a fé que “envelhece” nas comunidades dominadas pelo bem-estar material e pela acomodação, e afirmou que a Igreja “rejuvenesce graças ao Magnificat” dos pobres, perseguidos e construtores da paz. “Muitos deles são mulheres, como a idosa Isabel e a jovem Maria: mulheres pascais, apóstolas da Ressurreição. Deixemo-nos converter pelo seu testemunho!”, exortou.

 

Um chamado à confiança

Ao concluir a homilia, Leão XIV convidou os fiéis a verem na Assunção de Maria um sinal do destino que Deus deseja para todos: “Ela é-nos dada como sinal de que a Ressurreição de Jesus não foi um evento isolado, uma exceção", e completou:

"Maria é aquele entrelaçamento de graça e liberdade que impele cada um de nós à confiança, à coragem, ao envolvimento na vida de um povo. [...] Não tenhamos medo de escolher a vida! Pode parecer perigoso, imprudente. Quantas vozes estão sempre lá a sussurrar-nos: ‘Quem te obriga a fazer isso? Pensa nos teus interesses’. São vozes de morte. Em contrapartida, nós somos discípulos de Cristo. É o seu amor que nos impele, corpo e alma, no nosso tempo. Como indivíduos e como Igreja, já não vivemos para nós mesmos. É precisamente isto – e só isto – que difunde a vida e a faz prevalecer. A nossa vitória sobre a morte começa precisamente agora.” Fonte: https://www.vaticannews.va

Leão XIV: obras de misericórdia, banco mais seguro e rentável para confiar o tesouro da nossa existência.

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Publicado em 10 agosto 2025
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"Não perder nenhuma ocasião para amar", onde quer que estejamos, foi a recomendação do Papa no Angelus deste segundo domingo do mês de agosto, Dia dos Pais, ocasião em que pediu a Maria para nos ajudar a sermos "sentinelas da misericórdia e da paz" em um mundo marcado por tantas divisões.

 

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

"Vendei vossos bens e dai esmola": a recomendação de Jesus sobre "como investir o tesouro da nossa vida", narrada no Evangelho de Lucas da liturgia deste domingo, inspirou a reflexão do Papa Leão XIV, antes de rezar o Angelus com os milhares de peregrinos reunidos na Praça São Pedro,  sob uma temperatura que beirava os 34°C.

E precisamente dirigindo-se a eles, explicou que com esse convite Jesus nos exorta "a não guardar para nós os dons que Deus nos deu, mas a usá-los generosamente para o bem dos outros, especialmente daqueles que mais precisam da nossa ajuda":

Trata-se não apenas compartilhar os bens materiais que possuímos, mas também colocar em jogo as nossas capacidades, o nosso tempo, o nosso afeto, a nossa presença, a nossa empatia. Em suma, tudo o que faz de cada um de nós, nos desígnios de Deus, um bem único e inestimável, um capital vivo e pulsante que, para crescer, precisa ser cultivado e investido; caso contrário, seca e perde valor. Ou acaba perdido, à mercê daqueles que, como ladrões, se apropriam dele para simplesmente transformá-lo em objeto de consumo.

 

O amor torna-nos semelhantes a Deus

 E "o dom de Deus que somos - ressaltou - não é feito para se exaurir dessa maneira", mas "tem necessidade de espaço, de liberdade, de relação para se realizar e se expressar, tem necessidade de amor, o único que transforma e enobrece todos os aspectos da nossa existência, tornando-nos cada vez mais semelhantes a Deus". E não é por acaso - observou o Papa - que "Jesus pronuncia essas palavras a caminho de Jerusalém, onde se oferecerá na Cruz pela nossa salvação". E completou:

“As obras de misericórdia são o banco mais seguro e rentável para confiar o tesouro da nossa existência, porque ali, como nos ensina o Evangelho, com "duas pequenas moedas", até uma viúva pobre se torna a pessoa mais rica do mundo.”

E para ilustrar, cita Santo Agostinho que a esse propósito, diz: "O que é dado será transformado, porque quem dá será transformado".

 

Não perder nenhuma oportunidade de amar

 Para tornar mais claro o significado disso, o Santo Padre propõe como exemplo "uma mãe abraçando seus filhos: não é a pessoa mais bela e mais rica do mundo? Ou dois namorados, quando estão juntos: eles não se sentem como um rei e uma rainha?".

Neste sentido, a sua exortação:

“Em nossas famílias, em nossas paróquias, na escola e em nossos locais de trabalho, onde quer que estejamos, procuremos não perder nenhuma oportunidade de amar. Esta é a vigilância que Jesus nos pede: habituar-nos a estar atentos, prontos e sensíveis uns aos outros, como Ele é conosco em cada momento.”

 

Ser sentinelas da misericórdia e da paz

 Irmãs e irmãos - disse ao concluir - "confiemos a Maria este desejo e este compromisso: que Ela, a Estrela da Manhã, nos ajude a ser, num mundo marcado por tantas divisões, “sentinelas” da misericórdia e da paz, como nos ensinou São João Paulo II e como nos mostraram de forma tão bela os jovens que vieram a Roma para o Jubileu. Fonte: https://www.vaticannews.va 

Papa: “A Eucaristia celebra-se não só no altar, mas também na vida quotidiana”

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Publicado em 07 agosto 2025
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  • A Eucaristia celebra-se não só no altar, mas também na vida quotidiana

Leão XIV iniciou, nesta quarta-feira, 06/08, um novo ciclo de catequeses, dedicado à reflexão sobre o mistério pascal e a importância espiritual de se preparar para o encontro com Cristo. "O verdadeiro amor – recorda-nos o Evangelho – é dado antes mesmo de ser correspondido. É um dom antecipado. Não se baseia no que recebe, mas sim no que deseja oferecer.", afirmou.

 

Thulio Fonseca – Vatican News

 

“Irmãos e irmãs, bom dia!”

Com essas palavras proferidas em português, o Papa iniciou a Audiência Geral desta quarta-feira, 6 de agosto, realizada na Praça São Pedro. Leão XIV deu continuidade às reflexões sobre o itinerário jubilar e propôs uma nova etapa de meditações sobre a paixão, morte e ressurreição de Jesus. O Pontífice sugeriu aos fiéis uma leitura espiritual do verbo “preparar”, a partir de um trecho do Evangelho de Marcos.

 

“Continuamos a nossa caminhada jubilar para descobrir o rosto de Cristo, em quem a nossa esperança toma forma e substância”, afirmou o Papa. E, partindo do episódio evangélico em que os discípulos perguntam a Jesus onde desejava celebrar a Páscoa, Leão XIV destacou a importância dos pequenos detalhes: “No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava a Páscoa, disseram-lhe os seus discípulos: ‘Onde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a Páscoa?’” (Mc 14,12).

Segundo o Papa, “a resposta de Jesus parece quase enigmática: ‘Ide à cidade, e virá ao vosso encontro um homem carregando uma bilha de água’ (v. 13)”. E prosseguiu explicando que os elementos aparentemente banais da cena – como o homem com o cântaro ou a sala no andar superior – revelam uma realidade mais profunda: “Com efeito, é exatamente assim. Neste episódio, o Evangelho revela-nos que o amor não é fruto do acaso, mas de uma escolha consciente. Não é uma reação simples, mas uma decisão que exige preparação.”

 

Deus sempre nos precede

O Papa ressaltou que a imagem da “sala já pronta no andar superior” mostra como Deus se antecipa às nossas necessidades: “Antes mesmo de percebermos que precisamos de ser acolhidos, o Senhor já preparou um espaço para nós, onde nos podemos reconhecer e sentir seus amigos.” Esse espaço, segundo o Santo Padre, é o nosso próprio coração, muitas vezes vazio, mas chamado a ser preenchido pela presença divina:

“Jesus não enfrenta a sua paixão pelo destino, mas pela fidelidade a um caminho que abraçou e percorreu com liberdade e cuidado. É isso que nos consola: saber que o dom da sua vida vem de uma intenção profunda, não de um impulso imediato.”

Neste caminho, destacou o Pontífice, “a graça não elimina a nossa liberdade, mas desperta-a. O dom de Deus não anula a nossa responsabilidade, mas torna-a fecunda.”

 

Celebrar a Eucaristia na vida quotidiana

Leão XIV advertiu para a tentação de confundir os preparativos com ativismo ou expectativas vazias. Preparar-se para celebrar esta ação de graças não significa fazer mais, mas deixar espaço. Significa remover o que é pesado, baixar as nossas exigências, deixar de cultivar expectativas irrealistas:

“Ainda hoje, como então, há uma ceia a preparar. Não se trata apenas da liturgia, mas da nossa disponibilidade para participar num gesto que nos transcende. A Eucaristia celebra-se não só no altar, mas também na vida quotidiana, onde é possível experimentar tudo como oferta e ação de graças.”

 

Para o Papa, a cena do Cenáculo revela o verdadeiro amor de Cristo, que prepara um banquete mesmo diante da traição e da negação dos discípulos: “Enquanto eles ainda não compreendiam, enquanto um estava prestes a traí-lo e outro a negá-lo, Ele preparava uma ceia de comunhão para todos.”

 

Preparar a Páscoa da vida

O Papa também fez um convite concreto aos fiéis e peregrinos: “Também nós somos convidados a ‘preparar a Páscoa do Senhor’. Não só a Páscoa litúrgica, mas também a Páscoa das nossas vidas.” E sugeriu uma reflexão:

“Que espaços da minha vida preciso de reorganizar para estar pronto para acolher o Senhor? O que significa ‘preparar’ para mim hoje? Talvez signifique renunciar a uma exigência, deixar de esperar que o outro mude, dar o primeiro passo. Talvez signifique ouvir mais, agir menos ou aprender a confiar no que já foi predisposto.”

