"A pergunta de minha aluna se referia a quão longe se pode ir no desapego sem que ele faça mal a própria vida. Pode-se responder de pronto a essa questão (coisa que não faço) dizendo aquela famosa palavra em moda que é 'equilíbrio'. Ou seja, pode-se cultivar o desapego de modo 'equilibrado'. Ponho entre aspas a palavra 'equilíbrio' porque acredito pouco nesse papo espiritual light de que alguém saiba onde está o tal 'caminho do meio'. Talvez porque tenha sempre sido uma pessoa meio desequilibrada em minhas paixões e manias, duvide de quem diz ter conseguido o tal 'caminho do meio'", escreve Luiz Felipe Pondé, filósofo e escritor, em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 14-12-2015.
Eis o artigo.
Você se considera uma pessoa desapegada? Sim, você tem razão se devolver a questão assim: o que eu quero dizer com ser uma "pessoa desapegada"?
A palavra é polissêmica mesmo. As grandes tradições religiosas -já disse várias vezes, nunca fale mal das grandes tradições religiosas, porque será prova de falta de repertório, o que não significa que as religiões não tenham pisado na bola feio ao longo da história- são sábias em refletir sempre sobre esse tema. Nunca é pouco pensar no desapego, ainda mais numa sociedade como a nossa, que precisa de pessoas "apegadas ao consumo" se não ela quebra e nós todos vamos pro saco...
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