Pessoas ao redor de corpos de palestinos mortos em ataques de Israel ao hospital Ahli Arab, em Gaza; os corpos foram levados a outro hospital, o de Al-Shifa (Foto: Dawood Nemer/ AFP)

 

Hospital atingido atendia centenas de pacientes e também servia de abrigo para civis, segundo governo palestino. Ordem israelense para retirada de civis do norte de Gaza pode configurar crime internacional, diz ONU.

 

Líder do Hamas diz que EUA têm responsabilidade pelo bombardeio a hospital em Gaza

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, condenou nesta terça-feira (17) o bombardeio a um hospital da Cidade de Gaza e disse que os Estados Unidos "têm responsabilidade pelo ataque por acobertar as agressões de Israel".

Haniyeh, que comanda o Hamas desde 2017, vive atualmente no Catar e é um dos principais alvos do Exército israelense.

 

Conselho de Segurança da ONU que discutirá proposta do Brasil para confronto Israel x Hamas é adiado, diz Itamaraty

O Conselho de Segurança da ONU que discutirá proposta do Brasil para confronto Israel x Hamas foi adiado, segundo o Itamaraty. O encontro aconteceria nesta terça-feira (17).

Ainda não se sabe se o adiamento está relacionado com o ataque de Israel em um hospital na Faixa de Gaza que deixou centenas de mortos.

Após o ataque, a Rússia e os Emirados Árabes Unidos pediram a realização de uma reunião de emergência na quarta-feira (18).

 

Forças Armadas de Israel acusam Jihad Islâmica por ataque a hospital

As Forças Armadas de Israel acusaram nesta terça-feira (17) a Jihad Islâmica de ser a responsável pelo bombardeio que atingiu um hospital na Cidade de Gaza e, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 500 pessoas.

A Jihad Islâmica, outro grupo islâmico armado, também atua dentro de Gaza.

Israel afirmou ainda que, no momento do bombardeio, foguetes lançados em Gaza em direção ao território israelense "passaram perto" do hospital.

 

Manifestantes e policiais se enfrentam em fortes protestos na Cisjordânia

Uma manifestação em Ramallah, na Cisjordânia, em protesto contra o bombardeio de Israel a um hospital na Cidade de Gaza terminou em fortes enfrentamentos com policiais da Autoridade Nacional Palestina.

A Cisjordânia é governada pela Autoridade Nacional Palestina - grupo político rival ao Hamas, que governa a Faixa de Gaza -, mas a influência do Hamas no território tem crescido.

A rede Al-Jazeera, que transmitia ao vivo imagens da praça central da cidade, mostrou o momento em que tiros foram disparados.

 

Após ataque a hospital, Abbas cancela encontro com Biden

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, cancelou o encontro que teria na quarta-feira (18) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de acordo com a agência de notícias Associated Press.

O cancelamento, ainda segundo a AP, foi decidido após Israel bombardear um hospital na Cidade de Gaza nesta terça-feira (17), deixando centenas de mortos.

Biden viajará ao Oriente Médio na quarta-feira (18) e também se reunirá com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Ele também se encontraria com Abbas na Jordânia.

Irã chama ataque a hospital de Gaza de 'um crime de guerra selvagem'; Egito e Catar também condenam

O Irã classificou o bombardeio de Israel a um hospital na Cidade de Gaza de "um crime de guerra selvagem", segundo a agência de notícias estatal iraniana. Os governos do Egito e do Catar também condenaram o ataque.

 

Governo palestino chama ataque a hospital de genocídio e declara luto de três dias

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarou nesta terça-feira (17) luto oficial de três dias nos territórios palestinos - a Faixa de Gaza e a Cisjordânia - por conta das mortes no hospital de Gaza bombardeado por Israel.

O porta-voz de Abbas chamou o ataque de um "genocídio" e uma "catástrofe humanitária".

 

Bombardeio de Israel atinge hospital em Gaza e mata ao menos 500, diz Ministério da Saúde Palestino

Um ataque aéreo de Israel atingiu nesta terça-feira (17) um hospital na Cidade de Gaza e deixou 500 mortos, segundo o Ministério da Saúde da Palestina.

O hospital, Ahly Arab, atendia centenas de pessoas, mas também vinha servindo de abrigo para civis - no início da semana, Israel pediu que moradores se retirassem de todo o norte da Faixa de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza.

Inicialmente, houve divergências entre as autoridades locais sobre o número de mortos:

A Defesa Civil de Gaza afirmou que 300 pessoas morreram.

O Ministério da Saúde palestino falou inicialmente de 200 vítimas.

Já o jornal "The New York Times" diz que o porta-voz do ministério citou 500 mortes.

A agência de notícias Reuters, com base em fontes da mesma pasta, também cifra em 500 as vítimas. O bombardeio é um dos maiores já registrados em Gaza.

 

Braço armado do Hamas ataca cidade no norte de Israel

As Brigadas Qassam, o braço armado do Hamas, afirmou nesta terça-feira que atacou com foguetes a cidade de Haifa, que fica no norte de Israel.

A Agência para Refugiados Palestinos da ONU (UNRWA) disse que o ataque a uma escola em al-Maghazi matou seis pessoas

"Isto é chocante e demonstra, mais uma vez, uma total falta de respeito pela vida dos civis", diz a nota oficial.

"Nenhum lugar mais é seguro em Gaza, nem mesmo as instalações da UNRWA"

A agência diz que cerca de 4 mil pessoas usavam aquela escola para se abrigar do conflito e que, desde o início da guerra, mantém os governos de Israel e da Palestina informados sobre as posições usadas para receber civis.

A região atacada é um campo de refugiados da ONU que tem oito escolas, um centro de distribuição de alimentos e um centro de saúde. Fonte: https://g1.globo.com