 

Mistério de um amor infinito

Ao concluir a catequese, Leão XIV sublinhou que, se aceitamos o convite para preparar o lugar da comunhão com Deus e uns com os outros, iremos descobrir que estamos rodeados de sinais, encontros e palavras que nos indicam aquela sala espaçosa e já pronta, onde o mistério de um amor infinito, que nos sustenta e sempre nos precede, é incessantemente celebrado. E completou:

 

“Que o Senhor nos conceda ser humildes preparadores da sua presença. E, nesta disponibilidade diária, cresça em nós aquela confiança serena que nos permite enfrentar tudo de coração aberto. Pois, onde o amor estiver pronto, a vida pode verdadeiramente florescer.” Fonte: https://www.vaticannews.va

Papa Leão XIV reúne mais de 1 milhão de fiéis em missa do Jubileu dos Jovens em Roma

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Publicado em 04 agosto 2025
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Papa Leão XIV reúne mais de 1 milhão de fiéis em missa do Jubileu dos Jovens em Roma

Durante a celebração, pontífice disse que a Igreja está ‘com os jovens de todas as terras ensanguentadas pela guerra’

 

Por Redação

Papa reúne mais de 1 milhão de fiéis em missa do Jubileu dos Jovens em Roma

Durante a celebração, pontífice disse que a Igreja está ‘com os jovens de todas as terras ensanguentadas pela guerra’. Crédito: AFP

Mais de um milhão de pessoas compareceram neste domingo, 3, a uma missa em Roma presidida pelo papa Leão XIV, no último dia do chamado Jubileu dos Jovens, que reuniu participantes de todo o mundo durante uma semana.

“Aspirem a coisas grandes, à santidade, onde quer que estejam. Não se conformem”, disse Leão XIV em sua homilia.

“Estamos com os jovens de Gaza, com os jovens da Ucrânia, com os de todas as terras ensanguentadas pela guerra. Meus jovens irmãos e irmãs, vocês são o sinal de que um mundo diferente é possível: um mundo de fraternidade e amizade, onde os conflitos não são resolvidos com armas, mas com o diálogo.”

A missa foi celebrada em uma grande esplanada nas imediações da cidade, assim como o restante da programação do Jubileu dos Jovens, um dos momentos de maior destaque do Ano Santo, que atraiu meio milhão de jovens a Roma.

No sábado, antes de uma vigília noturna liderada pelo pontífice, os organizadores confirmaram a presença de 800.000 pessoas no enorme espaço ao ar livre preparado no distrito de Tor Vergata, perto da capital italiana. E neste domingo, o Vaticano anunciou que o número aumentou para um milhão de participantes.

A maioria dormiu no chão para aguardar a missa de domingo. Entre eles estava o nova-iorquino Christofer Delano, “muito feliz por ver o papa Leão”, mas surpreso com a multidão. “Não esperava ver tanta gente. Sabia que haveria muitas pessoas, mas não sabia que seriam tantas”, declarou à AFP.

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“Há uma solicitação importante no nosso coração, uma necessidade de verdade que não podemos ignorar, que nos leva a perguntar: O que é realmente a felicidade? Qual é o verdadeiro sabor da vida? O que nos liberta dos pântanos do absurdo, do tédio, da mediocridade?”, perguntou o papa de 69 anos em sua homilia.

O pontífice não esqueceu os peregrinos que viajaram a Roma de regiões devastadas pela guerra. “Estamos mais perto do que nunca dos jovens que sofrem os males mais graves, causados por outros seres humanos”, disse na oração do Angelus.

“Continuem caminhando com alegria seguindo as pegadas do Salvador e contagiem com o seu entusiasmo e o testemunho da sua fé todos aqueles que encontrarem. Boa viagem!”, afirmou para se despedir dos jovens que agora retornarão para suas casas.

 

‘Woodstock’ católico

A missa, sob um céu ensolarado, foi acompanhada pela música de um coral e pela presença de quase 450 bispos e 700 padres, todos com túnicas verdes. O enorme arco dourado que cobria o palco era dominado por uma cruz gigantesca.

Os jovens peregrinos, procedentes de 146 países, segundo o Vaticano, lotaram as ruas de Roma desde segunda-feira, cantando e exibindo bandeiras.

O ambiente festivo chegou ao ponto máximo no sábado, 2, antes da vigília noturna presidida pelo papa, que a emissora italiana Rai chamou de “Woodstock” católico.

Centenas de milhares de jovens acamparam na área da vigília. Grupos religiosos se apresentaram no palco para animar o público.

Leão XIV foi recebido no sábado com gritos e aplausos após sua chegada de helicóptero. Ele percorreu a imensa esplanada no papamóvel, enquanto os peregrinos corriam para tentar observar o pontífice de perto.

Com mais de 500 mil metros quadrados, o espaço reservado para o evento é equivalente a quase 70 campos de futebol.

A peregrinação dos jovens acontece quase três meses após o início do pontificado de Leão XIV e 25 anos após o papa João Paulo II ter organizado o último evento para jovens de tal magnitude em Roma.

Durante a semana, a Igreja organizou várias atividades para os jovens peregrinos, incluindo a transformação do ‘Circo Máximo’ — o local na Roma Antiga onde aconteciam corridas de bigas — em um confessionário ao ar livre./COM INFORMAÇÕES DA AFP Fonte: https://www.estadao.com.br

O Papa: “bulimia” de ligações nas redes sociais, comunicar com honestidade e prudência

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Publicado em 30 julho 2025
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Leão XIV sublinhou, em sua catequese, que diante de uma sociedade inundada por "múltiplas mensagens", "podemos sentir vontade de desligar tudo. Podemos até preferir não ouvir nada", mas Jesus convida a nos abrir a este mundo que nos assusta, às relações que nos desiludiram, pois "fechar-se nunca é uma solução". Que o Senhor "cure a nossa forma de comunicar" em "nosso mundo impregnado por um clima de violência e ódio que mortifica a dignidade humana".

 

Mariangela Jaguraba – Vatican News

O Papa Leão XIV retomou as Audiências Gerais, nesta quarta-feira (30/07), após as férias de verão em que o Pontífice passou alguns dias de descanso em Castel Gandolfo e em meio ao Jubileu dos Jovens em andamento.

"Com esta catequese concluímos o nosso percurso sobre a vida pública de Jesus, feita de encontros, parábolas e curas", disse o Papa no início de sua catequese proferida aos fiéis presentes na Praça São Pedro.

 

Imagens por vezes falsas ou distorcidas

De acordo com o Papa, "este tempo em que vivemos também exige cura. O nosso mundo está impregnado por um clima de violência e ódio que mortifica a dignidade humana".

“Vivemos numa sociedade que está adoecendo com uma “bulimia” de ligações nas redes sociais: estamos hiperconectados, bombardeados por imagens, por vezes até falsas ou distorcidas. Somos inundados por múltiplas mensagens que despertam em nós uma tempestade de emoções contraditórias.”

"Neste cenário, podemos sentir vontade de desligar tudo. Podemos até preferir não ouvir nada", ressaltou o Pontífice. Segundo ele, "até as nossas palavras correm o risco de serem mal interpretadas, e podemos ser tentados a isolar-nos no silêncio, a uma falta de comunicação onde, por mais próximos que estejamos, já não conseguimos expressar as coisas mais simples e profundas".

 

Fechar-se nunca é uma solução

A seguir, o Papa concentrou-se num texto do Evangelho de Marcos que nos apresenta um homem que não fala nem ouve. "Não é ele que vai ter com Jesus para ser curado, mas é levado por outras pessoas", disse ainda o Pontífice, sublinhando que "a comunidade cristã viu nessas pessoas a imagem da Igreja, que acompanha cada homem a Jesus para que Ele ouça a sua palavra".

"Jesus oferece-lhe, antes de tudo, uma proximidade silenciosa, através de gestos que falam de um encontro profundo: toca os ouvidos e a língua deste homem. Jesus não usa muitas palavras; diz a única coisa de que precisa naquele momento: “Abre-te!”. Marcos relata a palavra em aramaico, éfeta, quase para nos fazer ouvir o seu som e a sua respiração como se fosse “viver”", disse Leão XIV, acrescentando:

“Esta palavra simples e bela contém o convite que Jesus dirige a este homem que deixou de ouvir e falar. É como se Jesus lhe dissesse: “Abre-te a este mundo que te assusta! Abre-te às relações que te desiludiram! Abre-te à vida que desististe de enfrentar!”. De fato, fechar-se nunca é uma solução.”

 

Curar a forma de comunicar

"Após o encontro com Jesus, essa pessoa não só volta a falar, como o faz “perfeitamente”. Este advérbio inserido pelo evangelista parece dizer-nos algo mais sobre os motivos do seu silêncio. Talvez este homem tenha parado de falar porque sentiu que estava a dizer as coisas de forma incorreta, talvez se sentisse inadequado", frisou o Papa.

 

“Todos nós passamos pela experiência de sermos incompreendidos e não nos sentirmos bem compreendidos. Todos nós precisamos pedir ao Senhor que cure a nossa forma de comunicar, não só para sermos mais eficazes, mas também para evitarmos magoar os outros com as nossas palavras.”

 

"Voltar a falar perfeitamente é o início de uma viagem, mas não ainda o fim. De fato, Jesus proíbe aquele homem de contar o que lhe aconteceu. Para conhecermos verdadeiramente Jesus, precisamos caminhar, estar com Ele e também viver a Sua Paixão. Quando o tivermos visto humilhado e em sofrimento, quando tivermos experimentado o poder salvador da Sua Cruz, então poderemos dizer que o conhecemos verdadeiramente. Não há atalhos para nos tornarmos discípulos de Jesus", disse ainda Leão XIV.

