Era líder da maior tribo indígena do estado do Rio

 

O cacique Domingos Venite, 68, líder da tribo guarani Sapukai, em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro, morreu com coronavírus na madrugada desta terça-feira (21). Ele estava internado no Centro de Referência para Tratamento da Covid-19, na Santa Casa, desde o dia 23 de junho. Domingos era líder da maior tribo indígena do estado do Rio. É a primeira morte de um indígena no estado do Rio pela doença, segundo o governo estadual.

A Prefeitura de Angra dos Reis decretou luto oficial de três dias pela morte do cacique. O governo municipal informou que o indígena "recebeu todos os cuidados necessários". De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do município, desde o início da pandemia, a aldeia foi isolada e tomadas medidas de prevenção e orientação aos indígenas. Conforme a prefeitura, há 340 indígenas da tribo guarani na Aldeia Sapukai. A tribo teve 85 casos de coronavírus, sendo 84 recuperados. Há no momento, 15 casos suspeitos sendo acompanhados. "O cacique Domingos era um homem muito gentil. Quero dizer às aldeias, às famílias dos indígenas, à família dele que nosso coração está muito consternado com essa grande perda sofrida por vocês", lamentou Célia Jordão, secretária de Desenvolvido Social e Promoção da Cidadania. O prefeito de Angra, Fernando Jordão, disse que o município perdeu uma referência no trabalho com os indígenas: "A cidade está de luto e nós estamos tristes pela morte do cacique Domingos". O ecologista Sérgio Ricardo Verde Potiguara, membro do Conselho Estadual dos Direitos Indígenas (CEDIND-RJ), lamentou a morte do cacique. Segundo ele, o estado do Rio tem oito aldeias em três municípios (Maricá, Angra e Paraty). Censo do IBGE de 2010 apontou que existem 15.865 indígenas no estado.

Ainda de acordo com Sérgio Ricardo, as aldeias do Rio sofrem com a ausência de saneamento básico e acesso à água potável: "Algumas aldeias sequer têm banheiros. Há muitos casos de doenças de veiculação hídrica, como diarreias. Isso já antes da pandemia. A Covid-19 só ampliou a grave crise ambiental e sanitária nas aldeias indígenas fluminenses", avaliou o ecologista. A Secretaria de Estado de Saúde informa que, desde o início da pandemia, foram notificados 147 casos de Covid em índios aldeados no estado do Rio de Janeiro, sendo 88 em Angra dos Reis e 59 em Paraty. Foi registrado um óbito, em Angra dos Reis.

Em maio, a pasta divulgou guia digital com orientações específicas sobre o coronavírus para quilombolas, indígenas, pescadores, ribeirinhos e demais povos e comunidades tradicionais do estado. O informativo reforça que o atendimento é gratuito e universal no Brasil, independente da condição de permanência no país ou da falta de documento de identificação.

O material ainda traz informações sobre os sintomas da doença, como sinais de agravamento e quando é necessário buscar atendimento.

A Secretaria de Estado de Saúde informa que, desde o início da pandemia, foram notificados 147 casos de Covid em índios aldeados no estado do Rio de Janeiro, sendo 88 em Angra dos Reis e 59 em Paraty. Foi registrado um óbito, em Angra dos Reis.

Em maio, a pasta divulgou guia digital com orientações específicas sobre o coronavírus para quilombolas, indígenas, pescadores, ribeirinhos e demais povos e comunidades tradicionais do estado. O informativo reforça que o atendimento é gratuito e universal no Brasil, independente da condição de permanência no país ou da falta de documento de identificação.

O material ainda traz informações sobre os sintomas da doença, como sinais de agravamento e quando é necessário buscar atendimento. Fonte: https://arte.folha.uol.com.br