 

Comunicar com honestidade e prudência

"Queridos irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor que nos ensine a comunicar com honestidade e prudência. Rezemos por todos aqueles que foram magoados pelas palavras dos outros. Rezemos pela Igreja, para que nunca descure a sua tarefa de levar as pessoas a Jesus, para que ouçam a Sua Palavra, sejam curadas por ela e, por sua vez, se tornem portadoras da sua mensagem de salvação", concluiu o Papa. Fonte: https://www.vaticannews.va 

Leão XIV pede a Netanyahu cessar-fogo e fim da guerra.

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Publicado em 18 julho 2025
  • Castel Gandolfo
  • Papa Leão XIV,
  • Leão XIV pede a Netanyahu cessar-fogo e fim da guerra
  • Patriarca Ortodoxo Teófilo III,
  • Patriarca Latino de Jerusalém,
  • Santo Padre o Papa Leão XIV,

Após ataque contra a Paróquia Sagrada Família em Gaza, o primeiro-ministro israelense conversou por telefone com Leão XIV.

 

Vatican News

A Sala de Imprensa da Santa Sé informa em um comunicado que na manhã desta sexta-feira, o Santo Padre, Papa Leão XIV, recebeu em Castel Gandolfo um telefonema do primeiro-Ministro de Israel, Sr. Benjamin Netanyahu, após o ataque militar israelense de ontem contra a Igreja da Sagrada Família em Gaza, que resultou na morte de três pessoas e ferimentos em outras, alguns com gravidade.

Leão XIV telefonou para o Patriarca Latino de Jerusalém, que, juntamente com o Patriarca Ortodoxo Teófilo III, entrou em Gaza para levar ajuda humanitária, após o bombardeio ...

Durante a conversa, o Santo Padre renovou seu apelo por um novo impulso nas negociações, por um cessar-fogo e pelo fim da guerra. Ele reiterou sua preocupação com a dramática situação humanitária da população de Gaza, cujo preço doloroso está sendo pago especialmente por crianças, idosos e doentes.

Por fim, o Santo Padre reiterou a urgência de proteger os locais de culto e, acima de tudo, os fiéis e todas as pessoas na Palestina e em Israel. Fonte: https://www.vaticannews.va

Papa: rezemos pela conversão de quem ignora o cuidado com a casa comum.

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Publicado em 09 julho 2025
  • Papa Francisco,
  • Leão XIV
  • cuidado com a casa comum
  • Papa Francisco nas Encíclicas Laudato si’ e Fratelli tutti
  • Borgo Laudato Si
  • Centro Laudato Si
  • prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral,
  • Missa com o novo formulário “Pela Proteção da Criação”,

Em Castel Gandolfo, Leão XIV celebrou a Missa com o novo formulário “Pela Proteção da Criação”, no Borgo Laudato Si’. Em sua homilia, recordou que “somente um olhar contemplativo pode transformar nossa relação com a criação e nos fazer sair da crise ecológica, cuja causa é a ruptura das relações com Deus, com o próximo e com a terra”.

 

Thulio Fonseca - Vatican News

“Neste dia lindíssimo, antes de tudo, gostaria de convidar a todos — começando por mim mesmo — a viver aquilo que estamos celebrando, na beleza de uma catedral que poderíamos chamar de “natural”, com as plantas e tantos elementos da criação que nos trouxeram aqui para celebrar a Eucaristia, que significa: dar graças ao Senhor.”

Foram estas as palavras que introduziram a homilia do Papa Leão XIV durante a missa privada no Borgo Laudato Si’, em Castel Gandolfo, onde passa um breve período de descanso. O Santo Padre utilizou, pela primeira vez, o novo formulário litúrgico “Pela Proteção da Criação”. O texto, apresentado em 3 de julho pelo cardeal Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, insere-se no compromisso da Igreja de viver a conversão ecológica de forma concreta e celebrativa, por meio de orações e leituras bíblicas específicas.

Foram apresentadas, na Sala de Imprensa da Santa Sé, as leituras bíblicas da celebração eucarística "pela custódia da Criação". Elas serão feitas na quarta-feira por Leão XIV, em De forma espontânea, o Pontífice iniciou dizendo que esta Eucaristia traz muitos motivos de agradecimento ao Senhor, “como o uso da nova fórmula da Santa Missa para o cuidado da criação, que também foi expressão do trabalho de diversos Dicastérios no Vaticano”, e acrescentou: “Pessoalmente, agradeço a muitas pessoas aqui presentes, que trabalharam para esta liturgia. Como sabem, a liturgia representa a vida, e vocês são a vida deste Centro Laudato Si’.”

O agradecimento de Leão XIV estendeu-se a todos os que se dedicam diariamente à missão do Centro, inspirado na encíclica Laudato si’, publicada há dez anos por Papa Francisco: “Gostaria de agradecer a vocês, neste momento, nesta ocasião, por tudo o que fazem seguindo essa belíssima inspiração do Papa Francisco, que concedeu esta pequena porção — esses jardins, esses espaços — justamente para continuar a missão tão importante em relação a tudo o que conhecemos após dez anos da publicação da Laudato si’: a necessidade de cuidar da criação, da casa comum.”

 

É urgente cuidar da casa comum

O simbolismo do espaço, comparado às antigas igrejas dos primeiros séculos, inspirou o Santo Padre a um apelo à conversão:

“Devemos rezar pela conversão de muitas pessoas, dentro e fora da Igreja, que ainda não reconhecem a urgência de cuidar da casa comum.”

E, em seguida, recordou os “tantos desastres naturais que ainda vemos no mundo, quase todos os dias, em tantos lugares, em tantos países, que são, em parte, causados também pelos excessos do ser humano, com seu estilo de vida. Por isso, devemos nos perguntar se nós mesmos estamos vivendo ou não essa conversão: o quanto ela é necessária!”

 

Esperança e vida nova

O Pontífice uniu o clima de oração à dura realidade global: “Compartilhamos hoje um momento familiar e sereno, ainda que em um mundo em chamas — seja pelo aquecimento global, seja pelos conflitos armados —, que tornam tão atual a mensagem do Papa Francisco nas Encíclicas Laudato si’ e Fratelli tutti”. Ao refletir o Evangelho proposto, o Papa Leão disse que “o medo dos discípulos na tempestade é o mesmo que acomete grande parte da humanidade. No entanto, no coração do Jubileu, nós confessamos: há esperança! Nós a encontramos em Jesus, o Salvador do mundo”, e completou:

“Ele ainda hoje, soberanamente, acalma a tempestade. Seu poder não arruína, mas cria; não destrói, mas faz existir, dando vida nova. E também podemos nos perguntar: “Quem é este, que até os ventos e o mar obedecem?” (Mt 8,27)

 

Cuidar, reconciliar, transformar

O Papa destacou a sintonia entre Jesus e a natureza: “As parábolas com que anunciava o Reino de Deus revelam um profundo vínculo com aquela terra e aquelas águas, com o ritmo das estações e a vida das criaturas.”, e ao citar o termo usado por Mateus para descrever a tempestade — a palavra seismós — que remete a outro momento decisivo, o terremoto na morte e ressurreição de Jesus, o Santo Padre sublinhou: “O Evangelho nos permite entrever o Ressuscitado, presente em nossa história virada de cabeça para baixo. A repreensão que Jesus dirige ao vento e ao mar manifesta seu poder de vida e salvação, que domina essas forças diante das quais as criaturas se sentem perdidas”.

Leão XIV recordou que a fé implica compromisso: “Nossa missão é cuidar da criação, levar a ela paz e reconciliação. Nós escutamos o clamor da terra e dos pobres, pois esse clamor chegou ao coração de Deus. Nossa indignação é a sua indignação, nosso trabalho é o seu trabalho”. Ao citar o salmo 29, que fala da voz forte do Senhor, completou:  

“Essa voz compromete a Igreja com a profecia, mesmo quando isso exige a ousadia de nos opor ao poder destrutivo dos príncipes deste mundo. A aliança indestrutível entre o Criador e as criaturas, de fato, mobiliza nossas inteligências e nossos esforços, para que o mal se transforme em bem, a injustiça em justiça, a avareza em comunhão.”

 

Um olhar contemplativo para transformar a crise

“Com infinito amor, o único Deus criou todas as coisas, doando-nos a vida”, recordou o Papa, citando São Francisco de Assis. Essa verdade exige uma nova forma de ver o mundo: o olhar contemplativo. Segundo Leão XIV, é esse olhar que pode romper com a lógica do pecado e restaurar as relações com Deus, com os irmãos e com a terra.

O Papa também ressaltou a vocação do Borgo Laudato si’, que “por intuição do Papa Francisco, quer ser um 'laboratório' onde se viva aquela harmonia com a criação que é, para nós, cura e reconciliação, elaborando novas e eficazes formas de cuidar da natureza que nos foi confiada. A vocês que se dedicam com empenho à realização deste projeto, asseguro, portanto, minha oração e meu encorajamento”, afirmou. 

 

Eucaristia, coração da Criação

Por fim, Leão XIV situou a Eucaristia como o centro e o cume da ecologia integral, e citando novamente a Laudato si’, n. 236, destacou: “Na Eucaristia, já está realizada a plenitude, sendo o centro vital do universo, centro transbordante de amor e de vida sem fim”. Na conclusão de sua homilia, o Papa confiou aos presentes o “louvor cósmico” retirado das Confissões de Santo Agostinho:

“Senhor, 'as tuas obras te louvam para que te amemos, e nós te amamos para que as tuas obras te louvem'. Seja esta a harmonia que difundimos no mundo”, afirmou Leão XIV.

 

Sobre o Borgo Laudato Sì

Ao redor do lago de Albano, de formação vulcânica, encontra-se a Vila Pontifícia, que inclui construções históricas e um extenso jardim. Ali, foi criado em 2023 o Borgo Laudato Sì, que cedeu essas imagens, por desejo do Papa Francisco. Trata-se de um espaço de formação e conscientização sobre os temas da proteção da Casa Comum. O projeto foi confiado ao Centro de Ensino Superior Laudato Sì, criado na mesma ocasião como um organismo científico, educativo e de atividade social, que trabalha pela formação integral. O Borgo Laudato Sì foi pensado como um sinal concreto da aplicabilidade dos princípios ilustrados por esta Encíclica, que está completando 10 anos. Leão XIV quis conhecer de perto esta iniciativa, ao visitar Castel Gandolfo em 29 de maio. Fonte: https://www.vaticannews.va

Papa Leão XIV: Justiça ambiental, uma necessidade urgente

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Publicado em 02 julho 2025
  • Justiça ambiental
  • 10° Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação 2025,
  • o Papa Leão XIV
  • A Encíclica Laudato si
  • desmatamento e poluição

"Num mundo onde os mais frágeis são os primeiros a sofrer os efeitos devastadores das mudanças climáticas, do desmatamento e da poluição, cuidar da criação torna-se uma questão de fé e de humanidade", escreve o Papa Leão XIV em sua mensagem para o 10° Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação de 2025, que será celebrado em 1º de setembro.

 

Mariangela Jaguraba – Vatican News

Foi divulgada, nesta quarta-feira (02/07), a mensagem do Papa Leão XIV para o 10° Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação 2025, celebrado em 1º de setembro próximo, sobre o tema "Sementes de paz e esperança".

Ouça e compartilhe

Esse tema foi "escolhido pelo nosso amado Papa Francisco", escreve Leão XIV, por ocasião do décimo aniversário de publicação da Encíclica Laudato si’, e recorda o Jubileu da Esperança em andamento. "É neste contexto que o tema adquire todo o seu significado", ressalta o Papa.

"Jesus usa com frequência a imagem da semente para falar do Reino de Deus e, na véspera da Paixão, aplica-a a si mesmo, comparando-se ao grão de trigo, que deve morrer para dar fruto. A semente entrega-se inteiramente à terra e ali, com a força impetuosa do seu dom, a vida germina, mesmo nos lugares mais inesperados, numa surpreendente capacidade de gerar um futuro", escreve Leão XIV, ressaltando que "em Cristo, somos sementes, sementes de paz e esperança".

 

A terra está caindo na ruína

O Papa recorda que "em várias partes do mundo, é evidente que a nossa terra está caindo na ruína. Por todo o lado, a injustiça, a violação do direito internacional e dos direitos dos povos, a desigualdade e a ganância provocam o desmatamento, a poluição, a perda de biodiversidade".

"Os fenômenos naturais extremos, causados pelas mudanças climáticas provocadas pelo homem, estão aumentando de intensidade e frequência, sem levar em conta os efeitos, a médio e longo prazo, de devastação humana e ecológica provocada pelos conflitos armados", escreve ainda o Papa Leão.

Segundo o Pontífice, "parece ainda haver uma falta de consciência de que a destruição da natureza não afeta todos da mesma forma: espezinhar a justiça e a paz significa atingir principalmente os mais pobres, os marginalizados, os excluídos. A este respeito, o sofrimento das comunidades indígenas é emblemático".

 

A criação transforma-se num campo de batalha

O Papa recorda que "a própria natureza se torna, por vezes, um instrumento de troca, uma mercadoria a negociar para obter ganhos econômicos ou políticos. Nestas dinâmicas, a criação transforma-se num campo de batalha pelo controle dos recursos vitais, como testemunham as áreas agrícolas e as florestas que se tornaram perigosas por causa das minas, a política da “terra queimada”, os conflitos que eclodem em torno das fontes de água, a distribuição desigual das matérias-primas, penalizando as populações mais frágeis e minando a própria estabilidade social".

 

"Cultivar e guardar" o jardim do mundo

"A Bíblia não promove «o domínio despótico do ser humano sobre a criação». Pelo contrário, «é importante ler os textos bíblicos no seu contexto, com uma justa hermenêutica, e lembrar que nos convidam a “cultivar e guardar” o jardim do mundo. Enquanto “cultivar” quer dizer lavrar ou trabalhar um terreno, “guardar” significa proteger, cuidar, preservar, velar. Isto implica uma relação de reciprocidade responsável entre o ser humano e a natureza»", escreve o Papa.

 

Justiça ambiental, uma necessidade urgente

"A justiça ambiental" tornou-se "uma necessidade urgente que ultrapassa a mera proteção do ambiente". Segundo Leão XIV, "trata-se de uma questão de justiça social, econômica e antropológica". "Para os que creem em Deus", é também "uma exigência teológica, que para os cristãos tem o rosto de Jesus Cristo, em quem tudo foi criado e redimido. Num mundo onde os mais frágeis são os primeiros a sofrer os efeitos devastadores das mudanças climáticas, do desmatamento e da poluição, cuidar da criação torna-se uma questão de fé e de humanidade".

 

Frutos de justiça e paz

"Trabalhando com dedicação e ternura, muitas sementes de justiça podem germinar, contribuindo para a paz e a esperança", escreve ainda o Papa, recordando "o projeto 'Borgo Laudato si’', que o Papa Francisco nos deixou como herança, em Castel Gandolfo, uma semente que pode dar frutos de justiça e paz. Trata-se de um projeto de educação para a ecologia integral que visa ser um exemplo de como se pode viver, trabalhar e fazer comunidade aplicando os princípios da Encíclica Laudato si’".

"A Encíclica Laudato si’ acompanha a Igreja Católica e muitas pessoas de boa vontade há dez anos: que ela continue a inspirar-nos, e que a ecologia integral seja cada vez mais escolhida e partilhada como caminho a seguir", conclui a mensagem. Fonte: https://www.vaticannews.va

Papa na ordenação de 32 sacerdotes: nos santos, buscar modelos de campeões de caridade

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Publicado em 27 junho 2025
  • Solenidade do Sagrado Coração de Jesus,
  • A SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
  • Dia Mundial de Oração pela Santificação Sacerdotal,
  • Jubileu dos Sacerdotes

Na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, Leão XIV presidiu a missa de ordenação de 32 presbíteros, entre eles um brasileiro. Na homilia, proferida antes do rito de ordenação, o Papa convidou a se tornarem intimamente unidos a Jesus, seguindo um ministério de santificação e unidade para levar a paz do Ressuscitado ao mundo e através do exemplo - muitas vezes escondido e humilde - dos santos "mártires, apóstolos incansáveis, missionários e campeões da caridade".

 

Andressa Collet - Vatican News

O Papa Leão XIV presidiu na manhã desta sexta-feira, 27 de junho, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e Dia Mundial de Oração pela Santificação Sacerdotal, a missa de ordenação de 32 sacerdotes provenientes de diferentes países, inclusive do Brasil, como Lucas Soares dos Santos, da Arquidiocese de Brasília/DF; e de Angola, como Daniel Alberto dos Santos. A celebração foi realizada no contexto do Jubileu dos Sacerdotes e após a a peregrinação jubilar às Portas Santas das Basílicas Papais e a Vigília de oração nesta quinta-feira (26/06), presidida pelo pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, dom Rino Fisichella, na Basílica de São João de Latrão.

 

Carregar nos ombros quem se perdeu

Na homilia, proferida antes do rito de ordenação sacerdotal e após a apresentação de cada um que seria ordenado presbítero na Basílica Vaticana, na presença de 5.500 pessoas e outras 3 mil que acompanhavam pelos telões na Praça São Pedro, o Papa Leão XIV se dirigiu aos sacerdotes reforçando o vínculo com o Coração de Cristo, todo o mistério da encarnação, morte e ressurreição do Senhor. À luz das leituras, o Pontífice convidou a meditar sobre o modo para contribuir "para esta obra de salvação". Primeiramente, recordou que o amor do Senhor é universal, sobretudo "num tempo de grandes e terríveis conflitos", e "não há lugar para divisões e ódios de qualquer gênero". Leão XIV exortou todos a colaborarem com o Senhor "colocando a Eucaristia no centro da nossa existência"; pela "frequente recepção do sacramento da penitência"; e, finalmente, "através da oração, da meditação da Palavra e do exercício da caridade".

Através do Evangelho de Lucas (Lc 15, 3-7), que "fala da alegria de Deus – e de todo o pastor que ama segundo o seu Coração – pelo regresso ao redil de uma só das suas ovelhas", o Papa convidou a viver a caridade pastoral:

"É um convite a tornar-nos intimamente unidos a Jesus, semente de concórdia no meio dos irmãos, carregando sobre os nossos ombros quem se perdeu, perdoando quem errou, indo à procura de quem se afastou ou ficou excluído, cuidando de quem sofre no corpo e no espírito, numa grande troca de amor que, brotando do lado trespassado do Crucificado, envolve todos os homens e preenche o mundo."

 

Seguir um ministério de santificação e unidade

Em seguida, Leão XIV refletiu sobre o ministério sacerdotal como um ministério de santificação e de unidade, inclusive com o bispo e no presbitério, como pediu o Concílio Vaticano II, "harmonizando as diferenças para «que ninguém se sinta estranho»". E, recordando o seu grande desejo expresso na missa solene de início de pontificado, pediu esforços por uma "Igreja unida" com todos "reconciliados, unidos e transformados pelo amor que jorra copiosamente do Coração de Cristo" para levar a paz do Ressuscitado ao mundo. O Papa também compartilhou "algumas coisas simples, mas que considero importantes" para o futuro dos sacerdotes:

"Amai a Deus e aos vossos irmãos, sede generosos, fervorosos na celebração dos Sacramentos, na oração, especialmente na Adoração, e no ministério; sede próximos do vosso rebanho, doai o vosso tempo e as vossas energias por todos, sem vos poupardes, sem fazer distinções, como nos ensinam o lado trespassado do Crucificado e o exemplo dos santos."

E, a esse propósito, Leão XIV finalizou a homilia exortando a imitar essas "figuras maravilhosas de santidade sacerdotal" que, a partir das comunidades das origens, transformaram-se em "mártires, apóstolos incansáveis, missionários e campeões da caridade":

“Fazei desta riqueza um tesouro: interessai-vos pelas suas histórias, estudai as suas vidas e as suas obras, imitai as suas virtudes, deixai-vos inflamar pelo seu zelo, invocai a sua intercessão muitas vezes, com insistência! O nosso mundo frequentemente propõe modelos de sucesso e de prestígio duvidosos e inconsistentes. Não vos deixeis fascinar por eles! Em vez disso, olhai para o exemplo sólido e os frutos do apostolado, muitas vezes escondido e humilde, daqueles que na sua vida serviram ao Senhor e aos irmãos com fé e dedicação, e continuai a sua memória com a vossa fidelidade.” Fonte: https://www.vaticannews.va

Leão XIV aos bispos: sejam homens de comunhão e de unidade, sem excluir ninguém

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Publicado em 25 junho 2025
  • Basílica de São Pedro,
  • Jubileu
  • Leão XIV
  • Papa Leão XIV,
  • homilia de Leão XIV
  • discurso no Jubileu dos Bispos,
  • Jubileu dos Bispos,

 

Em discurso no Jubileu dos Bispos, o Pontífice descreveu traços indispensáveis na vida do Pastor, que deve ser um homem de fé, de unidade, de esperança, de vida teologal e de caridade pastoral, num testemunho caracterizado por: "prudência pastoral, pobreza, continência perfeita no celibato e virtudes humanas". O Papa exortou que sejam homens de comunhão para ajudar as comunidades: que tenham "coração aberto e acolhedor, assim como a sua casa".

 

O Jubileu dos Bispos termina nesta quinta-feira (26/06)   (@Vatican Media)

 

Andressa Collet - Vatican News

A quarta-feira (25/06) de agenda cheia de compromissos para o Papa Leão também foi de encontrar os cerca de 400 bispos que participam do Jubileu. O grupo, após a peregrinação à Porta Santa da Basílica de São Pedro, participou de uma missa e depois ouviu o discurso do Pontífice, que começou agradecendo o empenho de todos em vir "como peregrinos a Roma" para se deixar "renovar profundamente" por Cristo e o "seu mistério de amor". Em seguida, Leão XIV se deteve a descrever traços que devem ser seguidos pelos bispos, Pastores que são exemplo pela palavra e pelo testemunho, que às vezes devem "ir contracorrente" para "proclamar que a esperança não engana" porque não vêm de nós, mas de Deus.

 

Os traços que caracterizam os bispos

O Pastor, reforçou o Papa, "é testemunha de esperança com o exemplo de uma vida firmemente ancorada em Deus e totalmente entregue ao serviço da Igreja". E esse testemunho, explicou Leão, é caracterizado por alguns traços.

Primeiramente, "o bispo é o princípio visível de unidade na Igreja particular que lhe foi confiada" tendo como dever "zelar pela sua construção na comunhão entre todos os seus membros e com a Igreja universal, valorizando o contributo dos vários dons e ministérios para o crescimento comum e a difusão do Evangelho". O bispo, considerando a sua vida de Pastor, é um "homem de vida teologal. O que equivale a dizer: um homem plenamente dócil à ação do Espírito Santo".

Com a intercessão do Espírito Santo, o bispo também "é um homem de fé", continuou o Pontífice, "aquele que, pela graça de Deus, vê mais além, vê a meta e se mantém firme na provação", assim como fez Moisés que, "chamado por Deus a conduzir o povo à terra prometida, «manteve-se firme». Nessa mesma perspectiva, "o bispo é um homem de esperança":

"Sobretudo quando o caminho do povo se torna mais penoso, o Pastor, pela virtude teologal, ajuda-o a não desesperar: não apenas com palavras, mas com a sua proximidade. Quando as famílias carregam fardos excessivos e as instituições públicas não as apoiam adequadamente; quando os jovens se sentem desiludidos e nauseados por mensagens ilusórias; quando os idosos e os deficientes graves se sentem abandonados, o Bispo está próximo e oferece não receitas, mas a experiência de comunidades que procuram viver o Evangelho na simplicidade e na partilha."

Assim, a fé e a esperança do bispo se fundem nele "como homem de caridade pastoral". Uma vida e um ministério, "tão diversificado e multiforme", que encontra a sua unidade "na pregação, na visita às comunidades, na escuta dos presbíteros e dos diáconos, nas escolhas administrativas", assim como dando "exemplo de amor fraterno" aos bispos próximos, aos colaboradores e sacerdotes em dificuldade ou doentes: "o seu coração é aberto e acolhedor, assim como a sua casa".

 

As virtudes indispensáveis na vida do Pastor

Após abordar os traços caracterizados pelo "núcleo teológico da vida do Pastor", Leão XIV citou "outras virtudes indispensáveis: a prudência pastoral, a pobreza, a continência perfeita no celibato e as virtudes humanas". A prudência pastoral, começou explicando o Pontífice, "é a sabedoria prática que guia o bispo nas suas escolhas, nas ações de governo, nas relações com os fiéis e as suas associações. Um sinal claro de prudência é o exercício do diálogo como estilo e método nas relações e também na presidência dos organismos de participação, ou seja, na gestão da sinodalidade na Igreja particular", como sempre insistiu o Papa Francisco. Outra virtude do bispo é viver "a pobreza evangélica":

 

"Tem um estilo simples, sóbrio, generoso, digno e ao mesmo tempo adequado às condições da maioria do seu povo. Os pobres devem encontrar nele um pai e um irmão, não devem sentir-se desconfortáveis ao encontrá-lo ou ao entrar em sua casa. Ele é pessoalmente desapegado das riquezas e não cede a favoritismos com base nelas ou noutras formas de poder."

 

Juntamente com a pobreza concreta, continuou Leão XIV, o bispo também vive "aquela forma de pobreza que é o celibato e a virgindade por causa do Reino dos Céus":

“Não se trata apenas de ser celibatário, mas de praticar a castidade de coração e de conduta, vivendo assim o seguimento de Cristo e oferecendo a todos a verdadeira imagem da Igreja, santa e casta nos seus membros como na sua cabeça. Deve ser firme e decidido no tratamento das situações que possam dar origem a escândalos e de todo o tipo de abuso, especialmente contra menores, respeitando as disposições em vigor.”

 

O Pastor também é chamado a cultivar outras virtudes humanas que ajudam o bispo no seu ministério e nas suas relações, disse ainda o Papa: "a lealdade, a sinceridade, a magnanimidade, a abertura da mente e do coração, a capacidade de se alegrar com os que se alegram e de sofrer com os que sofrem; e também o domínio de si, a delicadeza, a paciência, a discrição, a grande inclinação para a escuta e o diálogo e a disponibilidade para o serviço". E antes da bênção final e dos cerca de 400 bispos renovarem a sua profissão de fé, o Papa exortou a todos que sejam homens de comunhão e de unidade para ajudar as comunidades:

"Caríssimos, a intercessão da Virgem Maria e dos Santos Pedro e Paulo obtenha para vós e para as vossas comunidades as graças de que mais necessitais. Em particular, vos ajude a ser homens de comunhão, a promover sempre a unidade no presbitério diocesano, e que cada presbítero, sem excluir ninguém, experimente a paternidade, a fraternidade e a amizade do Bispo. Este espírito de comunhão encoraja os presbíteros no seu empenho pastoral e faz crescer a Igreja particular na unidade." Fonte: www.vaticannews.va

Leão XIV: Cristo, resposta à fome do homem. Hoje povos inteiros, humilhados pela ganância alheia

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Publicado em 22 junho 2025
  • Leão XIV
  • Papa Leão XIV,
  • Basílica de São João de Latrão
  • HOMILIA DO PAPA LEÃO XIV
  • SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO
  • Missa de Corpus Christi
  • ganância

 

Leão XIV preside a Missa de Corpus Christi na Basílica de São João de Latrão e recorda que em Jesus "há tudo o que precisamos para dar força e sentido à nossa vida". O Pontífice denuncia a miséria de muitos, diante da qual "a acumulação de poucos é sinal de um orgulho que produz dor e injustiça". Procissão até Santa Maria Maior: oferecemos o Sacramento ao coração dos que creem e dos que não creem "para que se interroguem sobre a fome que temos na alma".

 

SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO
SANTA MISSA, PROCISSÃO E BÊNÇÃO EUCARÍSTICA

HOMILIA DO PAPA LEÃO XIV
Basílica de São João de Latrão

Queridos irmãos e irmãs, é bom estar com Jesus. Confirma-o o Evangelho que acabou de ser proclamado o confirma, contando que as multidões ficavam horas e horas com Ele, que falava do Reino de Deus e curava os doentes (cf. Lc 9, 11). A compaixão de Jesus pelos sofredores manifesta a amorosa proximidade de Deus, que vem ao mundo para nos salvar. Quando Deus reina, o homem é liberto de todo o mal. No entanto, a hora da prova chega também para aqueles que recebem de Jesus a boa nova. Naquele lugar deserto, onde as multidões ouviram o Mestre, cai a noite e não há nada para comer (cf. v. 12). A fome do povo e o pôr do sol são sinais de um limite que paira sobre o mundo e sobre cada criatura: o dia termina, assim como a vida dos homens. É nesta hora, no tempo da indigência e das sombras, que Jesus permanece entre nós.

Justamente quando o Sol se põe e a fome aumenta, enquanto os próprios apóstolos pedem para despedir a multidão, Cristo surpreende-nos com a sua misericórdia. Ele tem compaixão do povo faminto e convida os seus discípulos a cuidar dele: a fome não é uma necessidade alheia ao anúncio do Reino e ao testemunho da salvação. Pelo contrário, esta fome diz respeito à nossa relação com Deus. Cinco pães e dois peixes, no entanto, não parecem suficientes para alimentar o povo: aparentemente razoáveis, os cálculos dos discípulos evidenciam, em vez disso, a sua falta de fé. Porque, na realidade, com Jesus há tudo o que é necessário para dar força e sentido à nossa vida.

Perante o brado da fome, Ele responde com o sinal da partilha: levanta os olhos, pronuncia a bênção, parte o pão e dá de comer a todos os presentes (cf. v. 16). Os gestos do Senhor não inauguram um complexo ritual mágico, mas testemunham com simplicidade a gratidão para com o Pai, a oração filial de Cristo e a comunhão fraterna que o Espírito Santo sustenta. Para multiplicar os pães e os peixes, Jesus divide os poucos que há, e assim mesmo são suficientes para todos, e ainda sobram. Depois de terem comido – e terem comido até ficarem saciados –, recolheram doze cestos (cf. v. 17).

Esta é a lógica que salva o povo faminto: Jesus age segundo o estilo de Deus, ensinando a fazer o mesmo. Hoje, no lugar das multidões recordadas no Evangelho estão povos inteiros, humilhados pela ganância alheia mais ainda do que pela própria fome. Diante da miséria de muitos, a acumulação de poucos é sinal de uma soberba indiferente, que produz dor e injustiça. Em vez de partilhar, a opulência desperdiça os frutos da terra e do trabalho do homem. Especialmente neste ano jubilar, o exemplo do Senhor continua a ser para nós um critério urgente de ação e serviço: partilhar o pão, para multiplicar a esperança, proclama o advento do Reino de Deus.

Ao salvar as multidões da fome, Jesus anuncia que salvará todos da morte. Este é o mistério da fé, que celebramos no sacramento da Eucaristia. Assim como a fome é sinal da nossa radical indigência de vida, assim também partir o pão é sinal do dom divino de salvação.

Caríssimos, Cristo é a resposta de Deus à fome do homem, porque o seu corpo é o pão da vida eterna: tomai todos e comei! O convite de Jesus abrange a nossa experiência quotidiana: para viver, precisamos nos alimentar da vida, tirando-a das plantas e dos animais. No entanto, comer algo morto lembra-nos que, por mais que comamos, também nós morreremos. Porém, quando nos alimentamos de Jesus, pão vivo e verdadeiro, vivemos por Ele. Oferecendo-se totalmente, o Crucificado Ressuscitado entrega-se a nós, que assim descobrimos que fomos feitos para nos alimentarmos de Deus. A nossa natureza faminta traz o sinal de uma indigência que é saciada pela graça da Eucaristia. Como escreve Santo Agostinho, Cristo é verdadeiramente «panis qui reficit, et non deficit; panis qui sumi potest, consumi non potest» (Sermo 130, 2): um pão que alimenta e não falta; um pão que se pode comer, mas não se esgota. Com efeito, a Eucaristia é a presença verdadeira, real e substancial do Salvador (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1413), que transforma o pão em si mesmo, para nos transformar n’Ele. O Corpus Domini, vivo e vivificante, torna-nos a nós, isto é, a própria Igreja, corpo do Senhor.

Portanto, segundo as palavras do apóstolo Paulo (cf. 1 Cor 10, 17), o Concílio Vaticano II ensina que «pelo sacramento do pão eucarístico, ao mesmo tempo é representada e se realiza a unidade dos fiéis, que constituem um só corpo em Cristo. Todos os homens são chamados a esta união com Cristo, luz do mundo, do qual vimos, por quem vivemos, e para o qual caminhamos» (Const. dogm. Lumen Gentium, 3). A procissão, que em breve começaremos, é sinal deste caminho. Juntos, pastores e rebanho, alimentamo-nos do Santíssimo Sacramento, adoramo-lo e levamo-lo pelas ruas. Ao fazê-lo, apresentamo-lo ao olhar, à consciência e ao coração das pessoas: ao coração de quem acredita, para que acredite mais firmemente; ao coração de quem não acredita, para que se interrogue sobre a fome que temos na alma e sobre o pão que a pode saciar.

Restaurados pelo alimento que Deus nos dá, levemos Jesus ao coração de todos, porque Jesus a todos envolve na obra da salvação, convidando cada um a participar da sua mesa. Felizes os convidados, que se tornam testemunhas deste amor! Fonte: https://www.vaticannews.va

Humanidade pede paz, diz papa Leão 14 após ataques dos EUA ao Irã

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Publicado em 22 junho 2025
  • Regina Coeli,
  • Papa no Regina Coeli
  • oração do Regina Coeli
  • violência no Oriente Médio,
  • ataques dos EUA ao Irã
  • oração semanal do Angelus, no Vaticano
  • papa Leão 14

Pontífice afirma que 'cada membro da comunidade internacional tem responsabilidade moral de pôr fim à tragédia da guerra'

 

Brasília

O papa Leão 14 afirmou que a "humanidade pede paz" diante do que chamou de "notícias alarmantes vindas do Oriente Médio, neste domingo (22), após os ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares do Irã, que empurraram abertamente a maior potência militar do planeta para o conflito de Teerã com Israel e arriscam expandir a disputa pela região.

"Cada membro da comunidade internacional tem a responsabilidade moral de pôr fim à tragédia da guerra antes que ela se torne um abismo irreparável", declarou o papa, que é americano, ao final de sua oração semanal do Angelus, no Vaticano.

Menos disruptivo do que seu antecessor, Francisco, Leão tem dado ênfase à paz em discursos desde que assumiu o papado, há um mês e meio.

Em seu primeiro mês, Leão 14 fez 20 discursos importantes, entre homilias em missas, audiências com fiéis, orações Regina Coeli (que substitui o dominical Angelus no período da Páscoa) e falas em cerimônias com cardeais, jornalistas, funcionários do Vaticano e diplomatas. Neles, o tema da paz foi citado de forma transversal, com 45 menções à palavra paz.

Apareceu na primeira fala aos fiéis, na mensagem Urbi et Orbi, logo após ter sido apresentado como papa, quando falou em "uma paz desarmada e desarmante", e foi o núcleo do discurso ao corpo diplomático, quando esclareceu o seu conceito de paz.

A paz, disse o papa, não deve ser entendida como "mera ausência de guerra e conflito", mas é um dom ativo de Cristo que compromete cada um.

Na sequência da missa que o oficializou como papa, o americano recebeu o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e o vice-presidente dos EUA, J. D. Vance. Ainda no começo do mês, falou por telefone com o russo Vladimir Putin. Ainda não avançou, porém, a mediação do Vaticano oferecida pelo papa para as conversas sobre a Guerra da Ucrânia. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br

Papa aos sacerdotes da Diocese de Roma: sejam credíveis e exemplares

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Publicado em 12 junho 2025
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  • Amem esta Igreja sejam esta Igreja

Leão XIV reuniu-se com os clérigos da Diocese de Roma, na manhã desta quinta-feira (12/06), no Vaticano. Em seu primeiro discurso ao clero romano, destacou a importância da comunhão, do testemunho fiel e do olhar profético diante dos desafios: "Confiemos ao Senhor nossa vida sacerdotal e peçamos a Ele que cresçamos na unidade, na exemplaridade e no empenho profético para servir o nosso tempo".

 

Thulio Fonseca - Vatican News

Na manhã desta quinta-feira, 12 de junho, o Papa Leão XIV encontrou-se com cerca de dois mil clérigos da Diocese de Roma, na Sala Paulo VI, no Vaticano. O Pontífice, que é também o bispo desta Igreja particular, dirigiu-se com afeto aos sacerdotes e diáconos presentes, convidando-os a renovarem sua unidade, exemplo de vida e compromisso profético diante dos desafios da cidade e do mundo. O encontro teve início com uma saudação do cardeal Baldassare Reina, vigário do Santo Padre para a diocese.

“Queridos presbíteros e diáconos que desempenham seu serviço na Diocese de Roma, saúdo a todos com afeto e amizade!” Assim iniciou o Papa Leão XIV seu primeiro discurso dirigido ao clero romano, manifestando o desejo de conhecer de perto os sacerdotes da diocese da qual é bispo e iniciar com eles um caminho de comunhão:

 

“Agradeço pela vossa vida doada ao serviço do Reino, pelo esforço cotidiano, pela generosidade no exercício do ministério, por tudo aquilo que vivem no silêncio e que, às vezes, é acompanhado pelo sofrimento ou pela incompreensão.”

 

“Vigilantes contra o isolamento”

O primeiro aspecto que Leão XIV destacou foi a importância da comunhão. O Papa lembrou que “a Diocese de Roma preside toda a missão da Igreja na caridade e na comunhão, e isso só é possível graças aos sacerdotes, ao vínculo de graça com o Bispo e à fecunda corresponsabilidade com todo o povo de Deus”. Em seguida, o Pontífice reconheceu os desafios que ameaçam a comunhão entre os presbíteros:

“Hoje essa comunhão é dificultada por um clima cultural que favorece o isolamento e a autorreferencialidade. Nenhum de nós está isento dessas armadilhas que ameaçam a solidez da nossa vida espiritual e a força do nosso ministério.”

O Papa também alertou para obstáculos internos à vida eclesial: “Especialmente aquele sentimento de cansaço que chega porque vivemos fadigas particulares, porque não nos sentimos compreendidos ou escutados, ou por outros motivos.” Diante disso, fez um apelo:

 

“Gostaria de ajudá-los, caminhar com vocês, para que cada um recupere a serenidade no próprio ministério; mas, justamente por isso, lhes peço um impulso na fraternidade presbiteral, que tem raízes numa vida espiritual sólida, no encontro com o Senhor e na escuta da sua Palavra.”

 

Fidelidade e testemunho

Leão XIV reforçou que o sacerdote é chamado a ser testemunha de uma vida coerente e transparente: “Peço com o coração de pai e pastor: empenhemo-nos todos em sermos sacerdotes credíveis e exemplares! Recebemos uma graça extraordinária, foi-nos confiado um tesouro precioso do qual somos ministros, servos. E ao servo se pede fidelidade.”

 

O Papa falou ainda do risco de se deixar seduzir pelo mundo e suas propostas: “A cidade, com suas mil ofertas, pode também nos afastar do desejo de uma vida santa, induzindo a um rebaixamento onde se perdem os valores profundos de ser presbítero.” Convidou, então, os presentes a recordar a força do chamado inicial: “Deixem-se atrair novamente pelo chamado do Mestre, para sentir e viver o amor da primeira hora, aquele que os levou a fazer escolhas fortes e renúncias corajosas.”

 

Profecia diante dos desafios do presente

O terceiro eixo do discurso do Pontífice foi o olhar profético sobre os desafios contemporâneos. O Papa reconheceu o sofrimento causado pelas injustiças, violências e marginalizações: “Nos ferem as violências que geram morte, nos interpelam as desigualdades, as pobrezas, tantas formas de exclusão social, o sofrimento difundido que assume traços de um mal-estar que já não poupa ninguém.”

Recordando a realidade da capital italiana, o Santo Padre citou seu predecessor: “Como notava o Papa Francisco, à ‘grande beleza’ e ao fascínio da arte deve corresponder também ‘o simples decoro e a normal funcionalidade nos lugares e nas situações da vida ordinária, cotidiana’.” Leão XIV sublinhou também o chamado a não fugir dos desafios, mas a enfrentá-los à luz do Evangelho: “Esses desafios somos chamados a abraçá-los, a interpretá-los evangelicamente, a vivê-los como ocasiões de testemunho. Não fujamos diante deles!”

 

“Amem esta Igreja, sejam esta Igreja”

Ao final de seu discurso, o Papa garantiu sua proximidade e encorajou o clero romano a crescer em unidade, exemplaridade e compromisso profético: “Queridos, asseguro minha proximidade, meu afeto e minha disponibilidade para caminhar com vocês”, e concluiu com uma citação de Santo Agostinho:

“Amem esta Igreja, permaneçam nesta Igreja, sejam esta Igreja. Amem o bom Pastor, o Esposo belíssimo, que não engana ninguém e não quer que ninguém se perca. Rezem também pelas ovelhas desgarradas: que também elas venham, também elas reconheçam, também elas amem, para que haja um só rebanho e um só pastor.” (Discurso 138, 10). Fonte: https://www.vaticannews.va

Pesar do Papa pelas vítimas do acidente aéreo na Índia.

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Publicado em 12 junho 2025
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  • Pesar do Papa pelas vítimas do acidente aéreo na Índia
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  • voo AI171 da Air India,
  • O Papa Leão XIV manifestou profundo pesar pelas vítimas do trágico acidente aéreo
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  • Ahmedabad,

Leão XIV expressou profundo pesar pelas vítimas do acidente aéreo ocorrido hoje, 12/06, perto de Ahmedabad, na Índia, enviando condolências e orações às famílias. O desastre envolveu uma aeronave da Air India e deixou mais de 200 de mortos e feridos.

 

Thulio Fonseca - Vatican News

O Papa Leão XIV manifestou profundo pesar pelas vítimas do trágico acidente aéreo ocorrido na manhã desta quinta-feira, 12 de junho, nas proximidades de Ahmedabad, na Índia, envolvendo uma aeronave da companhia Air India. Em telegrama assinado pelo cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, o Santo Padre expressou suas sinceras condolências às famílias e amigos dos que perderam a vida na tragédia.

“No momento de dor e luto, Sua Santidade envia suas orações e assegura sua proximidade espiritual a todos os atingidos pelo acidente”, afirma o texto. O Pontífice também confiou “as almas dos falecidos à misericórdia do Todo-Poderoso” e invocou “as bênçãos divinas de cura e paz” sobre os feridos, os socorristas e todos os envolvidos nos esforços de resgate. O telegrama foi enviado às autoridades eclesiásticas locais e aos responsáveis pela assistência às vítimas.

O acidente

O acidente ocorreu quando o voo AI171 da Air India, que partia de Ahmedabad com destino ao aeroporto de Londres Gatwick, caiu poucos minutos após a decolagem. A bordo da aeronave, um Boeing 787‑8 Dreamliner, estavam 232 passageiros e 10 tripulantes. Entre os ocupantes estavam 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense. Segundo informações da polícia local, mais de 200 pessoas morreram no impacto, mas os trabalhos de busca e resgate continuam na área do desastre. As autoridades ainda investigam as causas do acidente, considerado um dos mais graves da aviação indiana nos últimos anos. Fonte: https://www.vaticannews.va

Leão XIV em Pentecostes: invocar o Espírito do amor e da paz para abrir as fronteiras do coração

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Publicado em 08 junho 2025
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As fronteiras a serem abertas pelo Sopro divino, disse o Pontífice em homilia na Praça São Pedro na Solenidade de Pentecostes, estão "dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos". Os milhares de peregrinos do Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades ouviram o pedido do Papa para invocar "o Espírito do amor e da paz" para encontrar com Deus e "abrir as fronteiras, derrubar os muros, dissolver o ódio": "é Pentecostes que renova a Igreja, renova o mundo!".

 

 

Andressa Collet - Vatican News

Mais um dia de Praça São Pedro lotada por ocasião do Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades celebrado neste final de semana no âmbito do Ano Santo da Esperança. Neste domingo (08/06), em particular, de Solenidade de Pentecostes, o Papa Leão XIV presidiu a missa para milhares de peregrinos e refletiu sobre o Espírito que "abre fronteiras" dentro de nós, nas nossas relações e entre os povos. Completando exatamente um mês de pontificado, a homilia do novo Sucessor de Pedro foi de grande impulso para abrirmos "as fronteiras do coração" através do "vento vigoroso do Espírito Santo" e com a recordação inclusive dos predecessores Bento XVI e Francisco. O dia solene no Vaticano começou com um giro de papamóvel que durou cerca de 30 minutos: Leão XIV percorreu tanto a Praça São Pedro quanto parte da Via della Conciliazione para saudar os milhares de fiéis. 

 

Abrir as fronteiras dentro de nós

Na homilia e através das palavras de Santo Agostinho, o Papa recordou que este é o dia em que, "depois de sua Ressurreição e depois da glória de sua Ascensão, Jesus Cristo Nosso Senhor enviou o Espírito Santo» (Santo Agostinho, Sermão 271, 1)". Um dom que "realiza algo extraordinário na vida dos Apóstolos", ajudando a interpretar a morte de Jesus e dando força e coragem para "sair ao encontro de todos para anunciar as obras de Deus". Na festa de Pentecostes, lembra Leão nas palavras de Bento XVI em 2005, as portas do cenáculo se abrem porque o Espírito abre as fronteiras. E de onde o Pontífice parte a sua meditação do dia:

"O Espírito abre as fronteiras principalmente dentro de nós. É o Dom que desvela a nossa vida para o amor. E essa presença do Senhor desfaz a nossa dureza, o nosso fechamento, o egoísmo, os medos que nos bloqueiam e o narcisismo que faz-nos rodar apenas em torno de nós mesmos. O Espírito Santo vem para desafiar, em nós, o risco de uma vida que se atrofia, sugada pelo individualismo. É triste observar como num mundo onde se multiplicam as oportunidades de socialização, corremos o risco de ser paradoxalmente mais solitários, sempre conectados, mas incapazes de 'fazer redes', sempre imersos na multidão, mas permanecendo viajantes perdidos e solitários."

O Espírito de Deus, em vez disso, "abre ao encontro com nós mesmos, para além das máscaras que usamos; conduz ao encontro com o Senhor", afirmou o Papa. Abraçando com amor a Palavra, somos "transformados" por ela, tornando a nossa vida "um espaço de acolhimento".

 

Abrir as fronteiras das relações

"O Espírito, além disso, abre as fronteiras também nas nossas relações". E com aquele mesmo "amor de Deus que habita em nós, tornamo-nos capazes de nos abrir aos irmãos, de vencer a nossa rigidez, de superar o medo em relação ao que é diferente", disse o Pontífice. O Espírito transforma aqueles "perigos mais ocultos que envenenam as nossas relações, como os mal-entendidos, os preconceitos, as instrumentalizaçõe": 

“Penso também – com muita dor – em quando uma relação é infestada pela vontade de dominar o outro, uma atitude que frequentemente desemboca na violência, como infelizmente demonstram os numerosos e recentes casos de feminicídio.”

O Espírito Santo, ao contrário, "faz amadurecer em nós os frutos que nos ajudam a viver relações verdadeiras e boas", alargando as fronteiras das relações com o outros. Um critério, alertou Leão XIV, "decisivo também para a Igreja: só somos verdadeiramente a Igreja do Ressuscitado e discípulos de Pentecostes se entre nós não houver fronteiras nem divisões, se na Igreja soubermos dialogar e nos acolher mutuamente, integrando as nossas diversidades, e se, como Igreja, nos tornarmos um espaço acolhedor e hospitaleiro para todos".

 

Abrir as fronteiras entre os povos

Por fim, "o Espírito abre as fronteiras também entre os povos". Em Pentecostes, disse o Pontífice, recordamos a importância de nos colocarmos "em caminho", "na fraternidade", já que "o Sopro divino une os nossos corações e nos faz ver no outro o rosto de um irmão": em vez de divisão e conflito, preconceito e lógica de exclusão, discórdia e indiferença, como observou Francisco em 2023, o Espírito "rompe fronteiras e derruba os muros da indiferença e do ódio", como as próprias guerras, por "um tesouro comum":

“Invoquemos o Espírito do amor e da paz, a fim de que abra as fronteiras, derrube os muros, dissolva o ódio e nos ajude a viver como filhos do único Pai que está nos céus. Irmãos e irmãs: é Pentecostes que renova a Igreja, renova o mundo! Que o vento vigoroso do Espírito desça sobre nós e em nós abra as fronteiras do coração, dê a graça do encontro com Deus, amplie os horizontes do amor e sustente os nossos esforços pela construção de um mundo onde reine a paz.” Fonte: www.vaticannews.va

Papa Leão XIV: com Maria, percorramos nosso caminho em seguimento a Jesus

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Publicado em 31 maio 2025
  • Basílica de São Pedro,
  • Santo Padre
  • Papa Leão XIV,
  • Rezemos pelo nosso Papa Leão XIV
  • Jardins Vaticanos,
  • Mês de Maria,
  • Mês de Nossa Senhora

Vejamos “nossa existência como um caminho em seguimento a Jesus, a ser percorrido, como fizemos nesta noite, junto com Maria. E peçamos ao Senhor que saibamos louvá-lo todos os dias, ‘com a vida e com a língua, com o coração e com os lábios, com a voz e com a conduta’, evitando os desacordes: a língua em sintonia com a vida e os lábios com a consciência”. Foram palavras do Papa Leão XIV na noite deste sábado (31/05) após a oração do Terço nos Jardins Vaticanos, na conclusão do mês mariano

 

Vatican News

Raimundo de Lima – Vatican News

“Reunidos aqui, no último dia do mês de maio, em procissão meditaremos os mistérios gozosos do Santo Terço. Rezemos pelo nosso Papa Leão XIV e por toda a Igreja. Rezemos pela paz no mundo. Nossa oração devota seja sinal do nosso amor filial à Santíssima Virgem e nos leve a imitar sua obediência à vontade de Deus”: com esta oração, feita pelo vigário geral do Papa para o Estado da Cidade do Vaticano e arcipreste da Basílica de São Pedro, cardeal Mauro Gambetti, teve início na noite deste sábado, 31 de maio, nos Jardins Vaticanos, a oração do Terço na conclusão do mês mariano, precedida da procissão luminosa partindo da Igreja de Santo Estêvão dos Abissínios (atrás da Basílica de São Pedro). A caminhada seguiu até a Gruta de Lourdes.

 

Gesto de fé com o qual nos reunimos sob o manto de Maria

O momento de oração foi concluído pelo Santo Padre unindo-se aos presentes na Vigília de oração no encerramento do mês de maio. Leão XIV lembrou tratar-se de “um gesto de fé com o qual, de forma simples e devota, nos reunimos sob o manto materno de Maria. Este ano, além disso, evoca alguns aspectos importantes do Jubileu que estamos celebrando: o louvor, o caminho, a esperança e, sobretudo, a fé meditada e manifestada em conjunto”, frisou.

“Meditando os Mistérios gozosos durante o caminho percorrido - prosseguiu -, vocês entraram e permaneceram, como em uma peregrinação, em muitos lugares da vida de Jesus: na casa de Nazaré contemplando a Anunciação, na casa de Zacarias contemplando a Visitação – que hoje celebramos –, na gruta de Belém contemplando o Natal, no Templo de Jerusalém contemplando a apresentação e depois o reencontro de Jesus”.

 

Louvar o Senhor todos os dias com a vida, coração e os lábios

Antes de concluir, o Santo Padre exortou-nos a ver nossa existência como um caminho em seguimento a Jesus, a ser percorrido, como fizemos nesta noite, junto com Maria. “E peçamos ao Senhor que saibamos louvá-lo todos os dias, ‘com a vida e com a língua, com o coração e com os lábios, com a voz e com a conduta’, evitando os desacordes: a língua em sintonia com a vida e os lábios com a consciência”. Por fim, concedeu a todos os presentes a sua bênção apostólica.

O momento de oração foi acompanhado da leitura de textos bíblicos, do Canto das Ladainhas e teve a participação de cardeais, bispos, sacerdotes, religiosas e religiosos e funcionários do Vaticano com seus familiares e fiéis leigos em geral. Fonte: https://www.vaticannews.va

Leão XIV toma posse da cátedra do Bispo de Roma: "Ofereço o pouco que tenho e que sou".

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Publicado em 25 maio 2025
  • Bispo de Roma,
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  • Leão XIV toma posse da cátedra do Bispo de Roma
  • Cátedra do Bispo de Roma na Basílica de São João de Latrão
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  • Basílica de São João de Latrão
  • Mater omnium Ecclesiarum,
  • Mãe de todas as Igrejas

Na Basílica de São João de Latrão, Leão XIV manifestou seu carinho por sua nova família diocesana, com o desejo de partilhar com ela alegrias e dores, cansaços e esperanças. "Também eu lhes ofereço o pouco que tenho e que sou", afirmou, citando as palavras do Beato João Paulo I na mesma ocasião em 1978.

 

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Na tarde deste domingo, 25 de maio, Leão XIV realizou um dos gestos mais característicos no início de pontificado de um Papa: a tomada de posse da Cátedra do Bispo de Roma na Basílica de São João de Latrão.

Logo no início da celebração eucarística, o vigário do Papa para a Diocese de Roma, card. Baldassare Reina, expressou a alegria da Igreja por este momento. O Santo Padre então sentou-se na cátedra e uma representação da Igreja romana prestou a ele obediência.

A "cátedra" é a sede fixa do bispo, na igreja mãe de uma diocese, daí o nome "catedral". A palavra significa "cadeira", símbolo da autoridade e doutrina evangélica que o bispo, como sucessor dos Apóstolos, é chamado a preservar e transmitir à comunidade cristã.

Roma é considerada sede da cátedra de Pedro porque foi nesta cidade que ele concluiu a sua vida terrena com o martírio. Mais que um trono, representa o serviço e a unidade da Igreja sob a condução do Sucessor de Pedro, o Papa. E foi exatamente este o aspecto ressaltado por Leão XIV no início da sua homilia:

"A Igreja de Roma é herdeira de uma grande história, enraizada no testemunho de Pedro, de Paulo e de inúmeros mártires, e tem uma única missão, muito bem expressa pelo que está escrito na fachada desta Catedral: ser Mater omnium Ecclesiarum, Mãe de todas as Igrejas."

Na sequência, a referência foi o Papa Francisco, que com frequência convidava a meditar sobre a dimensão materna da Igreja e sobre as características que lhe são próprias: a ternura, a disponibilidade ao sacrifício e a capacidade de escuta que permite não só socorrer, mas muitas vezes prover às necessidades e às expectativas, antes mesmo que sejam manifestadas.

"Estes são traços que desejamos que cresçam em todo o povo de Deus, e também aqui, na nossa grande família diocesana: nos fiéis e nos pastores, a começar por mim", expressou Leão XIV.

O Santo Padre se inspirou nas leituras da missa para afirmar que todo desafio no anúncio do Evangelho deve ser enfrentado com escuta da voz de Deus e diálogo; que a comunhão se constrói primeiramente “de joelhos”, na oração e num compromisso contínuo de conversão. Não estamos sós nas escolhas da vida, o Espírito nos sustenta e nos indica o caminho a seguir, até nos tornarmos “carta de Cristo” uns para os outros.

"E é exatamente assim: somos tanto mais capazes de anunciar o Evangelho quanto mais nos deixamos conquistar e transformar por ele, permitindo que a força do Espírito nos purifique no íntimo, torne simples as nossas palavras, honestos e transparentes os nossos desejos, generosas as nossas ações."

Leão XIV manifestou apreço pelo exigente caminho que a Diocese de Roma está percorrendo nestes anos para acolher os seus desafios, dedicando-se sem reservas a projetos corajosos e assumindo riscos, mesmo perante cenários novos e desafiadores. Neste Jubileu, tem se esforçado para receber os peregrinos como "um lar de fé".

"Quanto a mim, expresso o desejo e o compromisso de entrar neste vasto canteiro, colocando-me, na medida do possível, à escuta de todos, para aprender, compreender e decidir juntos: «para vós sou Bispo, convosco sou cristão», como dizia Santo Agostinho. Peço que me ajudem a fazê-lo num esforço comum de oração e caridade."

Ao concluir, Leão XIV manifestou seu carinho por sua nova família diocesana, com o desejo de partilhar com ela alegrias e dores, cansaços e esperanças. "Também eu lhes ofereço 'o pouco que tenho e que sou'", afirmou, citando as palavras do Beato João Paulo I na mesma ocasião em 1978. E confiou todos à intercessão dos Santos Pedro e Paulo e "de tantos outros irmãos e irmãs, cuja santidade iluminou a história desta Igreja e as ruas desta cidade. Que a Virgem Maria nos acompanhe e interceda por nós". Fonte: https://www.vaticannews.va

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